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2° TRIMESTRE 2023

O PODER DA BÊNÇÃO BÍBLICA


É o maior presente que você pode
dar para o seu casamento
LIÇAO 1 O LIVRO DE SALMOS 3

LIÇÃO 2 O CAMINHO DO ÍMPIO E DO JUSTO 8

l iç Ao 3 O MESSIAS JÁ VEIO 12

LIÇÃO 4 O BOM PASTOR ESTÁ COMIGO 16

LIÇÃO 5 PRESTANDO UM CULTO SANTO A DEUS 20

LIÇAO 6 O ANSEIO DA ALMA POR DEUS 25

LIÇÃO 7 PERDOE-ME, SENHOR 30

35

40

45

50

55

60
CA SA PU B LICA D O RA DAS
A S S E M B L E IA S DE D EU S
Presidente da Convenção Geral das
Assembleias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
ENCORAJAMENTO,
Presidente do Conselho Administrativo INSTRUÇÃO E CONSELHO
José Wellington Bezerra da Costa Alcance uma Vida Cristã Feliz
Diretor Executivo com os Ensinos dos Salmos
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho
Com a graça de Deus iniciare­
Consultor Doutrinário e Teológico mos o segundo trimestre do ano.
Elienai Cabral Estudaremos o maior Livro da BíbLia
Gerente Financeiro e um dos mais conhecidos: o livro
Josafá Franklin Santos Bomfim de Salmos.
Gerente de Produção Nosso propósito é mostrar que
Jarbas Ramires Silva
o livro de Salmos é uma coletânea
Gerente Comercial
Cícero da Silva
de poesia hebraica inspirada pelo
Gerente da Rede de Lojas
Espírito Santo. Veremos que essas
João Batista Guilherme da Silva poesias nos permitem potencializar
Gerente de TI a nossa devoção ao Altíssimo.
Rodrigo SobraL O livro de Salm o s é singular
Gerente de Comunicação porque nele encontram os o ho­
Leandro Souza da SUva
mem falando com Deus a respeito
Chefe do Setor de Educação Cristã
das questões mais profundas da
Marcelo Oliveira
Chefe do Setor de Arte & Design
sua alma.
Wagner de Almeida Desejamos que, ao longo deste
Comentarista trimestre, a sua vida devocional seja
Marcelo Oliveira edificada para a glória de Deus.
Editora Que Deus o abençoe.
Telma Bueno
Revisora
Até o próximo trimestre.
Verônica Araujo
Projeto Gráfico/Designer
Suzane Barboza Os editores.
Capa
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LIÇÃO 1
2 abr 2023

O LIVRO DE SALMOS

TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL


"E disse-lhes: São estas as SEGUNDA - Lc 24.44
palavras que vos disse estando O Livro de Salm os na vida de Jesus
ainda convosco: convinha que se TERÇA - 1 Co 14.26
cumprisse tudo que de mim estava O s Salm os na igreja do
primeiro século
escrito na Lei de Moisés, e nos
QUARTA - Ef 5.19
Profetas, e nos Salmos." (Lc 24.44) O s Salm os com o elem ento do
culto da Igreja Primitiva
RESUMO DA LIÇÃO QUINTA - Sl 51.4
A intimidade do ser humano
O Livro dos Salmos nos ajuda nos Salm os
em nossa vida com Deus. Ele nos SEXTA - Sl 109.26
Um clam or por auxílio
permite potencializar a nossa
divino nos Salm os
devoção ao Altíssimo. SÁBADO - Sl 33.6-8
O D eus Criador nos Salm os

JOVENS 3
TEXTO BÍBLICO

Lucas 24.44-49 e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos


44 E disse-lhes: São estas as palavras mortos.
que vos disse estando ainda con- 47 E, em seu nome, se pregasse o arre­
vosco: convinha que se cumprisse pendimento e a remissão dos pecados,
tudo que mim estava escrito na Lei em todas as nações, começando por
de Moisés, e nos Profetas, e nos Jerusalém.
Salmos. 48 E dessas coisas sois vós testemunhas.
45 Então, abriu-lhes o entendimento para 49 E eis que sobre vós envio a promessa
compreenderem as Escrituras. de meu Pai; ficai, porém, na cidade
46 E disse-lhes: Assim está escrito, e as­ de Jerusalém, até que do alto sejais
sim convinha que o Cristo padecesse revestidos de poder.

INTRODUÇÃO mais citado peLo Senhor no Novo Tes­


Ao Longo deste trimestre, estudare­ tamento. Por isso, ao Longo da história
mos porções do Livro de SaLmos. Essa da Igreja, o povo de Deus sempre Leu
obra é uma das mais beLas expressões os SaLmos tendo em Jesus, o Cristo
do Espírito Santo por meio de seus que se reveLa no Livro.
autores no Antigo Testamento. Nesta 2 . 0 Livro de Salmos e a Igreja. Esse
primeira Lição, abordaremos o Livro no Livro sempre auxiLiou a vida devocionaL
tempo de Jesus e da Igreja do primeiro da Igreja de Cristo. Encontramos evi­
sécuLo, bem como seu títuLo, autoria e dências disso quando o apóstoLo PauLo
data; anaLisaremos a composição e o menciona a forma de a Igreja Primitiva
objetivo de SaLmos; e focaremos em se reunir: “U quando vos ajuntais, cada
aLguns temas importantes desse pre­ um de vós tem saLmo" (1 Co 14.26); ou
cioso Livro. Assim, o nosso propósito, como ordem na EpístoLa pauLina: “en­
ao Longo deste trimestre, é que a sua chei-vos do Espírito, faLando entre vós
vida devocionaL seja potenciaLizada e com saLmos" (Ef 5.19). Esses versícuLos
edificada para a gLória de Deus. rastreiam uma prática comum da igreja
antiga. Os primeiros cristãos oravam,
I - UM LIVRO QUE FALA AO cantavam e sentiam os SaLmos. Não
CORAÇÃO era um exercício de mera repetição,
1. O Livro de Salmos e Jesus. Na mas de profunda devoção em que as
Leitura bíbLica, o evangeLista apresenta paLavras do saLtério passavam a ser as
o Livro dos SaLmos como Escritura que suas próprias orações; as poesias, suas
faLa da vida, morte e ressurreição do próprias canções.
Senhor Jesus (Lc 24.44). Não por acaso, 3. O título do livro. O títuLo do
eLe tinha Lugar na vida devocionaL de Livro de SaLmos remonta a ideia de
nosso Senhor. ALém de ocupar um Lugar devoção a Deus. Por isso, os hebreus
no ministério de Jesus, juntamente com o denominam de Tehilim, com o sen­
o Livro de Isaías, o Livro dos SaLmos é o tido de “Louvores". O títuLo taL como

4 JOVENS
conhecemos hoje deriva da paLavra Os primeiros cristãos
Latina p salm us e da grega psalm ós, tiveram seus corações
ambas traduzem a ideia de toque de aquecidos por essas belas e
um instrumento musical. Assim, com espirituais poesias. Você, em
base na etimologia hebraica, latina e
pleno século XXI, pode ser
grega, bem como a tradição do uso
do Livro de Salmos com Jesus e sua edificado(a) espiritualmente pela
Igreja, podemos afirmar que eLe re­ beleza das canções de Salmos.
monta uma coletânea de 150 poesias
que edifica a vida espirituaL do povo de
Deus. Judeus fiéis foram tocados por Q PONTO IMPORTANTE!
essa coletânea. Os Salmos também é Difere no fato de que as poesias do
denominado de SaLtério. Os primeiros Livro de Salmos foram inspiradas
cristãos tiveram seus corações aque­ pelo Espírito Santo.
cidos por essas beLas e espirituais
poesias. Você, em pleno século XXI, II - COMPOSIÇÃO E PROPÓSITO
pode ser edificado(a) espiritualmente DE SALMOS
pela beleza das canções de Salmos. 1. A divisão do Livro de Salmos. Já
4. Autoria e data. Não há apenas vimos que o Livro de SaLmos é uma
um autor no Livro de Salmos. Esse livro coletânea de 150 poesias. Como livro
sagrado foi escrito por várias mãos, poético, ele está na mesma categoria de
guiadas e inspiradas pelo Espírito Santo livros como Jó, Provérbios, EcLesiastes
(2 Tm 3.16,17). Nesse sentido, metade e Cantares. Contudo, o Livro de Salmos
das poesias de Salmos é atribuída a é formado por uma coletânea de cinco
Davi. Há Salmos atribuídos aos filhos outros livros. Vejamos:
de Corá (como o Salmo 42); há também a) Livro I. O primeiro livro é formado
os atribuídos a Asafe (como o Salmo peLos SaLmos 1-4 1. Essa coLeção é
50); há Salmos atribuídos a Salomão, de autoria de Davi. O SaLmo 1 é uma
Hemã, Etã; e, finalmente, há Salmos introdução à primeira coLeção (Livro
com autoria desconhecida. I) em que é descrita uma promessa
Quanto à data de autoria, podemos para os que se entregam à PaLavra de
dizer que a maioria dos Salmos foi es­ Deus e um aLerta para quem escoLhe
crita entre os séculos X a V a.C. Assim, o conselho dos ímpios.
há os que foram escritos no tempo b) Livro II. O segundo Livro é forma­
de Moisés, outros após o reinado de do peLos SaLmos 42-72 e é de autoria
Davi e outros, ainda, após o exílio dos variada. Essa coLetânea traz orações
judeus. Portanto, esse Livro abrange pessoais e ações de graças.
quase toda a história de Israel no Antigo c) Livro III. O terceiro Livro é de SaLmos
Testamento. 73-89. A maioria desses SaLmos foi escrita
por Asafe. É uma coLetânea que descreve
^ PENSE! a vida de Israel como uma nação.
O que difere a poesia encontrada no d) Livro IV. O quarto livro é uma
Livro de Salmos das demais? coLeção dos SaLmos 90-106. Nesse

JOVENS 5
O SaLtério cumpre uma (SL 51.4), cLamar por auxíLio (SL 109.26),
função muito nobre reconhecer a grandeza divina (SL 33.6­
na BíbLia: a de 8). É a aLma do homem se dirigindo à
presença do Deus Criador. Assim, o
nos aproximar do
SaLtério cum pre uma função muito
Deus Pai Todo-Poderoso. nobre na BíbLia: a de nos aproximar
do Deus Pai Todo-Poderoso.

@ PENSE!
livro, a fidelidade de Deus com Israel Qual o propósito da sua adoração
é cantada. ao Senhor?
e) Livro V. FinaLmente, o úLtimo Livro
é formado peLos SaLmos 107-150. Uma ® PONTO IMPORTANTE!
coLetânea que traz a meditação na Pa­ Adoramos ao Senhor não para receber
lavra de Deus como referencial. NeLa, nada de sua parte, mas porque o
se destaca o maior SaLmo de todo o amamos e queremos externar nosso
livro: o Salmo 119. amor mediante as canções.
2. Classificação literária dos Sal­
mos. Os Salmos são um livro produzido III - PRINCIPAIS TEMAS DE
para ser cantado, decLamado em voz SALMOS
aLta. Por isso, dizemos que eLe tem 150 1. O Deus Criador e Sustentador.
composições e não capítulos. Nesse Uma das imagens mais poderosas do
sentido, eLes são poemas e, portanto, o Livro de SaLmos é a apresentação de
livro é classificado literariamente como Deus como o Criador e sustentador de
poético. Assim, os estudiosos costu­ todas as coisas: “Do Senhor é a terra
mam cLassificar os diversos SaLmos e a sua pLenitude, o mundo e aqueLes
em categorias básicas, tais como: 1) que neLe habitam. Porque eLe a fundou
SaLmos de Lamentação; 2) de sabedoria; sobre os mares e a firmou sobre os
3) régios; 4) de Louvor; 5) de ação de rios”(SL 24.2). Aqui, Deus é apresentado
graças; 6) proféticos; 7) penitenciais. como um ser distinto de sua Criação
Essas categorias nos auxiLiam na com­ e, ao mesmo tempo, que sustenta e
preensão do livro. se reLaciona pessoaLmente com o que
3. O propósito do Livro de S a l­ criou. Uma mensagem consoLadora
mos. É importante ressaltar que Salmos dos SaLmos, quanto ao poder criador
é um livro em que há vários temas e sustentador de Deus, é que não
interdependentes. N esse aspecto, estamos sozinhos neste mundo. Não
podemos dizer que o propósito maior pertencem os a um mundo que foi
do Livro de SaLmos é expressar o sen­ produzido pelo acaso. Ao contrário,
timento mais íntimo da aLma humana vivemos em um mundo criado e sus­
a Deus. Um dos aspectos mais beLos tentado peLo Deus Pai Todo-Poderoso.
desse Livro santo é a imagem da aLma Fomos criados por ELe, sustentados
humana se incLinando ao Deus Todo- peLa sua destra e am ados por seu
-Poderoso para confessar um pecado generoso e subLime amor.

6 JOVENS
â
2. A realeza do Messias. Muitos © CONCLUSÃO
Salmos enfatizam o rei de Israel, isto
Nesta lição, estudamos o conceito, a
é, sua entronização, justiça, retidão
estrutura, o propósito e alguns temas
e reinado perene (Sl 72.1-7; 110.1;). É
que perpassam o Livro de Salmos.
verdade que esses Salmos se referiam
Vimos que esse livro era usado por
originalmente a Davi e seus sucesso­
res. Entretanto, algumas declarações Jesus e a Igreja Primitiva. Aprendemos
a respeito do rei em Israel não se que ele é muito proveitoso para poten­
cumpriram, mas foram reveladas ao cializar a nossa vida devocional diante
longo do ministério do Senhor Jesus de Deus. Assim, o nosso objetivo é
(cf. Mt 22.43-45). Os primeiros cristãos que, ao longo das 13 lições, possamos
também citaram textos dos Salmos orar melhor, adorar de maneira mais
régios para confirmar que o Senhor piedosa e servir ao Senhor de forma
Jesus era o Messias prometido nos mais amorosa.
Salmos. Sim, o Livro de Salmos nos
ajuda a adorar a Jesus como o Rei dos
reis e o Senhor dos senhores.
3. A vida de devoção a Deus. Esse
© HORA DA REVISÃO
livro remonta diversos aspectos da vida 1. QuaL reLação os primeiros cristãos
espiritual a partir de váriados temas tinham com os SaLmos?
devocionais: louvar a Deus, agradecê­
-lo, celebrá-lo, clamá-lo; confessar o
pecado, confiar, esperar; enfim, muitos
aspectos da vida espiritual apresentados 2. O que o títuLo do Livro de SaLmos
no Saltério produzem um conjunto de remonta?
prática devocional. Por isso, podemos
dizer que o Livro de Salmos nos ajuda
a orar melhor, a louvar ao Senhor de
maneira mais piedosa, a cultuá-lo em 3 . Como o Livro de SaLmos é dividido?
espírito e em verdade (Jo 4.23,24). Sua
linguagem nos ajuda a moldar nossos
afetos e devoção a Deus e, sobretudo, as
nossas ações na vida, isto é, exercitando 4. O que podemos dizer a respeito do
o autoexame, a confissão, a retidão e a propósito do Livro de SaLmos?
justiça diante de Deus.

0 PENSE!
Qual a função prática do Livro dos 5. QuaL é uma d as im agens m ais
Salmos? poderosas do Livro dos SaLmos?

Q PONTO IMPORTANTE!
Ajudar a vida de devoção do(a)jovem
cristão(ã).
w

0 CAM IN H O DO IMPIO
E D O JU S T O

TEXTO PRINCIPAL § p- LEITURA SEMANAL


"P o is se rá co m o árvo re p la n ta d a SEGUNDA - Pv 1.10
ju n to a rib e iro s d e ág u a s, a O jovem cristão não p od e
qu al d á o se u fru to na e sta ç ã o consentir com os pecadores
p ró p ria , e c u jas fo lh a s não c a e m , TERÇA - 2 Tm 2.22a
e tu d o q u a n to fize r p ro s p e ra rá ." Fugindo dos d esejos da m ocidade
(SI 1.3)
QUARTA - 2 Pe 2.20
N ã o retroceda
RESUMO DA LIÇÃO \ ,’|
QUINTA - 2 Tm 2.22b
O c a m in h o d o ím p io re p re se n ta Vivendo as virtudes perenes de Deus
in s ta b ilid a d e e su p e rfic ia lid a d e ; SEXTA - Rm 12.2
o do ju s to , raízes na P alavra d e A vontade de D eus
D e u s q u e g e ra e s ta b ilid a d e e SÁBADO - Mt 6.33
p ro fu n d id a d e e sp iritu a l. Vivendo a justiça de D eus

8 JOVENS
T E X T O B ÍB L IC O

Salmos 1.1-6 na estação própria, e cujas folhas não


1 Bem-aventurado o varão que não anda caem, e tudo quanto fizer prosperará.
segundo o conselho dos ímpios, nem 4 Não são assim os ímpios; mas são como
se detém no caminho dos pecadores, a moinha que o vento espalha.
nem se assenta na roda dos escarne- 5 Pelo que os ímpios não subsistirão no
cedores, juízo, nem os pecadores na congrega­
2 Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, ção dos justos.
e na sua lei medita de dia e de noite. 6 Porque o SENHOR conhece o caminho
3 Pois será como a árvore plantada junto dos justos; mas o caminho dos ímpios
a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto perecerá.

IN T R O D U Ç Ã O uso dessa expressão, o salmista traz


a ideia de que o ser humano só pode
Nesta lição, estudaremos o Salmo
ser verdadeiramente feliz por causa do
1. Ele aborda dois estilos de vida que
são encontrados na Palavra de Deus: favor precioso de Deus.
o do ímpio e do justo. Nele, o salmista 2.0 justo não “anda”, não se "detém”,
apresenta a verdadeira felicidade do nem se “assenta”. O versículo 1 apresenta
justo, o caminho do ímpio e as bênçãos três verbos: andar, deter e assentar; e três
que percorrem a vida dos que fazem a substantivos: ímpios, pecadores e escar-
vontade de Deus. necedores. O versículo ainda apresenta
I - A BEM-AVENTURANÇA DO claramente uma ideia de progressão:
JUSTO quem “anda” no conselho dos ímpios
1. Bem-aventurado. O Salmo 1 é uma acaba se “detendo” no caminho dos
introdução ao Livro I de todo o Livro dos pecadores e, finalmente, se “assenta"
Salmos. Sua posição no livro não está ali na roda dos escarnecedores. A lição é
por acaso, pois é como se fosse uma viva: quem ouve o conselho do ímpio,
porta de entrada aos preciosos ensina­ passa a estreitar os laços afetivos com
mentos e canções. Lembra muito o estilo os pecadores e, consequentemente,
de escrita do livro de Provérbios. Por isso, junto com os escarnecedores, passa
estudiosos o comparam à literatura de a escarnecer do justo e de sua justiça.
sabedoria judaica. Esse Salmo apresenta O Salmo afirma que esse estilo de vida
um contraste de dois estilos de vida: promove dispersão, superficialidade, juízo
uma vida sob os valores dos ímpios; uma divino e condenação eterna (Sl 14-6).
vida sob os valores da Lei do Senhor. Logo, a verdadeira felicidade não pode
Nesse sentido, só há uma forma de ser ser encontrada nessa forma de viver.
feliz e ela passa pelos valores perenes 3 .0 prazer do justo em meditar na
e atemporais da Lei do Senhor. Lei do Senhor. Há verdadeira felicidade
A expressão “bem-aventurado", para quem desenvolve um estilo de vida
neste Salmo, tem o mesmo sentido que leve em conta os conselhos da Lei do
da expressão que aparece no Sermão Senhor e medita cotidianamente na instru­
do Monte (Mt 5.1-12): felicidade. Com o ção divina (SI1.2). Com base na imagem da

JOVENS 9
agricultura, árvore e águas (v.3), o Salmo 3. Assentar-se na roda dos escarne-
afirma que o conselho divino promove cedores. Aqui, está instalado o estágio
um estilo de vida que traz segurança e de com pleta separação de Deus. A
firmeza (árvore plantada), crescimento postura que o verbo “assentar" denota é
e vida (corrente de águas), maturidade e o desprezo às coisas divinas, bem como
frutificação (fruto no tempo devido). Aqui, a disposição em ridicularizar e criticar
há verdadeira felicidade na vida de quem de maneira mórbida quem busca fazer
pratica a justiça e o Deus Todo-Poderoso a vontade do Pai e viver de maneira
conhece o caminho do justo (v.6). coerente com os seus caminhos. Nesse
estágio, ojovem se “assentou”na roda
II - O PERIGO DO CAMINHO dos escarnecedores (Sl 1.1). O apóstolo
DO ÍMPIO Pedro, em uma de suas cartas, faz uma
1. Que conselho ouvir? Em primeiro descrição bem realista a respeito disso:
lugar, como jovem, você deve reconhe­ “Porquanto se, depois de terem esca­
cer as características que marcam o ciclo pado das corrupções do mundo, pelo
de sua vida (a juventude). Certamente, conhecimento do Senhor e Salvador
nessa fase da vida há conflitos interiores Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos
que o leva a indagar por muitas ques­ nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último
tões. Nesse momento, sentimentos e estado pior que o primeiro" (2 Pe 2.20). O
emoções tornam-se vulneráveis aos Salmo encerra dizendo que o caminho
conselhos de amigos e colegas que o dos ímpios será implodido (Sl 1,6),
levam a viver em oposição à vontade
direta de Deus para a sua vida (Pv 1.10). III-A VERDADEIRA FELICIDADE
Nesse caso, estamos diante de um “con­ DO JUSTO
selho dos ímpios" (Sl 1,1). Aqui, chega a 1. R ealizando-se com a Palavra
seguinte indagação: devo viver segundo de Deus. Um dos ensinamentos mais
os conselhos de amigos ou atender à impactantes do Salmo 1 é que a Palavra
orientação direta do Espírito Santo? O de Deus traz estabilidade e segurança.
Salmo mostra que escolher o conse­ Por isso, maturidade e ânimo brotam do
lho dos ímpios trará muita confusão, ensino da Palavra de Deus, Por meio
superficialidade e dispersão espiritual dela, ojovem cristão está preparado
(Sl 14). Sim, é uma questão de escolha. para fugir “dos desejos da juventude"
2. Deter-se no caminho dos pecado­ e, consequentemente, ter a disposi­
res, Deter-se no caminho dos pecadores ção de seguir “a justiça, a fé, o amor
não é apenas ouvir os seus conselhos, e a paz com os que, com um coração
mas assumir uma posição permanente puro, invocam ao Senhor”(2 Tm 2.22b).
derivada deles. A opinião dos ímpios Precisamos, porém, ressaLtar que só
passa a ser a sua: o que pensam, passa podemos ter prazer na Lei do Senhor,
a ser 0 seu pensamento: o que defen­ saindo dos desejos da mocidade para
dem passa a ser a sua defesa. Então, as a prática das virtudes divinas, por causa
escolhas erradas e o comportamento de sua preciosa graça (Ef 2.8-10), jamais
pecaminoso passam a ser justificados por causa de nossos esforços. Tudo
de maneira racional. isso traz verdadeira realização pessoal.

10 JOVENS
2. Meditando na Bíblia para a vida. O ©CONCLUSÃO
prazer na Lei do Senhor passa por refletir
O Salmo 1 nos ensina que há apenas
e meditar na Palavra de Deus. Quando
dois caminhos: o do ímpio e 0 dojusto.
estudamos, memorizamos e aplicamos
0 caminho do ímpio resulta em valores
a Bíblia em nossa rotina, encontramos
que trazem confusão, dispersão e
caminhos seguros, e não movediços;
superficialidade. 0 caminho dojusto
cura para alma, e não doenças emo­
traz segurança, maturidade e bênçãos
cionais; restauração, e não prostração
espiritual. A água da Palavra de Deus faz de Deus, A verdadeira felicidade do
florescer as bênçãos do Senhor em toda jovem cristão deve ser encontrada nos
a nossa vida (Sl 1.3). Há uma promessa valores que brotam da Palavra de Deus.
clara neste SaLmo: se abandonarmos Mediante a preciosa graça do Senhor,
os conselhos e valores dos ímpios, e podemos desfrutar de seus valores
passarmos a ter prazer na Lei de Deus, eternos e, portanto, experimentar a
meditando nela com toda a devoção, verdadeira felicidade.
Deus prosperará o nosso futuro. Uma
juventude regida sob os valores da Pa­
lavra de Deus é umajuventude segura,
© HORA DA REVISÃO
amadurecida e abençoada, pois sabe 1, Como o Salmo 1 pode ser visto?
que a vontade divina é boa, perfeita e
agradável (Rm 12.2).
3. Os valores perenes e atemporais
de Deus. A Bíblia nos ensina valores que 2. O que significa a expressão “bem-
permearão toda a vida de um(a) jovem -aventurado”?
cristão(ã). Ajustiça é um valor divino que
faz toda a diferença em sua vida tanto
agora como no futuro. Você é chamado
a buscar o Reino de Deus e a sua justiça, 3. O que o estilo de vida ímpio pro­
isto é, a retidão, e as demais coisas lhe move?
serão acrescentadas (Mt 6.33). Viver de
maneira justa nesta vida implica a prática
do amor, outro valor perene e atemporal.
Não existejustiça sem amor, pois no final 4. A verd ad eira fe licid a d e é para
de tudo, o que sobrará é o amor (1 Co
quem?
13,13). Para exercer justiça e amar neste
mundo, é preciso ter fé, pois sem ela
não podemos agradar a Deus (Hb 11,6).
Portanto, dentre muitas virtudes, a Palavra
5, Cite os três valores perenes citados
de Deus nos convida a exercitar a virtude
na lição.
da justiça, do amor e da fé. É um convite
para viver sob os conselhos de Deus e
de sua poderosa Palavra; encontrando,
assim, a verdadeira felicidade em Deus.
O MESSIAS
JÁ VEIO
TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL
"R e c ita re i o d e c re to : SEGUNDA - At 4 25,26
O S e n h o r m e d iss e : Tu és m eu A p erse g u ição contra o
F ilh o ; eu h o je te g e re i. ungido de D eus
P e d e -m e , e eu te d arei as TERÇA - Mt 10.40; Jo 13.20
n a ç õ e s p o r h e ra n ça e os co n fin s Q u em receb e o Filho recebe o Pai
d a te rra p o r tua p o s s e s s ã o ." QUARTA - Rm 1.5
(SI 2 .7 ,8 ) A expectativa para q ue as nações
o b ed eçam à fé
RESUMO DA LIÇÃO QUINTA - Rm 2.14-16
Q u e m se su b m e te ao re in a d o
A reta justiça divina
e ao se n h o rio d e C risto J e s u s SEXTA - Dn 2.21
te m sua vid a c o m p le ta m e n te D e u s é quem institui e destitui reis
o rd e n a d a p o r E le . SÁBADO - Hb 12.2
O R ei Je su s é a nossa referência

12 JOVENS
T E X T O B ÍB L IC O

Salmos 2.1-9 5 Então, lhes falará na sua ira e no seu


1 Por que se amotinam as nações, e os furor os confundirá.
povos imaginam coisas vãs? 6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu
2 Os reis da terra se levantam, e os santo monte Sião.
príncipes juntos se mancomunam 7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse:
contra o Senhor e contra o seu ungi­ Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
do, dizendo: 8 Pede-me, e eu te darei as nações por heran­
3 Rompamos as suas ataduras e sacu­ ça e os confins da terra por tua possessão.
damos de nós as suas cordas. 9 Tu os esmigalharás com uma vara de
4 Aquele que habita nos céus se rirá; o ferro; tu os despedaçarás como a um
Senhor zombará deles. vaso de oleiro.

IN T R O D U Ç Ã O 2.1,2 e aplica a perseguição registrada


no Salmo a Jesus. Em Hebreus 1.5 e
A história é marcada por impérios
5.5, você verá paralelos bem claros das
que tentaram dominar o mundo. Até
passagens do salmo. Por isso, o Salmo 2
hoje há líderes que possuem a utopia
de dominá-lo. O Salmo 2 mostra que há é muito importante para nós os cristãos,
um rei em que seu reinado nunca terá 2. A rebelião das nações. O Salmo
fim. Veremos como as nações insistem está estruturado em quatro blocos de
em rebelar-se contra esse rei, como este três versículos cada: w.1-3; w.4-6; w.7-9;
pedirá contas dos homens e, finalmente, vv.10-12 .0 primeiro bloco diz respeito à
como que o rei messiânico apela para rebelião dos gentios contra a autoridade
que os reis se rendam ao seu senhorio, de Deus. O versícuLo primeiro inicia com
uma pergunta retórica: "Por que se amon-
I - A R E B E L IÃ O C O N T R A O U N ­ tinam as nações [.:.]”(v.i). Essa pergunta,
G ID O D E D E U S na verdade, revela a presunção dos reis
1. A importância do Salmo 2. 0 Salmo das nações ao se voltar contra o Senhor.
2 está na categoria dos salmos régios ou Eles se preparam, planejam estratégias
messiânicos. Segundos estudiosos, é acreditando que terão êxito em seu pro­
possível que os salmos régios se refiram pósito. O probLema é que eles se levantam
a Davi ou algum rei em Israel. O ponto contra o Ungido do Senhor, na verdade,
importante é que esses salmos são uma levantam-se contra o próprio Senhor (v.2).
descrição do rei messiânico. Não por aca­ Eles acham mesmo que terão autonomia
so, o Novo Testamento aplica o Salmo 2 à para romper o domínio divino, bem como
pessoa de Jesus tanto na perspectiva do seus planos (v.3). Os primeiros cristãos
ministério terreno quanto na perspectiva aplicaram essa passagem na perseguição
futura daquELe que implantará o seu que eles sofreram (At 425,26). No contexto
glorioso reino na terra. Em Mateus 3.17, do Novo Testamento, o Senhor Jesus é o
a expressão “este é o meu filho amado" Ungido, o Cristo de Deus, acima de todo
tem a ver com Salmo 2,7; Atos 4.25-28, o principado, poder, potestade e domínio
evangelista cita os versículos de Salmo (Ef 2.20,21).

JOVENS 13
3. Rebelião contra Deus é tolice. Há relação entre Jesus e o Pai: “Quem vos
uma lição muito preciosa nesses primei­ recebe a mim me recebe; e quem me
ros versículos. Se uma pessoa não servir recebe a mim, recebe aquele que me
ao Senhor Jesus e praticar o seu ensino, enviou" (Mt 10.40; cf. Jo 13.20).
servirá a outro segundo a sua filosofia (Mt 2. O Ungido do Senhor regerá o
6.24). Não tem como escapar. Liberdade mundo todo. 0 versículo 7 remonta um
longe de Deus é uma completa ilusão. oráculo divino, ou profecia, em que é
Infelizmente, quando alguém se rebela dito ao ungido do Senhor: “Tu és o meu
contra o Altíssimo, deixando de seguir filho; eu hoje te gerei" (v.7). Essa expres­
seus valores, tal pessoa passa a seguir são tem a ver com um herdeiro da casa
uma série de falsidades e ilusões. Ora, de Davi para sempre (2 Sm 713,14). No
os valores de Deus são eternos, bons e Novo Testamento, o autor aos Hebreus
verdadeiros. O que leva um(a) jovem a desenvolve a messianidade de Jesus
deixar de desfrutar do bem espiritual que a partir dessa mesma expressão (1.5).
tem impacto positivo e construtivo na Nesse caso, Deus dará por herança as
vida terrena para abraçar um estilo tolo nações ao rei (v.8) e o ungido destruirá
e desordenado, que só trará prejuízos? com “vara de ferro”os rebeldes e seu
Perder a juventude na rebelião contra reinado será de justiça (v.g).
Deus nunca foi uma boa ideia. 3. Todos prestarão contas. Deus “ri"
das artimanhas dos homens aqui da Terra
II - O UNGIDO PEDIRÁ CONTAS porque todo poder vem d Ele. Os homens
1. Como Deus contempla a rebeliãoque arrogam para si orgulho e soberba e,
dos homens? No versículo 4, temos ao mesmo tempo, buscam a rebelião con­
uma resposta de Deus num tom de tra o Altíssimo, estão fadados ao fracasso.
desprezo e escárnio, típicas expressões Da mesma forma que eles foram dotados
da natureza humana. É muito comum de poder, podem perdê-lo a qualquer
essa linguagem na Bíblia, denominada momento (Dn 2.21), Por isso, precisamos
em Teologia de antropopatismo, ou andar em humildade e mansidão como
seja, atribuição das paixões humanas a Jesus ensinou (Mt 11.29). A soberba e a
Deus (cf. Gn 6.6; Zc 8.2). Essa figura de arrogância humanas só levam ao caminho
linguagem nos ajuda a compreender as de perdição. A Palavra de Deus mostra
verdades eternas da Bíblia de acordo com clareza que, seja quem for, um dia
com a nossa capacidade. Então, Deus todos estaremos diante do Juiz para
está olhando para a rebelião humana, prestar contas de todas as nossas ações
zombando dela porque Ele mesmo (Rm 2.6,7). E tudo será feito de acordo com
falará aos homens no derramamento a reta justiça divina (Rm 2.14-16).
de sua ira (v. 5). Os homens não podem
fazer nada contra a soberania divina. III - UM CHAMADO À RENDIÇÃO
Deus ungiu o seu rei sobre o monte EÀ SUBMISSÃO
Sião, isto é, o monte de sua santidade, 1. Um chamado aos reis da Terra. O
onde está o Santo Templo (v.6). Não por último bloco do Salmo, ou estrofe, traz um
acaso, o Novo Testamento apresenta chamado à rendição completa: “Agora,
a passagem que revela essa mesma pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos

14 JOVENS
instruir, juizes da terra" (Sl 2.10). É uma ©CONCLUSÃO
oportunidade dada às nações para reverter
0 Salmo 2 tem uma ligação muito
seus caminhos tortuosos. Esse chamado
profunda com 0 reinado messiânico do
Lembra muito o convite de sabedoria que
Senhor Jesus, Ao longo dos séculos,
Lemos no Livro de Provérbios (9.10). Ade­
os cristãos sempre leram esse Salmo
mais, o chamado também é para servira
com vista ao reino messiânico do Se­
Deus com temor e tremor (v.ll). Por isso,
nhor Jesus. Haverá um tempo, em que
a BíbLia diz que o temor do Senhor é o
0 reino do Senhor será plenamente
princípio do saber (Pv 1.7 - NAA).
2. Se curvando ao Filho. Aquele que estabelecido neste mundo. Todavia,
se arrepende da rebelião contra Deus ele pode ser experimentado agora por
e o seu ungido, deve se submeter ao meio do reinado de Cristo em nossos
Altíssimo e ao seu Filho: “Beijai 0 Filho" corações. É tempo de deixar Jesus
(v.12). É uma homenagem de submissão reinar dentro de nós.
ao senhorio do Filho. Quem assim pro­
ceder será poupado da ira vindoura. Por
isso, é feLiz e realizado quem se refugia
e confia no Filho (v.12). Assim, o Salmo
encerra exatamente com o convite de
cultivar a confiança no ungido do Senhor.
© HORA DA REVISÃO
O Novo Testamento nos orienta a olhar 1. Em qual categoria podemos clas­
“para Jesus, autor e consumador da fé" sificar o Salmo 2?
(Hb 12.2).
3. Jesus é Rei e Senhor? De maneira
geral, o Salmo nos ajuda a refletira res­
peito da completa rendição e submissão 2. O que a expressão “Por que se
a Jesus. No mundo de hoje, submeter-se amontinam as nações" (v.i) revela?
e render-se a Jesus não é um desafio
fácil. Isso significa fazer dEle o Rei do
nosso coração. Aqui, é que acontece a
verdadeira batalha: quando Jesus deve 3. O que é antropopatismo?
ser o Rei do nosso pensamento, do
nosso sentimento e da nossa vontade
(2 Co 10.5). Quando nosso Senhor se
torna Rei do nosso mundo interior, o 4. O que a Palavra de Deus mostra?
mundo exterior é completamente or­
denado. Entretanto, quando Ele não é
Rei da nossa vida interior, a exterior fica
completamente desordenada. Por isso, 5. O que o Salmo nos ajuda a refletir?
o Salmo nos ajuda a refletir a respeito de
não lutarmos mais contra o reinado de
Jesus em nós. Deixemo-Lo reinar! Então
seremos verdadeiramente livres.
O BOM PASTOR
ESTÁ COMIGO
TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL
" O S E N H O R é o m eu p asto r; SEGUNDA - Jo 10.27
nad a m e fa lta rá . A in d a q u e eu A s ovelhas conh ecem a
a n d a ss e p e lo va le d a so m b ra da voz do pastor
m o rte , não te m e ria m al alg u m , TERÇA - 2 Co 4-16
p o rq u e tu e stá s c o m ig o D e u s renova o interior
(SI 23.1,4) Q U A R TA -E f 4.23,24
R evestidos de um novo
RESUMO DA LIÇÃO hom em em justiça
Q U IN TA -E t 6.1-11
O S e n h o r D e u s su p re to d a s Q u an d o o ju sto é honrado
as n e c e s s id a d e s . E le é o SEXTA - Lc 18.8
n o sso p a s to r e, p o r isso, Perseverando no Senhor
tu d o p re e n c h e . SÁBADO - Jo 10.11
O bom Pastor

16 JOVENS
TEXTO tsitsuou

Salmos 23.1-4 veredas da justiça por amor do seu


1 O SENHOR é o meu pastor; nada me nome.
faltará. 4 Ainda que eu andasse pelo vale da
2 Deitar-me faz em verdes pastos, guia- sombra da morte, não temeria mal
-me mansamente a águas tranquilas. algum, porque tu estás comigo; a tua
3 Refrigera a minha alma; guia-me pelas vara e o teu cajado me consolam.

IN T R O D U Ç Ã O orienta; recupera quando m achuca­


das; as protege diante do perigo; não
Nesta lição, estudaremos o Salmo
as deixa sozinhas; cuida, dando-lhes
23. Veremos que a palavra-chave dele
conforto (vv.1-4). No Novo Testamento,
é confiança. Deus aparece nesse salmo
encontramos nosso Senhor dizer que
como o pastor e o anfitrião do salmista.
suas ovelhas conhecem a sua voz, pois
Ele é o Bom Pastor (Jo 10.27). As carac­
I - PAN O RAM A DO SA LM O 23
terísticas do Bom Pastor, mencionadas
1. Confiança em Deus. De autoria
por Jesus, são as mesmas encontradas
de Davi, 0 Salm o 23 é um dos mais
no Salmo 23 (Sl 23.1-4; cf. Jo 10,9,11,14).
queridos e d eclam ado s salm os na
O nível profundo de relacionamento
vida da Igreja. A expressão "o Senhor faz com que a ovelha reconheça 0 seu
é o meu pastor e nada me faltará”está pastor (Jo 10.16).
nos lábios da maioria dos cristãos. Essa 3. A estrutura do Salmo 23: a ima­
expressão traz consigo exatamente gem do anfitrião. A imagem do anfitrião
o tema que domina todo o Salmo: a revela a característica provedora de
confiança em Deus. Por isso, muitos Deus (vv.5,6). No contexto do S a l­
cristãos que passam por momentos mo, Deus é apresentado como o que
de estresse, ansiedade, angústia e oferece um banquete aos seus filhos
depressão encontram, no Salmo 23, diante dos que se tornaram adversários
consolo e descanso para a alma. Todo e trabalharam para prejudicá-los. O
leitor atento percebe um ambiente de compositor sabia bem dessa realidade,
oásis que brota das letras do Salmo. pois ninguém como ele a experimentou
Toda alm a cansada pode encontrar por meio de muitas conspirações no
descanso nessa porção da Palavra de reinado de Israel (cf. 2 Sm 2.1-32; 3.1-39.
Deus. Assim, veremos que o Salmo 23 13.1- 39). Assim, como bom anfitrião, o
traz duas imagens: a do pastor (vv.1-4) Senhor foi bondoso, misericordioso
e a do anfitrião (vv.5,6). com o seu servo.
2, A estrutura do Salmo 23: a ima­
gem do pastor. A imagem do pastor II - A P L E N A C O N F IA N Ç A EM
no Salmo revela as atividades de um D EU S
pastor com suas ovelhas no campo: 1. O Senhor como pastor (v.i). No
ele as alimenta e as satisfaz; guia e Antigo Testamento, Deus é visto como

JOVENS 17
o Pastor do seu povo (Gn 49.24), Neste mas também sabe que o pastor não o
Salmo, à luz da experiência de Davi deixará em falta: “Tu estás comigo”(v.4).
em apascentar as ovelhas, o salmista Que declaração de confiança! O pastor
recobra essa imagem de Deus como está na jornada da alma do salmista.
o seu pastor, dizendo que Ele o basta Por isso, ele sabe que, ainda que esse
em tudo. Deus é o supremo pastor do momento inseguro lhe cause Lamentos,
seu povo e, por ser assim, de nada ele será consolado pelo pastor (v.4).
sentiremos falta do que necessitamos Nosso Senhor disse que no mundo
(cf. Fp 4.13). Ele nos supre, guarda e sara teríamos aflições, mas não deixaríamos
as feridas de nossas almas. Diante do de ter paz (Jo 16.33: cf. 14 27). Quem já
contexto atual, quem tem sido o seu experimentou o refrigério do Senhor em
bom pastor? A quem você tem se di­ momentos difíceis sabe o quanto Ele é
rigido para buscar auxílio? Você pode bom e cuida de nós. Precisando desse
afirmar que, como bom pastor, Deus refrigério, permita que a letra, a beleza
o(a) preenche por completo? e a realidade espiritual desse Salmo
2 . 0 Senhor que trata a alma (vv.2,3). inunde a sua alma e, como ovelha do
Esses dois versículos mostram como bom Pastor, encontre refúgio debaixo
Deus preenche 0 interior do ser humano. do seu cajado.
“Deitar em verdes pastos" e “guiar às
águas tranquilas”remontam a ídeia de II! - A PLENA PROVISÃO DE
quietude da alma. Por isso, no versículo DEUS
3, o salmista diz: “Refrigera a minha 1. A impotência dos adversários
alma”.Assim, tratada e descansada, essa diante da provisão de Deus (v.5). Saindo
alma receberá instruções para andar da imagem do campo para a de uma
em retidão e justiça. Esse tratamento casa, a expressão “preparas uma mesa”
interior é tão necessário que o apóstolo traz a ideia de o anfitrião convidar o justo
Paulo fala disso em suas cartas, dizendo para uma refeição. Nela, os inimigos
que o nosso homem interior deve se do justo estarão presentes. Estudiosos
renovar dia em dia diante dos desafios dizem que aqui aparece uma imagem
exteriores (2 Co 4.16: Ef 4.23,24). Assim, da demonstração pública que um rei
cada vez mais que nos relacionamos oriental fazia para honrar alguém na
com Cristo, temos a nossa vida interior presença de todos. Nesse sentido, os
renovada e, por isso, podemos teste- inimigos estariam presentes diante da
munhá-lo em quaisquer áreas da vida. honraria do rei. Isso lembra um pouco o
3 . 0 Senhor está conosco. Ser tra­ episódio de Mardoqueu em que Hamã, o
tado pelo Senhor, ser tomado pela sua inimigo dele, teve de honrá-lo (Et 6.1-11).
mão e descansar nEle não quer dizer Então, o salmo mostra Deus honrando o
que não passarem os por situações salmista, ungíndo-o com óleo - segundo
de perigo. Não significa que não atra­ os estudiosos, um óleo perfumoso que
vessaremos momentos de dolorosos. representava hospitalidade e favor - e
Entretanto, o salmista tem uma visão transbordando o cálice, que simboliza
realista da vida, sabe que o dia mal a grande generosidade do Anfitrião.
pode chegar a qualquer momento, Lembre-se de que Deus já tratou assim

18 JOVENS
conosco. Muitos pecadores, com vidas ©CONCLUSÃO
destruídas, já foram completamente
Temos um pastor que cuida de nós.
restaurados por Deus e servidos por
Temos um anfitrião que nos agracia
Ele com graça, abundância de bênçãos
com um rico banquete espiritual. 0 dia
espirituais e materiais sem medidas. Po­
a dia de nossas vidas nos impõe desa­
demos afirmar que milhares de pessoas
fios bem complexos. Por isso, devemos
que outrora foram vítimas de palavras de
estar seguros no Pastor que não nos
morte, hoje contemplam uma realidade
falta, no anfitrião que é generoso para
de bênçãos inimagináveis.
2. Bondade e misericórdia do Se­ conosco. Temos muitas razões para,
nhor (v.6). Aqui, como consequência numa ocasião de sombra e penumbra,
de todo bem que o Senhor fez com declarar: “Tu estás comigo”. Sim, Deus
o salmista, ele chega à conclusão de está com você. Ele sempre esteve. Que
que a sua vida será conduzida debaixo 0 Espírito Santo seja percebido em cada
da bondade e misericórdia de Deus. A metro quadrado em que habitarmos!
cada dia, experimentamos a bondade
e a misericórdia do Senhor. Como o
salmista tinha a convicção de que bon­ © HORA DA REVISÃO
dade e misericórdia seriam realidade
1. Quais as duas imagens presentes
por todos os dias da vida dele, essa
no SaLmo 23?
realidade também é a nossa até a volta
do Senhor Jesus (Mt 28.20; Lc 6.38).
3. Habitando na Casa do Senhor
2, Quais versículos mostram como
(v.6). Portanto, o saLmista esperava
habitar na Casa do Senhor por longos Deus preenche o interior do ser
dias. ou “por dias sem fim” ou “todos humano?
os dias da minha vida” ou “para todo
sempre”. Aqui a ideia é de servir a Deus
por toda a vida. Nesse contexto, não 3. Segundo a lição, qual a visão realista
há como olhar para trás depois de que o salmista tem da vida?
conhecer e experimentar o Senhor
como pastor e anfitrião de nossas vidas.
Como cristãos, anelamos por estar com 4. Que ideia a expressão “preparas uma
Cristo para todo o sempre (1 Ts 417). mesa" traz?
Por isso, devem os perseverar para
nos acharmos fiéis na ocasião de sua
vinda (Lc 18.8; 2 Tm 4.8). Nesse caso, 5. Segundo a lição, qual é a ideia pre­
a melhor forma de fazer assim é estar sente nas expressões “habitar na
em comunhão com outros jovens e Casa do Senhor ‘por dias sem fim'
demais irmãos na igreja local, exercer ou ‘todos os dias da minha vida'?"
a vocação como gratidão ao que Deus
fez em sua vida e manter-se fiel a Ele
em toda reverência e santidade.
PRESTANDO UM CULTO
SANTO A DEUS
TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - 2 Sm 6.12-15
"L e v a n ta i, ó p o rta s, as vo ssa s A A rca de Deus conduzida
c a b e ç a s ; le van tai-vo s, ó p a ra Jerusalém
e n tra d a s e te rn a s, e en trará
TERÇA - Mt 1.23
o Rei da G ló r ia ." Je s u s Cristo é o Em anuel
(SI 24.7) QUARTA - Ap 20.2-7
O Senhor implantará o seu
reino eterno
RESUMO DA LIÇÃO
QUINTA - Mt 22 .37-39
Am ando a Deus e ao próximo
A n o ssa v id a d e v e e s ta r
p le n a m e n te em c o e rê n c ia S E XTA-H b 10.19,20
co m o s v a lo re s d o D e u s q u e
O novo e vivo caminho
trib u ta m o s , re v e re n c ia m o s SÁBADO - Jo 4.23
e a d o ra m o s . Adorando a Deus em espirito
e em verdade

20 JOVENS
Esta é a geração daqueles que bus­
cam, daqueles que buscam a tua
1 Do SENHOR é a terra e a sua pleni­
face, ó Deus de Jacó. (Selá)
tude, o mundo e aqueles que nele
habitam, 7 Levantai, ó portas, as vossas cabeças:
levantai-vos, ó entradas eternas, e
2 Porque ele a fundou sobre os mares e entrará o Rei da Glória.
a firmou sobre os rios.
8 Quem é este Rei da Glória? O SE­
3 Quem subirá ao monte do SENHOR ou NHOR forte e poderoso, o SENHOR po­
quem estará no seu lugar santo? deroso na guerra.
4 Aquele que é limpo de mãos e puro 9 Levantai, ó portas, as vossas cabeças:
de coração, que não entrega a sua levantai-vos, ó entradas eternas, e
alma à vaidade, nem jura enganosa­ entrará o Rei da Glória.
mente. 10 Quem é este Rei da Glória? O S E ­
5 Este receberá a bênção do SENHOR e NHOR dos Exércitos: ele é o Rei da
a justiça do Deus da sua salvação. Glória. (Selá)

INTRODUÇÃO uma ocasião litúrgica, e o quanto ele


A presente lição é um estudo a res­ nos ajuda a cultuar a Deus de maneira
peito do Salmo 24. Veremos o contexto verdadeira. Por isso, o classificamos
em que este Salmo foi produzido, sua na categoria de salmos litúrgicos. Seu
estrutura e como ele mostra duas rea­ apelo litúrgico nos auxilia na prática
lidades no contexto de um culto: Deus do culto moderno. Assim, podemos
como objeto de adoração: adoradores estabelecer a seguinte estrutura do
que tributam adoração a Ele. Nesse Salmo 24:1) A verdadeira natureza da
sentido, perceberemos que o Salmo 24 adoração (vv.1-6): 2) A coroação do
tem muito a nos auxiliar na prática do Rei (vv.7-10). Na primeira estrutura, a
culto a Deus em nossas igrejas locais. natureza da verdadeira adoração, po­
demos subdividi-la em duas partes: a)
I - O DEUS TODO-PODEROSO o objeto da adoração, o Deus Criador
É O OBJETO DE NOSSA ADO­ (vv.1,2); b) a vida de quem adora (v.3-6).
RAÇÃO Neste primeiro tópico, abordaremos os
1 . 0 contexto do Salmo 24. Acerca versículos 1,2 e os versículos 7-10, pois
do Salmo 24, a maioria dos estudiosos dizem respeito ao objeto de devoção
o remonta ao contexto da chegada da e adoração do crente.
Arca da Aliança à tenda preparada no 2. Deus é soberano (vv.1,2). O pri­
Monte Sião, no período do reinado de meiro versículo atesta que o mundo
Davi (2 Sm 6.1-15). É verdade também e tudo o que nele habita pertencem
que o Salmo tem sido classificado na ao Senhor (v.i), Foi Deus mesmo que
categoria dos messiânicos devido à fundou a terra sobre os mares e a
ênfase dos versículos 7-10. Entretanto, estabeleceu sobre os rios (v.2). Esse
o nosso estudo se dará na perspectiva Deus é o objeto de adoração na Tenda
de considerar o salmo adequado para de Israel (2 Sm 6.12-15). Como estabe-

JO V EN S 21
Nosso Senhor é o Rei nos ajuda a adorar o Deus Filho, Jesus
Cristo. Eis o elemento cristocêntrico do
da Glória, o Emanuel,
culto cristão. NeLe, experimentamos um
isto é, o Deus conosco, o pouco do reino eterno de nosso Senhor
Deus que se tornou barro quando um dia será implantado neste
(Mt 1.23). mundo por Ele mesmo e de uma vez
por todas (Ap 20.2-7).

© PENSE!
Deus criou soberanamente o mundo
leceu o mundo e tudo o que nele há, e tudo 0 que nele habita.
Deus formou a nossa vida, nos forjou
segundo a sua vontade. Nós somos © PONTO IMPORTANTE!
criação direta do Deus Todo-Poderoso. 0 Senhor Jesus Cristo é 0 Rei da
É a Ele que devemos louvar e adorar. Glória, 0 nosso Senhor.
É a Ele que devem os prestar culto.
Deus é soberano na vida do seu povo. II - COMO SE APRESENTAR
Não somos onipotentes, onipresentes DIANTE DE DEUS EM SANTO
nem oniscientes; mas Deus é. Somos CULTO
limitados, mas Ele é ilimitado e infinito. 1. Pureza de co ração (v. 3,4). O
3. A coroação do Rei (vv. 7-10). versículo
É 3 se inicia com a seguinte
possível contextualizar esses versí­ pergunta: “Quem subirá ao Monte do
culos a um chamado ao povo diante SENHOR?" Em outras palavras, quem
das portas da tenda que se tornou pode entrar no templo e receber a
Templo (v.7). O pastor George Wood, bênção do SENHOR (v.5)? O versículo
em sua obra sobre Salmos, diz que 4 responde: “o limpo de mãos, puro
nos versículos 3-6 o adorador está fora de coração, que não tem vaidade e
do Templo, mas nos versículos 7-10 nem pratica o engano”. Todas essas
ele está dentro da área do Templo. características são esperadas do jovem
É o Senhor, forte, poderoso e Rei da adorador que entra no Templo para
Glória entrando no Templo (vv. 8-10). cultuar a Deus. É um tipo de vida em
Com o cristãos, também aplicam os que o adorador renuncia o próprio ego
os versículos 7-10 à messianidade de para entronizar a Deus em seu coração
Jesus Cristo (Jo 1.14). Nosso Senhor é (Mt 22.37-39). É um estilo de vida que
o Rei da Glória, o Emanuel, isto é, o tem consequências práticas para fora
Deus conosco, o Deus que se tornou da área do Templo.
barro (Mt 1.23). Embora tenha sido hu­ 2. Bênçãos e justiça de Deus (w. 5,6).
milhado com uma morte de cruz, Deus Os versículos 5 e 6 trazem uma promes­
o exaltou soberanamente, dando-lhe sa, O adorador, que age de acordo com
um nome que é sobre todo o nome os versículos 3 e 4. receberá bênçãos de
para que todo joelho se dobre diante Deus e sua justiça para salvação. Nesse
dEle e toda língua confesse que Jesus sentido, esses adoradores são os que
Cristo é o Senhor. Assim, o Salmo 24 buscam a face de Deus. Sim, o adorador

22 JOVENS
é chamado para se apresentar diante Em Cristo, podemos
do Altíssimo para adorá-lo, buscá-lo e adorar a Deus em espírito e
exaltá-lo (Rm 12.1).
em verdade. Nesse sentido,
3. É tempo de “subir ao monte do
Senhor”. O Salmo 24 nos chama a subir
quem “sobe ao monte do
ao “monte do Senhor". O Novo Testa­ Senhor" vive integraLmente
mento aprofunda a compreensão do o estilo de vida de um
Templo de Deus. Hoje, o Espírito Santo verdadeiro adorador.
nos impulsiona a glorificar a Cristo (Jo
16.14). O escritor aos Hebreus diz que
“tendo, pois irmãos, ousadia para entrar vamos, intercedemos, esperamos que
no Santuário, pelo sangue de Jesus, Ele fale conosco por meio da exposição
pelo novo e vivo caminho que eLe nos da Palavra de Deus e experimentamos o
consagrou" (Hb 10.19,20). Em Cristo, compartiLhamento dos dons espirituais
podemos adorar a Deus em espírito e para a nossa edificação (1 Co 12.4-11).
em verdade (Jo 4.24). Nesse sentido, o Logo, o culto cristão é um momento de
jovem que “sobe ao monte do Senhor” grande devoção espiritual de maneira
vive integralmente um estilo de vida congregacional.
de um verdadeiro adorador. 2. A im portância da Liturgia. De
maneira geral, podemos conceituar
® PENSE! liturgia como a forma que um culto
Quem pode “subir ao monte do a Deus é conduzido. Nesse caso, de
Senhor’? acordo com a sua história, a igreja local
pensa nos cânticos, na linguagem a ser
® PONTO IMPORTANTE! usada, nos gestos e toda forma audível
Quem é limpo mãos e de coração, e visivel que contribuirão para o bom
sem vaidade e engano. andamento do culto, Naturalmente, a
liturgia traz uma ideia de ordem. Ela
III - O CULTO: A EXPRESSÃOdeve ser espontânea no sentido do que
VISÍVEL DO DIVINO NATERRA o apóstolo Paulo ensinou: “Quando vos
1. O culto a Deus. Basicamente o ajuntais, cada um de vós tem salmo,
culto a Deus é o momento em que tem doutrina, tem revelação, tem língua,
tributamos, reverenciamos e adoramos tem interpretação. Faça-se tudo para
a Deus numa igreja local. Embora os edificação" (1 Co 14.26). Assim, podemos
cristãos entendam, teológica e doutrina- dizer que a liturgia das igrejas, no geral,
riamente, que a adoração não mais está tem os seguintes elementos: oração
restrita à área geográfica (Jo 4.24). desde inicial, cânticos congregacionais, mo­
os primórdios nos reunimos num local mento de intercessão, leitura oficial
visível para cultuar a Deus e cumprir das Escrituras, ofertório, pregação da
as duas ordenanças de nosso Senhor: Palavra, apeLo, oração final e bênção
ao batismo e a Ceia do Senhor. Nesse apostólica. Essa ordem pode variar de
momento, entendemos que Deus se acordo com a região de nosso país e
encontra conosco em culto, pois o lou- a liderança da igreja.

JOVENS 23
á

Não podemos estar © CONCLUSÃO


presente de corpo, 0 Salmo 24 mostrou que Deus é 0 objeto
mas ausente de mente. de nossa adoração e que nós vivemos
O culto não acontece para adorá-lo. Nesse sentido, temos um
por causa da liturgia, compromisso ético com Deus e com
nós mesmos que expressa a nossa vida
mas por causa
de culto a Deus. O momento em que
dos adoradores.
passamos em comunhão, adorando
ao Senhor em espírito e em verdade,
pode alterar por completo a trajetória
3. Como devo me preparar para de nossa vida. Portanto, cultuar a Deus
o culto? De acordo com o Salmo 24, com os nossos irmãos se toma 0 melhor
nosso culto e sua liturgia devem nos ato do mundo.
levar a adorar a Deus em espírito e
em verdade (Jo 4.26). Aqui, espírito e
verdade têm a ver exatamente com © HORA DA REVISÃO
a disposição de estar inteiro no ato 1. Qual contexto do Salmo 24 podemos
de adoração, sabendo o que se está remontar?
fazendo ali (Rm 12.1). Não podemos
estar presentes de corpo, mas ausentes
de mente. O culto não acontece por
causa da liturgia, mas por causa dos 2. O que o primeiro versículo atesta?
adoradores. N esse sentido, toda a
nossa memória, atenção, imaginação,
pensamento e linguagem devem estar
voltados para o que estamos fazendo: 3. Segundo o Salm o 24, quais cara c­
prestando santo culto a Deus. No mo­ te rístic a s são e sp e ra d a s d e um
mento do culto, estamos subindo ao
adorador?
"monte do Senhor". Por isso, devemos
ser participantes ativos do período cúl-
tico. Entoar os cânticos, suplicar a Deus
na oração congregacional, receber a
4. Com o podemos conceituar o culto
Palavra de Deus com toda reverência
a Deus, de acordo com a Lição?
e quebrantamento (Sl 51.17). Um culto
pode mudar a trajetória de uma vida.

® PEN SE!
5. Conforme a lição, cite pelos menos
0 que é um culto a Deus?
três elem entos da liturgia bíblica.
@ PONTO IMPORTANTE!
Um momento de tributo, reverência
e adoração a Deus.
O A N SEIO DA A LM A
PO R D E U S

TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL

SEGUNDA - Hb 11 .1-3
" C o m o o cervo b ra m a p e la s Homens que dependeram de Deus
c o rre n te s d a s á g u a s, assim
TERÇA - Js 3 -14-17
su sp ira a m inha alm a p o r ti, ó
A natureza nos ensina lições de Deus
D e u s !" (SI 42.1)
QUARTA - l Co 13.13
A esperança é uma virtude

RESUMO DA LIÇÃO QUINTA - SI 43 4,5


Deus é a nossa alegria e auxílio
A n o ssa alm a su sp ira p o r D e u s; SEXTA -1 J 0 4 4
sua p re se n ç a traz se n tid o à nossa "Maior é o que está em vós"
v id a . N ão p o d e m o s v iv e r s e q u e r SÁBADO - Lm 3.21
um dia sem o Senh or. Cultivando lembranças
que edificam

JOVENS 25
BÍBLICO

Salmos 42.1-11 de ti desde a terra do Jordão, e desde


1 Como o cervo brama pelas correntes o Hermom, e desde o pequeno monte.
das águas, assim suspira a minha alma 7 Um abismo chama outro abismo, ao
por ti, ó Deus! ruído das tuas catadupas; todas as tuas
2 A minha alma tem sede de Deus, do ondas e vagas têm passado sobre mim.
Deus vivo; quando entrarei e me apre­ 8 Contudo, o SENHOR mandará de dia
sentarei ante a face de Deus? a sua misericórdia, e de noite a sua
3 As minhas lágrimas servem-me de canção estará comigo: a oração ao
mantimento de dia e de noite, por­ Deus da minha vida.
quanto me dizem constantemente: 9 Direi a Deus, a minha Rocha: Por que
Onde está o teu Deus?
te esqueceste de mim? Por que ando
4 Quando me lembro disto, dentro de angustiado por causa da opressão do
mim derramo a minha alma; pois eu inimigo?
havia ido com a multidão; fui com eles
10 Como com ferida mortal em meus
à Casa de Deus, com voz de alegria e
ossos, me afrontam os meus adver­
louvor, com a multidão que festejava.
sários, quando todo o dia me dizem:
5 Por que estás abatida, ó minha alma, Onde está o teu Deus?
e por que te perturbas em mim? Es­
11 Porque estás abatida, ó minha alma, e
pera em Deus, pois ainda o louvarei na
por que te perturbas dentro de mim?
salvação da sua presença.
Espera em Deus, pois ainda o louvarei.
6 Ó meu Deus, dentro de mim a minha Ele é a salvação da minha face e o
alma está abatida; portanto, lembro-me meu Deus.

INTRODUÇÃO Trata-se de uma canção escrita pelos


0 estudo do Salmo 42 traz lições filhos de Corá, uma família de levitas.
preciosas para a vida espiritual. Nele, Esses levitas que sabiam bem a respeito
veremos que passar pela juventude da importância da adoração no Templo,
desejando a presença de Deus é uma Por isso, a canção dos Salmos 42 e 43
bênção. Isso não significa que as dores expressa o desejo do levita em retor­
da alma não serão sentidas, mas que, nar ao Templo para a adorar a Deus. O
uma vez na presença de Deus, a nossa cantor lamenta as circunstâncias da vida
alma é preenchida e estaremos prontos que o impedem de participar do culto
para vencer os desafios que a vida nos no Templo. Nesta lição, priorizaremos
impõe. Aprenderemos, portanto, que a exposição do Salmo 42.
a nossa profundidade devocional de­ 2. A alma anseia por Deus. 0 cantor
terminará a qualidade do nosso futuro. usa a imagem da corça que anseia pelas
águas a fim de mostrar o quanto ele
1- A ALMA QUE SUSPIRA POR anseia pela presença de Deus (SI42.1).
DEUS Em seu comentário bíblico, Matthew
1. Introdução ao Salmo 42. 0 SalmoHenry escreve: “Comparecer diante de
42 introduz o Livro II de Salmos. Ele Deus é, ao mesmo tempo, 0 desejo dos
forma uma unidade com o Salmo 43. justos e o terror dos hipócritas”. Essa

26 JOVENS
citação capta exatamente o desejo do 0 início do Salm o 42
justo em estar diante da face de Deus revela a privação do cantor em
por intermédio do culto público, mas cultuara Deus no Templo e sua
quando isso não acontece, por causa
preocupação em encontrar uma
de uma circunstância impeditiva, sua
fonte que alivie a sua sede (v.2).
alma chora e se abate, O justo sente
prazer em estar diante de Deus. Nesse Essa imagem revela que não há
sentido, o início do Salmo 42 revela a alívio para a alma do jovem sem
privação do cantor em cultuar a Deus a presença de Deus.
no Tem plo e sua preocupação em
encontrar uma fonte que alivie a sua
sede (v.2). Essa imagem revela que não
há alívio para a alma do jovem sem a você lembra hoje o motivará para tomar
presença de Deus. decisões espirituais, morais e sociais
3. A capacidade da memória, umaamanhã (Sl 42.5).
faculdade da alma. Longe da presença
de Deus, simbolizada pela presença © PENSE!
no Templo, memórias e sentimentos Por quem a sua alma suspira?
passados do salmista o Lembram dos
tempos áureos da adoração pública (Sl © PONTO IMPORTANTE!
42.3,4). Entretanto, essas lembranças A alma do jovem cristão suspira
aprofundam o desânimo de sua alma por Deus.
ao ponto de ele indagá-la: “Por que se
perturba dentro de mim?" (SL42.5a). Note II - A ALM A QUE SE EN CO N TRA
que as lembranças têm a capacidade de ABATIDA
aprofundar uma dor ou a consequência 1. Não é pecado a alma estar aba­
de uma experiência negativa: mas, ao tida. O versículo 6 diz assim: “Ó Deus,
mesmo tempo, elas têm a capacidade dentro de mim, a minha alm a está
de renovar a esperança (Sl 42.5b). Isso abatida”. Muitos servos do Senhor, ao
dependerá da capacidade que você tem longo da história, tiveram momentos de
de lembrar das dores e das experiências angústias na caminhada cristã. Há uma
negativas e aprender com elas, bem galeria de heróis da fé que comprova
como a capacidade de recordar das isso (Hb 11). O versículo 6 deste salmo
experiências edificantes, dos milagres revela que uma experiência negativa
extraordinários da providência divina pode introduzir em nossa alm a um
em sua vida para motivar as suas ações estado de angústia. Por exemplo, a
hoje. Não por acaso, o apóstolo Paulo não aprovação no vestibular pode fazer
nos convida a cultivar a memória, com isso com a sua alma: o término de um
a verdade, a honestidade, a justiça, namoro pode trazer esse sentimento
a pureza, a am abilidade e todas as de abatimento que paralisa a sua vida
virtudes possíveis (Fp 4.8 cf. Lm 3.21), espiritual; experiências que trazem
É preciso que você selecione bem o um sentimento de fracasso têm um
que entra em sua memória, pois o que potencial de aprisionar você por dentro.

JOVENS 27
Diferentem ente do tempo é uma virtude intrínseca à nossa fé, pois
dos fiLhos de Corá, você tem a esperamos o Senhor Jesus voltar-se
presença de Jesus e a pienitude contra todo tipo de incredulidade.
Portanto, podemos dizer assim para
do Espírito Santo com você. Por
a nossa alma: “Espera em Deus, pois
isso, uma Lição que o Salm o q 2
ainda o louvarei”(Sl 42.11).
ensina é que nada em nossa vida
pode tirar o foco da piedade. Sua ® PENSE!
vida espirituai dará a direção Passaremos por momentos difíceis
para o futuro que você colherá. na Terra.

0 PONTO IMPORTANTE!
2. A natureza traz lições de Deus. Precisamos olhar para o alto. pois
A expressão “portanto" traduz uma de lá vem a nossa esperança.
m udança de atenção do salm ista.
Nesse versículo 6, duas expressões se III - COMO FORTALECER A ES­
destacam, “terra de Jordão" e “Hermon", PERANÇA EM TEMPOS DIFÍCEIS
além do desconhecido monte Mizar. 1. Não esteja sozinho. Diferentemen­
O salmista se encontra nessa região, te do tempo dos filhos de Corá, você
provavelmente ao norte do mar da tem a presença de Jesus e a plenitude
Galileia. Embora ele esteja longe de do Espirito Santo com você (Hb 13.5; Jo
Jerusalém , ele está num local que, 14.16). Por isso, uma lição que o Salmo
historicamente, sem pre revelou as 42 ensina é que nada em nossa vida
grandezas de Deus (Js 3.14-17; Sl 133). pode tirar o foco da fé. Sua vida espi­
A partir dessa im agem , o saudoso ritual dará a direção para o futuro que
pastor norteamericano, George Wood, você colherá. Por isso, vá ao altar do
escreveu: “encontramo-nos na 'terra Senhor, louve-o, pois Ele é a sua alegria
do Jordão', o ponto mais baixo da terra. (Sl 43.4); anseie e priorize a presença
Desse lugar tão baixo, devemos nos de Deus, pois Ele é o teu auxílio (Sl
lembrar do ponto mais alto, o Hermon 43-5: cf. Js 1.8). Observe a importância
(v.6). Dias melhores virão; a vida é feita dos cultos públicos, das reuniões de
de altos e baixos". Assim, a natureza nos estudos bíblicos, da vocação ministerial
traz lições belíssimas de que ela não é e da devoção pessoal. Disso depende
fruto de um caos, de uma desordem. o sentido da sua vida cristã,
Há um Criador que a sustenta e a di­ 2. Equilíbrio espiritual e social.
rige. Se Ele faz isso com os minerais, Há muitos desafios na vida de m ui­
os vegetais, os animais, por que seria tos jovens, Há jovens que trabalham
diferente com os seres humanos? e estudam. Há os que assumiram o
3. É preciso ter esperança. Na fé sustento da casa, pois um dos pais
cristã, o problema não é estar aba­ foi recolhido por Deus. Outros ainda
tido, pois isso é esperado em nossa estão iniciando a carreira nas forças
caminhada (2 Co 4.8,9). O problema é armadas, ou lutando para se sustentar
perder a esperança (cf. 1 Co 13.13). Esta numa universidade pública ou privada.

28 JOVENS
Enfim, os desafios são complexos. 0 CONCLUSÃO
D ependendo de com o reagim os a Nesta lição, vimos que a nossa alma é
esses desafios sociais, podemos entrar dependente de Deus. Não há nada em
num ciclo de ansiedade tendo como que você possa colocar a sua confiança
consequência a depressão. Por isso,
para preencher 0 lugar do Senhor. Per­
uma preciosa lição que o Salmo nos
cebemos também que a alma sente a
ensina é que na proporção que a
ausência de Deus diante de uma tributa­
sua vida espiritual for profunda, você
ção e angústia, embora Ele esteja perto.
superará os desafios reais da vida,
Podemos usar recursos espirituais para
podendo prevenir a rota da ansieda­
reagir ao sentimento paralisante, Assim,
de e da depressão. Por isso, se você
somos convidados a não estar sozinhos,
está vivendo uma situação complexa,
pare, se acalme e reflita: 1) ore e leia a a andar em equilíbrio espiritual e social,
Palavra de Deus: 2) estude e trabalhe bem como, a cultivar lembranças que
com dedicação: 3) espere em Deus. nos motivam a viver a vontade de Deus.
Assim, esse momento complexo pas­
sará, você aprenderá com ele e sairá
© HORA DA REVISÃO
mais maduro do que quando entrou
(cf. Rm 5.3-5). 1. O que a canção dos Salmos 42 e 43
3. Traga à memória o que dá e s­ expressam?
perança. Outra lição preciosa que
podemos extrair do Salmo 42 é a ca­
pacidade de trazer boas lembranças
para o tempo presente desafiador. 2. Por que o cantor usa a im agem da
Tenha em m ente que o que Deus corça?
permitiu você passar ontem é porque
isso o ajudará hoje (Lm 3.21). Por isso,
Ele nos deu a faculdade da memória.
Entre recordações e lembranças, nos­ 3. O que o versículo 6 do Salmo 42
sa alma é alimentada por tudo o que revela?
Deus fez de bom. Não seja escravo das
lembranças que trazem sofrimento e
dor, mas cultive aquelas que trazem
esperança, ânimo e coragem (Js 1.13). 4, Por que a esperança é uma virtude
intrínseca à nossa fé?
0 PENSE!
É possível fortalecera esperança
em tempos difíceis.
5. Cite três atitudes que fortalecem
0 PONTO IMPORTANTE!
a nossa esperança.
Em tempos difíceis é preciso não
estar sozinho, ter equilíbrio e cultivar
bons pensamentos.
PERDOE-ME, SENHOR

TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL


"Tem misericórdia de mim,
SEGUNDA - SI 136.1
ó Deus, segundo a tua A benignidade do Senhor
benignidade; apaga as minhas
TERÇA - Lm 3 22,23
transgressões, segundo a
As misericórdias do Senhor
multidão das tuas misericórdias."
(SI 51 . 1) QUARTA - SI 5 1 3 -5
Confessando o pecado
RESUMO DA LIÇÃO QUINTA - Rm 3.9-12
Todos estão debaixo do pecado
Para viver um processo de
restauração espiritual é preciso SEXTA - Tg 1.14,15
reconhecer a benignidade e a
A prática do pecado
misericórdia de Deus, bem como SÁBADO - Jo 16.8
confessar o pecado praticado 0 Espírito Santo apela para
e abandoná-lo. a consciência

30 JOVENS
Ü B ÉSe

Salmos 51.1-17 9 Esconde a tua face dos meus pecados


e apaga todas as minhas iniquídades.
1 Tem misericórdia de mim, ó Deus,
segundo a tua benignidade; apaga 10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro
as minhas transgressões, segundo a e renova em mim um espirito reto.
multidão das tuas misericórdias. 11 Não me lances fora da tua presença e
2 Lava-me completamente da minha não retires de mim o teu Espirito Santo.
iniquidade e purifica-me do meu pecado. 12 Torna a dar-me a alegria da tua salvação
3 Porque eu conheço as minhas trans­ e sustém-me com um espírito voluntário.
gressões, e o meu pecado está sempre 13 Então, ensinarei aos transgressores os
diante de mim, teus caminhos, e os pecadores a ti se
4 Contra ti, contra ti somente pequei, e converterão.
fiz o que a teus olhos é mal, para que 14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus,
sejas justificado quando falares e puro Deus da minha salvação, e a minha
quando julgares. língua louvará altamente a tua justiça,
5 Eis que em iniquidade fui formado, e 15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha
em pecado me concebeu minha mãe. boca entoará o teu louvor.
6 Eis que amas a verdade no íntimo, e no 16 Porque te não comprazes em sacrifícios,
oculto me fazes conhecer a sabedoria, senão eu os daria; tu não te deleitas em
7 Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; holocaustos,
lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve. 17 Os sacrifícios para Deus são o espírito
8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para quebrantado; a um coração quebrantado
que gozem os ossos que tu quebraste. e contrito não desprezarás, ó Deus.

INTRODUÇÃO 5); 3) Busca por restauração (vv.6,13);


O Salmo 51 está na categoria dos 4) Adoração verdadeira (vv. 14-17); 5)
Salm os penitenciais. Esses Salm os O bem a Sião (vv.18,19). Assim, nesta
trazem a ideia de confissão e busca lição, estudaremos sobre a natureza
pelo perdão de Deus. Outros Salmos m isericordiosa de Deus, a necessi­
podem ser classificad os nessa c a ­ dade de confessar o pecado para ser
tegoria: 6, 37,142, dentre outros. De restaurado, a disposição de viver o
acordo com essa categoria, o Salmo processo de restauração e, finalmente,
51 remonta o contexto em que o rei viver a adoração pública de maneira
Davi foi confrontado pelo profeta Natã restaurada.
por ocasião do seu adultério com Ba-
te-Seba e o consequente assassinato I - M IS E R IC Ó R D IA E C O N F IS ­
do esposo dela, Urias (cf. 2 Sm 12.1-14), SÃO (vv.1-5)
ordenado e planejado pelo rei. Por 1. Um clam or por m isericórdia.
isso, o Salmo 51 está estruturado da Nos dois primeiros versículos, chama
seguinte forma: 1) Reconhecimento a atenção as expressões “tem miseri­
da natureza misericordiosa de Deus córdia" e “benignidade"; “apaga minhas
(vv.1,2); 2) Confissão de pecados (vv.3- transgressões" e “tua misericórdia";

JOVENS 31
Todo pecado ê contra antídoto: voltar-se ao Deus misericor­
dioso, por intermédio de Jesus Cristo,
Deus somente. Embora
e confessar o pecado (vv.1-5; cf. 1 Jo
Davi tivesse adulterado
1.8-10). Todo pecado é contra Deus
com Bate-Seba e ordenado somente. Embora Davi tivesse adul­
a execução de Urias, foi terado com Bate-Seba e ordenado a
“contra ti, contra ti somente execução de Urias, foi “contra ti, contra
pequei". Davi havia violado ti somente pequei". Davi havia violado
vários mandamentos do vários mandamentos do Decálogo (cf.
Êx 20.13-17) e, por isso, seu pecado era
Decátogo (cf. Êx 20.13-17).
exclusivam ente contra Deus. Logo,
quem peca contra Deus só pode ser
lavado, bem como ter purificado o co­
ração, por Ele mesmo por intermédio
“Lava-me” e “purifica-me". O salmista
do Senhor Jesus (1 Jo 2.1,2). Assim, o
tem uma cLara noção de que Deus é
caminho para a restauração do jovem
benigno e misericordioso. A benigni-
cristão, de maneira humilde, é se dirigir
dade do Senhor dura para sempre (SL
ao Deus misericordioso, confessando
136.1), e suas misericórdias não têm fim
especificamente o pecado praticado,
(Lm 3.22,23). Por isso, só Deus pode
tendo a consciência de que somente
"lavar”e “purificar”a alma do salmista.
Deus pode remover a mancha deletéria
Assim, o rei Davi tem plena certeza do pecado por meio do Senhor Jesus.
de que se dirigir diretamente a Deus
é a melhor decisão. Ele é benigno e © PENSE!
misericordioso. Só Ele pode lavar e Deus é benigno e misericordioso.
purificar sua aLma.
2. Confessando o pecado. O sal­ © PONTO IMPORTANTE!
mista se dirige a Deus de maneira Por isso, devem os confessar os
humilde, confessando e especificando nossos pecados a Deus e buscar
o seu pecado (vv.3,4). Este estava tão orientação pastoral.
patente diante dele que a expressão
“em pecado me concebeu a minha II - BUSCANDO A RESTAURA­
mãe" (v.5) revela que o salm ista re­ ÇÃO (vv, 6-13)
conhece a inclinação humana para o 1. Purificando a vida interior. A
pecado desde o início da existência prática do pecado nasce de dentro do
hum ana. Dois pontos estão bem ser humano (Tg 1.14,15). Isso devido à
claros nos versículos 3-5:1) o pecado corrupção total da natureza humana
específico praticado (vv.3,4) e 2) a como consequência do advento do
consciência da inclinação humana ao pecado (Gn 3.1-19; cf. Rm 3.20). Nes­
pecado desde o início da existência se sentido, contemplamos o pedido
(v.5; cf. Rm 3.9-12). do salmista: “purifica-me", “lava-m e”,
3. Deus é quem remove o pecado. “apaga”, “cria em mim [...] um coração
Contra a prática do pecado só há um puro" (Sl 51.6-11). O saLmista sabia que

32 JOVENS
Deus aprecia a verdade de nossa vida A nossa vida interior
interior, pois diante d Ele tudo está precisa ser purificada
patente (v.6). Som ente Deus pode
para que a presença
criar um coração puro, não mais sujo
pelo pecado (v.io); um espírito reto, do Espírito Santo seja
não uma vida torta (v.io). A nossa vida uma realidade e, assim,
interior precisa ser purificada para que tenhamos de volta a
a presença do Espírito Santo seja uma alegria da salvação e um
realidade e, assim, tenhamos de volta espírito voluntário nas
a alegria da salvação e um espírito
coisas de Deus (v.12).
voluntário nas coisas de Deus (v.12).
2. Restituindo a alegria e o júbilo.
Com a vida interior purificada, o sal-
mista espera ouvir júbilos e alegrias
tanto, tudo começa pela purificação
(v.8) no lugar de tristeza e angústia
do coração e o estabelecimento de
pelo pecado praticado. Sim, o salmista
um espírito reto; tudo com eça pela
sabia que o pecado apaga a alegria
renovação interior do jovem cristão.
de viver. O processo de restauração
do pecador perpassa pela confissão,
0 PENSE!
humilhação diante de Deus e, finalmen­
A restauração começa pela vida
te, o fato de tornar a sentir a presença
interior.
do Espírito Santo. Neste Salmo, uma
das verdades mais contundentes é a
© PONTO IMPORTANTE!
de que o pecado tira a presença de
Coração purificado e espírito reto
Deus do salmista (cf. Ef 4.30), Sem esta
presença não há alegria nem júbilo, são requisitos para a renovação
mas sobra tristeza, angústia, frustração interior do jovem cristão.
e consciência pesada.
3. A restauração com eça pela re­ III - PRONTOS PARA ADORAR
novação interior. Precisamos lembrar (vv. 14-17)
de que a obra de restauração de uma 1. O desejo de participar da ado­
vida que caiu no pecado é de Deus e ração pública. Le m b re -se de que
não meramente uma decisão humana. os Salmos são canções para adorar,
Ele pode dar um coração puro e um principalmente, no Templo. 0 salmista
espírito reto (Sl 51.10). Outrossim, o tem o desejo, aqui, de louvar a justiça
Espírito Santo sempre apelará para divina (Sl 51.14). Por isso, o pedido de
nossa consciência a fim de que não livrá-lo dos “crimes de sangue", certa­
fiquemos imersos na prática do peca­ mente, uma alusão ao assassinato de
do, pois é Ele quem nos convence do Urias (v.14). Assim, uma vez perdoado,
pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). o salmista estaria pronto para adorar
E, finalmente, há uma vida plena no publicamente no Templo do Senhor
Espírito, de alegria e júbilo para servir de acordo com a justiça divina (v.15).
a Deus em sua obra e na vida. Entre- A adoração pública, congregacional,

JOVENS 33
tem a ver com o real estado interior ©CONCLUSÃO
da vida do salmista.
Todos nós estamos vulneráveis ao
2. Quebrantamento e contrição.
pecado, Por isso, a Palavra de Deus nos
Os ve rsícu lo s 16 e 17 aprofundam
ensina a vigiar e a cuidar de nossa vida
mais ainda a questão do estado in­
terior para a adoração pública. Note espiritual, Entretanto, quando acontece
as expressões “espírito quebrantado" um "acidente de percurso" na vida do
e “coração quebrantado e contrito". jovem cristão, é importante que ele não
Essas expressões não substituíram deixe de perceber que Deus é mise­
o sistema de sacrifício levítico, pois ricórdia. que é necessário confessar
ele é retom ado no ve rsícu lo 19. A especificamente 0 pecado praticado,
ideia é a de que não podem os nos primeiramente a Deus, em seguida, ao
apresentar para adoração pública de pastor da igreja e, finalmente, viver 0
maneira mecânica, superficial. Nesse processo de restauração espiritual.
sentido, o salmista entende que todo O Espírito Santo nunca deixará de
o seu ser deve estar presente no ato apelar às consciências dos que temem
de adoração, isto é, espírito, alma e a Deus. É tempo de humilhar-se! É
corpo (cf, 1 Ts 5.23). Espírito e coração tempo de confessar! É tempo de ser
quebrantados e contritos são a prova restaurado(a) por Deus!
de que a vida inteira do adorador está
ali diante de Deus.
3. Fazendo o bem para outros. A
© HORA DA REVISÃO
nossa experiência de restauração nos 1. Qual noção o salmista tem a respeito
permite “ensinar aos transgressores de Deus?
os teus caminhos" (Sl 51.13). É isso o
que Deus quer fazer conosco. Que
os nossos gestos exteriores reflitam 2. Q ual o único antídoto contra a
a nossa vida interior, pois se o nosso prática do pecado?
coração for puro e nosso espírito for
reto, consequentemente, nossas ações
serão puras e retas (cf. Mc 7.18-22). 3. Quem é que pode criar um coração
Com o advento do sacrifício de Jesus puro?
Cristo, nós, almas restauradas, corpos
posicionados, somos o sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus (Rm 12.1). 4. Segundo a Lição, a adoração pública,
congregacional tem a ver com o quê?
@ PENSE!
Deus não despreza um espírito e
coração quebrantados.
5. O que a nossa experiência de res­
tauração nos permite?
© PONTO IMPORTANTE!
A adoração pública deve refletira
nossa vida privada.
ALCANÇANDO UM
CORAÇÃO SÁBIO
T E X T O P R IN C IP A L P L E IT U R A S E M A N A L

SEGUNDA-Is 6.1
"E n sin a -n o s a c o n ta r o s no sso s A glória de Deus
d ia s, d e tal m a n e ira q u e TERÇA - Is 6.5
a lc a n c e m o s c o ra ç ã o s á b io ." A nossa finitude e fragilidade
(SI 90.12) QUARTA - Tg 4-13-17
Uma vida humilde
QUINTA-Hb 4-13
R E S U M O D A L IÇ Ã O Nossa vida está patente
diante de Deus
C o n te m p la r a e tern id ad e de D eus SEXTA - Jo 16.8- 10,13
Sensíveis ao Espírito Santo
e co nstatar a nossa finitude e
frag ilid ad e é um bom início para SÁBADO - 1 T m 4 2
É preciso estar conscientes
alcan çar um co ração sábio.
diante de Deus

JOVENS 35
TEXTO BÍBLICO

Salmos 90.1-17 10 A duração da nossa vida é de setenta


1 SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, anos, e se alguns, pela sua robustez,
de geração em geração. chegam a oitenta anos, o melhor
deles é canseira e enfado, pois passa
2 Antes que os montes nascessem, ou
rapidamente, e nós voamos.
que tu formasses a terra e o mun­
do, sim, de eternidade a eternidade, 11 Quem conhece o poder da tua ira? E
tu és Deus, a tua cólera, segundo o temor que te
3 Tu reduzes o homem à destruição; e é devido?
dizes: Volvei, filhos dos homens. 12 Ensina-nos a contar os nossos dias,
4 Porque mil anos são aos teus olhos de tal maneira que alcancemos co­
como o dia de ontem que passou, ração sábio.
e como a vigilia da noite. 13 Volta-te para nós, SENHOR; até quando?
5 Tu os levas como corrente de água; E aplaca-te para com os teus servos.
são como um sono; são como a 14 Sacia-nos de madrugada com a tua
erva que cresce de madrugada; benignídade, para que nos regozijemos
6 De madrugada, cresce e floresce; à e nos alegremos todos os nossos dias.
tarde, corta-se e seca. 15 Alegra-nos pelos dias em que nos
7 Pois somos consumidos pela tua ira afligiste, e pelos anos em que vimos
e pelo teu furor somos angustiados. o mal.
8 Diante de ti puseste as nossas iniqui- 16 Apareça a tua obra aos teus servos, e
dades; os nossos pecados ocultos, à a tua glória, sobre seus filhos.
luz do teu rosto. 17 E seja sobre nós a graça do Senhor,
9 Pois todos os nossos dias vão passan­ nosso Deus; e confirma sobre nós a
do na tua indignação; acabam-se os obra das nossas mãos; sim, confirma
nossos anos como um conto ligeiro. a obra das nossas mãos.

INTRODUÇÃO I - A ETERN ID A D E DE D EU S E A
Nesta lição, vamos estudar a res­ MORTALIDADE DO SER HUMANO
peito de ter um coração sábio. Veremos 1 . 0 Salmo 90. Esse Salmo introduz
que tudo começa em Deus. É preciso o quarto livro dentro dos Salmos. Ele
reconhecera sua eternidade e sobe­ é uma oração de Moisés. Nele, há um
rania. Depois, passaremos a considerar contexto de uma grave situação que
a nossa finitude e fragilidade. Então, não está especificada no Salmo, mas
estaremos prontos para reconhecer os pode ser percebida nele (vv.13,15). O
nossos pecados para abraçar a graça contexto de gravidade pode ser remon­
de Deus e viver uma vida abundante. tado à peregrinação do povo de Israel
Que, ao final desta lição, possamos no deserto, rumo à Terra Prometida
fazer a mesma oração do salmista: (Nm 14). Para compreender melhor o
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de propósito do Salmo, podemos dividi-lo
tal maneira que alcancemos coração da seguinte maneira: 1) Eternidade de
sábio" (Sl 90.12). Deus (vv.1,2); 2) Mortalidade do ser

36 JOVENS
humano (vv.3-6); 3) Reconhecimento ideia de que sejamos humildes e não
de que o salmista está sob a ira de orgulhosos (cf. Tg 4-13- 17)- Viver de ma­
Deus (vv.7-12); 4) Súplica por graça e neira humilde e não orgulhosa passa
esperança (vv.13-17). pela capacidade de ter consciência
2. A eternidade de Deus (w.1,2). No do quanto somos finitos, É próprio da
contexto de sofrimento, o salmista olha juventude não pensar muito na finitude
para a eternidade de Deus: "de eternidade da vida. Essa fase é caracterizada por
em eternidade, tu és Deus" (v.2). Por isso, muitos sonhos, anseios e, por isso, o
Ele é o refúgio do salmista e de seu povo olhar está sempre no futuro. Entretanto,
(v.i). Como é precioso perceber isso no o(a) jovem que está consciente de que
Salmo 90! O salmista nos ensina a, diante não pode escapar dessa realidade fi­
de uma realidade sofrida, parar e olhar nita e compreende a sabedoria bíblica
para a eternidade de Deus. Enquanto aqui ensinada, saberá selecionar as
tudo no plano terreno é passível de coisas que valem a pena. Como a vida
alteração e degeneração, no plano ce­ é passageira, não podemos perder
lestial tudo permanece intacto, glorioso tempo com escolhas superficiais. Assim,
e poderoso, conforme a visão do profeta podemos aprender com Jesus e seus
Isaías, semelhante a Moisés no Salmo: apóstolos; estes últimos tinham plena
“No ano em que morreu o rei Uzias, eu consciência da finitude de suas vidas
vi ao Senhor assentado sobre um alto e terrenas, ao mesmo tempo que sua
sublime trono: e o seu séquito enchia o esperança estava fundamentada no
templo”(Is 6.1). céu (2 Co 5.1; 2 Tm 4 6); embora muitos
3. A mortalidade do ser humano (w. tenham tido uma vida relativamente
3-6). O Salmo também nos ensina que curta (At 12.1,2), o mundo nunca mais
quem contempla a eternidade e a bele­ foi o mesmo depois de seus ministérios.
za celestial passa por uma constatação Portanto, com Jesus e seus apóstolos,
inequívoca: oLhando para dentro de si, aprendemos que quem olha para o
contempla a sua finitude e fragilidade. céu lida muito melhor com as coisas
Isso aconteceu também com o profeta aqui da Terra.
Isaías (6.5), Nessa porção de versículos,
destaca-se as expressões: “mil anos i.,,1 ( P PENSE!
como o dia ontem”ou “como a vigília da 0 que acontece quando contempla­
noite" (v. 4). Em outras palavras, diante mos a eternidade de Deus?
da eternidade de Deus, a vida do ser
humano é curta e passageira. O Novo ^ PONTO IMPORTANTE!
Testamento nos ensina essa mesma Compreendemos a nossa mortali­
verdade: “Digo-vos que não sabeis o dade humana.
que acontecerá amanhã. Porque que é a
vossa vida? É um vapor que aparece por II - CONSCIENTIZANDO-NOS
um pouco e depois se desvanece" (Tg 414), DE NOSSOS EQUÍVOCOS
4. Pensando na finitude para alcan­ 1. Sob a ira de Deus (vv.7,8). O sal­
çar um coração sábio. Tanto o Antigo mista reconhece que o seu povo está
quanto o Novo Testamento trazem a sob a ira de Deus (v.7). Essa ira divina

JOVENS 37
chegou por causa dos pecados, que a contar os nossos dias, de tal maneira
não estão mais ocuLtos, pois foram que alcancemos coração sábio”(v.12).
abertos diante da luz do rosto de Deus Em outras palavras: "Senhor, ensina-nos
(v.8). Aqui há outro aprendizado extra­ a viver!" O Senhor pode nos ensinar
ordinário, No lugar de culpabilizar os por meio de sua Palavra, também por
outros por problemas que são nossos, meio de conselhos de pessoas idôneas,
precisamos aprender a conhecê-los, experientes, que passaram por aquilo
identificá-los e nominá-los. Tudo está que você está passando hoje, Nas
patente diante dos olhos de Deus (Hb Escrituras, vemos esse ensinamento
413). Ora, ter um coração sábio não entre Elias e Eliseu (2 Rs 2.1-14), Paulo
significa ser perfeito, mas tem a ver eTimóteo (At 16.1-3; íT m 1.1) e Barnabé
com ser sensível com uma faculdade e João Marcos (At 15.39), só para ficar
da alma chamada consciência; em que em três exemplos. A atitude mais tola
a Bíblia a revela como juiz interno, bem na vida de um jovem cristão é ele des­
como aos apelos do Espírito Santo prezar o conselho dos mais experientes
(Jo 16,8-10,13). Se algo que você fez e, tomado pelo orgulho, fazer o que
lhe causou dor na consciência, pare parece “reto aos seus olhos" (Jz 21.25).
imediatamente. Não permita que ela
se cauterize (1 Tm 4.2). © PENSE!
2. Não podem os d esperdiçar a Ter sabedoria significa ser perfeito?
vida (vv.9-11). Note o sentimento do
salmista: “Pois todos os dias vão pas­ © I PONTO IMPORTANTE!
sando na tua indignação; acabam -se Não. Ter sabedoria significa ser
os nossos anos como um conto ligeiro” sensível à nossa consciência e aos
(v.g). Você pode ser novo(a) agora, mas apelos do Espírito.
logo envelhecerá (v.10). Certamente,
você não deseja envelhecer de uma III - A SABEDORIA TRAZ ES­
maneira que não agrade a Deus. Cer­ PERANÇA
tamente, essa não é uma atitude sábia. 1. Alegria e benignidade (vv.13-16).
O salmista sabia que não havia tempo Uma vida de sabedoria conduz à uma
para desperdiçar a vida de maneira experiência de alegria e de felicidade.
a rebelar-se contra Deus. No lugar Essa é a oração do salmista: “Sacia-nos
de viver essa vida passageira sob a de madrugada com a tua benignidade
ira de Deus, por causa da prática do [..,] Alegra-nos pelos dias em que nos
pecado, o melhor seria vivê-la sob a afligistes, e pelos anos em que vimos
sua promessa, segundo as bênçãos o mal" (vv.14,15). Se outrora o salmista
do Senhor (v.17), Não é verdade que viveu as consequências de uma vida
para aproveitar a vida você tenha que de equívocos, agora ele deseja viver
praticar exatamente o que desagrada a alegria e a benignidade de uma
a Deus. É possível se realizar naquilo vida virtuosa, ou seja, sábia. Às vezes
que glorifica ao Senhor. colhem os frutos desagradáveis de
3. Corações sábios. Essa porção uma vida pregressa na contramão dos
do Salmo encerra assim: “Ensina-nos valores de Deus. Entretanto, quando nos

38 JOVENS
dispomos a viver de maneira coerente ©CONCLUSÃO
com o Senhor, podemos fazer a mesma
Vimos o quanto Deus é eterno e nós
oração do saLmista, já que a alegria e
somos passageiros. Por isso, não é
a benignidade de Deus nos esperam.
tempo de desperdiçar a vida naquilo
2. Vivendo sob a graça (v. 17). O
que não agrada ao Senhor. Somos
salmista deseja viver sob a graça, não
convidados a ter consciência de nossa
mais sob a ira (v.17). Viver sob a graça
de Deus torna a vida mais sábia, pois, finitude, a selecionar com precisão as
em primeiro lugar, quem vive sob a nossas escolhas e viver, segundo a
graça tem plena consciência de que graça de Deus, de maneira coerente
não pode vencer os desafios sozinho, com 0 propósito dEle para a nossa
A Palavra de Deus diz que “Porque vida. Finalmente, Deus confirmará as
pela graça sois salvos, por meio da fé; obras de nossas mãos.
e isso não vem de vós; é dom de Deus"
(Ef 2.8). Viver por graça é aprender a
depender totalmente de Deus.
3. Confirmando as obras (v.17). Uma © HORA DA REVISÃO
vez conscientes da finitude da vida, da
vida sob a graça, precisamos agir com 1. No contexto de sofrimento, para o
responsabilidade. O salmista encerra quê o salmista olha?
pedindo que Deus confirme as obras
de suas mãos (v.17). Sim, em Deus você
pode sonhar, planejar e se preparar 2. ALém de ensinar a contem plar a
para atingir os objetivos propostos de eternidade e a beleza celestial, o
acordo com o chamado divino para a que 0 Salmo 90 também nos ensinar
sua vida. Ele o(a) chamou para viver um a constatar?
propósito. Se ainda não tem claro qual
é o propósito de Deus para você, ou
se não sabe responder qual o sentido 3. Segundo a Lição, o que significa "ter
de sua vida, chegou a hora de pensar um coração sábio"?
nisso e responder à pergunta asserti­
vamente. Quando vivemos de acordo
com o propósito de Deus para com a 4- O que pode ser classificado como
nossa vida, tudo se encaixa e faz sentido. exemplo de falta de sabedoria na
Então, você poderá pedir: “Confirma a vida dota) jovem cristão(ã)?
obra de nossas mãos”(v.17).

© PENSE!
5. Como o Salmo é encerrado pelo
A quê uma vida de sabedoria conduz?
salm ista? Você pode fazer essa
oração?
© PONTO IMPORTANTE!
A vida de sabedoria conduz à uma
vida de alegria e benignidade.
LIÇÃO 9
28 m ai 2023

HABITANDO NO
ESCONDERIJO DO
ALTÍSSIMO
TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL

" A q u e le q u e h ab ita no SEGUNDA - Mt 1717,18


e sc o n d e rijo do A ltíssim o , Uma fé firme em Cristo Jesus
à so m b ra do O n ip o te n te TERÇA - Js 1.9
d e s c a n s a rá ." A virtude bíblica da fortaleza
(SI 91.1) QUARTA - Rm 16.20
Vitória por meio de Jesus

RESUMO DA LIÇÃO QUINTA - Hb 11.35-40


Padecim entos na vida dos fiéis
SEXTA - Os 6.3
Q u e m se relaciona d e m aneira E preciso conhecer ao Senhor
sincera com D eu s, p o d e
SÁBADO - Lc 18.1
dizer que Ele é o seu refúgio
Tempo de buscar o Senhor
e fortaleza. em oração

40 JOVENS
T E X T O B ÍB L IC O

Salmo 91.1-16 9 Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio!


1 Aquele que habita no esconderijo do O Altíssimo é a tua habitação.
Altíssimo, à sombra do Onipotente 10 Nenhum mal te sucederá, nem pra­
descansará. ga alguma chegará à tua tenda,
2 Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o 11 Porque aos seus anjos dará ordem a
meu refúgio, a minha fortaleza, e nele teu respeito, para te guardarem em
confiarei. todos os teus caminhos.
3 Porque ele te livrará do laço do pas- 12 Eles te sustentarão nas suas mãos,
sarinheiro e da peste perniciosa. para que não tropeces com o teu pé
4 Ele te cobrirá com as suas penas, e em pedra.
debaixo das suas asas estarás seguro; 13 Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos
a sua verdade é escudo e broquel. pés o filho do leão e a serpente.
5 Não temerás espanto noturno, nem seta 14 Pois que tão encarecidamente me
que voe de dia, amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei
6 nem peste que ande na e s c u ri­ num alto retiro, porque conheceu o
dão, nem mortandade que assole meu nome.
ao meio-dia. 15 Ele me invocará, e eu lhe respon­
7 Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua derei; estarei com ele na angústia;
direita, mas tu não serás atingido. livrá-lo-ei e o glorificarei.
8 Somente com os teus olhos olharás 16 Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe
e verás a recompensa dos ímpios. mostrarei a minha salvação.

IN T R O D U Ç Ã O (vv.14-16). Com base nessa estrutura,


A temática desta lição é o Salmo 91, e fazendo a leitura e declamação do
um dos salmos mais queridos de nossas salmo, percebem os que a palavra-
igrejas. Veremos que ele é um cântico -chave é “confiança". Nesse sentido, o
precioso a respeito da confiança em Salmo 91 tem. semelhança com o 23
Deus. Ele revela o Altíssimo como refú­ e o 46. Ele expressa a segurança dos
gio e fortaleza do fiel, sua consequente que depositam a sua confiança em
promessa de livramento e um apelo para Deus. Ao longo dos anos, a igreja tem
o fiel apegar-se mais ao seu Deus. Que encontrado consolo e conforto nesse
possamos, à luz desse belíssimo salmo, salmo, que segundo o pastor George
descansar à sombra do Onipotente, Wood, pode ser relacionado ao que o
apóstolo Paulo escreve em Romanos
I - D E U S C O M O O N O S S O R E ­ 8.31-39. Nesse aspecto, o cristão lê e
F Ú G IO E F O R T A L E Z A canta esse salmo, buscando em Deus
1. A estrutura do Salmo 91. Nestaproteção em tempos de perigos físicos
lição, classificamos a estrutura do Sal­ e espirituais.
mo 91 em três grandes partes: 1) Deus 2 . 0 Deus soberano. Nos versículos 1
como 0 nosso refúgio e fortaleza (vv.1,2); e 2 podemos identificar uma alternância
2) experimentando o livramento do entre a primeira e a segunda pessoa:
Senhor (w.3-13); 3) apegados ao Senhor “Aquele que habita [...]" e “Ele é o meu

JOVENS 41
Deus No primeiro versícuLo as pala­ debaixo de “suas asas” e, ao mesmo
vras “esconderijo", “Altíssimo”, “sombra”, tempo, podemos estar firmes nEle. É
“Onipotente", “descansará” remontam preciso destacar aqui a importância da
a ideia de pLena segurança em Deus. virtude bíblica da fortaleza. A fortaleza
Nesse sentido, estamos diante do que o é uma virtude moral que encontramos
Senhor Jesus sempre esperou de seus abundantemente nas páginas da Bíblia:
seguidores: uma fé robusta e firme (Mt “Seja forte e corajoso" (Js 1.9 - NAA);
171718: cf. Mt 8.26). O versículo 1 é uma “Fortalecei os vossos corações" (Tg 5.8):
afirmação do salmista de que é preciso “(...] Mas tende bom ânimo; eu venci o
reconhecer a soberania de Deus em mundo" (Jo 16.33). Nesse sentido, Deus
tudo em nossa vida, daí o destaque de espera de nós resistência, perseverança
palavras como Altíssimo e Onipotente. Só e resiliência para fazer o bem, resistir às
quem tem fé no Deus Altíssimo, habita muitas tentações e superar os obstá­
com Ele, se esconde nEle e descansa culos em nossa vida espiritual e moral.
debaixo de sua sombra, pode confiar Essa fortaleza não tem fundamento em
plenamente no Senhor. Essa confiança nós mesmos, mas se encontra em Deus.
é o resultado de um relacionamento Por isso, podemos dizer: Ele é “a minha
estreito com o Deus Todo-Poderoso. fortaleza" (Sl 91.2).
Diante de muitos ensinos que enfra­
quecem a doutrina da soberania de ©PENSE!
Deus, que a Bíblia expõe com riqueza 0
que a soberania de Deus promove?
de detaLhes, o Salmo 91 é um convite
para nos lembrar de que a soberania © PONTO IMPORTANTE!
divina é uma doutrina bíblica e cristã A soberania de Deus promove uma
inegociável na história da Igreja e com fé firme e perseverante.
impacto profundo na qualidade da vida
espiritual dos crentes. Quem não crê na li - EXPERIMENTANDO O LIVRA­
soberania divina tal qual encontramos MENTO DO SENHOR (vv. 3-13)
na Bíblia, afastou-se do ensino bíblico, 1. Livramento dos homens maus e
de uma herança de fé legada pelos das doenças (w.3-8). O salmista passa
primeiros pais e, principalmente, não a descrever os diversos livramentos que
poderá declarar: “ELe é o meu Deus, o Deus concede ao fiel que tem Deus
meu refúgio, a minha fortaleza, e nele como refúgio e fortaleza. O livramento
confiarei”(Sl 91.2). diz respeito aos perigos de homens
3. Refúgio e fortaleza. O versículo maus (“laço do passarinheiro", “espanto
2 se encontra na primeira pessoa. É a noturno”, “seta de dia" [v.5]), bem como
afirmação concreta do que Deus é para dos perigos de enfermidades (“peste na
a pessoa que declama o SaLmo, Assim, escuridão", “mortandade que assola ao
podemos nos refugiar no Deus Altíssimo meio-dia" lv.6D. Os versículos 7 e 8 mos­
e Onipotente. A experiência de descan­ tram que os ímpios cairão e receberão
sar no Senhor traz a plena confiança uma recompensa dejuízo, mas ojusto,
nEle. Sim, Deus é o nosso refúgio e a o que vive em fidelidade a Deus, não
nossa fortaleza. Podemos nos esconder será atingido e viverá em segurança.

42 JOVENS
2. Triunfando na batalha (w. 9-13). Os uma ótima chave para ler o Salmo 91:
versículos 9 a 13 são a continuidade da Romanos 8.31-39. Aqui, 0 apóstolo Paulo
descrição da segurança que o fiel tem nos ensina que Deus é por nós e, por
em Deus: “O Senhor como refúgio" e “o isso, nada nos poderá separar do seu
Altíssimo como habitação" (v.g). A praga, amor: “nem a morte, nem a vida, nem
no versículo 10, segundo os intérpretes, os anjos, nem os principados, nem as
é uma referência às pragas que caíram potestades, nem o presente, nem o
no Egito (Êx 11.1), ou seja, Deus livraria o porvir, nem a altura, nem a profundi­
seu povo como o fez no Egito. Os ver­ dade, nem alguma outra criatura" (Rm
sículos 11 e 12 trazem a perspectiva da 8.38,39). Assim, podemos experimen­
intervenção divina do mundo espiritual tar grandes livramentos físicos neste
no mundo físico, por meio de anjos. Note mundo. Entretanto, “sabemos que, se a
que no Novo Testamento, Satanás usou nossa casa terrestre deste tabernáculo
esses dois versículos para tentar nosso se desfizer, temos da parte de Deus um
Senhor, distorcendo completamente o edifício, uma casa não feita por mãos
sentido (Mt 4.6). Em nenhum momento o humanas, eterna, nos céus" (2 Co 5.1:
salmo ensina que os crentes devem se cf. Dn 3.16-18). Portanto, nada pode nos
expor deliberadamente aos perigos. E, separar do amor de Deus derramado
finalmente, o leão e a cobra (v.13) trazem em Cristo Jesus, nosso Senhor, nem
o símbolo de poderes destruidores e mesmo o padecimento físico.
malignos, mas que o Deus Onipotente
fará os seus fiéis superarem (cf. Rm 16.20). 0 PENSE!
3. Um olhar mais profundo. Precisa­ Podemos experimentar 0 Livramento
mos ressaltar que o salmista se refere, físico da parte Senhor.
de modo geral, à relação do fiel com o
Deus soberano. Entretanto, concordo 0 PONTO IMPORTANTE!
com o pastor George Wood, ele sabia Podemos experimentar 0 Livramento
que nem sempre o justo recebe uma espiritual da parte do Senhor.
medida igualmente justa nesta Terra (Sl
73.14), conforme lemos no livro de Jó na III - APEGADOS COM O SENHOR
Bíblia, além da experiência concreta de (vv. 14-16)
exemplos que nos mostram isso. Cer­ 1. Tempo de se apegar a Deus. O
tamente você já presenciou um crente tema confiança continua presente no
fiel a Jesus padecer de uma doença versículo 14. As palavras “livrarei" e "pro­
incurável, ou falecer por causa de um tegerei" aparecem como consequência
acidente. Sofrimentos e padecimentos de “se apegou a mim com amor" e
também assolaram o Senhor Jesus “conhece o meu nome". A Palavra de
e seus apóstolos, bem como muitos Deus diz que devem os “conhecer e
heróis da fé da Bíblia (Hb 11.35-40). Não prosseguir em conhecer o Senhor"
há como negar o sofrimento na vida (Jo (Os 6.3). É um exercício incessante. É
16.33). Isso não quer dizer falta de fé ou preciso conhecer a Deus por meio de
de fidelidade por parte do crente. O sua Palavra. Não há como conhecê-lo
saudoso pastor George Wood nos deu fora da Bíblia, a Palavra de Deus. Esta é

JOVENS 43
a fonte inesgotável de conhecimento
a respeito do Deus Todo-Poderoso.
r 0 CONCLUSÃO
2. Tempo de relacionamento pro­ Nesta lição, estudamos a respeito de
fundo. O versículo 15 diz que o fiel Deus como nosso refúgio e fortaleza.
invocará ao Senhor e Este o responderá Quem se refugia nEle, recebe sustento
e, na angústia, receberá o livramento e livramento. Confiar inteiramente em
de Deus. É na oração que encontra­ Deus é a grande mensagem desse
mos consolo no Senhor. Na oração, salmo. Por isso, a despeito das circuns­
conhecemos o Senhor de uma maneira tâncias e das adversidades externas,
experiencial. Contem plam os a sua
a nossa fé está amparada em Deus
presença, que inunda a nossa alma. É
Ele é 0 nosso esteio, sustento e rocha
na batalha da oração que o nosso re­
inabalável. 0 Salmo 91 é uma expressão
lacionamento com Deus se aprofunda.
que revela uma confiança inigualável
Que maravilha é perceber conscien­
no Todo-Poderoso. 0 Senhor é podero­
temente que o Senhor responde as
so para nos guardar de todo o perigo.
nossas orações (Jr 33.3). Você pode e
deve desfrutar dessa rica experiência Os sistemas de segurança do homem,
espiritual, pois a oração sedimenta a por mais sofisticados que sejam, po­
solidez de nossa confiança em Deus. dem falhar, mas 0 Senhor é infalível.
Quem o experimenta na oração, não Então, não deixe a preocupação e o
duvida jamais de sua poderosa ação. medo dominarem seu coração. Confie
3. Desfrutando do favor do Senhor. inteiramente no Senhor.
0 versículo 16 conclui o Salmo com uma
promessa de longevidade e de salvação.
Recobrando o prudente conselho do
© HORA DA REVISÃO
pastor George Wood, a promessa de
longevidade e de salvação deve ser vista 1. Segundo a lição, apresente a e s­
sempre à luz da eternidade, como men­ trutura do Salmo 91.
cionamos no conteúdo acima. Sempre
levando em conta a revelação do Novo
Testamento a respeito da eternidade 2. Qual a palavra-chave do Salmo 91?
e da segurança no porvir. A lição que
aprendemos no Salmo 91 é de que vale
a pena confiar em Deus, tê-lo como 3. O que o salmista já sabia?
refúgio e fortaleza, pois viveremos o
seu bem tanto aqui na Terra quanto no
Céu. Confie no Senhor! 4. Qual é a fonte inesgotável do conhe­
cimento de Deus?
0 PENSE!
Por que precisamos nos apegar ao
Senhor? 5. Que lição aprendemos do Salmo 91?
@ PONTO IMPORTANTE!
Porque assim, podemos desfrutar de
seu favor em tempos difíceis.

44 IOVENS
BENDIGA AO DEUS
CRIADOR
TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL
"Bendize, ó minha alma, ao SEGUNDA - Is 40.22
SEN H O R ! SEN H O R , Deus meu, Deus está assentado sobre
tu és magnificentíssimo; estás o globo da Terra
vestido de glória e de m ajestade. [...] TERÇA - SI 96.6
Bendize, ó minha alma, ao SEN H O R . "Glória e majestade estão
Louvai ao S EN H O R ." (S1104.1,35) ante a su a face"
QUARTA - At 17.24,28a
RESUMO DA LIÇÃO N ele vivemos, nos movemos
e existimos
D eus é m ajestoso e glorioso, e suas
QUINTA - Ec 3.1-8
O tempo determinado para as coisas
obras revelam a sua m agnificência.
SEXTA - Rm 11.33-36
Por isso, som os cham ado s a
A sabedoria insondável de Deus
louvá-lo, m editar em seus feitos e
SÁBADO - Zc 12.1; Rm 8.16
bendizê-lo po r toda a vida. A vida interior é uma criação de Deus

JOVENS 45
Salmos 104.1-5,9-12,19-24,35 12 Junto delas habitam as aves do céu,
1 Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! SE­ cantando entre os ramos.
NHOR, Deus meu, tu és magnificentíssimo; 19 Designou a lua para as estações; o sol
estás vestido de glória e de majestade. conhece o seu ocaso,
2 Ele cobre-se de luz como de uma veste, 20 Ordenas a escuridão, e faz-se noite, na
estende os céus como uma cortina. qual saem todos os animais da selva.
3 Põe nas águas os vigamentos das suas 21 Os leõezinhos bramam pela presa e
câmaras, faz das nuvens o seu carro e de Deus buscam o seu sustento.
anda sobre as asas do vento.
22 Nasce o sol e logo se recolhem e se
4 Faz dos ventos seus mensageiros, dos
deitam nos seus covis.
seus ministros, um fogo abrasador.
23 Então, sai o homem para a sua lida e
5 Lançou os fundamentos da terra, para
que não vacile em tempo algum. para o seu trabalho, até à tarde.
9 Limite lhes traçaste, que não ultra­ 24 Ó SENHOR, quão variadas são as tuas
passarão, para que não tornem mais obras! Todas as coisas fizeste com
a cobrira terra. sabedoria; cheia está a terra das tuas
riquezas.
10 Tu, que nos vales fazes rebentar nas­
centes que correm entre os montes. 35 Desapareçam da terra os pecadores,
11 Dão de beber a todos os animais do e os ímpios não sejam mais.
campo; osjumentos monteses matam Bendize, ó minha alma, ao SENHOR. Louvai
com elas a sua sede. ao SENHOR.

IN T R O D U Ç Ã O expressão: “Bendize, ò minha alma, ao


Nesta lição, estudaremos um hino Senhor!". Ele é um hino de celebração da
de louvor que celebra as obras de Deus. criação de Deus, das coisas ordenadas
Nesse sentido, trataremos a respeito e sustentadas por ELe mesmo. Muitos
da glória e da majestade divinas. Ve­ estudiosos o remontam ao primeiro e
remos também como Deus governa a ao segundo capítulo de Gênesis. Por
Criação, destacando seu poder criador, isso, podemos apreciar uma divisão
ordenador e sustentador. E, finalmente, do Salmo 104 parecida com os dias de
refletiremos a respeito do convite do Gênesis: Primeiro dia: Luz (v.2a); segundo
salmista a cantar ao Senhor, meditar em dia: divisão das águas (vv.2b-4); terceiro
seus feitos e bendizê-lo para sempre. dia: separação entre a terra e a água
Esta lição é um convite para, a partir da (vv.5-13), vegetação e árvores (w.14-18);
perfeição da obra de Deus, encontrar­ quarto dia: luzeiros como guardião do
mos sentido para superar obstáculos tempo (vv.19-24); quinto dia: criaturas
em nossa vida espiritual. marinhas (vv. 25,26); sexto dia: animais
terrestres, o homem (vv.21-24) e alimen­
I - A GLÓRIA E A MAJESTADE tos para as criaturas (vv.27-30). Assim,
DE DEUS essa estrutura revela a majestade e
1. Estrutura do Salmo 10 4 . 0 Salmo
a glória do Criador e, por isso, somos
104 inicia e encerra com a seguinte convidados a deleitar a nossa alma à

46 JOVENS
vista do maravilhoso trabalho manual so e formoso que ordena e sustenta a
do Deus Todo-Poderoso. nossa vida por completo (At 17.24,28a).
2. Deus está vestido de glória e
majestade. Os versículos 1 e 2 dizem @ PENSE!
que Deus está vestido de glória e de Deus é glorioso e majestoso.
majestade, aLém dos céus serem uma
“cortina", as águas, “o vigamento de Q PONTO IMPORTANTE!
sua morada”, bem como os anjos e 0 Senhor deve ser exaltado e adorado.
ministros, “ventos e labaredas de fogo"
(w,3,4). É o Deus que está assentado II - DEUS GOVERNA A CRIAÇÃO
sobre o globo da Terra (Is 40.22); em 1. Deus criou. A questão de apre­
que a “glória e majestade" revelam a sentar D eus com o o C riad o r é de
sua face e o seu santuário revela sua g ran d e im p o rtân cia para nós, os
“força e formosura" (Sl 96.6). Logo, os cristãos. Ela responde às perguntas:
quatro primeiros versículos do Salmo “De onde viem o s?”, “Qual é a nossa
104 revelam razões preciosas para que origem?", “Para onde vamos?". São
os seres humanos exaltem e adorem perguntas que remontam o sentido
a Deus. da vida. Diante de muitas tentativas
3. Contemplando a glória de Deus. humanas em responder qual 0 sentido
É bem possível que você esteja vivendo da vida e às questões do início e do
dias em que não se sinta disposto(a) fim da existência, o Salmo 104 afirma
a bendizer ao Senhor. Pode ser que que Deus criou a Luz (v.2a), dividiu as
uma “tormenta”misturada ao “furacão” águas (vv.2b - 4). criou a vegetação e
tenha se abatido sobre a sua vida. as árvores (vv.14-18), criou as criaturas
Uma decepção com o vestibular ou marinhas (vv.25,26), criou os animais
outra com uma vaga de emprego que terrestres, o homem e os alimentos
não se abriu, uma decepção afetiva para as criaturas (vv.21-30). Nesse
ou qualquer outra circunstância que sentido, tudo 0 que vemos na Criação
trouxe incômodo à sua alma. Muitas tem a assinatura celestial do Criador.
vezes a nossa fé é posta à prova diante Ora, sem Deus não haveria o sol, a lua,
de uma experiência de sofrimento. Uns as estrelas, o céu, a terra, os animais.
acabam perdendo a fé nesse processo, Sem Deus você não existiría.
mas outros conseguem superá-Lo e 2. Deus ordenou. Deus não apenas
sair fortalecidos com a força do Espí­ criou, mas Ele ordenou a sua Criação.
rito Santo. Isso acontece quando eles Certo filósofo da antiguidade disse
compreendem que o Deus majestoso que próprio do sábio é ordenar. Deus
revela a sua glória, força e formosura é todo sábio (v.24; Rm 11.33-36) e, por
até mesmo em momentos sombrios (Is isso, ordenou a sua criação (vv.19-22),
40.22; Sl 96.6), Ainda que o momento Pense nos cic lo s das estações do
seja de vazio e sem forma, todavia, Deus ano: o verão, o outono, o inverno e a
é poderoso para dar um acabamento primavera, Tudo ordenado pelo Criador.
perfeito. A ordem e a sustentação da Pense no ciclo vital das plantas: ger­
Criação nos revelam um Deus majesto­ minação da semente, crescimento da

JOVENS 47
planta e produção de novas sementes. ® PONTO IMPORTANTE!
Assim também no ciclo vital dos seres Deus não nos abandonou à própria
vivos: nascem, desenvoLvem-se, re­ sorte.
produzem-se e morrem. Pense ainda
nas fases de desenvolvimento do ser III - UM CONVITE PARA DELEI-
humano: infância, adolescência, fase TAR-SE NO BEM DO SENHOR
adulta e velhice. Tudo na Criação, tanto 1. “Cantarei ao Senhor”. Por tudo
humana quanto vegetal, tem um tempo o que Deus fez e faz, o satmista diz:
estabelecido e ordenado por Deus (Ec “Cantarei ao SENHOR enquanto eu
3.1-8). Isso não é aleatório ou por acaso, viver”(v.33). É um convite para viver de
mas revela um Criador que ordenou, maneira em que a vida seja digna de
com precisão, o que criou (Gn 1.6-13). louvar a Deus. Assim, cante ao Senhor
Por acaso, a sua vida não pode ser porque Ele criou você! Cante ao Senhor
ordenada por Ele? porque Ele ordena a sua vida! Cante ao
3. Deus sustenta. Deus criou, or­ Senhor porque Ele sustenta a sua vida!
denou e não abandonou a sua Criação Em Deus, tudo é motivo para louvá-lo.
(v.5). Ele estabeleceu as leis naturais 2. “A minha meditação". Uma vida de
que garantem 0 sustento e 0 desenvol­ louvor a Deus não pode ser dissociada
vimento de tudo que formou (vv. 11-15). de uma vida de meditação. Por isso, o
A respeito do ser humano, a Palavra de salmista afirma: “A minha meditação a
Deus diz: “Fala o Senhor [...] que forma seu respeito será suave”; e por isso, “eu
o espirito do homem dentro dele”(Zc me alegrarei no Senhor" (v.34). Os judeus
12.1). Já parou para pensar que, além sempre tiveram em alta conta a prática
do sustento físico, Deus sustenta a da meditação bíblica. No Ocidente,
vida interior do ser hum ano? Você infelizmente, essa prática não é muito
tem dentro de si algumas faculdades comum. A meditação bíblica tem a ver
cognitivas sem as quais a vida seria com a ideia de pensar de maneira bem
impossível: 1) memória: 2) atenção; 3) concentrada a respeito de algo bíblico
imaginação; 4) vontade; 5) linguagem e espiritual. Isso pode ser feito antes de
etc. É por meio dessas faculdades que um período de oração e após a leitura de
a Palavra de Deus comunica para nós uma porção bíblica. Por exemplo, nesta
a vontade divina e o Espírito Santo lição, estudamos a respeito da majesta­
esclarece-nos a respeito de verdades de de Deus, como Criador, Ordenador
celestiais (Rm 8.16). Por isso, o Senhor e Sustentador da Criação. Seria muito
Jesus afirmou: “I...1 Nem só de pão vi­ proveitoso parar um pouco e meditar
verá o homem, mas de toda a palavra a respeito disso. Algumas perguntas, a
que sai da boca de Deus" (Mt 4.4), Ora, partir do texto bíblico lido, ajudam nesse
Ele sustenta você física, emocional e processo: “a visão de Isaías 6.1-3, ajuda­
espiritualmente. mos a contemplara beleza da majestade
do Senhor"; “Como posso contemplar
© PENSE! a majestade e glória de Deus?"; “O que
Deus criou, ordenou e sustenta eu era antes de Deus me criar?"; “Que
todas as coisas. impacto tem em mim a verdade de

48 JOVENS
que Deus me criou do nada?"; “Consigo © CONCLUSÃO
observar Deus organizando o seu plano
Nesta lição, contemplamos a glória e a
em minha vida, na infância, na juventude
majestade de Deus. Aprendemos que
e na fase adulta?"; “Percebo os dias bem
esse ser glorioso criou todas as coisas,
específicos em que contemplei a provisão
e não somente as criou; ordenou todas
de Deus?" Essas perguntas meditativas
as coisas, e não somente as ordenou;
devem ser feitas em profunda contrição
espiritual e quebrantamento de espírito, Ele sustenta todas as coisas. Isso é
com uma consciência de que Deus está muito consolador, pois entendemos
presente. Quando praticamos isso de que não fomos deixados sozinhos no
maneira disciplinada, somado à nossa mundo. Deus está conosco! Por isso,
vida de oração, o resultado é o seguin­ esse é 0 tempo em que devemos cantar
te: “eu me alegrarei no Senhor" (v. 34). ao Senhor, meditar em suas obras e
Após uma semana de prática, é notória bendizê-lo verdadeiramente.
a diferença em nossa vida espiritual. A
prática da meditação bíblica tem base
na Bíblia e na história da Igreja. Homens
de Deus do passado, como John Wesley,
© HORA DA REVISÃO
praticavam a meditação bíblica. Teremos 1. De acordo com a lição, o que é o
muito proveito espiritual ao meditarmos Salmo 104?
em diferentes porções das Escrituras
Sagradas.
3. “Bendize, ó minha alma, ao SE­
NHOR”. Finalmente, 0 Salmo encerra-se 2. 0 que os quatro primeiros versículos
com 0 salmista exortando a própria alma do Salmo 104 revelam?
a bendizer ao Senhor (v.35). Lembre-se
de que a expressão “Bendize, ó minha
alma, ao SENHOR" também inicia este
Salmo. Fica claro que, independente 3, Segundo a lição, o Salmo 104 apre­
do que esteja acontecendo em nossa
senta Deus de três formas quanto
vida, temos muitos motivos para delei­
ao seu governo da Criação. Quais
tarmos em Deus. Após cantar ao Senhor
são?
e meditar em suas obras não há outra
coisa a fazer, senão: “Bendize, ó minha
alma ao SENHOR" (v. 35).

4. O que a meditação bíblica tem a ver?


© PENSE!
Somos convidados a cantar ao Se­
nhor e a meditar em suas obras.

Q PONTO IMPORTANTE! 5. Como o Salmo 104 encerra?


Há motivos profundos para bendizer
ao Senhor.
LIVRAMENTO EAÇ~
DE GRAÇAS
TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Mt 26.30
" Q u e d a re i eu ao S E N H O R Jesus e os apóstolos
p o r to d o s os b e n e fíc io s entoavam os Salmos
q u e m e te m fe ito ? " TERÇA - At 2.21
(SI 116.12) É tempo de invocar ao Senhor
QUARTA-Ef 2.4
Deus é riquíssimo em misericórdia
RESUMO DA LIÇÃO QUINTA - l Sm 2.6
Deus é o Senhor da vida
O e x e rc íc io d a v irtu d e da
SEXTA - SI 50.14
g ra tid ã o é um a a ç ã o v e rtic a l Expressando a gratidão
(p a ra co m D e u s) e, ao m e sm o
SÁBADO - Rm 12.1
te m p o , u m a a ç ã o h o riz o n ta l Oferecendo um culto a Deus
(p a ra c o m o p ró x im o ). com a própria vida

50 JOVENS
Salmos 116.1-19 10 Crí; por isso, falei: esfive m uito aflito.
1 Amo ao SENHOR, porque ele ouviu a 11 Eu dizia na minha precipitação: todo
minha voz e a minha súplica. homem é mentira.
2 Porque inclinou para mim os seus ou­ 12 Que darei eu ao SENHOR por todos os
vidos; portanto, invocá-lo-ei enquanto benefícios que me tem feito?
viver. 13 Tomarei o cálice da salvação e invocarei
3 Cordéis da morte me cercaram, e an­ o nome do SENHOR.
gústias do inferno se apoderaram de
14 Pagarei os meus votos ao SENHOR,
mim; encontrei aperto e tristeza.
agora, na presença de todo o seu povo.
4 Então, invoquei o nome do SENHOR, di­
zendo: Ó SENHOR, livra a minha alma! 15 Preciosa é à vista do SENHOR a morte
dos seus santos.
5 Piedoso é o SENHOR e justo; o nosso
Deus tem misericórdia. 16 Ó SENHOR, deveras sou teu ser­
vo; sou teu servo, filho da tua serva;
6 0 SENHOR guarda aos símplices; estava
soltaste as minhas ataduras.
abatido, mas ele me livrou.
17 Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor e
7 Volta, minha alma, a teu repouso, pois
o SENHOR te fez bem. invocarei o nome do SENHOR.
8 Porque tu, Senhor, livraste a minha alma 18 Pagarei os meus votos ao SENHOR; que
da morte, os meus olhos das lágrimas eu possa fazê-Lo na presença de todo
e os meus pés da queda. o meu povo.
9 Andarei perante a face do SENHOR, na 19 Nos átrios da Casa do SENHOR, no meio
terra dos viventes. de ti, ó Jerusalém! Louvai ao SENHOR!

INTRODUÇÃO categoria dos Salmos de Louvor ou de


Nesta lição, estudaremos o privi­ Ação de Graças e faz parte do quinto livro
légio de cultivar a gratidão em nossa dos Salmos. No contexto mais específico
vida. Veremos que, por ocasião de um dos judeus, o Salmo 116 está entre os
grande livramento do salmista, ele denominados de hattel (que significa
propôs apresentar atos de ações de “louvor"), ou seja, os salmos 113—118.
graças pelo que Deus fez em sua vida. Esses Salmos eram recitados, ou me­
Assim, aprenderemos que cultivar um lhor, cantados sempre no encerramento
coração grato torna a vida mais leve. A da ceia pascal dos judeus. No Novo
gratidão na vida de um crente revela Testamento, os evangelistas Mateus e
o cultivo da humildade, pois o crente Marcos escrevem que, por ocasião da
sabe que o que ele recebeu veio de “última ceia”de Jesus, nosso Senhor e os
Deus e não de suas próprias forças. apóstolos cantaram um hino (Mt 26.30).
De acordo com o contexto do Salmo
I - A SÚ P LICA DA ALM A DIANTE 116. com os registros dos dois Evan­
DO IM IN EN TE PER IG O gelhos, que se antecipam ao período
1 . 0 que é o Salmo 116 ? Esse Salmo de angústia do Senhor no Getsêmani
tem Davi como autor. Ele se encontra na (Mt 26.36-46); provavelmente, o hino

JOVENS 51
que Jesus e os apóstolos cantaram foi um grande livramento diante da morte
o Salmo 116. Trata-se de um hino em que estava assolando o salmista. Saiba
que o salmista agradece a Deus pelo que, em muitos momentos, passaremos
livramento de uma morte iminente (vv. situações em que “os cordéis de morte"
3,9,15). Ele invocou o nome do Senhor e “angústias do inferno" nos cercarão.
por ocasião de um momento sombrio Por isso, devemos aprender com o sal­
e Deus o respondeu com livramento. mista a forma como reagir diante de um
Esse hino, portanto, é uma canção de iminente perigo. Ele nos mostra que, no
gratidão ao Senhor, em que se estabe­ lugar de tomar uma decisão precipitada
lece um laço espiritual de quem possui diante de um perigo, dirigir-se ao Senhor,
algo (Deus) com quem precisa de algo clamando-lhe incessantemente, é a ação
(o salmista). Isso é gratidão! Deus livrou mais sábia (Lc 18,1-8). Pense agora em
o salmista de uma morte iminente e, por algum evento que pode estar causando
isso, ele o ama (Sl 116.1). tristeza a você! Como ele impacta sua
2. “Cordéis de morte"; “angústias vida? Parece que é uma ocasião bem
do inferno”. Os versículos 1 e 2 revelam sombria, não é mesmo? Coloque tudo
quatro expressões tocantes: “Amo ao isso diante de Deus. Invoque o Senhor!
Senhor”, “ele ouviu”, “inclinou" e “invocá- Só Ele pode transformar os “cordéis de
-lo -e i”. Essas palavras revelam o amor morte" em “laços de vida"; “as angústias
do salmista pelo Senhor. Isso porque do inferno”em “alegria do céu”.
ele passou uma experiência de sofri­
mento em que precisou invocar a Deus II - O PODEROSO LIVRAMENTO
e Este o ouviu e se inclinou, atendendo DO SENHOR (VV.5-11)
à sua oração, A experiência do salmista 1. Piedoso, justo e misericordioso.
foi provavelmente uma experiência Os versículos 5 e 6 reveLam a natureza
de quase morte. As duas expressões do caráter de Deus. As palavras que
“cordéis de morte" e “angústias do a descrevem são “piedade", “justiça"
inferno", certamente referem-se ao e “misericórdia". Deus jam ais age de
episódio de quase-morte do salmista. maneira contrária à sua natureza, ou
Nesse sentido, todas as possibilidades seja, Ele não age de maneira ímpia,
hum anas se esgotaram. Não havia injusta e odiosa. No Novo Testamen­
nada, do ponto de vista humano, que to, o apóstolo Paulo nos apresenta
o salmista pudesse fazer. A única coisa um Deus riquíssimo em misericórdia
possível era “invocar o Senhor". que nos amou com um grande amor,
3. Invocação ao Senhor. “Então, mesmo nós sendo ainda pecadores (Ef
invoquei o nome do Senhor, dizendo: 2.4). Além disso, Ele cuida dos simples
Ó Senhor, livra a minha alma" (v.4). O e dos humildes (Sl 116.6). Por isso, o
termo “invocar" tem um peso forte nas salmista diz a sua alma: “Volta, minha
Escrituras quando o ser humano se alma, a teu repouso, pois o Senhor te
coloca diante de Deus para buscá-lo fez bem" (v.7). O salmista recebeu o bem
em oração (Gn 4.26; Jr 29.12; At 2.21). No do Senhor, o livramento de Deus (v.6).
salmo, trata-se de uma oração supli­ 2. A vida pertence a Deus. Nos ver­
cante para que o Senhor concedesse sículos 8 a 11 o salmista afirma que o

52 JOVENS
Senhor o Livrou da morte (v.8). Veja que é moldada, traçada e estabelecida
belo jogo de palavras: "livrou os olhos pelo Deus vivo. Por interm édio do
das lágrimas; os pés da queda" (v.8). O Espírito Santo, Ele nos dirige conforme
cantor, agora convicto, sabe que não o conselho de sua vontade (Jo 3.8; Ef
será tirado da terra dos viventes, mas 1.11). A caminhada com Deus é uma
ao contrário, ainda terá uma jornada caminhada de profundas experiências
bonita para caminhar de acordo com a com Ele.
vontade de Deus (v.g). O versículo 9 está
em plena harmonia com o versículo 15, © PENSE!
em que aparece a expressão “preciosa Deus é piedoso, justo e misericor­
é a vista do Senhor a morte dos seus dioso.
santos”. A ideia aqui não é de que a
morte do justo seja vista com alegria @ PONTO IMPORTANTE!
pelo Senhor, como se Ele a desejasse. A nossa vida pertence a Deus, Ete a
O salmo trata da gratidão do salmista dá e a tira.
peLo livramento dado por Deus, pois para
Ele nossas vidas são preciosas, tem um III - AÇÃO DE GRAÇAS COMO
valor incomensurável, e mesmo a nossa EXPRESSÃO NO CULTO PÚBLICO
partida está dentro dos cuidados de 1. A virtude da gratidão. Diante do
Deus. Ainda não era a hora do salmista livramento do cantor, surge a pergunta:
partir. Aprendemos aqui que não somos “o que darei eu ao SENHOR [...]?’ (v.12).
deixados por Deus ao acaso, mesmo Os benefícios são imensos, os favores
em ocasião bem delicada. Todavia, de de Deus são muitos. Então o salmista
modo geral, e principalmente no Novo responde: “tomarei 0 cálice da salvação”,
Testamento, a Bíblia mostra que Ele “pagarei meus votos”, “oferecerei sacrifí­
nos acompanha até mesmo na hora da cios de louvores”, “invocarei o nome do
morte, pois a vida é um dom divino e Senhor" (w.12-19). Todas essas atitudes
nenhum de seus filhos perecem neste do salmista têm a ver com o exercício
mundo fora do escopo de sua vontade da gratidão na adoração pública em
(1 Sm 2.6; At 7.54-60). Deus é cuidadoso Israel, ou seja, no Templo, em que o
com a nossa vida, mas também o é na salmista erguerá o “cálice da salvação”
nossa morte. (um costume judaico de acordo com a
3. Experimentando o favor de Deus. lei cf. Nm 28,7) por causa do que Deus
Faça um exercício com sua memória. fez, Ali, ele pagará o seus votos e suas
Recorde um grande livramento de ofertas (Sl 50.14; 66.13). Assim, cultivar a
perigo que você experimentou. Essa virtude da gratidão é também ativar na
experiência pode ser um instrumento memória as lembranças das bênçãos de
de muita edificação espiritual para Deus, pois jam ais podemos esquecer
você e outros jovens em Cristo. Esse o que Ele fez. E à medida que somos
exercício é importante para deixar claro gratos a Deus, somos também gratos
que a vida com Deus é uma vida de ao nosso próximo, pois, na maioria das
experiências verdadeiras. Devemos ter vezes, o Senhor usa o próximo como
plena convicção de que a nossa vida instrumento de livramento para a nossa

JOVENS 53
vida. Nesse caso, a relação de gratidão ©CONCLUSÃO
é tanto vertical (para com Deus) quanto
Você tem tido uma atitude de gratidão
horizontal (para com o próximo).
a Deus? Quais pessoas foram instru­
2. Culto público: um ambiente de
mentos de bênçãos para a sua vida?
gratidão. O culto é o ato de encon­
É preciso trocar as murmurações, as
tro entre Deus e o seu povo. Quando
críticas e a irritabilidade com as coisas
prestamos culto a Deus o fazemos de
maneira que o Senhor venha receber que não temos domínio pela perspec­
o que levamos, isto é, a nossa própria tiva da gratidão, Creia nisso! A vida
vida (Rm 12.1). Nesse contexto, o culto fica muito mais leve. Não por acaso, 0
público é o espaço adequado e especial apóstolo Paulo declarou: “[...] Porque
para oferecermos a Deus a nossa ação já aprendi a contentar-me com 0 que
de graça. Oferecer um culto de ação tenho" (Fp 4.11). Isso só é possível por
de graças por uma bênção recebida meio de um estilo de vida que cultive
ainda é um exercício piedoso e gratifi- a virtude da gratidão.
cante para quem oferece e para quem
participa. É a oportunidade que Deus
dá ao seu povo para praticar a virtude
da gratidão. Por isso, celebre a Deus
em sua igreja local, por exemplo, pela
bênção de passar em um vestibular; ou © HORA DA REVISÃO
pelo ingresso em uma instituição para
se desenvolver profissionalmente; ou 1. Em que categoria o Salmo 116 se
pela cura de uma enfermidade; também encontra?
podemos agradecer pelas bênçãos
espirituais como a salvação de um ente
querido, o batismo no Espírito Santo, 2. Do que trata a expressão “invocar
enfim, as razões para a agradecer ao Pai ao Senhor"?
são inúmeras. Deus se alegra com as
nossas vitórias. Ora, a sua vitória também
pode ser um estímulo encorajador para 3. Quais palavras descrevem a natu­
outros jovens que podem ser animados reza do caráter de Deus?
por meio do seu exemplo. Louve a Deus
com ação de graças, pois Ele é digno
da nossa gratidão! 4- Segundo a lição, o que é também
cultivar a virtude da gratidão?
^ PENSE!
A gratidão é um ato de humiídade.
5. No contexto desta lição, o que é o
© PONTO IMPORTANTE! culto público?
A gratidão é um exercício vertical
para com Deus e horizontal para
com o próximo.

54 JOVENS
112 anos das
Assembléias
de Deus
no Brasil

QUANTO AMO A
TUA PALAVRA
TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL

" L â m p a d a p ara os m e u s p és SEGUNDA-SI 1.2,3


é tua p alavra e luz, p ara o
Um caminho de sabedoria
m eu c a m in h o ." TERÇA - SI 119.128
(SI 119.105) Aprendendo a amar a verdade
QUARTA-Pv 418
A sabedoria da Palavra
RESUMO DA LIÇÃO Q U IN TA -1J0 2.14
Andando na contramão do mundo
A m ed itação diária da Bíblia SEXTA - 2 T m 1.13,14
gera sab ed o ria e discernim ento , Honrando a Palavra
b em com o d ireção para a SÁBADO - Hb 4 12
trajetória d e nossa vida. O alcance da Palavra de Deus

JOVENS 55
Salmos 119.97-109 ao meu paladar! Mais doces do que o
97 Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha m elà minha boca.
meditação em todo o dia! 104 Pelos teus mandamentos, alcancei
98 Tu, pelos teus mandamentos, me entendimento; pelo que aborreço todo
fazes mais sábio que meus inimigos, falso caminho.
pois estão sempre comigo, 105 Lâmpada para os meus pés é tua
99 Tenho mais entendimento do que todos palavra e luz, para o meu caminho.
os meus mestres, porque medito nos 106 Jurei e cumprirei que hei de guardar
teus testemunhos. os teus justos juízos.
100 Sou mais prudente do que os velhos, 107 Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó SE­
porque guardo os teus preceitos. NHOR, segundo a tua palavra.
101 Desviei os meus pés de todo caminho 108 Aceita, SENHOR, eu te rogo, as ofe­
mau, para observar a tua palavra. rendas voluntárias da minha boca;
102 Não me apartei dos teus juízos, porque ensina-me os teus juízos.
tu me ensinaste. 109 A minha alma está de contínuo nas minhas
103 Oh! Quão doces são as tuas palavras mãos; todavia, não me esqueço da tua lei.

INTRODUÇÃO pois tem como propósito estimular o


leitor a desenvolver uma vida reta e
Nesta lição, vamos estudar o Sal­
piedosa. Ele faz parte do quinto tivro dos
mo 119. Veremos a sua estrutura, seu
Salmos. É uma canção precisamente
propósito e o entusiasmo pelo compro­
estruturada em forma de acróstico, o
metimento de viver os preceitos da Lei
seja, há uma estrutura de 22 estrofes
de Deus na sociedade. O estudo desse
organizadas de acordo com as 22 letras
Salmo é um convite a potencializar a do alfabeto hebraico (álefe, bet, guímet
forma como nos relacionamos com a até a letra tau). Essas 22 estrofes são
Bíblia, a Palavra de Deus. compostas de oito versos cada. E cada
verso inicia com a respectiva letra que
I - O APEGO PELA PALAVRA forma cada estrofe. Por exemplo, a
DE DEUS primeira estrofe (vv.1-8) é formada por
1. A estrutura do Salm o 119 . O oito versos e cada verso se inicia com
Salmo 119 é o maior de todos os poe­ a primeira letra do alfabeto hebraico
mas do livro dos Salmos, bem como o álefe. Claro que a tradução do texto
maior texto da Bíblia (não é adequado hebraico para o português não nos
denominar os poemas dos Salmos de permite perceber claram ente essa
capítulos). Ele tem semelhança com o estrutura, mas quem consegue lê a
salmo 19, um poema menor que mostra Bíblia em hebraico percebe isso com
a beleza da Lei no contexto da criação clareza. Essa estrutura privilegia a
divina. O Salmo 119 também pode ser guarda dos preceitos divinos, a partir
classificado na categoria de Salmos da memória, no coração. O propósito
de sabedoria, como os Salmos 1 e 112, é para que quem memoriza o Salmo

56 JOVENS
tenha os preceitos da Lei como ponto versículos 101-104 mostram que quem
de referência na trajetória da vida e, observa os preceitos da Palavra desvia
assim, viva de acordo com as Escritu­ os pés do erro (v.101), não se afasta
ras, É um Salmo que auxilia o crente a dos justos juízos de Deus (v.102), ao
ampliar o pensamento biblico, aprofun­ ponto de deleitar a alma na Palavra
dar o significado dos retos princípios de Deus (v.103). É essa experiência
e atingir um grande nível de fervor com a Palavra que leva o crente ao
espiritual. NaturaLmente, é impossível perfeito entendimento da verdade e,
expor o Salmo 119 em uma lição. Por ao mesmo tempo, o faz “aborrecer"
isso, abordaremos aqui duas porções os caminhos falsos. Assim, uma das
do Salmo: 1) vv.97-104: 2) vv.105-112. consequências naturais para a vida
2. A meditação na Palavra traz sa­ de quem persevera em meditar dia­
bedoria e discernimento (vv.97-100). riamente na Palavra de Deus é amar
Os versículos 97-104 formam a estrofe o que é verdadeiro e aborrecer o que
iniciada pela letra hebraica Mem. O é mentiroso, ilusório e passageiro (Sl
versículo 97 mostra que o salmista ama 119.1281 cf. Fp 4.8,9).
a Lei de Deus e, por isso, ela é a sua
meditação diária. Os versículos 98-100 II - A PALAVRA ILUMINA O
trazem a consequência dessa medita­ CAMINHO DO JUSTO
ção diária: sabedoria e discernimento. 1. A Palavra de Deus como direção
Nesse sentido, nem o conhecimento para a vida (v.105). Os versículos 105-
dos inimigos, as lições dos melhores 112 formam a estrofe iniciada pela letra
professores e nem mesmo a experi­ hebraica Num. O primeiro verso diz que
ência dos idosos se comparam com a a Palavra de Deus é como lâmpada para
sabedoria que emerge da meditação os nossos pés (v.105). A imagem da luz
na Palavra de Deus. A lição é clara: ser nesse versículo, como em outros, traz
perito numa atividade profissional, ter a ideia de direção de Deus para cami­
uma invejável cultura intelectual ou, nhar na vida (Sl 112,4). Essa luz na vida
até mesmo, envelhecer, não significa de quem busca na Palãvra de Deus o
ser sábio e um bom discernidor dos fundamento de tudo é como a luz do
tempos. Podemos ser peritos em al­ alvorecer que brilha cada vez mais até
guma atividade, ser intelectualmente clarear o dia (Pv 4.18). É da Palavra de
vigorosos, experientes na vida, mas Deus que precisamos, diante de uma
completamente vazios dos princípios infinidade de atuais filosofias e ideologias
divinos que regem o nosso compor­ que, no lugar de estimularem o melhor
tamento espiritual e moral. Só a me­ de nós, despertam os mais violentos
ditação diária nos princípios eternos é vícios de nossa alma. A Palavra de Deus
capaz de nos tornar verdadeiramente é a direção certa para o caminho da vida
sábios neste mundo (Sl 1.2,3: Tg 1.5). por que, diferentemente das filosofias e
isso só é possíveL porque guardamos ideologias contemporâneas, ela trata os
o que está na Palavra (v.100). nossos vícios e nos estimula a desen­
3. A m editação na Palavra traz volver as virtudes do Espírito que são
amor pela verdade (v v .io i- 104). Os remédios para as doenças da alma (Gl

JOVENS 57
5.22-24). Permitamos à Palavra de Deus isso, somos convidados a agradecer
nos dirigir para as virtudes do Espírito a Deus pelos nossos pais, professores
e, ao mesmo tempo, instalar em nossa de Escola Dominical e pastores que
alma o desprezo pelos vícios e instintos nos legaram a Palavra de Deus (2
pecaminosos. Tm 1.13). Quantas vezes recebem os
2. Com prom etido com os retos de Deus a Palavra por intermédio da
juízos da Palavra (vv.io6-no). Ter a vida de um irmão ou de uma irmã? E
Palavra de Deus como luz nos estimula como aprendemos a Palavra com eles.
a nos comprometer com ela. Por isso Portanto, olhe para trás e conheça o
o salmista ‘jura”a “cumprir" o seguinte; legado dos irmãos do passado que
guardar os justos juízos da Palavra nos transmitiram a Palavra de Deus,
(v.106). Ora, quem tem o privilégio de aprenda com eles no presente a fim
guardar a Palavra, sabe: a) que, no mo­ de amadurecer para o futuro, e não
mento da aflição, pode ser “vivificado” esqueça do conselho do apóstolo
por ela (v.107); b) que a vida piedosa PauLo ao jovem Timóteo: “Guarda o
tende a ser mais intensa (v.108); c) que bom depósito pelo Espírito Santo que
no momento do perigo, ainda assim, habita em nós" (2 Tm 1.14).
não se esquece da verdade (v.109); d)
que, diante das armadilhas do Inimigo, III - A BÍBLIA COMO PONTO DE
não se desvia dos preceitos da Palavra REFERÊNCIA PARA OS DESA­
(v.110). Quem guarda a Palavra de Deus FIOS ATUAIS
se compromete, e se entusiasma com 1. A Bíblia como a base da traje­
isso, a viver na contramão de todos e tória da vida. Ao estudarmos o Salmo
quaisquer valores contrários à ela. Qual 119, percebemos que ele é um louvor
tem sido o seu comprometimento para a Deus pela existência da sua Palavra.
com os retos juízos da Palavra de Deus? Essa Palavra se encontra ao alcance
3. Guardando a Palavra como le­ de suas mãos por meio da Bíblia. Esta
gado recebido (vv.111,112). O salmista é a revelação especial de Deus para a
reconhece que o testemunho que se humanidade. Ela é a revelação especial
encontra na Palavra foi recebido como porque fala da história da redenção em
legado de seus pais (v.111 cf. Dt 6.14-9). que Jesus Cristo é o centro de toda
Por isso, o seu coração está incLinado essa história (Hb 1.1). Assim, a Bíblia é a
a guardar os decretos divinos para base da trajetória de nossa vida porque
sempre (v.112). Esses dois versícuLos ela nos revela Cristo e todos os seus
nos ensinam que recebemos a Palavra ensinamentos necessários para a vida.
de Deus como um legado de nossos Por isso a Palavra de Deus perpassa os
antepassados. A Igreja de Cristo não lugares mais escondidos dentro de nós
começou conosco, muito menos a sua (Hb 4.12). Portanto, a Bíblia nos ensina a
igreja local. Houve homens e mulheres viver e, também, nos prepara para morrer,
desprendidos que deram suas vidas pois um dia prestaremos contas de tudo
para que a Palavra de Deus pudesse o que fizemos neste mundo (2 Co 5.10).
nos alcançar. Há uma nuvem de tes­ 2. A Bíblia como obstáculo às es­
temunhas antes de nós (Hb 12.1). Por colhas erradas. O Salmo 119 nos ajuda

58 JOVENS
á
a perceber a Bíblia como base para a © CONCLUSÃO
trajetória da vida. Ele também nos auxilia A presente lição nos encorajou a ter a
a compreender que, consequentemen­ Bíblia em alta conta. 0 Salmo 119 nos
te, a Bíblia é um obstáculo às escolhas ajuda a refletira respeito da importância
erradas. Ora, como ela alcança a nossa
da meditação na Bíblia, a Palavra de
mente, nos ajudando pensar a verdade,
Deus, em nossa trajetória de vida. Certa­
a amar a verdade e praticar a verdade,
mente. você está inserido num contexto
a Bíblia se torna um antídoto contra as
externo em que os valores da Bíblia são
escolhas erradas (cf. Tg 1.14). Quando
desprezados. Entretanto, você tem a
pensamos, amamos e praticamos os
oportunidade de revelar esses valores
valores da Bíblia, não há espaço para os
bíblicos no contexto de sua vivência, de
valores secularizados (1 Jo 2.15-17). Por
modo que as pessoas sejam influenciadas
isso, diante de uma cultura seculariza-
pelos princípios atemporais e eternos
da, que nos estimula a tomar decisões
que brotam das Sagradas Escrituras.
desprovidas dos valores atemporais e
Portanto, honre a Palavra de Deus em
eternos da Bíblia, decida de maneira
qualquer lugar que você esteja!
entusiasmada a obedecer, de todo o
seu coração, a Palavra de Deus. Sinta-se
privilegiado de ser convocado por Deus © HORA DA REVISÃO
a trilhar um caminho de sabedoria e 1. Como 0 Salmo 119 está estruturado?
discernimento num tempo marcado pela
tolice e ignorância espirituais (vv.97-100).
3. A Bíblia como fundamento sóli­
do. O Salmo 119 também nos ajuda a 2. Qual é a consequência natural de
perceber a Bíblia como um farol que
perseverar em meditar diariamente
ilumina tempos escuros. Sociólogos
na Bíblia?
já descreveram este tempo como um
"período líquido' em que não há valo­
res sólidos, em que a superficialidade
predomina na vida de muitos jovens,
3. Diante da infinidade das atuais filoso­
suas esperanças e sentido de vida se
fias e ideologias, do que precisamos?
desmancham com facilidade. Entre­
tanto, a Palavra de Deus é como um a
rocha que traz fundamento a uma casa.
4. Segundo a lição, o que a Bíblia nos
Por isso, a Bíblia tem o poder de trazer
ensina?
lucidez e equilíbrio ao ser humano que
perdeu a esperança. Nela, encontramos
o sentido de nossa existência e somos
5. De acordo com a lição, o que en­
encorajados a viver de acordo com esse
contramos na Bíblia?
sentido, de uma maneira divinamente
coerente com o que Deus nos vocacio­
nou a ser (2 Tm 1.6,7).
A BELEZA DA UNIDADE
ESPIRITUAL
T E X T O P R IN C IP A L L E IT U R A S E M A N A L

SEGUNDA - 1 Sm 17.28,29
" O h ! Q u ã o b o m e q u ão
A falta de unidade familiar
su a ve é q u e os irm ão s
vivam em u n iã o !" TERÇA - 1 Sm 18.7-9
Davi teve que lidar com o
(SI 133.1)
ciúme de Saul
QUARTA - 2 Sm 5.1-4
A unificação do reino de Israel
R E S U M O D A L IÇ Ã O
QUINTA - J o 17.23
Unidade espiritual gera fidelidade
A u n id a d e d a Ig re ja d e
SEXTA - Jo 15.5
C ris to c o m e ç a e m D e u s ,
Unidade espiritual gera frutos
e m n o sso re la c io n a m e n to
SÁBADO - At 2.42
p e s s o a l co m C r is to .
Unidade gera perseverança

60 JOVENS
T E X T O B ÍB L IC O

Salmos 1 3 3 -1 -3 também por aqueles que, pela sua


palavra, hão de crer em mim.
1 Oh! Quão bom e quão suave é que os
irmãos vivam em união! 21 Para que todos sejam um, como tu,
ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que
2 É como o óleo precioso sobre a cabe­ também eles sejam um em nós, para
ça, que desce sobre a barba, a barba que o mundo creia que tu me enviaste.
de Arão, e que desce à orla das suas
22 E eu dei-lhes a glória que a mim me
vestes.
deste, para que sejam um, como nós
3 Como o orvalho do Hermom, que desce somos um.
sobre os montes de Sião; porque ali
23 Eu neles, e tu em mim, para que eles
o SENHOR ordena a bênção e a vida
sejam perfeitos em unidade, e para que
para sempre.
o mundo conheça que tu me enviaste
João 1720-23 a mim e que tens amado a eles como
20 Eu não rogo somente por estes, mas me tens amado a mim.

IN T R O D U Ç Ã O disputa. O Salmo 133 revela a beleza da


Nesta lição, estudaremos a respeito unidade de uma família natural, bem
do tema da unidade encontrado no Sal­ como da família espiritual.
mo 133. Relacionaremos o Salmo com a 2. A unidade é boa e suave (v.i).
oração sacerdotal do Senhor Jesus (Jo Nesse versículo, duas expressões se
17.20-23) e veremos que a verdadeira destacam : “quão bom" e “suave”, O
unidade dos cristãos começa em Deus, satmista deseja demonstrar a beleza
no nosso relacionamento pessoal com da unidade entre irmãos de uma família
Cristo para, então, nos relacionarmos natural para animar a unidade espiritual
com os irmãos. Esse relacionamento da nação. Aqui, devemos levar em conta
passa pela perseverança na doutrina, que nem sempre é possível que irmãos
na piedade e no serviço cristão (At 2.42). de carne habitem na mesma família.
Passagens da Bíblia mostram isso a
I - A BELEZA DA UNIDADE respeito de Esaú e Jacó (Gn 36.6-8) e
1. 0 Salm o 133. É um Salm o de o desentendimento entre Abraão e seu
Davi, denominado dos degraus ou das sobrinho Ló (Gn 13.6). Quando irmãos
peregrinações. Há pelo menos mais 15 vivem guerreando entre si, famílias in­
salmos na categorias dos degraus (120 teiras sofrem. Entretanto, a força desse
a 134). A característica principal deles primeiro versículo reside exatamente
é a de serem canções de adoração em perceber, que, se há degradação
enquanto o povo de Deus peregrinava na desarmonia familiar, há beleza na
ao Monte Sião para adorar ao Senhor. unidade e harmonia entre irmãos: a
Nesse aspecto, o tema desse salmo é família toda é abençoada, a paz e a
a unidade. Na adoração, a unidade é harmonia predominam, bondade e
o elemento indispensável É o contra­ suavidade têm lugar na família. Quem
ponto a qualquer ideia de egoísmo ou não gosta de desfrutar da bondade e

JOVENS 61
da suavidade de um ambiente familiar? ordena todas as bênçãos. Assim, é o
Essa imagem da unidade familiar deve amor fraterno, a unidade entre irmãos.
transbordar para a unidade espiritual Ele traz frescor em periodo de sequidão:
pois o salmista espera que os peregri­ saúde, em momento de enfermidades:
nos israelitas apliquem essa verdade conforto, alegria e vida para a familia
ao subir unidos para adorar no Templo. espiritual (cf. At 2.46,47).
Na realidade da igreja local, somos
irmãos espirituais em Cristo e como é @ PENSE!
belo, bom e suave quando a unidade 0
que a unidade pode produzir?
é a nossa realidade.
3. Duas imagens: o óleo da unção@ PONTO IMPORTANTE!
e o orvalho de Hermom (vv. 2,3). Davi, A unidade pode produzir frescor,
o salmista, usa duas imagens para fa­ saúde, conforto, alegria e vida.
lar a respeito do valor e da beLeza da
unidade: o óleo da unção e o orvalho II - U N ID O S PA R A A F ID E L ID A D E
de Hermom. E F R U T IF IC A Ç Ã O
a) O óleo da unção sobre o sum o 1. Unidade na igreja. Da mesma
sacerdote. A consagração do sumo forma que o salmista desejava que a
sacerdote acontecia apenas uma vez nação compreendesse o valor, a beleza
na vida dele e tratava-se de coisa san­ e a importância da unidade espiritual
ta. O perfume do óleo exalava todo o (Sl 133.1-13), nosso Senhor desejou a
ambiente conforme ele escorria sobre perfeita unidade de sua Igreja Uo 17.20-
o corpo do sumo sacerdote, sua cabe­ 23). O Senhor Jesus não só desejou isso,
ça e barba, bem como suas vestes. A Ele orou por isso (v.20). Essa oração
comparação é clara: a unidade espiritual, tem uma perspectiva futura, a respeito
observada do ponto de vista de Deus, dos que “hão de crer em mim”(v.20).
é coisa santa, sagrada, que destila Nosso Senhor sabia que a unidade é
bom perfume, formosura e doçura em boa e suave (Sl 1331) e sua Igreja não
qualquer ambiente pelo qual passar. pode renunciar à ela.
b) O orvalho de Hermom que desce 2. A unidade co m eça em Deus.
sobre os montes de Sião. Do ponto de Como Davi tomou o exemplo da con­
vista geográfico, o monte Hermom sagração do sumo sacerdote e do
está bem distante do montes de Sião, orvalho de Hermom, para representar
estes ficam no sentido sul, aquele em a bondade e a suavidade e a unidade
sentido norte. O Hermom é cercado de exalam, nosso Senhor tomou o seu
uma região em que o sol é escaldante. relacionamento com o Pai para que
Entretanto, por ser um monte bem a Igreja estivesse unida ao Pai e ao
elevado, seu pico sempre está coberto Filho (Jo 17.21). Nessa perspectiva, a
de neve. É o orvalho do Hermom que unidade entre irmãos não é possível
levará frescor e vida à área de vegeta­ sem um verdadeiro relacionamento
ção castigada pelo sol escaldante, até pessoal com Deus.
chegar ao monte de Sião, a morada 3. Unidade entre irmãos. Como
do Deus Todo-Poderoso, de onde Ele irmãos espirituais, nossa unidade deve

62 JOVENS
ser à luz da unidade do Filho com o seu ministério e quando por ocasião
Pai (v.22). Assim, seremos aperfeiçoa­ de sua aparição aos apóstolos durante
dos por Cristo nessa relação fraternal 40 dias, após ter ressuscitado (At 1.3).
(v.23). É uma unidade que com eça Todo esse ensino foi transmitido aos
em nossa união espiritual com C ris­ apóstolos, e estes transmitiram à Igreja
to, onde a Bíblia diz que somos um (Ef 2.20). Esta, por sua vez, tem o com­
Corpo e Cristo, a cabeça (1 Co 12.12; promisso de preservar essa herança
Ef 5.23); um edifício cujo fundam en­ apostólica recebida diretamente de
to é Cristo (1 Co 3.10,11). Com base Jesus. Nesse caso, os jovens da Igreja
nessa verdade, somos cham ados a de Cristo devem ter uma consciência
perseverar em unidade como a igreja doutrinária. Não por acaso, o apóstolo
em Atos dos Apóstolos (At 2.46; 5.42; Paulo falou a respeito da perseveran­
9.31). Assim sendo, a ideia de uma ça na doutrina ao jovem Timóteo: “Tu,
igreja lo cal dividida, isto é, fam ília porém, tens seguido a minha doutrina
espiritual não tem origem em Cristo I...] permanece naquilo que aprendeste
nem em sua Palavra. A ideia de uma e de que foste inteirado, sabendo de
juventude divorciada de uma profunda quem o tens aprendido”(2 Tm 310,14).
convivência cristã na igreja local não Antes de pensarmos em fazer algo, é
tem rastro algum na Palavra de Deus, preciso pensar corretamente em algo.
Essa convivência se dá por meio de Nesse sentido, precisam os acessar
alguns elementos bem concretos que, intelectuatmente a doutrina da PaLa-
segundo o que lemos na Palavra de vra de Deus. A doutrina fala ao nosso
Deus, são bem claros: a doutrina, a intelecto, à nossa razão, por intermédio
piedade e o serviço (At 242). A unidade do Espirito Santo. Deus nos deu essa
deve levar em conta o que temos em faculdade cognitiva para conhecer as
comum, ou seja, crem os na mesma suas verdades.
fé, praticam os a m esm a piedade e 2. Unidade na piedade. Não basta
prestamos o mesmo serviço. apenas conhecer a doutrina correta,
é preciso amar e viver a doutrina de
© PENSE! Cristo, seu ensino e sua vida. O Cris­
Onde a unidade cristã começa? tianismo bíblico tem como base uma
pessoa: Jesus Cristo, que foi crucificado,
© PONTO IMPORTANTE! morto, sepultado e que ressuscitou
A unidade cristã começa em Deus. ao terceiro dia. Nesse sentido, é pre­
ciso relacionar-se com essa pessoa:
III - E L E M E N T O S D A U N ID A D E Jesus Cristo. Isso acontece por meio
D A IG R E J A da prática da vida piedosa, com o
1. Unidade na doutrina. O Novocontemplamos na primeira igreja (At
Testamento apresenta a doutrina como 2.42). Quando exercemos a piedade
elemento importante da unidade cris­ por meio das disciplinas da oração,
tã: “E perseveravam na doutrina dos do jejum , da leitura devocional da
apóstolos” (At 2.42). A "doutrina” aqui, Bíblia, das presenças regulares aos
ou “ensino", é o ensino de Jesus em cultos e reuniões de oração da igreja

JOVENS 63
local, estam os desenvolvendo um & CONCLUSÃO
relacionamento pessoat com Jesus
0 Salmo 133 nos ensina a beleza da
Cristo. Então, passamos amar o que
unidade entre o povo de Deus. A uni­
com preendem os intelectualmente.
dade espiritual é como um perfume
Assim, experimentamos de maneira
que exala seu doce aroma em todos
concreta que a Palavra de Deus é
a verdade que traz sentido para a os ambientes Nosso Senhor espera
nossa vida. que você exale esse aroma por meio
3. Unidade no serviço. Devemos da unidade. Nada é mais incrível do
conhecer a doutrina de Cristo, amar a que uma juventude unida na causa do
pessoa de Cristo e praticar 0 que Ele en­ Evangelho. Como Deus se agrada de
sinou. Aqui, nos referimos à prática das uma juventude que pensa na mesma
boas obras em favor do próximo, como doutrina, ama a mesma pessoa e faz
acontecia na vida da igreja apostótica exatamente o que Jesus ordenou
(At 242). Partilhar os bens para suprir que fizesse!
a necessidade de uma pessoa, como
resultado da compreensão do conteúdo
transmitido pelos apóstolos e do amor
despertado pelo relacionamento com
o Senhor, era uma marca da igreja de
0 HORA DA REVISÃO
Atos (At 244), É uma bênção quando
há unidade entre os cristãos com a 1. QuaL a característica principal dos
finalidade de suprir as necessidades salmos dos degraus ou das pere­
de nossos irmãos. Certamente você grinações?
deve conhecer alguém em sua igreja
que precise de uma mão estendida.
Assim, a juventude cristã é chamada 2. O que 0 salmista deseja demonstrar
para servir ao próximo em unidade no Salmo 133?
como consequência de pensar corre­
tamente o que Jesus ensinou, de amar
a Pessoa dEle, e por isso, fazer o que 3. Para representar a ideia de unida­
Ele ordenou (Lc 10.25-37). Portanto, de, qual imagem o Senhor Jesus
pensemos na mesma doutrina, amemos
apresentou?
a mesma pessoa e pratiquemos o que
Jesus ensinou.

4. A que a palavra “doutrina" se refere?


® PENSE!
Quais elementos constituiem a
unidade cristã?
5, Com o podem os d esen vo lver o
® PONTO IMPORTANTE! nosso relacionamento com Cristo?
Unidade na doutrina, na piedade e
no serviço.
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povo assembleiano, a Faculdade FAECAD coloca à disposição o curso livre
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O JOVEM CRISTÃO
N E O MUNDO
4CADÊMICO
Por muito tempo alguns líderes evangélicos olharam de
forma pouco amistosa para 0 ensino superior, achando que
podería atrapalhar a caminhada de seus liderados.

Manter a fé inabalada em um ambiente hostil e contrário


a religião cristã ao longo dos tempos, tem sido um desafio
para os crentes que ingressam tanto no ensino médio
quanto na universidade. Mas a Bíblia nos mostra di­
versas histórias de heróis da fé, que foram chamados
desde a sua juventude e não se acovardaram pelas
adversidades da jornada. Já parou para imaginar
Daniel nos dias de hoje? Será que ele faria todas as
brincadeiras para agradar os seus colegas?

Ser um jovem cristão não é tarefa fácil, todavia perma­


necer com os princípios bíblicos e ser 0 influenciador dos
seus amigos é 0 melhor caminho. Então, como você vive
sua fé no mundo acadêmico?

IS SN 2 1 7 5 - 8 1 2 8

B edítoraCPAD

CB© (§)•'
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