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HINÁRIO ADVENTISTA
CANTANDO COM A HISTÓRIA
ANTÓNIO CELESTINO
ABC VIDA | LUANDA
Dedicatória 1
PELO AMOR,
PELO DOM DO CANTO,
PELA VOZ SUAVE!
APRESENTAÇÃO 2
António Celestino
Professor Economista
SUMÁRIO
ABC VIDA
Minha Esperança ............................................................................................................ 4
3
Jesus é Melhor ...................................................................................................................... 6
Nome Precioso ..................................................................................................................... 9
Quem Ouvir as Novas ........................................................................................................ 11
Eis uma Fonte ..................................................................................................................... 13
Alvo Mais que a Neve ........................................................................................................ 17
Rude Cruz............................................................................................................................ 19
Sou Feliz com Jesus ........................................................................................................... 22
Bendita Segurança ............................................................................................................. 26
Fé é a Vitória ....................................................................................................................... 28
Brilho Celeste...................................................................................................................... 29
Saudade ............................................................................................................................... 31
Cuidará de Mim Também ................................................................................................. 33
Deus Cuidará de Ti ............................................................................................................ 34
Oh! Que Amigo em Cristo Temos! ................................................................................... 36
Mais Perto Quero Estar ..................................................................................................... 39
Jóias Preciosas ................................................................................................................... 42
Olá, amigo (a)! ........................................................................................................................ 45
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 253
Minha Esperança
Letra: Edward Mote (1797-1874)
Título Original: The Solid Rock 4
membro da igreja, esse lhe pediu que fosse visitar sua esposa que
estava gravemente enferma. À tarde, Mote se apressou em fazer isso.
O Sr. King pediu que cantasse um hino, lessem as Escrituras e
orassem. Procurou o seu hinário, mas não o achou. Edward Mote
continua a contar:
“Eu disse: ‘Tenho uns versos aqui no meu bolso, se quiser, podemos
cantá-los’. Assim fizemos. Sua esposa gostou tanto do hino que pediu
que deixasse uma cópia com ela. Depois do culto da noite, fui para casa
e escrevi mais duas estrofes. Levei-as depois para aquela irmã. Estes
versos foram tão bem ao encontro das necessidades daquela irmã
moribunda, que mandei imprimir 1000 cópias para distribuição. Enviei
uma cópia a Spiritual Magazine (Revista Espiritual), sem assiná-la.”
Mote, que escreveu ao todo mais de 100 hinos, incluiu o hino no seu
hinário Hymns of Praise ( Hinos de Louvor), publicado em 1836, com o
título: A Base Imutável da Esperança do Pecador. Desta vez incluiu a
sua assinatura.
Com a idade de 55 anos, Mote viu um sonho ser realizado.Há muito
tempo queria que houvesse uma congregação batista no seu bairro. Em
grande parte resultado dos seus próprios esforços, Isto se realizou. Foi
ele que construiu o templo. Os outros membros da congregação
queriam que Mote registrasse tudo no seu próprio nome. Ele recusou,
dizendo: ” Não quero uma capela, quero um púlpito, e no dia que eu
deixar de pregar a Cristo, podem me negar o púlpito.”
Por 26 anos Mote serviu fielmente como pastor da igreja, saindo
somente por causa da enfermidade que o levaria à morte dentro de um
ano. Pouco tempo antes do seu falecimento em 1874, Edward Mote
disse: ” As verdades que tenho pregado, eu as estou vivendo. Servirão
muito bem para morrer, também”. Como de costume naquela época, foi
sepultado no terreno da igreja. Perto do púlpito, há uma placa com a
inscrição:
“Em memória de Edward Mote, que dormiu em Jesus em 13 de
novembro de 1874, aos 77 anos de idade. Por 26 anos o amado pastor 6
desta igreja, pregando ‘Cristo, e este crucificado’.(I Co 2.21) como tudo
de que o pecador precisa, e o santo deseja.”
William Batchelder Bradbury, um dos mais destacados compositores
dos primeiros gospel hymns dos Estados Unidos, compôs a
melodia Solid Rock para este texto de Mote, em 1863. (No original, o
estribilho chama Cristo de a “Rocha Sólida”. Esta versão apareceu pela
primeira vez em 1864 na única coletânea publicada durante a Guerra
Civil nos Estados Unidos, The Devotional Hymn and Tune Book ( O
Livro de Hinos e Melodias Devocionais).
Este hino foi traduzido por Francisco Caetano Borges da Silva, um
pastor evangélico que nasceu em 1863, em São Miguel,RS. Emigrou
para os Estados Unidos. Publicou o hinário Cânticos Cristãos, em New
Bedford, Estado de Massachusetts, onde havia uma colônia
portuguesa. Ainda hoje existem muitas igrejas com cultos na língua
portuguesa nesta região. Borges da Silva traduziu outros hinos, um dos
quais foi Manso e Suave.
Bibliografia: Ichter,Bill H. Se os Hinos Falassem, vol.III, Rio de Janeiro,
Casa Publicadora Batista (JUERP),1971,p.94
Jesus é Melhor
Letra: Rhea F. Miller(1894-1966)
Título Original: I’d Rather Have Jesus
Música: George Beverly Shea (1909- )
Texto Bíblico: Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo
como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho também como
perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus,
meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as 7
considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, (Filipense 3:7
e 8)
Estamos na década de 1930, logo após a Grande Depressão
americana. Os indicadores financeiros ainda apontam para baixo, e
havia rumores de mais cortes nos salários, no escritório de seguros em
Nova York onde, com a idade de vinte e três anos, George Beverly
Shea trabalhava. Jovem cristão e possuidor de uma voz profunda e
melodiosa, ele havia recebido uma proposta de um contrato na
prestigiosa rádio NBC. Imediatamente George vislumbrou as
possibilidades de fama e riquezas, ao apresentar-se regularmente como
cantor em um programa secular.
Durante a audição de seleção, ele havia perguntado se poderia cantar
cânticos cristãos, e lhe responderam que ele poderia usar um ou outro
ocasionalmente, mas no geral, deveria usar as músicas que estavam
nas paradas de sucessos. O que deveria fazer? Deveria deixar de
cantar os hinos que amava, para dedicar-se a uma carreira como cantor
secular? Ou abrir mão de fama, sucesso, muito dinheiro e
reconhecimento a nível nacional para manter seus princípios? Ele ficou
pensando neste assunto por alguns dias, antes de tomar uma decisão.
Sua mãe, que era esposa de um ministro, sabia da oferta que ele havia
recebido e estava orando por ele. Acima de tudo, ela desejava que seu
filho, um cristão, se tornasse plenamente consagrado ao serviço do
Mestre.
Deixemos que o próprio Beverly Shea conte este trecho da história:
“Certa noite, quando me assentei para tocar piano, minha mãe me
trouxe um pedaço de papel, no qual estava escrito um poema de Rhea
Miller. Ela me disse que achava aquele poema maravilhoso e queria que
eu o lesse. Então, ela me pediu que eu tentasse escrever uma melodia
para ele. Eu comecei a tocar, conforme a melodia surgia na minha
mente. Então, eu toquei e cantei pela primeira vez ‘Jesus é Melhor’”.
Era um sábado à noite e George estava ensaiando um hino para cantar
na igreja no dia seguinte pela manhã. Conforme seus olhos percorriam 8
as palavras do poema, as palavras tocaram seu coração, e falaram a
ele acerca de seus próprios planos e ambições. Seus dedos
inconscientemente deixaram o cântico que ele estava ensaiando e
começaram a dedilhar a melodia que hoje é conhecida por milhões de
pessoas. Sua mãe estava na cozinha e, ouvindo-o cantar, encorajou-o
a cantar o novo hino no dia seguinte, o que aconteceu, abençoando
toda a congregação.
O poema havia sido escrito pela Sra. Rhea F. Miller em 1922 e estava
baseado em Filipenses 3:7-8 – “Mas o que para mim era lucro passei a
considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho
também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento
de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas
coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo”.
É um texto sobre dedicação e compromisso. Seguir a Jesus é custoso.
Mateus 16:24-26 diz: “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se
alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a
sua cruz, e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-
la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que
aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou
que dará o homem em recompensa da sua alma?” E ainda Filipenses
1:21 nos lembra que “porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é
ganho.”
A vida de George Beverly Shea mudou completamente. Ele recusou o
contrato que o tornaria rico e famoso. Pouco tempo depois, aceitou a
oferta de uma rádio evangelística de Chicago, onde ele podia usar os
cânticos que amava. Enquanto estava lá, conheceu outro jovem
chamado Billy Graham. Tornando-se o companheiro deste respeitado
evangelista, atuando como diretor de música de suas campanhas
evangelísticas, ele cantou o hino “Jesus é Melhor” ao redor do mundo.
Devido ao fato de Beverly Shea haver compreendido que nesta vida,
apenas aquilo que é realizado para Cristo é de valor eterno, seu cântico
tem sido uma bênção para milhões de pessoas em todo o mundo. 9
Nome Precioso
Letra: Lydia Baxter (1809-1874)
Título Original: Take the Name of Jesus With you
Música: William Howard Doane (1832-1915)
Texto Bíblico: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e
o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.
(Isaías 9:6)
O nome de Jesus era tudo para Lydia Baxter, a autora deste hino.
Lydia dedicou-se muito ao estudo das Escrituras. Gostava de estudar o
significado dos nomes Bíblicos. Mas o nome de Jesus, que ela estudara
profundamente, é que era sua força. Quando foi questionada acerca da
sua disposição alegre, apesar das suas grandes dificuldades físicas, ela
respondia:
Tenho uma armadura muito especial. Tenho o nome de Jesus. Quando
o Tentador procura me fazer triste ou desesperada, falo o nome de
Jesus, e ele [Satanás] não pode me atingir. O nome de Jesus quer dizer
“Salvador” e vem da mesma raiz hebraica que os nomes de Josué e
Joás.
Lydia expressou o seu amor pelo nome de Jesus neste texto em 1870.
Musicado pelo capacitado compositor e publicador William H. Doane,
foi intensamente usado nas campanhas de Moody e Sankey. Apareceu
pela primeira vez no hinário Pure Gold (Ouro Puro), editado por Doane
e Robert Lowry, em 1871.
O nome da melodia, PRECIOUS NAME (Nome Precioso), refere-se às
duas primeiras palavras do estribilho no original.
Lydia Baxter (1809-1874) nasceu em Petersburg, Estado de Nova
Iorque. Converteu-se, juntamente com sua irmã no ministério do
missionário batista , o Pr. Eben Tucker. Pouco tempo depois, as duas 10
irmãs foram as principais responsáveis pela formação de uma igreja
batista na sua cidade. Mudando-se para a cidade de Nova Iorque depois
do seu casamento, Lydia continuou o serviço cristão com muito zelo.
Embora se tornasse inválida e tivesse de passar muito tempo na cama,
sua casa foi ponto de encontro de pregadores e obreiros e evangelistas.
“O brilho da sua experiência cristã foi uma inspiração para todos que a
conheciam”.
Publicou Gems by the Wayside (Jóias Pelo Caminho), um volume de
poesia cristã, em 1855. Escreveu inúmeros gospel songs de grande
aceitação na sua época. A Porta Franca é da autoria dela. Entretanto,
somente “Nome Bom, Doce a Fé”, escrito quatro anos antes da sua
morte, continua a fazer parte de muitos hinários ao redor do mundo.
William Howard Doane (1832-1915) nasceu em Preston, Estado de
Connecticut. Mostrando o seu talento musical muito cedo, aos 14 anos
já dirigia o coro da sua escola. Convertido no seu último ano de segundo
grau, sempre foi um leigo batista muito ativo. Tornou-se um perito
inventor de máquinas para o artesanato de madeira (com 70 invenções
a seu crédito) e empresário de muito sucesso.
Mudando-se para Cincinnati, Estado de Ohio com sua empresa, da
qual, com o tempo, tornou-se presidente, Doane continuou a servir ao
Senhor. Foi superintendente da Escola Dominical da Igreja Batista Mt.
Auburn por 25 anos. Cooperou com Moody e Sankey no evangelismo
mundial.
Embora leigo na música William H. Doane compôs mais de 2.200
melodias para hinos, muitas delas as mais cantadas da sua geração.
Sua colaboração mais feliz foi com Fanny Crosby, com quem por muitos
anos escreveu. Publicaram mais de quarenta coletâneas de hinos e
numerosas cantatas. Foi-lhe conferido um doutorado em Música
(honoris causa) pela Universidade Dennison (batista) do seu Estado,
em 1875.
Apesar do seu enorme sucesso financeiro, Doane sempre foi conhecido
como um humilde leigo cristão e um generoso benfeitor. Doou um órgão
de tubos para a Organização dos Moços Cristãos e fez grandes 11
doações à Universidade Dennison. Deixou uma grande fortuna numa
fundação que foi usada para muitas causas filantrópicas, inclusive a
construção do Doane Memorial Edifício de Música, do célebre Instituto
Bíblico Moody, em Chicago, Estado de Ilinois.
O Rev. Benjamim Rufino Duarte (1874-1942), traduziu este hino em
1900. O Ver. Duarte é autor de dois hinos e tradutor de mais quatro nos
hinários evangélicos no Brasil. Suas versões estão entre as mais
cantadas destes hinários. A qualidade da sua tradução deste hino é uma
das causas do seu aparecimento em pelo menos oito hinários
evangélicos no Brasil. Benjamim Duarte nasceu na Ilha Brava, a mais
ocidental entre as quinze ilhas do arquipélago de Cabo Verde, 640 KM
ao oeste do Senegal (África). Este arquipélago foi descoberto pelos
portugueses em 1460 e colonizadas por eles. Cabo Verde tornou-se
província portuguesa em 1951 e republica independente em 1974.
Infelizmente, não há mais informações disponíveis sobre este hinista no
momento.
Bibliografia: Osbeck, Kenneth W., 101 More Hymn Stories, Grand
Rapids. MI. Kregel Publications, 1985, p265
Texto Bíblico: Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de
Davi, e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a
impureza. (Zacarías 13:1)
Observação: A música deste hino é uma melodia tradicional
Americana, utilizada em reuniões campais nos EUA, no início do século
19, arranjada por Lowell Mason, (1792-1872).
Assim como muitos outros grandes e significativos cânticos da Igreja,
este nasceu sob o sofrimento físico e mental do seu autor, William
Cowper. Cowper foi física e mentalmente fraco através dos sessenta e
nove anos de sua vida. Foi afligido com uma “melancolia” que o levou,
em várias ocasiões, a tentar suicídio. Em quatro diferentes ocasiões, foi
internado em hospícios.
Em seus momentos de razão, entretanto. Cowper foi um dos maiores
poetas da história inglesa.
O ex-negociante de escravos, rude e ativo marinheiro, John Newton e
William Cowper, foram íntimos amigos. De fato, Newton provavelmente
fez mais por Cowper em seus acessos de melancolia, que qualquer
outro homem. Era habito dos dois levar a composição de um novo
cântico para cada reunião semanal de oração que Newton realizava na
cidade de Olney. Como resultado destas reuniões, uma coleção de
cânticos sob o título: “The Olney Hymns”, foi publicada. Da coleção, uns
sessenta e cinco cânticos estavam assinados com a inicial “c”, a
assinatura de Cowper.
Newton providenciou para Cowper uma casa perto do seu presbitério.
Lá, Cowper trabalhava e comungava com a natureza – produzindo
algumas das melhores obras poéticas da literatura inglesa.
A melodia para este cântico é por muitos atribuída ao compositor Lowell
Mason; outros também crêem que foi originalmente uma velha melodia
americana chamada “Western Melody”. Foi provavelmente um cântico
favorito nas reuniões campais. Mason foi um bancário em Savannah,
Georgia, em seus primeiros anos. Mais tarde trabalhou com coros em
14
Boston e estava sempre à procura de novas letras e melodias.
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical
Adventista
Rude Cruz
Letra e Música: George Bennard (1873-1958)
Título Original: The Old Rugged Cross 19
Texto Bíblico: Mas prove cada um a sua própria obra, e então terá
motivo de glória somente em si mesmo, e não em outrem; (Gálatas 6:4)
O Rev. George Bennard nasceu nos Estados Unidos. Sua primeira
infância foi passada em Youngstown, Ohio. Ele relata que quando tinha
apenas dezesseis anos de idade seu pai faleceu, e recaíram sobre ele
as responsabilidades de chefe de família, com quatro irmãs e a mãe
viúva para cuidar.
Foi então que George encontrou no Exército de Salvação uma torre de
forças. Uniu-se a eles e trabalhou em suas fileiras por um bom numero
de anos. Ali Bernnard viu a humanidade lutando pela sobrevivência. Ele
descobriu que o povo necessitava de algo sólido em que agarrar-se,
algum apoio duradouro em suas vidas diárias.
Após alguns anos, George Bernnard entrou para a Igreja Metodista
Episcopal, onde seu devotado ministério foi altamente apreciado.
Ele relata: “A inspiração veio-me em um dia de 1913 quando estava em
Albion, Michigan. Comecei a escrever ‘Rude Lenho se Ergueu‘. Compus
primeiro a melodia. As palavras que escrevi no início eram imperfeitas.
A letra definitiva do cântico foi posta em meu coração em resposta as
minhas próprias necessidades.”
“O cântico foi mostrado a alguém pela primeira vez quando visitei
amigos na paróquia de Pokagon, Parsonage, Michigan. A família
Bostwick era dada à música, assim, após o jantar fomos para o piano.
Eu estava ansioso por mostrar-lhes meu cântico, e encontrei a
oportunidade.”
“Cantei-o, e então, nervosamente, perguntei o que achavam dele.”
“Gostamos tanto”, responderam, “que achamos que deve ser
impresso… Deixe-o conosco, e nos encarregaremos das despesas.”
A primeira ocasião em que foi ouvido em público foi no “Chicago
Evangelistic Institute” (Instituto Evangelístico de Chicago). Tornou-se 20
logo popular. Em pouco tempo, igrejas de todos os estados da União
estavam cantando “Rude Lenho se Ergueu.”
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical
Adventista
George Bennard, o autor e compositor deste hino, um dos mais
amados no mundo inteiro, estava de volta de uma série de conferências
evangelísticas nos Estados de Michigan e Nova Iorque, EUA. Estava
passando por uma dura provação. Começou a refletir seriamente sobre
o significado da cruz, e o que o apóstolo Paulo queria dizer quando falou
da “participação dos seus sofrimentos” (Filipenses 3:10). Enquanto
Bernnard meditava sobre estas verdades, “se convenceu de que a cruz
era muito mais do que um símbolo religioso, era o coração do
evangelho. ” Foi neste tempo que este hino nasceu.
Bernnard conta a história:
“A inspiração me veio em um dia em 1913, enquanto estava em Albion,
Michigan, EUA. Comecei a escrever Rude Cruz. Compus a melodia
primeiro. A letra que escrevi estava imperfeita. As palavras completas
do hino foram postas [mais tarde] no meu coração em resposta à minha
própria necessidade. Pouco tempo depois, em 7 de junho, apresentei o
hino numa conferência em Pokagon, Michigan.”
Depois de o hino ser apresentado numa grande convenção em Chicago,
tornou-se imensamente popular no país todo, e, em pouco tempo, ao
redor do mundo. Apareceu primeiro num folheto, e em seguida, no
hinário Heart and Life Songs, for the Church, Sunday School, Home
and, Camp Meetings (Cânticos para o Coração e a Vida, Para a Igreja,
Escola Dominical, o Lar e Reuniões Campais), publicado em 1915.
Bennard tinha razão. A cruz é o coração do evangelho, e Deus usou o
sofrimento deste seu servo para abençoar o mundo até hoje.
George Bennard, filho de um mineiro, nasceu em Youngstown, Estado
de Ohio, em 4 de fevereiro de 1873. Pouco tempo depois, a família
mudou-se para o Estado de Iowa. Foi na cidade de Lucas que George 21
se converteu numa reunião do Exercito da Salvação. Desejava ser
pastor mas aos dezesseis anos, com a morte do seu pai, tornou-se o
único sustento da sua mãe e quatro irmãs. Tornou-se impossível
adquirir mais educação formal, mas George entrou nas fileiras do
Exército da Salvação. Adquiriu conhecimento teológico através do seu
próprio estudo e do convívio com pastores. Mudou-se com a família
para Ilinois, e mais tarde se casou. Ali o casal trabalhou lado a lado na
liderança do Exército da Salvação. Após alguns anos, deixando este
trabalho, Bennard foi consagrado ao ministério metodista, e começou
quarenta anos frutíferos em conferências evangelísticas no norte dos
Estados Unidos e no Canadá.
Bennard escreveu mais de trezentos hinos, mas será lembrado
especialmente por este. Em 9 de outubro de 1958, aos 85 anos, depois
de levar fielmente sua cruz. George Bennard trocou-a por “uma coroa”.
O nome da melodia, OLD RUGGED CROSS, (Velha Rude Cruz)
provém do título do hino que por muitos anos foi considerado o gospel
hymn predileto do povo americano. O missionário F. A. R. Morgan
traduziu este hino em 1924.
Bibliografia: Wyrtzen Donald John, in: Osbeck, Kenneth W. , 101 More
Hymn Stories, Grand Rapids, Mt, Kregel Publications, 1985, p. 317.
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 230
Bendita Segurança
Letra: Fanny Jane Crosby (1820-1915)
Título Original: Blessed Assurance, Jesus Is Mine! 26
Fé é a Vitória
Letra: John Henry Yates (1837-1900)
Título Original: Faith Is the Victory 28
Brilho Celeste
Letra: Henry Jeffreys Zelley (1859-1942) 29
34
Deus Cuidará de Ti
Letra: Civilla Durfee Martin (1866-1948)
Título Original: God Will Take Care of You
Música: Walter Stillman Martin (1862-1935)
Texto Bíblico: Eu, na verdade, sou pobre e necessitado, mas o Senhor
cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas,
ó Deus meu. (Salmo 40:17)
Era um domingo pela manhã em 1904. O Rev. Walter Stillman Martin,
pregador apreciado, freqüentemente convidado para séries de
conferências e pregações pelas igrejas, teve um convite na cidade de
Lestershire, Estado de Nova Iorque. A sua esposa Civilla, enferma e
semi-inválida, e seu filho, ainda menino, estavam com ele na cidade. De
repente, piorou consideravelmente o estado de saúde de sua esposa.
Que fazer? Seria prudente deixá-la sozinha somente com o menino? O
Pr. Martin pensou em comunicar à igreja que seria imperativo cancelar
o compromisso. Quando estava pronto para fazer a ligação, ouviu a voz
do filho:” Pai, se é a vontade de Deus que você vá pregar hoje na igreja,
ele não poderá tomar conta da mamãe enquanto você estiver ausente?”
O Pr. Martin não fez a ligação. Aquela voz do seu filho afastou, de
repente, todo o seu temor. Sim, Deus seria capaz de cuidar dela! A voz
da sua esposa ajuntou-se à do menino: “Deus cuidará de mim.” O Pr.
Martin deixou a mulher e o filho aos cuidados de Deus e foi pregar.
Houve muitas conversões! Sentia a mão de Deus abençoando-o
poderosamente naquele dia.
Chegando ao lar, qual a sua felicidade! O seu filho trazia na mão um
envelope com uma poesia escrita no dorso com o título “Deus Cuidará
de Ti”. “A pergunta que nosso filho fez e a simplicidade de sua fé me 35
inspirou essas estrofes”, explicou Civilla. O seu marido também
compartilhou as bênçãos que havia recebido. O Pr. Martin, apanhando
o poema sentou-se ao órgão. Dentro em pouco estava composta a
melodia. Este hino maravilhoso sobreviveu ao casal, e até hoje nos
conforta em cada angústia e cada tribulação.
Walter Stillman Martin( 1862- 1935) formado na Universidade de
Harvad, foi ordenado ao ministério batista, mais tarde unindo-se à Igreja
Discípulos de Cristo. Tornou-se professor de Bíblia na Faculdade Cristã
Atlântica, em Carolina do Norte. Casou-se com Civilla Dufee Holden, e
em 1919 fixaram residência em Atlanta, Estado de Geórgia, enquanto
publicou outros hinos do estilo “gospel hymns”.
Civilla Durfee Martin (1866- 1948), nascida na província de Nova
Scotia, no Canadá, por muitos anos foi professora da rede pública.
Recebeu educação musical. Civilla, embora nunca tivesse boa saúde,
colaborou com seu marido nas suas campanhas até a morte dele.
O nome da melodia ,GOD CARES (Deus Cuida), reflete a mensagem
do hino composto pelo casal Martin. Foi publicado no hinário Songs of
Redemption and Praise( Cânticos de Redenção e Louvor), em 1905,
compilado por Martin e John A. Davis, fundador e presidente da Escola
de Treinamento Prático na Bíblia em Lerstershire, Estado de Nova
Iorque.
Salomão Luiz Ginsburg traduziu este hino em 1905, dedicando a
tradução a Francis M. Edwards, missionário batista no Brasil de 1907 a
1924. Certamente com esta tradução Ginsburg procurava escorajar e
fortificar a fé de Edwards, que passava por dias difíceis. Por alguma
razão, ele publicou sua versão somente em 24 de outubro de 1912, em
O Jornal Batista, na página 6.
Bibliografia: Porto Filho, Manoel: História e Mensagem dos Hinos que
Cantamos, Teresópolis, RJ, Casa Editora Evangélica, 1962, p 15-18
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 420
Uma vez um novo vizinho procurava quem lhe cortasse lenha. Vendo
as ferramentas de Scriven, procurou se informar sobre ele. “O senhor
não pode empregar aquele homem”, lhe disseram. “É o senhor Scriven.
Não cortará lenha para o senhor”. “Por que não?” perguntou o homem.
“Porque o senhor pode pagar. Ele somente corta lenha para viúvas e
inválidos”.
Scriven sofreu outra perda devastadora. Noivo pela segunda vez, no
Canadá, sua pretendida adoeceu gravemente, vindo a falecer. Ele
também sofreu financeira e fisicamente. Com muita razão, Bill Ichter
intitulou sua comovente história sobre a vida deste bom homem: Um
Homem Marcado Pela Tragédia.
Foi ao ouvir da enfermidade da sua mãe em 1855, que Scriven, numa
carta para ela, incluiu as comoventes palavras deste hino para o seu
conforto, mensagem experimentada por ele dias após dia. Não pensou
que os outros fossem ver suas palavras. O hino foi publicado
anonimamente. Até pouco tempo antes da sua morte, ninguém sabia
deste dom poético de Scriven. Foi um vizinho, que foi ajudá-lo durante
uma enfermidade, que viu a poesia, rabiscada num papel ao lado da
sua cama. “Lendo-a comovido, perguntou: ‘foi o irmão que escreveu
isto?’ ‘O Senhor e eu a escrevemos juntos’, ele respondeu. ” Depois,
Scriven publicou uma pequena edição dos poemas, Hymns and Other
Verses (Hinos e Outros Versos), em 1869.
Sciven afogou-se num riacho pertinho da casa do seu vizinho amigo.
Supõe-se que foi num delírio, porque continuava bem doente, e com
muita febre. Estava debruçado, como se estivesse orando. Seus
vizinhos de Bewdley e dos arredores, “erigiram três monumentos à
memória desse humilde emigrante que veio da Irlanda e proporcionou
tanta alegria a tantas pessoas”.
A mensagem de conforto de Scriven tem alcançado os corações de
milhões, porque é um dos hinos mais cantados ao redor do mundo.
Depois de mais de um século, continua em grande demanda. 38
Este hino bastante conhecido foi escrito por uma mulher inglesa
talentosa e elegante, que viveu apenas quarenta e três anos. Apesar de
sua saúde delicada, Sarah Flower Adams teve uma vida ativa e
produtiva. Depois de uma carreira bem sucedida nos palcos de Londres
como Lady MacBeth de Sheakespeare, começou a escrever e tornou-
se amplamente conhecida por suas realizações literárias. A cruz
mencionada na primeira estrofe do texto de seu hino pode ter sido suas
dificuldades físicas, que limitaram muitas de suas ambições.
A irmã de Sara, Eliza, tinha dom para a música e com freqüência
compunha músicas para os poemas de sua irmã. Juntas, elas
contribuíram com treze letras e sessenta e duas novas melodias para
um hinário que estava sendo compilado pelo seu pastor. Certo dia, o
Rev. William J. Fox solicitou um novo hino para acompanhar seu
42
sermão sobre a história de Jacó e Esaú. Sarah passou bastante tempo
estudando Gênesis 28:10-22 e em pouco tempo completou todas as
estrofes de “Mais Perto Quero Estar”. Desde aquele dia em 1840 este
hino teve uma história incomum de ministrar consolo a pessoas
sofredoras em todos os lugares.
Estas linhas (na letra original em Inglês), que descrevem Jacó dormindo
sobre uma pedra e chamado o lugar de Betel, que significa “Casa de
Deus”, parecem refletir um anseio comum – especialmente em
momentos de profunda necessidade – de experimentar a proximidade
e a presença de Deus de uma maneira muito real.
Fonte: http://books.google.com.br/books?id=mPqN_R-
waqUC&pg=PA238&lpg=PA238
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 462
Jóias Preciosas
Letra: William Orcutt Cushing (1823-1902)
Título Original: When He Cometh
Música: George Frederick Root (1820-1895)
Texto Bíblico: Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o
fulgor do firmamento; e os que converterem a muitos para a justiça,
como as estrelas sempre e eternamente. (Daniel 12:3)
Este cântico, escrito pelo Rev. W. O. Cushing e musicado por G. F.
Root, é um dos mais populares cânticos infantis, no mundo. Ele
escreveu vários cânticos, entre os quais os mais populares são:”Hiding
in Thee” (Escondido em Ti) e There’ll be no Dark Valley” (Não Haverá
Vale Escuro).
O Rev. William Orcott Cushing nasceu em Hingham Center,
Massachusetts, em 1833 e converteu-se quando ainda criança. Entrou
para o ministério e continuou aí por muitos anos,até que perdeu
parcialmente a voz. Isto fez com abandonasse o púlpito, mas a oração
feita por ele; -Senhor, dá-me ainda algo que eu possa fazer para Ti!” foi
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respondida de maneira maravilhosa, e ele pode escrever cânticos para
crianças, muitos dos quais tem abençoado milhares de pessoas através
do mundo, a quem sua voz de pregador nunca haveria alcançado.
“Jóias” se alinha com “Vinde Meninos” (HASD 458), e “I Am So Glad
That Jesus Loves Me” (Sou Tão Feliz Por Jesus Me Amar), os dois mais
populares cânticos para crianças, no mundo. O Rev. Cushing morreu
em 1902.
Ira David Sankey, conhecido hinista americano, diz em seu livro My Life
and the Story of the Gospel Hymns (Minha Vida e a História dos Hinos
Evangélicos):
Quando um ministro retornava da Europa, em um vapor inglês, visitou
a terceira classe, e após um pouco de conversa amistosa, propôs que,
se houvesse algo que todos conhecessem se cantasse pois, havia
centenas de imigrantes de quase todas as partes da Europa.
-“Então terá que ser um melodia americana” disse o encarregado da
terceira classe; “tente ‘Jóias’.”
O ministro começou a melodia com as palavras: “Eis que Cristo vem à
terra,” e centenas de pessoas, pobres e mal alimentadas uniram-se a
ele. Muitos, e centenas mesmo, provavelmente, reconheceram a
música da velha canção, e outros talvez se lembrassem de haver ouvido
esta doce melodia tocada na torre da igreja, em suas terras. Mas outras
vozes se uniram, masculinas e femininas, acompanhando a melodia, e
às vezes a letra, as palavras eram fáceis e repetidas – e o volume do
cântico aumentou, até que o ministro se viu em meio a um concerto
internacional, o mais singular por ele já dirigido. (Theron Brown’s Story
of the Hymns and Tunes).
George Frederick Root, doutor em Música, autor da melodia, nasceu
em Sheffield, Massachusetts, em 1920 e morreu em 1895.
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical
Adventista
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