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REDONDA
ONTEM E HOJE
Edição Comemorativa 50 anos
Alkindar Costa
ALKINDAR COSTA
VOLTA REDONDA
ONTEM E HOJE
Visão Histórica e Estática
Edição 2004
Alkindar Costa
DEDICATÓRIAS
"In Memoriam"
J.B. de Athayde
Historiador pioneiro, falecido em 9 de novembro de 1974, que por
seu esforço e dedicação não deixou que se perdessem, no tempo, lances
que haverão de conduzir nossa mocidade a querer e amar, com respeito,
esta Cidade de Volta Redonda.
ESPECIAIS
Alkindar Costa
PREFÁCIO
“Meus Senhores,
Durante o último conflito armada que arrastou, de uma ou de outra forma,
toda a humanidade, um tipo de homem destacou-se no desenrolar dos combates,
por sua missão singular - o Correspondente de Guerra. Muitos, encerrada a 2ª Guerra
Mundial, puderam acomodar suas cabeças sobre os louros colhidos pelo brilhante
desempenho como testemunhas da própria História. Observadores argutos, atentos
e silenciosos, eles viveram o terrível drama do confronto sangrento, não apenas
como espectadores privilegiados: sofreram a sede e a fome, o frio e o calor, o
bombardeiro e a metralha, com a mesma intensidade daqueles que, por dever,
interviam diretamente nas ações bélicas. Além de tudo, na convivência da trincheira
ou dos raros momentos de descanso, aprenderam, muito cedo, a solidaredade de
irmãos em armas, choraram as suas lágrimas, sorriam o seu sorriso e
compartilharam, enfim, dos seus temores, das suas dúvidas e, sempre, de sua
esperança.
Porém, seus despachos, enviados diretamente do “front” raramente traíam o
envolvimento profundo e pessoal, do correspondente de guerra. Antes, constituiam
relatos eficientes e concisos das operações bélicas por eles presenciada. Na verdade,
o Mundo, poucas vezes conheceu e certamente jamais saberá, em sua verdadeira
extensão, a interveniência direta desses homens em muitas operações de guerra.
Quantos deles, a despeito de sua missão pacífica, não terão tido uma palavra de
alento para o soldado que se deixara tomar pelo medo? Quantos feridos socorreram
no decurso das batalhas que testemunharam? E mais, quantas vezes não terão,
eles mesmos, tomado em suas mãos as armas que o seu vizinho silenciara, ao
cair morto, e prosseguiam para concluir a tarefa interrompida?
Jamais saberemos.
A História não registrou o grau verdadeiro de participação desses homens
nos conflitos armados que se propunham a observar.
ALKINDAR CÂNDIDO DA COSTA, em considerável medida, é a própria
História de Volta Redonda. Funcionário de incontestável eficiência da Secretaria da
Câmara Municipal de Volta Redonda, valeu-se sobejamente, do seu admirável senso
de organização, de sua argúcia em perceber a real profundidade dos
acontecimentos, de sua sensibilidade de poeta e de sua facilidade em correr a pena
como verdadeiro cronista parar brindar-nos com sua obra.
No trabalho paciente da busca, da pesquisa e do registro, como que seguindo
os passos do nosso saudoso José Botelho de Athayde, Alkindar vê recompensados
os seus esforços, a sua vigília e, mais que tudo, a sua perseverança.
O seu livro é, sem duvida, um prêmio para o autor. Entretanto, para nós,
representa um verdadeiro legado às novas gerações, por constituir-se, entre muitos
atributos, em uma preciosa fonte de consulta e de estudo.
Alkindar Costa
Gostaria, contudo, de falar mais do autor que da obra. Alkindar, mais do que
testemunha, é personagem viva e atuante, decisiva em alguns aspectos, dos fatos
que ele registrou. Como o correspondente de guerra que vos falei, Alkindar, muitas
vezes, socorreu os soldados das batalhas travadas em Volta Redonda, dirigiu-lhes
uma palavra de ânimo e de orientação e, em não raras ocasiões, tomou em suas
mãos as armas do tirocínio, do dever e do amor, para concluir missões que outrem
abandonara em meio à caminhada.
Com quase meio século de Volta redonda, de envolvimento em suas trajédias
e vitórias, autorizam-me a vos afirmar que, exatamente assim, aconteceu, e em
vários eventos que eu mesmo presenciei, testemunha que fui e que sou também,
da história da Cidade do Aço. Se Alkindar agiu assim, fê-lo por amor entranhado a
Volta Redonda, jamais pela vaidade. Hoje, destacado para apresenta-lo como autor,
num preito de gratidão e justiça que é, paradoxalmente, uma moção de leve censura,
quero louvar e, ao mesmo tempo lamentar que Alkindar Cândido da Costa, a exemplo
dos correspondentes de guerra, não tenha registrado sua valiosa participação nos
eventos que adotou. E nisto, ele se parece com José Botelho de Athayde, cronista
e soldado de nossa emancipação política.
Sua modéstia, Alkindar, somente é superada pela modéstia do título que você
escolheu para sua obra, por ser incompatível com a grandeza do presente que
você nos brindou.
Parabéns a Alkindar, parabéns a Volta Redonda, “Cidade do Aço”.
Meu saudoso Mestre e Amigo, J.B. de Athayde, nós que acreditamos na
eternidade da alma, estamos certos de que está sorrindo ao verificar que trilha
aberta por você, existe outro caminhante, empunhanmdo a sua bandeira.
Seu nome:
ALKINDAR CÂNDIDO DA COSTA
Discurso pronunciado pelo Professor Waldyr Amaral Bedê, por ocasião da noite de autógrafos do Livro
“Volta Redonda Fragmentos de História” de Alkindar Costa, na Câmara Municipal em 17/07/1978.
Alkindar Costa
Jader Costa
Editor e Filho de Alkindar Costa
LIVROS PUBLICADOS
"Crônicas da minha Saudade" - crônicas poéticas - 18/07/1970
"Volta Redonda - Fragmentos de História" - 09/081975
"Volta Redonda - Ontem e hoje" - 1ª Edição - 1978 - 2ª Edição - 1979 - 3ª Edição - 1992
"Oração de Poeta" - crônicas poéticas - 13/06/1984
"Clube dos Funcionários da CSN - 45 anos de História" - 20/12/1988
"Rotary Clube de Volta Redonda LESTE - História de um Clube de Serviço" - 06/05/1988
"Rotary Club Volta Redonda-Oeste – O Clube que deu certo" - 08/07/1999.
Participante com a publicação de Crônicas Poéticas nas Coletâneas do Grêmio Literário
de Autores Novos – GLAN-VR: I Coletânea – 1984; Coletânea 1985; Coletânea 1986;
VII Coletânea 1987; VIII Coletânea 1988; IX Coletânea 1989; X Coletânea 1990/91;
XII Coletânea 1994; XIII Coletânea de Contos e Poesias 1996; XVI Coletânea de
Contos e Poesias 1998.
EM PREPARO
"Devaneios" – Crônicas Poéticas
"Solar de Minha Eternidade" – Crônicas Poéticas
"Um nome nas ruas de Volta Redonda"
"ACIAP-VR – Uma História de Lutas" - levantamento histórico da Associação Comercial, Industrial e
Agro-Pastoril de Volta Redonda.
"Pensando em Você" – Crônicas Poéticas
"Rotary Club Volta Redonda-Norte – Recordações Históricas"
"O Poder Legislativo de Volta Redonda"
MONOGRAFIAS PUBLICADAS
Vereadores e Prefeitos de Volta Redonda - 1983
"Câmara Municipal de Volta Redonda - Compêndios" - 1983
Alkindar Costa
Antecedentes Históricos
Alkindar Costa
EB
ERA UMA VEZ... O DESBRAVAMENTO
Alkindar Costa
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o limite dos Guaytacazes; dahi à ilha de Sant’Anna e desta ilha à bahia
do Salvador; da bahia do Salvador à bahia Formosa, e da bahia Formo-
sa ao Cabo Frio, perfazendo tudo 20 léguas.”
Em 1560, Mem de Sá, ao derrotar os franceses no Rio de Janeiro, retirando-se para
a Bahia, deixou seu sobrinho Estácio de Sá, que fundou na Praia Vermelha, a primeira
povoação, sendo seu 1º Governador.
No correr dos tempos, em razão de ir se ampliando a autoridade do Governador do
Rio, a sua jurisdição foi se estendendo ao longo do litoral sul fluminense até Angra dos
Reis e Paraty.
Em 9 de novembro de 1709, São Paulo e Minas foram separados do Rio e os limites
entre o Rio e São Paulo ficaram tacitamente estabelecidos porque já era, pelo costume,
reconhecido ao longo do litoral, até esses limites, a autoridade e jurisdição do Governador
do Rio.
A fundação de aldeias determinava o crescimento e definia as necessidades de
comunicações.
A própria natureza contribuía para o retardamento da marcha da civilização e a
capitania do Rio de Janeiro, detinha-se diante da barreira geográfica da Serra do Mar.
“Após a subida penosa da Serra do Mar, o grande obstáculo já não era a montanha e sim
a floresta.”
A partir de 1724 a união entre o Rio e São Paulo era feita por Paraty, e com o
aumento populacional e a descoberta de riquezas, o caminho se tornava oneroso, demo-
rado e perigoso, fatos que se fortaleciam com a ousadia dos corsários franceses que
assolavam o litoral.
O Governador da Capitania de São Paulo, Antônio da Silva Caldeira Pimentel,
representou ao Rei de Portugal sobre a conveniência da abertura de uma estrada que,
ligando a Província de São Paulo ao Rio de Janeiro, evitasse o risco do mar e dos piratas,
para que, com segurança, pudessem mandar os quintos de ouro.
D. João, atendendo ao pedido daquele Governador, mandou como resposta, em 5
de novembro de 1728, uma carta ao Governador da Capitania do Rio de Janeiro, Luiz Vaía
Monteiro, na qual ordenava ao governante que fizesse no Distrito de sua jurisdição a
estrada tão conveniente.
Luiz Ascendino Dantas, in “São João Marcos e Rio Claro”, edição de 1936, informa
que houve, também, a ordem no sentido de ser impedida a ação dos índios da aldeia de
Itaguay, (então dirigida pelos Padres da Companhia de Jesus), que se opunham à
construção de dito caminho.
O Historiador referido, em relação ao assunto, observa:
“Ao que respondeu este Governador dizendo já ter promovido o inte-
resse na factura daquela estrada. Para facilitar a feitura da estrada
então ordenada, foram concedidas várias sesmarias com a obrigação
dos sismeiros cultivarem a terra e ajudarem no caminho. Algumas
dessas sesmarias foram concedidas a José Tavares de Siqueira, em 13
de setembro de 1739, no Campo da Bocaina, caminho novo de São
Paulo para Rio de Janeiro (districto de Guaratinguetá); idem a
Francisco da Silva Valle, a 20 de julho de 1754, no Ribeirão das Três
Passagens (Passa Três) caminho de São Paulo; idem a Manoel Alves
Em 1733, João Machado Pereira se instalou em terras que por seis anos foram
tratadas e desenvolvidas, dando condição ao surgimento em 1739, ao povoado de São
João Marcos. Havia desbravado a Serra de Itaguahy, pelo lado do Sul, com a abertura de
caminhos em surgimento pela praia de Mangaratiba, para a floresta virgem, estabelecen-
do a localização num sítio distante de Campo Alegre para mais de 10 léguas, no local
onde o Rio da Cachoeira formava uma pequena queda. Pretendia ficar mais perto do mar
e da metrópole e por serem os terrenos de grande fertilidade.
Já em 1744, o coronel paulista Simão da Cunha Gago e o Padre Felipe Teixeira
Leite, juntamente com outros aventureiros e que haviam partido de Aiuruoca, rompiam o
lado oposto à Serra da Mantiqueira, fixando-se no local conhecido pelos índios Puris pelo
nome de “Timburibá”, e deram início ao povoado de Nossa Senhora da Conceição de
Campo Alegre da Paraíba Nova, posteriormente elevada à categoria de Vila, com o nome
de Resende.
O nome Paraíba Nova não demorou a correr pela região em contraposição a Paraíba
do Sul (anteriormente povoação de Nossa Senhora da Conceição da Santa Virgem e dos
Apóstolos São Pedro e São Paulo e depois Paraíba do Sul, em 1683), fundada por Garcia
Rodrigues Paes Leme, com o erguimento de uma capela à margem do Paraibuna.
As terras, onde um dia surgiria Volta Redonda, continuaram esquecidas até 1744,
quando começaram a ser desbravadas por forasteiros vindo de Nossa Senhora da
Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova, e que se constituía na única via de
penetração. As incursões nada produziram de positivo uma vez que eram realizadas
com o único propósito de procurar ouro e pedras preciosas ou, ainda, da simples caça de
animais para alimentação.
Em 30 de agosto de 1764, Francisco Gonçalves de Carvalho, conseguiu do
Vice-Rei - D. Antônio Álvares da Cunha - Conde da Cunha, uma sesmaria com “uma
légua de terra”, entre o Rio Paraíba e o Rio Bananal, onde se achava “um córrego
chamado Barra Seca (ou Mansa)”, e que fazia barra no Rio Paraíba.
A sesmaria foi confirmada pelo Rei - D. José I, de Portugal em 17 de janeiro de
1765.
Alkindar Costa
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O PRIMEIRO HABITANTE
Alkindar Costa
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A melhor descrição dos habitantes indígenas consta de "A IGREJA MATRIZ DE
SÃO SEBASTIÃO DE BARRA MANSA" de J.B. de Athayde, páginas 50, 51 e 52, onde se
observa:
"Os Coroados eram de pequena estatura, cabeça grande, achatada no
alto, e enfiada dentro dos largos ombros. Falavam pela garganta e pelo
nariz, aspirando muito, e mal abrindo a boca, dando pouco movimento
aos órgãos da voz e apoiando-se freqüentemente na última sílaba. As
suas casas eram "grandes, feitas de madeira e barros, mui compridas,
cobertas de feno ou de cascas d'árvores, com uma só porta sem janela,
sustentadas sobre grande número de esteios a que prendem as suas
maças". "Acomodam-se às cinqüenta, e ainda oitenta ou cem famílias
em cada uma". Ordinariamente cada casa é uma aldeia; raras vezes se
encontram duas juntas".
Usavam o banho mesmo que, ao se levantarem, estivesse chovendo;
os casamentos representavam grandes festas e as mulheres, no mo-
mento das dores do parto retiravam-se para a mata e davam à luz os
filhos sem assistência alguma. Seus mortos eram enterrados assenta-
dos.
"Os Puris eram pequenos e bronzeados. Eram de corpo apoquentado;
mas valorosos, velhacos, e pérfidos."
Não gostavam da agricultura e viviam em contínua guerra como todo
gênero de irracionais, de que faziam seu principal sustento. Eram gran-
des inimigos dos Coroados; usavam "d'arco e flecha arpoada" e tinham
grande estima a qualquer instrumento de ferro e sobre todos o macha-
do. Em razão da falta de comunicação, desconhecemos suas principais
doenças e os meios usados de cura.
"Na sua língua a residência era denominada cuari, e se constituía no
seguinte: sua estrutura sustentava uma camada interior de folhas de
patioba recoberta por várias camadas de folhas de palmeira. A rede era
feita de fibra de embira".
"Os Araris quase não apresentavam diferença dos Puris. Eram apenas
"mais claros, desembaraçados e mais numerosos. Habitavam também
Amparo, Conservatória, Volta Redonda e Piraí.''
A influência dessa cabilda coroada é digna de nota. Nunca será demais
recordar que a mãe do Barão de Guapi era índia Arari, nascida em Piraí,
e o 1º Barão de Amparo, bem como os seus filhos - o 2º Barão de Ampa-
ro, Barão do Rio Negro e o Barão e depois Visconde da Barra Mansa -
escolheram cabeças de índios, com turbantes de penas de cores, para
seus respectivos "Escudos de Armas", nos quais as ditas cabeças apa-
recem esquartelando no 1º e no 4º."
Em 1808 o perigo de ataques de indígenas ainda era grande, principalmente em
Volta Redonda, vindo desaparecer em razão do trabalho do Capitão José Tomaz da Silva
"que usando método diverso, conquistou a amizade e a confiança dos silvícolas, a ponto
de muitos dos que haviam sido aldeados, inclusive em Valença, deixarem o aldeamento
para refugiar-se em sua propriedade, onde passaram a viver e a trabalhar pacificamente."
Alkindar Costa
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estágio inicial, mas já prenunciando o grande futuro que lhe estava re-
servado na economia local. A segurança da população estava confiada
às Tropas de Milícias e de Ordenanças (consideradas forças auxiliares
do Exército). O Corpo de Cavalaria de Milícia fazia parte do 1º Regimen-
to, então denominado de "Campo de Brandão" - antes com a numera-
ção de 4º Regimento. No seu comando encontravam-se os Capitães
Manoel Gomes de Carvalho (depois 1º Barão de Amparo), nas terras da
margem esquerda do Paraíba; e José Tomás da Silva, na margem direi-
ta do mesmo rio. O Corpo de Ordenanças estava sob as ordens de Jo-
aquim Anselmo de Souza, Capitão-Mor da Vila de São João do Príncipe,
secundado pelo Major João de Souza Breves, velho desbravador dos
sertões de Arrozal, onde se afazendara. Alguns oficiais do Corpo de
Cavalaria de Milícias em 1822, passaram a fazer parte de um outro Cor-
po regular de Cavalaria, criado pelo Decreto Imperial de S.M. o Impera-
dor. Dele veio a fazer parte o fazendeiro José Pedro Vieira Ferraz com o
posto de tenente, servindo na 2ª Companhia do 1º Esquadrão cuja
Companhia tinha sede na Vila de Resende".
O Coronel Custódio Ferreira Leite, Capitão José Pedro Vieira, Padre Manuel José
de Castro e Capitão Antônio Marcondes do Amaral, em memorial dirigido, em 1831, à
Assembléia Geral Legislativa do Império, pleitearam a criação de uma Vila do povoado
que ficava à beira da Estrada Real no ponto que confluía para a de Angra dos Reis, na
margem direita do Paraíba, e quase em frente à sede da Fazenda Ano Bom, sem que à tal
iniciativa se opusessem às Câmaras das Vilas de Resende, Valença e São João do Prín-
cipe, quando ouvidas a respeito. J.B. de Athayde em sua obra "Barra Mansa e seus Admi-
nistradores" explica que "indo de encontro com as aspirações gerais de todos os habitan-
tes, a Regência Trina - que era composta do General - Francisco de Lima e Silva, José da
Costa Carvalho e João Bráulio Muniz, houve por bem sancionar em nome do Imperador
D. Pedro II, a Resolução da Assembléia Geral Legislativa do Império, em 03 de outubro de
1832, criando uma Vila na povoação do curato de São Sebastião da Posse, já com o
nome de São Sebastião da Barra Mansa, com terras desmembradas das Vilas de Resende,
Valença e São João do Príncipe. Sua instalação deu-se a 16 de fevereiro de 1833, com a
posse da 1ª Câmara Municipal, tendo como Presidente o Ten. Domiciano de Oliveira
Arruda."
Em 1832 as terras de Volta Redonda foram anexadas as da Vila criada na povoação
de São Sebastião da Barra Mansa, em ambas as margens do Rio Paraíba.
Muitos trabalhadores e fazendeiros da região limítrofe de Minas Gerais começaram
a povoar a localidade, passando muitos deles a adquirir as velhas fazendas de café,
algumas já decadentes e outras quase arruinadas.
Sem desprezar de todo a agricultura, partiram para a pecuária, em cujos ramos já
se apresentavam grandes experiências. Desse modo conseguiram em pouco tempo ele-
var a localidade à posição destacada de grande centro agro-pastoril.
Alkindar Costa
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E os limites entre os Distritos de Volta Tedonda e N. S. do Amparo são descritos da
maneira que se segue:
" Começa no marco existente na Serra do Amparo (na reta que parte da
confluência do Ribeirão da Pedra do Turvo) e em prolongamento dessa
reta, na direção de leste, vai atingir, na linha de vertente que dá para o
ribeirão do inferno, um ponto fronteiro e mais próximo da nascente
deste ribeirão e no limite com o Município de Barra do Piraí."
No início de 1860 foi propalada pela direção da Estrada de Ferro Dom Pedro II (de-
pois Central do Brasil e hoje Rede Ferroviária Federal) a possibilidade de construção de
uma estação na cidade de Barra Mansa, sendo que Volta Redonda não seria incluída
entre as localidades que receberiam idêntico melhoramento, onde só existiam algumas
fazendas de café.
Passados os primeiros momentos de pânico e indecisão, foi formada uma comis-
são tendo como líder o Com. Bernardo José Vieira Ferraz, com o objetivo de pleitear do
Ministério dos Negócios da Agricultura e Obras Públicas e da direção da E. F. Dom Pedro
II a construção da estação pretendida.
O melhoramento ficou em estudo de possibilidade de atendimento, caso se cons-
truísse, também, uma ponte de madeira sobre o Rio Paraíba. O argumento era o de
"facilitar as comunicações com a futura estação, que se localizaria na margem direita,
distante dois ou três quilômetros do local em que haveria de surgir o povoado.''
Como todo movimento pioneiro, as desistências aconteceram, o que não contribuiu
para impedir que, por volta de 1862, fosse organizada uma sociedade que se denominou
de "COMPANHIA DA PONTE", tendo como Presidente o Comendador BERNARDO JOSÉ
VIEIRA FERRAZ, cujo objetivo era o de construir a ponte de madeira sobre o Rio Paraíba
e explorá-la, cobrando uma taxa de passagem ou um "PEDÁGIO".
A constru-
Ponte de madeira
construída sobre o Rio ção da ponte foi
Paraíba do Sul iniciada em 1863,
Acervo Alkindar Costa
sendo concluída
em 1864, quando
foi aberta ao trân-
sito das tropas
procedentes das
Freguesias de
N.S. do Amparo e
do Patriarca São
Joaquim de Barra
Mansa, Vargem
Grande e São
Vicente Ferrer, do
Município de
Resende, "e até das mais remotas do sul da província de Minas Gerais".
A ponte de
madeira
sofreu
várias
reformas
nos anos de
1876, 1902
e 1918.
Alkindar Costa
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Com a queda de parte da ponte em 1947 o Rio Paraíba recebeu até 1949 uma
passagem provisória e os mais antigos se lembram da conhecida "pinguela" sobre o Rio
Paraíba.
Leonor Barreira Cravo, em “Volta Redonda quem te viu, quem te vê”, página 27 a
30, considera:
A INAUGURAÇÃO DA ESTAÇÃO
A foto de
12/02/1943,
cedida por
Braz de Oliveira
Coura, mostra a
estação ferroviária
em Volta Redonda
Alkindar Costa
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IGREJA:
sob a égide de Santo Antônio, infelizmente a igreginha antiga estilo
colonial, com um sol na fachada, foi demolida, dando lugar a uma
modernosa construção, atual paróquia de Santo Antônio.
ESCOLA:
Funcionava em casa de propriedade da família Fontenelle, sendo àquela
época professora Dona Olga.
CADEIA:
Os presos capinavam as ruas. Por falta de presos foi transformada em
Posto de saúde “Dr. Alfredo Neves”. Aprígio Barreira Cravo foi quem
conseguiu da Secretaria de Saúde do Estado a transformação da cadeia
em posto de saúde, em imóvel por ele cedido em comodato e por ele
mobiliado. Sucessivamente foi Subcoletoria Estadual, Escola Arraial de
Volta Redonda, Polícia, Bombeiros e sede do CODIVAP (órgão de
integração do Vale do Paraíba)
AGÊNCIA DO CORREIO:
A agente era Dona Ernesta (Dona Esnestoca), tia das lindas meninas
Cotrim.
BAR DO CAMILLO - na cabeceira da ponte.
PADARIA - do Juca Bastos.
FERRARIA - do Zé de Lima.
ARMAZÉNS - das famílias Goulard e Luis Gomes.
UMA DEZENA DE CASAS - sendo as melhores as residências da família
Macedo Pinto na rua São Pedro, e a do Sr. Hildebrando de Oliveira
Ferraz, na atual Praça Aprígio Cravo, esquinada Avenida Nossa Senhora
do Amparo.
UM ÚNICO SOBRADO - pertencentes a herdeiros de João do Amorim.
A família Galinheiro, quinzenalmente encarregava-se do abate de uma
rês.”
O trecho construído entre Pinheiro (atual Pinheiral) e Barra Mansa foi franqueado ao
tráfego a partir de 06 de agosto de 1871.
A inauguração, com a presença da Princesa Isabel, então Regente do Império, e o
Conde D’Eu, implantou uma nova etapa de realizações, fazendo com que Volta Redonda
se transformasse no denominado entreposto comercial de vasta zona geo-econômica.
As mercadorias chegavam dos mais diversos pontos e eram enviadas à Corte pelo Rio
Paraíba, então navegável até Barra do Piraí, de onde prosseguiam pela Estrada de Ferro.
Vamos encontrar em “Volta Redonda quem te viu, quem te vê” de Leonor Barreira
Cravo em páginas 21,22 ,23 e 24, um detalhamento sobre a Estação, que merece ser
transcrito:
Alkindar Costa
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Pela plataforma e armazéns da estação escoavam-se as produções das
fazendas de Volta Redonda e do Amparo: café, açúcar, arroz, capoeiras
de frangos vivos (não havia abatedouros de frangos), gado, suínos,
tijolos, telhas e latões de leite.
O leite era diariamente embarcado “in natura” para a Usina Bruno de
Barra Mansa. O leite vinha das fazendas em lombo de burro, às vezes
perdia o trem, outra tantas ao chegar à usina, era condenado por alto
grau de acidez. O leite era vendido a um tostão o litro.
Os suínos eram vendidos á firma Martuscelo, de Barra do Piraí, ancestral
das Indústrias Bel Prato.
Face a modéstia da estação o rápido Paulista, melhor trem do ramal, só
parava quando efetivamente houvesse passageiros. Para tornar
obrigatória a parada diária do Rápido, o Sr. Flávio Peixoto, dono da
fazenda Santa Cecília, recomendava ao chefe da estação que, em não
havendo passageiros, carimbasse uma passagem por sua conta.
Os outros fazendeiros reuniram-se, construíram uma caixa d’água,
doando-a à Central . Assim às vezes até o noturnos, passaram a se
abastecer em Volta Redonda, diariamente.
A vinda dos passageiros das fazendas para a estação fazia-se em “trole”
ou a cavalo. Havia um quarto no armazém do Seu “Euclides” em frente
à estação, onde se podia trocar de roupa, deixar botas e arreios.
Posteriormente, apesar da precariedade das estradas, quase
impraticáveis na estação chuvosa, o trajeto fazenda-estação era feito
por automóveis. Época dos inesquecíveis Forde de Bigode por volta e
1925.
A falta da parada do Rápido em Volta Redonda obrigava os passageiros
a irem apanhá-lo em Barra Mansa ou Barra do Piraí.
Os trens andavam sempre atrasados, o que só melhorou bem mais tarde,
com o advento das locomotivas diesel, ao tempo da Administração
Alencastro Guimarães, na Central.
Os chefes da estação eram cordiais, davam assistência aos passageiros,
abrigo em sua sala nos dias de chuva, ofereciam merendas às crianças.
Entre aqueles chefes devem ser lembrados os Srs. Oscar, Pedro de
Andrade Silva (sogro do Sr. Roberto Neri Stelling) e o Sr. Reduzindo
Miranda.”
O nosso Rio Paraíba, hoje tão poluído, já apresentou características bem diferentes
das atuais, permitindo, inclusive a navegação.
No arquivo de Itamar Bopp, ficha nº 4.062, pesquisado por J.B. de Athayde, o pre-
Alkindar Costa
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LINHA DE BONDE DE TRAÇÃO ANIMAL
Aos negociantes Pedro e Joaquim José Teixeira foi concedida em 1874, primeiro
pela Câmara Municipal de Barra Mansa e depois pelo Governo da Província, autorização
para construírem uma linha de bondes à tração animal, entre a estação de Volta Redonda
e o centro do povoado.
Na foto cedida por Em “1883, José Carlos Vieira
José Eduardo Ramos Ferraz & Filhos obtinham concessão da
Quaglia, observa-se
no centro os trilhos Câmara Municipal para construir, outra
que serviam a linha de linha de bonde entre o povoado e a
bonde de tração
animal, na ponte sobre
Fazenda do Retiro cujos veículos, no
o Rio Paraíba do Sul. trecho até a estação, trafegavam na
Foto tirada nas mesma linha da empresa antes
margens do atual
bairro Aterrado, em
mencionada.”
direção à Niterói.
O serviço passou pelas mãos de
diversos donos, inclusive Manoel
Ourique, sendo suprimido em 1918.
O DISTRITO DE PAZ
O DISTRITO POLICIAL
A CONSTRUÇÃO DO CEMITÉRIO
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O cemitério se localizava na Fazenda São João Batista e a sua duplicação se tornou
possível com a doação de área de terra por Aprígio Barreira Cravo, segundo informações
fornecidas por Leonor Barreira Cravo.
OS PRIMÓRDIOS COMERCIAIS
Reprodução
estrada de ferro.
Acervo J.B.de Athayde
Monteiro de Barros, da Fazenda Volta Redonda), fatos que aliados ao trânsito das tropas
procedentes das freguesias de N. S. do Amparo e do Patriarca São Joaquim, do Município
de Barra Mansa, de Vargem Grande e São Vicente Ferrer, do município de Resende e, até
das mais remotas do sul da província de Minas Gerais, fez com que o comércio surgisse
na localidade em franco desenvolvimento.
Em 1870 o comércio florescia, representado por quase uma dezena de estabeleci-
mentos os mais variados, compreendendo armazéns de secos e molhados, tabernas,
farmácia e hospedaria.
Dentre os mais importantes mencionam-se os de Antônio José Dias Ferreira, Gulape
Antonio da Silva, Joaquim José Teixeira, Paulo Augusto Garcia & Cia., Pedro José Teixeira,
Alexandre Alves Costa, Antônio da Rosa Sanches de Figueiredo e Geraldo Pinto de Amorim,
os dois últimos, proprietários, respectivamente, da farmácia e hospedaria.
A extinção do cativeiro, em 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel, representou
conseqüências trágicas para os “Senhores de fazendas”. “O trabalhador escravo,
desajustado para a liberdade, quase em massa, abandonou os campos. A lavoura desor-
ganizou-se, trazendo, como resultado, a ruína para dezenas de fazendeiros.”
O soerguimento, embora lento, do povoado, e das fazendas de Volta Redonda, foi
Alkindar Costa
23
“Após o falecimento de Aprígio Barreira Cravo, Nelson requereu a
dissolução da sociedade e consequente liquidação em Praça, dos bens.
Os bens foram arrematados pelas Legatárias do Espólio de Aprígio
Barreira Cravo: Júlia e Leonor Barreira Cravo, conforme Carta de
Arrematação registrada no Cartório Moraes Rattes - Comarca de Barra
Mansa - Folhas 78-Livro “3”, nº 378 - em 30 de setembro de 1944”
(in “Volta Redonda, quem te viu quem te vê” - Leonor Barreira Cravo.)
O ano de 1931 marca uma nova etapa do progresso de Volta Redonda, no campo
dos serviços públicos.
O Prefeito Interventor do Município - Dr. IZIMBARDO RODRIGUES PEIXOTO
(1931-1943) - dotou a localidade de iluminação elétrica, pública e particular, inaugurada
em outubro de 1932.
Por iniciativa da mesma autoridade, ano anterior (1931), foi inaugurado o serviço
telefônico local, melhorando o que havia sido introduzido na sede do Município em 1912.
OS PRIMEIROS IMIGRANTES
Alkindar Costa
25
rudimentares. Em 1587 o ferreiro paulista Affonso Sardinha instalava pequena fábrica de
ferro, com forno de refino, à margem do ribeirão Jaribatuba, afluente do rio Pinheiros, na
antiga freguesia de Santo Amaro; e mais tarde 2 fornos para “fabricação de ferro e aço”
na serra de Aracoiaba na comarca de Sorocaba.”
Em 1603, o Governador Geral Dom Antônio de Souza, “autorizou fundidores
alemães para que se instalassem, em Ubatã, nas vizinhanças das terras de Sardinha,
uma forja de ferro.” Em 1608, o jesuíta, Padre João Antônio Andreoni, encontrava minas
de ferro, ouro e prata.
“Em 1800, João Manço Pereira escolhe o local onde viria a se instalar a
Real Fábrica de Ferro de S. João do Ipanema, aí construindo-se o pri-
meiro alto-forno do Brasil a carvão de madeira. Em 1808, D. João VI
autoriza ao Intendente da Administração dos Diamantes Manoel Ferreira
da Câmara Bittencourt e Sá, o Intendente Câmara, “a despender a quantia
de 10:000$000 para instalar grande usina siderúrgica com três altos-
fornos e doze fornos de refino, a fim de abastecer de ferro o Brasil e
uma parte dos países estrangeiros.”
Alkindar Costa
27
O engenheiro francês Jean Antoine de Monlevade aparece no Brasil em 1815, mon-
tando um alto-forno em Caeté, Minas Gerais, juntamente com o brasileiro Luiz
Soares de Gouveia, “instalando mais tarde, em 1825, algumas forjas catalões em S.
Miguel de Piracicaba, berço do que seria hoje a grande usina da Companhia Belgo
Mineira.”
O local, no Vale do Rio Doce, hoje tem o seu nome.
No ciclo siderúrgico, cabe ressaltar uma figura que engrandeceria nas lutas pela
independência.
JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADE E SILVA que além “de servir como secretário da
Real Academia de Ciências de Portugal, descobriu várias espécies mineralógicas e
desempenhou os mais altos cargos da técnica metalúrgica. Foi Intendente Geral das
Minas e Metais do Reino, nomeado por carta régia de 18 de maio de 1801. Instalou e foi
professor em Coimbra de Metalurgia. Exerceu as funções de administrador das
Fundições de Ferro de Figueiró dos Vinhos e de Avelar. Mais tarde foi nomeado Diretor do
Real Laboratório da Casa da Moeda de Lisboa.
O DESENVOLVIMENTO DA SIDERURGIA
30 Distrito Federal.
Volta Redonda Ontem e Hoje
Em nossa estimativa do custo da usina nada foi incluído para a dragagem do canal,
porque consideramos que esse trabalho deverá ser levado a efeito com recursos do
governo.
d) Consideramos sempre em nossos estudos que o governo continuará a
política seguida atualmente em matéria de direitos sobre o aço importado.
e) A usina que recomendamos, quando estiver produzindo as tonelagens
indicadas e vendendo a um preço médio de agosto de 1939, dará, segundo
estimamos, um benefício líquido sobre o capital investido (700 mil contos de
réis) de cerca de 14% ao ano, disponível para o pagamento de juros e
dividendos.
Alkindar Costa
31
considerada autônoma, funcionando “sob a dependência direta do Presidente da
República”.
Em 7 de março de 1940, o Presidente da República nomeava para presidente da
Comissão, o Dr. GUILHERME GUINLE, banqueiro, proprietário do Banco Boavista e
Presidente da Companhia das Docas de Santos. E como membros da Comissão os Drs.
Oscar Weinschernck, Ary Frederico Torres, Heitor Freire de Carvalho, o Ten. Edmundo
Soares e Silva, e Cap. Ten. Adolfo Martins de Noronha Torrezão.
A pretensão era de que o incremento da indústria siderúrgica viria “contribuir para
desenvolver a exploração comercial das bacias carboníferas, dos minérios de ferro e de
muitos outros produtos minerais trazendo o progresso a várias regiões do país, e bem
assim que a utilização do carvão mineral o dotaria de uma série de subproduto do mais
alto valor para o desenvolvimento das indústrias de química e farmacêuticas e, em
conseqüência, de grande interesse para o seu progresso econômico e organização de
defesa militar”.
Alkindar Costa
33
Fixado o tipo da usina a construir e o seu programa de produção, a
Comissão Executiva estimou o custo de construção e instalação, para
estabelecer o plano de financiamento em função da capacidade
remunerada da usina.”
34 Volta Redonda. “Se o Vargas, concordou que os Estados Unidos instalassem uma base
Volta Redonda Ontem e Hoje
aérea em território brasileiro, foi porque a Guerra Mundial se tornou também uma guerra
do Brasil, com o afundamento de navios nossos e pelos nossos interesses com aquele
país.”
Cesar Souza, em seu livro “Você é do tamanho dos seus sonhos” - Editora Gente,
página 64, informa:
“Ao Assumir a presidência da República em 1930, Getúlio Vargas
sonhava introduzir o país na era da industrialização. Para isso, planejava
fabricar aço, construindo uma siderúrgica, uma industria de grande
porte. O mundo estava às vésperas da Segunda Guerra Mundial. A
tendência inicial de Vargas, parecia ser, aliar-se aos Alemães, no entanto,
os americanos, interessados em ter bases no Brasil, para suprimento
de suas tropas no teatro operacional da Guerra, começaram a cortejá-
lo. Durante um bom tempo, o presidente fez o jogo duplo, chamado nos
círculos diplomatico de “balancing act”, ou seja, “ficou em cima do
muro”. Até que os americanos fizeram uma proposta irrecusável.
Financiariam a construção da Companhia Siderúrgica Nacional, com
doações e juros quase insignificantes, se o Brasil entrasse na Guerra,
apoiando as forças aliadas.
No começo dos anos de 1940, nascia a CSN, marco inicial da era
industrial no Brasil.”
Alkindar Costa
35
É no próprio relatório da Comissão que encontramos as seguintes informações:
“Na 1ª Sessão Ordinária, realizada em 27 de março de 1940, a Comissão
Executiva aprovou o seu Regimento Interno, ficando subdividida da seguinte forma:
a) SUB-COMISSÃO DE SIDERURGIA
Encarregada dos estudos finais para o projeto da usina, inclusive os
referentes à escolha das matérias primas, constituída pelos Srs. Tenente
Coronel Edmundo de Macedo Soares e Silva, Dr. Ary Frederico Torres e
Capitão-Tenente Adolfo Martins de Noronha Torrezão, e secretariada pelo Dr.
José Edwin Murray;
b) SUB-COMISSÃO DE TRANSPORTES
Incumbida dos estudos finais para os produtos acabados, constituída pelos
Srs. Drs. Oscar Weinschenck e Heitor Freire de Carvalho.
c) SUB-COMISSÃO DE ESTUDOS COMERCIAIS E FINANCEIROS
Tendo a seu cargo de estudos do plano financeiro, da organização
comercial da usina, dos mercados internos e externos e da incorporação da
Companhia, constituída pelos Srs. Drs. Guilherme Guinle e Heitor Freire de
Carvalho.”
Alkindar Costa
37
A reprodução do
documento oficial,
mostra os valores
estabelecidos para a
desapropriação das
Fazendas Santa
Cecília e Retiro.
Alkindar Costa
39
estrumeiras, chiqueiros, depósitos, galinheiros, pombais, abrigos de
porcos e de pintos, banheiros carrapaticidas, lavanderia, cerca de
arame farpado com quatro fios, aproximadamente de 35.000 m de
extensão; instalação de água, luz e telefone; 40 alqueires de matas, apro-
ximadamente 542 vacas de criar, 145 novilhos, 25 touros, 51 bois de
carros, 417 bois invernando, 136 bezerros, 27 burros, 04 éguas, 03 cava-
los de campo e 02 cavalos de sela, laranjal com cerca de 28 mil pés e
demais benfeitorias existentes.”
Escritório de madeira
construído na Vila
Santa Cecília - 1942
Ao alto, na esquerda
da foto, as casas da
Vila Santa Cecília, na
altura da rua 33. Mais
abaixo, a passagem
superior, entrada
principal para a Usina
Presidente Vargas.
Diretor Industrial da
CSN, Paulo Cesar
Gomes Martins,
acende o Alto Forno 1.
Ligações Ferroviárias:
Engº João Batista da Costa Pinto
Alkindar Costa
41
No Brasil, como se licenciasse da Companhia em abril de 1942 e dela se retirasse
definitivamente em julho do mesmo ano, o Profº Ary Torres,
assumiu a Direção dos serviços de construção e montagem em Volta
Redonda e Santa Catarina - Edmundo de Macedo Soares e Silva.
Os trabalhos consistiam em receber os dados gerais contidos nos desenhos dos
consultores e em projetar todos os edifícios, instalações mecânicas, elétricas redes de
água e esgoto, fundações, estradas, ruas e pátio ferroviário.
O equipamento humano chegou a alcançar 120 engenheiros, outros
tantos desenhistas e mais de 16.000 homens trabalhando em Volta
Redonda e 11 engenheiros um total de 3.000 homens em Santa Catarina.
Na fase inicial de construção da CSN, com atividades no exterior, destacou-se a
figura do Engenheiro Renato Frota Rodrigues de Azevedo, que na página 43 do livro “CSN,
um sonho feito de aço e ousadia”, considera:
“... O escritório de Nova York, ficou bastante pequeno, enquando que o
de Cleveland, desenvolveu-se. Foi aí que nós fomos para Cleveland.
Um grupo foi em janeiro de 1941. O então Tenente Cel. Macedo já
estava lá, quando foram o Saldanha da Gama, o Torrezão, o Larrabure.
Em fevereiro fomos eu e o Santiago.”
O custo das instalações de Volta Redonda, foi orçado por várias firmas especialis-
tas de renome mundial.
Tais orçamentos podem ser, assim, demonstrados:
1946 - Acampamento
Central - O bairro
desaparecido em
razão da expansão da
CSN. Volta Redonda
nunca mais terá outro
igual. As casas de
madeira, abrigavam
moradores num clima
de total entendimento
e cordialidade. Se
alguém, ao sair,
deixasse a janela
aberta, o vizinho
tomava conta da
propriedade. O
lotação, a um simples
sinal, esperava até
que o passageiro
chegasse, para não
perder a condução.
Acervo CSN
Alkindar Costa
43
O DESENVOLVIMENTO DE VOLTA REDONDA VISTO PELO
JORNALISTA WALTER NAVES.
esquerda do Rio
Brandão, uma
construção de madeira
em 1942, acomodando
o Serviço de Saúde da
CSN sob a direção do
Dr. Silvio de Queiroz
Ferreira, ilustre
médico paulista. O
hospital localizado
entre o extinto bairro
Acampamento Central
e o ainda existente
Jardim Paraíba, teve
um papel de grande
importância no
atendimento dos
metalúrgicos, inclusive
com o funcionamento
de um Serviço Social
com participação ativa.
Foto de R. Brandão
Junior - RJ.
O dinheiro que circulava era o vale - mais conhecido como “boró” -, cedido pela
Empresa. Em suma tudo girava em torno da CSN, que construía casas para os seus
empregados e mantinha refeitórios - RA, RU e RC no interior da Usina, para atender aos
seus operários. A violência, apesar da heterogeneidade da população, era controlada
pela polícia da própria empresa.
Na fase de desenvolvimento da CSN, muitos fatos marcaram a época. Alguns hila-
riantes, outros deprimentes e condenáveis, justificando-se as suas atitudes em razão do
material utilizado, oriundo das mais diversas partes do país e, ainda, não lapidados.
Os mais antigos se lembram, no início da construção da cidade nova, da “D.T.”
(Direção Técnica) e a “D.O.” (Direção de Obras). Enquanto a primeira recebia sempre as
regalias, a segunda sofria, sempre, as restrições.
Em qualquer lugar primeiro recebia-se a DT e, se sobrasse lugar, poderiam ser
atendido os da DO. A correção das distorções de tratamento se deve a ação do “Cap.
Alkindar Costa
45
Magalhães” - EDGARD MAGALHÃES DA SILVA - unindo as duas áreas a partir de
outubro de 1942.
Outro fato de destaque, no início das atividades da Companhia Siderúrgica
Nacional, já destacado pelo jornalista Walter Naves, foi o famoso local conhecido como
“NÚCLEO 100”, área policial localizada no Acampamento Central .
Ali se localizava a famosa “Delegacia do Coronel Luiz Fonseca”, cercada de arame
farpado e guardada pelos denominados “Cabeças de Tomate”, apelido dado pelos
operários aos guardas que se obrigavam a um trabalho altamente perigoso em razão da
“clientela” da qual cuidava.
O “Coronel Fonseca”, mantinha a “clientela” sempre ocupada, movimentando-se
durante todo o dia e as vezes carregando pedras de um lado para o outro, para que, ao
ficarem cansados, não pudessem criar tumultos internos.
Essa foi a forma encontrada naquela época de se fazer a polícia interna da C.S.N.,
punindo assim os infratores, quando cometiam alguma espécie de agitação dentro dos
limites da Usina.
Outro fato, foi a denominação dada na ocasião de “ARIGÓ”, ao operário da C.S.N.,
e que significa curiosamente “Ave de Arribação (ficam pouco tempo em um lugar,
retirando-se logo em seguida para outras paragens).
Os próprios operários se encarregaram de fazer a separação entre o pessoal de
campo e dos escritórios, chamando os segundos de “ARIGÓS DE PENACHO”.
Desde então, a COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL vem registrando marcas
históricas, sendo a responsável pela posição destacada do Brasil em todo o mundo.
MARCAS DA CSN
A obra do Hospital
da CSN, com área
Acervo CSN
inicial construída de
5.340,00 m2, foi
iniciada em 1946, por
conta da Sociedade
Hospitalar de Volta
Redonda, fundada no
mesmo ano na cidade
do Rio de Janeiro e
paralizada em 1950.
Em fevereiro de 1952,
a CSN assumiu a
responsabilidade da
obra, que foi
inaugurada em
1º de maio de 1953
pelo presidente
Getúlio Vargas,
tendo como diretor
do hospital o Dr. José
Lino Soares Couto.
Alkindar Costa
47
AS DIRETORIAS DA COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL
O primeiro presidente
da CSN - Guilherme
Guinle - 1941 1941
Acervo CSN
Considerando a grande importância
da CSN na vida da comunidade, e no de-
senvolvimento de Volta Redonda, fazemos
um demonstrativo do levantamento
realizado pelo Gabinete Administrativo da
Empresa, informando as suas Diretorias,
desde a primeira, com o Engº GUILHERME
GUINLE na Presidênci a, informações que
refutamos da maior importância para
pesquisadores e historiadores.
Em 09 de abril de 1941, o Presidente
da República nomeou o Engº Guilherme
Guinle para exercer o cargo de Presidente,
e a Assembléia Geral aprovou por
aclamação a seguinte Diretoria:
1942/1946
PRESIDENTE ............................................ Engº GUILHERME GUINLE
48
Em razão da renúncia em 28/04/1944, assumiu o Engº Benjamin do Monte.
1946/1950
PRESIDENTE ............................................ Cel. SYLVIO RAULINO DE OLIVEIRA
Deixou o cargo em 1948, assumindo interinamente Oscar Weinschenk
1950/1954
Alkindar Costa
49
1954/1958
Em 8 anos de operação, ocorre o primeiro acidente fatal com operário. É inaugura-
da a nova linha de Estanhamento Eletrolítico nº 1.
Acervo CSN
No início da
construção da CSN,
os operários eram
acomodados em
barracas. Ao fundo a
plantação de laranjas
que deu origem ao
nome do bairro
Laranjal.
1958/1962
Serviço de transporte
coletivo na saída da
Usina da CSN - 1945
Alkindar Costa
51
PRESIDENTE ............................................ Alm. LÚCIO MARTINS MEIRA
VICE-PRESIDENTE .................................. Dr. HERIBERTO HÜLSE
DIRETOR INDUSTRIAL ............................. Engº RENATO FROTA RODRIGUES DE AZEVEDO
DIRETOR TESOUREIRO .......................... Dr. MOACIR ARAÚJO PEREIRA
DIRETOR SECRETÁRIO ........................... Dr. ALBERTO VALLADARES DA SILVA
DIRETOR COMERCIAL ............................. Dr. ARMANDO DE ABREU SODRÉ
DIR. DE SERVIÇOS SOCIAIS ................... Dr. JOSÉ JOAQUIM DE FIGUEIREDO FILHO
Em maio de 1962 a Assembléia elegeu a seguinte Diretoria:
PRESIDENTE ............................................ Alm. LÚCIO MARTINS MEIRA
VICE-PRESIDENTE .................................. Gal. OSWALDO PINTO DA VEIGA
DIRETOR INDUSTRIAL ............................. Cel. CYRO ALVES BORGES
DIRETOR TESOUREIRO .......................... Cmt. BENVINDO TAQUES HORTA
DIRETOR COMERCIAL ............................. Dr. JOAQUIM MENDES DE SOUZA
DIRETOR SECRETÁRIO ........................... WANDIR DE CARVALHO
DIR. DE SERVIÇOS SOCIAIS ................... OTHON REIS FERNANDES
1963
1964/1965
DIR. DE PESSOAL E DE
SERVIÇOS SOCIAIS ................................. Engº NEWTON COIMBRA DE BITTENCOURT COTRIM
1966
“O aço entra na pauta das exportações e conquista novos mercados. A CSN paga
ao Eximbank a última prestação do empréstimo que lhe foi concedido em 1941, no valor
de 45 milhões de dólares para a construção da Usina. Inaugurado um equipamento -
“Forno de Reaquecimento de Placas” - pela primeira vez projetado e montado pela enge-
nharia brasileira. É inaugurada a maior hidrelétrica da América Latina, Furnas. Entra em
operação um Computador Elétrico IBM, 1401, no Escritório Central, recém-inaugurado. A
CBS começa a funcionar. “
Em 25 de abril de 1966 a Assembléia Geral elegeu a seguinte Diretoria:
Alkindar Costa
53
DIR. DE MATÉRIAS PRIMAS .................... Engº TARCISO JOSÉ VILLELA
DIRETOR COMERCIAL ............................. Engº ARNALDO CLARO SÃO THIAGO FILHO
DIRETOR TESOUREIRO .......................... Cont. HERMÍNIO CORRÊA DE MIRANDA
DIR. DE PESSOAL E DE
SERVIÇOS SOCIAIS ................................. Engº NEWTON C. DE BITTENCOURT COTRIM
1967/1971
1971/1974
As construções na
rua 33, no início
da implantação da
vila operária pela
Companhia
Siderúrgica Nacional
em 1942
Acervo CSN
Alkindar Costa
55
Acervo Renato Azevedo
Início da operação do
Alto Forno 1 da CSN
em 11 de junho 1946
1975/1977
1978
Alkindar Costa
57
DIRETOR FINANCEIRO ............................ ENGº GILBERTO MOREIRA GALVÃO
DIRETOR COMERCIAL ............................. ENGº CYRO ALVES BORGES
DIR. VICE-PRES.EXECUTIVO .................. ENGº BENJAMIN MARIO BAPTISTA
1979/1982
Em 30 de março de 1979 em razão da comunicação de vacância de cargos, foram
eleitos:
Alkindar Costa
59
DIRETOR DE OPERAÇÕES ..................... FRANCISCO ARY SOUTO
De 29/04/1985 a 18/04/1990
1992
PRESIDENTE ............................................ SEBASTIÃO FARIA DE SOUZA
Acumulou as diretorias administrativa e financeira e a diretoria comercial.
1994
PRESIDENTE ............................................ SYLVIO NOBREGA COUTINHO
22/02/94
1995
PRESIDENTE ............................................ SYLVIO NOBREGA COUTINHO
12/05/95 A 12/11/96
1996
PRESIDENTE ............................................ SYLVIO NOBREGA COUTINHO
12/05/95 A 12/11/96
DIRETORES SUPERINTENDENTES
SETOR ENERGIA ..................................... ARIVAIR GUIDO DALL’STELLA 29/10/96
SETOR AÇO ............................................. JOSÉ CARLOS MARTINS
CENTRO CORPORATIVO ......................... MARIA SILVIA BASTOS MARQUES
20/05/96
Alkindar Costa
61
1997
PRESIDENTE ............................................ BENJAMIN STEINBRUCH
DIRETORES SUPERINTENDENTES
SETOR ENERGIA ..................................... ARIVAIR GUIDO DALL’STELLA12/11/96
SETOR AÇO ............................................. JOSÉ CARLOS MARTINS31/01/97
SETOR INFRA-ESTRUTURA .................... JOSÉ PAULO DE OLIVEIRA ALVES
CENTRO CORPORATIVO ......................... MARIA SILVIA BASTOS MARQUES
SUPERINTENDÊNCIA GERAL
DE RELAÇÕES COM O MERCADO .......... JOSÉ MARCOS TREIGER
1998
PRESIDENTE ............................................ BENJAMIN STEINBRUCH
DIRETORES SUPERINTENDENTES
INFRA-ESTRUTURA ................................. JOSÉ PAULO DE OLIVEIRA ALVES
SETOR AÇO ............................................. JOSÉ CARLOS MARTINS
INFRA –ESTRUTURA ............................... JOSÉ PAULO DE OLIVEIRA ALVES
CENTRO CORPORATIVO ......................... MARIA SILVIA BASTOS MARQUES
20/05/98
1999
DIRETORA PRESIDENTE ......................... MARIA SILVIA BASTOS MARQUES 29/04/99
DIRETORES EXECUTIVOS
NOVOS NEGÓCIOS .................................. JOSÉ CARLOS MARTINS 16/04/99 A 17/06/99
SETOR AÇO ............................................. ALBANO CHAGAS VIEIRA 16/04/99
CENTRO CORPORATIVO ......................... JOÃO LUIZ TENREIRO BARROS
17/06/99
Alkindar Costa
63
VOLTA REDONDA CRESCE EM TORNO DA C.S.N.
Acervo CSN
Em 1946, o Padre Leopoldo Bretano se empenhou no trabalho, e fundou o Círculo
Operário de Volta Redonda, empossado a seguir sua primeira Diretoria constituída por:
Cap. Dante Vilela - Presidente: Leonel Dacol - Vice-Presidente; Benevidez Coutinho -
Secretário; José Claro da Silva - 1º Tesoureiro; e Rui Barbosa de Oliveira - 2º Tesoureiro.
O Círculo Operário de Volta Redonda passou a ter denominação de Círculo dos
Trabalhadores Cristãos de Volta Redonda.
Em 1947 a velha repartição onde funcionava os Correios, depois transformada em
Correios e Telégrafos, foi transferida do bairro da Estação Velha para o da Vila ou Santa
Cecília, em prédio adaptado para tal fim, pela Companhia Siderúrgica Nacional.
A história registra que Macedo Soares, em conversa com Mr. Leighton interpelou:
“Quando teremos Lojas Americanas em Volta Redonda?” ao que lhe foi respondido
prontamente: “Quando tivermos instalações”. Macedo Soares tomou então as providências
cabíveis, fazendo construir um edifício e em 1947, em um novo encontro, deixou uma
sentença no ar: “As instalações esperadas estão prontas. Já podemos inaugurar Lojas
Americanas em Volta Redonda” , o que foi feito em razão da palavra empenhada.
Uma filial das lojas Americanas S.A. foi instalada em Volta Redonda, então 8º Distrito
de Barra Mansa, graças aos esforços do Cel. Edmundo de Macedo Soares e Silva e Mr.
Leighton F. Korb - junto aos Drs. Miran Latif e Júlio César de Miranda Monteiro de Barros
Latif, funcionando ainda no mesmo local.
O comércio crescia, e já estavam em pleno funcionamento as casas comerciais:
Auto Mecânica Comercial de Volta Redonda, Confeitaria e Panificação Mollica, Casas
Prazeres, Casa Nagib e Casa Tropical.
Na época, foi inaugurada na cidade, a Agência da Caixa Econômica
Federal.
Alkindar Costa
65
Inaugurada, ainda, a primeira Feira Livre na Vila Santa Cecília, realizada aos domin-
gos, e as instalações do Hotel Brasil, também na Vila, prédio onde atualmente se expan-
diram as instalações das lojas Americanas.
Em 1948, no dia 15 de outubro foi fundada a Loja Maçônica Independência e Luz II,
a Biblioteca Edmundo Macedo Soares e Silva, pelo Departamento Cultural do GACEMSS
(Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva) dirigido pelo Engº Rosauro
Mariano da Silva.
César Cândido Lemos fundou no Bairro de Santa Cecília a Associação dos Ciclis-
tas de Volta Redonda e a C.S.N., recebe a visita de Luís Batle Berres - Presidente da
República do Uruguai.
17 de maio de 1948, marca a data de circulação de “O TRILHO”, órgão oficial do
Círculo Operário de Volta Redonda. Em 20 de junho de 1949, circula “O GUARANI” órgão
oficial dos alunos da Escola Técnica de Comércio de Volta Redonda.
Fábrica de Cimento Tupi foi fundada em 1949 - Direção do Major Antônio João Dutra.
Indústria Privada Nacional.
“O COMÉRCIO DE VOLTA REDONDA”, de Júlio Ribeiro, começou a circular em 15
de janeiro de 1950, e em 02 de outubro do mesmo ano circulou “A TRIBUNA DE VOLTA
REDONDA” de propriedade de Ten. Bernardino Irineu Flórido.
Após 1942, um após
A inauguração de
uma filial de Lojas outro, foram surgindo os
Americanas, deu um diversos Bairros residenciais
novo impulso ao
desenvolvimento do
em Volta Redonda, utilizados
comércio local - 1947 para operários da Com_
Acervo Alkindar Costa panhia Siderúrgica Nacional,
recebendo as denomi_
nações de Acampamento
Central, Vila ou Santa Cecília,
Porto de Areia, Acampamen-
to Rústico, Conforto,
Laranjal, Acampamento dos
Índios (na Rua 60), Pedreira
da 2ª Frente (Três Poços),
Tangerinal, Fazenda, Cicuta,
Bela Vista, Monte Castelo,
Jardim Paraíba, Mangueira,
Laminação.
Na margem esquerda do Rio Paraíba, a velha povoação de Santo Antônio de Volta
Redonda, foi rebatizada pelos próprios serventuários da C.S.N., com o nome de Niterói,
extendendo-se até a Fazenda do Retiro, com o loteamento das suas terras.
O Bairro da Estação Velha, na margem direita do Rio Paraíba, também seguiu-lhe
os passos.
Nas terras situadas no estreito vale do Ribeirão São Lucas, desmembradas da
Fazenda de igual nome do Dr. Carlos Haasis, junto aos terrenos da C.S.N., surgiu depois
de 1945, o importante Bairro São Lucas, obra onde se destacou a figura do Engº Isaías
Salgado Pereira.
Alkindar Costa
67
Procurando resolver o problema, a Câmara Municipal aprovou e o Prefeito
sancionou projeto de autoria do Vereador Ettore Dalboni da Cunha, que recebeu o
número de Lei Municipal 1.330, regulamentando a forma de denominações, e determi-
nando no Parágrafo Único do Artigo 4º a manutenção das denominações por números
nas áreas da Companhia Siderúrgica Nacional, para preservar a tal característica de
nossa cidade.
Ampliando tal medida, o Vereador Gibraltar Pedro de Oliveira Vidal, propôs e
obteve a aprovação da Lei de sua autoria de número 1.416, de 18 de abril de 1977,
determinando a manutenção dos números e a conseqüente revogação de nomes dados
às ruas do Bairro de Santa Cecília, retornando desta forma o que foi instituído, desde a
criação do Bairro.
Mais uma vez, o Poder Legislativo se pronunciou aprovando Lei, desta vez de
autoria do então Vereador Jonas de Carvalho, de número 1.450 de 28 de julho de 1977,
determinando a manutenção da forma original de denominação por números no Bairro
Laranjal, e conseqüentemente a revogação de qualquer outro nome dado às ruas daquele
Bairro.
Durante muito tempo, a manutenção de ruas, praças, e das próprias residências,
eram feitas através da Companhia Siderúrgica Nacional, abrangendo serviços de
limpeza de ruas, ajardinamento, policiamento, atendimento pelo Corpo de Bombeiros,
serviços de pintura, reparos gerais, e todo o tipo de atendimento necessário aos
moradores das residências de empregados da C.S.N. isto, abrangendo, até mesmo os
barracos construídos no Bairro Acampamento Central e demais áreas, que embora
fossem construções mais simples, eram cuidados com a mesma atenção.
Só mais tarde, os serviços públicos, até então cuidados pela C.S.N., foram
transferidos à Prefeitura Municipal, deixando a empresa esses encargos ao Poder
Público, que infelizmente não prestou à população um atendimento à altura do que até
então era oferecido.
Acervo CSN
Na direita da foto, as
instalações do Hotal
Brasil em 19/07/1946
erguido pela CSN no
bairro da Vila
Operária, hoje Vila
Santa Cecília. Na
esquerda da foto,
dependências
destinadas às Lojas
Americanas, que
permitiram sua
instalação, quando
Volta Redonda ainda
se apresentava como
o 8º Distrito de Barra
Mansa.
Alkindar Costa
69
Em 01/05/1976 às 14:45 horas - Inauguração do Viaduto Heitor Leite Franco. Com
360m de extensão por 14 de largura, todo em concreto protegido, iniciando no final da
Rua Gustavo Lira e terminando no Aterrado - com presença do Exmo. Sr. Presidente da
República, Ernesto Geisel. Administração Nelson Gonçalves.
Em 01/05/1976 às 15 horas - Inauguração do Pronto Socorro Municipal, ocupando
uma área de 8 mil e 200m2. Projetado anexo o Hospital Municipal de seis pavimentos, 150
leitos, duas salas de cirurgia, maternidade, unidade de Raios-X e área para a Escola de
Medicina (atendimento p/uma população de 500.000 habitantes), com presença do Exmo.
Sr. Presidente da República, Ernesto Geisel. Administração Nelson Gonçalves. O Hospital
não foi construído conforme planejado.
Em 12/11/1976, na administração do prefeito Nelson Gonçalves, foram inaugura-
das as obras:
- Via Almirante Adalberto Nunes, à margem esquerda do Paraíba, desde
Niterói até Belmonte, na altura do elevado Presidente Castelo Branco.
- Elevado Presidente Castelo Branco - Conforto.
70 bateria.
“1 - O QUE É A CSN
Todos dizem e todos sabem que a CSN foi o marco inicial da industria-
lização do País. Foi fundada em 1941 para construir a primeira usina
siderúrgica de grande porte no Brasil.
A Usina foi montada em Volta Redonda, durante a II Grande Guerra,
com muita dificuldade, mas em 1946 já acendia o seu Alto-Forno. Como
a empresa é antiga, não são poucos aqueles que pensam que a nossa
usina, em Volta Redonda, é antiquada, obsoleta, ineficiente. É preciso
que seja desfeita essa impressão. Em Volta Redonda o Brasil tem a
maior e mais moderna Usina do país e, seguramente, uma das 10 mais
modernas do mundo.
Em 23/05/1944,
uma Usina Siderúrgica
era erguida em
Volta Redonda. A foto
dos arquivos da CSN
registra um aspecto da
construção do Alto
Forno Nº01.
Começava a
industrialização
no Brasil.
O Coque é a principal
matéria prima na
preparação do Aço
na Companhia
Siderúrgica Nacional.
Na foto de 25/04/1946,
vê-se os fornos de
coque carregando os
vagões de transporte
para dentro da Usina.
72 nessa linha.
Volta Redonda Ontem e Hoje
A CSN, portanto, é um complexo industrial que em 1988 deu ocupação
na sua indústria e nas suas minas há cerca de 28.000 pessoas, entre
empregados próprios e empregados de empreiteiras.
É um complexo industrial cujo custo de reposição não seria inferior a
8 bilhões de dólares.
É, finalmente, um complexo industrial que gerou, em 1988, uma
produção equivalente a 2 bilhões e 200 milhões de dólares, se esta
produção for medida a preço do mercado internacional.
Quadro I
% de
Discriminação 1984 1985 1986 1987 1988 aumento
88/89
Alkindar Costa
73
2 - DESEMPENHO OPERACIONAL
3 - A GÊNESE DA CRISE
Quadro II
Alkindar Costa
75
4 - O PREÇO DO AÇO
A foto de 15/10/1943,
marca uma fase da
construção da Usina
da Companhia
Siderúrgica Nacional.
Acervo CSN
Alkindar Costa
77
GREVES - A PRIMEIRA NA CSN
O movimento perdurou por seis dias. No quinto dia uma passeata foi organizada
por cerca de mil mulheres, saindo do portão da entrada da CSN, para o lado do Jardim
Paraíba, em direção à Avenida Amaral Peixoto. No domingo, às 16:00 horas, os metalúrgicos
resolvem declarar encerrado o movimento, voltando a cidade à sua normalidade tradicio-
nal.
No decorrer dos tempos ficou uma estatística - as tropas do Exército ocuparam a
usina de Volta Redonda em sete ocasiões diferentes.
Pela relevância dos acontecimentos, focalizaremos um movimento, de onde de-
sastrosamente registrou-se o falecimento de três metalúrgicos.
Alkindar Costa
79
Atendendo solicitação da empresa, o Juiz Roberto de Abreu e Silva, expediu ordem
no sentido de que a Polícia Militar cuidasse da desocupação da Usina.
Diante da declaração da PM da impossibilidade de atender ao fixado, o Juiz Moisés
Cohen, da Vara Cível da Comarca de Volta Redonda, solicitou a participação de tropas
federais, iniciada com a ocupação pelo 22º Batalhão de Infantaria Motorizado, sediado em
Barra Mansa.
A foto de Oscar
Cabral, publicada
na Revista Veja
(1060 - 20/12/1988),
mostra a ação do
Exército no interior da
Usina Presidente
Vargas, fazendo frente
aos grevistas.
Soldados do Exército
em posição de guerra,
no interior da Usina
Presidente Vargas.
Foto de Oscar Cabral,
publicada na Revista
Veja de 20/12/1988.
Alkindar Costa
81
A intervenção de tropas militares foi pedida ao Executivo, pela CSN, pelo Ministério
da Indústria e Comércio, Ministério do Exército, pelo Presidente da CSN, Juvenal Osório
Gomes e pelo Juiz da Comarca de Volta Redonda, Dr. Moisés Cohen, que pretendia com
seu ato “evitar o confronto e permitir a retirada dos grevistas de dentro da Usina.”
Diante dos acontecimentos, o Presidente da República cogitou da convocação do
Conselho de Defesa Nacional.
No teatro de operações, o General José Luiz Lopes da Silva destacou que a presen-
ça do Exército no local, tinha por objetivo “restabelecer a ordem e assegurar a integridade
do patrimônio da Companhia”, e que a sua função era garantir a execução da liminar
concedida pelo Juiz Moisés Cohen, ao mandado de reintegração da posse encaminhado
pela CSN.
A decisão do Exército de ocupar a Companhia Siderúrgica Nacional, foi tomada de
comum acordo pelos Ministros-Chefes do Gabinete Militar, General Rubem Denys, e do
SNI, General Ivan Mendes, e pelo Ministro do Exército, General Leônidas Pires Gonçalves,
com a “aprovação do Presidente José Sarney”.
Durante o tumulto foi “detido o advogado do Sindicato, João Neri Campanário que
tentou forçar a entrada na empresa. Acabou com o terno de linho rasgado por uma
baioneta e só foi liberado às 4:30 horas de quarta-feira”.
“O Coronel Mota deu garantias ao Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos,
Luiz Antônio Vieira Albano, de que ele poderia deixar o local de
ocupações e negociar. De fato, ele fez o que pôde para não quebrar sua
palavra. Evitou inclusive, que o oficial de justiça Vitorino de Jesus
entregasse a Albano uma citação. ‘Pelo amor de Deus, não faça isso.
Os soldados serão agredidos lá embaixo’, apelou um assessor jurídico
do Exército puxando o funcionário da justiça pelo braço. Se Albano
tivesse sido citado, não restaria ao Exército outra alternativa senão
prender o sindicalista”.
“Pedaços de ferro e de chumbo , pedras e até extintores vazios, contra
balas que eram de festim e acabaram sendo de verdade”, assim os
órgãos de informações anunciaram a batalha travada no interior da
Usina.
Enquanto o Exército ocupava as dependências da CSN, os trabalhadores fizeram
trincheiras na área de aciaria e a superintendência de lingotamento contínuo, dois prédios
interligados que formam um imenso conjunto, onde gigantescas caldeiras processam o
aço, bloqueando as passarelas com caçambas e tudo o que era possível. Municiaram-se
de pedaços de metais, entre eles grandes “tarugos” e até mesmo vergalhões, utilizando-
se, ainda, de garrafas com “tíner e óleo”, enquanto que a mão no registro de gás de
coqueria, que é venenoso, ficou preparada. Já havia a notícia de que três operários
estavam mortos e mais de 30 feridos.
Os operários contaram várias passagens em que disparos de fuzil e mesmo “do
canhão de um carro blindado”, eram claramente de festim (o do “canhão” produzia uma
espécie de halo luminoso). Depois, quando Exército e a Polícia Militar, com cerca de dois
mil homens, dissiparam com violência uma concentração à porta da empresa, as coisas
mudaram.
Isolados, os grevistas burlavam a vigilância do Exército estabelecendo um caminho
com o refeitório, de modo que foi passada aos entrincheirados da aciaria uma ração de
Internados:
- José Otávio Fues - 27 anos - SEC
No Jornal “O DIA” - José Otávio Feres
- Helvécio Goulart Alves - 33 anos - CSN
No Jornal “O DIA” - Hervênio
- Dinaldo Andrade Bandeira - 40 anos - CSN
No Jornal “O DIA” - Divaldo
- Adilson de Oliveira Lanchein - 28 anos - CSN
- Eduardo Lacerda Silva - 18 anos - Militar
- Gladson Costa Souza - 21 anos - CSN
- Hamilton Rodrigues Carvalho - 30 anos - CSN
- André de Sá Antônio - 19 anos
- Cosmo Possidônio Nior da Silva - Militar
Alkindar Costa
83
Atendidos e liberados:
Alkindar Costa
85
Um guindaste teve todo o óleo diesel vazado a fim de provocar uma explosão e um
trator foi empurrado contra um vagão de trem para bloquear as tropas.
Profundos conhecedores do local, auxiliados ou não por colegas de outras regiões,
os metalúrgicos tinham absoluto controle do prédio, denunciando que uma tentativa de
invasão pelos militares, representaria um verdadeiro massacre para ambos os lados.
“Uma empilhadeira, utilizada para o transporte interno de materiais, que
funcionaria como uma gigantesca bomba”, fora “estrategicamente dei-
xada com a ignição acionada junto a um peitoril, ao lado de um pátio
interno. De acordo com os peritos, bastaria um dos grevistas dar parti-
da na máquina e atirar um coquetel “molotov” junto ao querosene para
que ela caísse e explodisse sobre os militares”.
O Presidente do Superior Tribunal do Trabalho, Ministro Marcelo Pimentel, na
edição de 11 de novembro, por jornais declarou:
“Não tem jeito. Não vou julgar sob pressão dos grevistas”.
Por outro lado, o Governador Moreira Franco atribuiu à atuação do Conselho
Interministerial de Salários das Estatais, a responsabilidade pelos incidentes de Volta
Redonda.
O Prefeito Marino Clinger decretou luto por três dias, em razão da morte de três
metalúrgicos.
Em 10 de novembro, por volta das 08:00 horas, os grevistas deixaram a empresa e
meia hora depois, o General José Luiz Lopes da Silva anunciou que a missão do Exército
de manter a ordem estava cumprida e aguardaria apenas determinações do Comando
Militar do Leste para retirar os soldados das dependências da CSN.
No mercado financeiro, em São Paulo, o índice Bovespa fechou em queda de 3,1%
e no Rio a desvalorização foi de 2,3% na média e 1,3% no fechamento.
Na CSN, negociações haviam sido feitas entre o General José Luiz Lopes da Silva,
comandante das forças de intervenção do Exército e o Presidente licenciado do Sindicato
dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Juarez Antunes, levaram ao acordo pelo qual os
operários se retirariam em troca do fim da ação repressiva.
No Rio de Janeiro, o Governador Moreira Franco procurou intermediar as negocia-
ções entre os metalúrgicos da CSN e o Governo Federal para a retirada das tropas do
Exército em Volta Redonda, reunindo-se com o presidente da Central Única dos Traba-
lhadores (CUT), Jair Meneguelli, sindicalistas e políticos, que lhe pediram para intervir
junto às autoridades.
O Governador manteve contatos com o Ministro-Chefe do SNI, Ivan de Souza Men-
des, o presidente da Companhia, Juvenal Osório e o Chefe do Comando Militar do Leste,
General Wilberto Lima.
Na madrugada do dia 10, em uma sala no Hotel Bela Vista se reuniram o Bispo
Diocesano, Dom Waldyr Calheiros de Novaes, o Presidente licenciado do Sindicato dos
Metalúrgicos de Volta Redonda, Deputado Federal Juarez Antunes, o Prefeito da Cidade
do Aço, Marino Clinger Toledo Netto, o Presidente da CSN, Juvenal Osório, o Deputado
Federal Edmilson Martins e o General José Luiz Lopes da Silva, procurando resolver o
problemas do conflito entre grevistas e militares.
O General se mantinha irredutível na proposta de só retirar as tropas das ruas se os
Alkindar Costa
87
Em declaração ao Jornal “O Dia”, o Juiz Moisés Cohen que no primeiro dia de
ocupação da CSN pelos metalúrgicos, concedeu uma liminar de manutenção de posse à
Empresa, destacou que o oficial de Justiça que foi no dia seguinte à Siderúrgica intimar
os grevistas a se retirarem, constatou que o número de policiais que o acompanharam
era insuficiente. Ao tomar conhecimento do fato, o Juiz procurou o Comandante da 6ª
Companhia Independente da Polícia Militar, sediada em Volta Redonda, que disse só
possuir 12 soldados. Com isto resolveu ele pedir reforço ao Exército e destacou:
“Eu não poderia permitir que o poder Judiciário deixasse de ter uma
decisão cumprida”.
Enfatizou que, se o direito ao poder de justiça fosse negado, o próprio povo ficaria
desassistido e sem segurança.
Por volta das 11:00 horas de 12 de novembro, aproximadamente 100 mulheres
realizaram uma passeata pelo centro da Cidade, em protesto contra a violência
registrada nos conflitos entre metalúrgicos e soldados do Exército.
O Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro
(CREMERJ), Laert Andrade Vaz de Melo, visitou três operários internados no Hospital da
CSN e demonstrou sua preocupação diante da situação de Elvécio Goulart Alves,
baleado na mão direita e ameaçado, segundo o médico, de perder os movimentos; Dinaldo
Andrade Bandeira, com traumatismo no olho esquerdo e afundamento do crânio; e Adilson
de Oliveira Lancheim, com um tiro no fêmur da perna esquerda e submetido a duas
cirurgias, ficando a possibilidade de sofrer atrofia.
Os engenheiros que trabalhavam na CSN foram os mais ameaçados pelo coman-
do de greve dos operários. O Jornal “O Globo” publica declarações atribuídas a um dos
líderes do movimento, nos seguintes termos:
“Cuidado. Nós não estamos pensando em violência. Mas aqueles que
pedem proteção para suas casas e vêm trabalhar, como alguns
engenheiros da Companhia, devem tomar suas precauções. Podem ter
proteção em suas casas mas vão precisar dela na hora de fazer compras
no supermercado ou na hora de levar seus filhos ao colégio. É preciso
que pensem nisso. Cuidado”.
Alkindar Costa
89
O Governo Federal anuncia, ainda, estudos para desativação da CSN, reunindo em
15 de novembro os principais assessores.
O Secretário Estadual de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Hélio Saboya, no
dia anterior, visitou Volta Redonda e garantiu que as eleições municipais seriam
realizadas em clima de tranqüilidade.
Assembléia Geral em 16 de novembro faz opção pela continuação do movimento.
“Enquanto os metalúrgicos paralisados ocupavam ruas e praças de Volta
Redonda, mantendo-se em sua maioria do lado de fora da CSN, um mil
e cem militares transformaram o lado de dentro da Usina em um verda-
deiro quartel. Eram Regimentos de Infantaria, abrigando a oito dias, cinco
companhias de fuzileiros, duas companhias do 2º BIP e um esquadrão
de cavalaria motorizado, comandados pelo Coronel Carlos Eduardo
Jansen”.
Em 17 de novembro, oitenta e cinco trabalhadores, entre mecânicos, maçariqueiros,
soldadores, canaleiros e chefes de equipe, ofereceram-se como voluntários para
recuperar o alto-forno nº 1 da CSN. No dia anterior, uma comissão formada por técnicos
da siderúrgica e representantes dos Sindicatos dos Engenheiros e Metalúrgicos de Volta
Redonda esteve na Usina para examinar o estado dos equipamentos, concluindo que o
Alto-Forno nº 1 corria o risco de esfriar nos próximos dias, passando a ficar fora de
atividade por três meses.
Em 18 de novembro o Engenheiro Ari Souto, diretor de Operações da CSN
informava que o resfriamento causado pelo longo abafamento no alto-forno nº 1, havia
causado trincas que, chegavam a 25 metros e que uma delas atingiu a largura de 20
centímetros e que tais trincas chegaram a couraça externa de aço do forno.
Em 19 de novembro o Jornal “A Folha de Volta Redonda” destaca que “o Coman-
dante da 1ª Brigada de Infantaria Motorizado, General José Luiz da Silva, disse
que “foram usadas táticas de guerrilha urbana por ativistas sindicais da Usina”.
Na entrevista coletiva que concedeu à imprensa, ele disse que o Sindicato dos
Metalúrgicos está “com profissionais especialistas em guerrilha, com formação e
grande competência nesta área.” O General disse que as estratégias utilizadas pelos
grevistas que resistiram à entrada do Exército na Usina foram cuidadosamente
coordenadas: “Eles avançavam, recuavam e depois um grupo atacava pela
retaguarda. Estavam bem instruídos. Para saber usar um coquetel “molotov” (bomba
incendiária) tem que ter instrução”, disse o General. Foi destacado também pela
autoridade que o Exército encontrou, após os confrontos, vários cartuchos já disparados
de balas calibres 765, além de cartuchos de fulminato (um tipo de bala que causa
queimaduras). “Isto são grevistas ou guerrilheiros?” disparou o General.
O mesmo jornal enumera oito exemplos de excessos na greve: “Utilização de
pedaços de madeira e vergalhões como arma (informação do Exército e de Sindicalistas);
utilização de coquetéis “molotov” (garrafas com gasolina e uma bucha que serve de
estopim) que incendiaram um caminhão do Exército (informação do Exército); utilização
de armas calibre 22 com cartuchos de fulminato, substância que não mata, mas produz
queimaduras (informação do Exército); abalroamento de um veículo do Exército por um
vagão torpedo, empurrado por ativistas dentro da Usina (informação do Exército e
confirmada pelo presidente licenciado do Sindicato); ataques com pedras aos soldados
do Exército e da PM nas ruas da Vila Santa Cecília (Obs.: neste caso os manifestantes
não eram metalúrgicos. Eram homens que usavam bermuda e trajavam camiseta ou
90 Volta Redonda Ontem e Hoje
estavam sem camisa) - (informação presenciada pela Imprensa); quebra, com pedras,
das vidraças da CBS, do Escritório Central, do Banco Real, do Banco do Brasil e da
Caixa Econômica, além de outras lojas na Vila (Obs.: no caso anterior, não eram
metalúrgicos - informação presenciada pela Imprensa); ferimentos em cerca de mais de
dez soldados.
O Jornal apresenta, também, oito exemplos de excessos na repressão: “utilização
de armamentos de guerra em uma operação de greve, desde fuzis até tanque Urutu, e
ataques à bala na USINA (informação presenciada pela Imprensa); quebra de vidraça do
Clube dos Funcionários (informação presenciada pela Imprensa); lançamento
indiscriminado de bombas de gás-lacrimogêneo no Centro da Cidade (informação
presenciada pela Imprensa); distribuição de cacetadas, na Vila, sem distinção de idade
ou sexo (informação presenciada pela Imprensa); soldados espalhados por toda a Vila
Santa Cecília, criando um clima de terror (informação presenciada pela Imprensa);
depredação de uma carro da CUT e de um candidato a Vereador (informação do Sindicato);
ferimento em cerca de 40 metalúrgicos, três vítimas fatais”.
Mais de 80 operários, em 36 horas de trabalho, em turnos de até 11 horas,
conseguiram manter em operação o Alto Forno nº 1 da CSN e a primeira corrida (saída do
gusa através do furo na base do forno, forçada por uma injeção de ar quente) aconteceu
às 08:10 horas de 19/11.
O Sindicato dos Metalúrgicos anunciou a confecção de diploma para os trabalhado-
res que, “voluntariamente, se revezaram em turnos de mais de 80 pessoas, alguns de
mais de doze horas de trabalho, para salvar o alto-forno. No diploma seria escrito: “Eu
ajudei a salvar o alto-forno nº 1 da CSN”.
Foi anunciado o salvamento do Alto-Forno nº 3, em um trabalho desenvolvido por 46
operários divididos em dois turnos de 12 horas, iniciado em 19/11 por volta das 16:30
horas e concluído às 08:10 horas de 20/11. A primeira corrida de gusa se deu às 14:30
horas.
A principal decisão da única assembléia dos grevistas da CSN, em 20/11, às 16:00
horas, foi a de um abraço à usina, tendo a medida se completado a partir das 18:00 horas
de 21/11. O cordão humano em torno da Usina Siderúrgica Presidente Vargas, com cerca
de 12 mil pessoas se fechou.
A manifestação foi promovida pela Frente Popular e Sindical do Município, que
reuniu associações de moradores, sindicatos e entidades populares, contando com a
participação de operários, velhos, mulheres, crianças, trabalhadores de outras
categorias e comerciantes. Em 22/11 a decisão da continuação da greve. O Sindicato
dos Metalúrgicos programou para 28/11 o Show “Volta por Cima”, com a participação de
Fagner, Elba Ramalho, Jards Macalé, Carlos Eduardo Dolabela, Lúcia Alves e Lídia Brondi.
O sindicalista e Prefeito eleito de Volta Redonda, Juarez Antunes faz um discurso
apaziguador, na Assembléia Geral. “Ele não atacou a empresa nem o governo e
também pela primeira vez não puxou o coro de “greve, greve” nem usou a frase
“a greve continua”, com a qual costumava pontuar seus discursos”. Todavia o
movimento continuou.
Em 23 de novembro de 1988 “depois de 17 dias de greve, três operários mortos em
conflitos com o Exército e um prejuízo de Cz$ 34,6 bilhões, a CSN voltou a funcionar às
16:00 horas. Os trabalhadores decidiram o fim do movimento em assembléia pela
manhã, aceitando a proposta da empresa, que “significaria” mais 15% sobre a “folha de
pagamento”.
Alkindar Costa
91
Cerca de 7 mil trabalhadores decidiram, quase por unanimidade, chegaram a 30 os
que votaram contra, aceitar a proposta patronal, defendida pelo Sindicato dos Metalúrgicos.
Para o retorno ao trabalho os grevistas impuseram como condição que saíssem da
Usina as tropas do Exército comandadas pelo General José Luiz Lopes da Silva, assim
como os policiais militares e federais, antes da entrada dos trabalhadores no turno das
16:00 horas.
O Exército começou a deixar a Usina exatamente às 13:40 “quando uma Veraneio
cheia de oficiais cruzou os portões da entrada leste da empresa, no bairro Jardim Paraíba.
A seguir passaram 71 veículos, entre caminhões, jeeps, ambulâncias e camionetas, além
de oito tanques. Às 13:45 horas o último veículo deixou a empresa”. A Veraneio tinha a
placa AS-1660.
O Juiz Moisés Cohen, que expediu o mandado que resultou na ocupação da Usina
pelas tropas, declarou não haver impedimento burocrático para a desocupação.
O comboio dividiu-se em dois - os blindados seguiram para Valença, com alguns
veículos e o resto tomou a direção de Barra Mansa.
A revista “VEJA”, de 30 de novembro de 1988, observa:
“Dias depois de o Ministério do Exército divulgar uma nota oficial infor-
mando que os grevistas empregavam táticas de guerrilha urbana, os
metalúrgicos voltaram ao trabalho com o bolso cheio de dinheiro. Em
média, eles conseguiram aumentos de 85% em seus vencimentos - hou-
ve gente que até dobrou seu salário. Uma outra vitória foi a readmissão
de 117 trabalhadores que haviam sido despedidos em greves anterio-
res”.
92 foi disparado pelo 22º BIMTz e sim pela 1ª Brigada de Infantaria Motorizada de Petrópolis,
Volta Redonda Ontem e Hoje
mesmo diante dos pedaços de ferro e pedras jogados por grevistas nos soldados de
Barros:
“Chegaram a jogar cal virgem na minha cara, mas mesmo assim não
reagimos”.
E ficou ainda a afirmativa de que os agressores não eram parentes dos soldados:
“Era um pessoal de fora, que nunca vi na Usina”.
A edição nº 1.101 do jornal “OPÇÃO” de outubro de 1989, informa em sua página
número 15:
“O promotor Nilo Caio Lamarão Branta apresentou ao Juiz da 1ª Vara
Criminal, José Nilo Ferreira, a íntegra do processo que apurou a inva-
são do Exército à CSN no dia 9 de novembro de 1988, em uma ação que
visava desocupar a empresa, que estava ocupada por metalúrgicos em
greve. O promotor, no processo, pede a citação do general José Luiz
Lopes que comandou a operação”.
O Juiz, que tinha prazos para aceitar ou não a denúncia do promotor, acentuou
também que o processo era extenso e complexo (possuia dois grandes volumes) e teria
que ser estudado com profundidade. O promotor que presidiu o inquérito judicial, Nilo
Caio, atuou na 1ª Vara Criminal de Volta Redonda até dois meses, quando foi transferido
para a 20ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
O mesmo jornal, em sua edição 1.119, de março de 1990, informa em sua página
14 que “o Juiz da 1ª Vara Criminal de Volta Redonda, José Nilo Ferreira, rejeitou na quinta-
feira, dia 22 a denúncia feita pelo promotor Nilo Caio contra o General de Brigada José
Luiz Lopes da Silva. O Promotor acusou o General de abuso de autoridade e violência
arbitrária no episódio de desocupação da Usina Presidente Vargas, em 9 de Novembro de
1988, quando grevistas da CSN e soldados do Exército se confrontaram e três metalúrgicos
morreram com tiros disparados e atribuídos aos militares. A denúncia do promotor,
todavia, não se referia ao assassinato nem à desocupação da Usina em si (neste caso o
julgamento seria através da Justiça Militar). Ele denunciou o general por causa das
manobras que ocorreram nas ruas da Vila Santa Cecília precedendo a invasão, quando o
Exército investiu contra os civis que estavam nas ruas. Para o promotor o fato caracterizou
a violência arbitrária e o abuso de autoridade quando do cumprimento da ordem judicial
de evacuar a Usina.
Na sua decisão de rejeitar a denúncia o Juiz José Nilo destacou que havia
resistência para a entrada do Exército na Usina, “tanto que o oficial de Justiça
encarregado da diligência inicialmente, com o pequeno contingente da polícia
estadual, mostrou-se incapaz para executar a ordem”. Estava claro, segundo o Juiz,
que não seria fácil aos militares atingir a área da usina, “pois se o fossem os próprios
oficiais de Justiça teriam desempenhado seu mister.”
O Juiz, neste caso, questiona o Promotor por este não ter ouvido os policiais
militares e o oficial de justiça, “sendo certo que tais depoimentos seriam da mais alta
relevância, pois trariam subsídios esclarecedores para o fato que ensejou a requisição de
forças federais.” O Juiz considerou a denúncia do promotor “precipitada” por não conter
“um átimo de prova sequer”.
Além disso, ele afirma que o General José Luiz Lopes, que comandou a operação,
não podia ser responsabilizado por tudo o que tenha ocorrido:
Alkindar Costa
93
“- Se algum militar, dentro daquele clima de incontestável tensão,
extrapolou os limites de sua ação, há de ser responsabilizado, sob o
ponto de vista penal, individualmente, não podendo, por isso, o coman-
dante das tropas responder por atos de seus subordinados”.
Na denúncia o promotor frisa a inexistência de armas em poder dos grevistas, mas
o Juiz contesta afirmando que nada, “absolutamente nada”, foi feito para averiguar esta
declaração e salienta que “o soldado num campo de batalha não pode levar consigo
uma balancinha de ourives para medir a extensão dos seus atos, sob pena de ser
considerado negligente e omisso”. O Juiz também cobra, do promotor, o fato de não
ter sido tomada nenhuma providência, com relação a outros inquéritos sobre o mesmo
acontecimento (há inquéritos em que grevistas são acusados de terem provocado os
militares inicialmente instalados na Usina).
Mas a decisão do Juiz José Nilo também faz uma crítica contundente ao fato do
Exército não ter permitido que nenhum dos militares envolvidos na operação de 9 de
novembro fosse ouvido pela Justiça comum. Ele disse que não concordava com o fato do
Ministro do Exército ter dito que os militares não seriam instados a depor em qualquer
inquérito policial, “já que acima de tudo estão as instituições legalmente constituídas”.
Basicamente, o Juiz disse, no processo, que “rejeitava a denúncia por falta de provas.”
Alkindar Costa
95
grevistas. Idêntica medida foi adotada por volta das 10:40 horas, na passagem de mais
três carros do Exército.
Às 10:45 horas um comboio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, no mesmo
local, os grevistas partiram para cima dos três caminhões e dos micro-ônibus que esta-
vam sendo escoltados por quatro batedores, com pedras e pedaços de pau, obrigando a
uma ação imediata do comando de greve.
Às 11:30 horas foi anunciada a decretação de luto oficial pelo Prefeito Marino Clinger,
por três dias, em razão das disposições do Decreto nº 2.873 de 10/11/1988.
À tarde, centenas de motociclistas, buzinando, abriram a passeata de aproximada-
mente 30 mil pessoas, entre grevistas e outros habitantes da Cidade, partindo da Praça
Sávio Gama, em frente à Prefeitura com destino ao Cemitério Bom Jardim, para o sepul-
tamento do corpo do operário Walmir Freitas Monteiro, morto com um tiro no pulmão, no
pátio da CSN, durante o confronto com policiais, soldados do Exército e grevistas.
O laudo cadavérico definia a morte como um homicídio, com hemorragia aguda e
um ferimento transfixiante no pulmão direito, provocado por um projétil de arma de fogo.
Liderando a passeata o ecologista Fernando Gabeira, o Presidente do Sindicato
dos Bancários do Rio, Ciro Garcia; o Presidente da CUT, Jair Meneguelli; o Presidente do
Sindicato dos Ferroviários do Rio, Carlos Augusto Santana; o Presidente licenciado do
Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Deputado Federal (PDT) Juarez Antunes e
a Deputada Federal Benedita da Silva (PT/RJ). O caixão estava coberto com as bandei-
ras da CUT e da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Sindicato dos Metalúrgicos.
Preocupada em não passar em frente ao quartel da Companhia do 10º Batalhão de
Polícia Militar, a diretoria do Sindicato modificou o percurso da passeata que percorreu
cerca de sete quilômetros.
Todo o percurso foi feito em silêncio, interrompido apenas por palmas e por apelos
dos sindicalistas para que ninguém aceitasse provocações.
Já no Cemitério Bom Jardim, o corpo foi encomendado pelo Bispo Dom Waldyr
Calheiros de Novaes e os Padres Bernardo, Luciano, Jorge e Arlindo, oficiando a missa
em frente à Capela.
A família do metalúrgico morto mal teve espaço para ver pela última vez o corpo,
enterrado na aléia 23, sepultura 47, após às 18:00 horas.
Por volta das 17:00 horas um helicóptero da TV Globo sobrevoou o local.
O corpo de William Fernandes Leite, outro metalúrgico morto em conseqüência do
movimento, foi trasladado para Muriaé (MG), onde foi sepultado no Cemitério São Paulo,
às 09:00 horas de 11/11/1988.
Durante o sepultamento de Walmir, o Bispo Dom Waldyr Calheiros anunciou a iden-
tificação do 3º morto - Carlos Augusto Barroso.
Após mais de 20 horas de velório, às 10:40 horas do dia 11/11/88, no Cemitério
Bom Jardim, em Volta Redonda, foi sepultado Carlos Augusto Barroso. O Bispo Dom
Waldyr Calheiros de Novaes celebrou a missa campal frente à capela mortuária.
Segundo o legista Dilson Lima, Barroso fora morto em conseqüência de um
traumatismo crânio-encefálico, de causa ignorada.
O caixão de Barroso foi coberto com a bandeira do Humaitá Futebol Clube, do qual
Alkindar Costa
97
rar que a CSN liberasse o repasse de verba para que as empreiteiras
pudessem pagar o aumento reivindicado pelos operários.
Dejair fala do processo de negociação e do ganho real que os trabalha-
dores conquistaram: “Foi só após a decretação da greve, com um pra-
zo de mais de 72 horas, como exige a lei, que os patrões resolveram
negociar. Não era a nossa data-base, mas sempre fazemos negociação
três vezes por ano, para que os salários não fiquem tão defasados. Com
o fim da greve, os trabalhadores conquistaram 20,41% de aumento real
e isto já é uma vitória”.
Para Dejair a rapidez com que a negociação aconteceu, pode ser explicada pelo
interesse das empreiteiras em receber um aumento da CSN. “Os donos das empreiteiras,
embora tenham interesse no aumento, se utilizam da repressão e da intimidação para
conter os trabalhadores. Mas, por outro lado, se utilizam do movimento dos trabalhadores
para ganhar mais. É só imaginar o que significam estes 20,41% nos contratos destas
firmas com a CSN. Mas a nossa luta não termina aí. Reivindicamos a equiparação com o
pessoal da CSN e da FEM e forçamos a contratação dos empregados das empreiteiras
pela CSN. Se a estatal pode pagar às empreiteiras para fazerem um serviço é porque
tem condições de contratar os funcionários das empreiteiras”, disparou Dejair Martins”.
Alkindar Costa
99
No mesmo dia uma manifestação denominada Ato de Resistência foi atendida,
reunindo apenas cerca de 600 pessoas, enquanto que a Cidade se via diante de uma
paralisação do setor de transporte coletivo.
Os primeiros políticos apareceram e os discursos se sucederam. Estiveram pre-
sentes os deputados Nilton Temer (PT), Edmilson Valentin (PC do B), Paulo Ramos (PDT)
e Lysâneas Maciel (PDT).
Em 14 de julho o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, recebia informações de
Ulisses Riedel de que o Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Metalurgia e da Confederação Geral dos Trabalhadores, Luiz Antônio de Medeiros, havia
se afastado das negociações com o Tribunal Superior do Trabalho, sobre a greve da
CSN.
Em 15 de julho Roberto Procópio Lima Netto, em entrevista a “O GLOBO” desta-
cou que “A CSN foi quebrada pela irrealidade dos preços do aço em governos
anteriores; foi quebrada por uma série de omissões e erros no passado; e foi que-
brada pelo sindicalismo politiqueiro e desonesto. Porque é desonesto se instalar
para defender direitos do trabalhador e sair defendendo seus interesses políti-
cos.”
Demonstrando não se abalar com a segunda greve de sua gestão (“a primeira,
menos de um mês após sua posse, durou apenas 12 horas”) destacou que antes de
assumir conversou com o Bispo de Volta Redonda, informando entender que o Sindicato
estava fraco e precisava se reerguer e que sugeria que entrassem em estado de greve,
mas se ocupassem a Usina não negociaria.
Na entrevista o presidente Lima Netto deixa em evidência: “Se eles quiserem
quebrar a CSN, acabar com o emprego de 25 mil porque a política da CUT exige
isso, então vamos lá. Não negocio em greve.”
A multidão de
trabalhadores se
comprimia na Vila
Santa Cecília, em
frente ao Escritório
Central da CSN,
quando da realização
de Assembléia Geral,
durante a greve de
1988. Ao alto e a
direita o prédio do
Gacemss.
Foto dos arquivos do
Sindicato dos Metalúrgicos
Alkindar Costa
101
O Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, declara: “Temos
vários dados evidenciadores de que a empresa não está em situação pré-falimentar,
porém mal administrada. Porque ela só faturou US$ 178 milhões em junho, quando
em outras épocas faturava US$ 200 milhões. A CSN terá que admitir que seu pro-
blema é administrativo.”
Na audiência, questionada a desocupação ou não da empresa conforme determi-
nado pelo TST, as verificações foram feitas: só 350 grevistas escalados pelo Sindicato,
de acordo com a CSN, continuaram na Usina, para manter em funcionamento os equipa-
mentos essenciais da área de metalurgia, com revezamento em turno de seis horas.
Jair Meneguelli, presidente da CUT declara que a decisão da diretoria da CSN em
abafar o alto forno nº 3 da usina, faz parte de uma estratégia do Governo para provocar a
falência e acelerar o processo de privatização da empresa e o que objetivava “creditar a
culpa ao Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, caso ocorra qualquer avaria no
equipamento.”
O Sindicato dos Engenheiros de Volta Redonda publica nota esclarecedora sobre o
abafamento do alto forno.
Em 18/07 o presidente do Tribunal de Contas da União, Adhemar Ghisi pediu a CSN
informações sobre possíveis danos causados à empresa pela greve dos metalúrgicos e
o montante dos prejuízos.
O comércio da cidade se mantém aberto mas, no entanto, tenso, com o trânsito
complicado pelo isolamento de diversas ruas.
O advogado do Sindicato dos Metalúrgicos, João Campanário, denuncia que a Polí-
cia Federal e o Exército estariam intimidando Diretores do órgão.
Um protocolo de intenção política apresentado pela CSN começa a ser elaborado,
onde constam: “O Sindicato dos Metalúrgicos admite que a CSN atravessa dificul-
dades financeiras; nada tem a dizer contra a atual diretoria da empresa; e concor-
da com trégua de um ano, período no qual qualquer greve deverá ser precedida
de estado de greve durante sete dias. Após este período, se não houver acordo,
os metalúrgicos comprometem-se a não fazer novas invasões nem piquetes e a
manter em funcionamento os altos fornos e a aciaria.”
Presentes à Reunião o Diretor Administrativo Financeiro da CSN, Wilson Nogueira
Rodrigues, o Assessor Geral de Relações Sindicais, Airton Ciorton, e advogados da em-
presa. Não participaram da reunião, o presidente da CSN e o presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Volta Redonda.
A imprensa noticia em 20/07 que o Sindicato e a direção da CSN não chegaram a
um acordo em 19/07 na terceira e última audiência de conciliação realizada pelo Tribunal
Superior do Trabalho e o seu presidente, ministro Marcelo Pimentel desabafa: “Agora,
só Deus será mediador desse caso.”
O JORNAL DO BRASIL de 20 de julho de 1990, em sua primeira página publica:
“O TRIUNFO FINAL É DO GOVERNO
102 cio, ou até fazê-lo atravessar para fora dela, interditando a Via Dutra.
Volta Redonda Ontem e Hoje
Tem também uma tentativa de criar uma ilusão de ótica - especialidade
do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Wagner Barcelos.
Barcelos tem afirmado, reiteradamente, que a empresa não está
ocupada. “Qualquer companheiro que estiver impedindo a entrada será
expulso do sindicato”, afirmou, ontem, em Brasília. No entanto, qualquer
um que se aproxime do local pode constatar que quem detém o poder
sobre as instalações da CSN é o Sindicato, tanto que tomou a si a tarefa
de emitir senhas sem as quais é impossível penetrar nelas.
O mais amargo para os operários, no entanto, é a evidência cada vez
mais forte de que, por mais que desdobrem suas formas de luta, a
vantagem irremediavelmente estará do outro lado. Desta vez há claros
sinais de que o governo, convencido de que a CSN lhe traz mais
problemas do que resolve, tem um trunfo definitivo na mão
simplesmente, em última instância, dizer “danem-se” e desinteressar-
se da empresa.”
O TST decidiu que a questão entre a CSN e os metalúrgicos só seria definida em
dissídio coletivo, a ser realizado no mês de agosto.
Wagner Barcelos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, após
destacar que o prejuízo de US$ 5,5 milhões da CSN se devia à intransigência da
empresa, destaca: “Eu garanto uma produtividade 20% maior do que a de junho se
a CSN oferecer 70% do reajuste salarial já e reduzir o prazo de reposição das
perdas salariais de 50 para 10 meses.”
O advogado do Sindicato, Ulisses Riedel acusou a CSN de privilegiar os
fornecedores reajustando seus contratos com base no IPC, enquanto se eximia de
conceder 166% de reposição salarial e de pagar os 26,06% do Plano Bresser e 52% do
resíduo da última data-base. Foi contestado pelo Ministro Marcelo Pimentel, alegando que
a empresa tinha um déficit de US$ 4 bilhões.
O secretário de Minas e Metalurgia do Ministério da Infra-estrutura, Luís André Rico
Vicente informou que a CSN estava perdendo vendas para a Cosipa e Usiminas.
A presidência da CSN determina a gravação de pronunciamentos nas Assembléias
dos Metalúrgicos e demonstra que o movimento paredista é político. São divulgados
pronunciamentos de Luiz Antônio Coelho Farla, ex-empregado da CSN, do ativista do
Sindicato dos Metalúrgicos de Santos (SP), Edgar dos Santos, “Toquinho, vice-presiden-
te do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, do presidente da CUT
estadual, Jaime Santiago, do deputado Lisâneas Maciel (PDT-RJ), Wagner Barcelos,
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, do deputado federal Edmilson
Valentim (PC do B-RJ), do ativista do Sindicato dos Metalúrgicos, Cláudio José da Silva
Cruz, o “Baianinho”, de Carlos Santana, presidente do Sindicato dos Ferroviários do Rio e
do ativista do Sindicato dos Metalúrgicos Jorge Monção Ferreira.
A direção da CSN em documento com oito páginas, em 19/07 demonstrou ao
Tribunal Superior do Trabalho uma dívida estimada em US$ 2,6 bilhões e com uma parcela
de US$ 1,4 bilhão já vencida. O maior credor era o Governo do Rio (US$ 225 milhões), o
segundo o Banco do Brasil (US$ 132 milhões). A Light registra um crédito de cerca de
US$ 50 milhões e o próprio IAPAS que era o Governo Federal, US$ 75,8 milhões.
O documento que escala três grupos, apresentou como segundo maior credor o
BNDES (que já teria de ter recebido US$ 95,1 milhões e tinha a receber outros US$ 312,2
milhões).
Alkindar Costa
103
Por último, no terceiro grupo, as dívidas a pagar com receitas próprias era o caso
dos seus próprios funcionários, onde a CSN já tinha sido condenada a pagar US$ 130,4
milhões.
Em 20/07, cinqüenta grevistas da CSN foram escalados para atender a duas or-
dens de serviço da Fábrica de Estruturas Metálicas (FEM), subsidiária da Companhia
instalada no interior da Usina Presidente Vargas, para evitar que a fábrica pudesse falir.
Com a greve deflagrada a FEM teve de interromper 13 contratos de serviços cujos prazos
de entrega estavam esgotados.
O Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda declarou então que
salvar a FEM era uma questão de sobrevivência, concluindo: “Temos que salvar a
FEM, que entrou agora no setor de estacas de aço substituindo as de cimento, nas
bases dos prédios, fazendo com que o Ermírio de Morais criasse um caso com a
CSN. A FEM rompeu com os cartéis de cimento.”
Todavia ficou determinado que os 50 metalúrgicos que trabalhariam na FEM seriam
administrados por integrantes do comando de greve, não permitindo a entrada no local de
chefes e engenheiros.
Em 20/07 reunião de Assembléia resolveu paralisar as atividades comerciais da
cidade, como forma de pressionar a direção da CSN a ceder às reivindicações dos
trabalhadores. A Associação Comercial, Industrial e Agro-Pastoril de Volta Redonda
declarou que os comerciantes não deveriam participar do protesto dos metalúrgicos e o
Sindicato dos Empregados do Comércio declarou-se favorável ao movimento.
O JORNAL DO BRASIL, edição 21/07/1990, na página 8 do primeiro caderno,
publicou “Ilusão Revolucionária”, onde considerava:
“...Por trás do confronto, a CUT faz o investimento político de risco e
aposta as sua fichas num incidente com sangue e tiros. A teoria
revolucionária que empolga a CUT precisa criar um fato que envolva
todo o país. Já para o governo federal a situação é mais cômoda: não
precisa ser um protagonista direto, como aconteceu no governo
passado, quando da outra ocupação da usina. A situação se resolverá
sozinha, sem que o governo se intrometer, pelo lado pior. Volta Redonda
vai acabar fechada pelos grevistas: o prejuízo crescente trará a solução.
.................................................................................
Mas a questão é mais ampla do que a visão do confronto. Para o Estado
do Rio, é uma verdadeira calamidade o descalabro da CSN, que é o
marco de fundação da indústria pesada brasileira, nos anos quarenta.
Volta Redonda é segundo recolhedor de ICMS no estado, só perdendo
para a Petrobrás. A sua importância não garante ao sindicato dos
metalúrgicos a impunidade para insistir em pleitear mais do que a em-
presa tem condições de oferecer, dada a situação a que chegou por ter
excesso de empregados. Não se conhece qualquer protesto da CUT
pela interferência política na gestão da usina, nem contra o excesso de
gastos.”
.................................................................................
“O sindicalismo de ecos quer atordoar os metalúrgicos com o
irracionalismo de palavras de ordem que tem o objetivo de deflagrar
uma revolução pela greve, a partir de Volta Redonda.”
104 Volta Redonda Ontem e Hoje
.................................................................................
“A solução passa a depender dos empregados da CSN, se entenderem
a tempo que estão sendo levados a uma aventura que reserva dificulda-
des para eles e, para alguns espertos, os votos na eleição deste ano.
Volta Redonda tem mais a perder com essa dança imprudente à beira
do abismo.”
“Nos 24 anos em que estou aqui, é a primeira vez que vejo esse clima
de insegurança e intranqüilidade. Embora considere a impunidade a
grande causadora do aumento de violência. A política não apura, não
prende ninguém. O mais doloroso é que os responsáveis pela CSN apre-
goam a privatização da usina sem sequer ter a certeza de que ela será
concretizada.”
O candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, deputado Ronaldo Cezar
Coelho em 22 de julho, em São João de Meriti declara:
“Não permitirei que façam de Volta Redonda o palco de mais um con-
fronto. Pretendo ir até lá para evitar que interditem a estrada. Eles estão
atrás de mais um cadáver, querem a intervenção do Exército, pois pro-
curam outra tragédia com objetivo eleitoral.”
Alkindar Costa
105
A Empresa anunciou que não efetuaria o pagamento dos metalúrgicos enquanto a
greve persistisse. Além de estar com o prédio do Escritório Central interditado por pique-
tes, os três dos últimos 50 bancos que ainda compravam as duplicatas dos clientes da
CSN, se recusavam a fazer a transação devido a paralisação.
Ronaldo Cezar Coelho tenta em contato telefônico com o Presidente da CSN e
com o Bispo Dom Waldyr Calheiros de Novaes, pleiteando ao último intermediar uma
solução para a greve. Nelson Carneiro declara a pretensão do seu banco para solucionar
a crise.
Grevistas deliberam sobre a paralisação das atividades do comércio, por um dia e
Luiz Alberto Leite, Secretário Municipal de Finanças licenciado e candidato a deputado
federal, lança manifesto contestando a ação da CUT e conclamando a Comunidade a
examinar a situação. Destacando que a população estava com medo e do treinamento de
segurança na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, no bairro Retiro, Luiz Alberto Leite
proclama: “Ou acabamos com a CUT ou a CUT acaba com Volta Redonda.”
O articulista Walter Naves na edição de 24 de julho do Jornal do Vale, faz considera-
ções sobre a entrevista do presidente da CSN no Jornal do Brasil, na matéria com o título
“CSN e a irresponsabilidade da CUT”.
Um grupo denominado “Parlamentar Siderúrgico”, integrado pelos deputados fede-
rais Bocayuva Cunha, Israel Pinheiro Filho e Ronaro Correa, reunidos no Rio de Janeiro,
examinaram a situação.
Em 25/07 os órgão de informação detalham denúncia do Sindicato dos Metalúrgicos
de Volta Redonda que no dia 21/07 (sábado) um “homem descalço e maltrapilho inva-
diu a Sub-estação de Energia Oeste da CSN e desligou a chave de força, fugindo
antes que os metalúrgicos de plantão pudessem alcançá-lo.”
Em 25 de julho o comércio de Volta Redonda fechou.
Nos jornais a informação de que o comércio havia aderido ao movimento, fechando
as suas portas. Todavia a situação foi bem outra.
Os que se aventuraram a abrir as portas, foram forçados a fechá-las sob ameaças.
Na Avenida Amaral Peixoto, no começo da manhã, um pequeno grupo, inclusive com a
participação de mulheres, gritava pelo fechamento de portas comerciais, enquanto que
os políticos que comandavam o movimento alertavam: “Estamos indo, mas se souber-
mos que alguém está funcionando, voltaremos.”
O povo amedrontado se recolheu e o comércio foi fechado à força. A Prefeitura
Municipal de Volta Redonda se constitui em uma trincheira contra o fechamento, manten-
do suas portas abertas.
No entanto dois telefonemas anunciavam que uma bomba explodiria no prédio que
foi, por determinação do Prefeito Wanildo de Carvalho, esvaziado. Por volta das 17 horas
policiais militares, bombeiros e guardas patrimoniais da Prefeitura, após uma completa
vistoria, deixaram o prédio com uma caixa de isopor lacrada com fita crepe que, ao ser
aberta, estava vazia.
O objeto foi deixado numa das caixas de incêndio do segundo andar, próximo à
porta do Gabinete do Prefeito.
O número reduzido de ônibus em circulação contribuiu para que a cidade ficasse
praticamente deserta.
Alkindar Costa
109
Brasil “uma daquelas estátuas do Lênin que foram derrubadas”. Em 16/08/1990 Márcio
Moreira Alves no artigo publicado no JB sob o título “Livro Guiness de Recordes, categoria
besteirol”, onde declara, referindo-se ao fato:
“Wagner desperdiçou a sua chance. Declarou-se trotskista, opção
ideológica tão excêntrica como se optasse pelo antropofagismo, propôs
uma coleta na cidade para importar uma das estátuas de Lenin que
andam sendo derrubadas na Europa do Leste, um investimento de
duvidoso retorno e, finalmente, disse que o resultado da greve não lhe
interessa. O que lhe interessava era desmascarar o governo Collor. Essa
declaração, além de ser uma gigantesca besteira, é uma falta de
respeito para com o sofrimento dos seus companheiros de trabalho e
uma demonstração de desinteresse pela CSN, demonstração
frontalmente contraditória com a sua condição de líder sindical.”
Em 06 de agosto o Jornal O DIA anuncia que mantimentos foram doados aos
metalúrgicos, registrando 5 toneladas de macarrão da Prefeitura de São Fidelis, 1,5
tonelada de feijão da Prefeitura de Ipatinga e 480 latas de leite de São José dos Campos,
fora os donativos que chegaram do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e do Rio.
Em 07 de agosto a imprensa noticia que em razão da greve na CSN a Nestlé, uma
das maiores empresas do setor alimentício, iria importar folhas de flandres, utilizadas
para a confecção de embalagens de seus produtos. Por outro lado a Usiminas anuncia
estar operando com sua capacidade máxima, também em razão da greve na CSN.
O Presidente da CUT, Jair Meneguelli pediu aos metalúrgicos da CSN que
mantivessem a greve, prometendo-lhes todo o apoio.
Em 07 de agosto, os metalúrgicos apresentaram em Brasília, o plano de
saneamento financeiro da CSN à Comissão Econômica do Congresso e ao Tribunal
Superior do Trabalho, elaborado pelo Deputado César Maia e auxiliado por Aluízio
Mercadante, embrionário do Sindicato dos Metalúrgicos e do Sindicato dos Engenheiros.
O porto de Angra dos Reis registra uma queda de cerca de 80% de suas
exportações, refletindo no comércio local.
Em 08 de agosto o Tribunal Superior do Trabalho julga abusiva a greve dos 22 mil
metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional e aprova, por sete votos contra dois,
proposta de reajuste de Cr$ 6 mil a Cr$ 12 mil de acordo com a faixa salarial, sem
reposição de perdas anteriores ao Plano Collor.
“O TST recusou, pela primeira vez, a reivindicação de 166% pedida por
um sindicato, referente à reposição de perdas salariais do IPC acumula-
do de março e abril deste ano.”
O Ministro Marcelo Pimentel foi incisivo nas questões de abuso e ilegalidade da
greve, dos danos à maquinaria e prejuízos causados à empresa. Alegou irresponsabilidade
e selvageria praticada pelos grevistas e posicionou-se contra a reposição salarial pelo
IPC acumulado, como queriam os metalúrgicos.
“O voto de Pimentel foi seguido por seis ministros: o presidente do
TST, Marco Aurélio Prates de Macedo, Wagner Pimenta, Hylo Bezerra
Gurgel, Antônio Amaral (classista que representa os empregadores),
Almir Pazzianoto e Guimarães Falcão. Os dois ministros dissidentes
foram Norberto Silveira (classista que representa os empregados) e
Orlando Teixeira da Costa. A votação foi a mesma tanto para julgar a
110 Volta Redonda Ontem e Hoje
ilegalidade e abuso do direito de greve quanto para a questão salarial”.
A decisão que quebrou uma tradição de 47 anos, deixou evidente que para futuro, o
trabalhador só receberá o que estiver no limite da realidade econômica da empresa.
Tomando conhecimento da decisão, os metalúrgicos deliberaram continuar a gre-
ve, enquanto que a direção da CSN anuncia que os dias parados serão descontados.
O ministro Marcelo Pimentel considera que a decisão do TST dá poderes à direção
da empresa para demitir até os trabalhadores que fazem parte da direção do Sindicato
dos Metalúrgicos de Volta Redonda, sem aguardar a publicação da certidão ou acórdão
do julgamento.
O Jornal “FOLHA DE SÃO PAULO”, de 11/08/90 considerou condenável a decisão
dos trabalhadores da CSN em permanecerem em greve, representando um desrespeito
à decisão do Tribunal. Destacou que “não há conduta civilizada possível se os pode-
res constituídos passam a ser respeitados apenas, quando satisfaçam integral-
mente as reivindicações apresentadas”, o que representaria uma desordem jurídica
incompatível com o fortalecimento de instituições democráticas.
O presidente da CSN, em 09/08/
90 garante que abriria inquérito para
apurar “os excessos e abusos”
A foto de
cometidos durante o movimento e que João R. Ripper,
poderia punir os responsáveis, inclusive registra o
momento da
dirigentes sindicais, com demissão. ocupação da
Companhia
O jornal “O GLOBO” edição de Siderúrgica
11/08/90 informa que “Assembléia de Nacional pelos
grevistas da CSN acaba em pancada- metalúrgicos na
greve de 1988.
ria” e que o Sindicato dos Metalúrgicos
de Volta Redonda perdeu o controle da
Assembléia e operários agrediram as
equipes de reportagem que estavam no
local, entre eles um fotógrafo de O
GLOBO, um cinegrafista e dois auxili-
ares da TV Manchete, que ficaram hos-
pitalizados.
Em 11 de agosto de 1990, numa
Assembléia de pouco mais de 15 mi-
nutos, os metalúrgicos decidiram vol-
tar ao trabalho. 31 dias haviam se pas-
sado e registrando um prejuízo de US$
50 milhões ou 3,6 bilhões de cruzeiros
e uma perda de faturamento de US$
170 milhões ou 12,2 bilhões de cruzei-
ros, além de 2/3 de clientes que pas-
saram a requisitar os serviços da
Usiminas e Cosipa.
A imprensa noticia que “foi uma
derrota para os sindicalistas de Vol-
ta Redonda, que liderados pela Cen-
tral Única dos Trabalhadores (CUT)
Alkindar Costa
111
pensaram em dobrar a empresa com uma greve de até seis meses. Foi um fim
patético com metalúrgicos chorando ao som do Hino Nacional e do Hino
Internacional Socialista.”
Na ocasião o Diretor do Sindicato Luiz Albano admitia a derrota mas dizia que a
categoria não aceitaria perseguições”
“A empresa tem todo o direito de nos derrotar, mas não tem o direito
de nos humilhar.”
Alkindar Costa
113
MEMORIAL “9 DE NOVEMBRO - CONSTRUÇÃO, EXPLOSÃO E
REERGUIMENTO
O Monumento “9 de
Novembro” antes da
explosão em
1º de maio de 1989.
Foto de Oscar Cabral
A idéia concebida foi a de uma placa de concreto de 2,50 m de altura, que seria
afixada sobre a lâmina vertical de 3 metros de altura, também de concreto, que configura
o monumento. Nessa placa seriam gravados três corpos na vertical, que seriam trespas-
sados por uma lança de 6,76 m. No ponto onde ela atravessaria o coração de um dos
corpos, haveria uma forma triangular vermelha sugerindo sangue. Por cima dos corpos,
uma faixa azul, sinuosa, bem no estilo das formas ondulantes e abstratas que caracteri-
zariam a obra. O monumento ficaria dentro de um espelho d’água, outra característica
para refletir seus contornos.
Ao concluir o projeto, Oscar Niemeyer assinou:
“A William, Walmir e Barroso. Nossos companheiros assassinados na
greve de novembro de 1988.”
A praça onde o monumento seria erguido, registra cerca de 4 mil metros quadra-
dos, com urbanização e adequada para concentrações: uma parte com as característi-
cas típicas de uma praça e o resto reservado a uma grande área aberta, com tribuna fixa
em concreto para quem desejar falar.
O monumento foi
explodido em
02/05/1989.
Logo em seguida,
surgiram as
pichações, sob a
alegação que
representavam
protestos.
Revista Veja
Foto Antônio Milena
Alkindar Costa
115
Por determinação do Delegado, a área do monumento foi cercada com cordas
pelos bombeiros. No entanto, as saídas da cidade não foram fechadas nem foram feitas
revistas em carros considerados suspeitos.
O Secretário de Polícia Civil, Hélio Saboya avisado do acontecimento, determinou o
Delegado Juremir Batista, da Coordenadoria de Apoio Operacional (CAO) e dois peritos
do Serviço de Recursos Especiais para fazerem a perícia e acompanharem as
investigações.
Enquanto isso, o Presidente Regional da CUT e do Sindicato da Construção Civil,
Dejair Martins e o Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Luiz Antônio
Vieira Albano atribuíam o acontecimento à extrema-direita.
Os peritos da Coordenadoria de Apoio Operacional da Polícia Civil, depois de
analisarem o material encontrado, constataram tratar-se de uma carga de dez quilos de
explosivo (uma espécie de lama plástica usada nas pedreiras) encontrada intacta sob o
monumento. Informaram que eram duas cargas, cada uma de dez quilos, mas apenas
uma delas detonou.
O perito Paulo Alberto Malaz de Sá, da Seção de Desativação de Explosivos da
Coordenadoria de Apoio Operacional da Secretaria de Polícia Civil, declarou que o traba-
lho foi feito por especialistas, que tiveram o cuidado de colocar cordas de nailon e cordel
detonante, coisa que não ocorre nas bombas de fabricação caseira.
A segunda bomba só foi descoberta quando o lago foi esvaziado. Entre os
fragmentos foram recolhidos no local tiras de tecido verde-oliva, de nailon, três arruelas e
o resto de uma mola, correias de alças de bolsas, também em tecidos verdes camuflados,
plásticos de cor preta e estilhaços de metais, pedaços de papel manilha com a inscrição
Imbel e uma sacola contendo 7,15 quilos de material plástico de cor azul escura e preta
envolto em cerca de três metros de fio na cor amarela, além de três pedaços de cordas
de espessuras diferentes que fixavam o conjunto do artefato explosivo.
As principais autoridades do país se pronunciaram sobre a explosão do
monumento “9 de Novembro”. O Conselho seccional da OAB/RJ divulgou nota pública
repudiando o acontecido.
As famílias dos metalúrgicos homenageados no Monumento se pronunciaram e a
mãe do operário Walmir declarou:
“ Construíram o Memorial sem nos perguntar. Eu não queria porque ia
ficar lembrando tudo o que aconteceu. Primeiro eu achava que era um
busto do Walmir e aí me preocupava porque não ia mais querer passar
na praça.”
O arquiteto Oscar Niemeyer ao tomar conhecimento da explosão do Monumento
por ele concebido, reagiu com um sonoro palavrão.
Ele pegou um papel timbrado do Carlton Hotel, onde estava hospedado, e
desenhou o que imaginou ter restado do Monumento: lápides derrubadas e o sangue dos
três operários mortos derramado no chão. Embaixo escreveu: “O Monumento aos mortos
na greve de 88 ficará na memória do povo brasileiro como prova do que a
ignorância e o reacionarismo são capazes”.
O Delegado Juremir Batista, Diretor da Divisão de Recursos Especiais garantiu
que o material usado na exploração era de produção industrial e esclareceu que somente
fábricas licenciadas poderiam produzir o artefato.
Esboço de Oscar
Niemeyer ao tomar
conhecimento da
explosão.
Em 15 de maio de 1989 o Jornal O GLOBO noticia que foram quatro e não duas,
como a Polícia divulgava inicialmente, as bombas colocadas no memorial “9 de
Novembro”. Das quatro, três explodiram e uma foi encontrada intacta sob a base do
monumento e que todas foram confeccionadas com um tipo de explosivo denominado
Plastex, fabricado exclusivamente pela fábrica Presidente Vargas da Indústria de Material
Bélico do Brasil (Imbel), controlada pelo Exército.
O laudo apresentado constou de 27 páginas, divulgadas em 14 de maio de 1989
pela Secretaria de Polícia Civil, assinado pelos peritos Tomás Medeiros de Mello, César
Tadeu Pereira e Carlos Alberto Maulaz de Sá que sugeriram que a Imbel fosse “solicitada
oficialmente” a informar para quem fornece o Plastex.
Antônio Acácio Assis Rabelo, com antecedentes criminais registrados na DP de
Volta Redonda, segundo o Jornal O GLOBO, de 19/05/89 declarou que os envolvidos na
explosão do monumento eram militares. Seu depoimento não foi considerado em razão
do descrédito que lhe foi atribuído.
Jorge Calabri tentou vender uma informação ao JORNAL DO BRASIL, fato que
apurado, levou-o a descrédito. Outro nome, o de Nei Mohn foi apontado, sendo afastado
posteriormente nas investigações.
Alkindar Costa
117
Em 05 de agosto de 1989 uma carta foi noticiada nos jornais da Cidade, com
autoria atribuída a Flávio Pereira (nome provavelmente fictício) e foi postada em São Paulo.
O documento constatado posteriormente como anônimo, era ameaçador, destacando
que o monumento seria explodido novamente, se reerguido.
Em 9 de agosto de 1989 o JORNAL DO BRASIL anunciava as providências de
reerguimento do memorial.
O memorial, depois de 5 horas trabalho, das 12:20 às 17:30 horas, foi reerguido ao
som do Hino da Internacional Socialista, em operação testemunhada por cerca de 500
pessoas. O Presidente eleito do Sindicato dos Metalúrgicos, Vagner Barcelos declarou
que ficaria acampado por 30 dias junto ao monumento. O serviço de montagem foi
realizado pela firma Servi-Sá, por uma importância declarada de NCz$ 3.300 à vista.
Em 12 de agosto de 1989 o memorial foi reinaugurado às 15:00 horas, sob a
proteção de forte, mas discreto, aparato policial, com 140 homens da Polícia Civil além de
10 agentes da Polícia Federal e mais 120 metalúrgicos que participaram da operação
montada pelo Sindicato. Cerca de 2.000 pessoas compareceram ao ato de reinauguração,
registrando a presença de Luiz Carlos Prestes e Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 23 de setembro de 1989, o número 827 do Jornal do Vale apresentou
declarações de que a família do metalúrgico Walmir de Freitas Monteiro não queria que a
rua em que morava o rapaz fosse rebatizada com o seu nome e a tia Maria Denilza
Freitas, deixava patente:
“Se tinham que fazer alguma coisa pelo Walmir era enquanto ele estava
vivo. Homenagear depois de morto é conversa fiada.”
Em 9 de novembro de 1989 foi lançada a produção de Eduardo Coutinho, “Volta
Redonda/Memorial da Greve”.
E o monumento ganhou uma nova placa:
“Nada, nem a bomba que destruiu este monumento, conseguirá deter
os que lutam por justiça e liberdade social.”
E o busto do General Edmundo de Macedo Soares e Silva, que havia sido retirada
da praça em 15 de julho de 1989, passou a ser vista em frente ao escritório central da
CSN, sob a responsabilidade da empresa.
O ato constou com a presença do homenageado, então com 88 anos de idade. Os
ex-funcionários foram representados pelo veterano Antônio Carlos Gonçalves Pena.
O busto foi erguido num pedestal de aço cor-ten, resistente à corrosão e à tensão.
Para descerrar a placa comemorativa, foi convidada a esposa de Macedo Soares, Alcina
Macedo Soares, também ex-funcionária da empresa e seu filho Edmundo agradeceu em
nome da família
Marcelo Caneiro
pertenciam ao NOBISTOR, navio O Capitão Militar
de bandeira panamenha Dalton, deu um
apreendido em Niterói, em 1986 depoimento inusitado
ao Jornal do Brasil, em
( o navio vinha da Argentina com 14/03/1999, imputando
armamento que iria para o ao Exército Brasileiro
a destruição do
governo de Gana, na África, mas monumento erguido em
que ficou com o Exército. As Volta Redonda.
mochilas, levadas para o
Batalhão de Forças Especiais,
eram usadas para enchimento
para explosivos)”.
Alkindar Costa
119
O promotor João Rodrigues Arruda, indicado para acompanhar o IPM de Volta
Redonda, declarou na edição de 22/03/1999 do Jornal do Brasil: “Este IPM não repetirá a
fraude do IPM do Riocentro.”
A Câmara dos Deputados e a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
tomaram providências para criação de comissões para acompanhar o inquérito sobre
explosão do monumento de Volta Redonda. Em Brasilia, a iniciativa foi do Deputado
Federal Paulo César Baltazar da Nóbrega e na Assembléia Legislativa, do Deputado
Estadual Nelson dos Santos Gonçalves.
Alkindar Costa
121
O gerente geral de recursos humanos da CSN, Luiz Xavier, é da mesma
opinião. Para ele, isso pode ser obra de algum irresponsável que esteja
aproveitando para brincar com uma situação, que já é tensa.
Um embrulho encontrado no térreo pelos bombeiros e que chegou a
assustar os funcionários, nada mais era do que uma caixa de luz em-
brulhada num papel pardo. Segundo Xavier, a pessoa que ligou para a
Escola sequer conhecia o imóvel, pois afirmou que a bomba estaria no
segundo andar, enquanto o prédio não tem lances muitos definidos.
Suas salas estão localizadas em diferentes níveis”.
Alkindar Costa
123
A determinação de extinção da Siderbrás representava o primeiro passo para a
privatização das siderúrgicas estatais.
Em Volta Redonda as ameaças do Sindicato dos Metalúrgicos no sentido de ocupar
a CSN, ganhavam corpo.
O Presidente da CSN, Roberto Procópio de Lima Neto procurava colocar em dia o
pagamento dos servidores da empresa.
A decretação do Plano Collor já representava o cancelamento de 80% das
encomendas de aço da CSN e os pátios da empresa ficavam com o estoque no limite de
200 toneladas em Volta Redonda.
A direção da empresa resolveu paralisar diversos equipamentos, antecipando a
manutenção, representando a colocação de cerca de 2.500 empregados em “cursos”
para serviços ou até mesmo mandados para casa.
Parados o laminador de tiras a quente 2, duas linhas de decapagem, os laminadores
de tiras a frio 2 e 3, as linhas de zincagem contínua 2 e 3, três linhas de recozimento
contínuo, uma linha de preparação de bobinas e as três linhas de estanhamento eletrolítico.
A comunidade discutia a crise na Siderúrgica, estabelecendo um “Forum de Deba-
tes”, reunindo-se extraordinariamente na noite de 03 de abril de 1990 na Cúria Diocesana.
O Presidente da CSN anunciou que 1.300 funcionários ligados às empreiteiras fo-
ram demitidos e que esse número deveria chegar a 5.000, atingindo em maiores propor-
ções os escritórios de Volta Redonda e Rio, com previsão do fechamento das minas de
carvão de Santa Catarina.
A FEM ficou na expectativa, enquanto que o Hospital da CSN entrou nas cogitações
de passar para a Prefeitura Municipal.
O Presidente Lima Neto, uma semana depois de empossado, enumerou o que
chamou de os três primeiros problemas que seriam atacados pela Diretoria:
1 - enxugamento da estatal;
2 - regularização da comercialização, e
3 - dissolução do cartel do transporte do aço.
Paralelamente declarava a Imprensa:
“Eu temo que a CSN esteja sendo vista como um pião nacional” onde prevale-
ciam os interesses de políticos interessados no fechamento da estatal, como forma de
beneficiamento nas eleições previstas para outubro.
Ficava também a denúncia de que a Companhia Siderúrgica Nacional, “transferiu,
em dez anos, US$ 10 bilhões a grupos privados nacionais e internacionais através
da defasagem fabricada por autoridades do governo no preço do aço” (Opção nº
1.128)
Diante das promessas de greve com ocupação da Usina por parte do Sindicato dos
Metalúrgicos, o presidente Lima Neto destacou que ele e os demais diretores iriam para o
Rio, só voltando quando a Empresa estivesse desocupada, prometendo que não chama-
ria força policial para tirar ninguém.
O Presidente da CGT de Volta Redonda, Luiz Lopes Netto comunicou que após
trabalho de especialistas em geologia, que as minas de ferro que a CSN estava fechando
em Santa Catarina, apresentavam farelos de ouro que, se aproveitados trariam um
124 Volta Redonda Ontem e Hoje
faturamento de US$ 80 milhões. Na ocasião entregou ao presidente da CSN um dossiê
contendo casos de corrupção na Empresa.
O Presidente da Associação Comercial, Industrial e Agro-Pastoril de Volta Redon-
da, Edir Maurício Moreira, em 30 de abril de 1990 encontra-se com o Presidente da CSN,
às 14 horas no Escritório do Rio, quando discutem sobre os impactos na economia do
município em razão das medidas adotadas pela Siderúrgica.
Edir Maurício enfocou que a “CSN não dá preferência à firmas de Volta Redon-
da” e que em 1989 as compras da Companhia de material de consumo atingiram NCz$
900 milhões e que deste valor, apenas NCz$ 50 milhões foram gastos na Cidade do Aço.
Disse que só em ICM, a CSN enviou para São Paulo no ano de 1989, o equivalente a 30
orçamentos de Volta Redonda.
Em 1º de maio de 1990, o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola pregou a
mobilização contra a privatização da CSN.
Em 4 de maio de 1990 a CSN terminou de pagar seus funcionários em Volta Redon-
da, totalizando uma folha de Cr$ 1,3 bilhão, incluindo encargos, o que foi conseguido sem
nenhum empréstimo bancário e através da exportação de produtos que estavam enca-
lhados nos pátios da Empresa.
A CSN já reativava a Laminação de Tiras a Quente.
A imprensa noticiava que as demissões seriam em torno de 5.600 empregados.
O Jornal Opção nº 1.129, publicou em sua página 15, as declarações do metalúrgico
Maurício de Almeida, quando destacou:
“Os políticos incharam a empresa, ganharam votos, se enriqueceram
cada dia mais e quem paga a conta por esses desmando são os traba-
lhadores.”
O Jornal do Vale, nº 920 de 19 de maio de 1990 publicou o plano de saneamento da
CSN e que foi apresentado ao Sindicato que já havia promovido um movimento de ocupa-
ção da Empresa.
Entrega do Hospital da Siderúrgica Nacional à Fundação General Edmundo Macedo
Soares, a venda das minas de ferro, localizadas em Minas Gerais, a transferência da
Escola Técnica para o Senai e o repasse de ações da Empresa, como forma de paga-
mento da Girafa e do Plano Bresser, foram alguns dos pontos enfocados.
Em 15 de maio de 1990, liderados pelo Departamento dos Aposentados do Sindica-
to dos Metalúrgicos e com o apoio da CUT, aposentados de Volta Redonda ocuparam o
prédio da Caixa Beneficente dos Empregados da CSN, como forma de demonstração de
revolta diante do atraso do pagamento dos benefícios do mês de abril. O movimento se
estenderia ao fechamento do Sider Shopping, o que foi contornado posteriormente.
A ocupação da CSN verificou-se em 14 de maio de 1990, a partir das 5 horas da
manhã, com a presença do Sindicato, associações de moradores e ativistas nas quatro
entradas da usina.
Como conseqüência, o número de demitidos foi reduzido de 2.400 para 1.375.
A partir de 24 de maio de 1990, os funcionários licenciados na CSN anunciaram que
iriam armar acampamento em frente ao Escritório Central, como forma de pressionar
contra as demissões anunciadas para dentro de 30 dias. A decisão inicial foi a de
acampar “próximo ao Escritório”, no entanto o que se verificou posteriormente, foi o
Alkindar Costa
125
“acampamento usando a própria avenida”, o que representou sérios transtornos para o
trânsito da Cidade, sem que se verificasse qualquer providência por parte das autorida-
des legais.
Na mesma ocasião, cerca de 1.200 funcionários da empreiteira Montec, em greve
comprometiam as obras de recuperação do alto-forno 2 da CSN.
Os jornais anunciavam que a empreiteira já havia recebido um adiantamento de
US$ 45 milhões.
O Presidente Roberto Procópio de Lima Neto, afirmou ao jornal “Opção” nº 1.132,
que o processo de demissões na empresa estava terminado:
“Demitimos 2 mil pessoas em Santa Catarina; entre Volta Redonda e
Rio, 1.375 de funcionários da CSN e mais quase 1.500 de pessoal de
empreiteira, o que dá 4.900 aproximadamente.”
O fato gerou protestos e ninguém soube identificar o autor da proeza, muito embora
a avenida em frente ao Escritório Central estivesse ocupada por inúmeras barracas.
Em 07 de junho o Governador Moreira Franco visita Volta Redonda, nas comemora-
ções da Semana do Meio-Ambiente e encontra-se com o Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos, destacando serem aliados na luta contra a privatização da CSN.
O acampamento em frente ao Escritório Central, abrigando 40 famílias, passou a
gerar protestos e a requerer a atenção das autoridades competentes. A partir de 19 de
Junho o acampamento começou a ser desarmado.
A CSN decide cortar 48 cargos de gerência da empresa e aprova o fechamento do
Escritório em Nova York.
Em 1º de setembro de 1990 o Presidente Lima Neto comparece ao auditório da
Associação Comercial, Industrial e Agro-Pastoril de Volta Redonda, onde relatou a
situação da CSN e o processo de privatização.
Relembrou na ocasião o seu pronunciamento sobre a ação do Sindicato dos
Metalúrgicos e a posição da Igreja, considerando:
“Depois de passar 19 séculos defendendo os ricos ela agora defende
os pobres. A igreja fala o que é pobreza mas não apresenta soluções
para se sair da pobreza.”
Alkindar Costa
127
A Companhia anuncia o desejo de manter fechadas as duas minas de carvão de
Criciúma, em Santa Catarina e de não vender as minas de Congonhas e de Lafayete para
a Companhia Vale do Rio Doce.
Paulo Yoshida, Diretor Comercial da CSN altera a programação até então atendida
entre a empresa e as transportadoras e distribuidores de aço e aumento do faturamento
da siderúrgica.
Depois da alteração dos planos “qualquer pessoa pode comprar aço direta-
mente da CSN, desde que adquira uma quantidade mínima que viabilize a produ-
ção; o distribuidor primeiro tem que pagar pelo aço à CSN para depois recebê-lo
em 60 dias; o distribuidor continua revendendo a chapa zincada a 1.404 dólares,
mas a CSN joga um aumento de 50%, forçando o distribuidor a comprá-la por 1.053
dólares.”
A partir de 03 de setembro os funcionários que estavam de licença remunerada
começaram a receber suas cartas de demissões, em uma listagem fixada em 1.256
servidores.
Em 05 de setembro o Deputado Federal Francisco Dornelles, na solenidade de
entrega de carteiras de novos advogados, em Volta Redonda, acusou os governos fede-
ral e estadual e a CUT pela crise financeira da CSN, informando que como forma de
sanear a empresa dava destaque a expulsão dos ativistas das portas da Usina e, diante
de uma nova greve, a mobilização da população para impedir qualquer tipo de paralisa-
ção.
Em 12 de setembro, a juíza da 2ª Junta de Conciliação e Julgamento do Ministério
do Trabalho, concedeu liminar reintegrando os doze membros da CIPA da CSN, fazendo
retornar às atividades: Carlos Alexandre Honorato, Carlos Augusto dos Santos, Geraldo
Wagner de Morais, Daniel Rodrigues, Jorge Monção Ferreira, José Maurício Baptista, Luiz
Carlos Andrade Vieira, Nilson Carneiro Sales, Sebastião Machado, Manoel Isaac Moura,
Haroldo Tavares e Tarcísio Xavier Pereira.
Em 17 de setembro, a direção da CSN apresenta à Comissão de Desestatização
do Banco Nacional de Desenvolvimento Social, o plano de privatização da estatal.
Empregados da COBRAPI se dividem quanto a compra da empresa.
Em 09 de novembro o Sindicato dos Metalúrgicos não consegue público na Praça
Juarez Antunes junto ao monumento em homenagem a William, Valmir e Barroso, passa-
dos dois anos de falecimentos. O Sindicato não conseguiu alugar um telão para exibir
vídeos sobre a luta dos metalúrgicos em Volta Redonda e o culto ecumênico programado
não foi realizado.
A proposta do deputado federal César Maia (PDT) de trocar a dívida passada da
CSN, pela execução da Linha Vermelha, uma via paralela à Avenida Brasil no Rio de
Janeiro, não foi recebida com agrado pelo Governador Moreira Franco.
Em 27 de novembro de 1990, por volta das 14 horas, um incêndio começou nas
linhas três e quatro do setor de recapagem da Usina Presidente Vargas (CSN), destruin-
do-as parcialmente e representando um prejuízo de US$ 200 milhões. O fogo queimou
toda a parte elétrica e o sistema de computação da seção de saída das duas linhas.
O fato representava 360 mil toneladas de folhas de flandres e laminados que deixa-
riam de ser produzidas. O incêndio só foi controlado cerca de sete horas depois, por
dezenas de soldados do Corpo de Bombeiros de Volta Redonda e Barra Mansa.
Alkindar Costa
129
As seis válvulas de emergência na Bateria de Coque nº 5, foram fecha-
das, provocando um resfriamento da unidade.”
O Jornal do Vale, edição nº 1.011 de 05 de janeiro de 1991, anuncia que “Homens
renderam guardas durante incêndio na usina.”
“No momento em que a equipe de combate de incêndio da CSN tentava
debelar o fogo que atingia a linha de decapagem da Usina Presidente
Vargas, no dia 27, três homens são suspeitos de terem sido os provoca-
dores do incêndio.”
Dois usavam uniformes da empresa e “chegaram ao almoxarifado no momento
em que uma equipe de combate a incêndios foi buscar filtros novos para as másca-
ras contra gases dos bombeiros. Toda a equipe foi rendida, juntamente com os
guardas que vigiavam o local.
Não se sabe com exatidão o que os três homens armados pretendiam fazer
no almoxarifado, pois logo em seguida uma patrulha da Guarda Patrimonial da CSN
se aproximou do local e os três homens fugiram da usina, levando as armas dos
guardas que foram rendidos”.
Na mesma edição o jornal informa que uma nova sabotagem foi apurada.
“O fato ocorreu pouco antes da entrada em funcionamento da linha de
decapagem que foi atingida por um incêndio no dia 27 de novembro.
Durante uma vistoria para verificar as condições da linha de decapagem
que havia sido recuperada, no dia 29 de dezembro, técnicos da CSN
constataram que alguns cabos elétricos foram cortados
deliberadamente.”
Novo fato foi trazido ao conhecimento público: em 04/12, às 16:30 hs, um intruso
tentou atingir o topo da caixa d’água do Escritório Central e fugiu ao ser descoberto. Tra-
java uniforme e ficou patente a tentativa de colocação de veneno no local.
A diretoria da CSN anunciou o oferecimento de uma recompensa de Cr$ 1 milhão
para quem prestar informações que levem à identificação e à prisão dos responsáveis
pelas sabotagens na Usina.
O Governo Federal inclui em janeiro de 1991, a Companhia Siderúrgica Naci-
onal na lista das empresas que serão privatizadas em 1991 e 1992. O Presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Vagner Barcelos inicia as medidas de re-
sistência para enfrentar as medidas governamentais e que vão desde a ação popular até
nova ocupação da Usina.
O Governador Moreira Franco condenou o ato do Governo Federal.
O Presidente da CSN propôs ao BNDES que destine 20% das ações aos emprega-
dos da empresa, acreditando que elas serão adquiridas.
As manchetes dos jornais em Volta Redonda destacam que “Wagner renuncia se
CSN for privatizada” e “Sabotagem apressa privatização da CSN”. O Sindicato dos
Engenheiros deixa em relevo que a “democratização administrativa da Companhia Side-
rúrgica Nacional, através de uma nova composição acionária, reunindo trabalhadores,
empresários ligados ao setor, o Estado e a própria União é a saída.”
A guerra do Golfo Pérsico trouxe, como era de esperar, sérios problemas à CSN,
além de uma greve dos portuários.
130 Volta Redonda Ontem e Hoje
O Governador eleito do Estado do Rio de Janeiro, Leonel Brizola endossa a
proposta apresentada pelo Sindicato dos Engenheiros de Volta Redonda de democratizar
o capital da CSN. A decretação de novas normas econômicas pelo Governo Collor
aumenta os problemas da CSN, especialmente no que diz respeito à dívida com a Light,
diante de um aumento de 59% nas tarifas, e que na área industrial chega a 70%.
Em 1º de fevereiro de 1991 cerca de 20 entidades sindicais, representando mais de
10 milhões de trabalhadores (metalúrgicos, petroquímicos, petroleiros, estivadores,
ferroviários, portuários e oficiais de náutica) estiveram reunidos na sub-sede do Sindicato
dos Metalúrgicos, no bairro do Retiro, em Volta Redonda, contra a privatização.
Os jornais informam que após a decretação da nova edição do Plano Collor, a CSN
passou a ter que vender o aço a um preço abaixo do custo de produção, para o mercado
interno.
No encerramento das apreciações feitas em relação à CSN e considerando-se o
congelamento fixado pelo Governo Federal, a situação da Empresa, em fevereiro de 1991,
além dos problemas internos, tinha ainda que enfrentar 59,5% de energia elétrica, 60% do
gás, 30% a mais de despesas portuárias e 36% a mais no transporte ferroviário, além do
reajustamento aos próprios metalúrgicos.
Como solução, a direção da CSN prepara-se para colocar 100% de sua produção
no mercado externo.
A folha de salário da Empresa atinge US$ 51 milhões, o que representa quase que
a metade do faturamento.
Segundo Paulo Yoshida, diretor Comercial, em relação ao mercado interno, as
vendas no exterior proporcionam preços superiores 35% no laminado quente; 27% no
laminado frio; 15% na folha zincada e 8% na de flandres.
As exportações teriam como meta o Irã, Japão, Índia, Estados Unidos, Comunidade
Econômica Européia, Sudeste Asiático e América Latina.
O Presidente Roberto Procópio de Lima Neto, por outro lado, em fevereiro de 1991
denuncia a Cia. Paraibuna de Metais e a Magnesita, fornecedoras de insumos para Usina
por estarem recusando pedidos caso não haja reajuste de preço, tudo em plena vigência
do congelamento fixado pelo Governo Federal.
A Companhia anuncia uma despesa, diante novas tarifas estabelecidas pelo
próprio governo, acrescidas de US$ 5 milhões com energia elétrica, US$ 1 milhão com
combustíveis, US$ 1 milhão com tarifas portuárias.
Por outro lado, a Light entra na Justiça em 31 de janeiro de 1991, cobrando US$ 150
milhões de dívidas vencidas da CSN (abril a setembro do ano passado).
No final, uma boa notícia: a partir de 23-02-1991, voltou a funcionar o Alto Forno nº 2,
depois de uma paralisação de quase um ano.
Alkindar Costa
131
A PRIVATIZAÇÃO DA CSN
As notícias au-
mentavam a importância
da Companhia Siderúr-
Abraçado a um gica Nacional, com o
corretor, Sebastião
Faria, o último destaque de que em
presidente da CSN 1992 a empresa havia
antes da privatização, registrado um “lucro
chega à Bolsa.
Na direita da foto, líquido de US$ 125
Fernando Almeida. milhões - 23% a mais do
Foto Ricardo Leone -
OGLOBO - 03/04/1993
que o resultado registra-
do em 1991 - e uma
produção recorde de
4,465 milhões de tonela-
das de aço.”
Considerações
se faziam da confirma-
ção do “valor máximo a
ser fixado para a empre-
sa, de US$ 1.588 bilhão (Cr$ 33,3 trilhões ao câmbio comercial), mesmo valor estipulado
em dezembro, quando o leilão da empresa foi adiado e resultou na demissão de Roberto
Procópio Lima Neto da presidência da empresa.”
Eram as informações jornalísticas de 9 de março de 1993.
Em 02 de abril de 1993 a Companhia Siderúrgica Nacional foi privatizada.
Miriam Leitão em seu Panorama Econômico, na edição de 03 de abril de 1993 de
O GLOBO, considerava:
“Todos os olhares estavam ontem voltados para a Bolsa de Valores do
Rio, na Praça XV, onde foi vendida a mais famosa das siderúrgicas
brasileiras e um símbolo da industrialização brasileira e do getulismo.
Na verdade, tudo estava acontecendo um pouco mais adiante, no 17º
andar do número 400 da Presidente Vargas, ocupado pela corretora
Graphus, onde às 11h30min foi selado e assinado um pré-acordo de
acionistas unindo o grupo que entrou na disputa com força para
comprar: Vicunha, Bamerindus, Vale do Rio Doce (através da Docenave)
e Clube dos Funcionários. O grupo já tinha inclusive a nova diretoria
pronta, liderada pelo ex-presidente da empresa Roberto Procópio Lima
Neto.
Representantes de todas as empresas estavam lá. Estavam
também os representantes dos empregados e com eles o presidente da
Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros. “Era um pedacinho do
Brasil”, conta um dirigente da corretora. Os representantes de cada
instituição passaram horas tensas nos telefonemas para os operado-
res e para os dirigentes de cada empresa. De Londres, por exemplo, o
Presidente do Bamerindus, Maurício Schulmann ligou diversas vezes.
Alkindar Costa
133
15:00 - O movimento na Bolsa do Rio oscila bruscamente, passando,
em poucos minutos, de uma alta de 1,3% para uma queda de 2,6%, vol-
tando a subir, dez minutos depois, para 1,4%.
16:35 - A Comissão adia novamente o leilão, sem marcar novo horário.
17:00 - A desembargadora Julieta Lunz cassa todas as liminares contra
o leilão.
17:30 - Finalmente, começa o leilão da CSN.
17:40 - Um grupo de deputados federais tenta entrar no pregão para
impedir o leilão, provocando tumulto. São barrados pela segurança.
17:53 - Termina o leilão, com a venda de 70% das ações pelo preço míni-
mo.”
“Por volta das 11h30min, a juíza de plantão da 13ª Vara Federal, Marilena
Franco, concedia liminar suspendendo o leilão sob a alegação de que a
venda era “altamente lesiva aos interesses públicos”. O despacho da
Juíza atendia a diversas ações impetradas na véspera: a da Ordem dos
Advogados do Brasil, de Volta Redonda; a do prefeito de Volta Redon-
da, Paulo Balthazar; e a do deputado Aldo Rebello (PC do B-SP).
O Vereador de Volta Redonda Cláudio Corrêa de Castro (PT) também
entrou com ação para barrar a venda, assim como o acionista
minoritário da CSN, Ari Gonçalves Aguiar. As duas ações não obtive-
ram liminar.
Pouco antes das 14h, o BNDES, mantinha a realização do leilão. Por
volta das 17h, chegava à Bolsa um grupo de Deputados com a liminar
concedida pela juíza da 7ª Vara Federal, Salete Maccalóz, à ação popular
impetrada, entre outros, pelo presidente da Associação Brasileira de
Policiais militares,
guardam a entrada
da Bolsa de Valores na
manifestação contra
a privatização da CSN
- Rio de Janeiro -1993.
Acervo Sindicato dos
Metalúrgicos
Alkindar Costa
135
A turma do contra esperou o dia inteiro, a chegada de metalúrgicos de
Volta Redonda ligados à Força Sindical que apoiava a venda da CSN.
Mas vieram apenas manifestantes do movimento contra o leilão.”
Alkindar Costa
137
Em 1991, a cidade ocupava a 109a posição no ranking do IDH nacional.
Em 2000, caiu para 297a. Apesar da melhoria dos indicadores, Volta
Redonda foi ultrapassada. Mas, no estado, manteve a terceira posição,
perdendo só para Rio e Niterói, primeira colocada.
Em 2000, segundo o IBGE, a cidade tinha uma taxa de desocupados
(pessoas sem trabalho) de 19,29% da População Economicamente Ativa
(PEA). Das 110.620 pessoas ativas (trabalhando ou procurando emprego),
21.339 estavam sem trabalho. A taxa de desocupados era maior do que
as médias do estado (17 em cada cem pes-soas procuravam trabalho) e
nacional (15%) naquele ano.
— Com a privatização, houve demissões. Mas o desemprego é geral no
país. O fato é que Volta Redonda deu a volta por cima e o desemprego
está ao menos na média estadual — diz o prefeito António Francisco
Neto (PSB).
Salário extra também explica renda mais concentrada
OS AVANÇOS DA CSN
Alkindar Costa
141
Voltou a CSN em 27 de agosto de 1997 a firmar convênio com a Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), para repovoamento do rio Paraíba do Sul, com
peixes originais da região, representando mais um passo que reforça o investimento
ambiental por parte da empresa.
Em 21 de março de 1997, a CSN conquista o “Prêmio Procel 1997”, iniciativa do
Ministério das Minas e Energia, com o apoio da Confederação Nacional das Indústrias,
pelo reconhecimento anual como empresa que mais se destaca na redução de energia.
Em 16 de dezembro de 1997, a CSN obtém mais uma importante certificação: o
QS 9000, que agrupa um conjunto de requisitos específicos para o setor automotivo, e
que aperfeiçoa alguns dos requisitos da ISO 9000, por demanda de um mercado cada
vez mais exigente e competitivo.
Em 23 de dezembro de 1997, a mineração Casa de Pedra também recebe a
Certificação ISO 9002, conferida pela American Bureau of Shipping (ABS) coroando os
esforços na busca pela excelência da qualidade.
Em 27 de junho de 1997 foi a vez da assinatura de contrato para construção da
usina termoelétrica no complexo industrial de Volta Redonda.
Em 05 de julho de 1997, a Empresa adquiriu parte do controle da Malha Ferroviária
do Nordeste da RFFSA.
Em 08 de agosto de 1997, a CSN assume a concessão do Terminal de Carvão do
Porto de Sepetiba, por onde a empresa recebe todo o carvão e coque necessário ao seu
processo de produção.
Em julho de 1997, a Usina Presidente Vargas atinge a marca histórica e inédita na
América Latina de 100 milhões de toneladas de aço líquido, produzidas desde sua entrada
em operação. O recorde é comemorado com um concerto na Usina, com a participação
da bailarina Ana Botafogo e da Orquestra Sinfônica Brasileira.
Em 22 de dezembro de 1997, a CSN alcança pela primeira vez, a marca de 1
milhão de toneladas de folhas metálicas revestidas produzidas em um ano e em uma
mesma planta industrial, feito sem precedentes no mundo.
A CSN é líder no setor siderúrgico brasileiro, respondendo por 18% da produção
brasileira de aço bruto. Localizada no Município de Volta Redonda, registra uma área total
da Usina de 3,76km2 e uma área construída de 2,12km2, representando a maior planta
siderúrgica integrada da América Latina.
Seus principais produtos são os laminados a quente para tubos e cilindros, rodas,
estruturas e indústria automotiva; laminados a frio para indústria automotiva, construção
civil, eletrodomésticos e estruturas; galvanizados para indústria automotiva, eletrodomés-
ticos e construção civil; e folhas metálicas para embalagens e tampas.
A composição acionária da CSN em 31/12/1997 era a seguinte:
“Grupo Vicunha (14,5%); Previ (10,5%); Bradesco (15,0%); Fundo de
Pensão da CSN (8,1%), Docenave-CVRD (9,9%); Clube de Investimento
dos Empregados (9,0)%; ADRs (7,3%); Emesa (1,1%); outros (24,6%).”
A Administração da Empresa compreende um Centro Corporativo, Setor Aço, Setor
Energia, Setor Infra-Estrutura e que podem ser, assim, definidos:
Em 09/04/1990, o
presidente da CSN,
Sebastião Faria,
ergueu o Certificado
de Qualidade com a
norma ISO 9002,
diante dos convidados
no Restaurante
Central, após
recebe-lo das mãos
do representante da
American Bureau of
Shipping - ABS.
Reprodução -
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
143
CENTRAL TERMOELÉTRICA II - UMA NOVA ERA PARA A CSN
No detalhe, o registro da
presença do Presidente da
República, Fernando
Henrique Cardoso, ao lado da
Presidente da CSN, Maria
Silvia Bastos Marques e
do Presidente do Conselho
de Administração da CSN,
Benjamin Steinbruch, quando
da inauguração da Usina
Termoelétrica CTE II, em 22
de dezembro de 1999.
Acervo CSN
Alkindar Costa
145
Em parceria com o SESI, a CSN oferece a seus empregados um curso Supletivo
de 2º grau, em dois anos. Aulas são dadas semanalmente nas dependências da empre-
sa, que sonha ser a primeira siderúrgica do Brasil – e provavelmente em toda a América
Latina – a ter a todos os empregados com escolaridade mínima de segundo grau.
As reformas no
antigo hospital da
CSN, tornaram-no
um dos mais
avançados centros
de saúde da região,
com equipamentos
de útima geração.
Desde 01/03/2000,
sendo administrado
pela empresa
especializada em
administração
hospitalar
HOSPITALIUM,
recebendo a
denominação oficial
de Hospital VITA.
Alkindar Costa
147
no processo de beneficiamento de matérias-primas para os Altos Fornos 2 e 3. uma
outra obra foi inaugurada – a do controle de poluição do Rio Paraíba do Sul,formado por
novos tanques da unidade de recuperação de ácidos de decapagem e a nova sede de
esgoto ácido/alcalino de área de Laminação. Outra obra considerada importante pela
população é a Estação de Tratamento de efluentes do Pátio de Escória de Volta Grande
evitando que a água da chuva leve a escória para o rio.
Em 01 de maio de 2001, o Alto Forno nº 03 começou a ser reformado. Após a
reforma a capacidade de produção da CSN foi alterada de 5 para 6 milhões de toneladas
de aço líquido por ano. A obra representou, no pico dos serviços, a contratação de 3.000
operários, entre os meses de junho e julho.
Alkindar Costa
149
A idéia é levar placas produzidas a baixo custo no Brasil, para serem
beneficiadas nos Estados Unidos, com isso, a CSN dá a partida em seu
processe de internacionalização”.
Em 01 de maio de 2001 foi iniciada a reforma do Alto Forno nº 03, com previsão de
obras durante 93 dias, objetivando elevar a produção de 5 para 6 milhões de toneladas de
aço líquido por ano.
Em 14 de maio de 2001 o Diretor Executivo do Centro Coorporativo e de Relações
com Investidores da CSN, João Luís Tenreiro declara que a empresa é auto-eficiente em
energia, podendo no futuro, vir a negociar seus ativos na área.
Grevistas reivindicando um reajuste salarial de 10% paralisou, a partir da meia noite
de 25 de maio de 2001, as obras de reforma do alto-forno nº 03 da CSN.
A presidente da CSN, Maria Silvia Bastos Marques assumiu em 30 de maio de
2001, a presidência do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS).
Em 21 de junho de 2001, a CSN anuncia a compra pr US$ 50 milhões, da siderúrgica
Heartland Steel, que fica em Terre Haute, no Estado de Indiana, Estados Unidos.
Em 05 de julho de 2001 três operários, por volta das 18 horas, foram encontrados
mortos no interior da CSN, na área da Aciaria. Trata-se de Ronaldo Ferreira de Ávila, Luiz
Roberto dos Reis e Elson de Oliveira Lima.
Foram apontados como causa duas hipóteses: intoxicação pelo gás OG ou por
uma grande concentração de nitrogênio.
Em 04 de setembro de 2001 a CSN anuncia a venda de sua participação na ITASA,
tendo sido para tal autorizada pelo seu Conselho de Administração.
Em 24 de setembro de 2001, o Centro de Informações da Gazeta Mercantil, anuncia
que a CSN aparece numa posição de destaque no ranking das 200 empresas mais
dinâmicas do país.
Em 26 de setembro de 2001 a presidente da CSN, Maria Silvia Bastos Marques
anunciou a geração de mais de US$ 2 bilhões para a balança comercial.
Em 14 de novembro de 2001 a CSN anunciou que obteve, nos três primeiros
trimestres do ano, um lucro líquido de R$ 426.9 bilhões, superior em 85% ao conseguido
em igual período no ano anterior.
A Força Sindical lançou em 06 de dezembro de 2001 o protótipo de uma casa a ser
construida com aço galvanizado da CSN. O modelo foi denominado Sistema Modular
Misto.
150 Volta Redonda Ontem e Hoje
Em 16 de janeiro de 2002, O Diretor Executivo do Centro Coorporativo e de Relações
com Investidores da CSN, João Luís Tenreiro Barroso pediu renúncia dos cargos. Foi
indicado para substituí-lo Antônio Mary Ulrich , que era da Companhia Brasileira de Petróleo
Ipiranga.
Em 07 de fevereiro de 2002 jantar marcou a homenagem prestada por empresários
e políticos ao Ex-Diretor da CSN João Luiz Tenreiro Barroso em sua despedida e boas
vindas ao novo titular Antônio Ulrich.
Em 30 de abril de 2002 a SANKYU S.A informa comunidade de Volta Redonda e
região que assumiu o contrato de Manutenção da Metalurgia , Utilidades e Pontes Rolantes,
na Companhia Siderúrgica Nacional , em substituição a empresa FEM. Começou em 29
de abril o processo de extinção da Fábrica de Estruturas Metálicas – FEM – subsidiária da
CSN. O anúncio foi feito pelo diretor da CSN Aço, Albano Vieira ao presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Carlos Henrique Perrut.
Em 30 de abril de 2002 os membros do Conselho de Administração decidiram aceitar
aos ponderações apresentadas por Maria Silvia Bastos Marques, presidente da empresa
em retirar-se da direção. Ficou determinado que o empresário Benjamin Steinbruch
substituiria inteiramente a executiva, acumuando a presidência do Conselho de
Administração da CSN. Maria Silvia presidiu a CSN por três anos.
21/05/2002 – Diretor de Recursos Humanos – João Ricardo Cavalcanti – CSN.
Em 31 de maio de 2002 a FEM em processo de extinção começou a demissão de
servidores, previsto para atingir 2000 empregados da empresa, 650 operários foram
admitidos pelas empreiteiras AABB e Ormec , face ao acordo firmado pelo Sindicato dos
metalúrgicos e a direção da FEM.
Em 13 de junho de 2002 Vagner Ardeo renunciou ao cargo de Presidente da CSN
Invest, ficando em seu lugar Antônio Francisco dos Santos, o Toninho que fazia parte do
Conselho Deliberativo do CSN Invest. Rodrigo Moura que fazia parte do Conselho
Deliberativo do CSN Invest também deixou o cargo.
Em 04 de julho de 2002 a CSN confirmou negociações com a anglo-holandesa
Corus e diversas empresas, que têm como objetivo a estratégia de internacionalização.
Na diretoria Infra-estrutura e Energia da CSN – sai Fernando Perrone , cargo que vinha
ocupado acumulativamente por José Paulo Oliveira Alves, que também dirigia a área de
Novos Negócios da Empresa.
Em 13 de julho de 2002 o Jornal Diário do Vale noticia que o acordo entre a Vicunha
Siderúrgica, controladora da CSN, a anglo-holandesa Corus , para sair do papel dependia
do aval de cinco instituições: além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), maior credor do grupo nacional, os bancos Unibanco, BBA e Bradesco
e o fundo de pensão Previ.
Em 17 de julho de 2002 o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch confirmou a
fusão da CSN com a Corus. A união, criando a CSN – Corus possibilitaria a construção
de uma nova unidade para fabricação de placas e que poderia ser o alto-forno n º 04 em
Volta Redonda, ou a Usina II em Itaguaí.
Em 19 de julho de 2002 o Presidente da CSN explica o processo de fusão CSN –
Corus ao prefeito Antônio Francisco Neto, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos,
Carlos Perrut e a cerca de 150 gerentes da CSN.
Perrut informou que irá a Londres colher maiores informações sobre o caso, reunindo-
se com sindicalistas londrinos. Tal viagem foi posteriormente adiada.
Alkindar Costa
151
Em 30 de julho de 2002 o presidente da CSN, realizou no Rio de Janeiro, a
apresentação do projeto da fusão CSN e o grupo anglo-holandes, apostando na sua
aprovação pelo BNDES e outros interessados na transação.
Em 21 de agosto de 2002, o diretor –presidente da CSN, Benjamin Steinbruch e o
presidente da siderúrgica anglo-holandesa Corus, Tony Pedder, reuniram-se com Eduardo
Gentil, diretor de Mercado de Capitais do banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) para fazerem uma apresentação do processo de fusão entre as duas
empresas.
Em 06 de setembro de 2002 o Governo brasileiro anuncia a intenção de contratar
um escritório inglês de advocacia para avaliar se daria ou não apoio a operação de fusão
entre a CSN e a anglo-holandesa Corus.
Em 10 de setembro de 2002 a CSN iniciou o programa de demissões voluntárias.
Em 12 de setembro de 2002 o diretor da Área de Indústria, Comércio e Serviços do
BNDES, Wallin Vasconcelos informou que o acordo de fusão entre a CSN e a Corus, não
seria fechado no ano de 2002.
Em 13 de novembro de 2002 foi feito o comunicado do rompimento do acordo entre
a CSN e a Corus. Em relação a CSN a vantagem seria o acesso a crédito mais barato no
mercado internacional. A Corus por sua vez, teria acesso ao minério da Casa de Pedro
(MG) que pertence a CSN.
Em 04 de dezembro de 2002 a CSN informou que havia decidido desfazer da usina
termelétrica (CTE) e a venda de sua participação na Hidroelétrica de Itá, no Sul do país.
Previsto para assumir provisoriamente a NewCo, que passaria a ser responsável
pelos ativos e dividas da CTE. A CSN em 13 de janeiro de 2003 suspendeu a venda da
Central Termelétrica (CTE II).
Em 27 de março de 2003 a direção da CSN confirmou projetos da expansão para
a Usina Presidente Vargas . A implantação do Alto-forno 4 e a produção de placas estariam
previstas no projeto.
Em 18 de abril de 2003 verifica-se na diretoria de Exportação da CSN a presença de
Luis Ernesto Migliora. Em 04 de julho de 2003, um encontro realizado no Gabinete do
Prefeito Antônio Francisco Neto, estabeleceu a Quarta rodada de negociações entre a
Prefeitura, o Governo Estadual e CSN, visando definir o pacote de incentivos fiscais que
garantiria a implantação do Estágio IV na expansão da CSN na cidade.
Em 16 de agosto de 2003 o gerente geral de Relações industriais da CSN – Leonardo
Vinci projeta-se na empresa.
A CSN apresentou em 09/09/2003, na Feira Internacional da Industria da Construção,
soluções em aço para a construção civil: o aço pré-pintado e o CSN Galvalume, destacando
que 420 mil toneladas anuais serão produzidas em forma de bobinas e chapas na unidade
da CSN Paraná.
Em 12/09/2003 o Prefeito Antônio Francisco Neto informou que o alto-forno nº 4 da
CSN vai ser construido em Volta Redonda. A decisão foi tomada depois que a CSN e o
Governo do Estado, com a articulação da Prefeitura fecharam um acordo de financiamento
para os investimentos por meio do Programa Rio Invest.
Em 29/09/2003 a ALERJ aprovou mensagem do Governo do Estado prevendo
incentivos fiscais para projetos da CSN, incluindo a construção do Alto-forno nº 04 em
Os que hoje habitam as terras de Volta Redonda pouco sabem sobre uma figura,
que por todos os serviços prestados ao Município, ao Estado e ao País, deveria merecer
o respeito devido - EDMUNDO DE MACEDO SOARES E SILVA.
Filho de Sebastião Edmundo Mariano da Silva e Elisa Macedo Soares e Silva,
nasceu no Rio de Janeiro (então Distrito Federal) em 09 de junho de 1901.
Cursou o Colégio Militar do Rio de Janeiro e se formou em Engenharia pela Escola
Militar de Realengo em 1920.
Participou da revolta de 05 de julho de 1922 e foi preso e, mesmo assim, foi
promovido a primeiro-tenente.
Fugiu do presídio da Ilha Grande em 1925 e se exilou na Europa durante seis anos.
Especializou-se em Metalurgia na França e, quando retornou ao Brasil, integrou, sempre
como membro principal, as comissões do governo do presidente Getúlio Vargas que
resultaram no planejamento e construção Macedo Soares, foi
da Companhia Siderúrgica Nacional, uma figura respeitável
instalada em Volta Redonda, tornando-se desde o início da
construção da CSN,
seu primeiro Diretor Técnico. sendo inclusive, o seu
presidente em 1954.
Remodelou a Acesita (Companhia
Acervo CSN
de Aços Especiais Itabira, 1952-1956) e foi
Superintendente geral da Cosipa
(Companhia Siderúrgica Paulista) durante
a sua implantação de 1957 a 1961.
Foi instrutor de engenharia na Escola
Militar, na Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, na Escola de
Engenharia da PUC - Rio, na Escola
Técnica do Exército, na Escola Politécnica
do Rio de Janeiro.
No Governo Dutra ocupou o
Ministério de Viação e Obras Públicas, de
31 de janeiro a 25 de outubro de 1946,
quando se descompatibilizou para candidatar-se ao governo do antigo Estado do Rio de
Janeiro, pela coligação PSD-PTB-UDN. Eleito com 250 mil votos num eleitorado de 280
mil, governou o Estado de 24/02/1947 a 30/01/1951.
Em, 1952 foi promovido a general-de-brigada, passando então para a reserva.
Em 1954, o general Juarez Távora, que chefiava a Casa Militar do presidente Café
Filho, convidou-o para presidir a Companhia Siderúrgica Nacional, cargo que exerceu de
21/09/1954 a 1960.
De 1964 a 1967 foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e de 15/
03/1967 a 31/08/1969 foi Ministro da Indústria e Comércio, no governo do general Arthur
da Costa e Silva.
De 1969 a 1970 dirigiu a Mercedes Benz do Brasil, onde já havia sido presidente de
1960 a 1967.
Alkindar Costa
153
Foi Diretor do Centro de Indústrias do Estado de São Paulo, presidente do Sindicato
da Indústria de Ferro e conselheiro do Instituto Brasileiro de Siderurgia e da Associação
Brasileira de Metais.
Era membro da Academia Brasileira de Ciências e do Instituto Histórico e Geográ-
fico Brasileiro.
Recebeu o título de “doutor honoris causa” da Escola de Minas de Ouro Preto,
então da Universidade do Brasil, e da antiga Escola de Engenharia da Universidade de
São Paulo.
Escreveu cerca de 100 trabalhos sobre economia, indústria e metalurgia e realizou
mais de 20 Conferências na Escola Superior de Guerra, a cujo quadro pertencia.
Na década de 80 dirigiu a Polimetal. Foi presidente do Conselho Consultivo da
Mannesmann S.A.
Foi o relator da Comissão Executiva do Plano Siderúrgico Nacional, criado pelo
Decreto-Lei nº 2.054 de 04/03/1940.
Faleceu em 10/08/1989, com 89 anos completos, na Clínica Sorocaba, em Botafogo
no Rio de Janeiro, em conseqüência de complicações respiratórias, sendo velado no
Cemitério São Francisco Xavier (Caju) na Capela “A”. Foi sepultado às 10:00 horas do dia
11/08/89.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, pelo Decreto nº 13.311 de 10/08/1989 fixou
luto estadual por três dias, o mesmo acontecendo em Volta Redonda, onde o Prefeito
Wanildo de Carvalho, determinou o luto pelo Decreto nº 3.186.
O GACEMSS (Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva) foi
desde o primeiro instante de sua criação, a configuração da homenagem e do respeito ao
cidadão que muito lutou, defendendo sempre o progresso de Volta Redonda, fazendo
com que, inclusive, existisse uma filial de Lojas Americanas S.A., quando a localidade
ainda não era Cidade. Todavia, os conceitos de mérito e de respeito se alteram em razão
do passar dos tempos.
Alkindar Costa
155
A foto de 20/07/1944,
marca a construção do
Alto Forno Nº1 na CSN
Acervo CSN
Alkindar Costa
1946
Enchentes no Bairro
Acampamento Central
(já extinto) em razão
da cheia do Rio
Paraíba do Sul.
Acervo Alkindar Costa
1963
Enchente no Bairro
Vila Mury. Nota-se a
Av. Almirante
Adalberto Nunes.
Acervo Alkindar Costa
1967
Enchente no Bairro
Vila Mury. Nota-se a
Av. Almirante
Adalberto Nunes.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
159
Em julho de 1948, por ocasião da festa de inauguração do Posto Shell, na Avenida
Amaral Peixoto, nas proximidades da Light, MIGUEL DA FONSECA REGO e o Dr. JOÃO
PAULO PIO DE ABREU, em conversa, deixaram claro que o Distrito não vinha recebendo
a devida atenção por parte do Município de Barra Mansa, muito embora o progresso de
Volta Redonda já fosse marcante, com o funcionamento da C.S.N.
Por outro lado, MANOEL TAVARES ALLEMAND e HEITOR LEITE FRANCO, em
uma noite na Farmácia Santa Cecília, na passagem de linha da antiga estação da Estra-
da de Ferro, também, defendiam necessidade da emancipação.
Na troca de idéias surgiu entre Miguel da Fonseca Rego e João Paulo Pio de Abreu
a manifestação da emancipação, tendo Miguel logo em seguida, mantido contato com o
então Prefeito da Cidade de Barra Mansa - Flávio Miranda Gonçalves - ocasião em que
alegou que a Municipalidade não aplicava no 8º Distrito os 30% da renda municipal, con-
forme determinava a Lei Orgânica das Municipalidades.
Evidente ficou que algo deveria surgir, ainda que provisoriamente, para impedir a
separação.
O calçamento de rua no Distrito e o estudo sobre o abastecimento água, foram
conseqüências naturais.
As idéias e planos isolados de emancipação, passaram a ser coordenadas e, em
1950 Lucas Evangelista de Oliveira Franco, em uma reunião da Loja Maçônica Indepen-
dência e Luz II, destacou a necessidade do desmembramento de Volta Redonda, tornan-
do-a uma cidade progressiva, liberta da categoria de Distrito de Barra Mansa.
OS PRIMEIROS PROJETOS
Alkindar Costa
161
A liderança consolida-se em mãos do Dr. Remy Barbosa Vianna, eminente homem
público, mais tarde (12/10/62), representante do Ministério Público em Volta Redonda.
Graças aos seus esforços e ao conhecimento de que a anexação de Pinheiral a
Volta Redonda representava progresso certo, dentro de pouco tempo recebia adesões,
onde se destacaram, entre outros colaboradores, Manoel Rodrigues Dias de Souza Júnior,
Sebastião Machado da Silva, Antônio José Pereira de Carvalho; Rubens Geraldo Macedo;
José Rodrigues Fortes; Ary Torres Ferreira; José Alves Ferreira, José de Souza Lima;
Edes dos Santos; Walter Garrat; Mário Viana; Alberto da Cunha Andrade; Lourival Batista;
Dionísio Pimenta.
A Comissão em 1º de setembro de 1951 preparou o documento a ser enviado à
Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, o qual foi lido na reunião de 22 de
outubro do mesmo ano. A publicação do memorial de Pinheiral consta do Diário da As-
sembléia Legislativa nº 1.203 de 12 de dezembro de 1952 (sexta-feira).
Existe um capítulo muito bem definido pelo Historiador Pioneiro de Volta Redonda -
José Botelho de Athayde, em sua obra “Volta Redonda e a Campanha Emancipacionista”
- Editora Fluminense. Era mais um lance tentado para impedir a emancipação de Volta
Redonda.
“Todas estas iniciativas, entretanto, acabaram malogradas, porque a
Assembléia Legislativa Fluminense, esquecida de suas gloriosas tradi-
ções, que vinham desde os tempos do Império, cedeu facilmente às
maquinações políticas dos partidos e até de grupos, lançando mão de
todos os expediente possíveis e imaginários, a fim de impedir a eman-
cipação político-administrativa de Volta Redonda.
O alvo predileto era a Constituição, do Estado, que foi por mais de uma
vez atingida com sucesso. Coube ao Deputado Nelson Martins desferir
o primeiro golpe contra a indefesa Constituição, em agosto do ano de
1951, quando apresentou um projeto de reforma constitucional exigin-
do a renda mínima de 10 milhões de cruzeiros e uma população de 30
mil habitantes como condição essencial para qualquer distrito emanci-
par-se. Finalmente, em novembro - e ainda em 1951 - a Assembléia al-
cançava seu objetivo ao aprovar o projeto de reforma constitucional,
suprimindo o parágrafo 3º do Artigo 84 da Constituição, que assegura-
va a emancipação automática de Volta Redonda. Embora vetado pelo
Governador Amaral Peixoto, foi entretanto, promulgado pelo próprio
Presidente da Assembléia, obedecendo a orientação do Governador e
onde o PSD era maioria. Deste modo, o projeto do Deputado
Vasconcellos Torres ficava totalmente prejudicado, perdendo sua fina-
lidade. Novas, diferentes e difíceis condições passaram a ser exigidas
para a elevação a município, de qualquer distrito fluminense. Agora já
exigido, o pronunciamento do eleitorado do distrito a ser elevado a
município, mediante plebiscito. Volta-se à estaca zero e a luta reinicia,
mais intensa, tomando proporções drásticas, tanto de um como de outro
lado.”
162 Volta Redonda Ontem e Hoje
Existe a afirmativa de Miguel Rego de que o projeto Vasconcellos Torres continuou,
não mais como emancipação automática, mas sim por solicitação do eleitorado que se
manifestaria através de plebiscito, o que mais tarde aconteceu em relação a Volta Redon-
da.
Alkindar Costa
163
Emancipação e dando o início à coleta de assinaturas que acompanhariam o Memorial, a
ser enviado à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Lucas comprou uma
bicicleta com esta finalidade e pagava do seu próprio bolso pelas assinaturas, que eram
colhidas por um rapaz contratado para tal.
Foi esta tarefa dificílima, pois, com a dispensa de empregados na CSN, quando
terminava a construção da Usina (1947), uma grande parte dos eleitores inscritos já havia
se mudado para outras regiões do país e os 6.000 eleitores necessários, constituíam
quase que os 100% dos residentes da época. O Centro Cívico Pró-Emancipação, nasci-
do em janeiro de 1952, realizou sua primeira reunião no dia 30, em um cômodo da Rua
São João, ocupado por Cleso Paiva.
Devido a sua modéstia, e não desejando ocupar a Presidência, principalmente por
sua condição de funcionário público estadual Lucas Evangelista de Oliveira Franco, mentor
do movimento, indicou o Dr. Jamil Wadih Rizkalla, entusiasta da causa emancipacionista,
sendo a Vice-Presidência confiada ao Dr. João Paulo Pio de Abreu que, posteriormente,
licenciou-se do posto, ficando a direção a cargo do Dr. Manoel Tavares Allemand. A
secretaria estava entregue à integridade moral de Heitor Leite Franco.
Lucas Evangelista e Jamil Rizkalla tentavam, por todos os meios, garantir o suces-
so do movimento e cuidavam da redação de um memorial a ser enviado para a
Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, requerendo a realização de um
plebiscito. As assinaturas passaram a ser colhidas, sendo constatada a receptividade da
medida. Já perfeitamente integrado ao movimento, o pedessista Sávio Cotta de Almeida
Gama, atendia aos compromissos financeiros do movimento, além de usar a sua condi-
ção social para os contatos com autoridades do Estado.
Muitos participaram do movimento, e alguns com maior destaque, permitindo, nos
dias atuais, a lembrança de seus nomes. São eles: Lucas Evangelista de Oliveira Franco
(continuador da idéia que foi levantada em uma reunião da Maçonaria), Dr. Jamil Wadih
Rizkalla, Cleso Paiva, Dr. João Pio de Abreu, José Lino Soares Gomes, Heitor Leite Fran-
co, Mário Netto, Norival de Freitas, Rufino Kôlle - que propôs a constituição de uma ala
feminina, e que não chegou a funcionar por absoluta falta de condições, Miguel da Fonse-
ca Rêgo, Nery Miglioli, Silvio Fernandes de Oliveira, Wladyr de Castro Ferraz, Wilson de
Paiva, Sinval Santos, Aristoclides Ribeiro, Manoel Tavares Allemand, José Botelho de
Athayde (que colocou à disposição do movimento o seu Jornal “Reverbero Autonomista
Voltarredondense” em 19/09/53), Jayme de Souza Martins, Sávio Cotta de Almeida Gama,
Edmundo Rodrigues Campello, Carlos Soares Maia (Baianinho), Jarbas Ribeiro da Silva,
Milton Luiz Franco, Moacir Pires Lima, Ely Coutinho, Artemiro de Araújo, José de Freitas,
Hamilton Pinaud, João Gomes de Miranda, Ozório da Costa Pureza Filho, Luiz Gonzaga
de Souza Clímaco, Dermerval Pereira da Silva, entre outros.
Com referência à figura de Sávio Gama, deve-se destacar que atendeu compro-
missos financeiros inclusive, segundo as pesquisas feitas, os de “bastidores”.
As reuniões do Centro Cívico ser realizavam em diversos locais, em sua maioria na
Avenida Amaral Peixoto, no escritório de advocacia do Dr. Jamil Wadih Rizkalla e, prefe-
rencialmente, na residência de Lucas Evangelista de Oliveira Franco.
O distrito já contava com a circulação do Jornal “A DEFESA” do Prof. Jayme de
Souza Martins, da revista “A ONDA” de César Cândido Lemos (02/04/1953) e o “LINGO-
TE” (23/03/53), informativo da Companhia Siderúrgica Nacional. A imprensa em geral,
apoiava o movimento de emancipação, noticiando as medidas que estavam se proces-
sando para torná-lo vitorioso.
164 Volta Redonda Ontem e Hoje
MEMORIAL PEDE REALIZAÇÃO DE PLEBISCITO
Alkindar Costa
165
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA RECEBE MEMORIAL HISTÓRICO
Alkindar Costa
167
Profissionais Liberais:
Engenheiros 63; Médicos 29; Contadores 35; Farmacêuticos 18; Den-
tistas 19; Empreiteiros 39; Químicos 17; Advogados 12; Agrônomos 6;
Parteiras 12; Meteorologistas 2; Veterinários 4; Economista 1.
Veículos:
Carretas 8; Caminhões de carga 384; Automóveis de aluguel 58; idem,
particulares, 251; Camionetas de carga 74; idem, de lotação 22; Ambu-
lâncias 4; Jeeps 39; Bicicletas 6.321; Motocicletas 18; Carroças 62;
Charretes 19; Ônibus 78; Tratores 16.
Renda Estadual:
A Renda da Coletoria Estadual elevou-se a Cr$ 30.163.822,00 em 1951, o
que dispensa qualquer comentário.
Renda Municipal:
A arrecadação direta da Prefeitura, conforme certidão anexa, é de Cr$
10.571.890,20, no exercício de 1951, não estando computados nestas
cifras os 30% que o Estado dá referente à diferença entre a arrecadação
estadual e municipal, que foi de Cr$ 5.877.579,50, o que se somam para
a renda municipal a bela cifra de Cr$ 16.449.469,70.
Educandários:
Grupo Escolar Trajano de Medeiros; Grupo Escolar Barão de Mauá;
Escola Isolada Sitio Conceição; Escola Isolada Fazenda Santa Cecília;
Escola Isolada Niterói; Escola Isolada Três Poços; Escola Subvenciona-
da Ten. Mello Moraes; Escola Municipal Fazenda do Retiro; Escola Mu-
nicipal Pinto da Serra; Ginásio Edmundo Macedo Soares e Silva; Esco-
la Técnica de Comércio de Volta Redonda; Colégio Batista Americano;
Escola Profissional da Companhia Siderúrgica Nacional; Escola de
Motoristas Volta Redonda; Escola de Motoristas Santa Cecília; Escola
Dom Bosco da Paróquia de Santa Cecília; Escola de Corte e Costura
São Paulo.
Comércio:
Açougues 18; Hotéis 3; Barbearias 56; Padarias 5; Bancos 6; Cafés e
Bares 156; Sapatarias 12; Armarinhos 98; Farmácias 19; Cinemas 4;
Barracas fixas para venda de legumes e frutas 65.
Indústrias:
Companhia Siderúrgica Nacional; Companhia Estanífera do Brasil (Fá-
brica de Estanho); Forjas Nacionais S/A (Fábrica de Tubos de Aço);
Companhia de Cimento Vale do Paraíba (Fábrica de Cimento); White
Martins S/A (Fábrica de Oxigênio); 06 (seis) Fábricas de Aguardente;
Manufatura de Cimento Armado (Fábrica de Artefatos de Cimento); A.
Barreiro (Fábrica de Tijolos de Telhas) e Fábrica de Panelas.
População:
Urbana ............................................................................. 30.853
Suburbana ....................................................................... 2.158
Rural ................................................................................ 3.836
TOTAL.............................................................................. 36.847
Produção:
Leite: 250.000 litros; Manteiga 10.652 quilos; Milho: 4.000 sacas; Arroz:
2.100 sacas; Feijão: 200 sacas; Bananas: 22.500 cachos; Cana-de-Açú-
car: 30 toneladas; Mandioca: 115 toneladas; Bovinos: 11.200; Cavalar:
550; Muar: 150; Caprinos: 500; Suínos: 2.200; Aves: 15.000; Proprieda-
des Agrícolas: 187; Pedra Bruta: 10.000 m3; Areia: 220.000 m3; Argila
Caolin: 167.000 m3; Oxigênio: 1.916.116 m3; Ladrilhos: 19.000; Tijolos:
9.997.180 unidades; Telhas: 5.100 unidades; Cimento: 9.500 sacos diári-
os.
CONCLUINDO, acreditamos que a Assembléia Legislativa do Estado
do Rio de Janeiro que, em ocasiões várias como as da criação dos Mu-
nicípios de Conceição de Macabu, Mendes e outros, deu mostras da
aplicação do direito líquido e certo de determinadas regiões fluminenses,
não irá, diante do exposto, deixar de atender ao apelo de Volta Redonda
e Pinheiral, concluindo, pelo acerto em mandar os seus eleitores ao
plebiscito tão desejado e garantido por lei.
Alkindar Costa
169
O documento como se observa, foi remetido pelo Presidente do Centro Cívico Pró-
Emancipação - Dr. Jamil Wadih Rizkalla, seguindo-se o apoiamento de Wladyr de Castro
Ferraz; Orsina Prado de Castro; Jarbas Ribeiro da Silva; Milton Luiz Franco; Mário Ferreira
Netto; Moacyr Pires Lima; Dr. Manoel Tavares Allemand; Dr. João Paulo Pio de Abreu; Ely
Coutinho; Aristoclides Ribeiro; Artemiro de Araújo; Antônio C.; Sebastião Lima Koler; José
de Freitas; José Lino Solares Gomes; Hamilton Pinaud; João Gomes de Miranda; Norival
de Freitas; Ozório da Costa Pureza Filho; Antônio Francisco Muniz e outros.
Por outro lado, as tentativas de esfriamento do movimento continuavam, e já em 24
de junho de 1953, o Vereador por Barra Mansa - Antônio Gomes Carreira deu a sua
participação, com a apresentação de um Projeto criando uma sub-Prefeitura em Volta
Redonda.
O FALECIMENTO DE
LUCAS EVANGELISTA DE OLIVEIRA FRANCO
Na foto de 06/05/1951
a Divisão de
Engenharia da
Prefeitura Municipal
de Barra Mansa faz
a colocação de 400
metros de
escoamento,
acrescentados à rede
de esgoto geral, na
Avenida Amaral
Peixoto em Volta
Redonda. Era a
tentativa de destacar
que obras estavam
sendo realizadas no
8º Distrito.
Acervo de Alkindar Costa
Alkindar Costa
171
Velha Casa durante muito tempo se ocultou. O Deputado Macário
Picanço, em seu discurso de combate à infeliz emenda, disse franca-
mente que fazer “uma reforma para impedir o desmembramento de
um município, por isso vou repetir - não é reforma. É golpe político”.
Não podia ser mais claro, como também o foi o Deputado Vasconcellos
Torres ao dizer que “não fizemos a Constituição para nós, nem emen-
das constitucionais são apresentadas para o interesse imediato daque-
las regiões que, com justiça, defendemos como mandatários do povo.
Por isso entendo que a Assembléia tem andado errada. A tese que, de
longa data, venho esposando, de que o papel desta Casa é meramente
homologatório, vem sendo robustecida pelos argumentos que tenho
colhido, vendo que a Constituição é pisoteada, é colocada em plano
secundário. Ou se cumpre o que a Lei diz claramente ou se usam essas
chicanas, impedindo que os distritos fluminenses se emancipem. “Fi-
nalmente, chega o grande dia da votação da emenda, em 10 de setem-
bro de 1953. O deputado Paulo Monteiro Mendes, já comungado dos
ideais emancipacionistas, fez um apelo ao Deputado Simão Mansur para
retirar seu Projeto de Emenda Constitucional nº 10. Entretanto era tar-
de demais. A sorte estava lançada, prestes a decidir-se. Nessa mesma
sessão é o projeto votado, para, no final, ser rejeitado pelo voto de 27
deputados, inclusive, o próprio Presidente da Assembléia. A favor da
emenda votaram apenas o autor - Deputado Simão Mansur - e seu cole-
ga o Deputado Hélvio Bacellar da Silva”.
Nos bastidores, sofrendo as maiores pressões, lutava o Centro Cívico Lucas Fran-
co, onde Jamil Rizkalla protestava até mesmo junto ao Secretário de Estado e Interior e
Justiça - Romeiro Netto - pelo andamento considerado vagaroso do memorial de Volta
Redonda.
172 Volta Redonda Ontem e Hoje
Colhemos um documento nas pesquisas realizadas, junto ao Dr. Jamil Rizkalla,
ilustre advogado, hoje na maioria das oportunidades esquecido e relegado até mesmo a
um ostracismo na galeria dos verdadeiros emancipadores, o telegrama recebido por ele,
que dizia:
É o próprio Dr. Jamil Rizkalla, ainda trabalhando por Volta Redonda, e depois de
responder pela direção da Consultoria Jurídica da Câmara Municipal de Volta Redonda,
quem comenta ao lado da fotocópia presenteada:
“Alkindar,
Aqui está uma fotocópia interessante. É a resposta do ilustre Dr. Ro-
meiro Netto, então Secretário do Interior e Justiça do Estado do Rio de
Janeiro, hoje falecido, ao telegrama que lhe passei na época de lutas
pela nossa emancipação. No meu telegrama que hoje reconheço ter
sido muito forte, mas que a luta por um ideal me levou assim a proce-
der, se não me falha a memória, dizia eu ao ilustre Secretário que, em
linhas gerais, um movimento nascido vitorioso não podia aceitar retar-
damento em sua justa pretensão, etc. Isto deu causa, também, a que o
processo não ficasse esquecido. Hoje, aos dezoito anos, a menina Volta
Redonda é o encanto de todo o Brasil.
Alkindar Costa
173
Lucas Franco, presidido pelo Dr. Jamil Rizkalla, graças à alteração de orientação partidá-
ria, Amaral Peixoto passa a apoiar o movimento de emancipação, o mesmo acontecendo
com o PTB e a UDN, o Prefeito trabalhista João Chiesse Filho e o Deputado udenista
Paulo Monteiro Mendes.
Em 19 de janeiro de 1954, Macário Picanço, líder na Assembléia Legislativa do
movimento de Volta Redonda, apresentou indicação onde requereu ao Presidente da As-
sembléia que o Executivo se pronunciasse nos termos da legislação em vigor.
Em seu expediente, concluía o Deputado Macário Picanço:
“...essa representação, para tal fim, se acha no Gabinete de V. Excia.,
desde 11 de agosto de 1953.”
A foto de 24/02/1953,
registra a presença
da Comissão do
Departamento das
Municipalidades em
Volta Redonda, no
exame das condições
para a emancipação
do 8º Distrito de
Barra Mansa.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
175
A CRONOLOGIA DOS ACONTECIMENTOS PARA REALIZAÇÃO
DO PLEBISCITO EM VOLTA REDONDA
Alkindar Costa
177
CÂMARA MUNICIPAL DE BARRA MANSA TENTA ANULAR ATO
DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA FLUMINENSE
A foto registra da
esquerda para a
direita, Norival de
Freitas, Mario Ferreira
Netto, Jamil Riskalla e
Aristoclides Ribeiro
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
181
inconstitucionalmente, porque o caso de Volta Redonda nada tem a ver
com os casos de Triunfo e Pinheiral, pois é legítimo o estabelecimento
pela Lei Orgânica das Municipalidades. O Vereador Ernesto Duarte da
Silveira defende um direito hipotético. O Vereador Enesto Duarte da
Silveira, com a palavra: “Estranho que o representante do PSD tenha
afirmado que eu defendo um direito hipotético.”
Foi aparteado pelo Vereador Dr. Jamil Rizkalla: “Atualmente, não
pertenço a nenhum partido político”. Continuou o Vereador Ernesto
Duarte da Silveira: “O que defendo é um direito constitucional”. A
seguir, usou a palavra o Vereador Dirceu Chiesse Coutinho, que protes-
tou contra a interferência indébita do Estado na autonomia do Municí-
pio, atendendo apenas aos interesses de certos Deputados. Lamentou
que alguns Vereadores que assinaram o requerimento tenham sido
acometidos, à última hora, de qualquer dor de barriga, que os obrigou a
se licenciarem das funções. “Ontem comentavam eles pelas ruas da
Cidade que absurda era a emancipação e defendiam os interesses de
Barra Mansa; hoje recusam-se a comparecer, a fim de votarem o
próprio requerimento que assinaram”. Foi longo em sua exposição o
Vereador Dirceu Chiesse Coutinho e finalizou fazendo um apelo ao
eleitorado de Volta Redonda, caso fosse concretizada a emancipação,
soubesse escolher seus representantes a fim de evitar o que estava
sucedendo naquele momento, quando vários Vereadores, temerosos
de enfrentarem a opinião pública, acovardados, preferiam licenciar-se
para que seus suplentes, mais corajosos, enfrentassem os debates que
estavam sendo realizados.”
Alkindar Costa
183
desse conhecimento à Assembléia do Estado, por ofício ou telegrama,
que o requerimento do Vereador Ernesto Duarte da Silveira propondo
recurso contra o ato que concedeu a emancipação de Volta Redonda foi
rejeitado pela maioria dos Vereadores presentes à reunião. O Sr.
Presidente manteve seu despacho, declarando que o mesmo nenhum
prejuízo traria ao Vereador Wilson de Paiva, visto que ele poderia obter
a certidão da ata, com a qual daria ciência à Assembléia.
Era o que continham ditas folhas. Por ser verdade, eu, Thaís da Rocha
Leal, Auxiliar de Secretaria datilografei e assino a presente, aos cinco
dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e cinqüenta e sete.
Thaís da Rocha Leal. Visto - João Baptista de Pinho Carvalho
Presidente.”
Ainda, com tramitação dificultada foi, finalmente, aprovado e convertido na LEI 2.185,
de 17 de julho de 1954, o projeto do Deputado Vasconcellos Torres. Nascia o Município de
Volta Redonda, cujo texto foi publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro.
Eis o texto:
A lei de emancipação de Volta Redonda não foi sancionada no dia 17 de julho, como
se comemora.
O projeto teve sua apreciação final pela Assembléia Legislativa às 00h15min do dia
18 de julho, sendo remetida no mesmo dia ao Governador para sanção, o que ocorreu em
19/07.
No ato interferiu o Prof. Jaime de Souza Martins que pediu e foi atendido, e o Gover-
nador mandou buscar outro texto na Assembléia Legislativa, assinando a Lei 2.185 com
data de 17 de julho de 1954, às 15h00min do dia 19.
Jaime, com o ato, procurava homenagear a Cidade de Sabará que foi criada em 17
de julho de 1711, onde foi criada a 1ª Grande Siderúrgica Particular e em Volta Redonda
situava-se a 1ª Grande Siderúrgica Oficial.
Jaime destacava que Itabirito, perto de Ouro Preto, era irmã de Resende, assim
como de Barra Mansa e bisavó de Volta Redonda.
Alkindar Costa
185
A INSTALAÇÃO DO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA
ESTABELECIDA EM LEI
Alkindar Costa
187
PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO - PSD
Norival de Freitas ......................................................................... 360 votos
José Marques Simões ................................................................. 293 votos
Guilherme Duque Kozlowsky ....................................................... 270 votos
César Cândido Lemos ................................................................. 189 votos
SUPLENTES:
Guilherme Barbosa Passos ......................................................... 182 votos
Mário Ferreira Netto ..................................................................... 182 votos
Assibilio Tenório da Silva .............................................................. 167 votos.
Por ocasião da solenidade de diplomação dos eleitos, o Dr. Juiz Eleitoral fez desta-
que da equipe. E entre todos os relacionados desejamos fazer menção a duas equipes -
a que preparou as relações dos candidatos de Volta Redonda e Barra Mansa, registrados
pela 4ª Zona Eleitoral - Eleição de 3 de outubro de 1954, funcionários do Departamento
Administrativo (DPA) da CSN, Jorge Naves, Walter Naves, Carlos Henrique Neves, Paulo
Porto Magalhães, José Washington Garcia, e a dos funcionários da Rádio Sul Fluminense,
composta por Nery Miglioli, Luiz Fernando, Salvador Leite, Maurício Mello, Geraldo Feijó,
José Maria Caldeira, Joaquim Antônio Leite, Nélio Fernandes, Nardeli Rosa, Ubirajara Ramos
e Mauro Ferreira.
As seções Eleitorais que tiveram o maior número de eleitores foram destacadas do
seguinte modo:
Alkindar Costa
189
“NÃO DESEJO OCUPAR O QUE NÃO ME PERTENCE”
Alkindar Costa
191
Diretor Oswaldo Rodrigues Lima, Juiz de Direito da Comarca de Barra
Mansa, na forma da lei, reuniram-se em Sessões Solene as autoridades
e pessoas gradas, abaixo assinadas, numerosa assistência popular para
o fim de se declarar efetivamente em vigor para todos os efeitos, a
partir desta data o novo Quadro Territorial da República fixado para o
Estado do Rio de Janeiro pela Lei 2.185 (dois mil cento e oitenta e
cinco), de 17 (dezessete) de julho de 1954 (mil novecentos e cinqüenta e
quatro), na conformidade das normas gerais fixadas pela Lei Orgânica
Nacional nº 311, de 2 de março de 1938 na parte referente à circunscri-
ção deste Município. Aberta a sessão e de pé toda a assistência foi
cantado o Hino Nacional seguindo-se uma vibrante salva de palmas. O
Senhor Presidente, ainda de pé a assistência, pronuncia então em voz
clara e pausada as seguintes palavras inaugurais”.
Alkindar Costa
193
Em seguida, no auditório da Escola Técnica Pandiá Calógeras, foi realizada uma
reunião íntima onde usaram da palavra o Bispo D. José André Coimbra, Sávio Cotta de
Almeida Gama e Wilson de Paiva, respectivamente, Prefeito e Vice-Prefeito da Cidade do
Aço, Dr. Paulo Monteiro Mendes e Engº Renato Frota Rodrigues de Azevedo, Diretores na
CSN, Dr. Luiz Gonzaga de Souza Clímaco e Srª Orsina Prado de Castro, Vereadores
eleitos e Jorge Gustavo da Costa, representante da Fundação Getúlio Vargas. A solenida-
de foi, na íntegra, gravada pelo Rádio Continental do Rio de Janeiro.
Missa Campal na A solenidade de
instalação do municí-
pio de Volta Redonda, instalação do Município
em 02/02/1955, de Volta Redonda,
celebrada pelo Bispo aconteceu no Recreio
Dom José Coimbra, na
Praça Pandia do Trabalhador às
Calógeras 14:00 hs sendo presidi-
Acervo Alkindar Costa da pelo Dr. Oswaldo
Rodrigues Lima - MM
Juiz de Direito da
Comarca de Barra
Mansa. Da Mesa princi-
pal fizeram parte: Ismael
de Souza - Presidente
da CSN; o Dr. Paulo
Monteiro Mendes e Engº
Renato Frota Rodrigues de Azevedo - Diretores na CSN; Dr. Leopoldo Jerônimo Monteiro;
Dr. Remy Barbosa Vianna - Promotor Público da Cidade de Mendes; Dr. Francisco
Rodrigues - MM. Juiz Substituto da Comarca de Barra Mansa; Deputado Celso Peçanha;
Dom José André Coimbra - Bispo de Barra do Piraí; Srs. Sebastião de Paula Coutinho;
João Batista de Oliveira - Inspetor do Ministério do Trabalho; Padre Antônio Jankensk;
Miguel da Fonseca Rego; Eloy Chaves Filho, representante do Prefeito de Barra Mansa;
Sebastião Silva; Srª Orsina Prado de Castro - representante dos Vereadores de Volta
Redonda; Capitão José Fernando Bruno - Comandante da 1ª Cia. do 1º BIB, sediado em
Barra Mansa; Aydano de Castro; Sávio Cotta de Almeida Gama e Wilson de Paiva; Prefei-
to e Vice-Prefeito de Volta Redonda.
Registrada a presença da totalidade dos Vereadores, foi votada, em escrutínio
secreto, a Comissão Executiva da Câmara Municipal de Volta Redonda. Foram eleitos,
os Edis: César Lemos, Guilherme Duque Kozlowsky, Dermeval Pereira da Silva e Orsina
Prado de Castro, declarados respectivamente, Presidente, Vice-Presidente, 1º e 2º
Secretários.
Na mesma ocasião foi empossado o Prefeito eleito Sávio Cotta de Almeida Gama e
o Vice-Prefeito Wilson de Paiva.
Para atender ao protocolo, foi designada uma Comissão Especial de Recepção,
composta por Dermeval Pereira da Silva, Lúcio Andrade e Norival de Freitas - (para
recepção ao Prefeito) e José Marques Simões, Antônio Venturelli Netto e Jamil Wadih
Rizkalla - (para recepção ao Vice-Prefeito).
Na solenidade usaram da palavra o Dr. Manoel Gomes Filho, Dom José André
Coimbra, Vereadores César Cândido Lemos, Antônio Venturelli Netto, Dr. Luiz Gonzaga
de Souza Clímaco, Raymundo Bento de Aguiar, Dr. Jamil Wadih Rizkalla, Orsina Prado
de Castro, o Presidente da CSN, em exercício - Dr. Ismael de Souza, Deputado Federal -
Celso Peçanha, Dr. Remy Barbosa Vianna - Promotor de Justiça da Comarca de
194 Volta Redonda Ontem e Hoje
Mendes, Wilson de Paiva - Vice-Prefeito, encerrando-se os discursos com o pronuncia-
mento do Prefeito Sávio Cotta de Almeida Gama.
Pela primeira vez, foi cantado o Hino de Volta Redonda, de autoria de Sylvio Fernandes
de Oliveira e Adauto de Oliveira, por um Coral formado especialmente para tal fim, regido
por Sebastião Rufino Keller, com acompanhamento da Banda de Música Santa Cecília.
Existiu um pronunciamento ao qual se deve dar ênfase e destaque especial - o de
Jamil Rizkalla, o emancipador - que usando da palavra, colocou-se em sua antiga posi-
ção de Presidente do Centro Cívico que objetivava a emancipação político-administrativa
de Volta Redonda.
Em 06/02/1955, o
MM.Juiz de Barra
Mansa, Dr. Oswaldo
Rodrigues Lima,
preside a solenidade
de posse dos eleitos,
tendo à sua direita o
Bispo Dom José e à
sua esquerda o
emancipador Miguel da
Fonseca Rego.
Acervo Alkindar Costa
Em 06/02/1955,
discursa o prefeito
eleito, Sávio Gama,
tendo à sua frente
(com o microfone), o
emancipador Nery
Miglioli.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
195
Universo. Solicito a cada um dos presentes para que abram caminho,
deixando vaga a entrada deste recinto. Na força do nosso pensamento
esperamos que todos sintam a entrada de Lucas Evangelista para que,
em nossa saudade e nas nossas recordações receba os aplausos que
são seus. É a realidade de um pensamento positivo da qual não pode-
mos fugir.”
E uma passagem foi, imediatamente, aberta no Recreio do Trabalhador. A grande
homenagem foi prestada ao eterno ausente da campanha vitoriosa da emancipação de
Volta Redonda.
Já à noite, na Praça Brasil o ponto final das comemorações deu-se com o recital da
Banda de Música da Academia Militar das Agulhas Negras, quando, mais uma vez, foi
executado entre outros números, o Hino da Cidade, de autoria de Sylvio Fernandes de
Oliveira (Letra) e Adauto de Oliveira (Música).
Registre-se, ainda, que na véspera, dia 05, no Aero Clube de Volta Redonda, reali-
zou-se o Baile da Alvorada.
196 eleitores na Cidade do Aço. Faleceu na cidade de Barra Mansa, onde sempre residiu.
“SUTILEZAS DA HISTÓRIA”
Alkindar Costa
197
DOCUMENTO INÉDITO DE JAYME MARTINS DÁ PREÇO À
EMANCIPAÇÃO
Durante algum tempo procurei junto ao Professor Jayme de Souza Martins, infor-
mações que confirmassem o que já me havia sido contado por Miguel Fonseca Rêgo.
Jayme Martins fez uma palestra no Rotary Clube de Volta Redonda-Leste e ao con-
cluí-la apanhei os originais que foram usados.
O texto apresenta as seguintes considerações:
No centro da foto, de
1956 (de branco) a
figura do Prof. Jaime
de Souza Martins,
tendo ao seu lado
esquerdo o prefeito
Sávio Gama,
seguindo-se da
jornalista Mara Santos,
e os veradores José
Marques Simões,
Lúcio Andrade e
Jamil Riskalla,
quando das
comemorações
natalinas
naquele ano.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
199
Naquele momento, porém, afligia-me o adiantamento da hora, a inter-
minável lengalenga dos senhores Deputados, lá dentro, aquelas duas
figuras cá fora, praticamente sós e ocultas pelo friozinho de julho, pelo
silêncio circundante, pela imobilidade do Sávio que parecia uma está-
tua esquecida no desvão do pórtico, pela gesticulação sopitada do
encapuzado, pela demora da entrevista inesperada.
Mas a quem pedir socorro? Voltar atrás e chamar o Miguel Rêgo ou a
Diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos: o Alan Cruz, o Walter Milen, o
Joaquim Heliodoro, o José Pereira que foram os verdadeiros arquite-
tos da estratégia para se chegar àquele momento em que tudo se pode-
ria perder? Lembre-se que colocar o Sávio à testa do movimento foi
idéia do Alan.
Felizmente, antes que me pudesse decidir, Sávio se mexeu, tirou algu-
ma coisa do bolso interno do paletó e alguma outra coisa do bolso tra-
seiro da calça, inclinou-se sobre o console formado pela base da colu-
na que os ocultava e pôs-se a escrever.
Este é o detalhe para o nosso 17 de julho. Sávio escrevendo. Não faltará
quem diga que, se não estiver mentindo, estarei pelo menos exageran-
do: todos sabem que Sávio não gosta de escrever. Ledo engano. Em
determinados momentos, só ele sabe e, para os problemas de Volta
Redonda, só ele pode escrever certos números, palavras, datas e no-
mes decisivos. Convençam-se disso.
Mas eu não vislumbrava, sequer, o que ele pudesse ter escrito. Um tele-
grama diante do irremediável? Nomes, endereços, telefones? Uma au-
torização para o encapuzado do outro lado da Guanabara? Sei lá...
Logo que os dois se separaram, aproximei-me. A minha vontade de
saber o que Sávio havia escrito e entregue ao encapuzado talvez não se
referisse propriamente ao conteúdo da mensagem, mas sim ao contro-
le que todo grupo exercia sobre o que cada um de seus membros fazia,
escrevia, transportava, inquiria ou representava. A inexperiência nessa
área custara à causa da Emancipação alguns anos de retardamento.
Em dado momento, nem a secretaria da Assembléia sabia onde se en-
contrava o processo inicial da pretensão voltarredondense. Foi exata-
mente aí, saindo da fase dramática, a Emancipação se colocou nova-
mente em marcha. Heitor Leite Franco foi o homem que descobriu o
processo, desenterrando-o das gavetas onde o ocultava Jaime Ponce
de Leon, Deputado por Três Rios, filho de Barra Mansa, que, julgando
prestar um bom serviço à sua terra natal, havia desse modo torpedea-
do as aspirações de Volta Redonda. Foi Walter Millen quem convenceu
Heitor Leite Franco a se transformar no paciente descobridor daquela
peça essencial.
Logo que o encapuzado se afastou, porém, aproximei-me do Sávio. Não
cheguei nem mesmo a perguntar-lhe nada. Fuzilou-me com aqueles
seus olhos claros que parecem tão afáveis, quando nos querem
sugestionar, e que, naquele momento, chispavam em todas as direções.
Com um gesto brusco de mão, fez-me sinal que entrássemos. Não vol-
tou a sentar-se onde estivera quase o dia inteiro. Procurou uma frisa
Alkindar Costa
201
trigantes. “Por que os líderes da Associação Comercial de Barra Mansa
se opunham a uma presidência que não fosse do primeiro distrito?
Porque se opuseram eles à reforma de seus estatutos, mesmo corren-
do o risco de prejudicar o Município com a perda de um de seus distri-
tos e uma das suas melhores fontes de renda?”
O Sindicato, em peso, se envolve na especulação de uma resposta que
satisfizesse, a começar pelos assistentes jurídicos, o Dr. Geraldo Ribei-
ro, o Dr. Jamil Rizkalla, o Dr. Gomes Filho, o Dr. Raimundo Nonato. Aos
poucos, formava-se a consciência de que:
Alkindar Costa
203
5º - A liberdade é, sobretudo, função de organização, uma esclarecida e
produtiva associação de trabalho baseada em autêntica apuração de
capacidades e vocações, com eliminação da preconceituosa autorida-
de de uns poucos que se acreditam, os únicos capazes de decidir dos
índices de sobrevivência da maioria.
Jayme de Souza Martins deixou ainda no verso das folhas datilografadas, com a
sua letra desenhada, as seguintes informações:
Alkindar Costa
205
9 - De fato, Sávio chegou a reunir o Diretório de Barra Mansa para tratar
do assunto, não atingindo nenhum resultado positivo em relação aos
nossos objetivos.
10 - Entrementes, sentimos necessidade de conseguir mais um aliado.
Volta Redonda já possuía uma Delegacia de Polícia Especial, já possuía
uma Coletoria Estadual Especial, já possuía uma especial proteção do
Exército Nacional que, embora sediado em Barra Mansa, ali está para
Segurança da CSN. Expus isso ao Coronel Barcelos Feio, Secretário da
Segurança do Estado e Secretário do Diretório do PSD. Disse-lhe que
pertencia ao Partido, em Minas. Mas que nós (o pessoal do Sindicato e
eu) só ingressaríamos no PSD de V. Redonda se o Diretório Regional
nos considerasse dissidentes do Diretório de Barra Mansa e nós tivés-
semos liberdade de nos entendermos com o Regional sem a censura
do Municipal. O Coronel Feio ficou de me dar uma resposta na outra
semana.
11 - Fui ao Sávio e lhe contei o que estava ocorrendo. Ele olhou-se
enviesado e me perguntou: - E eu, como é fico? Eu lhe respondi - Se o
Regional topar, você deixa o Municipal ou deixa o Distrital. A escolha é
sua.
12 - Na outra semana, Sávio me chamou para almoçar e me disse que o
Coronel Feio havia discutido o caso com ele, afirmando que o Diretório
Regional via com bons olhos a nossa proposta, defendida com interes-
se pelo Deputado Vasconcellos Torres. Sávio afirmou, então, que já ha-
via convocado o Diretório Municipal para tratar do caso. Fiz-lhe ver que
o Diretório de Barra Mansa
estava completamente
afastado do caso e nada tinha
a resolver. Ele, sim, ele é que
devia tomar uma atitude; ou
lá ou cá. E ele me perguntou:
E como é que eu faço? Eu
respondi-lhe: Você vai
Jaime Martins
foi um entusiasta aproveitar a convocação e
da Emancipação. anunciar ou entregar a sua
Presenciou os
principais
renúncia.
acontecimentos do
movimento.
13 - Participei da reunião do
Acervo Alkindar Costa
Diretório de Barra Mansa
que, gentilmente, me
permitiu falar. Expus-lhe que
as mães choram mas os
filhos casam. E informei-os
de que era portador da
renúncia de Sávio à
Presidência do Diretório de
Barra Mansa, optando pela
Presidência do Diretório de
V. Redonda, no qual
entramos em bloco.
Alkindar Costa
207
14 - É claro que a candidatura do Alan só servia para negociações futu-
ras de que sempre estive informado. Mas o nosso caminho estava de-
simpedido. Trouxemos o Sávio para o nosso lado. Silenciamos os com-
panheiros do PSD de Barra Mansa. E andamos para a frente, sem mai-
ores tropeços. Todos os episódios posteriores nos foram favoráveis.
Outros detalhes são, até certo ponto, irrelevantes, mesmo quando can-
sativos e onerosos.
Está aí, amigo Alkindar, mais uma paginazinha da nossa História. E posso
terminar, como São João Evangelista: “Dou testemunho dessas coisas
e sou quem as escreve e pode acreditar que o meu testemunho é verda-
deiro.
Grato
Jayme Martins
Três da manhã de 21/10/1988".
Em 07/09/1971,
na Câmara Municipal
de Volta Redonda,
José Botelho de Atayde
(o segundo na
esquerda da foto),
merecidamente, por
sua preocupação com
o município, recebe o
seu título de cidadão
Voltarredondense.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
209
Miguel da Fonseca
Rego, líder
emancipacionista, em
pronunciamento oficial
na reunião solene da
Câmara Municipal de
Volta Redonda em
17/07/1979.
Acervo Alkindar Costa
Vasconcelos Torres,
autor da lei 2.185,
referente a emancipa-
ção de Volta Redonda.
A foto registra a
homenagem feita a
esse grande líder, na
reunião solene da
Câmara Municipal, em
17/07/1973, tendo ao
fundo o vereador Jorge
Pantaleão Alves.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
211
No dia 25 de setembro de 1982, quando aguardava em Petrópolis a caravana de
Miro Teixeira, Vasconcellos Torres, passou mal e pediu ao seu motorista, Juarez de Mello,
que o levasse para Niterói-RJ. No deslocamento foi registrada uma piora, obrigando a
intervenção da Polícia Rodoviária Federal, que levou o ex-senador para o pronto socorro
do Sase em Xerém, Caxias. Os esforços feitos não foram suficientes para evitar o seu
falecimento em conseqüência do enfarte pouco depois de chegar ao hospital.
O corpo do ex-senador foi velado no plenário da Câmara Municipal de Niterói, sendo
encomendado às 13:00 horas do dia 26/09/82 pelo Frei Beraldo, da Igreja Porciúncula de
Santana, de Niterói, sendo sepultado no jazigo perpétuo da família, no Cemitério de Maruí,
em Niterói, cinco dias após o falecimento de sua mãe Zélia Vasconcellos Torres, e com
62 anos de idade deixando a esposa Carlota Paz Vasconcellos Torres, e os filhos João
Batista (engenheiro) Angela Cristina (advogada), Clara Maria (socióloga) Antônio Rosalvo
Vasconcellos (político).
Paulo Monteiro
Mendes, Educador e Paulo Monteiro Mendes foi um
político atuante, teve dos primeiros a integrar a área de
ação destacada na luta
pela Emancipação do saúde da Companhia Siderúrgica
Município de Volta Nacional, sendo o Diretor Secretário
Redonda. da Empresa a partir de 21 de
Acervo Alkindar Costa
setembro de 1954 até o ano de 1961.
Político militante, teve participa-
ção destacada no movimento de
emancipação da Cidade, como
deputado estadual.
Faleceu em 15 de abril de 1989,
na Cidade do Rio de Janeiro, quando
não faltou a presença de “parentes e
de velhos companheiros da
Companhia Siderúrgica Nacional”.
Alkindar Costa
213
O primeiro Convite
expedido após a
emancipação,
convidando Deputados
Estaduais para visitar
a nova cidade de
Volta Redonda.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
215
Inauguração da
Avenida Lucas
Evangelista de Oliveira
Franco, ao lado da
atual sede da
Prefeitura Municipal,
na Administração
Sávio Gama, na
esquerda da foto,
acompanhado por sua
esposa, ladeado por
Wilson de Paiva.
Na dreita da foto
Manoel Heronides de
Holanda, um dos
grandes batalhadores
para a criação do Lar
do Velhinhos em Volta
Redonda. Na sua
direita, em segundo
lugar, um dos grande
tribunos da cidade, Dr.
Manoel Gomes Filho.
A sequencia de fotos
registra a solenidade e
o momento em que
atletas da cidade
ateiam fogo a
cobertura da placa
deixando a mostra o
nome da avenida.
No centro da foto,
José Sayão Lobato e
sua esposa
“Tia Maninha”.
Acervo Alkindar Costa
Foi em 1254, nas Cortes de Leiria, no reinado de Afonso III que surgiram os denomi-
nados “PROCURADORES” que falando em nome do Povo, procuravam soluções aos
difíceis caminhos da administração. Surgia a primeira imagem do vereador e a formação
das Câmaras Municipais.
Partindo das Ordenações AFONSINAS, que declaravam que as Câmaras Munici-
pais seriam compostas dos JUIZES PEDANEOS (seu presidente nato) e de vereadores
eleitos pelos HOMENS BONS da terra, chegamos ao início da vida municipal pelas Orde-
nações MANUELINAS, publicadas em 1514, quando D. Manuel concedeu às Câmaras o
direito de elegerem os juízes AVINDOURES ou CONSERTADORES DE DEMANDAS.
Em 1603 com a publicação das Ordenações FILIPINAS, criou-se de um modo geral, as
funções dos Municípios, estabelecendo-se um sistema de acordo com qual deviam ser
atendidas as eleições dos Oficiais das Câmaras.
O conceito dominante de “VEREAR” era fazer justiça, governar no respectivo Con-
selho, Cidade ou Vila; “VEREANÇA” era a Junta dos Oficiais das Câmaras para ordena-
rem o que era bem com o Conselho e Utilidade Pública. Hoje, segundo José Afonso Silva,
in “Manual do Vereador”, a palavra “VEREADOR vem do verbo VEREAR e que significa
“PESSOA QUE VEREIA” isto é, pessoa que tinha a incumbência de vigiar pela Comuni-
dade, bem estar e sossego dos Municípios. VEREAÇÃO era o lugar de verear, ou o con-
junto de vereadores no exercício de suas funções. A palavra permaneceu no Direito Bra-
sileiro com sentido bastante modificado, significando, modestamente, o membro da Câ-
mara Municipal, o “Legislativo Municipal”.
Alkindar Costa
217
Segundo Alexandre Herculano, in “História de Portugal”, volume 32 , “O vocábulo
HOMENS BONS ( boni-homínes), que, tratando das classes não nobres, é aplicado em
espécie a todos HERDADORES (indivíduos não nobres, que possuem hereditariamente
a propriedade livre), como a mais autorizada entre elas encontrar-se-á em certos monu-
mentos, principalmente em atos jurídicos, qualificando os indivíduos mais respeitáveis
das classes nobres e privilegiadas”.
Destaque-se que os “homens bons” e as pessoas do povo que podiam votar , eram
pelos corregedores ou juízes a quem incumbia presidir as eleições, qualificados em ca-
dernos, onde se escreviam os seus nomes com todas as individuações necessárias
para verificar-se a idoneidade, exigidas pelas leis, forais e costumes. Não eram qualifica-
dos os mecânicos operários, degredados , judeus e outros que pertenciam à classes dos
peões.
No Brasil, já elevado a categoria de reino, a importância das Câmaras ficou, conve-
nientemente, definida com o fato de ter sido o “F i c o” declarado em janeiro de 1892,
perante a Câmara do Rio de Janeiro, de quem partiu o manifesto nesse sentido. Após a
Independência, as Câmaras mantiveram sua importância, condicionada pelos novos ele-
mentos políticos em jogo. Com a Proclamação da República e a conseqüente sucessão
de leis, as Câmaras viram seus poderes serem diminuídos e cair a importância dada aos
Vereadores. Todavia, em um regime democrático, constitui a Câmara Municipal o primei-
ro degrau de uma escada, o mais difícil, o mais trabalhoso, onde seus ocupantes em
contato direto com o Povo, se transformam e se mesclam com os reais condutores das
aspirações populares.
O VEREADOR
218 eleições municipais foi uma conseqüência das determinações constantes do artigo 22 da
Volta Redonda Ontem e Hoje
Lei 2218 de 10 de agosto de 1954, aliada ao fixado pelo Juiz Eleitoral de Barra Mansa, Dr.
Oswaldo Rodrigues Lima, fato que se consumou em 03 de outubro de 1954.
Para uma participação de representantes do PTB, PSB, UDN, PSP e PSB, votaram
11.516 eleitores inscritos no Município de Volta Redonda.
1ª LEGISLATURA
Orsína Prado de
Castro, foi a primeira
mulher a compor o
Legislativo
PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO (PTB) voltarredondense.
Nasceu em 24/01/191
Dermeval Pereira da Silva, 294 votos; Lúcio em Barbacena - MG e
Andrade, 267 votos; Antônio Venturelli Netto, faleceu em 13/01/1999
266 votos; Francisco Gomes do Nascimen- em Volta Redonda, a
cidade que escolheu
to, 264 votos e Orsína Prado de Castro, 247 para viver.
votos. Acervo Alkindar Costa
SUPLENTES:
Guilherme Barbosa Passos, 182 votos; Mário Ferreira Netto, 182 votos e
Assíbllio Tenório da Silva, 167 votos.
Hermiton da Silveira Moura, 173 votos; Vigilato Peixoto, 119 votos e Aristoclides
Ribeiro, 71 votos.
PARTIDO SOCIAL PROGRESSISTA (PSP)
Jamil Wadih Rizkalla, 186 votos.
SUPLENTES:
Alkindar Costa
219
PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO (PSB)
Raymundo Bento Aguiar, 158 votos.
SUPLENTES:
José Braz Vieira, 145 votos; João de Deus Teixeira de Carvalho, 70 votos e
David Alves, 60 votos.
Suplente que assumiu na Legislatura
Wammyr de Carvalho, em razão do falecimento de Francisco Gomes do
Nascimento, em 22/04/1998.
2ª LEGISLATURA
Arthur Adacto Pereira de Mello, 235 votos e Jofre Catta Preta, 227 votos.
Djalma de Assis Mello, 162 votos e Carlos Jorge de Mello, 156 votos.
Francisco Assis Maciel da Silveira, 187 votos e João Pereira de Queiroz, 141
votos.
Suplentes que assumiram na Legislatura
Djalma de Assis Mello, Francisco Assis Maciel da Silveira, Guilherme Barbo-
sa Passos e Paulo Leopoldo Marçal.
3ª LEGISLATURA
Plenário da Câmara
Municipal de Volta
Redonda em sua
primeira sede.
Reunião solene de
entrega de títulos de
cidadania. Na tribuna
o vereador Jamil
Rizkalla.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
Joaquim de Aquino Ramos, 339 votos e Antônio Venturelli Netto, 309 votos.
221
PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO (PTB)
Italo Granato, 297 votos; Manuel Rocha, 297 votos e Guilherme Barbosa
Passos, 286 votos.
SUPLENTES:
Leonel Dacol , 705 votos; Joaquim de Aquino Ramos, 575 votos e Francisco
de Assis Maciel da Silveira, 525 votos.
Em 24/08/1956, o
público que
compareceu à reunião
ordinária da Câmara
Municipal em sua
primeira sede na Rua
1º de Maio, no bairro
Aterrado. Quatro filas
de cadeiras eram
destinadas aos
munícipes.
Acervo Alkindar Costa
SUPLENTES:
José Ferreira de Oliveira, 548 votos; Jonas de Carvalho, 546 votos e Djalma
de Assis Mello, 542 votos.
Suplentes que assumiram na Legislatura
Djalma de Assis Mello, Jonas de Carvalho, José Ferreira de Oliveira e Leonel
Dacol.
Alkindar Costa
223
5ª LEGISLATURA
Plenário da Câmara
Municipal de Volta
Redonda em
23/01/1973.
Segunda sede do
Legislativo na Praça
Sávio Gama, no
segundo andar do
edifício da Prefeitura
Municipal.
Na direita da foto,
em primeiro plano, o
vereador Jonas de
Carvalho.
Acervo Alkindar Costa
Odílio Pereira da Costa, 577 votos; Angela Maria Padilha Velasco, 574 votos
e Tito de Paula, 571 votos.
Élio David de Almeida, 658 votos; Felipe da Costa Patriota, 652 votos e Walter
Hosken, 650 votos.
7ª LEGISLATURA
Angela Maria Padilha Velasco, 787 votos e Iram Natividade Pinto, 860 votos.
Alkindar Costa
225
MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO (MDB)
William de Freitas, 1.771 votos; Aristides Martins da Silva, 1.645 votos;
Adherbal de Almeida Sant’Anna, 1.558 votos; Sebastião Francisco Rodrigues,
1.532 votos; Jorge Pantaleão Alves, 1.420 votos; Jiúlio Caruso, 1.172 votos;
Onício Zamboti, 1.145 votos; Jonas de Carvalho, 1.133 votos; Firmino Go-
mes, 1.042 votos; Djalma de Oliveira, 1.006 votos e Ilson Teodoro de Souza,
939 votos.
SUPLENTES:
Emerson Nascimento da Silva Sepúlveda, 935 votos e Hélio Ribeiro, 930
votos.
Inauguração da
terceira sede do
Legislativo Municipal
de Volta Redonda, em
04/09/1980, na avenida
Lucas Evangelista de
Oliveira Franco, 511,
no bairro Aterrado.
Acervo Alkindar Costa
8ª LEGISLATURA
Nélio Medina, 1.038 votos; Adolfo Furtado Gonçalves, 1.015 votos e Otávio
Periard Amaral, 978 votos.
Ary Medeiros da Silva, 671 votos; Sebastião Francisco Rodrigues, 654 votos
e Cláudio Nicolau Yabrudy, 641 votos.
Vereadores da 4ª
Legislatura em foto
oficial com o Prefeito
Sávio Gama, em 1967.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
227
PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT)
Edson Ricardo Sant’Anna, 944 votos.
SUPLENTES:
Elísa Maria Ferreira, 579 votos; Paulo Roberto Vilela Pereira e José Roberto
Nicolau, 407 votos.
Suplentes que assumiram na Legislatura
Angela Maria Padilha Velasco, Ary Medeiros da Silva, Joaquim de Aquino
Ramos, Nélio Medina, Sebastião Francisco Rodrigues e Sillas Soares de
Almeida.
O trabalho da Câmara
Municipal sempre
esteve voltado para o
atendimento do povo.
Na foto de 31 de março
de 1964, enquanto o
país se via mergulhado
numa revolução, o
Legislativo
voltarredondense
buscava açucar em
Campos -RJ, para
vender à população.
Foi a maior fila já
registrada em
movimentos dessa
natureza.
Acervo Alkindar Costa
9ª LEGISLATURA
Nélio Medina, 650 votos; Joaquim Leonardo Guerim, 609 votos e Paulo Fran-
Aldilio Carvalho França, 546 votos; Cláudio Castro de Paula, 536 votos e
José Arnaldo Soares Monteiro, 509 votos.
José Campos Rodrigues, 319 votos; Marcus Neves Meira, 263 votos e Elias
Cazoni, 256 votos.
PARTIDO LIBERTADOR (PL)
Mário Ribeiro de Souza Carneiro Neto, 769 votos e Edson Pedro da Cruz,
421 votos.
SUPLENTES:
Francisco Dias Caetano, 403 votos; Walmir Vitor de Souza, 391 votos e José
Geraldo Barbosa Chaves, 390 votos.
Alkindar Costa
229
PARTIDO DEMOCRÁTICO CRISTÃO ( PDC)
Lenine Sérgio Lima de Moura, 641 votos.
SUPLENTES:
Lecy Fernandes de Souza, 365 votos; Nilton de Aguiar, 307 votos e Cláudio
Valente Viana, 263 votos.
Suplentes que assumiram na legislatura
Aldílio Carvalho França e Milton Carlos Moreira da Silva.
10ª LEGISLATURA
José João do Nascimento (PST), 372 votos; Sebastião Ribeiro Leite (PST),
362 votos e Odonia Gomes (PST), 349 votos.
Plenário da Câmara
Municipal de Volta
Redonda em 1990.
A terceira sede do
Poder Legislativo da
Cidade do Aço é um
projeto de autoria do
arquiteto Antônio
Gustavo - o PG.
Acervo Alkindar Costa
Júlio Maria Tavares de Castro (PRP), 410 votos; André Silva Oliveira (André
Padeiro) (PRP), 257 votos e José Carlos da Silva (Zeca) (PRP), 233 votos.
Emanuel Paiva de Andrade (PT), 579 votos; Zaudino Tessaro (PT), 572 vo-
tos e Evaldo Pontes da Silva (PT), 530 votos.
Hércules Machado Pereira, 435 votos; Carlos Alberto de Sant’Anna, 363 vo-
tos e Brito de Oliveira, 292 votos.
José Ivo de Souza, 505 votos; Waldir do Amaral Bedê, 430 votos e Guanayr
de Souza Horst, 331 votos.
Lenine Sérgio Lima de Moura, 664 votos; Eliezer de Souza Cruz, 507 votos e
Alkindar Costa
Washington Tadeu Granato Costa, 395 votos.
231
PARTIDO LIBERAL (PL)
Walmir Vitor de Souza 871 votos e Edson Pedro de Cruz 731 votos;
SUPLENTES:
Francisco Dias Caetano, 721 votos; Ivan Gomes dos Santos, 583 votos e
Amaro Ronaldo Inácio Filho, 540 votos.
Milton Carlos Moreira da Silva, 1.177 votos; Everaldo Vieira Guimarães, 972
votos e Adolfo Furtado Golçalves, 643 votos.
José Israel dos Anjos, 977 votos; Maria Zeli Abreu de Souza (ZEZA), 970
votos e Paulo Francisco da Silva, 552 votos.
11ª LEGISLATURA
Silvia Maria Cunha dos Santos Amorim 878 votos, Maurício Batista 838
votos, Claro Mariano de Lima Filho 567 votos
Estefânio Alves 889 votos, José Martins de Assis 870 votos, Cláudio Valente
Viana 853 votos
Carlos Roberto Paiva 1.077 votos, Roberto Dutra de Oliveira 975 votos, José
Alexandre Alves – Macaia 947 votos
Carmem Lúcia Costa de Carvalho 749 votos, Edson Carlos Quinto 729
votos, Wantuir Soares de Paula 702 votos
Edson Pedro da Cruz 833 votos, Maurício Menicucci Pizzolante 737 votos,
João Elias Auad 516 votos
Alkindar Costa
233
PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO (PTB)
Maurício Pessoa Garcia Junior 1.144 votos, Washington Tadeu Granato Costa
996 votos
SUPLENTES
Zeomar Tessaro 861 votos, José Maria da Silva 610 votos, Maria das Dores
Pereira Mota 599 votos
12º LEGISLATURA
Paulo Afonso Neto 1.415 votos, Adão Pedro Alves 1.355 votos, Carlos Antô-
nio Moreira de Barros 725 votos
Ana Maria Valestain 1.316 votos, Sebastião Antônio da Silva 1.131 votos
234 Volta Redonda Ontem e Hoje
PARTIDO PROGRESSISTA BRASILEIRO (PPB)
Francisco Novaes Filho 2.378 votos
SUPLENTES
Ivan Gomes dos Santos 1.698 votos, Valnei Bittencourt Saturno 1.244 votos
Silvia MariaCunha dos Santos Amorim 1.554 votos, José Ivo de Souza
1.423 votos
Jorge de Oliveira (Zoinho) 1.498 votos, Roberto Dutra de Oliveira 1.421 votos
Alkindar Costa
235
Reunião Solene de 17/07/1978. Na esquerda da foto, em primeiro plano, José Domingos de Macedo, Acácio da
Rocha e Elias Casoni, quando da entrega de títulos de cidadania voltarredondense.
Nos 25 anos de Volta Redonda, em 17/07/1979, reuniu-se parte da primeira Câmara, com os integrantes do
Legislativo em exercício. Na segunda fila, da esquerda para a direita, Antônio Ventureli Netto, Cesar Cândido
Lemos, Dermeval Pereira da Silva, Guilherme Duque Kozlowsky, Luiz Gonzaga de Souza Climaco, Jamil Wadih
Rizkalla, José Marques Simões, Lúcio Andrade e Orsina Prado de Castro, homenageados como vereadores da 1ª
Legislatura.
Na primeira fila, Acácio da Rocha, Sebastião Carlos Gama, Elias Cazoni, Ettori Dalboni da Cunha e Gibraltar
Pedro de Oliveira Vida, vereadores no exercício do mandato.
Alkindar Costa
da Mesa Diretora.
237
4º José Domingos de Macedo ....................... 31/10/1971 a 24/04/72
Eleito para completar o mandato da presidência renunciante.
Gibraltar Pedro de
Oliveira Vidal, eleito
em 15/11/1970
(5ª Legislatura),
permanceu no
Legislativo de Volta
Redonda sendo
reeleito sucessiva-
mente até 31/12/1996
(10ª Legislatura).
O fato é um recorde na
área política da
cidade, sendo
Gibraltar reconhecido
como o vereador que
cumpriu mais
mandatos - 24 anos
sucessivos de
atividade política,
sendo presidente da
Câmara Municipal por
dois períodos.
Acervo Alkindar Costa
Maurício Pessoa
Garcia Jr.,
Bacharéu em Direito
e Administrador de
Empresas, presidente
da Câmara Municipal
no Cinquentenário de
Volta Redonda.
Acervo Câmara Municipal
Alkindar Costa
239
SUPLENTES QUE ASSUMIRAM O MANDATO
Alkindar Costa
241
Sebastião Francisco Rodrigues Parente (PMDB) .... 15/04/86
como efetivo em razão da assassinato do Vereador Ary Medeiros da Silva em 05/
04/1986.
Alkindar Costa
243
Domingos Maia ......................................................... 24/08/1991
Silvestre Pereira Rosa .............................................. 30/11/1992
Orlando Alvisi ............................................................ 28/08/1993
Guilherme Duque Kozlowsky .................................... 01/05/1995
Braz de Oliveira Coura ............................................. 27/08/1995
Sebastião Francisco Rodrigues (Parente) ............... 12/04/1996
João Alberto Chaves Ribeiro ..................................... 01/05/1996
Naim Lopes de Menezes .......................................... 04/10/1996
Adherbal de Almeida Sant’Anna ................................ 23/02/1997
José Israel dos Anjos ................................................ 08/08/1997
Antônio Venturelli Netto ............................................. 20/11/1998
Luiz Gonzaga de Souza Clímaco ............................. 22/12/1998
Orsina Prado de Castro ............................................ 13/01/1999
Fernando Mário Netto ................................................ 02/09/1999
Oswaldo Ceribella ..................................................... 01/05/2000
Lecy Fernandes de Souza ........................................ 20/05/2000
Dercide Monteiro Guimarães .................................... 20/11/2000
Benedito Dias Fonseca ............................................ 01/06/2001
José Marques Simões .............................................. 07/06/2002
Francisco de Assis Maciel da Silveira ....................... 24/11/2002
Lúcio Andrade ........................................................... 21/03/2003
José Ferreira de Oliveira - JUQUITA ......................... 29/03/2003
Ely Coutinho .............................................................. 10/07/2003
Joaquim de Aquino Ramos ....................................... 22/07/2003 - Atropelamento.
Adelmo Andrade Junqueira ....................................... 06/02/2004
Quirino Catta Preta ................................................... 02/05/2004
Vander Lucas de Campos Ávila ................................ 14/06/2004
Alkindar Costa
245
VEREADORES ELEITOS PREFEITO DE VOLTA REDONDA
Quando a Constituição Federal foi promulgada, o artigo 11, Parágrafo Único do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias estabeleceu:
Artigo 11 – Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes,
elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da
promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.
Parágrafo Único – Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câ-
mara Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respecti-
va, em dois turnos de discussão e votação, respeitando o disposto na
Constituição Federal e na Constituição Estadual.
Vereadores e
Comunidade
trabalham juntos na
elaboração do texto da
Lei Orgânica
Municipal em
10/01/1990.
Na Direita da foto o
vereador José Garcia.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
247
A segunda chapa foi constituída por:
Presidente ...............................................Isaque Fonseca
Vice-presidente .......................................Paulo César Baltazar da Nóbrega
1º Secretário ...........................................Luiz Gonzaga de Oliveira Lima
2º Secretário ...........................................José Garcia
A chapa n.º 01 registrou na votação quinze apoiantes enquanto que a n.º 02 ficava
com seis votos.
Empossada a Mesa Diretoria Constituinte foi atendida a escolha do Relator, tendo
concorrido os edis Lenine Sérgio Lima de Moura e Vanderlei Barcelos de Souza. O pri-
meiro conseguiu 14 votos, enquanto que o segundo ficava com 7.
Os trabalhos de 16, 17 e 23 de Outubro foram consagrados à Constituição das
Comissões Temáticas que ficaram assim constituídas.:
01-Educação, Saúde e Direitos Humanos
Presidente ...............................................Everaldo Vieira Guimarães
Relator ....................................................Mário Ribeiro de Souza Carneiro Neto
Membro ...................................................Paulo Cézar Baltazar da Nóbrega
Alkindar Costa
249
O Núcleo de Secretárias foi integrado por:
- Lisete Fernandes Groke
- Magali Neuman Lima Firme
- Magda Nara Lima Reis
- Maria Aparecida Cópio Esteves
- Mirian Nicolau Tolentino
O Sr. Vereador Fuede Namen Cury, Presidente, não apresentou emendas, por
impedimento legal.
INFORMAÇÕES E CERTIDÕES
Acesso às informações – Retirada de Processos Administrativos;
Condições e prazos.
Título I – Capítulo IV – Seção V – Artigo 21 e § §
FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
Exame de contas pelos cidadãos – procedimento
Título I – Capítulo V – Artigo 24 e § §
Alkindar Costa
251
COMISSÕES NA CÂMARA MUNICIPAL
Audiências públicas.
Título II – Capítulo I – Seção VIII – Artigo 39, § 2º II.
INICIATIVA POPULAR
Exercício
Título II – Capítulo I – Seção X – Sub-seção III, Art. 54 e § §
PARTICIPAÇÃO POPULAR
Uso da palavra em 1ª Discussão de Projetos.
Título II – Capítulo I – Seção X – Sub-seção III, Artigo 64 e § §
PREFEITO – AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
Capítulo III – Seção IV – Artigo 74 – XXII.
CONSULTA POPULAR
Capítulo III – Seção VIII – Artigos 84 a 87
Alkindar Costa
253
POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA – INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
COLETIVOS
Assentamento nas terras públicas não utilizadas e sub-utilizadas e as
discriminadas.
Título V – Capítulo II – Seção I - Artigo 265
HABITAÇÃO POPULAR
Construção de casa própria e melhoria das condições de moradia po-
pulação carente.
Elaboração da Lei com participação das entidades representativas
Título V – Capítulo II – Seção II – Artigo 271
254 Volta Redonda Ontem e Hoje
REMOÇÃO EM ÁREAS OCUPADAS – POPULAÇÃO DE BAIXA
RENDA
Efetivação em razão de risco material e ou físico, ou sujeito a julgamen-
to pelo Poder Judiciário.
Laudo técnico e com a participação da comunidade afetada e das enti-
dades representativas na análise da decisão.
Título V – Capítulo II – Seção II – Artigos 271 e § único – IV e Artigo 272
COMUNIDADE REMOVIDA
Reassentamento em localidade próxima, livre de riscos e dotação de
infra-estrutura básica, pelo Poder Público, responsabilizando-se pelos
encargos decorrentes do remanejamento.
Título V – Capítulo II – Seção II – Artigo 272§ Único.
Alkindar Costa
255
BANCO DE DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE O AMBIENTE EM
TODOS OS ASPECTOS
À disposição dos cidadãos.
Título V – Capítulo III – Artigo 305
PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
Distribuição direta ao consumidor
Título VI – Capítulo IV – Artigo 342
CONSELHOS MUNICIPAIS
Alkindar Costa
257
09. Lei n.º 1.859 de 16/03/1984 – Cria o Conselho Popular de Administração
Municipal
10. Lei n.º 1.992 de 10/04/1985 – Cria o Conselho Municipal de Trânsito
11. Lei n.º 2.002 de 22/05/1985 – Cria os Conselhos de Assuntos de Volta Re-
donda
12. Lei n.º 2.301 de 16/05/1988 – Cria o Conselho de Apoio aos Pequenos Pro-
dutores de Volta Redonda
13. Lei n.º 2.425 de 12/07/1989 – Cria o Conselho Tarifário Municipal
A foto de 06/02/1995,
apresenta a 1ª Sede
da Prefeitura e
Câmara Municipal de
Volta Redonda, na rua
1º de Maio. Atrás do
muro, localizava-se a
Cerâmica A. Barreiros,
área onde hoje se
localiza o Banco do
Brasil, no bairro
Aterrado.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
259
2ª - Em 27 de setembro de 1958 na Presidência do Vereador Norival de Freitas, a
Câmara Municipal mudou sua sede da Rua 1º de Maio, para o Palácio 17 de Julho na
Praça Sávio Gama, funcionando juntamente com a Prefeitura Municipal, no Governo Sávio
Cotta de Almeida Gama;
3ª - O Vereador Jonas de Carvalho registra o privilégio de ter mudado a sede da
Câmara Municipal, para instalações próprias na Avenida Lucas Evangelista de Oliveira
Franco n.º 511, no bairro Aterrado, em 28 de agosto de 1980. A última reunião nas antigas
instalações foi realizada em 27 de agosto. Já no dia 02 de setembro de 1980 a Câmara
Municipal atendia sua primeira reunião na nova sede e no dia 04 do mesmo mês o Povo
era convidado para a primeira reunião solene. Os trabalhos de mudança foram comanda-
dos pelo 1º Secretário, Vereador Onício Zambotti, atendidos em tempo recorde, não pre-
judicando o calendário de reuniões do Poder Legislativo Municipal.
Alkindar Costa
O Palácio 17 de Julho,
2ª sede do Legislativo
e Executivo Municipal
foi inaugurado
em 27/09/1958.
Foto Santos Ferreira
O prefeito Sávio
Gama, em foto oficial,
foi o responsável
pela implantação da
infra-estrutura do novo
município de Volta
Redonda.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
263
Não dispondo de elementos para iniciar os trabalhos da administração, convocou
Sávio Gama um grupo de técnicos e com eles a partir de 06 de fevereiro de 1955 fez
funcionar a Prefeitura Municipal de Volta Redonda.
Dinâmico e profundo conhecedor das necessidades da comunidade, embora lutan-
do com as dificuldades, inerentes de um município que iniciava sua vida econômica e
política, se atirou com amor e tenacidade à reconstrução e mesmo à construção da cida-
de que se tornaria em breve tempo, o grande centro econômico do Brasil - VOLTA RE-
DONDA.
A Administração Municipal planifica o futuro, cria uma nova infra-estrutura para a
Cidade recém-criada a fim de que o progresso fosse cada vez mais veloz. Educação -
Saúde - Água - Esgotos - Formação de Mão-de-obra, Serviços Públicos - Urbanização -
Assistência Social, foram tópicos de um governo que se caracterizou pelo imediatismo.
Sávio Gama construiu o Palácio 17 de Julho, sede do Executivo e Legislativo. Durante
todo o governo não foi novidade o Prefeito executar, às suas expensas, obras, instala-
ções e tudo o mais de que carecia a Cidade. A folha do funcionalismo não retardava por
falta de dinheiro - Sávio Gama cobria o pagamento, reafirmando sempre que não podia
ficar em falta com o funcionário, seu colaborador mais direto.
A consolidação de Volta Redonda, como cidade, deu-se em função de um governo
que soube lutar, soube realizar, soube construir para as gerações do futuro todo um po-
tencial humano e administrativo. Existem aqueles que afirmam que, se não fosse Sávio
Gama, não haveria hoje a cidade de Volta Redonda. Indiscutivelmente, o Prefeito Sávio
Gama foi o pioneiro, o desbravador de uma terra nova que nascia para vencer.
Aliada ao trabalho de Sávio Gama, a Câmara Municipal, que o acompanhou naquela
trajetória, registrou, para a história do Município, um trabalho admirável e sendo a primeira
Câmara, sem qualquer outra experiência política e administrativa que desempenhou um
papel grandioso.
Alkindar Costa
265
CÉSAR LEMOS VENCE PLEITO ELEITORAL
Alkindar Costa
267
Pedro da Silva Pontes, e posteriormente os Srs. Francisco R. da Silva -
Oficial Administrativo, e Édson Leite Torreão da Cunha - Contador e
que se acham trabalhando em regime de oito horas diárias, em compa-
nhia de membros da Comissão de Vereadores, também com a assis-
tência de um representante do Executivo, solicitado pela Câmara.
No dia 18 de dezembro de 1959 a Câmara enviou ao Dr. João Kubitschek
de Figueiredo DD. Presidente da CSN, um ofício no qual dava contas do
trabalho exaustivo dos Vereadores na assinatura do novo convênio de
tributação municipal com Companhia Siderúrgica Nacional. É necessá-
rio que o Povo saiba que se dependesse do Prefeito, teríamos um con-
vênio na mesma base de quatro (4) anos passados ou seja, Cr$
22.000.000,00 (vinte e dois milhões de cruzeiros) anuais, quando a Câ-
mara conseguiu convênio com bases mais vantajosas para o interesse
do Município, verificando-se um lucro para a Municipalidade superior a
VINTE MILHÕES DE CRUZEIROS durante a vigência do documento ci-
tado.
No dia 23 de dezembro de 1959, por deliberação da Câmara sob o nº
263, garantiu-se através de adiantamento de Cr$ 12.500.000,00 (doze
milhões e quinhentos mil cruzeiros) feito pela CSN à Municipalidade o
pagamento parcial dos servidores municipais, o que realmente foi feito
através da fiscalização da Câmara Municipal.
Na edição do JORNAL DE COMBATE de 06/01/60, o Prefeito disse: “A
greve dos servidores municipais foi um movimento de humildes e de-
dicados trabalhadores públicos que reclamavam apenas o que lhes era
devido”...Para esclarecimento da opinião pública, soubemos que o Pre-
feito está tentando enquadrar na Lei 1.802 de 05/01/1953, pequenos e
humildes servidores municipais, o que demonstra o paradoxo das suas
declarações acima, mormente quando tal medida pretende atingir ve-
lhos servidores municipais.
Aqui apresentamos em síntese os pontos básicos no desenvolvimento
da crise surgida na Prefeitura Municipal de Volta Redonda, de maneira
honesta, clara e irrefutável, para que o povo possa tomar conhecimen-
to exato da nossa posição como seus representantes, destruindo desta
forma publicações tendenciosas que invertiam a real situação político-
administrativa na Cidade do Aço, reafirmando nesta oportunidade que
continuaremos unidos trabalhando para a apuração da verdade, sem
receio de qualquer intimidação de ordem moral, física ou legal.
Estaremos preparados para apresentar ao POVO nosso julgador, os
resultados a que chegarmos.
Alkindar Costa
269
A desincompatibilização
seria de 07/09/1962 a 08/10/
Em 07/09/1962, no 1962 para concorrer a deputa-
Plenário da Câmara
Municipal de Volta ção estadual.
Redonda, o presidente
em exercício, Dermeval Pereira da Sil-
Dermeval Pereira da va, assumiu a Prefeitura com
Silva assumiu
o comando do
“slogan” - “UMA OBRA EM
Executivo, em virtude CADA DIA”. Usando material
do afastamento do humano oferecido pela própria
então prefeito Nelson
Gonçalves, que comunidade, Dermeval provou
concorria ao cargo de que um governo, quando inte-
Deputado Estadual. ressado no desenvolvimento,
Acervo Alkindar Costa pode registrar progresso e
obras em sua administração.
Considerando-se os poucos
recursos de então, Volta Re-
donda foi sacudida por realiza-
ções diversas. Obras peque-
nas, na verdade, foram atendidas, mas de real alcance social, destacando-se o
encascalhamento de ruas em diversos logradouros, normalização do fornecimento de
água, total integração do funcionalismo municipal e a construção do jardim na Praça
Sávio Gama, uma das áreas verdes da Cidade, nos dias atuais.
Posteriormente, Nelson Gonçalves retornou, para cumprir o seu mandato até o fi-
nal, na Prefeitura Municipal.
Dermerval era metalúrgico e nasceu em 06/11/1920 na cidade de Rio Preto – MG,
sendo filho de Francisco Pereira da Silva e Luiza Marciano de Carvalho.
Alkindar Costa
271
FRANCISCO TORRES E IRAM NATIVIDADE PINTO NA
PREFEITURA
31 de janeiro de 1973, marca a posse do Prefeito eleito, Dr. Nelson dos Santos
Gonçalves, tendo como vice-Prefeito José Augusto da Costa, obtendo 20.916 votos.
Seus opositores registraram: Iram Natividade Pinto e Wanildo de Carvalho
(ARENA) - 9.342 votos; Sebastião Barroso Machado e Fuede Namem Cury (MDB) - 8.757
votos; José Domingos de Macedo e Dr. Luiz Gonzaga de Souza Clímaco (ARENA) -
4.439 votos e Engº Roberto Vilela e Jonas de Carvalho (MDB) 2.000 votos.
Verdadeiro delírio verificou-se no Recreio do Trabalhador Getúlio Vargas, quando
Nelson Gonçalves, José Augusto da Costa, e o Vereador Gibraltar Pedro de Oliveira Vidal
foram carregados pela multidão entusiasmada.
Nelson Gonçalves durante o mandato foi combatido por uns e defendido por outros.
Foi, algumas vezes, incompreendido, contribuindo para isto o seu afastamento daqueles
que o ajudaram a subir. Havia uma flagrante diferença entre o Nelson Gonçalves de 1960
e o de 1973. E seus colaboradores diretos - os funcionários municipais - não conseguiam
vê-lo, senão em reuniões festivas. Posteriormente, sentindo que alguns de seus asses-
sores transmitiam uma imagem distorcida do seu governo, Nelson Gonçalves tomou as
rédeas e partiu para a luta, já com o Município sob a vigência do Decreto Lei nº 1.273, que
declarava Volta Redonda de “Interesse da Segurança Nacional”. Não mediu esforços para
continuar no Governo, e obras de vulto de há muito reclamadas pela população, em sua
maioria concluídas no seu mandato, foram apresentadas. Entre elas, a construção da
Estrada do Aço com 12 Km de extensão, inteiramente pavimentada e que dá acesso a
Volta Redonda através do Km 95 da Via Dutra, encurtando em 12 Km a ligação do Muni-
cípio com a capital do Estado. Foi inaugurada, oficialmente, pelo Presidente da Repúbli-
ca, General Ernesto Geisel, no dia 1º de maio de 1976.
Todavia, em tudo aquilo que é realizado para beneficiar uma comunidade, existente
ou planejada, ficam os recalques. A obra, da mais alta importância, não foi por muito
tempo, devidamente ligada à Via Dutra, sendo claros os empecilhos de órgãos federais.
Se mereceu a obra o privilégio de ser inaugurada pelo Presidente da República, patente
ficou a sua necessidade.
O Viaduto Heitor Leite Franco, a Ponte Presidente Médici sobre o Rio Paraíba, nas
proximidades da Igreja de Santo Antônio, no Bairro Niterói, o Elevado Castelo Branco, na
Ponte Alta, o Pronto Socorro Municipal, são algumas das obras que marcaram a adminis-
tração Nelson dos Santos Gonçalves.
Alkindar Costa
273
VOLTA REDONDA - DE INTERESSE DA SEGURANÇA NACIONAL
Alkindar Costa
275
ALGUMAS REALIZAÇÕES DO GOVERNO GEORGES
LEONARDOS
O Prefeito Georges Leonardos exerceu seu mandato até o dia 20 de abril de 1979.
O Decreto de destituição foi publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro de 23
de abril de 1979.
Alkindar Costa
277
VEREADOR WILLIAM DE FREITAS - PRESIDENTE DA CÂMARA
ASSUME A PREFEITURA
Willian de Freitas
recebe a Direção do
Executivo Municipal
em 23 de abril de
1982, exetamente 3
anos após a posse de
Aluízio Campos Costa.
Da esquerda para a
direita o radialista
Dario Azevedo, o
prefeito empossado
Willian de Freitas, o
radialista Dário de
Paula e o prefeito que
deixava o cargo,
Aluízio de Campos
Costa.
Acervo Alkindar Costa
278 moradia. Assinou contrato para o asfaltamento da estrada que liga o Bairro Santa Rita do
Volta Redonda Ontem e Hoje
Zarur ao Centro da cidade. Procedeu a limpeza geral dos Bairros São Lucas e Morro Boa
Vista, além de dar impulso ao problema de limite entre Volta Redonda e Barra Mansa, e
atender a milhares de pessoas na sede da Prefeitura Municipal. Pagou em dobro as subven-
ções às entidades assistenciais do Município, e recebeu da Câmara Municipal total apoio,
quando remeteu Mensagem àquela Casa, obtendo sua aprovação em poucas horas do
mesmo dia em que foi apresentada, sendo sancionada sob aplausos, no recinto da pró-
pria Câmara durante reunião plenária, o que representou fato inédito.
Alkindar Costa
279
DESIGNAR
João Figueiredo
Ibrahim Abi-Ackel”
Em 29 de abril de 1982, no Livro de Posse do Gabinete do Senhor Ministro da Jus-
tiça, às folhas 17-V, consta o seguinte termo:
Estas são algumas das obras da administração Benevenuto dos Santos Netto,
dedicada, ainda, ao esporte, deixando a construção do Ginásio Poliesportivo Gal. Euclydes
Figueiredo, na Ilha São João, com área de 2.833,09 m2 como um marco de orgulho da
população de Volta Redonda.
Alkindar Costa
281
FIM DO PREFEITO NOMEADO EM VOLTA REDONDA
Muito embora Lei específica tenha sido editada para declarar Volta Redonda de
“Interesse de Segurança Nacional” (Decreto-Lei nº 1273 de 29 de maio de 1973), o mes-
mo processo não foi atendido para extingui-la.
A Lei nº 7.136 de 27/10/1983 fixou normas dispondo “sobre a eleição para Prefeitos
e Vice-Prefeitos em Municípios “descaracterizados como de Interesse de Segurança
Nacional.
A Emenda Constitucional nº 25 de 15 de maio de 1985 alterou dispositivos da Cons-
tituição Federal e estabeleceu outras normas constitucionais de caráter transitório.
A foto de 07/09/1988
registra da esquerda
para a direira o
presidente da Câmara
Municipal Carlos
Hallack Sarkis, o Dr.
Euryclides de Jesus
Zerbini e o prefeito da
Cidade do Aço,
Dr. Marino Clinger
Toledo Netto.
Acervo Alkindar Costa
Foi em razão do fixado no Inciso III que foram consideradas extintas as determina-
ções do efeito do Decreto Lei 1.273, pondo fim ao processo de “Prefeito Nomeado” para
o Município de Volta Redonda, com a determinação de eleições nos padrões tradicionais.
Volta Redonda que não havia sido descaracterizada do Interesse da Segurança
Nacional, por lei que assim estabelecesse teve o fim do período de “Prefeito nomeado”
alcançado pelo disposto no artigo 1º III da já citada Lei Federal nº 7.332 de 1º de Julho de
1985, publicada no Diário Oficial da União nº 123 - Ano CXXIII, de 2 de Julho de 1985.
Alkindar Costa
283
Em 22 de novembro de 1985 o Juiz Eleitoral, Dr. José Pimentel Marques, no Ginásio
Poliesportivo da Ilha São João, às 18:00 horas atendeu a solenidade de proclamação dos
eleitos, ou seja, para Prefeito o Dr. Marino Clinger Toledo Netto e para Vice-Prefeito o
Economista Luiz Alberto Leite.
A solenidade de diplomação dos eleitos foi atendida em 29 de novembro de 1985,
ocasião em que usaram da palavra o Prefeito Benevenuto dos Santos Netto e o Dr. Marino
Clinger Toledo Netto, prefeito eleito.
No dia 01 de janeiro de 1986, às 17:00 horas, perante a Câmara Municipal de Volta
Redonda foi declarado empossado no cargo de Prefeito Municipal de Volta Redonda, o Dr.
Marino Clinger Toledo Netto, tendo como Vice-Prefeito Luiz Alberto Leite. O Prefeito “Marino
Clinger”, ao concluir o seu mandato, em razão da realização regular de eleições munici-
pais, demonstrava um saldo de obras:
ÁREA DA EDUCAÇÃO:
Construção, Ampliação e reformas em várias unidades educacionais,
melhoria das condições ambientais das Escolas nos aspectos de conserva-
ção e manutenção, treinamento técnico de Corpo Docente, Diretores e Equi-
pes Administrativas, favorecendo consideravelmente o rendimento no traba-
lho pedagógico das Escolas;
ÁREA DE SAÚDE:
Implantação das Ações Integrados da Saúde, conforme orientação do Go-
verno Federal e Estadual; Construção de novos Postos de Saúde de diferen-
tes tipos, conforme a complexidade dos serviços a serem oferecidos, como
também, ao número de habitantes das comunidades a serem atendidas:
Programa de Saúde da Mulher, Saúde da Criança, de Saúde Mental, de Con-
trole das doenças sexualmente transmissíveis, da AIDS, hipertensão arteri-
al, além de outros desenvolvidos em todos os níveis de atenção, abrangen-
do o maior número de atuação possível e necessária; mudanças no atendi-
mento do Pronto Socorro Municipal compreendendo medidas que incluem
reformas nas instalações, no Setor Administrativo, Aquisição de novos equi-
pamentos e instalação de Hemocentro;
ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL:
Desenvolvimento de Programas de Suplementação Alimentar (crianças e
gestantes), de Cursos Profissionalizantes, de Banco de Leite Materno, de
Horta Caseira, de Oficina Industrial de Costura, de Centro de Orientação ao
Migrante e de Balcão de Empregos; desenvolvimento dos Projetos: Meninos
da Vila (Horta comunitária, mensageiros, auxiliares de creches e atendimen-
to escolar com acompanhamento psicológico; desenvolvimentos dos proje-
tos: Irmãozinho e Recriança (atividades esportivas e cursos
profissionalizantes com complementação alimentar);
ÁREA DE CULTURA E TURISMO:
Desenvolvimento de projetos de várias modalidades visando o crescimento
artístico-cultural direcionados a todas as faixas etárias e sócio-culturais,
objetivando aprimorar o perfil cultural do Município; cadastramento de artis-
tas, cursos, Exposições, shows diversos, bem como atividades desenvolvi-
das nas próprias comunidades;
Alkindar Costa
285
Em 17 de março de 1987, pelo Ofício D-192, o presidente Gibraltar Pedro de Olivei-
ra Vidal remeteu ao MM. Dr. Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Volta Redon-
da, as conclusões do inquérito realizado, objetivando a “apuração de responsabilidade
criminal” do Chefe do Executivo da Cidade do Aço. O Relatório final da Comissão
estabelecida em função da Resolução nº 870, foi publicado na edição de 21-04-1988 do
Jornal “A Voz da Cidade”.
Em 25 de abril de 1988, o Governo Marino Clinger voltou a ser abalado com a de-
núncia apresentada ao Poder Legislativo pelo Dr. Isaías Romero Bento, com fundamento
no § 1º, inciso III, do artigo 103 da Lei Orgânica dos Municípios, denúncia esta que passou
a constituir o processo nº 444/88 de 26-04-1988 do Poder Legislativo Municipal.
A denúncia lida em Plenário, na reunião de 26/04 foi declarada recebida nos termos
do Decreto-Lei 201, Artigo 5º e Lei Orgânica dos Municípios, artigo 103 e seguintes.
A votação atendida nominalmente, registrou os votos favoráveis ao recebimento da
denúncia, dos vereadores: Angela Maria Padilha Velasco, Benedito Dias Fonseca, Iram
Natividade Pinto, José Domingos de Macedo, Júlio Cezar Ferreira, Lecy Fernandes de
Souza, Luiz Carlos Hallack Sarkis, Maxwel Pires da Rocha, Sillas Soares de Almeida,
Vander Lucas de Campos Avila e William de Freitas. Contra o recebimento da denúncia,
votaram os vereadores; Edson Ricardo Sant’Anna, Elias Neves de Almeida, Etore Dalbone
de Carvalho, Joaquim de Aquino Ramos, José Israel dos Anjos e Nélio Medina. O verea-
dor Sebastião Francisco Rodrigues, por motivo de falecimento na família, não compare-
ceu aos trabalhos.
Foi aprovada a Resolução nº 935 declarando recebida a denúncia e concedendo ao
Presidente da Câmara poderes para indicar a Comissão Especial Processante.
Pelo Ato nº 2.037/88 de 27-04-88, o Presidente do Legislativo nomeou os vereado-
res Iram Natividade Pinto, José Domingos de Macedo e William de Freitas para formar a
Comissão, que funcionaria na Sala anexa à Consultoria Jurídica da Câmara Municipal,
dela tendo assessoramento.
O ato em questão foi publicado no jornal - “O SUL FLUMINENSE” de 07-05-1988.
Para secretariar a Comissão foi designada a funcionária Drª Léia Lelé e Costa, cujo
ato foi publicado no mesmo jornal e dia.Os trabalhos da Comissão foram instalados em
27-04-1988, às 13 horas, com a escolha do vereador Iram Natividade Pinto para Presi-
dente, vereador William de Freitas, Relator e José Domingos de Macedo, membro na
Comissão.
Em 28 de abril de 1988 foi o Prefeito Municipal notificado dos termos da denúncia e
a Constituição da Comissão, abrindo-lhe o prazo da lei para apresentação de “defesa
prévia”, no edifício sede da Câmara Municipal, sala 115, anexo à Consultoria Jurídica.
O Prefeito Municipal recebeu a notificação em 29/04, às 11 horas, tendo apresenta-
do sua defesa em 06/05/88.
O relatório prévio da Comissão Especial Processante foi apresentado em 11 de
maio de 1988 e acolhido na reunião de 17 do mesmo mês, em votação secreta, registran-
do 10 votos favoráveis e sete contrários. A apresentação do relatório foi formalizada pelo
processo nº 522/88 do Legislativo Municipal, tendo sido publicado no jornal “O SUL
FLUMINENSE”, edição de 03-06-88.
Em 23 de maio de 1988 o Prefeito Municipal constituiu seus bastantes procurado-
res os Doutores Sérgio Bermudes, Nilo Batista e Hudson Rodrigues de Oliveira, sendo os
286 dois primeiros com escritório no Rio de Janeiro e o terceiro em Volta Redonda.
Volta Redonda Ontem e Hoje
Atendendo a solicitação da Presidência da Comissão, pelo Ato nº 2.054 a direção
da Câmara colocou à sua disposição os servidores Agostinho Lopes Maia, Catarina Maria
dos Santos Ferreira e o Arquiteto Paschoal Pagano.
Paralelamente ao exame de documentos, a partir de 1º de Junho foi iniciada a inqui-
rição das testemunhas arroladas na peça inicial da denúncia.
Em 15 de Julho de 1988 o Prefeito Municipal apresentou à Comissão as “Razões
Finais” e que foi subscrita pelo seu procurador, Dr. Hudson Rodrigues de Oliveira.
A Comissão em 19 de Julho de 1988, pelo ofício 024/88-CEP apresentou à Presi-
dência da Câmara o seu parecer final e requereu a convocação extraordinária do Legislativo
para as Sessões de Julgamento.
O Relatório final analisou as denúncias.
a) Cessão de um gerador ao Sindicato dos Metalúrgicos, concluindo que o
denunciado praticou um ato contra a expressa disposição da Lei, além de
omitir-se e negligenciar na defesa dos bens do Município - incisos VII e VIII do
artigo 4º do Decreto-Lei nº 201.
b) Cessão de caminhões da Prefeitura à Empresa Corpus Engenharia,
concluindo que se omitiu o denunciado na defesa dos bens e interesses do
Município - inciso VIII do Artigo 4º do Decreto-Lei nº 201.
c) Doação de materiais a terceiros, concluindo em função de configuração
de Doação de materiais a terceiros sem autorização e sem uma razão jus-
tificável, configurando-se as infrações dos incisos VII e VIII do decreto Lei nº
201;
d) Aquisição de estrutura da FEM sem licitação e ordenamento de despe-
sa sem prévio empenho, concluindo que restou evidente descumprimento
às Leis e infração capitulada - no inciso o III do artigo 4º do Decreto - Lei 201;
e) Contrato celebrado com a Construtora Carvalho Azevedo concluindo
que aí houve prática de ato contra expressa disposição de Lei, configurando
infração do inciso VIII, do artigo 4º do Decreto-Lei 201;
f) Contratação de pessoal, concluindo que a prática de atos contra a expres-
sa disposição de lei e a negligência na defesa dos incisos VII e VIII do Artigo
4º do Decreto-Lei nº 201;
g) Quanto ao desrespeito às normas de licitação no chamado “Mutirão Re-
munerado”, concluindo que ficou bastante claro, até por confissão, que as
obras foram fracionadas para se fugir do procedimento licitatório, fato que
levou o denunciado a incidir nas infrações dos incisos VII e VIII do artigo 4º do
Decreto-Lei nº 201;
h) Na denúncia quanto ao ressarcimento de servidores da CSN, concluiu
que o descumprimento da Lei existiu e a justificativa de que o erro já vinha de
algum tempo, não ilidiu a infração.
O Legislativo foi convocado para reuniões extraordinárias, a partir das 11:00 horas,
nos dias 26, 27, 28 e 29 de Julho de 1988, sendo tal determinação publicada no Jornal “A
Voz da Cidade” de 21-07-1988 e Ato nº 2.037 de 27-04-88.
Alkindar Costa
287
Em 26 de Julho, a partir das 11:00 horas o Legislativo Municipal de Volta Redonda,
sob a presidência do Vereador Gibraltar Pedro de Oliveira Vidal, reuniu-se para aprecia-
ção do Parecer da Comissão Especial Processante, instituída através da Resolução nº
935 de 26 de abril de 1988.
No início dos trabalhos, a presença de 17 Vereadores, registrando-se a ausência
dos edis José Israel dos Anjos e Luiz Carlos Hallack Sarkis.O acesso às galerias ficou
limitado ao número de lugares, ou seja, 228 cadeiras, sendo os convites distribuídos
pelos próprios vereadores, sendo reservado igual número ao Prefeito Municipal.
Na Mesa Diretora dos trabalhos, o processo com 2.685 documentos passou a ser
lido, sob a vigilância do Procurador Geral da Prefeitura Municipal, defensor indicado do
Executivo, Dr. Hudson Rodrigues de Oliveira.
Peça por peça foi apresentada até às 14:30 horas, quando os trabalhos foram inter-
rompidos para uma rápida refeição, sendo reabertos às 16:00 horas.
Cada vereador foi autorizado a usar da palavra por 15 minutos, enquanto que ao
representante do Prefeito foi facultada a utilização de 2 horas, de conformidade com as
disposições legais.
A Câmara Municipal contava com um policiamento ostensivo realizado pela Polícia
Militar, convocada para tal fim.
O Vereador Luiz Carlos Hallack Sarkis compareceu aos trabalhos, enquanto que o
Vereador José Israel dos Anjos, muito embora circulasse por seu gabinete, só após às 18
horas foi que ingressou em Plenário.
No mesmo horário comparecia à Câmara o Secretário Municipal de Serviços Públi-
cos e Meio Ambiente, Carlos Roberto Paiva, ingressando em Plenário e localizando-se
próximo ao Vereador Dr. Etore Dalbone de Carvalho, procurando manter entendimentos
com o mesmo, no que foi advertido pela Presidência no sentido de se manter em sua
condição de Secretário Municipal e que a direção procurava evitar qualquer possibilidade
de coação junto aos senhores Vereadores, ficando-lhes facultado o direito de decidir livre-
mente.
Transcorrido algum tempo o Vereador Etore dirigiu-se ao sanitário, sendo acompa-
nhado pelo Secretário de Serviços Públicos.
Vereadores e funcionários acionados, passaram a exercer uma vigilância, diante de
uma possível tentativa de retirar o edil das dependências da Câmara.
Da sala da Direção Geral foi feito uma ligação telefônica para o Gabinete do Prefeito
Municipal, pelo Secretário Carlos Paiva.
Retornando o Vereador Etore aos seus trabalhos em Plenário, foram todos os edis
surpreendidos com o ingresso da esposa do legislador, senhora Terezinha Silva Dalbone
de Carvalho que se sentou ao lado do esposo, com ele mantendo entendimentos.
Os Vereadores curiosos com tal atuação observaram que o edil, diante das pala-
vras da esposa, acenava negativamente com a cabeça.
Logo depois a referida senhora desmanchou-se em lágrimas, sendo esclarecido
aos que procuravam saber o que estava acontecendo, que tal situação se devia ao fato
de que a mesma havia perdido sua irmã assassinada e que necessitava do marido e que
o mesmo deveria deixar a reunião para acompanhá-la.
Alkindar Costa
289
Denúncia “A” ..................................... 10 votos SIM e 8 votos NÃO;
Denúncia “B” ..................................... 10 votos SIM e 8 votos NÃO;
Denúncia “C” ..................................... 12 votos SIM e 6 votos NÃO;
Denúncia “D” ...................................... 11 votos SIM e 7 votos NÃO;
Denúncia “E” ...................................... 11 votos SIM e 7 votos NÃO;
Denúncia “F” ...................................... 11 votos SIM e 7 votos NÃO;
Denúncia “G” ................................... 12 votos SIM e 6 votos NÃO;
Denúncia “H” ....................................... 12 votos SIM e 5 votos NÃO
................................................................................. com 1 voto Nulo.
O que caracterizou que nas denúncias “C”, “G” e “H”, o resultado demonstrou que
faltou um voto para o quorum de 2/3 fosse alcançado e que poderia ter sido o voto de
Etore Dalbone de Carvalho, o que representou a rejeição do pedido de cassação do man-
dato do Prefeito Marino Clinger. Em 11 de Outubro de 1988, pelos ofícios - D-692 a 694, a
Câmara Municipal comunicou ao MM. Dr. Juiz Eleitoral da 47ª e 90ª Zona Eleitoral e
membros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro que o processo de denúncia
contra o Prefeito Marino Clinger, foi arquivado por não ter obtido o quorum de 2/3.
A classificação final deu a vitória a José Juarez Antunes, registrando 50.012 votos,
enquanto que o segundo candidato Nelson dos Santos Gonçalves Filho marcou 28.108
votos. O candidato eleito foi empossado no cargo de Prefeito Municipal no dia 01 de
janeiro de 1989, juntamente com os Vereadores eleitos, em solenidade presidida na
Câmara Municipal pelo Juiz Eleitoral Dr. Antônio Carlos dos Santos Bittencourt.
José Juarez Antunes era filho de José Antunes Filho e Guaraciba Jadim Antunes e
nasceu em 07/02/1935
Alkindar Costa
291
As primeiras reações foram de perplexidade e de surpresa e de busca de confirma-
ção do fato.
A realidade se apresentava à frente de todos - Juarez Antunes havia falecido em
desastre de automóvel (Parati AS-0717), por volta das 6:00 horas da manha, em Felizlândia,
no km 360 da BR 040/Rio-Brasília - lugarejo próximo a Três Marias (MG), quando o
Prefeito, em companhia de seu motorista Alberto Vicente da Cruz se dirigia a Brasília para
efetuar a devolução do apartamento funcional a que tinha direito quando deputado federal.
O relógio do carro acidentado parou às 7:30 horas.
Após o acidente, José Alberto Mendes, Prefeito de Felizlândia e sua esposa Valéria
Terezinha de Souza Mendes acompanharam pessoalmente o caso.
As informações eram de que Juarez teve morte instantânea e seu rosto e crânio
deformados, enquanto que Alberto Vicente, por verdadeiro milagre, fora internado no
hospital da Cidade, com fratura em duas costelas e cortes no braço.
A Certidão de Óbito n.º 3.075 – Cartorio do Registro Civil da Comarca de Felixlândia-
MG, lavrada a fls. 52 V do Livro Talão C 05, registrava o falecimento as 07h20min, foi
subscrita pelo Dr. Fausto Arantes dos Reais, apresentando como causa uma Hemorra-
gia Externa – Traumatismo Craniano encefálico – Politraumatismo.
Enquanto aguardava a chegada de parentes, o corpo do prefeito foi velado no Clube
Municipal da Prefeitura de Felizlândia. Posteriormente foi trasladado para o Aeroporto
Santos Dumont, no Rio de Janeiro, chegando a Volta Redonda às 21:48 horas, na Praça
Sávio Gama. Atrás da Ambulância, o carro oficial do prefeito do Rio, Marcelo Alencar,
acompanhado de Leonel Brizola.
Uma guarda de honra integrada por 58 metalúrgicos da CSN, de braços dados,
formou um corredor no estacionamento à entrada do palanque. O caixão de Juarez Antunes
foi trazido por quatro operários, Brizola e pelo presidente regional do PDT, Doutel de Andrade.
A multidão cantava a música “Pra não dizer que não falei de flores” de Geraldo Vandré.
292 Volta Redonda Ontem e Hoje
Juarez Antunes havia sido eleito prefeito de Volta Redonda por 50.012 votos, em
eleições realizadas em 15/11/1988, em plena greve de metalúrgicos com a Companhia
Siderúrgica Nacional.
Um caminhão com som do Sindicato dos Metalúrgicos falava em “assassinato”,
enquanto que familiares de Juarez acusavam o Secretário de Governo, Colombo Vieira,
de tentar fazer política em cima do corpo do extinto. Eram as informações passadas ao
público pelo Jornal Opção, edição extra de 22/02/1989.
Quando da chegada do corpo do Prefeito à Cidade, já estavam em Volta Redonda
os deputados estaduais Carlos Corrêa (PDT), Alberto Brizola (PDT), Pereira Pinto (PDT)
e Fernando Lopes (PDT), o Deputado Federal Vivaldo Barbosa, o Prefeito de Resende,
Noel de Carvalho e vários sindicalistas.
O cortejo, que partiu do Aeroporto Santos Dumont às 21:00 horas, foi integrado por
sindicalistas e políticos do PDT, destacando-se as figuras de Leonel Brizola, Marcelo
Alencar, deputado federal Brandão Monteiro.
Em Volta Redonda, tão logo se confirmou o falecimento do Prefeito, o presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos, Marcelo Felício, enviou à cidade de Felizlândia dois advoga-
dos e um médico. Enquanto o perito Francisco Sampaio Neto, observava que Alberto
Vicente deveria ter dormido ao volante, o Secretário de Segurança de Minas Gerais, Sidnei
Sasse da Silveira, ordenava uma nova perícia do local, com uma investigação profunda
que levasse em conta todas as hipóteses para o acidente. Além disso o caso saiu da
Delegacia de Felizlândia e passou para a Delegacia Regional de Sete Lagoas.
Em 22/02/1989, em Brasília, o Consultor Geral da República, Saulo Ramos e
juristas do Tribunal Superior Eleitoral garantiram que, com a morte de Juarez, o Vice-
Prefeito Wanildo de Carvalho seria o seu sucessor natural, não existindo qualquer apoio
legal à pretensão do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda de realizar um plebis-
cito na cidade para que a população falasse se aceitava ou não o novo Prefeito.
As 16:00 horas de 22/02/1989 foi celebrada uma missa em frente ao Palácio 17 de
Julho (sede da Prefeitura Municipal), pelo Bispo de Duque de Caxias, Dom Mauro Morelli
e os pastores Doriscélio Pinheiro da Igreja Batista; Otávio Periard, da Igreja Metodista e
Joaquim Brizola (pai do Deputado do Alberto Brizola) da Assembléia de Deus.
O cortejo fúnebre seguiu da Prefeitura até o Cemitério Bom Jardim, no bairro Retiro,
percorrendo a Praça Sávio Gama, Avenida Lucas Evangelista de Oliveira Franco, Viaduto
Nossa Senhora das Graças, Rua Gustavo Lira, Rua São João, Avenida Amaral Peixoto,
retornando ao Viaduto Nossa Senhora das Graças, Avenida Lucas Evangelista, Ponte
Murilo César dos Santos, Avenida Beira Rio (Adalberto de Barros Pereira Nunes), Vila
Mury, Avenida Sávio Gama e Av. Waldir Sobreira Pires, chegando ao Cemitério. O trânsito
foi dirigido por cerca de 300 motoqueiros da Cidade.
Entre os que participaram do sepultamento foram destacadas as presenças de
Leonel Brizola (PDT), Luiz Inácio da Silva (PT), Roberto Freire (PCB), Jair Meneguelli,
presidente da CUT, Luiz Antônio de Medeiros da CGT, Luiz Carlos Prestes, Vivaldo Barbo-
sa e Cibilis Viana, presidente nacional do PDT.
O caixão foi coberto por sindicalistas do PT, com uma bandeira da CUT. Imediata-
mente, o ex-governador Leonel Brizola cobriu a bandeira da central sindical com uma do
PDT, partido a que Juarez Antunes era filiado. O serviço de alto-falantes alternava o Hino
Nacional com o da Internacional Socialista.
O corpo de Juarez Antunes foi sepultado após às 21:00 horas.
Alkindar Costa
293
WANILDO DE CARVALHO ASSUME A PREFEITURA MUNICIPAL
Wanildo de Carvalho,
assumindo a direção
da Prefeitura
Municipal, em
processo tumultuado,
deixou posteriormente
a sua marca
no Governo, com
obras há muito tempo
reclamadas pela
população.
Acervo Wanildo de Carvalho
deputado Noel de Carvalho, Cibilis Viana, Vivaldo Barbosa, Marcelo Alencar (prefeito do
Rio de Janeiro), o Chefe do Cerimonial, Alkindar Costa procedeu a leitura do Ato 2227 que
declarou extinto o mandato e vago o cargo do Prefeito de V.R. face ao falecimento do
titular.
Em seguida, Wanildo de Carvalho foi empossado Prefeito, face ao falecimento do
titular José Juarez Antunes, conforme atestado de óbito nº 3.075, passado nas notas do
Cartório do Registro Civil da Comarca de Felizlândia, Estado de Minas Gerais, lavrado às
fls. nº 52Vº, do Livro Talão C.05, atestado este devidamente subscrito pelo Doutor Fausto
Arantes dos Reis, em 21 de fevereiro de 1989.
Os órgãos de informação anunciavam que dos nove secretários, oito renunciaram.
Ao lado do Prefeito Wanildo de Carvalho apenas o Secretário Luiz Alberto Leite.
Alkindar Costa
295
A solenidade se revestiu de pompa ainda maior com a entrega da Medalha de Honra
Ex-Combatentes ao Arquiteto Wanildo de Carvalho e a Presidente de Honra da Associa-
ção, senhora Lecy Fernandes.
Entre as obras do prefeito Wanildo de Carvalho, registra-se ainda:
• Memorial Getúlio Vargas - Vila Santa Cecília - Atualmente funcionando
a Biblioteca Municipal
• Viaduto Nelson Golçalves - Santo Agostinho
• Viaduto João Ravache - Ao lado dos Correios
• Viaduto Sávio Gama - Amaral Peixoto
• Pavilhão de Exposições na Ilha São João
• Ponte Metálica no Bairro Casa de Pedra
• Posto de Saúde no Bairro Padre Josimo
• Creche na Vila Americana
• Casa da Mulher no Bairro Retiro
• Passarela dos Metalúrgicos - Vila - Ao lado do Escritório Central da CSN
Volta Redonda recebeu com tristeza a notícia - faleceu no Rio de Janeiro em 25/11/
91 o 6º prefeito da Cidade do Aço, Dr. João Paulo Pio de Abreu.
Filho de José Pio de Abreu e Ana Carolina de Abreu nasceu em 20 de junho de 1910
em São Francisco do Glória, Carangola - MG. Médico, eleito em 3 de outubro de 1962,
pela legenda PDC-UDN, com 13.641 votos, tendo como Vice-Prefeito Francisco Fontes
Torres (legenda PSP-PDC-UDN), que obteve 9.860 votos. Foi empossado em 31 de ja-
neiro de 1963 e exerceu o mandato até 31 de janeiro de 1967.
Volta Redonda se tornou mais pobre, com o desaparecimento de uma figura que se
caracterizou pela objetividade, sinceridade, e que em pleno período da Revolução de 1964,
surpreendeu civis e militares.
Visitado por um oficial que lhe transmitia uma
ordem, João Pio declarou:
“Só preciso de 30 minutos”.
O prefeito João Pio
recebe o Presidente O militar declarando-se surpreso pela
da República Castelo resposta recebeu o complemento:
Branco em 16/04/66
quando de sua visita “É o prazo que eu necessito para
ofical para a
colocação de Viga no
desocupar a minha gaveta. Eu sou o
Viaduto N.S. das prefeito e o sr. chega aqui e me dá uma
Graças e Inauguração ordem. Vou embora, entrego-lhe a chave
do Escritório Central
da CSN. e o sr. fica mandando na Prefeitura”.
(PT-PSL-PSB-PSD)
Antonio Francisco Neto ............................................. 82.898 votos (55,21%)
Maria Aparecida Diogo Braga
(PPB-PTB-PSC-PPS-PFL-PRP-PSDB)
Nelson dos Santos Gonçalves .................................. 38.480 votos (25,63%)
Jessé de Hollanda Cordeiro
(PDT)
Marino Clinger Toledo Netto ...................................... 9.011 votos (6,00%)
Sergio Protásio Moraes Fernandes
(PSTU)
Tarcisio Xavier Pereira .............................................. 1.317 votos (0,88%)
Pedro Ney Maximiliano Alves
(PSDC-PV)
Etelvina Glória Silva Guedes ..................................... 1.012 votos ( 0,67%)
Mary Ângela Pereira Ballarini
(PMN/PRONA)
Antonio Carlos Cordeiro de Carvalho ........................ 772 votos ( 0,51%)
Fernando José de Carvalho Oliveira
(PT do B e PC do B)
Alexandre Márcio Stoduto ......................................... 604 votos ( 0,40%)
Cosme Vieira Filho
Antonio Francisco Neto é filho de Álimo Antonio Francisco e Munira Arbex, tendo
nascido em 29 de maio de 1956 na Cidade de Volta Redonda.
Anteriormente foi Deputado Estadual, eleito em 15/11/1986 e reeleito em 03/10/1990.
Autor de 96 leis e 24 projetos, que ficaram em tramitação. Exerceu o mandato até
300 31/12/2000.
O Prefeito Paulo César Baltazar da Nóbrega, eleito em 1992, teve seu nome sufragado
para Deputado Federal, nas eleições de outubro de 1998, com 99.633 votos em um
contingente eleitoral de 177.714 inscritos.
Alkindar Costa
301
FALECE O VICE-PREFEITO HÉLIO MAUREY
(PSB-PT-PAN-PDT-PSL-PL-PPS-PMN-PFL-PPB-
PTB-PST-PRP-PRTB-PCdoB-PTdoB e PV)
Antônio Francisco Neto ............................................. 115.204 votos (63,61%)
(PSDB e PSC)
Willian de Freitas ...................................................... 28.891 votos (15,95%)
(PSTU)
Tarcisio Xavier Pereira .............................................. 2.464 votos (1,36%)
Alkindar Costa
303
- 03 de maio de 2003 - Ginásio Municipal de Skate no Jardim Tiradentes
- 10 de maio de 2003 - Casa Escoteira na Avenida Savio Gama
- 25 de março de 2003 - o 4º Posto de Policiamento Comunitário de Volta
Redonda, no bairro Belmonte, juntamente com o Secretário Estadual de
Segurança, Josias Quintal.
de Transportes, Augusto José Arisson. A obra ficou prevista para a Serrinha de Arrozal,
na Divisa entre Volta Redonda e Piraí.
O Instituto Brasileiro de Opinião e Pesquisa - IBOPE., em pesquisa nos dias 10,11
e 12 de setembro de 2002, comprovou a popularidade do Prefeito Neto, com 96% de
aprovação popular.
Finalmente, podemos destacar a reformulação do Estádio Municipal, no bairro
Nossa Senhora das Graças, o Estádio Municipal General Sylvio Raulino de Oliveira, obra
que atingiu a cifra de R$ 16 milhões.
O Estádio Gen. Sylvio
Raulino de Oliveira
O Estádio da Cidadania,
é um dos mais
modernos,
tendo entre outros
anexos, Academia,
Universidade à
Distância e Centro
Cultural.
- Iluminação superior a do Maracanã, feita por 128 projetores circulares Acervo PMVR
Alkindar Costa
305
construir 300 casas populares de 45 metros quadrados cada uma; 90 mil litros de água
estão disponíveis em duas cisternas, sendo que 20% são reservadas para o sistema
contra incêndios; 24 catracas eletrônicas, configuradas via software, permitindo acesso
apenas a setores pré-estabelecidos e comunicação on line com a Administração do
Estádio; 42 cornetas de 90 graus, usadas no sistema de som com qualidade eletrônica.
Destaque-se que “até 1945, os campeonatos de futebol em Volta Redonda eram
organizados pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Somente naquele ano é que
foi fundada LDVR – Liga de Desportos de Volta Redonda (Deliberação nº 44 / 45, de 19-
07-1945). Na ocasião, Volta Redonda era, ainda, Distrito de Barra Mansa, vindo a se tornar
uma cidade em 1954. Por isso, Barra Mansa foi o único município do Brasil com duas
ligas de desporto.
Mas foi somente no final dos anos 40 que o Estádio Raulino de Oliveira foi construído.
O mentor da obra foi o General Sylvio Raulino, então presidente da CSN, que financiou a
obra. Em 1959, o General Raulino passou a administração do Estádio para o Guarani
Futebol Clube, através de comodato com duração de quatro anos. Em 1963 renovou-se o
comodato para mais quatro anos e em 1967 para mais 10 anos.
Na década de 60, o então presidente da CSN, Osvaldo Pinto da Veigam determinou
a implantação da iluminação no Estádio Sylvio Raulino, o jogo inaugural da iluminação foi
Guarani 0 x 0 Atlético MG. No anos de 1975, o único time profissional de futebol existente
na cidade de Volta Redonda era o Clube de Regatas do Flamengo de Volta Redonda,
mais conhecido como Flamenguinho . Com a idéia da criação de um time próprio da
Cidade, o Prefeito Nelson dos Santos Gonçalves, se viu obrigado a reformar o Estádio, a
fim de ampliar sua capacidade, já que o time teria importantes partidas com outras equipes
do Estado. Porém, o Prefeito ainda queria uma garantia de que efetivamente este time
seria criado. A partir daí, houve a união entre a Prefeitura Municipal de Volta Redonda, a
Companhia Siderúrgica Nacional e a Confederação Brasileira de Desportos (atual CBF)
para a reforma do Estádio. Foram sete meses intensos de reforma. Paralelamente nascia
o Volta Redonda Futebol Clube (09-01-1976). Em 1976 o Prefeito Nelson dos Santos
Gonçalves, desapropriou o Estádio.
Vinte e cinco anos depois o Prefeito Antônio Francisco Neto acatou a proposta do
jornalista e seu assessor particular, Oscar Cardoso, e iniciou uma nova página na biografia
dos estádios de futebol no Brasil. Com recursos próprios do município, o Raulino de
Oliveira começou a perder suas velhas formas e ceder espaço para um novo templo do
futebol, onde o talento dos jogadores brasileiros se alia à proposta desafiadora de construir
um capítulo à parte na história da cidadania brasileira.
Três anos depois, surge o Estádio Sylvio Raulino de Oliveira - O Estádio da
Cidadania, o primeiro e único no Brasil a abrigar um complexo de cidadania em suas
dependências.
O novo Estádio foi inaugurado em 17 de abril de 2004, às 18:30 horas quando o
juiz Willian Marcelo de Souza Nery apitou, dando inicio a partida entre o Voltaço e o Botafogo.
(informações fornecidas pela PMVR)
Alkindar Costa
Na cidade de Volta
Redonda, a merenda é
considerada de
primeira nas escolas
da rede municipal, a
primeira do Estado e
referência no país.
A Orquestra de
Cordas, Banda de
concertos da Fevre e
Coro Infanto-Juvenil,
são comandadas pelo
maestro Nicolau
Martins de Oliveira,
reunindo centenas de
alunos das escolas
municipais da cidade.
Fotos - Calino
Acervo PMVR
Forum no corpo de
uma casa de instrução primária” era “sob todos os aspectos, condenável”.
A vontade legislativa foi expressa nas deliberações nºs 93 e 94, ambas de 1956 e
que tratavam da construção da sede do Poder Judiciário. Em 30 de julho de 1956, por
força da Deliberação nº 94 de 17 de abril de 1956, foi assinado um convênio entre o
Governo do Estado do Rio de Janeiro, representado pelo Governador Miguel Couto Filho e
o Município de Volta Redonda, na pessoa de seu prefeito, Sávio Cotta de Almeida Gama,
recebendo, ainda, as assinaturas de Salo Brand, Jofre Nunes Pereira, Cap. Murilo Amarante
Silva, Luiz Tabajara, José Carlos Porchat, Carlos de Mello Schimidt, Elza Villaça Baptista
Pereira.
Alkindar Costa
309
As obras esperadas e contratadas não se efetivaram e o prédio não foi construído.
Com a inauguração das novas instalações da Prefeitura Municipal e já na adminis-
tração do prefeito César Lemos, o terceiro pavimento do Palácio 17 de Julho, foi ocupado
pelo Poder Judiciário, em instalações improvisadas.
Em 10 de novembro de 1959, em conseqüência do Projeto de deliberação nº 53, de
autoria do vereador Silvestre Pereira Rosa, surgiu a Deliberação nº 243, estabelecendo
um novo convênio com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, tendo como principal
objetivo a construção do Forum.
Em 1960, tão logo foi investido de suas funções no Judiciário de Volta Redonda, o
Dr. Niltho Leite se lançou na busca de medidas que possibilitassem a construção do
Forum, recolhendo plantas de edifícios de diversas Comarcas especialmente as do Sul
do País.
Tentou o apoio dos advogados militantes na área de Volta Redonda, reunindo-se
inclusive, com os Doutores Pedro Monteiro Chaves, Jamil Wadih Rizkalla, Jemina Nobre
Ferro, João Veloso Filho e Manuel Gomes Filho.
Em 26 de agosto de 1964, quando o Dr. Niltho Leite deixava a Comarca de Volta
Redonda, promovido para a 3ª Vara Cível de Campos, fazia remeter ao Legislativo Muni-
cipal, em expediente nominal aos membros Vereadores, o seguinte documento:
Nossos agradecimentos.
Niltho Leite
Juiz de Direito”.
(nossos os grifos).
Em 1967, outro entusiasmado pela causa deixou sua marca na busca de um edifí-
cio que representasse com dignidade a grandeza do Poder Judiciário de Volta Redonda.
Foi o Dr. Ulysses Valladares Salgado. O Poder Judiciário, graças aos esforços do Prefeito
Sávio Gama, já funcionava em instalações improvisadas na Avenida Paulo de Frontin, um
pouco melhores que as anteriormente ocupadas.
Alkindar Costa
311
Na administração do Prefeito Aluízio de Campos Costa os trabalhos passaram a ter
novo impulso, redundando na complementação das obras esperadas por longos anos.
Em 23/10/1978, às 15:00, foi instalada na rua Assis Chateaubriand, 18, no bairro
Aterrado, a 2ª Junta de Conciliação e Julgamento de Volta Redonda, criada pela Lei Federal
6.563 de 19/09/1976 (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região), transferindo-se em 28/
08/1979, às 15:00 para novas instalações na Av. Paulo de Frontim, 386 - 2º Andar, no
mesmo bairro.
No dia 26 de abril de 1980, às 10hs00min, com a presença do Governador Antônio
de Pádua Chagas Freitas, foi declarado inaugurado o Prédio do Forum da Comarca de
Volta Redonda. Era Presidente do Tribunal de Justiça, Carlos Luiz Bandeira Stampa;
Secretário de Interior e Justiça, Erasmo Martins Pedro; Prefeito Municipal de Volta Redonda,
Aluízio de Campos Costa e Presidente da Câmara Municipal, o Dr. Jonas de Carvalho.
Pela Vara de Família e Menores respondia o Dr. Amir de Castro Garcia Duarte; pela
1ª Vara Cível, o Dr. José Pimentel Marques; pela 2ª Vara Cível e Diretor do Forum, o Dr.
Nilson de Castro Dião; pela Vara Criminal, o Dr. Ulysses Valladares Salgado e sendo Juiz
Regional o Dr. Antônio Felipe da Silva Neves.
Não havia ficado esquecida a Lei Municipal nº 1.360 que estabelecera convênio,
entre o Governo do Estado e o Município de Volta Redonda, para as conclusões das obras
e nem a Lei Municipal nº 1388 que havia homologado o Convênio firmado pelo Prefeito
Nelson dos Santos Gonçalves, por Volta Redonda, o Dr. Laudo de Almeida Camargo,
Secretário de Estado de Justiça, com a presença do Exmº Sr. Desembargador Luiz Antô-
nio de Andrade, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Na administração Edir Inácio da Silva a OAB-RJ 5ª subseção – Volta Redonda/RJ,
inaugurou em 07/11/1980 às 19h00min, a Sala dos Advogados, no Edifício do Fórum em
Volta Redonda.
Em 17 de julho de 1981, às 11hs00min , atendendo aos termos do parágrafo único
do artigo 1º do Provimento nº 33/81, do Exmº Sr. Dr. Olavo Tostes Filho, DD.
Desembargador Corregedor Geral da Justiça, foi instalada a Serventia privativa da 3ª e 4ª
Vara Cível, a Vara de Menores e a 2ª Vara Criminal.
O Ato contou com a presença do Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça, Antônio
Marins Peixoto, Dr. Antônio de Pádua Chagas Freitas, DD. Governador do Estado do Rio
de Janeiro e o Exmº Sr. Prefeito Municipal de Volta Redonda, Dr. Nelson dos Santos Gon-
çalves.
As 3ª e 4ª Varas Cíveis ao serem instaladas, foram entregues aos cuidados admi-
nistrativos de Francisco Alves Ourique.
Em 08 de novembro de 1984, na Administração João Velloso Filho, as 16h30min, a
OAB-RJ, 5ª subseção inaugurou a Galeria dos seus Ex-Presidentes.
Em 20 de Outubro de 1988 foi realizado, às 17hs00min, a solenidade de instalação
no Edifício do Forum do Juizado Especial de Pequenas Causas, entregue ao íntegro Juiz
Dr. Jorge Sidnei Barbosa Possidente.
A Constituição do Estado do Rio de Janeiro, promulgada em 05 de Outubro de
1989, no Artigo 13 do Ato das Disposições Transitórias fixou a elevação de Volta Redonda
à Comarca de Capital, juntamente com Niterói, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de
Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Campos, Barra Mansa, Cabo Frio, Petrópolis,
Teresópolis e Nova Friburgo.
Alkindar Costa
315
7. DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(Atualização até 13/04/2004)
Atende na Rua 25a, nº 23, Salas 201 a 206, Bairro Vila Santa Cecília,
tendo como Área de Atuação: Angra dos Reis, Barra Mansa,
Itatiaia, Mangaratiba, Paraty, Pinheiral, Porto Real, Quatis, Resende,
Rio Claro e Volta Redonda.
Competência: Promover a representação judicial da União perante a 1ª Instância
da Justiça Federal Comum, Especializada e Justiça Estadual e,
quando for o caso, no Tribunal Regional do Trabalho (CRFB, Art.
131 e 132, Lei Complementar 73 de 10/02/1993, Lei 9.028 de 12/
04/1995)
10. PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
5ª PROCURADORIA REGIONAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Alkindar Costa
317
César Augusto Rodrigues Costa
Cherubin Helcias Schwartz
Cláudia Maria Gonçalves Vidal
Cláudio Luiz Braga Dell’Orto
Clarindo de Brito Nicolau
Denise Levy Tredler
Denise Roullin Farias
Denise Salume Amaral
Elisa Maria Torelly Santos Rocha
Fernando Antônio de Almeida
Fernando Luiz Costa Camarota
Florentina Teixeira Ferreira
Francisco das Chagas Ferreira Chaves
Francisco Ferraro
Francisco Ferreira Júnior
Francisco José Monteiro Junqueira
Francisco de Paula de Lima Costa
Genarino Carvalho Pignataro
Gerson Silveira Arraes
Gilson Vitral Vitorino
Gualberto Gonçalves de Miranda
Gustavo Bandeira da Rocha Oliveira
Hélcio Mário de Lima e Silva
Heleno Ribeiro Pereira Nunes
Hélio Albernaz Alves
Ivo Pereira Soares
João André Jardim de Lima Oliveira Porto
João Bosco Cascardo de Gouvêa
João Ribeiro Simões Junior
Jorge Sidnei Barbosa Possidente
José Domingos Moledo Sartori
José Maria Valladares
José Mário Pinheiro Pinto
José Nilo Ferreira
José Nilton
Alkindar Costa
319
Nelson Antônio Celani Carvalhal
Nestor Luiz Bastos Ahrendes
Newton Campos de Medeiros
Nilson de Castro Dião
Niltho Leite
Orlindo Elias
Paulo de Almeida Pançardes
Paulo César Salomão
Paulo José Bastos Consenza
Pedro José Alexandre Arruda Pinto de França
Renato Ricardo Barbosa
Rivaldo Pereira Santos
Ricardo Alberto Ferreira
Roberto de Abreu e Silva
Ronaldo dos Santos Valladares
Sandra Santarem Cardineli
Sérgio Jerônimo Abreu da Silveira
Sérgio Lúcio de Oliveira e Cruz
Sérgio Roberto Emício Louzada
Sônia de Fátima Dias
Telmira de Barros Mondego
Telmo Pereira dos Reis
Theresa Araújo Esteves Fraga
Therezinha Maria de Sousa Souto
Ulysses Valladares Salgado
Valéria Dacheux Nascimento Radnik
Victor de Magalhães Cardoso Rangel Junior
Wilson Silva
Alkindar Costa
321
Francisco Chagas Bruno
Gabriel Villela Junior
Gabriela Araújo T. Serra
Gabriela Maris P. do Couto
Gastão Menescal Carneiro
Gelcy Migon Pinto de Oliveira
Geraldo Couto
Geraldo Matos Maia
Gilmar Augusto Teixeira
Guilherme Vogel Prado
Isabela Pena Lucas
Ivan Anátocles da Silveira Ferreira
Izabella Figueira
Jandir César Sampaio
João Carlos Mendes de Abreu
Joaquim Armindo Thomas
Jonas Mendes Rodrigues
Jorge Narciso da Silva Filho
José Antônio Gonçalves
José Diniz Pinto Bravo
José Evany Gussen
José Maria Leoni Lopes de Oliveira
José Tovil
José Wilson Menegale
Laise Ellen Macedo
Lúcia Serrão
Luciana Barbosa Delgado
Luciana de Souza Carvalho
Luciana Sapha Silveira
Luciano Arbex Sarkis
Luiz Carlos Motta Machado
Luiz Otávio Figueira Lopes
Madalena Junqueira Ayres
Marcelo Daltro Leite
Marcelo de Lyra Filho
Alkindar Costa
323
Sérgio Nogueira de Azeredo
Silvia Luiz Xavier Dell’Ome
Silvia Maria Castelo Branco S. Scaramuzzi
Sônia Eyleen de Oliveira Marenco
Sueli Carreira da Silva
Simone Gomes de Souza Feijó
Sueli Carreira da Silva
Virgilio Panagiotis Stauridis
Wânia Helena Valle Ayres
Alkindar Costa
325
Liliane Maria de O. Carvalho
Luciano Silva Barreto
Luiza Regina dos Reis Rocha
Luiz Alberto de Souza Lemos
Luiz Paulo Vieira de Carvalho
Marcelo Alonso Cebreiro
Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira
Marcelo Rebelo de Mendonça
Marcos Paulo Dutra Santos
Maria Alice Vieira da Rocha
Maria Amélia Sparano
Maria de Carmo Gonçalves
Maria de Lourdes Moraes Costa
Maria Elisabete Cardoso Antunes de Costa
Maria Ignez L. Baldez Kato
Mário Cunha Olinio Filho
Mônca Arrabida Tais de Oliveira
Mônica Almeida Mota
Mônica de F. Lima Quinderê
Nara de Amorim Pamplona
Nelson Joaquim Silva
Oziris da Anunciação Borges Medeiros
Patricia Cardoso
Patrícia Jomba Vilella Braga
Patrícia de Souza Figueiredo
Patrícia V. de Lima Costa Ferreira
Paulo Edmundo Lopes
Paulo de Oliveira Lanzellote Baldez
Paulo Roberto Corrêa
Pedro Simão Júnior
Regina Lúcia T. M. Carvalho
Regina Maria da Fonseca Passos Bittencourt
Renata C. S. Bifano
Renata Motta Gonzaga de Schveler
Renata Raemy Rangel
Alkindar Costa
327
Na primeira foto, de
1973, o registro do
“Palácio da Justiça” em
construção no bairro
Aterrado.
A segunda foto, de
1982, o registro do
Forum já atendendo a
comunidade
voltaredondense.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
Carros aguardavam a
abertura da passagem
de nível entre as
avenidas Getúlio
Vargas e Paulo de
Frontim, antes da
costrução do Viaduto
N.S. das Graças em
1963.
Acervo Alkindar Costa
Ciclistas e pedestres
também cruzavam a
passagem de nível . Na
foto de 1963, nota-se
ao fundo na esquerda
da foto o Hotel Vitória.
Hoje , no local das
Casas Cruz, localiza-
se o Edifício Redondo.
Acervo Alkindar Costa
A foto de 17 de Julho
de 1965, registra
autoridades junto a
placa que marcou a
principal obra do
prefeito João Pio, o
Viaduto N.S.das
Graças.
Alkindar Costa
331
Com recursos
exclusivos do
município, surgiu o
Viaduto N.S. das
Graças sob o leito da
estrada de ferro. A
foto de 1966 registra o
andamento das obras
e a instalação dos
pilares do viaduto.
Acervo Alkindar Costa
Muito tem sido escrito sobre Volta Redonda especialmente em relação à siderurgia,
ligação normal à Companhia Siderúrgica Nacional.
Nos outros campos de informações existem dificuldades marcantes no que diz
respeito ao conhecimento da formação da terra voltarredondense, a Litologia, Tectônica,
Hidrologia, Clima, Fenômenos Especiais e etc...
A Administração Nelson dos Santos Gonçalves ao contratar os estudos do Plano
Estrutural de Desenvolvimento Integrado - PEDI/VR, elaborado por H.J. Cole Associados
S.A., em janeiro de 1975, colocou à disposição da Comunidade dados da mais alta impor-
tância e que, por estarem incluídos em um trabalho técnico-administrativo, foram pouco
ou mal divulgados, não chegando a alcançar os estabelecimentos escolares da Cidade
do Aço.
No volume que trata da Fundamentação e Proposições, a partir das folhas 39, en-
contramos as seguintes informações:
Volta Redonda possui um área de 182,8 km2 (observa-se que o Município teve sua
superfície ampliada a partir dos 168 km2, não por expansão de seu território, mas como
resultado da correção do cálculo de áreas dos municípios brasileiros, levada a efeito pelo
IBGE) e um perímetro urbano de 54,33 km2; temperatura média anual de 21° C e uma
pluviosidade anual de 1.377 mm.
O Município está situado no sul do Estado do Rio de Janeiro, “no trecho inferior do
Médio Vale do Rio Paraíba do Sul, entre as serras do Mar e Mantiqueira”, em uma região
favorecida pelo triângulo formado pelas cidades do Rio de Janeiro (distante 123 km), São
Paulo (311 km) e Belo Horizonte (420 km).
Geograficamente, possui nove décimos de área montanhosa, sendo no restante,
plano e situada às margens do Rio Paraíba do Sul que atravessa o município de Oeste
para Leste, formando a célebre curva, quase em círculo, que deu origem ao seu nome.
Situa-se entre os paralelos 22°31’23” de latitude sul e os meridianos, 44°06’15” de
longitude Oeste (segundo o meridiano de Greenwich). Fonte: Anuário Estatístico do RJ – 1997 – CIDE – Pg. 32
Sua altura sobre o nível do mar varia entre as cotas 390 m na margem do Rio
Paraíba e 707 m na porta nordeste do Município.
Na área municipal, as principais elevações são: Morro da TV - 512 metros e Morro
Boa Vista, com 435 metros.
O Município localiza-se na Zona Fisiográfica de Resende. É no volume Fundamen-
tação/Proposições do PEDI-VR, página 31, que se conhece o que representa a denomi-
nada “Zona Fisiográfica de Resende”, assim detalhada:
“Abrangendo 14 municípios, que representam 20,8% do território
fluminense, a décima zona fisiográfica do Estado do Rio de Janeiro, ou
Zona Fisiográfica de Resende, caracteriza-se por um vale de planalto,
Alkindar Costa
333
cujo principal é o rio Paraíba do Sul, e por um relevo onde predominam
baixas colinas em forma de meia-laranja.
Correspondendo sozinha a uma das três grandes regiões naturais do
Estado, ela é completamente pela orla marítima, de origem geológica
recente, e pelo maciço central altamente erodido, formado por terreno
de origem arqueana, onde as cidades serranas se localizam.
Embora estabelecido em função da estrutura natural do Estado do Rio,
o conceito de zona fisiográfica vem sendo usado para a análise do de-
senvolvimento micro-regional. Assim, sob o primeiro aspecto, a Zona
Fisiográfica de Resende corresponde a uma área de características físi-
cas e geológicas homogêneas; os municípios que a integram, no en-
tanto, apresentam diferentes níveis de desenvolvimento.
Sua bacia leiteira se destaca, não só pela importância no abastecimen-
to interno, como também pelo apoio ao abastecimento das duas metró-
poles nacionais, e grande parte do seu potencial de desenvolvimento é
representado pelo pólo Volta Redonda - Barra Mansa”.
O mapa do município,
apresenta seus limites
ainda sem a demarca-
ção de Pinheiral, visto
que na época de sua
criação, a localidade
ainda pertencia a Piraí.
Foi publicado pela
primeira vez, por J.B.
de Athayde.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
335
Do lado sul, os assentamentos urbanos foram feitos sobre a encosta suave de
gnaisses alterando o vale. O plano das primeiras habitações, a serviço da Usina, foi de-
senvolvido ao longo dos sedimentos marginais do Córrego Brandão, prevendo, acertada-
mente, a ocupação dos cimos planos dos mamelões próximos destacando-se o do La-
ranjal e a “meia-laranja” do Hotel Bela Vista.
Existem muitos outros mamelões aproveitáveis no Município, mas seus recursos
geológicos são extremamente limitados, destacando-se apenas o Rio Paraíba, hoje mui-
to poluído, a argila cerâmica, pedra para agregados e pó de pedra.
a) Clima
“De acordo com a classificação de Koppen, o Município de Volta Redonda
apresenta um clima mesotérmico (CWa), com inverno seco, verão quente e
chuvoso, e elevados índices de umidade. Embora o Município apresente ca-
racterísticas climáticas homogêneas em toda a sua extensão, o mesmo não
ocorre na região, onde o clima se ajusta às grandes variáveis do Estado do
Rio.
A Serra do Mar, que separa as extensas baixadas da região do planalto, é a
principal causa dessa diversificação representada, de modo geral, por três
grandes zonas climáticas; a baixada litorânea, com clima quente e úmido e
cuja principal característica é a temperatura média sempre superior a 18° C
no mês mais frio do ano; a zona serrana, caracterizada pelos altos índices
pluviométricos; a região do vale do Paraíba, com marcante estação seca,
que acarreta um aumento gradativo de temperatura e índices pluviométricos
em declínio.
De acordo com observações feitas pela estação meteorológica de Volta
Redonda em período decenais, com datas de referências nos anos de 1947,
1957 e 1967, a precipitação média para o total dos trinta anos considerados
foi de 1.537,77 mm, com a precipitação máxima em 24 horas, ocorrendo
nos meses de janeiro e fevereiro.
A pressão atmosférica teve suas máximas nos meses de junho e julho, com
uma média total anual de 971,4 Mb. A temperatura variou de 12° (média das
mínimas, nos meses de junho e julho) e 31° C (médias das máximas, em
janeiro e fevereiro).
Alkindar Costa
339
Quanto à umidade relativa do ar, é importante destacar que ao longo de 30
anos de observação ocorreu uma queda sensível nas máximas e nas míni-
mas, como atestam as médias anuais: 82% em 1947, 79% em 1957, e 75%
em 1967.
Sem dúvida, isto é um reflexo da perda de recobrimento arbóreo e da pobre-
za do revestimento vegetal, não só em Volta Redonda mas em todo o vale,
onde as superfícies em condições naturais correspondem a apenas 4% do
território total, quando o mínimo desejável em termos de clima, combate à
poluição, etc. é de 30%. No quadro climatológico geral é de grande importân-
cia para o Município o comportamento dos ventos, tendo em vista a contami-
nação atmosférica existente. A análise foi feita através do critério de freqüên-
cia.
Assim, a direção dos ventos dominantes à SE-NW, com ligeiras variações;
em decorrência, o “fall-out” das chaminés industriais de Volta Redonda ocor-
re na margem esquerda do rio, a sotavento da usina siderúrgica (CSN) e da
fábrica de cimento (Tupi).
O fenômeno da calmaria (ausência total de vento) se apresenta com maior
freqüência que qualquer outro, propiciando a queda de partículas
contaminantes quase verticalmente ao lugar de onde foram lançados; de-
pois de acumuladas a uma certa altura, qualquer vento, mesmo de pouca
intensidade, as espalha indistintamente na cidade.
Devido à localização do município entre as duas serras, é freqüente o apare-
cimento, principalmente no verão, de uma linha de instabilidade formada por
“cumulus nimbus”, que provocam variações constantes do vento entre as
16 e às 19 horas, com maior freqüência na direção norte-sul.
Trata-se de um fenômeno natural isolado que, embora sem alterar os critéri-
os adotados para a identificação dos ventos dominantes, tem a capacidade
de estender a poluição atmosférica a alguns bairros da zona sul da cidade,
entre a vila operária e o córrego Secades.
Em termos de freqüência, a resultante identificada como dominante (SE-
NW) tem uma componente principal (E-W) ao longo do vale, formada pela
mudança a cada 12 horas dos ventos mar-continente e vice-versa, que ante
as barreiras naturais (serra do Mar) toma aquele curso; duas componentes
secundárias (SE-NW e NE-SW), já dentro do vale, atingem valores expres-
sivos na análise trimestral realizada.
b) Fenômenos Especiais
O equilíbrio natural do município e precário e pode ser alterado a qualquer
momento, criando inúmeros problemas de caráter geo-técnico. Um simples
movimento de terra mal planejado pode trazer graves conseqüências à es-
trutura natural, em função da origem geológica da região e da formação qua-
se inconsistente da topografia local.
Não existem fenômenos meteorológicos consideráveis, mas tendo em vista
o precário equilíbrio verificado, o município está sujeito a possíveis inunda-
ções e a leves tremores de terra, estes resultantes de acomodações no
subsolo.
340 Volta Redonda Ontem e Hoje
Tectonicamente, o Médio Vale do Paraíba é constituído por alguns imensos
blocos individuais de muitos quilômetros cúbicos, provenientes de um
cisalhamento subvertical segundo planos paralelos às direções N 70° E e N
40° W. A primeira direção - a principal - aprisiona o rio Paraíba ao longo de
centenas de quilômetros. Cada bloco é submetido a tensões verticais pró-
prias, decorrentes de atrito entre blocos vizinhos. As tensões se acumulam
com o tempo, enquanto o atrito a elas resistir. Vencido o atrito, o bloco solta-
se subitamente, provocando movimento que varia de centímetros a metros
de extensão, conforme a profundidade (foto sísmico) em que ocorre.
A deformação pode não se revelar ortogonalmente na superfície topográfica
(epicentro), a não ser por vibrações ao longo dos traços do bloco na topogra-
fia, isto é, em linha paralela ao rio Paraíba e mais intensamente nos nós de
mudança da direção - caso de Barra Mansa e do bairro D. Bosco, em Volta
Redonda.
Esse sistema de tensões ativas atua hoje na Mantiqueira e na serra do Mar.
As duas cadeias já se elevaram em “horts”, enquanto o vale subsistiu em
“graben”. Ocorrem hoje reajustamentos posteriores à situação tectônica pre-
térita. As águas minerais de Caxambu, São Lourenço e Cambuquira pren-
dem-se a essa tectônica. As vibrações da ruptura das massas rochosas
aceleram-se com intensidade variável. A amplitude de vibrações nos tremo-
res de acomodação tectônica, como os que ocorrem no Médio Vale do
Paraíba, é de 1mm apenas e durante 2 a 3 segundos, sob aceleração de
20mm por segundo, em cada segundo de vibração. Não chegam a ter ex-
pressão na escala de Richter.
Uma massa d’água, como a retida em barragens, pode afetar um sistema
em equilíbrio instável de tensões e gerar vibrações súbitas mais intensas e
aceleradas por conjugação de esforços. No período histórico do Médio Vale
do Paraíba fluminense, de 1.704 até agora, nada de desastroso ocorreu, a
não ser o registro de tremores sensíveis, principalmente do lado setentrional
da Mantiqueira. O território de Volta Redonda encontra-se totalmente devas-
tado pelas plantações de café iniciadas em 1.830 e desaparecidas em 1.890,
após a perda total do poder de sustentação do solo. Entretanto, foram es-
quecidas alguns poucos e incompletos bancos genéticos nas cabeças dos
mamelões de mais difícil acesso.
Há em Volta Redonda ensaios bem sucedidos de reflorestamento com es-
pécies importadas (eucaliptos). Mas o município, na sua integridade, é um
exemplo perfeito de “cemitério ecológico”, significando, o termo, cabal extinção
da flora e da fauna originais”.
Hidrologia (Parte da História Natural que se ocupa das águas e das suas propriedades e
espécies)
Alkindar Costa
341
“De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia, a bacia
do Rio Paraíba mede 62.500 quilômetros quadrados, dos quais 14.230
estão no território paulista; 21.200 constituem parte do sudoeste minei-
ro e o restante 27.070 quilômetros quadrados pertence ao Estado do
Rio de Janeiro. No seu interior estão inteiramente contidos, nada me-
nos do que 140 municípios, sendo 76 mineiros, 30 paulistas e 34
fluminenses, localizando-se, em algum deles, cidades de considerável
importância sócio-econômica como São José dos Campos, Taubaté,
Resende, Volta Redonda, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Juiz
de Fora e Campos”. (in Saneamento - Revista Técnica e informativa do
DNOS - Rio de Janeiro - 1977).
A bacia do
Paraíba do Sul apre-
Enchente no bairro senta-se numa forma
Acampamento alongada no sentido
Central em 1946
(desaparecido em
oeste-leste com o
razão da Expansão comprimento de cer-
da CSN) ca de três vezes mai-
Acervo Alkindar Costa or do que a largura,
ocupando a parte ori-
ental do Estado do
São Paulo, grande
trecho do Estado do
Rio de Janeiro e pene-
trando em seu curso
médio pelo Estado de
Minas Gerais.
No Estado do
Rio de Janeiro, sua
presença se faz em
2
uma área de 22.600 km corresponde a 50,33% do território fluminense, com uma vazão,
na foz, da ordem de 200 metros cúbicos por segundo.
No trecho de Barra Mansa-Volta Redonda, a sua altitude aproximada é de 370 metros,
atingindo a uma velocidade média de 0,40 metros por segundo, com largura e profundida-
de média de 150 metros e 1,40 metros, respectivamente.
A largura da bacia hidráulica do Paraíba, no transversal de Volta Redonda, é de
aproximadamente 70 quilômetros entre as duas serras.
Ainda nos limites da Cidade, há o Rio Santa Rita, formado pelos córregos dos Pei-
xes e de Santo Antônio, que é aproveitado para o suprimento d’água potável, e os córregos
Retiro, Coqueiros, Ano Bom (limite municipal com Barra Mansa) e Ribeirão do Inferno,
funcionando como limite municipal e formado por inúmeros córregos secundários, inclu-
sive provenientes do Município de Barra do Piraí, afluentes da margem esquerda do Paraíba
e os córregos Secades, Brandão, Ponte Alta, Água Limpa e Três Poços (divisa municipal
com Piraí e Barra do Piraí), afluentes da margem direita. É de mencionar ainda, o Rio
Santa Cecília, da vertente esquerda, correndo em terras mais altas que o Santa Rita.
O Rio Paraíba do Sul é formado pelos rios Paraitinga e Paraibuna que confluem na
região de Paraibuna (SP) acerca de 30 Km ao sul de Caçapava e a sua altitude é de 700
342 metros.
Volta Redonda Ontem e Hoje
Seus dois formadores nascem nas proximidades do limite SP-RJ, respectivamen-
te, na Serra da Bocaina e na Serra do Mar.
A parte do seu curso em território do Estado do Rio de Janeiro até Itaocara, corre
com características de rio do planalto, sendo que em alguns trechos do seu leito é cavado
no embasamento cristalino, como na região de Sapucaia.
Após a região de Itaocara, com características de rio de planície, corre mansamen-
te até a sua foz.
Neste trecho dá-se-lhe a denominação de Baixo Paraíba. Na região do delta encon-
tram-se algumas lagoas, porém, todas de pouca ou nenhuma expressão. Convém res-
saltar a lagoa Feia, não incluída na bacia, mas permite uma ligação interna que recebe a
denominação de canal Macaé-Campos.
Além dessas lagoas, pode-se mencionar as represas construídas na região de Piraí-
Barra do Piraí (uma no rio Paraíba, outra no rio Piraí).
Apresenta como principais afluentes, no Estado do Rio de Janeiro embora, tenham
nascentes e grande parte de sua bacia fora do Estado, na margem esquerda - Pomba e
Muriaé e, na margem direita - Piraí, Piabanha e Dois Rios.
A área da bacia do Paraíba do Sul se divide em Zona do Paraíba Meridional integra-
da por Barra Mansa, Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira,
Paraíba do Sul, Piraí, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Três Rios, Valença, Vassouras
e Volta Redonda. A Zona do Paraíba Setentrional se integra com Cambuci, Campos,
Cantagalo, Carmo, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São João
da Barra, Sapucaia e Sumidouro.
É oportuno fazer-se destaque às quedas d’água da Ilha dos Pombos, Sapucaia e
Funil, no Rio Paraíba; Alberto Torres, no Rio Piabinha; Areias, no Rio Pacatinga; Cidade
do Rio Pomba, Maria de Barros, no Rio Piau e Rio Meia Pataca.
No Baixo Paraíba o clima predominante é o Aw da classificação de Kopen (quente e
úmido com chuvas de verão) com exceção da cabeceira do Muriaé e na Serra de Santo
Eduardo onde há um clima do tipo AW (temperado com verões quentes).
As temperaturas são bastante favoráveis, tendo como média das máximas 29° C e
médias mínimas 19° C.
No que concerne à vegetação, a área da bacia apresenta-se, originariamente, den-
samente coberta por uma floresta tropical Latifoleada em quase toda a extensão.
Apenas na faixa este da cidade de Campos, nota-se uma vegetação típica litorânea.
A atual cobertura de vegetação apresenta a predominância, quase absoluta, de
pastagens pobres, na qual se encontra a maior escala da variedade chamada “capim
gordura”.
No que se refere à poluição o Rio Paraíba, diante da proximidade da Serra das
Araras, atravessa a rodovia e entra em Barra Mansa. Começa aí a ser poluído em grande
escala, especialmente por esgotos “in natura”. Em Volta Redonda a situação se agrava.
O Paraíba já é um rio imundo, recebendo esgotos, descargas das indústrias químicas e
toda sorte de sujeira, inclusive restos de matadouros.
É o Paraíba chamado de Rio de Contrastes, compondo a beleza do vale. Inteira-
mente subjugado a um abandono quase total, vivendo sob a ameaça de desaparecer pela
poluição de suas águas.
Alkindar Costa
343
A tentativa de recuperação pelo D.N.O.S. já motivou retificação do seu leito entre
São José do Campos e Cruzeiro.
De qualquer forma, o Rio Paraíba do Sul é um rio que pede socorro.
Notícias são veiculadas com freqüência e, em especial, nos períodos eleitorais, que
medidas estão sendo adotadas para recuperação do Rio Paraíba. O que se vê e o que se
observa, é uma poluição crescente e desordenada.
Enquanto as medidas oficiais não chegam, tenta-se decorar a DECLARAÇÃO DOS
DIREITOS DO RIO PARAÍBA, publicada pela LIGHT e “O GLOBO”:
ANO POPULAÇÃO
Alkindar Costa
345
OS LIMITES DE VOLTA REDONDA x BARRA MANSA x PIRAÍ E
PINHEIRAL
Alkindar Costa
347
Redonda deixaria de preencher “as condições favoráveis de desenvol-
vimento” necessárias à sua emancipação.
Não estão estas indústrias localizadas em território de Barra Mansa. E
por que não protestaram, no tempo oportuno, contra a sua inclusão?
Negada a existência de grupos escolares, das escolas, dos ginásios, de
hospital e sociedades de beneficência, de desportos, clubes recreati-
vos e outras instituições na zona contestada, Volta Redonda não se
poderia enquadrar nos dispositivos legais que regem a criação dos
municípios.
Contestada a existência, no Distrito, de mais de 36.000 almas, e a arre-
cadação de impostos de mais de Cz$ 10.000.000,00 (dez milhões de cru-
zeiros) e não restaria a Volta Redonda nenhuma possibilidade de se
tornar independente de Barra Mansa.
Até a data da sanção, pelo Senhor Governador do Estado, da Lei nº
2.185, de 17 de julho de 1954, nenhum protesto, nenhum argumento em
contrário, nenhuma alegação por mais simples, foi levantada perante o
Legislativo, o Executivo ou o Judiciário do Estado, contra as conclu-
sões do relatório de 04 de março de 1954, apresentado pelo Departa-
mento das Municipalidades, sobre a matéria. E esse relatório reconhe-
ce e confirma todos os dados oferecidos pelos requerentes da emanci-
pação e constantes do processo. E, ainda, por que não protestaram as
autoridades de Barra Mansa contra a realização do plebiscito na área
contestada, uma vez que entendiam que os habitantes da mesma e res-
pectivos eleitores, pertenciam a Barra Mansa?
Se o tivessem feito tempestivamente, teriam evitado, talvez, a criação
do novo município e fornecido aos poderes competentes elementos
para, examinando-os serenamente, e com toda a atenção, resolverem
de conformidade com os ditames legais e de acordo com as razões
apresentadas, evitando, assim, as questões e dúvidas ora levantadas.
Se essas autoridades de Barra Mansa não reconheciam os limites esta-
belecidos pelo Decreto-Lei nº 1.242, de 1944, que só agora, depois de
um decênio, procuram alterá-los por uma deliberação municipal? (Diá-
rio das Municipalidades de 25 de fevereiro de 1955).
Se os limites eram realmente aqueles que ora sustentam, não haveria
necessidade de uma nova Deliberação sobre os limites.
Não houve, igualmente, providência alguma, pleiteada em tempo útil
junto ao Tribunal Regional Eleitoral, contra a realização das eleições de
03 de outubro último no Município de Volta Redonda, na qual votaram
eleitores da área contestada, como pertencente ao mesmo Município.
Somente após a realização do pleito impetraram ao Superior Tribunal
Eleitoral, mandato de segurança - Mário José Vieira e outros - pedindo a
anulação das eleições em Barra Mansa e Volta Redonda e ainda a medi-
da liminar de sustação da posse dos eleitos.
Em seu parecer o ilustre Procurador Geral da República que funciona
àquele Tribunal, Dr. Plínio de Freitas Travassos, diz o seguinte:
Alkindar Costa
349
to - considerando que a Lei de nº 2.185, de 17 de julho de 1954, ao criar
o Município de Volta Redonda, deixou de discriminar, como devia, os
respectivos limites; - considerando, finalmente, face às dúvidas levan-
tadas, ser necessária a expedição de lei interpretativa quanto aos limi-
tes do território do novo município - resolve esta Comissão oferecer ao
Projeto nº 56, de 1955, o seguinte substitutivo:
O texto sugerido pela Comissão foi emendado, apenas no artigo 2º com a inclusão
Alkindar Costa
351
Não há, pois, a alegada inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 2.185,
de 17/07/1954, observados como foram os dispositivos já citados da
Constituição Estadual e da Lei Orgânica das Municipalidades
respeitantes à criação de Municípios.
Assim, esta Procuradoria Geral submete à sábia apreciação e julgamento
deste Egrégio Tribunal, a inclusa representação, opinando pela sua im-
procedência.
Nestes termos, distribuída e devidamente processada esta petição com
os inclusos documentos, esta Procuradoria Geral, pede deferimento”.
Placa de divisa do
Município, colocado na
Administração do
Prefeito Sávio Gama
em 1958.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
353
O mesmo decreto instituiu uma
comissão formada sob a presidência
de Francisco dos Reis da Silva Filho,
da Secretaria de Estado de Justiça e
integrada por Armando Artioli Filho e
Álvaro Luiz Regazzoni Carelli Pereira,
respectivamente das Prefeituras Muni-
cipais de Volta Redonda e Barra Man-
sa.
Um melhor entendimento entre
os Municípios de Volta Redonda e Bar-
ra Mansa ficou evidenciado com a as-
O arquiteto Ronaldo sinatura, em 15/01/1985, do Protocolo
Alves, foi o grande
responsável para o
subscrito pelos Prefeitos Benevenuto
reconhecimento de dos Santos Netto (Volta Redonda) e
Roma I, Roma II, Parque Luiz Carlos Suckow Ferreira do Amaral
das Garças, São
Francisco, Rio das (Barra Mansa), visando a regularização
Flores e Condado do dos lançamentos tributários do Bairro
Ipê, como integrantes
da área do município de
Belmonte, margem esquerda do Rio
Volta Redonda, Muito Paraíba do Sul.
embora o assunto já
estivesse consagrado Em 30 de abril de 1985, novo
pela Lei estadual protocolo foi firmado para a
nº2435, jamais foi
observado pelos
regularização dos lançamentos
poderes púvblicos e tributários e prestação de serviços
historiadores. públicos nos bairros Ponte Alta, Vila
Elmira, Cajueiro e Paraíso de Baixo.
Finalmente, em 07 de outubro de 1986, o Governador Leonel Brizola editou o
Decreto nº 9.285 estabelecendo os pontos geográficos que melhor caracterizam os limites
territoriais entre os Municípios de Volta Redonda e Barra Mansa, no tocante ao seu
perímetro urbano, determinando que os Municípios interessados deveriam demarcar os
“limites territoriais”, no campo, através de marcos topográficos, de acordo com as
coordenadas U.T.M. relacionadas no artigo 1º do citado Decreto 9.285.
Em razão de tal dispositivo legal, a partir do Córrego Ano Bom, o loteamento Jardim
Belmonte - 1, 2 e 3, Jardim Siderlândia e Loteamento Sítios e Chácaras “Morada do Sol”,
ficaram incluídos no território de Volta Redonda.
Na antiga COBRAPI, muito embora o portão de acesso estivesse em Volta Redonda,
a área real de utilização encontra-se situada no território de Barra Mansa.
Destaca-se que na Serra de Japuíra, nos pontos mais elevados, o serviço de
demarcação não foi revisto.
Do Bairro Santa Inês até o Córrego do Brandão, o limite segue a poligonal original
estabelecida na Lei nº 2.435, de 05 de abril de 1955.
A sede da Fazenda Santa Cecília, o Jardim Zoológico, o loteamento Morada do
Rosário, a área da Escola Técnica Pandiá Calógeras e do Corpo da CSN (treinamento)
até o Córrego do Brandão, estão incluídas em terras de Volta Redonda. Por outro lado a
Cicuta, na margem esquerda do Córrego do Brandão, ficou situada em terras de Barra
Mansa.
VILA ELMIRA
1 1 a 9 - Rua A - X
9 1 a 11 - Rua A - X
4 1 a 9 - Rua B (Osmarino Novaes) X -
4 10 a 13 - Rua C - X
4 14 a 17 - Tr. A - X
7 19 a 27 - Rua A - X
PONTE ALTA
- 29 a 30 - Rua B (Osmarino Novaes) X -
- 35 a 39 - Rua B (Osmarino Novaes) X -
- 31 - Rua C X -
- 32 a 41 - Rua C - X
- 13 a 15 - Rua Roterdã X -
- 10 a 12 - Rua Roterdã - X
- 16 a 18 - Rua B (Osmarino Novaes) X -
- 19 a 34 - Rua A - X
CAJUEIRO
W 1 a 7 - Rua Roterdã - X
W 8 a 9 - Rua Roterdã X -
W 10 a 22 - Rua Zurique X -
W 23 em diante - Rua Zurique - X
5 8 a 12 - Rua Zurique X -
5 1 a 7 - Rua Zurique - X
5 13 a 22 - Rua Oslo X -
5 23 - Rua Oslo - X
5 24 - Rua R-5 - X
T 40 a 77 - Rua Oslo X -
T 01 a 39 - Rua Oslo - X
PONTE ALTA
- 1,107 a 111 - Av. Europa X -
- 2 a 6 - Av. Europa - X
- 8 a 30 - Av. Europa X -
Alkindar Costa
355
LOTEAMENTO QUADRA LOTE / RUA V.R. B.M.
JARDIM P. ALTA
13 289 a 316 - Rua J X -
13 288, 287 - Rua J - X
- Praça (entre as Ruas I a G/J a D) - X
5 136 a 147 - Rua H X -
5 130 a 135 - Rua H - X
6 Todos os lotes X -
- Praça (entre I/H a D) X -
- 31 a 34 - Av. Europa - X
MINERLÂNDIA
- 171 a 191 - Rua Pequeri X -
- 192 - Rua Pequeri - X
- 218 a 238 - Rua Pequeri X -
- 239 a 242 - Rua Pequeri - X
- 205 a 217 - Rua Ouro Preto X -
- 193 a 204 - Rua Ouro Preto - X
- 267 a 275 - Rua Ouro Preto X -
- 276 a 290 - Rua Ouro Preto - X
- 36 a 45 - Rua Caxambu X -
- 264 a 266 - Rua Caxambu X -
- 262, 263 - Rua Caxambu - X
- Rua Juiz de Fora - X
SÃO CRISTÓVÃO
G 23 a 46 - Rua Campinas X -
G 19 a 22 - Rua Campinas - X
D 1 a 4 - Rua Iguape - X
D 5 a 9 - Rua Queluz X -
B 15 a 24 - Rua Iguape - X
B 1, 2 - R. Francisco E. Delgado - X
B 3, 4 - R. Francisco E. Delgado X -
B 5 a 14 - Rua Queluz X -
SANTA INÊS
1 23 a 28 - Rua Ary Barroso - X
1 13 a 22 - Rua Ary Barroso X -
1 33 a 35 - Rua Villa Lobos - X
1 36 a 43 - Rua Villa Lobos X -
5 1 a 7 - Rua Villa Lobos X -
5 8 a 11 - Rua Villa Lobos - X
5 17 a 19 - Rua Carlos Gomes X -
5 168, 17, 16 - R. Carlos Gomes - X
7 5 a 20 - Rua Carlos Gomes X -
7 21 a 31 - Rua Carlos Gomes - X
8 1 e 2 - Rua Catulo da Paixão X -
8 3 a 12 - Rua Catulo da Paixão - X
Volta Redonda limita-se ao Norte, Sul e Oeste com Barra Mansa e Leste com Barra
do Piraí, Piraí e Pinheiral.
Os limites entre Volta Redonda e Barra Mansa, determinados pela Lei Estadual
2.435 de 05.04.1955, sofreram objeções demonstradas no Mandado de Segurança nº
6.206, autuado em 19 de abril de 1955, pelo representante do Executivo Municipal de
Barra Mansa, Prefeito Dr. Leonísio Sócrates Baptista. Tal medida recebeu a data de 12 de
abril e o número de protocolo 47.426 em 13 de abril de 1955, no Tribunal de Justiça e
contra o Governo do Estado e a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
O assunto foi encerrado no Supremo Tribunal Federal, em 14 de julho de 1958.
Simplesmente os limites entre Volta Redonda e Barra Mansa sofreram correções e acor-
dos foram estabelecidos, sendo o último de 07 de outubro de 1986, no Governo de Leonel
Brizola. Desde a data da efetivação da Lei 2.435 (05 de abril de 1955), nenhuma Adminis-
tração do Município de Piraí manifestou qualquer contestação “OFICIAL” ao enfoque da
Lei, reconhecendo sempre que com o Município de Volta Redonda, o limite se faz “desde
a foz do Córrego Três Poços até a sua principal nascente (que fica atrás do bairro Vila
Rica e bem atrás da propriedade de Alan Cruz) e daí em RETA até a nascente do
SERENON, principal formador do Brandão (que fica na serra de Getulândia, já na divisa
com Rio Claro”. Texto do Arquiteto Ronaldo Alves, que, ainda considera:
“... ao se traçar essa linha reta entre nascentes, os bairros Roma I, Roma
II, Parque das Garças, São Francisco, Condado do Ipê e ainda Rio das
Flores ficam, claramente todos, dentro do território de Volta Redonda.
A linha reta passa cruzando a via Dutra, após o novo posto da Polícia
Rodoviária, já na descida da serrinha de Arrozal. De um lado da Dutra,
hoje, dali para baixo, é Piraí (direita) e do outro Pinheiral (esquerda),
que se torna independente em 1993.”
O território em questão estava sendo considerado como pertencente ao Município
de Piraí, muito embora na Cartografia oficial do IBGE, folha SF-23-Z-A-V-2 (edição de
1973) e na Cartografia oficial da Diretoria do Serviço Geográfico do Ministério do Exército
(1981 e 1988), não se confirmasse a pretensão e nem mesmo a de Pinheiral (transforma-
do em cidade em 1993), denunciado pelo Arquiteto Ronaldo Alves no processo 1348/97,
em 08 de setembro de 1997, junto à Câmara Municipal de Volta Redonda, quando consi-
derou:
“O assunto é tão grave que já chegou a nosso conhecimento que a
Prefeitura de Pinheiral, recém criada, já estava cadastrando imóveis no
bairro Rio das Flores, instalações industriais e a própria Casa de Portu-
gal, pra cobrar impostos, tudo dentro do território de Volta Redonda.”
Ronaldo Alves considera, ainda, no documento remetido ao Legislativo
de Volta Redonda, “que a Rodovia VRD-001, constante no Plano Rodo-
viário Municipal de Volta Redonda, aprovada pelo DER-RJ em 1978, cujo
traçado liga, dentro do seu território, o trevo da Rodovia na Via Dutra
até Getulândia”, num trecho de 9,5 km, está sendo desfigurado por uma
estrada que consolida caminho natural entre fazendas, naquele local,
pela Prefeitura de Piraí, num traçado de cerca de 13 km, sem caracterís-
ticas de rodovia, com pista de 6 metros em muitos locais, agora com a
promessa do Governador em asfaltá-la. Tudo com a complacência e
omissão da Prefeitura de Volta Redonda, apesar de alertada por nós.”
Alkindar Costa
357
O mapa da Cidade
do Aço, mostra toda a
sua área territorial,
estabelecida pela Lei
Estadual 2.435, de
05/04/1955.
Aqui o destaque dos
limites, feito pelo
Arquiteto Ronaldo
Alves, localiza os
bairros reconhecidos
com pertencentes à
Volta Redonda
e não ao município
de Piraí.
Acervo Alkindar Costa
Prezado Senhor,
Em atenção a solicitação de Vossa Senhoria datada de 10 de setembro
de 1998, em que se refere a linha divisória entre os municípios de Volta
Redonda e Piraí e Volta redonda e Pinheiral, bem como a pertinência
administrativa de algumas localidades, cabe-nos informar o que segue:
A– Os limites entre os municípios de Volta Redonda com Piraí e Volta Re-
donda com Pinheiral são definidos, respectivamente, pelas leis nº 2435
de 05/04/55 (delimita a área de Volta Redonda) e nº 2408 de 13/06/95
(cria o Município de Pinheiral);
B– Essa linha de limite é definida por uma reta que liga a nascente do
Ribeirão Três Poços à nascente do córrego Serenon, conforme a legis-
lação acima citada;
C– Com o intuito de subsidiar resposta a presente solicitação, realizou-se
um levantamento de campo objetivando a identificação “in loco” dos
pontos mencionados em Lei, bem como a obtenção das coordenadas
UTM desses pontos, obtidas através de aparelho GPS.
Alkindar Costa
359
2. Dessas medições obteve as seguintes coordenadas:
Alkindar Costa
361
PINHEIRAL EMANCIPA-SE DE PIRAÍ
LIMITES INTERMUNICIPAIS
1 - Com o Município de Barra do Piraí.
Começa na confluência do Ribeirão dos Três Poços, no Rio Paraíba do
Sul, pelo qual desce até a cnfluência do Córrego Botafogo, subindo
por até a ponte sobre ele existente, na estrada de rodagem Vargem
Alegre-Pinheiral. Daí continua em reta até encontrar o limite com o
município de Piraí no Ribeirão João Congo.
2 - Com o Município de Piraí
Começa no Ribeirão João Congo, onde se encontra o limite municipal
com Barra do Piraí. Segue em linha reta até a ponte sobre o Córrego
Maria Preta, na RJ-141 (Piraí-Pinheiral), segue em outra linha reta até
encontrar o Córrego Três Saltos, segue por esta direção à sua nascen-
te principal até encontrar a Rodovia Presidente Dutra, segue por esta
até encontrar o limite municipal com Volta Redonda.
3 - Com o Município de Volta Redonda.
Começa na Rodovia Presidente Dutra, segue em linha reta até a princi-
pal nascente do Ribeirão dos Três Poços, desce por este até a sua
confluência no Rio Paraíba do Sul, limite com o município de Barra do
Piraí.
Art. 3º - A instalação do Município dar-se-á na forma prevista na Lei Comple-
mentar nº 59, de 22 de fevereiro de 1990.
Art. 4º - O Município de PINHEIRAL, enquanto não contar com legislação pró-
pria, reger-se-á pela do Município de PIRAÍ, obedecidas as disposições
da Lei Complementar Estadual nº 59 de 22 de Fevereiro de 1990.
ASPECTOS ECONÔMICOS
Alkindar Costa
363
Volta Redonda tem um destaque no panorama industrial, dentro do aspecto econô-
mico da Cidade.
No período de 1970/1980 o crescimento foi de 34,06% negativo.
DISTRITO INDUSTRIAL
Alkindar Costa
365
“Esta gleba foi dividida em sete áreas industriais, pelo plano oficial, das quais cinco
foram objeto de concessão de uso a empresas”, e “duas remanescentes”, nas quais, a
administração municipal decidiu implementar, definitivamente, o DI/VR.
A área industrial remanescente, com 307.63,00 metros quadrados, foi parcelada
em nove módulos.
Já na outra área remanescente, foi objeto de estudos mais detalhados, com projeto
de urbanização completo, onde poderia ser encontrado o módulo industrial pronto para
nele se instalar.
O problema, no entanto não se configurou tão facilmente.
No local, cerca de 850 famílias através dos anos, ocuparam parte do local, dando
origem às localidades de Três Poços e Vila Rica, apresentando como conseqüência uma
redução da área originalmente desapropriada de 4.420.000 metros quadrados, a pouco
menos de um milhão de metros quadrados. A ação de grileiros na área industrial obrigou
a PMVR a tentar juridicamente reaver o patrimônio público.
Todavia, o Distrito Industrial já existia na área de Três Poços, dando maior desenvol-
vimento ao campo industrial da cidade.
Com o mesmo objetivo de desenvolvimento industrial, em fins de outubro de 1987,
em ato realizado no Palácio Guanabara, a Companhia Siderúrgica Nacional, através do
seu Presidente Juvenal Osório e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, representado
por Victório Cabral, Secretário de Indústria e Comércio, firmaram acordo de cooperação
visando à definição de uma política industrial para o Estado. De acordo com convênio, a
estatal participaria dos trabalhos de viabilização da instalação do pólo metal-mecânico,
criando oportunidade para a instalação de novas indústrias de expansão das já existen-
tes, no território fluminense.
Em razão da saturação do parque industrial metalúrgico e mecânico da região do
ABC paulista e ter a Usina Presidente Vargas atingindo o limite de produção, o Governa-
dor Moreira Franco, pretendeu negociar com Governo Federal a construção da Unidade II
da CSN, que tinha terreno próprio em Itaguaí, ao lado do Porto de Sepetiba, com ramal
ferroviário para recebimento de carvão e minério de ferro.
Por outro lado, a administração Marino Clinger Toledo Netto, pelo Decreto 2.539
considerou desapropriada a área de terra às margens da rodovia VRD-001 e próximo ao
bairro Casa de Pedra, com 53.655,90 metros quadrados, de propriedade da Companhia
Siderúrgica Nacional, para implantação do Pólo Industrial de Confecção de Volta Redon-
da “necessário à implementação da atividade econômica do Município e, em atendimento
às propriedades de estimulação de empregos, revitalização e apoio às ações empresari-
ais.” O Decreto é de 03 de julho de 1987.
No Setor Secundário, desde 1946 Volta Redonda “consolida-se como o maior cen-
tro siderúrgico”, liderando dentro do Estado do Rio de Janeiro, especialmente em razão
da presença da Companhia Siderúrgica Nacional, “força geradora de empregos” com
aproveitamento de 80% da população economicamente ativa.
Algumas centenas de estabelecimentos industriais, de grande, médio e pequeno
porte, estão instalados no Município.
No Setor Terciário, o comércio registra grande impulso com a presença de firmas
de renome nacional, podendo-se destacar Casas Sendas, Renner, Mollica, Arapuã, C&A,
Casa e Vídeo, Lojas Americanas, Mc Donalds, Bobs, Habibis e etc.
A Administração
Municipal reconhecia a
impossibilidade de
desocupar a área, já
dominada pela ação
dos posseiros, que
alegando não poder
pagar aluguel,
passaram a construir,
até mesmo, mansões
em terrenos nobres.
Estava instalada a
“Indústria da Posse” em
Volta Redonda
Alkindar Costa
367
A Administração Benevenuto dos Santos Netto, nos anos de 1984 e 1985, fez editar
as Leis Municipais 1.885 e 2.086, instituindo uma política municipal de desfavelamento e
atuação em área públicas ocupadas, leis estas que foram regulamentadas pelos Decre-
tos 2.112 e 2.429, este último da Administração Marino Clinger Toledo Netto.
O orçamento municipal para o exercício de 1988 registrou a execução de obras em
áreas denominadas faveladas, reconhecidas pela Administração Municipal como “núcle-
os”. Já em 1980, 98,10% da população de todo o Município, residia na área urbana, o que
é compreensível em razão de se tratar de uma Cidade sem distritos e com uma área
territorial pequena em relação aos demais territórios do Estado.
Neste campo constata-se uma migração em razão de áreas ocupadas, onde o
crescimento se processou de maneira desordenada, em um programa de invasão de
terras incentivado, programado e executado até mesmo com apoio das autoridades
legalmente investidas da Cidade do Aço.
Em sua maioria são pessoas estranhas ao próprio Município, comandadas por aque-
les que aplicam uma política desvinculada do próprio interesse local de irradicação dos
problemas sociais.
Tal fato agrava o setor primário, impedindo que áreas que poderiam ser ocupadas
com ordem e disciplina, continuassem abandonadas e sem cultura, enquanto que no
centro da Cidade, com a própria conivência até mesmo do Poder Público, eram levanta-
dos barracos em áreas inteiramente inconvenientes, e até mesmo sem condições de
implantação dos serviços públicos considerados indispensáveis para o surgimento de
áreas populacionais.
O Distrito Industrial foi declarado extinto pela Lei Municipal nº 2.634 de 31.05.1991,
estabelecendo a reorganização das glebas da Fazenda de Três Poços, destinando-as à
implantação de programas habitacionais.
Em outras palavras, significa que o “território” já estava invadido pelos denomina-
dos “posseiros”, ficando relegado a segundo plano todas as obras que já haviam sido
realizadas, procurando estabelecer-se uma área industrial alternativa, paralela a impor-
tância da própria Companhia Siderúrgica Nacional.
Alkindar Costa
369
Nº Bairro Decreto Data
42 Santo Agostinho ............................................. Decr. 1088/79 .... 05/02/1979
43 Sessenta ....................................................... Decr. 1088/79 .... 05/02/1979
44 Siderlândia ..................................................... L. M. 2698/91 ..... 31/10/1991
45 Siderópolis ..................................................... Decr. 1088/79 .... 05/02/1979
46 Três Poços .................................................... Decr. 1088/79 .... 05/02/1979
47 Vila Americana ............................................... Decr. 1088/79 .... 05/02/1979
48 Vila Brasília .................................................... Decr. 1088/79 .... 05/02/1979
49 Vila Mury ........................................................ Decr. 1088/79 .... 05/02/1979
50 Vila Rica (Três Poços) ................................... L. M. 2102/86 ..... 26/03/1986
51 Vila Santa Cecília ........................................... Decr. 1088/79 .... 05/02/1979
52 Voldac ............................................................ Decr. 1088/79 .... 05/02/1979
NÚCLEOS DE POSSE
Açúde
Açúde IV ....................................................................................... 1986
Campinho 1 ................................................................................. 1979
Campinho 2 ................................................................................. 1977
Rua G c/ Rua B............................................................................ 1982
Rua H ........................................................................................... 1983
Rua São Gonçalo ......................................................................... 1980
Rua Seis ...................................................................................... 1987
Servidão da Batalha ..................................................................... 1975
Vale da Alegria.............................................................................. 1988
Aero Clube
Av. Beira Rio I ............................................................................... 1986
Av. Beira Rio II .............................................................................. 1972
Av. Beira Rio III ............................................................................. 1970
Av. Beira Rio IV............................................................................. 1970
Alkindar Costa
371
Água Limpa
Coroados ..................................................................................... 1971
Jardim Monte Verde ..................................................................... 1978
Rua Angélica ................................................................................ 1994
Rua Caramurú ............................................................................. 1971
Rua Evaristo da Veiga/Antônio Tomás Gonzaga .......................... 1977
Rua Paraíba c/ Rua Araguaia ...................................................... 1971
Rua Rio Paraibuna ....................................................................... 1987
Servidão Emanuel c/ Rua Piabanha ............................................ 1993
Servidão Pedro Alexandre ............................................................ 1993
Túnel Vinte ................................................................................... 1987
Belmonte
Av. Almirante Adalberto Nunes ..................................................... 1972/85
Av. Belmonte (Servidão Pedro Alexandre) ................................... 1993
Av. dos Mineiros ........................................................................... 1973
Beco do Anderson ....................................................................... 1984
ETA - Belmonte ............................................................................
Rua Araruama.............................................................................. 1978
Rua Barão de Mauá ..................................................................... 1983
Rua Cantagalo ............................................................................. 1981
Rua Conceição de Macabú .......................................................... 1977
Rua Cordeiro I .............................................................................. 1978
Rua Cordeiro II ............................................................................. 1981
Rua Dois ...................................................................................... 1981
Rua Dois A ................................................................................... 1980
Rua E ........................................................................................... 1980
Rua G ........................................................................................... 1983
Rua H ........................................................................................... 1977
Rua J ............................................................................................ 1985
Rua L 1 ........................................................................................ 1994
Rua Nossa Senhora Aparecida ................................................... 1987
Rua Palmeiras ............................................................................. 1972
Rua Paracambi c/ Paraíba do Sul................................................ 1973
Rua Paraíba do Sul ...................................................................... 1989
Rua Teresópolis ........................................................................... 1979
Rua Três ...................................................................................... 1995
Rua Três A ................................................................................... 1991
Servidão D/Rua Barão de Mauá .................................................. 1975
Servidão da Resistência .............................................................. 1986
Servidão Esperança .................................................................... 1980
Travessa Nossa Senhora de Fátima ........................................... 1987
Belo Horizonte
Nostório ........................................................................................ 1983
Nova Esperança .......................................................................... 1987
Painel ........................................................................................... 1978
Rua 8 / Nostório ........................................................................... 1980
Varde Verde .................................................................................. 1980
372 Volta Redonda Ontem e Hoje
Brasilândia
Cailândia ...................................................................................... 1989
Nova Primavera ...........................................................................
Rua Roquete Pinto ....................................................................... 1990
Caieira
Av. da Imprensa ........................................................................... 1987
Conforto
Grota da Paz ................................................................................
São Carlos ................................................................................... 1952
Coqueiros
Rua Central .................................................................................. 1985
Dom Bosco
Av. Paraíba ................................................................................... 1980
Rua Hermes da Fonseca............................................................. 1991
Eucaliptal
Área da Mitra ................................................................................ 1990
Morada do Sol .............................................................................. 1987
Renascença ................................................................................ 1985
Rua Olavo Bilac ........................................................................... 1992
Minerlândia
Caxambú ..................................................................................... 1957
Monte Castelo
Tancredo Neves (VRD01) ............................................................ 1985
Padre Josimo
Padre Josimo ...............................................................................
Pinto da Serra
Av. Francisco Torres I ..................................................................
Josefa de Assis............................................................................ 1994
Ponte Alta
Antuérpia ...................................................................................... 1982
Candia .......................................................................................... 1982
Trevo da São Geraldo .................................................................. 1986
Zurique ......................................................................................... 1985
Retiro
Av. Ceará ..................................................................................... 1980
Av. do Açude ................................................................................ 1980
Alkindar Costa
373
Av. Euclides Figueiredo ................................................................ 1980
Av. Santa Isabel ............................................................................ 1982
Av. Santa Rita .............................................................................. 1960
Estrada Norte I ............................................................................. 1975
Estrada Norte II ............................................................................ 1980
Estrada Norte III c/ Rua 6 ............................................................. 1982
Estrada União .............................................................................. 1950
Grota do Germano ....................................................................... 1963
Helvécio Pimenta ......................................................................... 1970
Ipanema ....................................................................................... 1992
Jardim Cidade do Aço .................................................................. 1970
Maria Cecília ................................................................................ 1970
Mirante do Vale ............................................................................. 1991
Rua Algarves ............................................................................... 1970
Rua Eldorado ............................................................................... 1966
Rua Luanda ................................................................................. 1975
Rua Miguel Pereira ....................................................................... 1992
Rua Pitágoras .............................................................................. 1989
Rua São Judas Tadeu .................................................................. 1987
Rua Timor .................................................................................... 1975
Rua Topázio ................................................................................. 1970
Rua Transmontana ...................................................................... 1975
Santa Cruz
Santa Cruz I ................................................................................. 1988
Santa Cruz II ................................................................................ 1988
Santa Inês
Santa Inês .................................................................................... 1963
Sta. Rita Zarur
Barbacena ................................................................................... 1997
Stº Agostinho
Asa Negra .................................................................................... 1975
Av. Beira Rio ................................................................................ 1976
Caviana ........................................................................................ 1983
Caviana II ..................................................................................... 1994
Morro da Conquista ...................................................................... 1983
Morro da Paz ............................................................................... 1976
Motorista José de Araújo .............................................................. 1981
Rua A Lateral (faixa do DNER) .................................................... 1990
Rua Fernando (área da RFFSA) .................................................. 1987
Vila Boa Esperança ..................................................................... 1976
Vila Vicentinos .............................................................................. 1972
São Geraldo
Jd. Neuza Goulart Brizola ............................................................ 1991
Nova São Geraldo ........................................................................ 1956
374 Volta Redonda Ontem e Hoje
São Geraldo ................................................................................. 1987
Servidão Minas Gerais .................................................................
Trevo da São Geraldo .................................................................. 1986
São Lucas
Recanto Manoel Antônio .............................................................. 1966
São Bento .................................................................................... 1976
São Luiz
Av. Beira Rio ................................................................................ 1980
Nova São Luiz .............................................................................. 1988
Rua Guimarães Rosa .................................................................. 1993
São Sebastião.............................................................................. 1990
Três Poços
Três Poços .................................................................................. 1980
Vila Americana
Av. Beira Rio c/ Canadá ............................................................... 1985
Av. Beira Rio/Nestor Perlingeiro/Integração ................................. 1985
Buraco Quente (Princesa Isabel) ................................................ 1978
Estados Unidos I .......................................................................... 1971
Estados Unidos II ......................................................................... 1971
Recanto de Minas ........................................................................ 1980
Vila Brasília
Fazendinha .................................................................................. 1979
Geraldo Onório Barbosa .............................................................. 1978
Isaura Gomes .............................................................................. 1970
Lindaura Brandão ......................................................................... 1979
Mariana Torres ............................................................................. 1980
Rua 6-A ........................................................................................ 1981
Rua Coqueiros ............................................................................. 1978
Travessa II .................................................................................... 1978
Travessa Veneza ......................................................................... 1978
Verde Vale .................................................................................... 1987
Vila Mury
Av. Magnólia ................................................................................. 1981
Vila Rica
Parque Independência ................................................................. 1998
Parque Vitória .............................................................................. 1991
Pedreira ....................................................................................... 1974
Vila Rica ....................................................................................... 1975
Voldac
Av. Beira Rio / Voldac ................................................................... 1994
Alkindar Costa
375
ASPECTOS EDUCACIONAIS
Todos os governos de Volta Redonda têm dedicado atenção especial aos proble-
mas educacionais da Cidade, desde o Pré-Escolar até os níveis universitários, na área
municipal, estadual, federal ou particular.
A cidade possui uma clientela escolar composta por mais de 72.334 alunos, em
diferentes níveis de ensino, distribuídos em cerca de 158 estabelecimentos escolares e
sete faculdades.
No trabalho elaborado pelos professores Clécio Penedo, Sônia Maria Marinho
Camatta, Sônia Maria de Castro Pagano e Virgínia Helena da Silva - “BASES PARA O
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO”, na retrospectiva das realizações do Governo Mu-
nicipal quanto ao “ensino médio”, hoje de 1º Grau (2ª fase) e 2º Grau, ficou evidenciado:
Alkindar Costa
377
* diminuição do campo de atuação, possibilitando melhores resulta-
dos;
* descentralização administrativa, com a conseqüente agilização do pro-
cesso e eliminação dos entraves burocráticos que caracterizam a ad-
ministração pública direta;
* descentralização da gerência de recursos financeiros, etc...
Em relação à rede estadual foi dado um grande passo em 1975, pela
criação das CARE (COMISSÕES DE ASSISTÊNCIA À REDE ESCOLAR).
O projeto CARE, criado pela Resolução nº 27, de 02 de outubro de 1975,
pela Exm.ª Sr.ª Secretária de Estado de Educação e Cultura - Myrthes
de Lucas Wenzel, surgiu da associação de duas necessidades: a de re-
cuperar, a curto prazo, as unidades escolares do Estado e a da integração
da comunidade no esforço público”.
Entre muitos, um trabalho de pesquisa foi preparado por ASSAD AQUILES RIZKALLA
e PEDRO ALCÂNTARA TEDESCO (arquitetos) e pela socióloga OLGA MARIA SALGA-
DO ANDRADE DE CASTRO, de onde retiramos informações que reputamos do mais
alto valor.
Já vimos nesta edição, duas escolas surgidas em 1874, sendo uma feminina e
outra, masculina.
Alkindar Costa
381
REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
COLÉGIO MUNICIPAL
1 GETÚLIO VARGAS ............................................... Portaria 80 - DES/MEC de 23/01/1953 e
Portaria 284 MEC de 14/02/1957
2 JOÃO XXIII ............................................................ Parecer 708 - Conselho Estadual de
Educação / RJ (autoriza o funcionamento
do Colégio) de 06/05/1968
3 JOSÉ BOTELHO DE ATHAYDE ........................... Decisão 121 de 02/04/1973 do Conselho
Estadual de Educação / RJ (autoriza o
funcionamento do Colégio) e Deliberação
1286 de 27/08/1975 da CMVR -
Denominação
4 PROFª. DELCE HORTA DELGADO .................... Decreto Municipal 4838 de 20/05/1993
5 THEMIS DE ALMEIDA VIEIRA .............................. Parecer 372 - Conselho Estadual de
Educação / RJ (autoriza o funcionamento
do Colégio) de 26/02/1973 e Lei Municipal
1443 de 03/11/1977 - Denominação
CRECHE MUNICIPAL
6 ACALANTO .......................................................... Decreto Municipal 3503 19/10/1990
7 AMOR PERFEITO ............................................... Decreto Municipal 3495 19/10/1990
8 AYMAR MULLER TARANTO ............................... Decreto Municipal 8863 23/04/2001
9 AYRTON SENNA .................................................. Decreto Municipal 9930 23/06/2003
10 BARQUINHO DE PAPEL ...................................... Decreto Municipal 4776 19/04/1993
11 BOLINHAS DE CRISTAL ..................................... Decreto Municipal 3502 19/10/1990
12 DOCE MEL .......................................................... Decreto Municipal 3499 19/10/1990
13 ELZA BERTAZZO DE A. LIMA ............................. Decreto Municipal 9376 19/09/2002
14 FLORESCER ....................................................... Decreto Municipal 3480 26/09/1990
15 GIRASSOL ........................................................... Decreto Municipal 3496 19/10/1990
16 GOTINHAS DE AMOR ........................................ Decreto Municipal 3498 19/10/1990
17 HERBET DE SOUZA ........................................... Decreto Municipal 9930 23/06/2003
18 JOSÉ FERREIRA DOS SANTOS ........................ Decreto Municipal 9939 22/03/2004
19 MADRE TEREZA DE CALCUTÁ ......................... Decreto Municipal 9930 23/06/2003
382 Volta Redonda Ontem e Hoje
20 MAHATMA GANDHI ............................................. Decreto Municipal 9241 13/05/2002
21 MARIA CLARA MACHADO ................................... Decreto Municipal 9930 23/06/2003
22 MUNDO COLORIDO .......................................... Decreto Municipal 3501 19/10/1990
23 NOSSO ESPAÇO ................................................. Decreto Municipal 3504 19/10/1990
24 RAIOZINHO DE SOL ........................................... Decreto Municipal 3497 19/10/1990
25 TEMPO DE CRIANÇA .......................................... Decreto Municipal 3500 19/10/1990
ESCOLA MUNICIPAL
26 AMARAL PEIXOTO .............................................. Decreto Municipal 380 12/06/1969
27 AMAZONAS .......................................................... Decreto Municipal 372 12/06/1969
28 BAHIA .................................................................... Decreto Municipal 376 12/06/1969
29 CEARÁ .................................................................. Decreto Municipal 535 21/12/1971
30 CONDADO DO IPÊ .............................................. Decreto Municipal 9726 11/09/2003
31 DAMIÃO MEDEIROS ........................................... Decreto Municipal 385 12/06/1969
32 DR. JIÚLIO CARUSO ........................................... Decreto Municipal 6966 28/03/1996
33 DR. JOÃO PAULO PIO DE ABREU ..................... Decreto Municipal 6964 28/03/1996
34 ENGº SÉRGIO DE ANDRADE ROCHA ............... Decreto Municipal 937 29/04/1977
35 FERNANDO DE NORONHA ............................... Lei Municipal 1814 28/03/1983
36 GETÚLIO VARGAS .............................................. Decreto Municipal 386 12/06/1969
37 GOIÁS .................................................................. Decreto Municipal 378 12/06/1969
38 GRACIEMA COURA ............................................ Decreto Municipal 1743 21/06/1984
39 JAYME DE SOUZA MARTINS ............................. Decreto Municipal 383 12/06/1969
40 JESUS MENINO .................................................. Decreto Municipal 374 12/06/1969
41 JOÃO HAASIS ...................................................... Decreto Municipal 384 12/06/1969
42 JOÃO PAULO I ..................................................... Decreto Municipal 1065 14/11/1978
43 JOHN KENNEDY ................................................. Decreto Municipal 375 12/06/1969
44 JOSÉ FONTES TORRES ................................... Lei Municipal 1813 28/03/1983
45 LIONS CLUB ........................................................ Decreto Municipal 8569 18/02/2000
46 MAESTRO FRANKLIN DE CARVALHO JUNIOR Decreto Municipal 1611 10/06/1980
47 MARIA JOSÉ CAMPOS COSTA .......................... Decreto Municipal 1666 26/05/1981
48 MARIO VILLANI .................................................... Decreto Municipal 1891 29/06/1984
49 MATO GROSSO .................................................. Decreto Municipal 271 06/03/1968
50 MATO GROSSO DO SUL ................................... Decreto Municipal 1744 21/06/1984
51 MIGUEL COUTO FILHO .................................... Decreto Municipal 382 12/06/1969
52 NILTON PENA BOTHELHO ................................ Decreto Municipal 9673 31/07/2003
Alkindar Costa
383
53 OTHON REIS FERNANDES ............................... Decreto Municipal 4915 22/06/1993
54 PALMARES ........................................................... Decreto Municipal 2757 09/05/1988
55 PARÁ ..................................................................... Decreto Municipal 470 08/10/1970
56 PARAÍBA ............................................................... Decreto Municipal 272 06/03/1968
57 PARANÁ ................................................................ Decreto Municipal 371 12/06/1969
58 PAULO VI .............................................................. Decreto Municipal 1075 08/12/1978
59 PERNAMBUCO ................................................... Decreto Municipal 379 12/06/1969
60 PREF. JOSÉ JUAREZ ANTUNES ....................... Lei Municipal 2416 23/06/1989
61 PROFª. ANTONIETTA MOTTA BASTOS .......... Lei Municipal 3885 05/09/2003
62 PROFª. JURACY VARANDA DE A. GAMA ........... Lei Municipal 2763 20/07/1992
63 PROFª. MARIA ROSA RODRIGUES .................. Decreto Municipal 7742 10/06/1997
64 PROFº PAULO FREIRE ....................................... Decreto Municipal 8568 18/02/2000
65 PROFº. DOMINGOS MAIA .................................. Decreto Municipal 5260 21/01/1994
66 PROFº. LUIZ CANTANHEDE DE C. ALMEIDA ... Decreto Municipal 936 29/04/1977
67 PROFº. LUND FERNANDES VILLELA ................ Decreto Municipal 2752 28/04/1988
68 PROFº. MARIZINHA FÉLIX TEIXEIRA DE LIMA . Decreto Municipal 5259 21/01/1994
69 RORAIMA ............................................................. Decreto Municipal 536 21/12/1971
70 RUBENS MACHADO ........................................... Decreto Municipal 7680 10/04/1997
71 SÃO FRANCISCO DE ASSIS ............................... Decreto Municipal 377 12/06/1969
72 SERGIPE .............................................................. Decreto Municipal 373 12/06/1969
73 TOCANTINS ........................................................ Decreto Municipal 5524 09/06/1994
74 WALMIR DE FREITAS MONTEIRO .................... Decreto Municipal 7363 22/10/1996
75 WANDIR DE CARVALHO ..................................... Decreto Municipal 7680 10/04/1997
Alkindar Costa
385
REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL
1 BARÃO DE MAUÁ ................................................. Decreto 1.586 - D.O. 15/04/1943
2 PREF. FRANCISCO FONTES TORRES ............ Decreto 16.148 - D.O. 10/09/1973
3 RIO DE JANEIRO .................................................. Decreto 11.879 - D.O. 13/07/1965
4 RIO GRANDE DO SUL ......................................... Decreto 13.869 - D.O. 20/01/1969
5 SANTOS DUMONT ............................................. Decreto 11.339 - D.O. 04/09/1964
CIEP
6 DR. NELSON DOS SANTOS GONÇALVES ........ Decreto 9.045 - D.O. 08/07/1986
7 MARIA DE LOURDES GIOVANETTI .................... - -
8 PROFª. GLÓRIA ROUSSIN G. PINTO ................ Decreto 11.029 - D.O. 03/03/1988
9 TONINHO MARQUES ......................................... - -
ESCOLA ESTADUAL
10 ACÁCIA AMARELA ................................................ Decreto 1.737 - D.O. 06/03/1978
11 ACRE ..................................................................... Decreto 14.790 - D.O. 05/08/1970
12 CIESP (CENTRO INTEGRADO DIOGO LEVENHAGEM) .......... Decreto 15.379 - D.O. 20/09/1971
Lei Estadual 2.764 22/07/1997
13 BRASÍLIA ............................................................... Decreto 15.386 - D.O. 21/09/1971
14 ESPÍRITO SANTO ............................................... Decreto 11.880 - D.O. 14/07/1965
15 GUANABARA ......................................................... Decreto 12.663 - D.O. 26/10/1963
16 MARANHÃO .......................................................... Decreto 14.797 - D.O. 07/08/1970
17 MINAS GERAIS ..................................................... Decreto 11.949 - D.O. 17/08/1965
18 NITERÓI ............................................................... Decreto 15.921 - D.O. 27/11/1972
19 PAU D’ÁLHO (ISOLADA) ...................................... Decreto 9.729 - D.O. 06/03/1987
20 PEDRO RAYMUNDO DE MAGALHÃES .............. Decreto 16.667 - D.O. 08/02/1975
21 PIAUÍ ...................................................................... Decreto 9.048 - D.O. 07/07/1986
22 PRESIDENTE ROOSEVELT ................................ Criado pelo Decreto 4.821 de 04/09/1954 e
transformado em C.E. pelo Decreto 32.021
de 15/10/2002.
23 RIO GRANDE DO NORTE ................................... Decreto 13.869 - D.O. 20/01/1969
386 Volta Redonda Ontem e Hoje
24 RONDÔNIA ........................................................... Decreto 15.659 - D.O. 20/06/1972
25 ROTARY ................................................................ Decreto 7.057 - D.O. 14/07/1960
26 SÃO PAULO .......................................................... Decreto 12.570 - D.O. 16/09/1966
27 INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PROF. MANUAL MARINHO
Decreto 12.567 - D.O. 09/09/1966
Transformado em Instituto de Educação
pelo Decreto 12.750 - D.O. de 20/03/1989
28 CES (CENTRO DE ENSINO SUPLETIVO PAULO FREIRE) ... -
FONTE: SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - COORDENADORIA REGIONAL DO MÉDIO PARAÍBA II - VOLTA REDONDA - 2004
Alkindar Costa
387
21 COLÉGIO INTERATIVO - Portaria COI/E 1772/2004
22 COLÉGIO MACEDO SOARES - Resolução SEEC 257/1980
23 COLÉGIO NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - Resolução SEEC 279/1980
24 COLÉGIO NOVO - Resolução SEEC 1106
25 COLÉGIO PLURAL - Portaria COI/E 161635
26 COLÉGIO PROFESSOR PATITUCI - Portaria CDCR 3703
27 COOPERATIVA EDUCACIONAL JACOBINA - Parecer 160/1985 CEE/RJ
28 CRECHE ESCOLA LUA DE CRISTAL
29 ESCOLA E JARDIM DE INFÂNCIA AQUARELA - Parecer 83/1987 CEE/RJ
30 ESCOLA E JARDIM UM SONHO DE CRIANÇA - Parecer 22/2003
31 ESCOLA INFANTIL ARCO IRIS - Parecer 82/1997 CEE/RJ - Portaria 5999/97 CDCR/C/RJ
32 ESCOLA INFANTIL CORTA E RECORTA - Centro Educacional Retiro - Parecer 22/1997 CME/VR
33 ESCOLA INFANTIL ESTRELINHA DE CRISTAL - E03/10703996/2000
34 ESCOLA SANTA TEREZINHA - Parecer 685/1984 CEE/RJ
35 ESCOLINHA CATAVENTO
36 GARRA VESTIBULARES ASSESSORIA EDUCACIONAL LTDA. - Portaria E/SAD/Aut. 041/2002
37 INSTITUTO PRESBITERIANO DE EDUCAÇÃO - Portaria E/COI 1771/2004
38 INSTITUTO DE CULTURA TÉCNICA - ICT - Parecer 1246/1975 CEE/RJ
39 INSTITUTO DE ENSINO "JOSÉ RODRIGUES DA SILVA" - Parecer 139/2001 CEE/RJ
40 INSTITUTO EDUCACIONAL RADEANE - Parecer 309/1993 CEE/RJ
41 JARDIM DE INFÂNCIA “SMURFS” - Parecer 08/1997 CME/VR
42 JARDIM DE INFÂNCIA MEU PEQUENO MAX
43 JARDIM DE INFÂNCIA RENASCER LTDA. - Portaria E/COI 426/1998
44 JARDIM ESCOLA ESPAÇO MÁGICO - Parecer 10/1997 CME/VR
45 JARDIM ESCOLA PONTO DE PARTIDA - E03/10700051/2001
46 LAR PESTALOZZI
47 MEU JARDIM - ESCOLA DE ARTE MATERNAL E JARDIM DE INFÂNCIA
(COLÉGIO SÃO MARCELO) - Portaria 28/1988 CME/VR
48 PROVEP - E03/10700174/2003
49 UNIDADE OPERACIONAL DE EDUCAÇÃO "ELÍSIO LUIZ" (SESI) - Parecer 09/2001 CME/VR
50 ETPC - Escola Técnica Pandiá Calógeras - Portaria E/COI 836/1999
FONTE: SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - GERÊNCIA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO E SCOLAR - VOLTA REDONDA - 2004
Colégio Batista
Americano em meados
de 1952. O sonho dos
missionários D.Geny e
Pastor Mc Nealy, já
começava a tomar
forma.
Acervo CIBA
Alkindar Costa
389
Carlos Alberto Imbruglia. Em 30 de novembro de 1955 a CSN entregava o
Macedo em Comodato à Ordem Agostiniana e aos 11 de dezembro imediato
era inaugurada, solenemente, em suas instalações completas, homenagem
ao ilustre brasileiro e patrono do Colégio, General Edmundo de Macedo
Soares e Silva.
Depois de vários anos em mãos dos padres Agostinianos Recoletos, em
conseqüência de dificuldades diversas a Ordem Agostiniana decidiu devol-
ver o Macedo à CSN, com data de 31 de dezembro de 1970, sendo entregue
a uma nova entidade mantenedora, a ORDEM DAS ESCOLAS PIAS; em
1988 passou aos Irmãos La Sallistas; em 1988 ainda, passou às Irmãs
Salesianas e em 1993 para a FUGEMSS, hoje, FUNDAÇÃO CSN.
Uma retrospectiva demonstra que o Colégio Macedo Soares, em 1948 rece-
beu autorização de primeiro ciclo por despacho ministerial, sendo o segun-
do ciclo confirmado em 1960. Foi reconhecido pelo MEC em 1970, pela Por-
taria 251 e em 1972 foi autorizado pelo C.E.E. a implantar a reforma nº 1º e
2º graus. Ainda no mesmo ano foi dotado do primeiro conjunto de laboratório
de línguas do Estado do Rio de Janeiro. Em 1974 ocorreu a instalação de
Entrada principal
do Colégio Macedo
Soares, já com grades
de proteção guardando
a área de educação.
Acervo Alkindar Costa
Sede do Colégio
N.S. do Rosário foi
concluída em 1957,
sendo inaugurada
pelo Presidente
da República
Juscelino Kubitscheck
em 31/01/1958..
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
391
Colégio o Curso primário Completo e as 1ª e 2ª séries ginasiais, autorizadas
pela Resolução 19-B do DES. Em 1966 o Colégio criava a Escola Normal,
reconhecida pelo Parecer nº 25.886 do CEE e abria ao público a Biblioteca
Barão do Rio Branco. No mesmo ano entrou em funcionamento o Curso
Técnico de Química Industrial, servido por modernos laboratórios e reco-
nhecido pela Deliberação 13.526/66 do CEE. Em 1968 funciona o Curso
Técnico de Desenho Industrial, reconhecido pela Deliberação nº 31.257/67.
Em 1972, pela Resolução 43/72 do CEE foi reconhecido os cursos Técnico
em Edificações, Técnico em Metalurgia e Técnico em Petroquímica. O Co-
légio Volta Redonda tem, também, frente para a Avenida Lucas Evangelista
118/120, atende pelo telefone 3342-0060 e sua Caixa Postal é a de nº 400.
Possui, atualmente, setenta salas de aula, três laboratórios, duas salas apa-
relhadas para desenho, uma Biblioteca, um departamento de multimeios,
praça de esportes, aparelhagem de recreação e um horto florestal escolar,
piscina. O CREI é hoje o Centro Educacional Professor João Rodrigues.
No detalhe, as
primeiras instalações
do Colégio Volta
Redonda a partir de
1962, no bairro
Aterrado. Na foto maior,
o Edifício novo, com 4
pavimentos que foi
adicionado as
instalações do
Colégio.
Acervo CVR ESCOLA TÉCNICA PANDIÁ CALÓGERAS
Escola Profissional da CSN, inaugurada em 19 de abril de 1944, tendo surgi-
do da necessidade de mão-de-obra qualificada e especializada para a mon-
tagem e operação da Usina Presidente Vargas, funcionando, inicialmente
em 1943, em barracão improvisado no Bairro Jardim Paraíba, na margem
direita do Rio Brandão, sob a direção do Professor Manuel Faustino Vieira
Marinho e secretariado pelo Professor José Furtado de Araújo. Em 1944,
formava a 1ª turma de soldadores composta por 18 operários e em maio de
1945, outra, com sete encanadores.
Em 1947 foi transferida para prédio definitivo, na Rua 62 nº 90 (projetado por
Carlos Fest e Ricardo Tommasi, em 09/12/46). Em 1952, como resultante
do acordo celebrado com o SENAI, passou a ministrar Cursos de Aprendi-
zagem Industrial e, em 1955, autorizada pelo Decreto 37.466, de 10/06/1955,
os Cursos Industriais Básicos para em 1956, instalar Cursos Técnicos In-
392 Volta Redonda Ontem e Hoje
dustriais, reconhecidos pelo Decreto 38.776 de 27/02/1956, tendo se adap-
tado sucessivamente, à Lei 4.024, de 20/12/1961, à Portaria 26 BR, de 07/
03/1962 e demais normas fixadas pelo Ministério da Educação e Cultura e
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e à Lei 5.692, de 11/08/1971.
Foi em 23 de outubro de 1951 que o general Sylvio Raulino de Oliveira, pela
CSN, e o Engenheiro Euvaldo Lodi, pelo SENAI, assinaram o primeiro termo
de acordo CSN/SENAI e com isso passou a denominar-se “Escola Profissi-
onal 14.1 CSN/SENAI". Já em 1955, em 30 de março, outra mudança. Agora
o nome da escola passou a ser Escola Industrial Pandiá Calógeras
Os primeiros cursos técnicos foram de máquinas e motores, eletrotécnica e
metalurgia, e foram criados em 08 de fevereiro de 1956. E no dia 26 desse
mesmo mês, a escola passa a ser reconhecida com Escola Técnica Pandiá
Calógeras
Em 1986, ocorre a quebra de um grande tabu – o ingresso de meninas na
ETPC. Em 1994 – Certificado de Qualidade. Sempre foi esse o objetivo. E
graças aos esforços de alunos, professores e funcionários, tornou-se a 1ª
Escola Técnica da América Latina a ser certificada pela Norma ISO 9002.
Ministra os Cursos de Técnicos 9regular) com 03 anos mais estágio;
Eletromecânica; Eletrônica, Mecânica, Metalurgia, Informática, Telecomuni-
cações, Curso Técnico Especial (02 anos) com Eletromecânica, Telecomu-
nicações e Segurança do Trabalho. Seu telefone é 3343-4425
Alkindar Costa
393
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PROFESSOR MANUEL MARINHO
394 3342-0948.
Volta Redonda Ontem e Hoje
ÁREA DAS FUNDAÇÕES
Centro de Ensino Superior de Volta Redonda foi criado pela Resolução nº 05/
94 de 12/08/93 do Conselho Curador da Fundação Oswaldo Aranha, tendo
seu Regimento Unificado aprovado pelo Conselho Federal de Educação/MEC
através do Parecer nº 867/93, homologado pelo Ministério da Educação e do
Desporto pela portaria nº 319 de 25 de fevereiro de 1994. o CESVRE integra
as atuais escolas mantidas pela FOA, e tem por objetivo preservar, elaborar,
desenvolver e transmitir o saber em suas várias formas do conhecimento
puro e aplicado
Alkindar Costa
395
Para consecução desse objetivo, desempenha de modo integrado, ativida-
des de ensino, pesquisa e extensão, com o máximo de aproveitamento dos
recursos humanos, materiais, financeiro e institucionais de que disponha ou
possa mobilizar.
Órgãos Suplementares do CESVRE:
1 – NUP – Núcleo de Pedagogia
2 – NUPEE – Núcleo de Pós-Graduação, especialização e Extensão
3 – CESEFOA – Centro de Seleção
4 – Biblioteca Central
5 – Centro Ambulatorial Prof. André Sarmento Bianco
6 – Clínica Odontológica Integrada Ferdinando Garcia Pereira
7 – Núcleo de atividade Desportivas e de Lazer
8 – Ciclo Clínico da Escola de Ciências Médica
(Anexo ao Hospital São João Batista)
2 – Diretoria Geral
Órgão executivo superior que dirige, coordena, fiscaliza e supervisiona to-
das as suas atividades, contando com a seguinte estrutura executiva:
- Diretor Geral
- Diretor Acadêmico
- Secretária Geral
- Órgão de Deliberação e Administração Escolar
3 – Conselho Departamental
Órgão deliberativo de coordenação e assessoramento em assuntos didáti-
co-científica, disciplinar e pedagógico, no âmbito da instituição escolar.
4 – Diretoria
Órgão que executa, fiscaliza e superintende as atividades das Escolas
Estrada Paulo Erlei Alves Abrantes, 1325 – Três Poços – Volta Redonda/RJ
– CEP – 27251-970 - Tel.: (024) 3346-8400 - CESEFOA – (024) 3346-2018
CURSO DE ODONTOLOGIA
Autorizado a funcionar pelo Decreto Federal nº 66.870 de 15/07/1970 e reco-
nhecida pelo Decreto Federal nº 73.952 de 17/04/1974.
Instalado em amplo edifício onde funciona o Ciclo Clinico e a Clinica Integra-
da. O Curso oferece atendimento à população carente do Município em to-
das as especialidades da Odontologia, em sua Clínica Integrada.
O Ciclo Básico funciona no Centro de Ciências Biomédicas, em modernos
laboratórios integrados e centros específicos ao ensino de Odontologia.
Seu corpo docente é constituído por 74 professores, entre Doutores, Mes-
tres e Especialistas.
Estrada Paulo Erlei Alves Abrantes, 1325 – Três Poços – Volta Redonda/RJ
– CEP – 27251-970
Alkindar Costa
397
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSAMENTO DE DADOS
Autorizado a funcionar pelo Decreto de 17/01/1992, publicado no DOU de
20/01/92 – seção 1 página 711 e reconhecido pela Portaria n.º 1.007/96 de
04/10/1996.
Alkindar Costa
399
A sede do Colégio
Municipal Getúlio
Vargas foi erguida na
2ª Administração do
Prefeito Sávio Gama
em 1969, no
bairro Laranjal,
surpreendendo pela
imponência de sua
arquitetura.
Acervo Alkindar Costa
Instalações da Escola
Municipal José Botelho
de Athayde em 1982.
Acervo EMJBA
Alkindar Costa
401
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL-FERP
Tem sua sede em Barra do Piraí, na Rodovia Benjamim Ielpo, antigo km 11,
onde funcionam as Faculdades de Engenharia, Arquitetura e Filosofia. A FERP,
em Nova Iguaçu é responsável pela Faculdade de Engenharia e em Volta
Redonda pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. A FERP foi fundada
em 22 de novembro 1967, mantendo em Volta Redonda:
Entrada do complexo
de ensino da UBM -
Campus Cicuta - 2004.
Foto Jader Costa
Alkindar Costa
403
COLÉGIO NOVO
O Colégio Novo é mantido pelo Grupo Novo de Ensino Ltda. e esta instalado
na Avenida Almirante Adalberto Nunes (Avenida Beira Rio), número 660, Bairro
Niterói – Volta Redonda/RJ
A entidade mantenedora, Grupo Novo de Ensino Ltda., é uma sociedade civil
com finalidade educacional integrada por professores ligados às atividades
educacionais, registrada no Cartório da 1ª Circunscrição do RJ, da Comarca
de Volta Redona, Estado do Rio de Janeiro, nas folhas 14 do livro A-2, tendo
adotado esta razão social através da alteração contratual registrada na mes-
ma comarca, no cartório de títulos e documentos de Pessoa Jurídica no
livro 14, fls 44, número 969, em 04 de agosto de 1983.
A mantenedora do Colégio Novo foi fundada em 15/04/1981, sendo integrada
pelos professores: Brasil Lul Diogo, Carlos Alberto Cabral, Fernando Pimentel
de Barros, Galba Xavier de Souza, João de Albuquerque Pereira, João Mar-
ques da Fonseca Filho, José Eduardo de Resende Silva, José Luiz Monteiro
de Castro Filho, Paulo Moreira Bartholo Junior e Waldir Amaral Bedê.
O Colégio Novo foi lançado em Outubro de 1981 com um Pré vestibular
Intensivo no Teatrinho do GACEMSS. Iniciou suas atividades em 03/03/1992,
com os novos integrantes de mantenedora, professores Antônio Carlos
Santini e Edmundo Naves Morais. Além destes, são professores fundado-
res: Áureo Mendonça, Arivaldo Menezes, Andréa Mansur, Anabela de Araújo,
Ana Luiza de Araújo, Edgar Bed6e, Everaldo Guimarães, Geraldo Cardoso,
Heraldo de Souza, Leda Ribeiro e Rosemari Vilela.
Compõem o primeiro Corpo Técnico os professores: Domingos Maia – Dire-
tor; Mirian Lúcia Diogo – Secretaria; Maria de Lourdes Lampert – Orientadora;
Lúcia Boaventura – Tesoureiro; Maria Aparecida Damasceno – Contadora; e
Milton Silva – Bibliotecário.
A matrícula n.º 01 é de Carlos Eduardo Domingues e as alunas Aliria Duque,
Helen Leire e Valéria Diogo, foram os primeiros alunos a entrar no Colégio
Novo no 1º dia de aula. Em dezembro de 1997, faleceu a diretora professora
Maria de Lourdes Dias Lampert. Em 24/08/1991 faleceu o Professor Domin-
go Maia.
O Colégio Novo é uma escola do Vale do Paraíba (entre o Rio e São Paulo)
que adota Sistema Próprio de Ensino.
Alkindar Costa
405
INFORMAÇÃO OFICIAL DO PODER PÚBLICO
Memorial Getúlio
Vargas, localizado na
Praça Rotary, na Vila
Santa Cecília, onde está
instalada a Biblioteca
Pública Municipal, Raul
de Leoni
Foto Calino
Alkindar Costa
407
A existência de centro cívico passou a ser normal nas unidades escolares.
Destaque-se na Cidade do Aço, o Centro Musical de Volta Redonda, onde a história
registra:
“Em 11 de novembro de 1958, na Rua 16 nº 57, residência de Luiz Mollica,
os senhores Ludovico Leonardo Mollica, Celso Fortes de Castro,
Franklin de Carvalho Júnior, José Wilson Menegale, Milton da Fonseca
Aresta, Francisco Cruz Júnior, José de Moura Villas Boas, Otávio Borges
de Almeida, Dr. Pedro Jaimovich, Paulo José Corrêa Teixeira de Carva-
lho, Luiz Mollica e José Carlos de Mello Falcão Netto, decidiram que o
Centro Musical de Volta Redonda seria fundado logo que estivesse
pronta a minuta dos Estatutos.
Concluídos os trabalhos da comissão formada, em 19 de novembro de
1958, foi fundado o Centro Musical de Volta Redonda, sendo eleita a
primeira diretoria, constituída por:
DIRETORIA
Presidente ................................... Ludovico Leonardo Mollica
Vice-Presidente ............................................. Pedro Jaimovich
1º Secretário ............................ Benevenuto dos Santos Netto
2º Secretário ................................... Milton da Fonseca Aresta
1º Tesoureiro ...................................... Celso Fortes de Castro
2º Tesoureiro ................................. Otávio Borges de Almeida
Diretor Técnico .......................... Franklin de Carvalho Júnior
CONSELHO FISCAL
(Efetivos) .............................................. José Wilson Menegale
......................................................................Sebastião Ferreira
.................................................. Sebastião Furtado de Oliveira
..................................................... Franklin de Carvalho Júnior
(Suplentes) ................................................ Humberto de Paiva
............................................................ Antônio Pedro da Costa
.......................................... Francisco Assis Maciel da Silveira
Alkindar Costa
409
Teoria musical e solfejo foram os assuntos. 10 de março de 1959 marca
o início das aulas de violino e em 21 de maio do mesmo ano chegava a
Volta Redonda o instrumental para uma Banda de Música de 32
elementos. Em 13 de dezembro de 1959, no Cine 9 de abril, deu-se a
primeira apresentação pública do Coral, sua orquestra e sua banda.”
Nos dias atuais, o Centro Musical é dirigido pelo Maestro Profº Nicolau Martins de
Oliveira. É considerado de utilidade pública pela Lei 278 de 20 de junho de 1960 e
Estadual pela Lei 4399 de 20 de julho de 1960. Sua Caixa Postal é 84.087.
Registra-se, também, na Cidade do Aço a Escola de Arte Espaço DOM, iniciada
em 1983 que teve como presidente a renomada educadora Professora Antonieta Fagundes
da Motta Bastos, dedicando-se às aulas de desenho, pintura e artesanato e ainda
Canto e impostação de Voz.
O Conservatório de Música Santa Cecília, foi inaugurado em 28 de outubro de 1976,
sob a direção da Professora Iára Silva de Rezende Simões e com a presença das
professoras Nilda Freitas, Sophia Vieira de Freitas e Amália Fernandes Conde, Diretoras
do Conservatório Brasileiro de Música, com a responsabilidade de ministrar aulas de
Iniciação Musical, Piano, Violão, Teclado, Órgão, Canto Coral, Impostação de Voz, Harmonia
Vocal e Harmonia Instrumental.
DECRETA:
Artº 1º - Fica transformado em INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PROFES-
SOR MANUEL MARINHO o Colégio Estadual Professor Manuel Mari-
nho, situado na Rua 43 nº 52, na Vila Santa Cecília, no Município de
Volta Redonda e criado pelo Decreto nº 12.567, de 9 de setembro de
1966, cabendo à Secretaria de Estado de Educação e Cultura adotar as
providências necessárias ao cumprimento deste Decreto.
Artº 2º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 17 de março de 1989
W. MOREIRA FRANCO
FÁTIMA CUNHA FERREIRA PINTO”.
D E C R E T A:
Art. 1º - Fica denominado CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO
PÚBLICA PROFESSORA GLÓRIA ROUSSIM GUEDES PINTO o
estabelecimento de ensino nº 295, situado na Av. Jaraguá s/nº, no bairro
do Retiro, no Município de Volta Redonda, e criado pelo Decreto
nº 11.029, de 3 de março de 1988, cabendo à Secretaria de Estado de
Educação e Cultura adotar as providências necessárias ao cumprimen-
to do decreto.
Alkindar Costa
411
Art. 2º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
W. MOREIRA FRANCO
FÁTIMA CUNHA FERREIRA PINTO”.
IMPRENSA ESCRITA:
Alkindar Costa
ção de direção: Hercília Maria Naves.
413
ALMANACK ENCYCLOPÉDICO ............ 1901 - Editado por Manoel Ourique.
ANUÁRIO DE VOLTA REDONDA .......... Joaquim da Costa Reis
AQUI ....................................................... 1998 - Luiz Alfredo Vieira
BEVORELLI ............................................ Fundado por João Pessoa
Fagundes.
BOLETIM DA SUPERINTENDÊNCIA
DE SERVIÇOS SOCIAIS DA CSN ......... 15/09/1951 - Circulando até março
de 1953, Direção Engº Francisco
Neves Chaves.
BOLETIM DE SERVIÇO DA CSN .......... Abril de 1942.
BOLETIM DO AERO CLUBE ................. 1943 - Major José Varonil de
Albuquerque Lima.
BOLETIM DO SINDICATO DOS
ENGENHEIROS DE VR ......................... 1982. Maurício Lobo Abreu
BOLETIM INFORMATIVO ACIAP/VR ...... 1973 - (editado em formato de
Revista tendo como Redator J.B. de
Athayde).
BOLETIM INFORMATIVO PMVR ............ 1955.
CBS INFORMA - INFORMATIVO DA
CAIXA BENEFICENTE DOS
EMPREGADOS DA CSN ....................... 1984. Sônia Cristina de Faria Corrêa
CINEMINHA ............................................. 1965
CLÃ - REVISTA DO CLUBE DOS
FUNCIONÁRIOS DA CSN ...................... Diretor: José Guilherme da Rocha e
Redator J.B. de Athayde - 1956.
CORREIO DE VOLTA REDONDA ......... 15/01/1950. Carlos E. Bueno e
C.A.Espineli e que mais tarde pas-
sou para a direção do jornalista Júlio
Ribeiro. Circulou até 1952.
CORREIO DO VALE .............................. 1999. Newton Vieira Filho
CORREIO DO SUL ................................ 02/04/1952. Sob a Direção de Júlio
Ribeiro tendo como diretor Comer-
cial Zenílio Batista
CORREIO FLUMINENSE ....................... 1997. Eduardo Cesar R. Viana
CUCA LEGAL ......................................... Jornalista Responsável: Raimundo
Xavier Pires (1991)
DEBATE ................................................. 1982 - Jornal do Colégio Volta
Redonda. Diretor: Menderson
Siqueira - Editor: Jader Furtado da
Costa. Redator: Lécio Dornas.
Alkindar Costa
415
“Barra Mansa”, foi um
jornal editado em 08
de abril de 1900. A
raridade consta nos
arquivos de Alkindar
Costa. Note a Grafia
da palavra “ORGAM”
e “COMMÉRCIO”.
Alkindar Costa
417
O GACEMSS .......................................... 19/10/1947 - Órgão oficial do Grêmio
Artístico e Cultural Edmundo de
Macedo Soares e Silva - na
presidência do Capitão Edgard
Magalhães da Silva.
O GUARANI ............................................ 20/06/1949 - Órgão oficial da Esco-
la Técnica do Comércio de Volta
Redonda - Fundado por Paulo
D’Ávila de Malafaia, João Chiesse
Lima, Raimundo de Araújo Chaves,
Odeir Chiarelli, Edison Moreira,
Célio de Almeida, Leonor Ramos,
Laurete Geraidine, Jorge Sales Neto
e Francisco Gonçalves.
O INDEPENDENTE ................................ 1979 - Diretor Responsável:
Joaquim Bahia de Araújo. Registra-
do em 23/10/1979
O JORNAL DE VOLTA REDONDA ........ 1955 - Diretor. Antônio Chermont de
Miranda.
O LINGOTE ............................................ 25/03/1953 - Companhia Siderúrgi-
ca Nacional - Direção do Dr. Evaldo
Simas Pereira. Posteriormente,
transformado em Revista.
O SIDERÚRGICO .................................. 25/06/1942 - Fundado por Alcindo
Alves dos Reis e com a participação
de Mário Garcia Rosa, Sebastião
José Alves da Silva e João
Evangelista Cople.
O TOSTÃO ............................................. Cesar Cândido Lemos
O TRILHO ............................................... 17/05/1948 - Órgão oficial do Círcu-
lo Operário de Volta Redonda sob a
presidência de Antônio Chermont de
Miranda, tendo como redator o
poeta José Fernandes Lima.
O VALE DO PARAÍBA ............................. 27/01/1952 - de José Bassi. Diretor
Responsável: Silvio Fernandes de
Oliveira. Redator: J. B. de Athayde e
Secretário José de Souza Vivas.
O VOLTAÇO ........................................... Órgão informativo do Volta Redonda
Futebol Clube - 1985.
OPÇÃO .................................................. 1976 - Editora Jornalística Volta
Redonda Ltda. Diretor Presidente:
Luiz Alfredo Vieira.
PELO BEM COMUM ............................... 31/12/1952 - Órgão de tendência
católica dirigido pelo Eng.º Cláudio
Alkindar Costa
419
Muito embora editados em outros municípios, circulam em Volta Redonda os
jornais SUL FLUMINENSE (B. Mansa), PRIMEIRA PÁGINA (B. Mansa), TRIBUNA DO CO-
MÉRCIO (Resende), REVISTA PANORAMA (B. Mansa), COPACENTRO (Rio de Janei-
ro), CORREIO DA BARRA (Barra do Piraí), O FLUMINENSE (Niterói), A LIRA (RESENDE),
REVISTA CINESCOPE - Indicador Profissional (B. Mansa), além dos principais jornais e
revistas do Rio e São Paulo.
Registra-se, ainda, a circulação em Volta redonda, dos seguintes informativos:
A VOZ DA CIDADE ................................. Fundado por João Pançardes
ALIANÇA EMPRESARIAL ....................... Órgão informático da Associação
Comercial de V.R, CDL - Clube dos
Diretores Lojistas, Sindicato do
Comércio Varejistas e Sindicato dos
Panificadores.
AQUI ....................................................... Editor Resposável Luiz Vieira
ASVRE JORNAL ..................................... Boletim informativo da Associação
dos Servidores Municipais de Volta
Redonda
CORREIO BRASIL LUSITANO ............... Informático da Casa de Portugal de
Volta Redonda
CORREIO DA BARRA ........................... Antônio Carlos Elias
CORREIO DO VALE .............................. Diretor Igor Freitas Nascimento
DIÁRIO DO VALE ................................... Aurélio Paiva
ELO ........................................................ Informativo da Fundação CSN
FATO POPULAR .................................... Glaucy Agapito
FOCO REGIONAL .................................. Fernando Pedrosa
FOLHA GOSPEL .................................... Pr. Wesley Baltazar da N. Pinheiro
FORÇA METALÚRGICA 9 NOVEMBRO Carlos Perrut
GUIA DO BAIRRO .................................. Publicação Visão Publicidade
INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS
APOSENTADOS E PENSIONISTAS
DE VOLTA REDONDA ........................... Helenice Netto
JORNAL DA MULHER ............................ Lilia Alves
MAIORIDADE ......................................... Da AAPVR
MUNICIPÁRIOS ...................................... Publicação do Sindicato dos Funci-
onários Públicos de Volta Redonda
O CORRETOR DE IMÓVEIS ................. Marinete Souza
O FATO ................................................... da Associação dos Engenheiros de
Volta redonda
O POPULAR .......................................... World Mídia de Itatiaia Ltda
A imprensa de Volta Redonda foi sacudida por uma terrível notícia em 07 de junho
de 2001: Foi assassinada com requintes de crueldade a jornalista Heth Lustoza da Cunha
Bastos, que dirigiu o “Jornal Sul do Estado”.
IMPRENSA FALADA
As emissoras de rádio registram sua participação no desenvolvimento da Cidade,
integrando a área da imprensa.
Alkindar Costa
421
A direção da emissora esteve entregue à competência de Nazer Feres Themes.
Ronaldo Gori
(ao lado) e
Dario Azevedo
(abaixo),
em 1955 a frente dos
microfones da Rádio
Siderúrgica em
Volta Redonda.
Ubirajara Ramos, o
primeiro Locutor
Esportivo de Volta
Redonda, iniciou suas
atividades em
09/04/1955, na Rádio
Siderúrgica ZYP26,
irradiando Botafogo e
São Paulo no Estádio
Gen. Raulino de
Oliveira
422 vizinhas.
Volta Redonda Ontem e Hoje
O tombamento aprovado pela Alerj impede qualquer descaracterização
do imóvel, construído numa área de 500 metros quadrados, com três
estúdios, três sonotécnicas, uma sala de jornalismo, uma oficina de
rádio-técnica, duas salas de redação, uma sala de discoteca e dois
auditórios.
Pioneira em Volta Redonda, a Rádio Siderúrgica fez ecoar vozes de
radialistas respeitados na região e no Estado, como Dário de Paula, Uiara
Araújo, Benedito Alves de Rezende, o famoso Tio Bené – já falecido –
Manoel Alves, Jurandir Mateus, José Madureira, Ubirajara Ramos, José
Nélio Pereira de Andrade, Élcio Venâncio, Enivaldo Pereira, entre outros.
Muitos deles continuaram suas carreiras com sucesso, mas não
esquecem da primeira escola. “A Rádio Siderúrgica foi o meu
aprendizado. Devo a ela toda minha carreira profissional”, afirma Dário
de Paula, 55 anos, que começou a trabalhar na emissora aos 10 anos de
Dário de Paula
começou na Rádio
Siderúrgica (predio ao
fundo) aos 10 anos e,
apesar de continuar
fazendo sucesso,não
esquece tudo o que
aprendeu lá.
Foto de Ernesto Carriço -
Reprodução - Acervo Jornal
O Dia.
Alkindar Costa
423
Grupo Mollica e o Prefeito Municipal Benevenuto dos Santos Netto, foi
inaugurada a RÁDIO NACIONAL DE VOLTA REDONDA FM, freqüência de
104,9 MHz funcionando nas antigas instalações da Rádio Siderúrgica.
A Gerência da nova emissora foi entregue à José Lopes, sendo seus
locutores ENIVAL PEREIRA, que veio da Rádio Ipanema - RJ e JURANDIR
MATEUS, também da mesma emissora e EDUARDO GONÇALVES, DÁRIO
DE PAULA, UIARA ARAÚJO e PAULO CESAR GOMES, ex-integrantes da
extinta Rádio Siderúrgica.
Posteriormente, passou a Rádio Nacional a transmitir, também em AM,
contando com o trabalho de FERNANDO PEDROSA, ODILON LEITE, ÉLCIO
VENÂNCIO, ELISEU VICENTE, MANOEL ALVES (locutor) e MANOEL
ANDRADE (operador), também ex-integrante da Rádio Siderúrgica.
O prefixo AM fixado foi ZYJ-494, potência de 1.500 e a FM ZYD-485, com
3.000.
A Rádio Nacional de Volta Redonda passou a ser gerenciada pela Drª Marita
Pereira Araújo, funcionando de 05:00 às 24:00 horas.
Por ocasião da inauguração da Rádio Nacional de Volta Redonda foi
registrada a presença do famoso locutor-animador de grandes programas
transmitidos pela Rádio Nacional PRE-8 do Rio de Janeiro. César de Alencar.
Todavia, o período de funcionamento, da Rádio Nacional em Volta Redonda,
chegou até 30 de agosto de 1988, quando os seus trabalhos foram
declarados encerrados.
RADIOS COMUNITÁRIAS
Sintonia FM - 107.5
Stereo Vale FM - 106,1 (VR e BM)
Alkindar Costa
425
RÁDIOS DE BARRA MANSA
Existe uma influência direta de emissoras de Barra Mansa na vida política, econô-
mica, social, esportiva e cultural da Cidade de Volta Redonda, altamente positiva ao cres-
cimento local.
Dada a proximidade entre as cidades de Volta Redonda e Barra Mansa, existe a
possibilidade de tal convivência, com troca de experiências, objetivando o bem comum.
O Sistema Sul Fluminense de Comunicação, englobando rádios e televisão,
“começou em 1972 quando um jovem grupo de empresários de Barra Mansa, tendo a
frente o advogado Feres Nader, adquiriu o controle acionário da Rádio Sul Fluminense/
AM. O arrojo, a vocação para o pioneirismo, a filosofia de reaplicar na própria região os
resultados das atividades empresariais e, ainda, a análise das boas perspectivas de
desenvolvimento do país diante das medidas anunciadas pelo governo brasileiro da época,
foram os argumentos utilizados por Feres Nader para investir na mídia eletrônica. Em
pouco tempo o Sistema Sul Fluminense de Comunicação tomou corpo transformando a
região sul fluminense, na década de 70, na capital da radiodifusão do interior do Brasil.”
Feres Nader fez prosperar a semente do Sistema Sul Fluminense de Comunicação
cuja existência está permanentemente marcada por empreendimentos pioneiros e pela
implantação dos alicerces que hoje consagram o sul fluminense como o mais importante
pólo de radiodifusão do interior do estado e um dos mais importantes do Brasil.
O controle acionário da TV Sul Fluminense foi transferido, em 09 de janeiro de 2004,
para o Grupo da Editora Três, que publica, entre outras revistas, a Istoé, sob o comando
do empresário Domingo Cecílio Alzugaray.
As emissoras de rádio que compõem o Sistema Ful Fluminense de Comunicação
são:
RÁDIO SUL FLUMINENSE/AM/1390KHZ
RÁDIO SUL FLUMINENSE / FM / 96.1MHZ
RÁDIO SOCIEDADE / FM / 104.1MHZ
RÁDIO CIDADE DO AÇO / FM / 103.3MHZ
RÁDIO CENTRO-SUL / FM / 105.5MHZ
RÁDIO CALIFÓRNIA/FM/99.3MHZ
RÁDIO SUL FLUMINENSE/AM
RÁDIO DO COMÉRCIO AM
A Rádio Comércio AM localizada no Centro de Barra Mansa, complementa o
processo de comunicação atuando no mercado há mais de 30 anos, atingindo com sua
programação grande parte de Estado do Rio de Janeiro.
Alkindar Costa
427
uma senhora que identificando-se como da Casa Neno, do Rio de Janeiro procurava por
José Guilherme, tentando estabelecer a venda de eletro domésticos dentro do programa
do reembolsável do Clube.
Tal senhora era considerada uma boa companheira de conversa e bebida, e o en-
contro se prolongou por longo tempo até que ela perguntou porque o Clube não cuidava
da venda de aparelhos de televisão, sendo informada que as condições na cidade eram
desfavoráveis.
Foi neste ponto que a novidade aparece sendo feita a seguinte proposta: “ vocês
vendem 500 aparelhos de televisão e eu garanto uma torre na cidade, acabando com as
situação desfavorável de transmissão “.
A proposta foi imediatamente aceita e já no dia seguinte o Clube recebia o docu-
mento oficial onde a Max Wolfson e Robertson Schimitz, respectivamente fabricante e
representantes dos televisores Emerson, se comprometiam a instalar em Volta Redonda
dois repetidores, uma para a TV-Tupy e outra para a TV-Rio, doando-os ao Clube dos
Funcionários e este, em troca se comprometeria a obter a permissão dos concessioná-
rios dos canais 2, 6, 13 do Rio de Janeiro para a retransmissão de seus programas, e
além disso, facilitaria através do desconto em folha a aquisição de televisores pelos com-
ponentes do quadro social do Clube.
Contando com a colaboração do Major Geraldo Magela Pires de Mello, então diretor
da CSN, o Clube manteve contato com o Embaixador Francisco Chateubriand Bandeira
de Melo, proprietário das Emissoras Associadas, através do ofício CSN/286/05.031 de
155.1958, e dele obteve autorização, primeiro verbal e posteriormente por escrito, para
retransmitir os programas da TV-Tupy.
Por intermédio do Prefeito de Volta Redonda – Sávio Cotta de Almeida Gama, que
apresentou representantes do Clube dos Funcionários da CSN ao Sr. João Batista do
Amaral – Presidente da TV-Rio, entendimentos foram iniciados, a exemplo do que havia
acontecido com a TV-Tupy.
No dia 15 de agosto de 1958 retornou a Volta Redonda, o Presidente da TV-Rio,
acompanhado de seu filho e Diretor da Emissora, de dois técnicos e do indispensável
equipamento para a medida da intensidade de campo. Após dois dias em que Newton
Coimbra de Bittencourt Cotrim, Guilherme Anderson de Queiroz e José Guilherme Ro-
cha, passaram escalando morros, foram confirmados os estudos já feitos pelo presiden-
te do Clube, destacando que não só a cota de 515 era a que apresentava o melhor sinal
como também o seu valor medido, ratificou o valor teórico e o ponto selecionado pelo
clube em 1952, estava absolutamente certo e em “ linha de vista” com Sumaré. Adquirido
o terreno, foi ainda o Clube que teve que providenciar a instalação de luz para que pudes-
sem operar os equipamentos.
A Emerson procedeu a montagem dos repetidores e em 29 de agosto de 1958 a
TV-Rio entrevistou o General Edmundo de Macedo Soares e Silva – Presidente da CSN,
o engº Newton Coimbra de Bittencourt Cotrim – Presidente do Clube dos Funcionários da
CSN e Sávio Cotta de Almeida Gama – Prefeito Municipal de Volta Redonda, sendo as
entrevistas acompanhadas pelos telespectadores da Cidade do Aço, através do Canal
70. Sempre que acontecia alguma coisa durante as transmissões, era solicitada a pre-
sença dos técnicos e haviam sempre, como natural, um intervalo de tempo entre a solici-
tação e o atendimento, e a população ficava nesse período sem televisão.
O Clube foi aos poucos assumindo os encargos, sem ter uma retribuição financei-
428 ra, fosse ela do comércio, da CSN ou de outras empresas da região. Mais tarde, com o
TV RIO SUL
Alkindar Costa
431
Sua primeira sede, na cidade de Resende-RJ, localizava-se na Rua Luiz Pistarini,
30, 4º andar, no bairrro Campos Elísios. A sede atual, localizada na rua Francisco Tavares
Resende, 466 no Jardim Brasília, também em Resende, foi inaugurada em 03/09/1999.
O início das atividades na Cidade do Aço, aconteceu em 1990, com o estabelecimento
de visitas de contatos comerciais, motivando o estabelecimento de um escritório de
negócios funcionando na rua 44. A sede própria só veio surgir em 1998 funcionando na
rua 17A, 370, no bairro Bela Vista, em uma área de 800 m2, com modernas instalações
que conta com um estúdio para a transmissão de programas na Cidade do Aço, com
destaque ao RJTV 1ª Edição (jornalismo local). A atuação do Carro Link, amplia a atuação
do estúdio do escritório regional, permitindo a cobertura de eventos regionais ao vivo, nas
áreas de Resende, Quatis, Itatiaia, Barra Mansa e Volta Redonda. A diretoria comercial da
emissora, desde sua fundação está ao comando de Robero Diniz, e seu Diretor presidente
é Arnaldo Cesar Coelho.
As transmissões da TV Rio Sul - afiliada da REDE GLOBO, atingem as cidades de
Sapucaia, Três Rios, Levi Gasparian, Paraíba do Sul, Rio das Flores, Valença, Paty do
Alferes, Miguel Pereira, Vassouras, Engº Paulo de Frontim, Barra do Piraí, Mendes,
Paracambi, Volta Redonda, Barra Mansa, Piraí, Rio Claro, Angra dos Reis, Parati, Resende,
Itatiaia, Porto Real e Quatis.
Alkindar Costa
433
• Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de V. Redonda
• Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e
Material de Volta Redonda, Barra Mansa e Barra do Piraí
• Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas RJ
• Sindicato dos Trabalhadores nos Transportes Rodoviários de BM
LIBERAIS
Nos dias atuais, Associações de Moradores exercem suas atividades pela Cidade
de Volta Redonda, assim distribuídas:
Setor 1
Alkindar Costa
435
Setor 2
01. Associação de Moradores “Brasilândia”
02. Associação de Moradores “Caieira”
03. Associação de Moradores “Cailândia”
04. Associação de Moradores “Candelária”
05. Associação de Moradores “Dom Bosco”.
06. Associação de Moradores “Nova São Luiz”
07. Associação de Moradores “Pinto da Serra”
08. Associação de Moradores “São Luiz”
09. Associação de Moradores “São Sebastião”
Setor 3
01. Associação de Moradores “Água Limpa”
02. Associação de Moradores “Nova Primavera”
03. Associação de Moradores “Pedreira”
04. Associação de Moradores “Três Poços”
05. Associação de Moradores “Vila Rica 3” ..
Setor 4
01. Associação de Moradores “Casa de Pedra”
02. Associação de Moradores “Cidade Nova” .
03. Associação de Moradores “Jardim Belvedere”
04. Associação de Moradores “Jardim Esperança”
05. Associação de Moradores “Jardim Tiradentes”
06. Associação de Moradores “Jardim Vila Rica”
07. Associação de Moradores “Rio das Flores”
08. Associação de Moradores “Roma I”
09. Associação de Moradores “Roma II”
10. Associação de Moradores “Siderópolis”
11. Associação de Moradores “Vila Rica 4”
12. Associação de Moradores “Village Sul”
13. Associação de Moradores “Vista Verde”
Setor 6
01. Associação de Moradores “207”
02. Associação de Moradores “Eucaliptal”
03. Associação de Moradores “Minerlândia”
04. Associação de Moradores “Santa Inês”
05. Associação de Moradores “São Carlos”
06. Associação de Moradores “São Cristóvão”
07. Associação de Moradores “São Lucas”
Setor 7
01. Associação de Moradores “Conforto”
02. Associação de Moradores “249”
03. Associação de Moradores “Jardim Europa”
04. Associação de Moradores “Jardim Ponte Alta”
05. Associação de Moradores “Jardim Suiça”
06. Associação de Moradores “Ponte Alta”
07. Associação de Moradores “Rústico”
08. Associação de Moradores “Siderville”
Setor 8
01. Associação de Moradores “Belo Horizonte”
02. Associação de Moradores “Coqueiros”
03. Associação de Moradores “Mariana Torres”
04. Associação de Moradores “Nova Esperança”
Alkindar Costa
437
05. Associação de Moradores “Verde Vale”
06. Associação de Moradores “Vila Brasília”
Setor 9
01. Associação de Moradores “Açude IV”
02. Associação de Moradores “Açude”
03. Associação de Moradores “Belmonte”
04. Associação de Moradores “Jardim Belmonte”
05. Associação de Moradores “Padre Jósimo Tavares”
06. Associação de Moradores “Siderlândia”
07. Associação de Moradores “Sta. Rita de Cássia”
08. Associação de Moradores “União Retiro”
Setor 10
01. Associação de Moradores “Eldorado”
02. Associação de Moradores “Jardim Cidade do Aço”
03. Associação de Moradores “Jardim Primavera”
04. Associação de Moradores “Retiro”
01. Associação de Moradores “Vila Mury”
Setor 11
01. Associação de Moradores “Aero Clube”
02. Associação de Moradores “Aterrado”
03. Associação de Moradores “Barreira Cravo”
04. Associação de Moradores “Jardim Paraíba”
05. Associação de Moradores “N. Sra. Das Graças”
06. Associação de Moradores “Niterói”
07. Associação de Moradores “Voldac”
Setor 12
01. Associação de Moradores “Santa Cruz”
02. Associação de Moradores “Santa Cruz II”
03. Associação de Moradores “Sta. Rita do Zarur”
Alkindar Costa
439
A FUNDAÇÃO DA LDVR
A Liga de Desportos de Volta Redonda - LDVR - foi criada pela Deliberação nº 44/
45, de 19.07.1945, do Conselho Nacional de Desportos, publicada no Diário Oficial de
31.07.1945 e que tem a seguinte redação:
D E L I B E R A:
Alkindar Costa
441
O primeiro Circuito
Automobilístico de
Volta Redonda em
11/11/1956. Provas
promovidas pelos
“Diários Associados”,
sob patrocínio do
Automóvel Clube do
Brasil e colaboração
da CSN.
Paulo Monteiro
Mendes dá a
bandeirada de início
de prova para as
30 voltas de um
percurso de 57 Km
na Vila Operária, hoje
Vila Santa Cecília.
Ao fundo a CSN e o
Gasômetro.
OS PRESIDENTES DA LDVR
Alkindar Costa
443
Cargo Nome Posse
Alkindar Costa
445
Cargo Nome Posse
Comissão de
Arbitragem no
primeiro Campeonato
Fluminense de Judô,
realizado em Volta
Redonda de 30/01 a
06/02/1966 no Recreio
do Trabalhador.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
447
Clube Data /Fundação
Alkindar Costa
449
O VOLTA REDONDA FUTEBOL CLUBE
O Volta Redonda Foot Ball Clube, criado em 30 de junho de 1926, como já vimos,
passados muitos anos, em 09 de janeiro de 1976, em plena administração do Prefeito
Nelson Gonçalves, voltou a figurar no cenário esportivo da Cidade.
A inclusão de uma equipe de futebol de Volta Redonda no campeonato nacional
gerou, de imediato, uma corrida e alguns desentendimentos, destacando-se entre os
candidatos a Associação Atlética Comercial e C.R. Flamengo de Volta Redonda.
Dos esforços despendidos e da união, aliada ao bom senso de cada um, redundou
a criação do Volta Redonda Futebol Clube.
A publicação da Assessoria de Relações Públicas da CSN - NOVE DE ABRIL - em
sua edição nº 6, março de 1976, página 6, esclarece:
Alkindar Costa
451
O Município ganha ainda destaque com suas praças de esportes, destacando-se a
do Recreio do Trabalhador “Getúlio Vargas”, seguindo-se em grau de importância, o
Estádio Municipal Sylvio Raulino de Oliveira.
A Associação Atlética Comercial apresenta um bom campo de futebol (sem
arquibancadas). A Prefeitura Municipal tem desenvolvido um trabalho de ampliação da
área esportiva, hoje coordenada pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. Por toda a
cidade encontram-se campos de futebol, raias de malha, bocha, piscina (nos principais
clubes da Cidade), pistas para patinação, kartódromo.
Cabe, finalmente, abrir espaço para as atividades desenvolvidas pela Prefeitura
Municipal na Ilha São João e Pequena, no Rio Paraíba, onde se ergue um grande Pavilhão
para atividades culturais, esportivas e mesmo sociais.
No local, sob coordenação da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (no que diz
respeito ao Esporte) destaca-se o Centro de Desportos “General Euclydes de Figueiredo”
(regulamentado pelo Decreto nº 1491 e com determinações constantes na Lei Municipal
2.197).
Basquetebol e Futebol de Salão, Voleybol, Handebol, Natação são as principais
modalidades esportivas desenvolvidas.
A Secretaria Municipal de Esportes coordena, inclusive, o esporte nos diversos
bairros da Cidade.
Benevenuto dos
Santos Netto,
presidente da LDVR
(atrás do locutor),
acompanha a Equipe
de Voley na Rádio
Farroupilha/Porto
Alegre-RS em
fevereiro de 1957.
Acervo Alkindar Costa
Volta Redonda pode ser uma Cidade com um esquema de segurança que não
chega a ser considerado excelente, mas, apenas, satisfatório.
Houve época, no surgimento da Cidade e quando a Companhia Siderúrgica Nacio-
nal assumia grande parte das atividades da Comunidade, que um esquema de seguran-
ça era desenvolvido na área da Indústria, inclusive com um sistema de policiamento no-
turno, executado por guardas da equipe da própria CSN.
Alkindar Costa
453
Fixou ainda o Decreto-Lei nº 145 que em Volta Redonda ficaria o Comando de Bom-
beiros da Área Sudeste. Está localizado na Rua Governador Luiz Monteiro nº 346, Bairro
Aterrado.
CASA DE CUSTÓDIA
O outdoor preparado
pela Administração
Municipal em
novembro de 2000,
fazia destaque ao
trabalho do
Grupamento feminino
na área de segurança
em Volta Redonda
Reprodução - PMVR
Alkindar Costa
455
DEFESA CIVIL
A Defesa Civil de Volta Redonda, funciona na Rua 40, número 13, na Vila Santa
Cecília. Suas atividades são feitas em 24 horas, de segunda à domingo, inclusive feriados,
atendendo as prerrogativas fixadas por Lei.
POLICIA MILITAR
A denominada “Polícia Militar” teve seu quartel funcionando na Rua Dr. Cícero
Martinelli nº 97, no Bairro Vila Americana.
Com a finalidade do policiamento ostensivo e preventivo, com área de ação em
Volta Redonda, Barra Mansa e Resende, foi inaugurada em 17 de Julho de 1974.
A denominação era de 2ª Companhia de 10 Batalhão de Polícia Militar do Estado do
Rio de Janeiro.
Transferido posteriormente para a Avenida Sávio Gama nº 230, no bairro Niterói,
passou a ocupar uma área de 2.419 m2.
Em razão da Resolução nº 0030 do Secretário de Polícia Militar do Estado do Rio de
Janeiro, tendo em vista o disposto no artigo 47 do Decreto Lei nº 92, de maio de 1975, foi
criada a unidade da Sexta Companhia Independente de Polícia Militar, extinguindo-se no
território de Volta Redonda a denominação até então existente.
Inaugurada em 17 de julho de 1986, passou a contar com o comando de Major PM
JOMAR COSTA DIAS, realizando o policiamento ostensivo fardado nas áreas dos
Municípios de Volta Redonda, Barra Mansa e Resende, objetivando assegurar o cumpri-
mento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos Poderes constituídos.
Em 2002 contava com um efetivo de 426 homens, entre oficiais e praças, nos
serviços de vigilância nas ruas da Cidade, inclusive motorizado de RP e Patamo, bem
como o serviço de trânsito a pé e motorizado.
O Comandante da Unidade, organizando-a de maneira a ter maior operacionalidade,
aumentou o seu efetivo, inclusive de viaturas. Colocou em funcionamento o 4º Pelotão de
Barra Mansa e o 5º Pelotão de Resende.
Em 17 de setembro de 1990 o Governador do Estado Wellington Moreira Franco,
editou o Decreto nº 15.458, onde determinou a criação, “sem aumento do efetivo e de
despesa, os 27º, 28º e 29º Batalhões de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro”.
A 6ª CIPM realizava, mensalmente, uma média de 620 ocorrências policiais e cerca
de 2.100 ocorrências de trânsito.
A medida foi adotada com base no Decreto-Lei nº 92, de 06/05/1975 e tendo em
vista o que consta no Processo nº E-25/00707/500-90.
O Decreto referido foi publicado no Diário Oficial RJ de 18/09/1990.
Graças aos esforços do Ten. Cel. PM RG-07.498, Jomar Costa Dias, que dirigia a
Cia. Independente de Polícia Militar em Volta Redonda, aqui foi instalado o 28º Batalhão, o
OS CINEMAS DA CIDADE
Cine Avenida
De Camerano & Leal, foi inaugurado em 24 de outubro de 1948, localizado na Ave-
nida Amaral Peixoto com o filme “Romance no México”. Suas atividades foram encerra-
das em 30 de julho de 1977.
Alkindar Costa
457
Determinava a Cláusula I, que o “Imóvel provisório”, construído em madeira, situa-
do de frente para a rua 33 e lado para a rua 40, seria cedido por empréstimo gratuito e a
título precário, pelo prazo de três anos prorrogáveis por igual tempo até a inauguração do
Cinema 9 de abril.
As instalações do cinema se encontravam em estado deplorável, o que redundou
na substituição total de cadeiras, pintura em geral, substituição do piso, reforma das ins-
talações sanitárias, aquisição de nova máquina de projeção, aparelho de som, ilumina-
ção, tela, etc...
A foto de 24/07/1946,
mostra o Cine Santa
Cecília, apelidado de
“Poeirinha”; era uma
construção rústica de
madeira, um cinema
simples, mas apesar
disso muito bem
frequentado.
O “Poeirinha”,
juntamente com o
Cine Avenida, na
Amaral Peixoto (hoje
instalações do banco
HSBC), eram os
pontos de diversão no
então 8º Distrito de
Barra Mansa - Volta
Redonda
Acervo CSN
No último domingo do mês de abril de 1956 o Cine Santa Cecília foi, oficialmente,
inaugurado pelo Engº Renato Frota Rodrigues de Azevedo. Instalado nos primórdios da
construção da CSN, durante o seu período de funcionamento recebeu os apelidos de
“Cine meio-metro” e “Poeirinha”. O Clube dos Funcionários conseguiu os melhores fil-
mes distribuídos pela Metro, RKO, United, Fox, Warner e Columbia para a projeção.
Em 16 de janeiro de 1961, o engº Geraldo Magella Pires de Melo, Diretor Tesoureiro
da CSN e o engº Newton Coimbra de Bittencourt Cotrim, Presidente do Clube dos Funci-
onários da CSN, assinaram um termo Aditivo de Comodato, prorrogando o prazo de
vigência do empréstimo do imóvel onde funcionava o Cine Santa Cecília, até 19 de
dezembro de 1961, “ podendo o contrato ser prorrogado por mais três anos,”.
Em 26 de setembro de 1969, novo termo aditivo foi assinado entre o engº Plínio
Reis de Cantanhede Almeida – Diretor Tesoureiro da CSN e Benevenuto dos Santos
Netto – modificando a Cláusula I do instrumento firmado em 30 de janeiro de 1956, com
as alterações subsequentes. Ficou então determinado que a sessão em comodato seria
por prazo indeterminado.
A foto de 27/02/1959,
mostra a inauguração
do Cine 9 de Abril, na
Vila Santa Cecília. A
população passou a
contar com um cinema
que, no início de suas
atividades, exigia que
os homens usassem
paletó e gravata para
acesso.
Acervo Clube dos
Funcionários da CSN
Alkindar Costa
459
Cerca de 5.000 pessoas postaram-se nas proximidades do cinema para assistir a
entrada dos convidados de Volta Redonda, Barra Mansa, Resende , Barra do Pirai, Valença,
Vassouras, e Rio de Janeiro.
Para a manutenção da ordem na rua, foi enviado pela CSN, um contingente de
policiais sob a direção do guarda Manoel Heronides de Holanda, enquanto que o comandante
do 1º BIB destacou um pelotão de 23 praças, comandados pelo Ten. Ivan Alcântara Mota
e sargento José Augusto Sant’Anna e Antônio Marins de Castro.
As festividades foram abrilhantadas pela Banda de Música da CSN, dirigida pelo
Maestro Franklin de Carvalho Júnior.
O Clube fez distribuir aos presentes, um programa especial e os representantes da
Perfumaria Dana de São Paulo presentearam cada convidado com um cartão comemo-
rativo, acompanhado de pequeno frasco da “Colônia Extra Dry”.
O ato de inauguração às 20:00 horas e 30 minutos, foi dirigido pelo presidente da
Comissão de Construção – Engº Mauro Mariano da Silva, na sala de espera do Cinema,
com a entrega da chave ao Presidente do Clube.
O projeto de Ricardo Tommasi e Glauco do Couto Oliveira, representou um investi-
mento de aproximadamente 30 milhões de cruzeiros e deixou para a história o marco de
um cinema que exigia dos homens, paletó e gravata para o ingresso.
Somente 1 vez as projeções no Cine 9 de Abril foram paralizadas. Foi em 07 de
fevereiro de 1977, e durou alguns dias, em razão de processo movido pelo Clube dos
Funcionários da CSN contra a empresa CERCLA de Juiz de Fora - MG, sob a alegação
de falta de pagamento de uma dívida avaliada em mais de R$ 75.000,00, pelo aluguel de
espaço à empresa citada. Resolvido o impasse, o cinema passou a ser administrado
pelo próprio Clube dos Funcionários, com funcionamento regular.
Em 1985, a diretoria do Clube dos Funcionários, pela circular 01/85 deu conheci-
mento dos entendimentos que estavam sendo realizados de maneira a suprir o “déficit”
apurado em relação ao cinema, chegando a ser aventada várias hipóteses do destino de
uso da área, onde poderiam ser incluídas as atividades de: Centro Comercial, Centro de
Serviços, Shopping Center, Lojas de Departamentos, Lojas de móveis e decorações,
banco, supermercados, e outros.
O 4º cinema da cidade,
O Cine 17 de julho,
localizado no aterrado,
de propriedade do
Clube dos
Funcionários,
funcionou até 1976,
quando foi desativado.
Em 2002, o prédio
sediou o
supermencado
MaxBox e
em 2004 um
Boliche
Reprodução
Clube dos Funcionários da CSN
Cine Alvorada
De J. Leal, foi inaugurado em 22 de dezembro de 1984 em instalações que foram
posteriormente utilizadas pela Loja de Departamentos Mollica e hoje pela Igreja Universal
no Bairro Retiro. Suas atividades foram encerradas em fevereiro de 1987.
Alkindar Costa
461
Cine GACEMSS I e II
As instalações atuais
do Cine Teatro
Gacemess , permitem
tanto a realização de
espetáculos artísticos
e musicais como a
exibição de filmes.
Os famosos e
animados bailes
sociais e juninos,
realizados no salão
Nobre do Hotel Bela
Vista, reuniam a
comunidade de Volta
Redonda.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
463
A liderança de Demétrio Bouéri, Éver da Silva, Milton Guanabara, Augusto Dias
de Souza, Armando Bittencourt e Carlos Augusto de Campos, fez com que o grupo estu-
dasse a formação de um clube social, onde se reuniriam funcionários da CSN. Os planos
para a construção da sede própria do recem criado Clube dos Funcionários, estavam a
todo o vapor, tendo sido inaugurada somente em 28/04/1962. Ao longo dos anos, o Clube
dos Funcionários destacou-se no apoio às atividades sociais e educacionais do municí-
pio, dos quais podemos destacar:
• O primeiro a representar Volta Redonda com equipes de Futebol e Basque-
tebol, trazendo diversos troféus e medalhas para o município;
• O primeiro Clube a cuidar do aperfeiçoamento profissional, do ensino primá-
rio e da educação física através do Curso de Educação Física - Monitores
no antigo “Instituto Macedo Soares”, que foi transformado em princípios de
1946 para solucionar também o ensino ginasial, visto que na época as
crianças tinham que estudar em Barra Mansa.
• Responsável pela construção da torre de televisão e aquisição dos equipa-
mentos, tornando-se pioneiro também na recepção de sinais de TV em Volta
Redonda.
Em 01/04/1943, surgiu a idéia de construir o Aero Clube de Volta Redonda, por
iniciativa do Tenente Coronel Edmundo de Macedo Soares e Silva, Engenheiro Paulo Cesar
Gomes Martins, Capitão Edgard Magalhães da Silva, e Major José Varonil de Albuquerque
Lima, com apoio de Paulo Lobo Moura, José Verneck de Freitas, Gastão Nunes do Santos
Brum, Antônio Chermont de Miranda, Engenheiro Guilherme Leão de Moura, José Coelho
dos Santos, Paulo Aníbal Pereira e mais 220 serventuários da diversas categorias da
CSN.
O Clube Umuarama já funcionava desde 24/06/1942 , tendo sido o primeiro clube
social com sede na cidade do Aço em área cedida pela Companhia Siderúrgica Nacional.
Era comum, nos encontros sociais, separar-se as categorias de servidores, o que lhe
valeu, uma classificação de “Clube dos Engenheiros” e onde, nem todos, tinham acesso.
Um Clube especializado tem sua atividade registrada na Cidade de Volta Redonda.
Trata-se do Clube Foto Filatélico e Numismático que, como o próprio nome indica dedica-
se à fotografia, selos e moedas. Tem sua sede na Rua 21 nº 19, Vila Sta. Cecília. Foi
projetado por Ricardo Tommasi. A Cidade de Aço conta também, com o Clube Hípico Sul
Fluminense de Volta Redonda.
O Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva - GACEMSS,
fundado em 17/11/1945, trouxe à localidade os mais consagrados artistas nacionais e
internacionais, na efetivação de concertos, recitais, onde podem ser considerados desta-
ques:
“Em 1947 a Professora Taís Florinda Pinto, em benefício da campanha
de Proteção e Defesa Contra a Lepra; Concerto do pianista Paulo Burgo,
em benefício do Círculo Operário e recitais da violonista Ilza Dossow e
da Soprano Lírico Maria Sá Earp, em 1949; Concerto da pianista
Madalena Tagliaferro e recital de canto de Cristina Maristani, em 1950.
Ainda recitais da violoncelista Jacques Ripoche, do pianista Arnaldo
Estrela, do violonista Claude Paschoud, da harpista Léa Bach, do jovem
“virtuose” Alimonda, do pianista Oriano de Almeida e da talentosa Maria
Alcina Navarro, em 1952 e 1953.”
Aspecto da decoração
de carnaval no Clube
dos Funcionários, sede
social Vila nos idos de
1966, apresentando a
decoração especial
para a NOITE DOS
FARAÓS, de autoria do
artista Eraldo Gomes da
Cruz.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
465
ASPECTOS RELIGIOSOS
A Diocese de Barra do Piraí foi criada em 04/12/1922 pela Bula “Ad Supremum
Apostólicas Sedis” do Papa Pio XI, em território desmembrado integralmente da então
Diocese de Niterói.
Foi instalada em 26 de julho de 1923, sendo nomeado seu Administrador Apostóli-
co Monsenhor José Maria Parreira Lara, sucedido em maio de 1925 pelo Monsenhor Alfredo
da Silva Bastos.
Entre 1941 e 1942, “no Salão de Recreação dos Operários”, propriedade da CSN,
ao fundo dos alojamentos do Acampamento Central, “sempre aos domingos”, eram cele-
bradas as missas pelo Pe. Geraldo Fernandes - S.V.D., Coadjutor da Igreja Santa Cecília,
da Vila Operária, denominação da época, que também iniciava o seu movimento e cujo
vigário era o Pe. Alfredo Piquet da Sociedade do Verbo Divino.
A 26 de janeiro de 1955, por Decreto Concistorial, passou a denominar-se “DIOCESE
DE BARRA DO PIRAÍ-VOLTA REDONDA” e que compreende hoje os Municípios de Itatiaia,
Resende, Porto Real, Quatis, Barra Mansa, Rio Claro, Volta Redonda, Pinheiral, Barra do
Piraí, Piraí, Mendes e Paulo de Frontin.
O 1º Bispo foi D. Guilherme Müeller (1926-1935, quando veio a falecer); o 2º foi D.
José André Coimbra (1938-1955); o 3º, D. Agnelo Rossi (1956-1962) “que começou a
conversação com a CSN e a Nunsiatura Apostólica acerca da transferência da sede da
Diocese de Barra do Piraí para a recém criada cidade de Volta Redonda”; o 4º Bispo foi D.
Altivo Pacheco Ribeiro (1963-1966) “e que levou avante o projeto de transferência da
sede da Diocese, o que se tornou realidade a 26 de janeiro de 1965, por decreto da
Sagrada Congregação Consistorial. A partir daí, a Diocese passa a chamar-se “Diocese
de Barra do Piraí-Volta Redonda”. A Igreja N. Sra. das Graças, no Jardim Paraíba-Volta
Redonda, passa a ser a Co-Catedral da Diocese. E a residência episcopal se transfere
para Volta Redonda. D. Altivo passa a residir no “Bispado”, bairro Laranjal, sendo o prédio
e terreno doados pela CSN, além do lote na Vila Santa Cecília, destinado à futura Co-
Catedral e à Cúria Diocesana. O terreno destinado à construção da Catedral já foi utiliza-
do para os mais diversos fins, sendo hoje reservado para estacionamento, sem qualquer
providência efetiva para o erguimento da sonhada Catedral em Volta Redonda. D. Altivo
foi transferido para a Diocese de Arassuaí-MG; o 5º Bispo, D. Waldyr Calheiros de Novaes,
que nasceu em 29/07/1923, ordenado em 25/07/1948 e Sagrado Bispo em 01/05/1964;
assumiu a Diocese a partir de 08/12/1966; depois de 33 anos a frente da Diocesa, em 06
de dezembo de 1999, D.Waldir confirmou sua aposentadoria e apresentou seu substitu-
to, Dom João Maria Messi, com 65 anos, vindo de Irecê, no sertão da Bahia, para Volta
Redonda. Posse em 20-02-2000.
A Cúria Diocesana está localizada na Rua 25-A nº 44, Praça Brasil, Vila Santa Ce-
cília. A área da Diocese é de 4.768 km2, para uma população de 953.183 habitantes
(estimada em 1994), onde os católicos ultrapassam a 75%.
“Até a chegada de D. Waldyr, a Diocese de Barra do Piraí-Volta Redon-
da estava organizada em paróquias. A partir daí a diocese opta por or-
ganizar-se em rede de comunidades. Em 1968 foi decretada a cidade de
Volta Redonda como paróquia única, integrando as cinco paróquias e
suas respectivas capelas”.
Alkindar Costa
467
Está constituída de Vigários Gerais, Secretário, Contador, Arquivista, Secretariado
da Pastoral, Conselho Presbiteral e Consultores Diocesanos.
A Regional de Volta Redonda, desde 1º de janeiro de 1969 é paróquia única, da qual
o Vigário é o Coordenador da Pastoral do Regional, e os demais padres são coadjutores,
responsáveis pelas Comunidades Eclesiais, reunidas por setores.
A Companhia Siderúrgica Nacional construiu e entregou ao domínio da Diocese
prédio na Rua 156, nº 260, no bairro Laranjal o que passou a ser conhecido como o
“Palácio do Bispo” com utilização de reuniões e abrigo das autoridades católicas que
chegam ao Município de Volta Redonda.
A Capela dedicada a
Santo Antônio, foi
construída por volta de
1870, no estilo
tipicamente Português,
pelo Capitão José
Carlos Vieira Ferraz,
em terras ainda por ele
doadas ao referido
Santo. Coube a uma de
suas herdeiras, depois
de casada, efetivar a
doação, por escritura
lavrada em 16/09/1897,
em Barra Mansa, o
casal Pedro José
Teixeira e Belarmina
Ferraz Teixeira, doava
“meio alqueire
geométrico de terras”
para patrimônio da
Capela de Santo
Antônio de Volta
Redonda.
Reprodução.
A Igreja de Santo
Antônio no bairro de
Niterói, em 2004.
Foto Jader Costa
ÁREA LESTE
Secretaria: Rua México, 58 – Vila Americana – 27.290-010 – Volta Redonda/RJ
01. Cristo Libertador - Brasilândia
02. Imaculado Coração de Maria - Pedreira
03. Menino Jesus - Volta Grande
04. Nossa Senhora da Penha - Nova Primavera
05. Nossa Senhora das Graças - Jardim Paraíba
06. Nossa Senhora do Carmo - Cailândia
07. Sagrado Coração de Jesus - Vila Rica
08. Santa Mônica - Santo Agostinho
09. Santo Agostinho - Santo Agostinho
10. São Bernardo - Parque das Ilhas
11. São João Bosco - Dom Bosco
12. São Luiz Gonzaga - São Luiz
13. São Mateus - Caieiras
14. São Miguel Arcanjo e Santa Luzia - Vila Americana
15. São Sebastião - São Sebastião
16. Senhor Bom Jesus - Água Limpa
ÁREA NORTE
Secretaria: Rua Nossa Senhora de Fátima, 10 – Niterói – 27.283-150
Volta Redonda/RJ
01. Bom Jesus - Retiro D. Waldir Calheiro
de Novaes, o 5º Bispo
02. Beato José de Anchieta - Vila Mury da Diocese, atuou
de 08/12/1966 a
03. Cristo Rei – Voldac 20/12/1999,
tornando-se após
04. Dom Oscar Romero - Pe. Josimo II
essa data o 1º Bispo
05. Jesus de Nazaré – Belo Horizonte Emérito na Cidade
do Aço.
06. João XXIII – Siderlândia
07. Nossa Senhora Aparecida – Pinto da
Serra
08. Nossa Senhora Aparecida – Verde Vale
09. Nossa Senhora da União – Retiro
10. Nossa Senhora das Candéias –
Candelária
Alkindar Costa
469
11. Nossa Senhora das Graças – Mariana Torres
12. Nossa Senhora de Guadalupe – Santa Cruz II
13. Nossa Senhora de Loreto – Aero Clube
14. Nossa Senhora do Amparo – Fazendinha – Vila Brasilia
15. Pe. Josimo Tavares - Pe. Josimo
16. Santa Cruz – Santa Cruz
17. Santa Luzia – Caixa d’Água – Retiro
18. Santa Rita – Santa Rita do Zarur
19. Santa Terezinha – Coqueiros
20. Santo Antônio – Niterói
21. São Francisco de Assis – Retiro
22. São João Batista - Barreira Cravo
23. São José - Açude II
24. São José Operário - Vila Brasília
25. São Pedro – Belmonte
26. São Sebastião – Retiro
27. Sagrada Família - Jd. Village Primavera
SETOR CENTRO
01. Santa Cecília – Vila Sta. Cecília
02. N. Sra. Aparecida – S. João
03. São Geraldo – S. Geraldo
04. São José Operário – Monte Castelo
SETOR CONFORTO I
01. Nossa Senhora da Conceição - Conforto
02. Sagrado Coração de Jesus – Bairro S. Lucas (207)
03. Santa Cruz – Eucaliptal
04. Santa Rita de Cássia – Jardim Europa
05. Santa Tereza de Ávila – Rústico
SETOR SIDERÓPOLIS
01. Espírito Santo – Jd. Amália
02. Santa Edwiges – Cj. Habitacional Vila Rica
03. São João Evangelista – Loteamento Recanto da Lagoa – Jd. Belvedere
04. São José – Jd. Tiradentes
05. São Paulo Apóstolo – Siderópolis
06. São Sebastião – Sessenta
O movimento evangélico em nossa região vem desde antes do Século XIX, quando
os primeiros colonos vieram para as fazendas de café e depois para a pecuária. Há
registros dos primeiros metodistas nesse período e de membros da Igreja Batista de Juiz
de Fora - MG que vieram para cá com a construção da Usina Presidente vargas em 1941,
assim como diversas outras denominações evangélicas.
Os trabalhos via de regra, começaram como pontos missionários na casa dos que
aqui vieram a trabalho, permitindo que a expansão do evangelho fosse mais intensa nesse
período. A necessidade de formar Igrejas para congregar esses fiéis fez com que
surgissem as primeiras igrejas aqui estabelecidas. A Igreja Metodista Central de Volta
Redonda, ganhou realidade em 14 de Julho de 1942 com 21 membros, sendo suas
atividades marcadas por 6 anos no bairro de niterói, primeiro na casa de Carlindo e Terezinha
Lima Aguiar e, depois num salão alugado perto da ponte. Em 1948 passou para o atual
templo localizado na Av. Pulo de Frontim, 286, em construção no estilo Neo-Clássico,
com suas colunas características.
A Igreja Batista de Volta Redonda, surgiu em 20 de Julho de 1942, sob a orientação
do pastor Elias Portes Filho.
Nos dias atuais o culto evangélico, sumariamente pode ser assim demonstrado:
Alkindar Costa
471
O primeiro templo
evangélico construído
em Volta Redonda,
numa vista de 1959.
No detalhe à esquerda,
o lançamento da pedra
fundamental do templo
em 1946.
No detalhe à direita,
parte da Congregação
da Igreja Metodista
Central em 1965.
IGREJAS METODISTAS
IGREJA PRESBITERIANA
Alkindar Costa
473
IGREJA BATISTA
ASSEMBLÉIA DE DEUS
IGREJA NAZARENO
IGREJA QUADRANGULAR
IGREJA COMUNIDADES
Alkindar Costa
475
CULTO ESPÍRITA
Doutrina filosófica, moral e científica, que tem por princípio as relações do mundo
material com os espíritos ou seres do mundo invisível. Foi codificada por Léon-Hippolyte
Denizard Rivail, francês de Lião, mais conhecido pelo criptônimo bretão de Allan Kardec,
cuja atenção foi despertada pelos fenômenos mediúnicos de Hydesville, que tiveram co-
meço na residência da família Fox nos fins de dezembro de 1947. A codificação se pro-
cessou depois de várias esperiências de Allan Kardec com alguns médiuns.
In Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritísmo - João Teixeira de Paula - Banco
Cultural Brasileiro Ediora Ltda. Vol 1
Alkindar Costa
477
A foto de 1955, marca
o comparecimento aos
cofres municipais, do
primeiro contribuinte,
Jorge Galadinovic,
então proprietário de
uma bicicletaria na
Av. Paulo de Frontim.
A sua esquerda
o emancipador
Nery Miglioli.
Muito embora não
se tratasse de uma
unidade bancária,
note o aparato de
segurança nos
guichês de
recebimento, tal qual
era utilizado pelos
bancos comerciais.
Acervo Alkindar Costa
Alkindar Costa
479
No mesmo ano, projetado pelo arquiteto Wladimir Bernardes, em área de 27.471,00
m2, ergueu-se o Hotel padrão da cidade, denominado Hotel Bela Vista, de categoria inter-
nacional e de propriedade da Companhia Siderúrgica Nacional.
Planta, áreas, piso e roda-pés são estudos de Saturnino em 28-04-1942, enquanto
que a fachada principal posterior foi projetada por Ricardo Tommasi e as piscinas e ves-
tiários representam mais um trabalho de Glauco do Coutto Oliveira.
A denominada Vila Santa Cecília já contou com os serviços do Hotel Brasil, onde
funciona a Drogaria Moderna e Lojas Americanas.
A rede hoteleira de Volta Redonda, comparada à própria Cidade, apresenta-se po-
bre, possibilitando poucas opções.
- DEXTER HOTEL
- HOTEL AVENIDA
- HOTEL EMBAIXADOR CENTER
- HOTEL LUXOR – BELA VISTA
- HOTEL STRATUS
- PALACE HOTEL QUARTZO
- SÍDER PALACE HOTEL
- QUALITY HOTEL
- POUSADA CASAGRANDE
Poucos sabem por que e como foi planejado o Monumento ao Presidente Getúlio
Vargas, erguido na Praça Brasil, em Volta Redonda.
Inúmeras pessoas foram movimentadas para que o planejamento chegasse ao
seu final. O denominado Monumento Presidente Vargas, sempre representou uma velha
aspiração dos trabalhadores da usina que, já em 03 de fevereiro de 1951, cuidavam de
recolocar o retrato do Pre-
sidente, na Estação da Es-
Getúlio Vargas ouve as trada de Ferro Central do
explicações do
Tenente Melo Morais,
Brasil.
sobre a construção do
monumento em sua
Em 1º de maio de
homenagem 1953, Dia do Trabalho,
Acervo Alkindar Costa quando de sua visita a Vol-
ta Redonda, então distrito
de Barra Mansa, Getúlio
Vargas autografou o proje-
to do escultor Leonardo
Lima, apresentado pela
Comissão Pró-Monumento
Presidente Vargas, em uma
Alkindar Costa
481
e o Deputado Josué de Castro, encerrando-se com o discurso do Presidente da República
Juscelino Kubitscheck. As placas de inauguração registram data de 24 de janeiro de 1957.
Quem posou para que o artista modelasse a figura do Presidente? O próprio Presi-
dente? Não. O trabalho seria de todo impossível se houvesse a exigência para que o
Presidente da República tivesse de assim proceder.
Surgiu, então, a figura de um empresário da Cidade do Aço, muitas vezes confundi-
do nas ruas como sendo Getúlio Vargas. O mesmo corpo, a mesma fisionomia e, até de
alguma forma, quase que a mesma maneira de falar - Aristides de Souza Moreira, antigo
servidor da Companhia Siderúrgica Nacional que, em 1941, chegou para vencer em uma
região onde existia espaço para quem desejava trabalhar. Casado com Dona Dulce
Sobreira Moreira, comandava a A/S Moreira e Cia. Ltda. tendo residido na Rua 46 e na
Rua 27 nº 28, na Vila Operária.
Foi o Ten. Adauto, o responsável pela escolha de Aristides para posar em lugar de
Getúlio, tendo trazido a Volta Redonda os artistas que desenvolveram o projeto.
Tal era a semelhança de Aristides de Souza Moreira com Getúlio Vargas, que em
uma das visitas do Presidente a Volta Redonda, foi o mesmo apresentado com seu ir-
mão, tendo sido fotografado e a foto ficado em poder da Sra. Maria dos Anjos, seguidora
de Getúlio e já falecida.
Para os jovens que hoje residem em Volta Redonda, torna-se necessário unir a
figura de Aristides Moreira e alguém que aqui reside e aqui desenvolve suas atividades,
como empresário e como homem do povo. Ninguém melhor que Altamir de Souza Moreira
que na ORMEC honra e engrandece as suas tradições, defendendo o progresso de Volta
Redonda, filho do homem que serviu de modelo para que fosse feita a estátua de Getúlio
Vargas, na Praça Brasil.
Alkindar Costa
483
CONSIDERANDO, finalmente, que se torna indispensável a coopera-
ção de outros organismos, empresas e entidades e, em especial, a Com-
panhia Siderúrgica Nacional.
DECRETA:
Alkindar Costa
485
visando à compatibilidade de sua programação e ao seu correto desen-
volvimento.
Artigo 8º - Serão, também, estabelecidos convênios e contratos com
órgãos e entidades da Administração, em suas várias esferas de Go-
verno, observada a legislação exigível e aplicável.
Artigo 9º - O Prefeito Municipal receberá periodicamente relatórios, in-
formações e dados, de forma oficial, sobre as atividades e andamento
das realizações do programa.
Parágrafo único - Sob tais propósitos, o Prefeito Municipal, através da
Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, determinará provi-
dências para a consignação em orçamento de dotação necessária ao
desenvolvimento do programa ora instituído.
Artigo 10º - O Secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos pode-
rá suplementar este Decreto, decidindo sobre os casos omissos, bai-
xando normas e instruções, sempre que necessário, para o bom anda-
mento das atividades que venham a ser programadas.
Artigo 11º - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação
revogadas as disposições em contrário.”
DECRETA:
Artº 1º - Sob a denominação de ARIE FLORESTA DA CICUTA, fica de-
clarada área de relevante interesse ecológico, a região localizada no Pla-
nalto da Bacia Média do Rio Paraíba do Sul, Município de Volta Redon-
da, no Estado do Rio de Janeiro, com as delimitações geográficas cons-
tantes do artigo 2º, deste Decreto, destinada a proteger e preservar as
espécies raras e diversificadas da biota local.
Artº 2º - A ARIE FLORESTA DA CICUTA tem as seguintes delimitações
geográficas: Limita-se ao norte com a Fazenda Santa Cecília, com 658,06
m (vértices 12 a 17); ao sul com terrenos de terceiros, com 1.360,34 m
486 (vértices 43 a 1); a leste com a Fazenda Santa Cecília, com 1.860,04 m
Alkindar Costa
487
no polígono, atinge um valo e segue por ele até encontrar o vértice 43,
materializado por um marco de pedra bruta, situado na margem do valo,
na (Lat. S 22°33’16”,4 e Long. W 44°05’42”,2). A distância total da cerca-
divisa entre os vértices 17 e 43 é de 1.414,69 m. No vértice 43 a divisa
deflete para a esquerda, segue pela cerca existente, passa pelo marco 5
da divisa primitiva, atravessa um córrego, passa pelo marco 6 da divisa
primitiva, passa sob as linhas de alta tensão de Furnas e segue até atin-
gir o vértice 48, localizado no Alto da Cicuta e materializado por um
marco de pedra bruta, na Lat. S 22°33’26”,4 e Long. W 44°05’26”,0; daí,
desce floresta a dentro pela cerca, até chegar no vértice 61, na margem
esquerda do Rio Brandão, nas proximidades da cachoeira do mesmo
rio, na Lat. 22°33’24”,2 e Long. 44°05’14”,2; daí desce rio abaixo até o
vértice 62, situado na barra do Córrego da Cachoeirinha, na Lat. S
22°33’22”,8 e Long. W 44°05’13”,5; neste vértice, a divisa deixa o Rio
Brandão e sobe pelo eixo do Córrego Cachoeirinha até encontrar a cer-
ca da divisa primitiva no vértice 69, na margem do córrego; daí, segue
pela cerca até o morro conhecido outrora como “alto do Moinho Ve-
lho”, onde atinge novamente o vértice 1, ponto de partida desta descri-
ção, após percorrer a extensão de 1.360,34 m entre os vértices 43 e 1.
Art. 3º - A abertura de estrada na ARIE FLORESTA DA CICUTA depen-
derá de aprovação do Presidente da República.
Art. 4º - Caso seja constatado, na ARIE FLORESTA DA CICUTA, a exis-
tência de jazidas minerais de grande importância para a economia do
País, o Presidente da República poderá redelimitá-la, sem prejuízo de
sua extensão total, a fim de permitir a exploração de tais jazidas.
Art. 5º - A destruição da biota na ARIE FLORESTA DA CICUTA consti-
tuirá degradação da qualidade ambiental, punível na forma da Lei nº
6.938, de 31 de agosto de 1981, e dos Decretos nºs 88.351, de 01 de
junho de 1983, 89.336 de 31 de janeiro de 1984, e 89.532, de 06 de abril de
1984.
Art. 6º - A ARIE FLORESTA DA CICUTA será supervisionada, adminis-
trada e fiscalizada pela Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA,
do Ministério do Interior, que tomará as providências necessárias para
esse fim, conforme dispõe a legislação federal específica.
Parágrafo único - A administração e fiscalização da ARIE FLORESTA
DA CICUTA será exercida pela SEMA em articulação com a Companhia
Siderúrgica Nacional, proprietária das terras, com a Prefeitura Munici-
pal de Volta Redonda e com o Estado do Rio de Janeiro.
Art. 7º - A SEMA, expedirá as instruções normativas necessárias ao
cumprimento deste Decreto.
Art. 8º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 09 de janeiro de 1985; 164º da independência e 97º da Repúbli-
ca.”
JOÃO FIGUEIREDO
“Mário David Andreazza”
488 Volta Redonda Ontem e Hoje
Em 20 de janeiro de 1990 a edição nº 875 do Jornal do Vale registrou que o Execu-
tivo Municipal estava anunciando a construção de uma grande represa na Floresta da
Cicuta, gerando uma ofensiva contra o projeto pela Associação de Biologia, muito embo-
ra a obra ainda estivesse em fase de projeto pela firma paulista Hidroconsult.
A ofensiva originou-se em razão dos termos do Decreto Federal nº 90.792.
Foi feita a alegação de que a construção de uma represa e de um parque no interior
da Floresta da Cicuta causaria um impacto de grandes proporções no eco-sistema local.
O local em questão já foi declarado área de lazer em meados dos anos 70; na
década de 80, a floresta serviu de palco de manobras militares, realizadas por soldados
do 22º BIMTz.
A má utilização da Floresta pelo homem, contribuiu para a sua destruição bastante
destacada, quase perdendo por completo a sua identidade com uma das últimas flores-
tas da Mata Atlântica da região.
No local foram identificados cágado-de-hoge e bugioruivo, que já estão praticamen-
te extintos das florestas brasileiras, outras espécies em fase de extinção devem existir no
local.
Nos dias atuais, a “Cicuta” recebe a proteção da “Fundação CSN”.
Na área ambiental, a Lei Municipal 2.736 de 01/04/1 992, determinou o tombamento
por valor ecológico, da encosta da margem esquerda da Avenida Francisco Torres, até a
divisa do Bairro São Luiz, para que toda essa área ficasse preservada, no bairro Pinto da
Serra.
Pelo Decreto no. 3.126 de 05/05/1 989 foram declaradas Áreas de Proteção
Ambiental, Paisagistica e Ecológica, a mata existente nas terras do Sítio dos Carvalhos,
da Fundação Beatriz Gama e a Fazenda Santa Cecilia do lngá, de propriedade do Municí-
pio.
Com 211 hectares, a Fazenda Santa Cecília do lngá é a maior área verde do Muni-
cípio. Foi adquirida pela Prefeitura Municipal de Volta Redonda em 14/09/55, para o apro-
veitamento do seu potencial hidríco, pois passou a abastecer parte do então núcleo urba-
no. Para evitar a degradação ou desvio de sua finalidade, foi assinado um convênio com
o Ministério da Agricultura, em 1962, para criação do Parque Florestal Municipal, condição
que permaneceu até 1988, quando foi transformada em Área de Proteção Ambiental pela
Lei Orgânica Municipal.
Cerca de 90 hectares são cobertos com mata atlântica nativa e trechos refloresta-
dos. A manutenção legal desta reserva está em proteger a biodiversidade dos
ecossistemas dela inerentes e atuar como reguladora da qualidade do ar na região.
Em 1993, a COORDEMA implementou na reserva do lngá, o Horto Municipal para a
produção de mudas de espécies arbóreas apropriadas para a arborização urbana, reflo-
restamento, contenção de enconsta e recuperação de área degradada.
Hoje, o Horto Municipal de Volta Redonda é o maior do Sul do Estado, com produ-
ção de mais de 8 mil mudas por mês.
A produção é utilizada pela Prefeitura e distribuída através do Centro de Distribuição
Permanente, situado na COORDEMA, à população , associações, escolas e entidades
ecológicas e comunitárias.
Alkindar Costa
489
Para zelar pelo patrimônio ambiental de forma mais adequada, a Prefeitura criou o
Grupamento Ambiental da Guarda Municipal.
Treinados para a vigilância do patrimônio ambiental, os componentes desse
grupamento receberam conhecimentos sobre a legislação e noções de manejo e
desativação de armas de caça e pesca. Atualmente, trabalham na Fazenda Santa Cecilia
do lngá, no Zoológico Municipal, na ronda dos rios e das zonas de interesse ecológico.
Alkindar Costa
491
Sede da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda
(Praça Pandiá Calógeras ). Lei Municipal n° 2.909 de 11/06/1993, de autoria
do Vereador Genilson Pereira da Silva. Valor Cultural.
Hotel Bela Vista ( bairro Bela Vista) - Lei Municipal n° 3.369 de 06/10/1997,
de autoria do vereador Milton Carlos Moreira da Silva. Valor Histórico,
Arquitetônico.
As belas formas do
Hotel Bela Vista
tornam-no um dos
belos cartões postais
da cidade, além de
destacar suas formas
que fizeram dele um
marco arquitetônico
em Volta Redonda.
Foto Digital: Jader Costa
Alkindar Costa
493
Os legisladores da cidade cogitaram, também, o tombamento da primeira sede da
Prefeitura e Câmara Municipal de Volta Redonda, já desfigurada e em 2002 ocupada por
um estacionamento rotativo. O que até a presente data ainda não foi atendido.
A Administração Antônio Francisco Netto, pela primeira vez na história da Cidade
do Aço, reservou atenção especial ao chaminé ao lado do Viaduto N.S. das Graças,
recuperando-o integralmente. No local funcionou uma usina de aguardente, posteriormente
adquirida e transformada em laticínio pelo Cel. Aprígio Cravo. Cabe ressaltar que a
Chaminé em questão não é da “Olaria” (já demolida e que ficava na Avenida da Integração,
antiga A. Barreiros.
Na Praça Brasil, resguardada pela Lei Municipal n° 2278 de 22 de março de 1988, a
administração Wanildo da Carvalho fez incluir uma escultura do artista plástico Roberto
Moriconi, construída em aço corten com cinco metros de altura, denominada” O Casulo
do Dragão “. Recebeu para a sua efetivação a participação de Wanderley Dias de Moura,
Oswaldo Moreira, José da Silva Dias e Darci Verre, como marco das comemorações da
Cidade. Tal monumento foi transferido para o início da Avenida que liga Volta Redonda a
Rio São Paulo, na altura da sede da Associação Atlética Comercial.
Na Praça Brasil, também pela Administração Wanildo de Carvalho, foi em 27 de
outubro de 1989, instalado dois grandes murais de 36 metros quadrados cada um, de
autoria do artista plástico carioca Rubens Gerchman, denominados “Multidões”.
Os Murais foram confeccionados com vigas, vergalhões e chapas de aço que
apresentam um ligeiro movimento provocado pelo vento.
Suas duas multidões, olhando uma para a outra, na visão do artista, falam de um
trabalho que demorou seis meses e foi desenvolvido na Escola Técnica Padiá Calogeras,
da CSN, por uma equipe de 20 engenheiros químicos e metalúrgicos. Ditos murais foram,
posteriormente, transferidos para a llha São João, nas proximidades das instalações da
Secretaria Municipal de Cultura.
Existe na Cidade, também, o Memorial Nove de Novembro, localizado na Praça em
frente a entrada principal para a Companhia Siderúrgica Nacional, na Vila Santa Cecília,
de autoria de Oscar Niemeyer, monumento que foi atingido por uma explosão terrorista. O
monumento foi reerguido aos pedaços. Não se discute os aspectos sindicais e políticos
que envolvem o assunto. No entanto por se tratar de um “monumento”, deveria ser
reconstruído e conservado, especialmente por encontrar-se em pleno centro da Vila Santa
Cecília.
Uma escultura de Zumbi dos Palmares foi elaborada por Rogério Mason em 1989,
estando localizado no Memorial na Vila Santa Cecilia, projetado em 1989 pelo arquiteto
Celso Dalbelo.
Em frente as Lojas Americanas, na Vila Santa Cecília, está localizado um busto sem
placa, homenagem prestada ao Presidente da CSN em 1950/1954, cal. Sylvio Raulino de
Oliveira.
Dois marcos rotários estão contruídos na Cidade pelo R.C. Volta Redonda Leste, a
saber:
Rua 207 ( entrada da Cidade - chegada de São Paulo ) – inaugurado em
07-12-1980, na administração do Governador Wanildo de Carvalho.
Marco rotário na confluência do Viaduto Heitor Leite Franco e o Bairro
São Geraldo. Projeto do Governador Wanildo de Carvalho, construção e
A Fonte Luminosa na
Praça Brasil, continua
encantando visitantes
e com sua iluminação
especial traz a tona
gratos momentos.
Foto Digital: Jader Costa
Alkindar Costa
495
Após a revitalização, a
antiga Chaminé de
1903, que marca a
história industrial do
município, ganhou uma
iluminação especial e
um piso para receber
os visitantes.
Acervo PMVR.
A bandeira do Município de Volta Redonda foi idealizada pelo Dr. Miguel Barroso do
Amaral. Acompanhando, essencialmente, o pensamento do poeta Guilherme de Almeida,
autor do brasão da Cidade do Aço, o ilustre projetista conseguiu relatar simples e clara-
mente, desde a origem, a história econômica do nosso Município.
Alkindar Costa
497
Assim, vemos a primeira riqueza da antiga Volta Redonda, simbolizada nas listas
brancas e amarelas, representativas do Rio Paraíba, - listas brancas - que proporciona-
vam toda a grandeza desse imenso vale, concretizando-se, mercê do trabalho de seus
habitantes, em riquezas crescente - oito listras amarelas.
Encontramos no retângulo negro, composto em um dos cantos superiores da ban-
deira, sobre a qual ressalta um feixe de raios amarelos, a imagem perfeita da nossa
economia atual, a dinamização da indústria pesada que faz de Volta Redonda um dos
mais importantes centros da América do Sul, hoje conhecido do mundo inteiro.
Com esta descrição entendemos que, os dois símbolos - brasão e bandeira - se
completam, caracterizando de forma marcante a destinação histórica do Município de
Volta Redonda.
A Bandeira Municipal foi instituída pela Deliberação nº 164, de 30-12-1957.
O brasão de armas do Município de Volta Redonda foi elaborado pelo paulista, es-
critor e poeta, Guilherme de Almeida, da Academia Brasileira e Paulista de Letras, uma
das mais abalizadas autoridades no campo de heráldica.
Determina a Deliberação nº 141, de 2 de março de 1957, em seu artigo 2º:
“Este Escudo de Armas terá a forma abaixo discriminada: ESCUDO
português de sabre com um feixe de raios de ouro dentro de uma orla
de prata rompida no chefe. Coroa natural de ouro de quatro torres,
ameias e sua porta cada uma. Tenentes: dois cíclopes com seu malho
sobre bigorna por terraço, tudo ao natural. Divisa: FLUMEN FULMINI
FLEXIT de ouro em fitão de sinopla”.
Alkindar Costa
499
Com a descrição feita, entendemos que os dois símbolos, Bandeira e Brasão, se
completam, caracterizando de forma marcante a destinação histórica do Município de
Volta Redonda
ASPECTOS HISTÓRICOS
Alkindar Costa
501
“Artigo 1º - Fica instituído o hino oficial do Município de Volta Redonda,
sob a denominação de “HINO DE VOLTA REDONDA”, com música de
Adauto de Oliveira e letra de Sylvio Fernandes, cuja partitura musical e
texto respectivo passam a acompanhar a presente lei.
Artigo 2º - O ensino e canto do “HINO DE VOLTA REDONDA” serão
obrigatórios em toda a rede escolar do 1º e 2º graus do Município de
Volta Redonda, cabendo aos órgãos de ensino da Municipalidade a sua
permanente divulgação.
Artigo 3º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas
as disposições em contrário.”
Partitura musical do
Hino oficial da Cidade
do Aço
No detalhe, Sylvio
Fernandes de Oliveira
e Adauto de Oliveira
compuseram
respectivamente a
letra e música do Hino
Oficial do Município
de Volta Redonda
Acervo Alkindar Costa
I
Vibra feliz, numa alegria imensa,
o coração de aço do Brasil,
sem que da luta o forte embate o vença
ou lhe enfraqueça o porte varonil.
Brasil, Brasil, Brasil,
tu estás aqui no bloco rijo de aço
crescendo na grandeza do compasso
do nosso coração primaveril.
II
Volta Redonda é o Brasil
do Amazonas ao Prata
crescendo em valores mil,
é tudo o que mais retrata
um grito de heroicidade,
um sonho feito verdade.
III
O lema do trabalho aqui se inflama
dentro dos fornos de matéria bruta
donde a riqueza em rios se derrama
para a grandeza de uma Pátria adulta.
Brasil, Brasil, Brasil,
Volta Redonda é o teu formoso grito,
forte, garboso, e sempre o mais viril,
que se eleva e destaca até o infinito.
Alkindar Costa
503
CLUBES DE SERVIÇO
Rotary Clubs
Sede da Casa da
Amizade de Volta
Redonda, onde se
reunem Rotary Clubes
da Cidade do Aço.
Foto Digital: Jader Costa
Lions Clubes
Alkindar Costa
505
Maçônaria
Alkindar Costa
507
VOLTA REDONDA EM NÚMEROS
Índice
Índice
Alkindar Costa
3
EMANCIPAÇÃO
Índice
Alkindar Costa
5
LEGISLATIVO MUNICIPAL
Índice
Alkindar Costa
7
EXECUTIVO MUNICIPAL
PODER JUDICIÁRIO
O PODER JUDICIÁRIO DE VOLTA REDONDA
ANTECEDENTES E DESENVOLVIMENTO ........................................................ 309
1. JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA: ...................................... 314
2. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ........................................................... 314
3. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO ................................................... 315
4. PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL ............................................................ 315
5. FORUM II - JUIZADOS ESPECIAIS .......................................................... 315
6. MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ................. 315
7. DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ................ 316
8. PROCURADORIA SECCIONAL DA FAZENDA NACIONAL ..................... 316
9. ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO ............................................................... 316
10.PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ............ 316
JUÍZES DE DIREITO NA COMARCA DE VOLTA REDONDA................................ 317
PROMOTORES DE JUSTIÇA NA COMARCA DE VOLTA REDONDA ................. 320
DEFENSORES PÚBLICOS NA COMARCA DE VOLTA REDONDA .................... 324
JUÍZES DE PAZ NA COMARCA DE VOLTA REDONDA ........................................ 327
Índice
Índice
Alkindar Costa
11
IMPRENSA
A IMPRENSA DE VOLTA REDONDA .................................................................... 412
IMPRENSA FALADA ............................................................................................... 421
RÁDIO SIDERÚRGICA NACIONAL ........................................................................ 421
IMPRENSA TELEVISADA ...................................................................................... 427
TV RIO SUL ........................................................................................................... 431
ESPORTE
OS PRIMÓRDIOS ESPORTIVOS ......................................................................... 439
A FUNDAÇÃO DA LDVR ........................................................................................ 440
OS PRESIDENTES DA LDVR ............................................................................... 443
O VOLTA REDONDA FUTEBOL CLUBE .............................................................. 450
SEGURANÇA
ASPECTOS DE SEGURANÇA DA CIDADE ......................................................... 453
TIRO DE GUERRA Nº 01/004 - TG-01/004............................................................ 453
CORPO DE BOMBEIRO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ............................ 453
DELEGACIA DE POLÍCIA DE VOLTA REDONDA ................................................. 454
DELEGACIA ESPECIALIZADA AO ATENDIMENTO DA MULHER ......................... 454
CASA DE CUSTÓDIA ............................................................................................ 454
GUARDA MUNICIPAL - PMVR ................................................................................ 455
Índice DEFESA CIVIL ....................................................................................................... 456
POLICIA MILITAR ................................................................................................... 456
12 Volta Redonda Ontem e Hoje
ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO
ASPECTOS ECONÔMICOS ................................................................................. 363
DISTRITO INDUSTRIAL ......................................................................................... 364
A REDE BANCÁRIA DE VOLTA REDONDA .......................................................... 478
A REDE HOTELEIRA DE VOLTA REDONDA ....................................................... 479
HABITAÇÃO
BAIRROS DE VOLTA REDONDA .......................................................................... 368
NÚCLEOS DE POSSE .......................................................................................... 371
ASSOCIAÇÕES DE MORADORES EM VOLTA REDONDA ................................ 434
RECREAÇÃO
OS CINEMAS DA CIDADE ..................................................................................... 457
OS CLUBES SOCIAIS DE VOLTA REDONDA ...................................................... 463
RELIGIÃO E SERVIÇO
ASPECTOS RELIGIOSOS .................................................................................... 466
CULTO CATÓLICO ....................................................................................... 467
CULTO EVANGÉLICO .................................................................................. 471
CULTO ESPÍRITA ......................................................................................... 476
CLUBES DE SERVIÇO ......................................................................................... 504
Rotary Clubs ................................................................................................. 504
Lions Clubes ................................................................................................. 505
MAÇONARIA .......................................................................................................... 506
ASPECTOS GERAIS
ESTRUTURA NATURAL ........................................................................................ 333
ASPECTOS FÍSICOS E GEOGRÁFICOS ............................................................. 333
FISIOGRAFIA ......................................................................................................... 335
TECTÔNICA........................................................................................................... 338
Índice
CLIMA E FENÔMENOS ESPECIAIS ...................................................................... 339
HIDROLOGIA ......................................................................................................... 341
Alkindar Costa
13
DEMOGRAFIA ........................................................................................................ 344
OS LIMITES DE VOLTA REDONDA x BARRA MANSA x PIRAÍ E PINHEIRAL .... 346
LIMITES DE VOLTA REDONDA COM BARRA MANSA, BAIRROS E RUAS ........ 355
LIMITES VOLTA REDONDA x PIRAÍ X PINHEIRAL ................................................ 357
PINHEIRAL EMANCIPA-SE DE PIRAÍ .................................................................... 362
VOLTA REDONDA - INFORMAÇÕES GERAIS ..................................................... 509
Índice
A Igreja Matriz de São Sebastião de Barra Mansa (1859-1959) - J.B. de Athayde - 1960
Anuário Estatístico do Estado do Rio de Janeiro - CIDE - SECPLAN - 1977-1987
Arigó - O Pássaro que vem de longe - Revista do Centro de Memória Sindical - 1989
Associação Comercial, Industrial e Agro-Pastoril de Volta Redonda - relatório da Diretoria - 1965-1968
Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra - ADESG - Manual de Ciclos - V.R. - 1975
Bases para o Plano Municipal de Educação - PMVR - 1977
Batalhão do Aço - Revista do 22º BIMtz (Barra Mansa) - 1985-1986
Boletim Informativo da ACIAP-VR nºs 2, 3, 5 e 9
Censo Demográfico do Estado do Rio de Janeiro - IBGE - 1970, 1980 e 1991
Comissão Executiva do Plano Siderúrgico Nacional - Relatório - 1940/1941
Constituição da República Federativa do Brasil
Constituição do Grande Oriente do Brasil - GOB
Controle da Utilização dos Recursos Hídricos do Paraíba de Sul - Ministério do Interior - 1979
Diagnóstico Educacional da Rede Escolar Municipal de Volta Redonda - 1º Grau - IPPU/PMVR - 1977
Diário Oficial de União - 10/01/1985
Inauguração do
Monumento à Bíblia no
Viaduto N. S. das
Graças, em 13/06/
1976. Na foto a figura
do prefeito Nelson dos
Santos Gonçalves e a
esquerda Samuel
Antônio de Paula Reis,
lider evangélico e
comunitário, se
preparando para usar
da palavra.
Acervo Ezechias Tenório
Pesquisas Diretas
Depoimentos Pessoais.