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HISTÓRIA DE ALGUNS HINOS DO

HINÁRIO ADVENTISTA
CANTANDO COM A HISTÓRIA

ANTÓNIO CELESTINO
ABC VIDA | LUANDA
Dedicatória 1

À AURORA SAYUNGO FERRO,


MINHA AMADA,
MINISTRA DA MINHA SAÚDE,

PELO AMOR,
PELO DOM DO CANTO,
PELA VOZ SUAVE!
APRESENTAÇÃO 2

Nesta obra, decidi coleccionar as histórias de alguns


hinos que sempre canto e decide mesmo começar o hino
“A minha Esperança” porque faz-me lembrar que vale a
pena confiar no Senhor pois o que não pudermos Ele fará
por nós.
Espero que ao ler as histórias encontres força moral e
espiritual para continuar nessa caminhada para canaã
celestial.
Parabéns! Que o nosso Senhor Jesus Cristo continue te
abençoando, rica e poderosamente.

António Celestino
Professor Economista
SUMÁRIO

ABC VIDA
Minha Esperança ............................................................................................................ 4
3
Jesus é Melhor ...................................................................................................................... 6
Nome Precioso ..................................................................................................................... 9
Quem Ouvir as Novas ........................................................................................................ 11
Eis uma Fonte ..................................................................................................................... 13
Alvo Mais que a Neve ........................................................................................................ 17
Rude Cruz............................................................................................................................ 19
Sou Feliz com Jesus ........................................................................................................... 22
Bendita Segurança ............................................................................................................. 26
Fé é a Vitória ....................................................................................................................... 28
Brilho Celeste...................................................................................................................... 29
Saudade ............................................................................................................................... 31
Cuidará de Mim Também ................................................................................................. 33
Deus Cuidará de Ti ............................................................................................................ 34
Oh! Que Amigo em Cristo Temos! ................................................................................... 36
Mais Perto Quero Estar ..................................................................................................... 39
Jóias Preciosas ................................................................................................................... 42
Olá, amigo (a)! ........................................................................................................................ 45
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 253

Minha Esperança
Letra: Edward Mote (1797-1874)
Título Original: The Solid Rock 4

Música: William Batchelder Bradbury (1816-1868)


Texto Bíblico: Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo
fará. (Salmo 37:5)
Quem dirá que aquele menino que vivia nas ruas de Londres, cujos pais,
donos duma malfadada pensão, não davam a mínima importância a ele,
um dia se tornaria pastor batista e seria autor de um hino que é uma
verdadeira declaração de fé?
Edward Mote, autor deste hino, foi esse menino. Nascido em Londres,
Inglterra, em 1797, ele relata: “Os meus domingos, passei-os nas ruas.
Tão ignorante eu era, que nem sabia que existia um Deus”. A escola
que ele freqüentava, Mote afirma, não deixava uma Bíblia aparecer,
quanto menos ser ensinada. Mas Deus tinha planos para a vida daquele
garoto. Quando jovem, foi colocado como aprendiz de marceneiro, e
mais tarde tornou-se artesão de muita habilidade.
Aos 16 anos, foi levado por seu mestre para ouvir o estimado pregador
John Hyatt. Aos seus pés Edward converteu-se a Cristo! Mais tarde, ao
se estabelecer em Southwark, um subúrbio de Londres, com seu próprio
negócio, tornou-se marceneiro de muito sucesso e um crente muito
dedicado. Como passatempo escrevia crônicas que muitas vezes foram
publicadas em periódicos de Londres. Começou a escrever poesias e
hinos, também. Foi em 1834 que ele escreveu este hino de fé e
confiança em Cristo. Assim ele contou a história:
Uma manhã, enquanto saía para o meu trabalho, veio à minha mente
que devia escrever um hino sobre a experiência do cristão da graça do
Senhor. Enquanto ia para Holbern, compus as palavras do estribilho:
A minha fé e o meu amor
Estão firmados no Senhor,
estão firmados no Senhor.
Durante o dia completei quatro estrofes e as escrevi.
Mote continuou a contar que, no domingo, ao encontrar-se com um 5

membro da igreja, esse lhe pediu que fosse visitar sua esposa que
estava gravemente enferma. À tarde, Mote se apressou em fazer isso.
O Sr. King pediu que cantasse um hino, lessem as Escrituras e
orassem. Procurou o seu hinário, mas não o achou. Edward Mote
continua a contar:
“Eu disse: ‘Tenho uns versos aqui no meu bolso, se quiser, podemos
cantá-los’. Assim fizemos. Sua esposa gostou tanto do hino que pediu
que deixasse uma cópia com ela. Depois do culto da noite, fui para casa
e escrevi mais duas estrofes. Levei-as depois para aquela irmã. Estes
versos foram tão bem ao encontro das necessidades daquela irmã
moribunda, que mandei imprimir 1000 cópias para distribuição. Enviei
uma cópia a Spiritual Magazine (Revista Espiritual), sem assiná-la.”
Mote, que escreveu ao todo mais de 100 hinos, incluiu o hino no seu
hinário Hymns of Praise ( Hinos de Louvor), publicado em 1836, com o
título: A Base Imutável da Esperança do Pecador. Desta vez incluiu a
sua assinatura.
Com a idade de 55 anos, Mote viu um sonho ser realizado.Há muito
tempo queria que houvesse uma congregação batista no seu bairro. Em
grande parte resultado dos seus próprios esforços, Isto se realizou. Foi
ele que construiu o templo. Os outros membros da congregação
queriam que Mote registrasse tudo no seu próprio nome. Ele recusou,
dizendo: ” Não quero uma capela, quero um púlpito, e no dia que eu
deixar de pregar a Cristo, podem me negar o púlpito.”
Por 26 anos Mote serviu fielmente como pastor da igreja, saindo
somente por causa da enfermidade que o levaria à morte dentro de um
ano. Pouco tempo antes do seu falecimento em 1874, Edward Mote
disse: ” As verdades que tenho pregado, eu as estou vivendo. Servirão
muito bem para morrer, também”. Como de costume naquela época, foi
sepultado no terreno da igreja. Perto do púlpito, há uma placa com a
inscrição:
“Em memória de Edward Mote, que dormiu em Jesus em 13 de
novembro de 1874, aos 77 anos de idade. Por 26 anos o amado pastor 6
desta igreja, pregando ‘Cristo, e este crucificado’.(I Co 2.21) como tudo
de que o pecador precisa, e o santo deseja.”
William Batchelder Bradbury, um dos mais destacados compositores
dos primeiros gospel hymns dos Estados Unidos, compôs a
melodia Solid Rock para este texto de Mote, em 1863. (No original, o
estribilho chama Cristo de a “Rocha Sólida”. Esta versão apareceu pela
primeira vez em 1864 na única coletânea publicada durante a Guerra
Civil nos Estados Unidos, The Devotional Hymn and Tune Book ( O
Livro de Hinos e Melodias Devocionais).
Este hino foi traduzido por Francisco Caetano Borges da Silva, um
pastor evangélico que nasceu em 1863, em São Miguel,RS. Emigrou
para os Estados Unidos. Publicou o hinário Cânticos Cristãos, em New
Bedford, Estado de Massachusetts, onde havia uma colônia
portuguesa. Ainda hoje existem muitas igrejas com cultos na língua
portuguesa nesta região. Borges da Silva traduziu outros hinos, um dos
quais foi Manso e Suave.
Bibliografia: Ichter,Bill H. Se os Hinos Falassem, vol.III, Rio de Janeiro,
Casa Publicadora Batista (JUERP),1971,p.94

Jesus é Melhor
Letra: Rhea F. Miller(1894-1966)
Título Original: I’d Rather Have Jesus
Música: George Beverly Shea (1909- )
Texto Bíblico: Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo
como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho também como
perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus,
meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as 7
considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, (Filipense 3:7
e 8)
Estamos na década de 1930, logo após a Grande Depressão
americana. Os indicadores financeiros ainda apontam para baixo, e
havia rumores de mais cortes nos salários, no escritório de seguros em
Nova York onde, com a idade de vinte e três anos, George Beverly
Shea trabalhava. Jovem cristão e possuidor de uma voz profunda e
melodiosa, ele havia recebido uma proposta de um contrato na
prestigiosa rádio NBC. Imediatamente George vislumbrou as
possibilidades de fama e riquezas, ao apresentar-se regularmente como
cantor em um programa secular.
Durante a audição de seleção, ele havia perguntado se poderia cantar
cânticos cristãos, e lhe responderam que ele poderia usar um ou outro
ocasionalmente, mas no geral, deveria usar as músicas que estavam
nas paradas de sucessos. O que deveria fazer? Deveria deixar de
cantar os hinos que amava, para dedicar-se a uma carreira como cantor
secular? Ou abrir mão de fama, sucesso, muito dinheiro e
reconhecimento a nível nacional para manter seus princípios? Ele ficou
pensando neste assunto por alguns dias, antes de tomar uma decisão.
Sua mãe, que era esposa de um ministro, sabia da oferta que ele havia
recebido e estava orando por ele. Acima de tudo, ela desejava que seu
filho, um cristão, se tornasse plenamente consagrado ao serviço do
Mestre.
Deixemos que o próprio Beverly Shea conte este trecho da história:
“Certa noite, quando me assentei para tocar piano, minha mãe me
trouxe um pedaço de papel, no qual estava escrito um poema de Rhea
Miller. Ela me disse que achava aquele poema maravilhoso e queria que
eu o lesse. Então, ela me pediu que eu tentasse escrever uma melodia
para ele. Eu comecei a tocar, conforme a melodia surgia na minha
mente. Então, eu toquei e cantei pela primeira vez ‘Jesus é Melhor’”.
Era um sábado à noite e George estava ensaiando um hino para cantar
na igreja no dia seguinte pela manhã. Conforme seus olhos percorriam 8
as palavras do poema, as palavras tocaram seu coração, e falaram a
ele acerca de seus próprios planos e ambições. Seus dedos
inconscientemente deixaram o cântico que ele estava ensaiando e
começaram a dedilhar a melodia que hoje é conhecida por milhões de
pessoas. Sua mãe estava na cozinha e, ouvindo-o cantar, encorajou-o
a cantar o novo hino no dia seguinte, o que aconteceu, abençoando
toda a congregação.
O poema havia sido escrito pela Sra. Rhea F. Miller em 1922 e estava
baseado em Filipenses 3:7-8 – “Mas o que para mim era lucro passei a
considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho
também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento
de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas
coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo”.
É um texto sobre dedicação e compromisso. Seguir a Jesus é custoso.
Mateus 16:24-26 diz: “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se
alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a
sua cruz, e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-
la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que
aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou
que dará o homem em recompensa da sua alma?” E ainda Filipenses
1:21 nos lembra que “porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é
ganho.”
A vida de George Beverly Shea mudou completamente. Ele recusou o
contrato que o tornaria rico e famoso. Pouco tempo depois, aceitou a
oferta de uma rádio evangelística de Chicago, onde ele podia usar os
cânticos que amava. Enquanto estava lá, conheceu outro jovem
chamado Billy Graham. Tornando-se o companheiro deste respeitado
evangelista, atuando como diretor de música de suas campanhas
evangelísticas, ele cantou o hino “Jesus é Melhor” ao redor do mundo.
Devido ao fato de Beverly Shea haver compreendido que nesta vida,
apenas aquilo que é realizado para Cristo é de valor eterno, seu cântico
tem sido uma bênção para milhões de pessoas em todo o mundo. 9

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 103

Nome Precioso
Letra: Lydia Baxter (1809-1874)
Título Original: Take the Name of Jesus With you
Música: William Howard Doane (1832-1915)
Texto Bíblico: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e
o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.
(Isaías 9:6)
O nome de Jesus era tudo para Lydia Baxter, a autora deste hino.
Lydia dedicou-se muito ao estudo das Escrituras. Gostava de estudar o
significado dos nomes Bíblicos. Mas o nome de Jesus, que ela estudara
profundamente, é que era sua força. Quando foi questionada acerca da
sua disposição alegre, apesar das suas grandes dificuldades físicas, ela
respondia:
Tenho uma armadura muito especial. Tenho o nome de Jesus. Quando
o Tentador procura me fazer triste ou desesperada, falo o nome de
Jesus, e ele [Satanás] não pode me atingir. O nome de Jesus quer dizer
“Salvador” e vem da mesma raiz hebraica que os nomes de Josué e
Joás.
Lydia expressou o seu amor pelo nome de Jesus neste texto em 1870.
Musicado pelo capacitado compositor e publicador William H. Doane,
foi intensamente usado nas campanhas de Moody e Sankey. Apareceu
pela primeira vez no hinário Pure Gold (Ouro Puro), editado por Doane
e Robert Lowry, em 1871.
O nome da melodia, PRECIOUS NAME (Nome Precioso), refere-se às
duas primeiras palavras do estribilho no original.
Lydia Baxter (1809-1874) nasceu em Petersburg, Estado de Nova
Iorque. Converteu-se, juntamente com sua irmã no ministério do
missionário batista , o Pr. Eben Tucker. Pouco tempo depois, as duas 10
irmãs foram as principais responsáveis pela formação de uma igreja
batista na sua cidade. Mudando-se para a cidade de Nova Iorque depois
do seu casamento, Lydia continuou o serviço cristão com muito zelo.
Embora se tornasse inválida e tivesse de passar muito tempo na cama,
sua casa foi ponto de encontro de pregadores e obreiros e evangelistas.
“O brilho da sua experiência cristã foi uma inspiração para todos que a
conheciam”.
Publicou Gems by the Wayside (Jóias Pelo Caminho), um volume de
poesia cristã, em 1855. Escreveu inúmeros gospel songs de grande
aceitação na sua época. A Porta Franca é da autoria dela. Entretanto,
somente “Nome Bom, Doce a Fé”, escrito quatro anos antes da sua
morte, continua a fazer parte de muitos hinários ao redor do mundo.
William Howard Doane (1832-1915) nasceu em Preston, Estado de
Connecticut. Mostrando o seu talento musical muito cedo, aos 14 anos
já dirigia o coro da sua escola. Convertido no seu último ano de segundo
grau, sempre foi um leigo batista muito ativo. Tornou-se um perito
inventor de máquinas para o artesanato de madeira (com 70 invenções
a seu crédito) e empresário de muito sucesso.
Mudando-se para Cincinnati, Estado de Ohio com sua empresa, da
qual, com o tempo, tornou-se presidente, Doane continuou a servir ao
Senhor. Foi superintendente da Escola Dominical da Igreja Batista Mt.
Auburn por 25 anos. Cooperou com Moody e Sankey no evangelismo
mundial.
Embora leigo na música William H. Doane compôs mais de 2.200
melodias para hinos, muitas delas as mais cantadas da sua geração.
Sua colaboração mais feliz foi com Fanny Crosby, com quem por muitos
anos escreveu. Publicaram mais de quarenta coletâneas de hinos e
numerosas cantatas. Foi-lhe conferido um doutorado em Música
(honoris causa) pela Universidade Dennison (batista) do seu Estado,
em 1875.
Apesar do seu enorme sucesso financeiro, Doane sempre foi conhecido
como um humilde leigo cristão e um generoso benfeitor. Doou um órgão
de tubos para a Organização dos Moços Cristãos e fez grandes 11
doações à Universidade Dennison. Deixou uma grande fortuna numa
fundação que foi usada para muitas causas filantrópicas, inclusive a
construção do Doane Memorial Edifício de Música, do célebre Instituto
Bíblico Moody, em Chicago, Estado de Ilinois.
O Rev. Benjamim Rufino Duarte (1874-1942), traduziu este hino em
1900. O Ver. Duarte é autor de dois hinos e tradutor de mais quatro nos
hinários evangélicos no Brasil. Suas versões estão entre as mais
cantadas destes hinários. A qualidade da sua tradução deste hino é uma
das causas do seu aparecimento em pelo menos oito hinários
evangélicos no Brasil. Benjamim Duarte nasceu na Ilha Brava, a mais
ocidental entre as quinze ilhas do arquipélago de Cabo Verde, 640 KM
ao oeste do Senegal (África). Este arquipélago foi descoberto pelos
portugueses em 1460 e colonizadas por eles. Cabo Verde tornou-se
província portuguesa em 1951 e republica independente em 1974.
Infelizmente, não há mais informações disponíveis sobre este hinista no
momento.
Bibliografia: Osbeck, Kenneth W., 101 More Hymn Stories, Grand
Rapids. MI. Kregel Publications, 1985, p265

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 186

Quem Ouvir as Novas


Letra e Música: Philip Paul Bliss (1838-1876)
Título Original: Whosoever Heareth
Texto Bíblico: Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe a um monte
alto. Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a tua voz
fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui
está o vosso Deus. (Isaías 40:9) 12

“Quem ouvir as novas, vá proclamar:


Eis, da eterna graça, vinde desfrutar!“
Ira David Sankey, conhecido hinista americano, diz em seu livro My Life
and the Story of the Gospel Hymns (Minha Vida e a História dos Hinos
Evangélicos):
Henry Moorehouse, o evangelista inglês, pregou sete sermões sobre S.
João 3:16, em Chicago durante o inverno de 1869-70. Estes sermões
causaram profunda impressão nos Srs. Bliss, Moody e outros, e desta
época em diante uma visão nova e mais clara do amor de Deus foi
experimentada por muitos que saíram para pregar – talvez não tanto
acerca da lei, mas mais a respeito do infindável amor de Deus em Jesus
Cristo.
Como resultado desta experiência o cântico foi escrito nesta época. Ao
apresentar este cântico, Bliss punha ênfase especial na palavra “quem”.
Desta forma ele auxiliou muitos a crerem na grande oferta de salvação,
e, como Richard Baxter, o famoso pregador Londrino, induziu muitos a
louvar a Deus.
“Agradeço a Deus pela palavra ‘quem’,” disse ele. “Se Deus houvesse
dito que havia graça para Richard Baxter, eu sendo tão vil pecador, iria
pensar que Ele se referia a algum outro Richard Baxter; mas, quando
Ele diz ‘quem’ eu sei que Ele inclui a mim também, o pior de todos os
Richard Baxter.”
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical
Adventista
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 202
Eis uma Fonte
Letra: William Cowper (1731-1800)
Título Original: There is a Fountain Filled With Blood
Música: Compositor desconhecido
13

Texto Bíblico: Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de
Davi, e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a
impureza. (Zacarías 13:1)
Observação: A música deste hino é uma melodia tradicional
Americana, utilizada em reuniões campais nos EUA, no início do século
19, arranjada por Lowell Mason, (1792-1872).
Assim como muitos outros grandes e significativos cânticos da Igreja,
este nasceu sob o sofrimento físico e mental do seu autor, William
Cowper. Cowper foi física e mentalmente fraco através dos sessenta e
nove anos de sua vida. Foi afligido com uma “melancolia” que o levou,
em várias ocasiões, a tentar suicídio. Em quatro diferentes ocasiões, foi
internado em hospícios.
Em seus momentos de razão, entretanto. Cowper foi um dos maiores
poetas da história inglesa.
O ex-negociante de escravos, rude e ativo marinheiro, John Newton e
William Cowper, foram íntimos amigos. De fato, Newton provavelmente
fez mais por Cowper em seus acessos de melancolia, que qualquer
outro homem. Era habito dos dois levar a composição de um novo
cântico para cada reunião semanal de oração que Newton realizava na
cidade de Olney. Como resultado destas reuniões, uma coleção de
cânticos sob o título: “The Olney Hymns”, foi publicada. Da coleção, uns
sessenta e cinco cânticos estavam assinados com a inicial “c”, a
assinatura de Cowper.
Newton providenciou para Cowper uma casa perto do seu presbitério.
Lá, Cowper trabalhava e comungava com a natureza – produzindo
algumas das melhores obras poéticas da literatura inglesa.
A melodia para este cântico é por muitos atribuída ao compositor Lowell
Mason; outros também crêem que foi originalmente uma velha melodia
americana chamada “Western Melody”. Foi provavelmente um cântico
favorito nas reuniões campais. Mason foi um bancário em Savannah,
Georgia, em seus primeiros anos. Mais tarde trabalhou com coros em
14
Boston e estava sempre à procura de novas letras e melodias.
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical
Adventista

Este o hino que ficou mais gravado na história, dentre os inúmeros


escritos pelo Sr. William Cowper, um inglês, nascido em Great
Berkmpstead, Hartfordshire, a 26 de novembro de 1731.
Apesar de vir de uma família muito distinta, seu pai era pastor e seu tio,
ministro da justiça, contudo teve uma vida bem acidentada. Perdeu sua
mãe aos seis anos de idade e aos dez anos foi mandado para um
colégio interno, onde os meninos maiores muito o maltrataram. Ele era
muito tímido. É ele quem diz: “Quase todos os dias eu estava no
gancho”; e vivia uma vida horrível e cheia de desapontamentos.
Quando Cowper se tornou homem escreveu uma poesia chamada
“Tirocínio”, na qual ele retracta bem o que um menino como ele sofre
nesses colégios internos; e, as crueldades recebidas por ele, tornaram-
no capaz de enfrentar mais tarde outras dificuldades.
Alguns anos mais tarde ficou doente mentalmente e aí tornou-se mais
difícil os estudos para a profissão de advogado ou juiz que por longos
anos procurou sem conseguir.
Nessa constante e longa luta Cowper pensou que seria impossível ser
salvo. Mas, em julho de 1764, sentado no jardim de sua casa e lendo
as Escrituras, foi impressionado pelas palavras de Romanos 3:24-25
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo
justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há
em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu
sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência,
deixado de lado os delitos outrora cometidos;”
O Espírito Santo atuou em seu coração através daquelas maravilhosas
palavras e, ali mesmo, rendeu-se a Cristo, sendo salvo dos seus
pecados. é ele mesmo quem conta o que aconteceu: “Não sei como, 15
mas num momento, recebi poder para crer e o Sol da Justiça brilhou em
meu coração. Vi claramente a suficiência do sacrifício feito por Cristo; o
perdão através do Seu sangue; a completa e ampla justificação”.
É assim mesmo. No momento em que cremos no Evangelho da nossa
salvação, passamos da morte para a vida. Não leva anos, meses ou
dias, para sermos salvos. No momento que olhamos para Cristo, com
fé, somos feitos filhos de Deus! (João 1:12). Foi isso que trouxe paz e
alegria na alma de William Cowper.
Quando já tinha 34 anos de idade e tendo sido restaurado daquela
enfermidade mental, uns amigos levaram-no para sua casa e lá, com
outro amigo, João Newton, escreveu e compilou vários hinos, formando
um hinário chamado “Olney Hymns”. Além dos 64 hinos dos quais era
composto o referido hinário, William Cowper escreveu muitas outras
peças mediante as quais foi considerado entre os primeiros na poesia
inglesa.
Além disso ele lutou muito pela causa dos pobres e dos escravos: até
os indefesos animais entraram nas suas poesias! Era, também, muito
interessado em Missões Cristãs, como deve ser todo verdadeiro cristão.
Assim, entre os inúmeros hinos escritos por ele está o que hoje
focalizamos e conta-se a seguinte história, muito interessante, a
respeito dele:
O Sr. Cross tinha um vizinho descrente, para o qual devotou grande
interesse, pois estava enfermo. Tentou, por várias vezes, visitá-lo para
falar-lhe da sua vida espiritual, mas sua mulher, instruída pelo marido,
recusava sempre a visita de alguém que desejasse falar-lhe de religião.
Mas este amigo não desanimou em suas tentativas e logo encontrou
uma saída.
Na vizinhança havia uma jovem cuja voz era mansa e expressiva. O Sr.
Cross lhe disse: “Mabel, gostaria de cantar o hino ‘Há uma fonte sem
igual’ junto àquela janela onde se encontra um homem enfermo?” Mabel
ficou tão feliz em poder fazer aquele serviço para o Senhor e, o
resultado foi que a esposa do vizinho enfermo ofereceu -lhe um lindo
16
buquê de flores e, em poucos minutos, ela foi convidada a entrar no
quarto; colocando o buquê sobre a mesa, começou a cantar o hino para
o enfermo. Linha após linha, o hino foi entoado com toda a ternura que
lhe era própria.
O enfermo ficou tão emocionado que perguntou à moça onde havia
aprendido aquele hino e ela respondeu que foi na Escola Bíblica do Sr.
Cross. O enfermo pediu, então, que o Sr. Cross viesse e lhe falasse. O
que se passou, então, pode-se dizer em uma palavra: “Foi como um
tição tirado da fogueira”.
O Sr. Cowper foi ter com Cristo no dia 25 de abril de 1800, com 69 anos
de idade, deixando muita saudade.
Fonte: Publicado originalmente
em: http://www.refrigerio.net/hinos15.html

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 205


Alvo Mais que a Neve
Letra: Eden Reeder Latta (1839-1915)
Título Original: Blessed Be the Fountain (of Blood)
Música: Henry Southwick Perkins (1833-1914)
17

Texto Bíblico: Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor: ainda que os


vossos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como
a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como
a lã. (Isaías 1:18)
“Quase 3.000 anos depois da queda de Davi [no pecado] não
precisamos olhar longe para achar os seus sucessores!” Olhemos bem
com Don Wyrtzen o Salmo em que este hino é baseado:
Nesta petição muito pessoal ao Senhor, Davi reconhece que ele mesmo
não pode, de maneira nenhuma, corrigir sua natureza pecadora.
Somente o Deus que o criou pôde purificá-lo, renova-lo e restaurá-lo.
(…) Eu também preciso de uma obra profunda de Deus na minha vida.
Como Davi, anseio por cirurgia radical espiritual-purificação,
restauração, um coração lavado, o poder transformador do Espírito
Santo e a (…)recuperação da alegria da minha salvação!
O Cordeiro de Deus pagou um preço muito alto para que nossos
pecados pudessem ser perdoados e lavados. O preço foi o seu sangue,
a sua morte, o tomar sobre si os nossos pecados. “Aquele que não
conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos
feitos justiça de Deus”(II Coríntios 5:21). Este mesmo sangue que nos
lava e nos salva na hora em que aceitamos a Cristo como Salvador, nos
perdoa e purifica dos nossos pecados confessados, dia após dia(I João
1:9). “Seja Bendito o Cordeiro” deve ser o nosso cântico todos os dias
da nossa vida. Um dia, pelo sangue salvador de Jesus, também
estaremos com as multidões que proclamam:”Ao que está sentado
sobre o trono, e ao cordeiro, seja o louvor e a honra, e a glória, e o
domínio pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 5:13).
O autor deste hino muito cantado pelos cristãos brasileiros foi Éden
Reeder Latta. A única informação que temos sobre este autor é que
nasceu em 1839. Provavelmente, o hino apareceu pela primeira vez na
coletânea Sacred Songs and Solos (Cânticos e Solos Sacros) nº. 396,
de Sankey 1881. Seu título era The Blood of tue Lamb (O Sangue do
18
Cordeiro).
Esta coletânea indica que a melodia é um arranjo de H. S. Perkins.
Assim, presumidos que seja da mesma data. Como no caso de Latta,
não há informações disponíveis neste momento sobre Henry Southwick
Perkins, o compositor da melodia, além do fato dele ter nascido em 1833
e falecido em 1914.
A excelente adaptação deste hino, feita em 1914, é uma das quase 200
produções do dinâmico evangelista e hinista Henry Maxwell Wright.
Como muitas outras, foi incluída em quase todos os hinários
evangélicos brasileiros.
Bibliografia: Wyrtzen, Don – Fugue on Forgiveness: Musician Looks at
the Psalms, Grand Rapids, MI, Zondervan Publishing House, 1988, p.
231
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 211

Rude Cruz
Letra e Música: George Bennard (1873-1958)
Título Original: The Old Rugged Cross 19

Texto Bíblico: Mas prove cada um a sua própria obra, e então terá
motivo de glória somente em si mesmo, e não em outrem; (Gálatas 6:4)
O Rev. George Bennard nasceu nos Estados Unidos. Sua primeira
infância foi passada em Youngstown, Ohio. Ele relata que quando tinha
apenas dezesseis anos de idade seu pai faleceu, e recaíram sobre ele
as responsabilidades de chefe de família, com quatro irmãs e a mãe
viúva para cuidar.
Foi então que George encontrou no Exército de Salvação uma torre de
forças. Uniu-se a eles e trabalhou em suas fileiras por um bom numero
de anos. Ali Bernnard viu a humanidade lutando pela sobrevivência. Ele
descobriu que o povo necessitava de algo sólido em que agarrar-se,
algum apoio duradouro em suas vidas diárias.
Após alguns anos, George Bernnard entrou para a Igreja Metodista
Episcopal, onde seu devotado ministério foi altamente apreciado.
Ele relata: “A inspiração veio-me em um dia de 1913 quando estava em
Albion, Michigan. Comecei a escrever ‘Rude Lenho se Ergueu‘. Compus
primeiro a melodia. As palavras que escrevi no início eram imperfeitas.
A letra definitiva do cântico foi posta em meu coração em resposta as
minhas próprias necessidades.”
“O cântico foi mostrado a alguém pela primeira vez quando visitei
amigos na paróquia de Pokagon, Parsonage, Michigan. A família
Bostwick era dada à música, assim, após o jantar fomos para o piano.
Eu estava ansioso por mostrar-lhes meu cântico, e encontrei a
oportunidade.”
“Cantei-o, e então, nervosamente, perguntei o que achavam dele.”
“Gostamos tanto”, responderam, “que achamos que deve ser
impresso… Deixe-o conosco, e nos encarregaremos das despesas.”
A primeira ocasião em que foi ouvido em público foi no “Chicago
Evangelistic Institute” (Instituto Evangelístico de Chicago). Tornou-se 20
logo popular. Em pouco tempo, igrejas de todos os estados da União
estavam cantando “Rude Lenho se Ergueu.”
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical
Adventista
George Bennard, o autor e compositor deste hino, um dos mais
amados no mundo inteiro, estava de volta de uma série de conferências
evangelísticas nos Estados de Michigan e Nova Iorque, EUA. Estava
passando por uma dura provação. Começou a refletir seriamente sobre
o significado da cruz, e o que o apóstolo Paulo queria dizer quando falou
da “participação dos seus sofrimentos” (Filipenses 3:10). Enquanto
Bernnard meditava sobre estas verdades, “se convenceu de que a cruz
era muito mais do que um símbolo religioso, era o coração do
evangelho. ” Foi neste tempo que este hino nasceu.
Bernnard conta a história:
“A inspiração me veio em um dia em 1913, enquanto estava em Albion,
Michigan, EUA. Comecei a escrever Rude Cruz. Compus a melodia
primeiro. A letra que escrevi estava imperfeita. As palavras completas
do hino foram postas [mais tarde] no meu coração em resposta à minha
própria necessidade. Pouco tempo depois, em 7 de junho, apresentei o
hino numa conferência em Pokagon, Michigan.”
Depois de o hino ser apresentado numa grande convenção em Chicago,
tornou-se imensamente popular no país todo, e, em pouco tempo, ao
redor do mundo. Apareceu primeiro num folheto, e em seguida, no
hinário Heart and Life Songs, for the Church, Sunday School, Home
and, Camp Meetings (Cânticos para o Coração e a Vida, Para a Igreja,
Escola Dominical, o Lar e Reuniões Campais), publicado em 1915.
Bennard tinha razão. A cruz é o coração do evangelho, e Deus usou o
sofrimento deste seu servo para abençoar o mundo até hoje.
George Bennard, filho de um mineiro, nasceu em Youngstown, Estado
de Ohio, em 4 de fevereiro de 1873. Pouco tempo depois, a família
mudou-se para o Estado de Iowa. Foi na cidade de Lucas que George 21
se converteu numa reunião do Exercito da Salvação. Desejava ser
pastor mas aos dezesseis anos, com a morte do seu pai, tornou-se o
único sustento da sua mãe e quatro irmãs. Tornou-se impossível
adquirir mais educação formal, mas George entrou nas fileiras do
Exército da Salvação. Adquiriu conhecimento teológico através do seu
próprio estudo e do convívio com pastores. Mudou-se com a família
para Ilinois, e mais tarde se casou. Ali o casal trabalhou lado a lado na
liderança do Exército da Salvação. Após alguns anos, deixando este
trabalho, Bennard foi consagrado ao ministério metodista, e começou
quarenta anos frutíferos em conferências evangelísticas no norte dos
Estados Unidos e no Canadá.
Bennard escreveu mais de trezentos hinos, mas será lembrado
especialmente por este. Em 9 de outubro de 1958, aos 85 anos, depois
de levar fielmente sua cruz. George Bennard trocou-a por “uma coroa”.
O nome da melodia, OLD RUGGED CROSS, (Velha Rude Cruz)
provém do título do hino que por muitos anos foi considerado o gospel
hymn predileto do povo americano. O missionário F. A. R. Morgan
traduziu este hino em 1924.
Bibliografia: Wyrtzen Donald John, in: Osbeck, Kenneth W. , 101 More
Hymn Stories, Grand Rapids, Mt, Kregel Publications, 1985, p. 317.
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 230

Sou Feliz com Jesus


Letra: Horatio Gates Spafford (1829-1888)
Título Original: It Is Well With My Soul 22

Música: Philip Paul Bliss (1838-1876)


Texto Bíblico: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou
como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
(João 14:27)
Ira David Sankey, conhecido hinista americano, diz em seu livro My Life
and the Story of the Gospel Hymns (Minha Vida e a História dos Hinos
Evangélicos):
Quando Moody e eu realizávamos reuniões em Edinburgo, em 1874,
ouvimos as tristes notícias do naufrágio do vapor francês “Ville de
Havre”, em seu retorno da América, com grande número de membros
do Concílio Ecumênico que havia sido realizado em Filadélfia. A bordo
do vapor estava a Srª Spafford, com seus quatro filhos. A colisão fora
em alto mar com um grande navio, fazendo com que o vapor afundasse
em meia hora. Quase todos a bordo morreram. A Srª Spafford tirou seus
filhos dos beliches e os levou para o convés. Tendo sido avisada de que
o vapor em breve afundaria, ela ajoelhou-se com seus filhos em oração,
pedindo a Deus que fossem salvos se possível, ou que se
conformassem em morrer, se essa fosse a Sua vontade. Em poucos
minutos o vapor imergiu para as profundezas do mar, e as crianças se
perderam. Um dos marinheiros, chamado Lockurn, – com quem me
encontrei mais tarde na Escócia – ao remar sobre o local onde
desaparecera o vapor, descobriu a Srª Spafford flutuando. Dez dias
mais tarde ela desembarcou em Cardiff, Wales. De lá telegrafou ao
marido, advogado em Chicago, a mensagem: “Salva sozinha”. O Sr.
Spafford, que era cristão, mandou emoldurar a mensagem, e pendurá-
la em seu escritório. Embarcou imediatamente para a Inglaterra a fim
de trazer a esposa de volta a Chicago. Moody abandonou suas reuniões
em Edinburg e dirigiu-se a Liverpool para tentar confortar os pais, e ficou
muito alegre ao ver que eles estavam dispostos a dizer: “Está bem, seja
feita a vontade de Deus”.
Em 1876, quando voltamos a Chicago para trabalhar, passei algumas
semanas no lar dos Spaffords. Neste tempo o Sr. Spafford escreveu o 23
cântico: “Sou Feliz Com Jesus”, em memória de seus filhos. P. P. Bliss
compôs a música a apresentou o cântico pela primeira vez em “Farwell
Hall“. O fato confortador em relação a este incidente foi que pouco antes
da viagem para a Europa, as crianças se haviam convertido em uma de
nossas pequenas reuniões no Norte de Chicago.
Enquanto ainda viviam aí, o casal Spafford tornou-se muito
impressionado com a Segunda volta de Cristo. O Sr. Spafford foi tão
zeloso que decidiu ir a Jerusalém com a esposa e a filha que lhes
restava, e lá aguardar a volta de Jesus, mas morreu pouco depois. A
Srª Spafford é diretora de uma Sociedade cuja a sede esta num edifício
fora de Jerusalém, onde um grande número de pessoas vive, tendo tudo
em comum. Quando visitei Jerusalém, há alguns anos, encontrei-a na
“Rua de Davi”. No dia seguinte recebi a visita da Srª Spaffordd, que é
muito popular entre os nativos e professora de um grande número de
crianças, instruindo-as em literatura inglesa e costumes americanos.
Sankey relata ainda o seguinte: “Este cântico foi ouvido por um
cavalheiro que havia sofrido grande perda financeira no terror de 1899,
e que estava no mais profundo desânimo. Quando ouviu a estória do
cântico, exclamou: ‘Se Spafford pode escrever um tão belo cântico de
resignação, eu jamais me lamentarei outra vez’.”
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical
Adventista

Em Novembro de 1873, o “Ville de Havre” zarpou da cidade de Nove


Iorque para a Europa. Entre os passageiros encontrava-se, a bordo, a
Sra. Spafford, esposa de um advogado em Chicago, com seus quatro
filhos.
A viagem estava quase no fim, estando já à vista as costas da Inglaterra,
quando ocorreu uma terrível catástrofe. No escuridão da noite um barco
colidiu com o “Ville de Harve” e este começou logo a afundar.
A Sra. Spafford ajuntou os seus filhos ao seu redor e encomendou-os a
Deus. À medida que a água subia, mais e mais, dentro do navio, um 24
dos filhos procurou confortar sua mãe em prantos, lembrando-lhe de
que era tão fácil ser chamado à presença de Cristo, tanto do mar, como
se da casa, na América!
Um a um, os seus queridos filhos foram arrancados dos seus braços.
perecendo diante dos seus olhos. Ela, porém, foi milagrosamente
poupada e salva, algumas horas mais tarde, por outro navio.
Supondo que a notícia do desastre seria logo divulgada pelo mundo, a
Sra. Spafford assim que atingiu o porto, enviou um telegrama ao seu
marido. Este havia recebido a notícia do naufrágio do navio e da perda
de seus passageiros, mas ainda não sabia da perda dos seus entes
queridos.
Com o coração pulsando fortemente e com mãos vacilantes ele abriu o
envelope. A mensagem era curta, consistindo em apenas duas
palavras. Seus olhos foram diretos à palavra “salva”, dando ao seu
coração uma repentina sensação de alegria. Relendo, porém, o
telegrama, notou a segunda palavra: “só”, causando-lhe uma terrível
mudança de sentimentos. Num determinado momento foi cheio de um
gozo inefável; e no momento seguinte, inundado de indescritível
tristeza!
Contudo, ele pôde agradecer a Deus por ter salvo a sua amada esposa,
ainda que lamentasse a perda dos filhos queridos.
Dois anos mais tarde o mesmo Sr. Spafford perdeu grande parte dos
seus bens num incêndio que houve em Chicago, mas a sua fé cristã
sempre firme permitiu que ele superasse a todas aquelas perdas.
A despeito de tudo o que lhe aconteceu, foi capaz de sentar-se e
escrever o lindo hino que focalizamos e que se tornou tão conhecido em
todo o mundo evangélico. Ë o Nº.312, em ” Hinos e Cânticos”. A sua
letra em português é de autoria do Sr. S.E. McNair; a música é do Sr.
Philip P. Bliss.
Há muitas famílias nas quais existem pessoas salvas e pessoas
perdidas. Aquelas que estão preparadas e aquelas que não estão
preparadas para se encontrarem com um Deus santo e que odeia o 25
pecado!
Nalgumas delas é possível que o marido seja salvo e a esposa não;
uma irmã salva e um irmão, perdido; e assim por diante. Que coisa
terrível será, na eternidade, se sua mãe, ou seu pai, ou irmã ou irmão,
ou esposa ou esposo, for salvo e você – PERDIDO!
E se falamos em ser salvo, devemos pensar num meio de salvação; e
quando Deus nos fala da Sua grande salvação, Ele nos fala, também, a
respeito do nosso grande Salvador, o Senhor Jesus. Ele nos fala, ainda,
como podemos estar certos dessa salvação: “Se com a tua boca
confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus
O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10.9).
Você quer ter, também, esta certeza?
Fonte: Publicado originalmente
em: http://www.refrigerio.net/hinos12.html
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 240

Bendita Segurança
Letra: Fanny Jane Crosby (1820-1915)
Título Original: Blessed Assurance, Jesus Is Mine! 26

Música: Phoebe Palmer Knapp (1839-1908)


Texto Bíblico: Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por
nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso
pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na
esperança da glória de Deus. (Romanos 5:1 e 2)
Fanny Jane Crosby nasceu em South East Putnam County, Nova
York, a 24 de março de 1820. Ficou tragicamente cega em sua infância
quando um médico de aldeia, ignorante, aplicou cataplasmas quentes
em seus olhos inflamados.
A despeito do seu defeito físico, crê-se que a Srª Crosby, que mais tarde
se casou com Alexander van Alstyne, (também cego), professor como
ela, na Escola para Cegos de Nova York, tenha escrito uns 5.959
cânticos para duas firmas de publicações, e mais milhares de cânticos
adicionais para produtores de livros de cânticos evangélicos, entre eles,
homens bem conhecidos como Ira D. Sankey e W. H. Doane. Ela foi
encarregada por uma casa publicadora de escrever três cânticos por
semana durante um período indefinido e cumpriu esta comissão
admiravelmente.
Conta-se que Fanny Crosby, orava muito e que não fazia nada, nem
escrevia, sem primeiro ajoelhar-se e pedir a direção de Deus. Tinha ela
uma amiga, filha de um famoso evangelista, que a visitava muito.
Chamava-se Phoebe Palmer Knapp.
As palavras do cântico “Bendita Segurança” foram escritas como
resultado de uma visita que a Srª Knapp fez a Fanny Crosby. A Srª
Knapp escreveu a melodia, levou-a a sua amiga e após executá-la
perguntou: – “Fanny, o que esta melodia diz a você?”
Fanny pensou por alguns momentos e então respondeu: -“Que
Segurança, sou de Jesus.” Assim foram escritas as palavras e a música
deste grande cântico de segurança, que é amado por milhares de
cristãos em todo o mundo. A Srª Knapp foi bem conhecida como
escritora de versos e música durante sua vida. Casou-se com o
27
fundador da Cia. Metropolitana de Seguros de Vida e recebeu um
salário anual de 50.00 dólares após a morte do marido. Grande parte
de sua riqueza foi devotada à obra de caridade, antes de morrer em
1908, em Poland Spring, Maine.
Fanny Crosby foi amiga íntima de Grover Claveland que trabalhava
como secretário da Escola para Cegos de Nova York, enquanto lá
esteve como professora. Foi membro vitalício da Igreja Metodista
Episcopal e morreu em Bridgeport, Connecticut, a 12 de fevereiro de
1915. Este seu cântico é provavelmente o mais lembrado dos muitos
que ele escreveu.
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical
Adventista
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 261

Fé é a Vitória
Letra: John Henry Yates (1837-1900)
Título Original: Faith Is the Victory 28

Música: Ira David Sankey (1840-1908)


Texto Bíblico: porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e
esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. (I João 5:4)
Este hino foi escrito por um ex-vendedor de sapatos, que se tornou um
pregador batista. John Henry Yates (1837-1900), nascido em Batavia,
Nova York, no dia 21 de novembro de 1837, era filho de John e Elizabeth
Yates, que emigraram da Inglaterra.
Depois de estudar na “Batavia Union School”, John Yates tornou-se um
vendedor de sapatos e, posteriormente, o gerente do departamento
local de uma Empresa de Ferragens. Em seguida, trabalhou como editor
de um jornal local. No entanto, em 1858, ele foi licenciado para pregar
na Igreja Metodista, e mais tarde foi ordenado ao ministério pastoral.
Em 1891, Yates enviou a letra de “Faith Is the Victory” (Fé é a Vitória)
ao famoso hinista Ira Sankey (1840-1908), que posteriormente,
escreveu a música para ele. O hino apareceu pela primeira vez no “The
Christian Endeavor Handbook” e no “Gospel Hymns” (nº 6).
Fonte: Hinos Tradicionais
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 338

Brilho Celeste
Letra: Henry Jeffreys Zelley (1859-1942) 29

Título Original: Heavenly Sunlight


Música: George Harrison Cook (1864-1948)
Texto Bíblico: Busquei ao Senhor, e ele me respondeu, e de todos os
meus temores me livrou. Olhai para ele, e sede iluminados; e os vossos
rostos jamais serão confundidos. (Salmo 34:4 e 5)
Um dia, em 1899, o Pr. George Harrison Cook foi ao Pr. Henry J.Zelley
com um pedido. “Meu amigo, quero que me ajude”, disse o hinista-
compositor, “Deus me deu uma linda melodia, mas não consigo
escrever as palavras certas para ela. Posso toca-la para o irmão?”
“Claro”, foi a resposta de Zelley, “deixe-me ouvi-la”. Deste encontro dos
dois pastores-hinistas surgiu o feliz e altamente cantável hino Brilho
Celeste, que expressa a grande alegria do crente que tem a certeza:
“Ele nunca me deixará.Nem sombras nem nuvens podem apagar a sua
luz sobre o meu caminho! Meu Salvador me guiará bem de perto em
todo o meu caminho para a ‘mansão’, por isso, ‘com alegria sigo
cantando, pois Jesus Cristo me satisfaz’.”
Em 1900, o hino apareceu no hinário Gospel Praises (Louvores Gospel),
uma das dezenas de coletâneas de gospel hymns editadas por
Kirkpatrick e Gilmour.
O estribilho de Brilho Celeste dos anos 1931 a 1981, soava pela rádio
cada domingo à tarde em todos os Estados Unidos e alguns outros
países. Tornou-se conhecidíssimo e amado, quando Charles E. Fuller,
o famoso e profícuo evangelista americano de rádio usou-o, com o seu
próprio arranjo, em todos os seus programas de The Old Fashioned
Revival Hour (A Hora do Avivamento no Estilo Antigo). A possante voz
do barítono do evangelista e da sua congregação de aproximadamente
4.000 pessoas, podiam ser ouvidos do grande auditório de Long Beach,
CA. Estas pessoas, como milhões de outros ouvintes, não gostavam de
perder esse programa com as mensagens simples do evangelho e as
“cartas dos ouvintes que ‘Honey’, a esposa de Fuller, lia”. Isto, e a
impressionante música, com Rudy Atwood ao piano e Donald P. Hustad
30
ao órgão, com o famoso quarteto e o coro, tornaram o programa o
precursor e modelo para os futuros programas evangelísticos na TV. Foi
o instrumento para a salvação para milhares de pessoas. Após a morte
do evangelista em 1968, seu filho Daniel, continuou este ministério por
mais treze anos. Ele também ensinou e serviu como Reitor no Fuller
Theological Seminary (Seminário Teológico Fuller),fundado pelo pai.
O autor de Brilho Celeste, Henry J. Zelley nasceu em Mount Holly,
Estado de nova jersey, em 15 de março de 1859. Fez o mestrado em
Artes e Doutorado em Filosofia (phD) na Univesidade Taylor em Upland,
Estado de Indiana. Estudou Teologia no Seminário Pennington, NJ.
Consagrado ao ministério metodista, entrou na Convenção do seu
Estado natal, onde serviu, ao longo dos anos em dezenove diferentes
igejas. Ativo no trabalho da Conferência dos Estado, serviu em diversas
áreas, inclusive na junta do seu Seminário.
“Pregador e pastor de grande sucesso, o ministério de Zelley foi
marcado de fervor evangelístico. Foi autor de mais de 1.500 poemas,
hinos e gospel songs”. Este é o único em uso mundial, hoje.
O nome da melodia, SUNLIGHT (Brilho do Sol), às vezes chamda
HEAVENLY SUNLYGHT (Brilho Celeste), provém do título do hino no
original e do seu tema.
O Pr. George Harrison , convertido aos quatorze anos, desde cedo
dedicou-se à música. “Teve uma longa vida de ministério que inclui
pregar, cantar tocar, compor, reger coros, organizar bandas e
orquestras e treinar gospel singers (cantores de gospel hymns)”.
Passou seus últimos anos em Ocean Grove, estado de Nova Jersey,
onde veio a falecer em 1948.
Bibliografia: Kerr,Phil, Music in Evangelism in:
Hustad,Donald, Dictionary-Handbook to Hymns for Living Church, Carol
Stream, IL, Hope Publishing
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 340
31
Saudade
Letra: Fanny Jane Crosby (1820-1915)
Título Original: The Homeland Shore
Música: Stephen Collins Foster (1826-1864)
Texto Bíblico: Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não
haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão: Mas
alegrai-vos e regozijai-vos perpetuamente no que eu crio; porque crio
para Jerusalém motivo de exultação e para o seu povo motivo de gozo.
(Isaías 65:17 e 18)
Stephen Collins Foster (1826-1864) conhecido como o “pai da música
americana”, foi um proeminente compositor americano do século XIX.
Suas canções, incluindo “Oh! Susanna“, “Camptown Races“, “My Old
Kentucky Home“, “Old Black Joe“, “Beautiful Dreamer” e “Old Folks at
Home” (também conhecida como “The Swanee River“) permanecem
populares mais de 150 anos depois de sua composição.
Ele foi o primeiro compositor profissional a trabalhar com música de
salão (“parlor“) e música de menestréis (“minstrel“). Stephen não teve
instrução formal de composição musical, mas era ajudado por Henry
Kleber (1816-1897). Uma lei federal americana designou o dia 13 de
janeiro como “Dia em memória de Stephen Foster”, para comemorar a
data do seu falecimento.
Este compositor e letrista escreveu a canção “Old Folks at Home” em
1851, na cidade de Pittsburgh, estado americano da Pennsylvania. O
texto foi produzido com expressões nostálgicas, passando a impressão
de que alguém está longe de casa e separado da sua família. O texto
da canção mistura o dialeto dos escravos africanos e o inglês falado nos
EUA.
Parece que Foster nunca viu o rio Swanee, nem visitou a Flórida. Alguns
biógrafos concluíram que não há base histórica para afirmar que “Old
Folks at Home” foi escrita depois de Foster ter visto o rio Swanee e que 32
muitas ideias musicais surgiram ao ouvir o canto dos escravos ou
assistir cultos em igrejas de negros.
Apesar das controvérsias, havendo muitos que insistem em afirmar que
o texto é racista, a canção, tal como foi escrita e composta por Stephen
C. Foster, com algumas pequenas correções, foi adotada como a hino
oficial do estado da Flórida no dia 25 de maio de 1935.
A poetisa cristã Fanny Jane Crosby (1820-1915), que ficou cega ainda
na primeira infância, foi alguém com incomparável sensibilidade na
expressão musical das verdades celestes. Ela compôs um belíssimo
poema sacro, com uma temática semelhante, intitulado “The Homeland
Shore” (1890). Porém, no poema de Fanny Crosby a nostalgia, ou
saudade, não se refere a um local neste mundo, mas refere-se ao
anseio do mundo porvir.
Provavelmente adaptada por Ira David Sankey (1840-1908), a melodia
de Foster, que ficou conhecida como “The Swanee River” foi arranjada
ao poema de Fanny Crosby, sendo publicada com o título “The
Homeland Shore” como o hino de nr. 23 do hinário Christian Endeavor
Hymns, de 1894, compilado por Ira D. Sankey, tendo sido utilizada em
vários hinários cristãos americanos desde então.
Os metodistas contribuíram para a hinódia brasileira através de
missionários como Justus Henry Nelson (1849-1931) e Benjamin Nind,
que cooperaram com a tradução dos versos em inglês para o português,
dando-lhe o título “Da Linda Pátria Estou Mui Longe”, que são as
primeiras palavras do poema em Português.
Este hino não havia sido utilizado no “Hinário Adventista” de 1943 e
tampouco foi utilizado no hinário “Cantai ao Senhor”, editado em 1963
por conta de sua origem secular. Porém, foi admitido no Hinário
Adventista do Sétimo Dia, lançado em 1993, sob o nr. 340, com o título
“Saudade”.
Muitos outros hinários evangélicos brasileiros utilizam este hino como o
antigo “Cantor Cristão” (nr. 484) bem como no “Salmos e Hinos” (nr.
592). 33

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 371

Cuidará de Mim Também


Letra: Civilla Durfee Martin (1869-1948)
Título Original: His Eye Is On The Sparrow
Música: Charles Hutchinson Gabriel (1856-1932)
Texto Bíblico: Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem
ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não
valeis vós muito mais do que elas? (Mateus 6:26)
Esse tradicional e belo hino cristão foi escrito no início do século XX,
por Civilla Durfee Martin (1869-1948), depois de uma bonita
experiência. Ela mesma nos conta como isso aconteceu:
“No início da primavera de 1905, meu marido e eu estávamos em
Elmira, New York. Lá, cultivamos uma profunda amizade com o casal
formado pelo Sr. e Sra. Doolittle. A Sra. Doolittle estava acamada há
quase vinte anos, e seu marido era um aleijado incurável que precisava
impulsionar seus negócios numa cadeira de rodas. Apesar de suas
aflições, eles viviam vidas cristãs felizes, trazendo inspiração e conforto
a todos que os conheciam. Um dia, enquanto estávamos visitando os
Doolittle, meu marido comentou sobre a esperança deles, e perguntou-
lhes qual era o segredo. A resposta da Sra. Doolittle foi simples: ‘Se
Deus protege as aves, cuidará de mim também’. A beleza desta simples
expressão de fé agarrou os nossos corações e inflamou a mente de
Martin e a minha. O hino ‘Cuidará de Mim Também’ foi resultado dessa
experiência”.
No dia seguinte, ela enviou o poema ao famoso Charles Hutchinson
Gabriel (1856-1932), que criou a música para o hino. Hoje, mais de 100
anos depois, é possível desfrutar da paz e da proteção de Deus, ao
cantar esse hino.

34

Fonte: Hinos Tradicionais


Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 373

Deus Cuidará de Ti
Letra: Civilla Durfee Martin (1866-1948)
Título Original: God Will Take Care of You
Música: Walter Stillman Martin (1862-1935)
Texto Bíblico: Eu, na verdade, sou pobre e necessitado, mas o Senhor
cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas,
ó Deus meu. (Salmo 40:17)
Era um domingo pela manhã em 1904. O Rev. Walter Stillman Martin,
pregador apreciado, freqüentemente convidado para séries de
conferências e pregações pelas igrejas, teve um convite na cidade de
Lestershire, Estado de Nova Iorque. A sua esposa Civilla, enferma e
semi-inválida, e seu filho, ainda menino, estavam com ele na cidade. De
repente, piorou consideravelmente o estado de saúde de sua esposa.
Que fazer? Seria prudente deixá-la sozinha somente com o menino? O
Pr. Martin pensou em comunicar à igreja que seria imperativo cancelar
o compromisso. Quando estava pronto para fazer a ligação, ouviu a voz
do filho:” Pai, se é a vontade de Deus que você vá pregar hoje na igreja,
ele não poderá tomar conta da mamãe enquanto você estiver ausente?”
O Pr. Martin não fez a ligação. Aquela voz do seu filho afastou, de
repente, todo o seu temor. Sim, Deus seria capaz de cuidar dela! A voz
da sua esposa ajuntou-se à do menino: “Deus cuidará de mim.” O Pr.
Martin deixou a mulher e o filho aos cuidados de Deus e foi pregar.
Houve muitas conversões! Sentia a mão de Deus abençoando-o
poderosamente naquele dia.
Chegando ao lar, qual a sua felicidade! O seu filho trazia na mão um
envelope com uma poesia escrita no dorso com o título “Deus Cuidará
de Ti”. “A pergunta que nosso filho fez e a simplicidade de sua fé me 35
inspirou essas estrofes”, explicou Civilla. O seu marido também
compartilhou as bênçãos que havia recebido. O Pr. Martin, apanhando
o poema sentou-se ao órgão. Dentro em pouco estava composta a
melodia. Este hino maravilhoso sobreviveu ao casal, e até hoje nos
conforta em cada angústia e cada tribulação.
Walter Stillman Martin( 1862- 1935) formado na Universidade de
Harvad, foi ordenado ao ministério batista, mais tarde unindo-se à Igreja
Discípulos de Cristo. Tornou-se professor de Bíblia na Faculdade Cristã
Atlântica, em Carolina do Norte. Casou-se com Civilla Dufee Holden, e
em 1919 fixaram residência em Atlanta, Estado de Geórgia, enquanto
publicou outros hinos do estilo “gospel hymns”.
Civilla Durfee Martin (1866- 1948), nascida na província de Nova
Scotia, no Canadá, por muitos anos foi professora da rede pública.
Recebeu educação musical. Civilla, embora nunca tivesse boa saúde,
colaborou com seu marido nas suas campanhas até a morte dele.
O nome da melodia ,GOD CARES (Deus Cuida), reflete a mensagem
do hino composto pelo casal Martin. Foi publicado no hinário Songs of
Redemption and Praise( Cânticos de Redenção e Louvor), em 1905,
compilado por Martin e John A. Davis, fundador e presidente da Escola
de Treinamento Prático na Bíblia em Lerstershire, Estado de Nova
Iorque.
Salomão Luiz Ginsburg traduziu este hino em 1905, dedicando a
tradução a Francis M. Edwards, missionário batista no Brasil de 1907 a
1924. Certamente com esta tradução Ginsburg procurava escorajar e
fortificar a fé de Edwards, que passava por dias difíceis. Por alguma
razão, ele publicou sua versão somente em 24 de outubro de 1912, em
O Jornal Batista, na página 6.
Bibliografia: Porto Filho, Manoel: História e Mensagem dos Hinos que
Cantamos, Teresópolis, RJ, Casa Editora Evangélica, 1962, p 15-18
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 420

Oh! Que Amigo em Cristo Temos! 36

Letra: Joseph Medlicott Scriven (1820-1886)


Título Original: What a Friend We Have in Jesus
Música: Charles Crozat Converse (1832-1918)
Texto Bíblico: Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o
que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi
de meu Pai vos dei a conhecer. (João 15:15)
Há um ditado que diz: “Um amigo verdadeiro é aquele que nos conhece
muito bem, mas nos ama assim mesmo”. Um bom amigo nos aceita
como somos, continua ao nosso lado tanto nos bons momentos como
nos maus, está pronto a nos ajudar em tempo de necessidade e tristeza.
“Foi porque o autor deste hino, Joseph Scriven, achou um verdadeiro
amigo em Jesus, que decidiu passar sua vida inteira mostrando real
amizade a outros.”
Joseph Medlicott Scriven (1819-1886) nasceu em Seapatrick,
condado de Down, Irlanda, filho de um capitão da Marinha Real, e
sobrinho dum pastor. Formou-se na célebre Faculdade Trinity de Dublin,
capital [da Irlanda]. Possuía fortuna, educação, uma família que o
amava e uma vida cheia de alegria. Estava preste a casar-se com uma
bela moça. Então, tragédia inesperada lhe sobreveio. Na noite anterior
às suas almejadas núpcias, sua noiva afogou-se! “Na sua tristeza
profunda [e melancolia que o perseguiria durante toda sua vida], Joseph
reconheceu que somente no seu amigo mais querido, Jesus, poderia
achar o consolo e o sustento de que precisava”.
Começara a carreira militar, mas sua saúde precária forçou-o a
abandonar este sonho. Pouco tempo depois, Scriben decidiu emigrar
para o Canadá. Mudou-se completamente o seu estilo de vida.
Estabeleceu-se em Port Hope, Província de Ontário, e propôs no seu
coração que se dedicaria a ser amigo e auxilio aos outros. Professor por
profissão, trabalhou, sem pagamento, para qualquer pessoa que
precisasse dele. Doava sua própria roupa e outros pertences a qualquer
pessoa necessitada. Tornou-se conhecido como “O Bom Samaritano de
Port Hope”. 37

Uma vez um novo vizinho procurava quem lhe cortasse lenha. Vendo
as ferramentas de Scriven, procurou se informar sobre ele. “O senhor
não pode empregar aquele homem”, lhe disseram. “É o senhor Scriven.
Não cortará lenha para o senhor”. “Por que não?” perguntou o homem.
“Porque o senhor pode pagar. Ele somente corta lenha para viúvas e
inválidos”.
Scriven sofreu outra perda devastadora. Noivo pela segunda vez, no
Canadá, sua pretendida adoeceu gravemente, vindo a falecer. Ele
também sofreu financeira e fisicamente. Com muita razão, Bill Ichter
intitulou sua comovente história sobre a vida deste bom homem: Um
Homem Marcado Pela Tragédia.
Foi ao ouvir da enfermidade da sua mãe em 1855, que Scriven, numa
carta para ela, incluiu as comoventes palavras deste hino para o seu
conforto, mensagem experimentada por ele dias após dia. Não pensou
que os outros fossem ver suas palavras. O hino foi publicado
anonimamente. Até pouco tempo antes da sua morte, ninguém sabia
deste dom poético de Scriven. Foi um vizinho, que foi ajudá-lo durante
uma enfermidade, que viu a poesia, rabiscada num papel ao lado da
sua cama. “Lendo-a comovido, perguntou: ‘foi o irmão que escreveu
isto?’ ‘O Senhor e eu a escrevemos juntos’, ele respondeu. ” Depois,
Scriven publicou uma pequena edição dos poemas, Hymns and Other
Verses (Hinos e Outros Versos), em 1869.
Sciven afogou-se num riacho pertinho da casa do seu vizinho amigo.
Supõe-se que foi num delírio, porque continuava bem doente, e com
muita febre. Estava debruçado, como se estivesse orando. Seus
vizinhos de Bewdley e dos arredores, “erigiram três monumentos à
memória desse humilde emigrante que veio da Irlanda e proporcionou
tanta alegria a tantas pessoas”.
A mensagem de conforto de Scriven tem alcançado os corações de
milhões, porque é um dos hinos mais cantados ao redor do mundo.
Depois de mais de um século, continua em grande demanda. 38

O hino aparentemente apareceu anonimamente pela primeira vez em


1857, no hinário Spirit Minstel: A Collection of Hymns and
Music (Trovador Espiritual: Coleção de Hinos e Melodias), de J. B.
Packard.
Habilmente traduzido pela operosa missionária pioneira Kate Stevens
Crawfod Taylor, nos primeiros anos do trabalho batista no Brasil, este
hino tornou-se um dos mais cantados por evangélicos brasileiros.
Sankey e Bliss estavam para publicar Gospel Nymns Nº 1, (Hinos
Gospel Nº 1), em 1875. Depois de completar a coleção, Sankey, lendo
um panfleto de hinos , descobriu o hino de Scriven, ligado à melodia do
seu amigo Charles C. Converse. Gostou muito. Achou que fosse o
“Príncipe dos hinista Escoceses”, Horatio Bonar. Desejoso que este
hino estivesse nesse hinário, colocou-o no lugar de outro de Converse.
“Assim o útimo hino que entou no hinário tornou-se um dos primeiros
em preferência”. Mais tarde , Sankey soube, dos amigos de Scriven, de
quem foi este hino tão importante.
Charles Crozat Converse (1832-1918) nasceu em Waren, Estado de
Massachusetts e foi educado na academia Elmira na ciade de Nova
Iorque. Associou-se com William B. Bradbury e ira D. Sankey na
compilação e edição de hinários , usando seu pseudônimo Karl Reden,
foma alemã do seu nome. Mais tarde, estudou música erudita no
Conservatório de Leipzig, na Alemanha, onde conheceu Franz Liszt e
Louis Spohr. Voltando aos Estados Unidos em 1859, estudou Direito na
Univesidade de Albany (Nova Iorque). Praticando a advocacia com
muito sucesso em Eric, Estado de Pensilvânia, continuou como músico
e escritor, interessando-se também em Filosofia e Filologia. Compôs
melodias para hinos, quartetos mistos, antemas corais, cantatas e
oratórios patrióticos, quartetos e outra música para cordas e duas
sinfonias. A Faculdade Rutherford lhe conferiu o Doutorrado em Letras
(honoris causa)em 1895. Converse faleceu em Highwood, Estado de
Nova Jersey.
O nome da melodia, CONVERSE, homenageia este destacado
compositor. Foi composta em 1868 e apareceu na sua coletânea Silver 39
Wings (Asas Prateadas), em 1870 sob seu pseudônimo: Karl Reden.
Bibliografia: Sankey, Ira D. , My Life and the Story of The Gospel
Hymns, Philadelphia, PA, P. W. Zeigler Co, 1906, p. 334.
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 427

Mais Perto Quero Estar


Letra: Sarah Fuller Flower Adams (1805-1848)
Título Original: Nearer, My God to Thee
Música: Lowell Mason (1792-1872)
Texto Bíblico: Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de
todos os que o invocam em verdade. (Salmo 145:18)
Durante muitos anos, somente os homens escreviam hinos, mas, pouco
a pouco, as mulheres também começaram a usar o seu talento poético
e, hoje, temos muitos hinos escritos por mulheres consagradas a Deus
e ao Seu trabalho.
Mas, um dos mais conhecidos em todo o mundo foi o hino escrito por
Sarah Flower Adams (1805-1848). Trata-se do hino “Mais Perto Quero
Estar, Meu Deus de Ti”.
Foi no ano de 1841 que esta senhora, que estudava muito a Bíblia, ficou
tão impressionada com a história relatada no livro de Gênesis (capítulo
28) sobre a visão de Jacó, em Betel, e a escada que alcançava o céu,
e os anjos que subiam e desciam por ela, que, inspirada naquela
passagem bíblica, resolveu escrever este hino que mais tarde se tornou
universalmente conhecido.
Dizem que, quando os visitantes cristãos visitam a Palestina, em
chegando a este lugar, Betel (hoje Bira, um território da Jordânia),
param e cantam este hino, evocando os acontecimentos
impressionantes experimentados por Jacó. As palavras deste hino tem
sido um grande auxilio e um grande conforto para muitos crentes em
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tempos de dificuldades.
É impossível esquecermos o terrível desastre com o grande
transatlântico “TITANIC” nos primeiros anos deste século. Era a sua
viagem inaugural; grandes personagens viajavam nele; viajava,
também, um grupo de peregrinos, crentes da Europa que demandavam
a nova terra (EUA). Mais de mil vidas se perderam naquela ocasião.
E contam que, quando o grande navio estava soçobrando, tinha-se a
impressão de que ia haver um pânico geral; porém, a orquestra de
bordo começou a tocar o hino “Mais Perto Quero Estar, Meu Deus de
Ti” e, imediatamente, foi presenciado um espetáculo comovedor: os
crentes e outros tripulantes, dando as mãos uns aos outros, começaram
a cantar também o hino à medida que o navio ia afundando-se!
A música deste hino foi feita pelo conhecido compositor sacro Lowell
Mason, autor de inúmeras outras músicas e que se tornou famoso pelos
seus excelentes trabalhos. Durante a sua vida teve muitos cargos de
importância e foi o fundador da Academia de Música de Boston.
Fonte: Publicado originalmente
em: http://www.refrigerio.net/hinos19.html
As últimas palavras do Presidente William Mckinley, relatadas por seu
médico, Dr. M. D. Mann, foram: -“Mais perto, meu Deus de Ti, ainda que
seja a cruz’ tem sido minha constante oração”.
Preferido pela Rainha Vitória, por Theodore Roosevelt, pelo Rei Edward
VII e muitos outros, este hino foi escrito por Sarah Flower Adams, em
1840 e é um dos treze com que ela contribuiu para “Hinos e Antemas”,
1841, publicado pelo pastor, Rev. W. J. Fox, para a sua congregação.
É baseado em Gêneses 28:10-22, a história de Jacó em Betel. Sarah
Flower Adams era filha de Benjamin Flower, o hábil redator do
“Cambridge Intelligencer“, e do “Political Review“. Ela possuía talento
dramático bem como habilidade poética e contribuiu para o ‘‘Monthly
Repository“. Sua obra mais grandiosa foi “Vivia Perpetua” – um poema
dramático.
“Bethany” é o nome da melodia composta para este hino por Lowell 41
Mason, em 1856. Apareceu, pela primeira vez, em “Sabbath Hymns and
Tune Book” (Livro de Canções e Hinos para o Dia do Senhor) , em 1859.
Mason disse de sua origem: “O compasso estava irregular, porém, uma
noite depois de permanecer acordado no escuro, com os olhos bem
abertos, através do silêncio da casa, a melodia me veio, e na manhã
seguinte escrevi as notas do “Bethany’.” A melodia possui alguma
semelhança com “Oft in the stilly nigth“, e Mason pode ter usado,
inconscientemente, alguma melodia já conhecida.
Um fato interessante é relatado com referência a este hino: “Durante a
Guerra Civil o Bispo Martin da ‘M. E. Church’, do Sul, foi despejado de
seu lar pelos Soldados da União, e saiu andando sozinho em direção
ao mato. Ouviu alguém cantando ‘Mais Perto Quero Estar’ e dirigiu-se
a uma casa de madeira, onde uma mulher velha e solitária, pobre e na
miséria, cantava alegremente o hino. Esta cena despertou-lhe o
sentimento de ilimitada confiança em Deus, e livrou-o dos seus
temores.” – The Story of Our Hymns, Haeussler, pág.355 (Com
permissão da Eden Publishing House).
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical
Adventista

Este hino bastante conhecido foi escrito por uma mulher inglesa
talentosa e elegante, que viveu apenas quarenta e três anos. Apesar de
sua saúde delicada, Sarah Flower Adams teve uma vida ativa e
produtiva. Depois de uma carreira bem sucedida nos palcos de Londres
como Lady MacBeth de Sheakespeare, começou a escrever e tornou-
se amplamente conhecida por suas realizações literárias. A cruz
mencionada na primeira estrofe do texto de seu hino pode ter sido suas
dificuldades físicas, que limitaram muitas de suas ambições.
A irmã de Sara, Eliza, tinha dom para a música e com freqüência
compunha músicas para os poemas de sua irmã. Juntas, elas
contribuíram com treze letras e sessenta e duas novas melodias para
um hinário que estava sendo compilado pelo seu pastor. Certo dia, o
Rev. William J. Fox solicitou um novo hino para acompanhar seu
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sermão sobre a história de Jacó e Esaú. Sarah passou bastante tempo
estudando Gênesis 28:10-22 e em pouco tempo completou todas as
estrofes de “Mais Perto Quero Estar”. Desde aquele dia em 1840 este
hino teve uma história incomum de ministrar consolo a pessoas
sofredoras em todos os lugares.
Estas linhas (na letra original em Inglês), que descrevem Jacó dormindo
sobre uma pedra e chamado o lugar de Betel, que significa “Casa de
Deus”, parecem refletir um anseio comum – especialmente em
momentos de profunda necessidade – de experimentar a proximidade
e a presença de Deus de uma maneira muito real.
Fonte: http://books.google.com.br/books?id=mPqN_R-
waqUC&pg=PA238&lpg=PA238
Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 462

Jóias Preciosas
Letra: William Orcutt Cushing (1823-1902)
Título Original: When He Cometh
Música: George Frederick Root (1820-1895)
Texto Bíblico: Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o
fulgor do firmamento; e os que converterem a muitos para a justiça,
como as estrelas sempre e eternamente. (Daniel 12:3)
Este cântico, escrito pelo Rev. W. O. Cushing e musicado por G. F.
Root, é um dos mais populares cânticos infantis, no mundo. Ele
escreveu vários cânticos, entre os quais os mais populares são:”Hiding
in Thee” (Escondido em Ti) e There’ll be no Dark Valley” (Não Haverá
Vale Escuro).
O Rev. William Orcott Cushing nasceu em Hingham Center,
Massachusetts, em 1833 e converteu-se quando ainda criança. Entrou
para o ministério e continuou aí por muitos anos,até que perdeu
parcialmente a voz. Isto fez com abandonasse o púlpito, mas a oração
feita por ele; -Senhor, dá-me ainda algo que eu possa fazer para Ti!” foi
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respondida de maneira maravilhosa, e ele pode escrever cânticos para
crianças, muitos dos quais tem abençoado milhares de pessoas através
do mundo, a quem sua voz de pregador nunca haveria alcançado.
“Jóias” se alinha com “Vinde Meninos” (HASD 458), e “I Am So Glad
That Jesus Loves Me” (Sou Tão Feliz Por Jesus Me Amar), os dois mais
populares cânticos para crianças, no mundo. O Rev. Cushing morreu
em 1902.
Ira David Sankey, conhecido hinista americano, diz em seu livro My Life
and the Story of the Gospel Hymns (Minha Vida e a História dos Hinos
Evangélicos):
Quando um ministro retornava da Europa, em um vapor inglês, visitou
a terceira classe, e após um pouco de conversa amistosa, propôs que,
se houvesse algo que todos conhecessem se cantasse pois, havia
centenas de imigrantes de quase todas as partes da Europa.
-“Então terá que ser um melodia americana” disse o encarregado da
terceira classe; “tente ‘Jóias’.”
O ministro começou a melodia com as palavras: “Eis que Cristo vem à
terra,” e centenas de pessoas, pobres e mal alimentadas uniram-se a
ele. Muitos, e centenas mesmo, provavelmente, reconheceram a
música da velha canção, e outros talvez se lembrassem de haver ouvido
esta doce melodia tocada na torre da igreja, em suas terras. Mas outras
vozes se uniram, masculinas e femininas, acompanhando a melodia, e
às vezes a letra, as palavras eram fáceis e repetidas – e o volume do
cântico aumentou, até que o ministro se viu em meio a um concerto
internacional, o mais singular por ele já dirigido. (Theron Brown’s Story
of the Hymns and Tunes).
George Frederick Root, doutor em Música, autor da melodia, nasceu
em Sheffield, Massachusetts, em 1920 e morreu em 1895.
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical
Adventista
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Olá, amigo (a)!
Espero ter ajudado, 45

António Brilho Celeste Vida (ABC VIDA).


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