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SEAD - GO

Realidade Étnica, Social,


Histórica, Geográfica,
Cultural, Política
e Econômica do
Estado de Goiás
e do Brasil
Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Realidade Étnica, Social, Histórica, Geográfica, Cultural, Política e Econômica do
Estado de Goiás e do Brasil
Cleber Monteiro

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Realidade Étnica, Social, Histórica, Geográfica, Cultural, Política e Econômica do
Estado de Goiás e do Brasil........................................................................................................................................4
Primeiras Bandeiras no Território Goiano..........................................................................................................4
A Agropecuária nos Séculos XIX e XX..................................................................................................................5
Transformações Econômicas com a Construção de Goiânia e Brasília.............................................6
Modernização da Agricultura e Urbanização do Território Goiano......................................................7
Coronelismo no Goiás.. ...................................................................................................................................................8
Aspectos Culturais do Goiás......................................................................................................................................9
Povoamento e Movimentos Migratórios no Goiás........................................................................................9
Hidrografia no Goiás.. ....................................................................................................................................................12
Relevo....................................................................................................................................................................................12
Clima.......................................................................................................................................................................................12
Vegetação............................................................................................................................................................................13
Questões de Concurso.................................................................................................................................................14
Gabarito...............................................................................................................................................................................29
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................30

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Realidade Étnica, Social, Histórica, Geográfica, Cultural, Política e Econômica do
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Cleber Monteiro

Apresentação
Olá, querido(a) Aluno(a)! Como você está? Na nossa Aula 80/20, o objetivo é tornar a sua
preparação mais eficiente e objetiva. Primeiramente, iremos analisar o edital que normatiza o
certame do SEAD/GO. Você perceberá que o conteúdo programático é extenso, abrangendo
muitos tópicos em caráter histórico e geográfico.
De modo a extrair os conteúdos mais relevantes, analisei as últimas provas da banca que
inseriu essa disciplina em seu edital e extraí os temas mais recorrentes em uma amostragem
dos últimos 5 anos. Portanto, irei direcionar a sua preparação para o que é mais cobrado, indo
direto ao ponto. Apenas uma observação: esta Aula 80/20 pressupõe uma articulação com os
conteúdos abordados em meu curso de história e geografia do Goiás (aulas autossuficientes
em PDF, Gran Cursos Online). Otimizaremos ao máximo sua preparação, direcionando as suas
forças para os conteúdos mais cobrados pela banca e aumentando sua área de conhecimento
sobre diversos tópicos. Vamos nessa?

Análise do Edital do Concurso Público do SEAD/GO

Segundo o Edital n.º 1 – SEAD/GO, abrange os seguintes conteúdos:

Realidade étnica, social, histórica, Geográfica, Cultural, política e econômica do Estado de Goiás e
do Brasil: Formação econômica de Goiás: a mineração no século XVIII, a agropecuária nos séculos
XIX e XX, a estrada de ferro e a modernização da economia goiana, as transformações econômicas
com a construção de Goiânia e Brasília, industrialização, infraestrutura e planejamento. Aspectos
físicos do território goiano: vegetação, hidrografia, clima e relevo. Aspectos da história política de
Goiás: os bandeirantes e a colonização, o coronelismo e oligarquia na República Velha, a Revolu-
ção de 1930, aspectos políticos e administrativos de 1930 até os dias atuais. Aspectos da História
Sociocultural de Goiás: o povoamento branco, os grupos indígenas, a escravidão e cultura negra,
os movimentos sociais no campo e a cultura popular goiana. Atualidades econômicas, políticas,
sociais e culturais do Brasil, especialmente do Estado de Goiás.

Como o objetivo agora é otimizar a sua preparação, abordarei de forma objetiva e concisa
os conteúdos mais relevantes para a sua avaliação, analisando os principais acontecimentos
de cada tópico. E lembre-se: se algo foi extremamente importante ou marcante, aumenta as
chances de cair em sua prova. Sem mais delongas, vamos iniciar nossa aula 80/20 e turbinar
sua preparação para o SEAD/GO.

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REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA,


CULTURAL, POLÍTICA E ECONÔMICA DO ESTADO DE
GOIÁS E DO BRASIL
Primeiras Bandeiras no Território Goiano
O início da história do Goiás ocorreu com o avanço os bandeirantes, oriundos de São Paulo,
na procura por ouro, no final do século XVII e início do século XVIII. O encontro entre nativos
indígenas, negros e os bandeirantes foi importante para a formação cultural do Estado, deixan-
do como herança diversas cidades históricas, como Corumbá de Goiás, Pirenópolis e Goiás,
antiga Vila Boa e primeira capital do Goiás. O nome do Estado tem sua origem na sociedade
indígena “guaiás”, que é do termo tupi “gwaya”, que significa “indivíduo igual, gente semelhante,
da mesma raça”.
Bartolomeu Bueno da Silva, denominado pelos indígenas como Anhanguera, foi o primeiro
bandeirante a ocupar o Goiás. Mas a região já era conhecida e estava presente na rota dos Ban-
deirantes durante o primeiro século de colonização. As primeiras Bandeiras tinham o objetivo
de explorar o interior procurando riquezas minerais e, também, para a captura de índios.

Os nativos, assustados, entregaram a localização das minas e apelidaram Bartolomeu de


“Anhanguera”, que em tupi quer dizer “Diabo Velho”. Antes de irem embora carregando o ouro,
levaram algumas dezenas de indígenas como escravos. Assassinaram outra centena deles.

A expedição de Bartolomeu Bueno da Silva saiu de São Paulo com a meta de conseguir
novas riquezas pelo interior do Brasil, até chegar em terras desconhecidas, onde atualmente é
o estado do Goiás. Bartolomeu ficou surpreso com os adereços feitos com ouro que cobriam
os índios. O bandeirante perguntou a uma indígena a origem do ouro, mas os nativos não for-
neceram a informação desejada. Indignado, ele encheu um recipiente com álcool e ateou fogo,
e disse aos índios que aquilo que queimava era sua água e que, se não falassem onde estava
o ouro, iria colocar fogo em toda água da aldeia. Os nativos ficaram assustados e entregaram
onde ficavam as minas.
Anos depois, os bandeirantes organizaram uma nova expedição para explorar o território,
sendo Bartolomeu um superintendente das minas, e João Leite da Silva Ortiz o guarda-mor. A
primeira região ocupada foi a do Rio Vermelho, onde foi criaram o arraial de Sant’Ana, poste-
riormente chamado de Vila Boa e mais tarde de Cidade de Goiás.
Até a fundação da Capitania do Goiás, no ano de 1748, a região foi marcada por conflitos
entre colonizadores e os povos indígenas. A política da Coroa Portuguesa relativa aos nativos
recomendava às autoridades coloniais todo o empenho nos trabalhos de conversão e catequi-

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zação dos índios. A escravização do nativo, em tese, só era admitida como exceção, na hipóte-
se de resistência do índio a colonização, o que se chamava à época de “guerra justa”.
A partir de 1725 o território goiano começou a sua produção aurífera. Vários arraiais
foram se formando onde ocorriam as novas descobertas, sendo o ouro extraído
fundido na Capitania de São Paulo. À medida que vão surgindo novos descobertos os
arraiais vão se multiplicando por todo o território.
A partir da década de 1760, ocorreu uma acentuada redução na produção de ouro, o que
acarretou políticas agressivas por parte dos governadores para expandir a área em busca de
novos descobertos, ocasionando guerras ofensivas e o aldeamento milhares de indígenas.
Com a expansão colonial, outras populações foram afetadas, como Karajá, Javaés e Xavante.
A redução da produção do ouro no Goiás teve como principais fatores os tributos abusivos
cobrados pela Coroa Portuguesa, que ocorria de 3 formas: através da cobrança do um quinto,
ou seja, 20% sobre a produção; ou cobrança por número de escravos na produção; ou derrama,
pagamento mínimo obrigatório de 1.500 kg/ano. Além disso, houve o esgotamento dos veios
auríferos superficiais, escassez de mão de obra e os equipamentos adequados, desmotivando
os mineradores goianos e incentivando os contrabandos.
Em suma, o ciclo do ouro significou para o Goiás a expansão, ocupação e principal ativi-
dade territorial durante cinquenta anos. O ouro serviu de moeda de troca, gerando renda para
investimentos, gastos e importação de diversos produtos manufaturados, melhorando a co-
municação e estabelecendo a rede comercial.

A Agropecuária nos Séculos XIX e XX


Dom João VI concedeu vários incentivos, entre eles a isenção dos lavradores do rio Tocan-
tins, Araguaia e Maranhão do dízimo ao transporte de mercadorias, estimulou a navegação no
rio Araguaia e Tocantins, construiu presídios para dar segurança ao comércio dos rios e revo-
gou o alvará que proibia a implantação de manufaturas no Brasil.
Apesar de todos esses incentivos, a atividade que realmente evoluiu e perdura até hoje foi
a pecuária, devido aos investidores com capital por consequência do ciclo do ouro, as terras
favoráveis à pecuária, a necessidade de pouca mão de obra, navegação fluvial que ajudaria no
transporte do gado e a comercialização do animal ou do charque.
Com a nova atividade econômica recém-criada, surgiu a imagem do vaqueiro, que com cin-
co anos de serviço, tinha direito de 25% sobre o rebanho, sendo que a agropecuária extensiva
garantiu a permutação do trabalho escravo pelo livre.
A economia camponesa (mercado onde comercializa os produtos advindos da roça) só
chegou ao Goiás nas primeiras décadas do século XX, com a chegada das famílias de imi-
grantes de Minas Gerais e das aberturas das zonas pioneiras. Só se pode falar desse tipo de
economia nessa época pois a agricultura representava mais da metade da produção total e
grande parte da população vivia engajada nessas tarefas.

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Transformações Econômicas com a Construção de Goiânia e Brasília


Com a Proclamação da República em 1889, passou-se a discutir a transferência da capital
goiana da cidade de Goiás, criada no século XVIII. A Constituição de 1891, manteve a capital
na antiga região aurífera, mas com o fim do período do ouro, a velha Goiás, antiga Vila Boa,
desandou a perder a hegemonia econômica e cidades envolvidas com a criação de gado e agri-
cultura, localizadas mais ao Sul do Estado, passaram a ter mais importância do que a capital.
A revolução de 1930, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, fez
com que Getúlio Vargas torna-se chefe do Governo Provisório, revogou a Constituição de 1891
e passou a governar por decretos.
Pedro Ludovico se opôs a oligarquia política da época, decidindo que era hora de mudar a
capital de Goiás. Para Pedro, era necessário impulsionar a ocupação do Estado, direcionando
os excedentes populacionais para espaços demográficos vazios na tentativa de aumentar a
produção econômica.
Em 1932, Pedro Ludovico instituiu uma comissão, presidida por D. Emanuel Gomes de Oli-
veira, que deveria discutir e escolher o melhor local para a construção da nova capital. A resis-
tência da oposição a Pedro Ludovico considerava dispendiosa e desnecessária a mudança da
capital, porém o interventor e a cúpula dos revolucionários de 1930, consideravam a constru-
ção de uma nova cidade como investimento e não gastos desnecessários.
Inicialmente, Goiânia foi projetada para 50 mil habitantes, experimentando assim um cres-
cimento moderado até 1955. Entretanto, devido a uma série de fatores, como a chegada da
estrada de ferro, em 1951, a retomada da política de interiorização de Getúlio Vargas, de 1951
a 1954, a inauguração da Usina do Rochedo, em 1955, e construção de Brasília, de 1954 a 1960,
apresentou um crescimento demográfico acelerado, tendo cerca de 150 mil pessoas na nova
capital em 1965.
Uma ação mais expressiva com vistas à integração do território nacional pôde ser perce-
bida quando Juscelino Kubitschek (JK) assume a presidência da república, em 1956. Durante
seu governo, diversas questões que até então tinham apenas ficado no discurso ou registradas
em documentos começaram a se concretizar, como por exemplo, a construção de Brasília.
Juscelino Kubitschek ressaltou as demandas por um Estado racional, capaz de superar
os infortúnios que, durante séculos, teimavam em perseguir o Brasil. JK em seus discursos
condenou o atraso e a de desarticulação do território brasileiro ao extermínio, por meio de um
planejamento pautado em uma racionalidade instrumental, produtora de um novo país.
Brasília acabou se tornando o ponto no qual tornaria as distâncias menos desiguais, eman-
ciparia o território nacional, garantindo a implementação da infraestrutura necessária a uma
existência mais técnica, sendo, portanto, um divisor de águas.
A construção de Brasília em terras goianas gerou um surto migratório de pessoas para
morar na nova capital, nas Regiões Administrativas ou ainda no entorno de Brasília.

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Dessa forma, o estado do Goiás tem uma mancha urbana acentuada entre Goiânia e Bra-
sília/DF. As duas cidades hoje são consideradas metrópoles importantes. Goiânia, capital do
Estado de Goiás, tem atualmente, aproximadamente, 1.550.000 habitantes, sem considerar a
sua Região Metropolitana. Já o Distrito Federal tem uma população aproximada de 3.093.000
habitantes.

Modernização da Agricultura e Urbanização do Território Goiano


A partir de 1970, o estado de Goiás passou por um amplo processo de modernização pro-
dutiva e econômica. As áreas de Cerrados, principalmente na região Centro-Oeste, sofreram
alterações importantes em sua estrutura produtiva.
As principais causas destas mudanças foram a modernização das técnicas produtivas
da agricultura e pecuária e a incorporação da lógica das indústrias no campo. Os produtos da
agropecuária passaram a ser processados pela indústria e foi ampliada a utilização de merca-
dorias industrializadas no manejo produtivo. Isto é, a modernização da agricultura foi marcada
pela grande utilização de máquinas e técnicas modernas nos cultivos, criações e abatimentos
de animais.
Mas, todo esse avanço agravou um problema histórico no país: elevação da concentração
fundiária. Pequenos e médios produtores rurais venderam ou arrendam as suas propriedades
para as grandes agroindústrias, inclusive com o aumento de operação das multinacionais.
Consequentemente, ocorreu um aumento significativo dos fluxos migratórios, destacando ini-
cialmente o êxodo rural, ou seja, a população migrando do campo para a cidade.
Com o crescimento das atividades de pecuária e agricultura no sul, sudoeste e leste, a
constituição de Goiânia provocou novo eixo de deslocamento geográfico rumo ao centro do
estado. A nova capital incentivou o fluxo migratório para Goiás, criando oportunidades comer-
ciais, industriais e de serviços, com isso atraindo não só trabalhadores, mas também empre-
sários de outros estados.
A nova capital exigiria um notável investimento em construções de prédios públicos, co-
merciais e residenciais, infraestrutura de transportes, comunicações, saneamento, aeroportos,
segurança, educação e saúde, dentre outras, além, é óbvio, de mão de obra básica, técnicos,
profissionais de nível superior, professores, motoristas etc.
Foi a grande chance de expansão da indústria goiana. As rodovias federais iniciaram a
integração com Brasília e, no fim dos quatro anos da construção, em 1960, o estado de Goiás
estava interligado a quase todas as capitais brasileiras.
Os principais motivos que levaram a sociedade goiana a acreditar em seu processo de in-
dustrialização foram: o aumento contínuo da produção agropecuária através da incorporação
de novas terras para exploração; a implantação da Estrada de Ferro Goiás abrindo a perspec-
tiva de deslocamento da fronteira agrícola para o oeste; o crescimento da rede rodoviária/
transportes/logística; a garantia de fornecimento da energia hidroelétrica; a formação e forma-

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lização, através de representação em entidades, de uma classe comercial e industrial ativa e


reivindicadora de progresso; o incentivo fiscal, com base no Imposto de Vendas e Consignação
(IVC), concedido pela Lei 2000, de 1958, para as indústrias pioneiras, com prazo de dez anos,
a encerrar-se em 1968; mudança de atitude das autoridades políticas, em 1971, com relação
à viabilidade da industrialização/nova política industrial; programas de assistência técnica e
de crédito dirigidos ao Cerrado brasileiro, em especial ao Centro-Oeste, pela política federal; o
ciclo moderno da mineração; o mercado consumidor; a qualificação da mão de obra industrial.
Em razão do grande fluxo de pessoas que passaram a residir em espaços urbanos foi ne-
cessário ampliar a oferta de equipamentos urbanos: saúde, educação, lazer e moradias (acar-
retando numa grande movimentação imobiliária). Além da intensificação do processo de ur-
banização (êxodo rural), ocorreu o crescimento das cidades pequenas e médias, bem como a
densificação populacional da região metropolitana de Goiânia.

Coronelismo no Goiás
Composição política

Partido Repúblicano de
Liderado pelos Bulhões
Goiás

Partido Católico de Controlado pelo Cônego


Goiás Ignácio Xavier da Silva

Partido Republicano Liderado por Sebastião


Federal Fleury Curado

Criado por José Xavier


Partido Repúblicano
de Almeida e Antônio
Federal de Goiás
Ramos Caiado

Os Bulhões ficaram comandando a política goiana entre 1870-1900, tendo como líder desta
família Félix de Bulhões. Antes da abolição da escravatura, ele surpreendeu a todos fazendo
discursos abolicionistas. Ele defendia o fim da escravidão, pois o estado de Goiás não de-
pendia mão de obra escravocrata. Fazendo com isso que a elite apoiasse a abolição, pois no
século XIX o número de escravos era baixo e a pecuária já havia se desenvolvido de forma
significativa.
A família Caiado governou o Goiás de 1912-1930, período marcado pela violência e fraudes,
pois o voto era aberto, manipulado, sendo conhecido historicamente como o voto de cabres-
to. Em Goiás, na disputa do poder político o Coronel reformado Eugênio Jardim, cunhado dos

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Caiados, repartiu com eles o mandonismo estadual. Com a sua morte, Antônio Ramos Caiado,
o famoso Totó Caiado, tornou-se o grande chefe político de Goiás. Ele foi afastado do poder
somente quando o movimento renovador de 30 garantiu sua vitória. Em Goiás, seu principal
opositor foi o médico Pedro Ludovico Teixeira.
A saída de Getúlio Vargas do poder, resultou, consequentemente, na queda de Pedro Ludo-
vico Teixeira. Mas nenhum dos dois perderam o seu prestígio, voltando ao poder nas eleições
de 1950. Em 1946, no âmbito nacional, foi eleito para a presidência da República, o General
Eurico Gaspar Dutra e no plano regional Jerônimo Coimbra Bueno. Veja na tabela abaixo, as
principais características de cada governador nesse período.

Aspectos Culturais do Goiás


A cultura do estado do Goiás é um conjunto de manifestações artístico-culturais. Atual-
mente, é caracterizada como uma das culturas mais diversificada do país, e está presente na
literatura, arte e principalmente na cultura popular, compondo um vasto universo de danças,
festas, cultos, artesanatos, cantigas, brincadeiras infantis e culinária.
Desde os casarões da cidade de Goiás, prédios centenários no interior até o acervo art déco
de Goiânia, temos uma infinidade de paisagens belíssimas que encantam e atraem turistas.
Essa riqueza histórica conta com proteção e até reconhecimento internacional. Podemos citar
como exemplo, a antiga Vila Boa, classificada pela Unesco como Patrimônio Cultural Mundial,
em 2001. O Goiás possui outros dois parques nacionais reconhecidos pela Unesco como Pa-
trimônio Natural Mundial: o da Chapada dos Veadeiros e o das Emas.
Manifestações culturais

Cavalhadas

Congadas de
Catalão
Festa do Divino
de Trindade

Catira

Povoamento e Movimentos Migratórios no Goiás


Como catalisador do processo migratório para o Centro-oeste brasileiro, existe o enfra-
quecimento da economia do Nordeste costeiro e do centro minerador que era Minas Gerais.
É indispensável citar o movimento exploratório da bandeira da família Bueno da Silva, que se
consagrou com o bandeirismo ao alcançar o Centro-oeste em 1725.

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Os movimentos migratórios constituíram os primeiros núcleos populacionais fundamenta-


dos em duas vias colonizadoras, uma pelo Sul, através dos bandeirantes paulistas que atraves-
saram o Rio Paranaíba e outra pelo Norte, formada pelos migrantes da Bahia, Pará e Maranhão,
que subiram pelo vale do Rio Tocantins. (FERREIRA E MENDES), 2009.
Para além disso, a demografia goiana tem em sua história outros grupos étnicos que aca-
baram entrando na lógica mercantil do trabalho escravo. Entre eles as civilizações indígenas
da região que era conhecida como sertões dos Guayases, o nome gerado pela presença das
populações indígenas que viviam próximas do Rio Vermelho.
Durante o século XIX, vários imigrantes vieram ocupar não os assentamentos da antiga
zona de mineração, e sim para a exploração agropecuária. Segundo Bertran (1978), o número
de habitantes decresceu em 20% com a decadência do ouro. Mas, em 1830, o contingente
demográfico aumentara, não só em função do crescimento vegetativo, mas também devido a
correntes migratórias de regiões mais próximas. Em 1824, por exemplo, Goiás contava com
62.518 habitantes e, em 1890, atingia 227.572.
A ocupação no século XIX, portanto, ocorreu em um contexto marcado pela falta de uma
legislação fundiária associada a redução da produção aurífera em Minas Gerais e Goiás. Além
disso, Minas Gerais passou por uma reestruturação em suas atividades econômicas e iniciou
a produção produtos de primeira necessidade para o abastecimento interno. Todos estes ele-
mentos foram importantíssimos para incentivar os fluxos migratórios para o norte, nordeste e,
principalmente para o sul do Goiás, provocando a ocupação definitiva de todo o seu território
no decorrer do século XIX.
Outro elemento importante que favoreceu a imigração para Goiás foi a construção da estra-
da de ferro. Os trilhos entraram no território goiano, aproximadamente 233 quilômetros, saindo
de Araguari-MG até Roncador-GO, em 1922. A ferrovia gerou modificações na área sul da re-
gião, inclusive em termos de produção agrícola, gerando negociações diretas com os merca-
dos consumidores. Ocorreu uma valorização fundiária, aumento do quantitativo demográfico e
melhoria na urbanização em toda área da ferrovia. Anos depois, a estrada de ferro chegou em
Anápolis (1935), totalizando 387 quilômetros.
A criação da nova capital, Goiânia, várias correntes imigratórias foram motivadas, que con-
sequentemente foram responsáveis pela transformação nas estruturas tradicionais do Estado.
Suas áreas foram sendo conhecidas, tornando-se atrativas para assentamento dos imigrantes
rurais que passaram a se movimentar pelo campo brasileiro. Inclusive, a propaganda governa-
mental dos anos 1930, ressaltava as possibilidades econômicas do Goiás, colaborando para
que imigrantes de outros Estados ocupassem as áreas próximas a Goiânia.
Com a criação do Distrito Federal e, a partir de 1989, com a divisão territorial de Goiás em
diferentes unidades federativas, mostrou que a densidade demográfica do Estado em 1991
ficou localizada no centro-sul da região. Essa concentração urbana em Goiás esteve em maio-
res taxas em quatro espaços: no entorno do Distrito Federal (Luziânia e Formosa), na zona do

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Mato Grosso Goiano (Goiânia e Anápolis), na área sudoeste (Rio Verde, Itumbiara e Jataí) e na
região sudeste (Catalão e Ouvidor).
Portanto, com a construção de Goiânia e a consolidação do Distrito Federal, proporcionou
um desmembramento e evolução da população de Goiás, estando sua concentração urbana
no entorno de Distrito Federal e na Região Metropolitana de Goiânia.
De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2018), a den-
sidade demográfica do estado de Goiás é de 20,35 habitantes por quilômetro quadrado. A
densidade demográfica da capital Goiânia é de 2.134,4 habitantes por quilômetro quadrado. De
acordo com o Instituto Mauro Borges (IMB) 2017, a Região Metropolitana de Goiânia e o entor-
no do Distrito Federal concentraram aproximadamente 55% da população do estado de Goiás.
Dessa forma, caracteriza-se a Região Metropolitana de Goiânia a mais densamente povoada
do estado e a região Nordeste Goiano a que apresenta menor densidade demográfica.
Goiás passa por uma intensa mudança em sua estrutura demográfica nas últimas décadas,
percebendo-se uma tendência de envelhecimento da população. Isso ocorre, principalmente,
pela constante redução nos níveis de fecundidade, melhora nos indicadores de saúde e das
condições de vida, o que se reflete numa maior expectativa de vida.

Disponível em: < https://www.imb.go.gov.br/files/docs/publicacoes/goias-em-dados/godados2017.pdf>. Acesso


em: 02 de nov. 2011.

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Hidrografia no Goiás
O Goiás tem características únicas em relação a sua hidrografia. Em seu território nascem
rios que alimentam de três importantes Regiões Hidrográficas do país -Araguaia/Tocantins,
São Francisco e Paraná – tendo como divisores de águas os planaltos do Distrito Federal e
Entorno e os altos topográficos que atravessam os municípios de Águas Lindas de Goiás, Pi-
renópolis, Itauçu, Americano do Brasil, Paraúna, Portelândia até as imediações do Parque Na-
cional das Emas.
A rede de drenagem do Goiás é densa e formada por rios de médio e grande porte, mas a
navegabilidade é, em alguns pontos, com limitações físicas de cachoeiras e corredeiras. Lem-
bre-se que no rio Paranaíba, o porto de São Simão é responsável pelo escoamento de parte
da produção agrícola do estado. Devemos ressaltar que tem alguns estudos que buscam a
navegabilidade no rio Araguaia.

Relevo
O estado tem uma grande vantagem em relação ao seu relevo. O relevo apresenta, em sua
maior parte, baixa declividade, não impedindo a ocupação e muito menos prejudicando sig-
nificativamente nas mudanças climáticas. Aproximadamente 65% da superfície do estado é
formada por terras relativamente planas (chapadões), que configuram 4 Superfícies Regionais
de Aplainamento, sendo elas apresentadas a seguir.
Superfícies Regionais de

entre 1.100 e 1.600m


Aplainamentos

entre 900 e 1.000m

entre 650 e 1.000m

entre 250 e 550m

Clima
O clima típico do estado de Goiás é o tropical, apresentando verões chuvosos e invernos
secos. As temperaturas médias variam entre 23ºC, ao norte, e 20ºC, ao sul. As duas estações
climáticas são bem definidas, apresentando um elevado índice pluviométricos entre outubro e

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abril, tendo o registro de 95% das precipitações anuais. A outra estação, o inverno, apresentam
baixos índices pluviométricos (maio a setembro), sendo que no período mais seco as precipi-
tações variam de 20 a 200mm
Durante os meses de agosto e setembro apresentam as mais altas temperaturas do ar,
com registros de médias máximas em torno de 34ºC, principalmente no noroeste do estado.
Enquanto as médias mínimas, em torno de 12ºC, ocorrem nos meses de junho e julho, no su-
deste e sudoeste goiano.

Vegetação
Exceto a pequena área onde dominam formações florestais, denominadas como Mato
Grosso Goiano, a maior parte do território goiano apresenta o tipo de vegetação Cerrado, com
árvores e arbustos de galhos tortuosos, grossas cascas, folhas cobertas por pelos e raízes
muito profundas. O Cerrado abrangia, aproximadamente, 70% do território do Goiás. Esse bio-
ma é o segundo maior do Brasil e da América do Sul, ficando atrás apenas Amazônia e concen-
tra nada menos que 1/3 da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais. A flora
do Cerrado é considerada a mais rica savana do mundo e acredita-se que entre 4.000 a 7.000
espécies compõem esta região.
Os solos da região Centro-Oeste foram considerados, até o final dos anos 1960, improduti-
vos para a agricultura, sendo poucos os solos com boa fertilidade natural. Segundo pesquisa
científica, entretanto, tornou os Latossolos – que ocupam 90 milhões de hectares no Centro-O-
este (15 milhões em Goiás) – a área mais indicada para as culturas de grãos, pois os solos são
profundos, bem drenados, com inclinações baixas. São áreas privilegiadas para o desenvolvi-
mento da agricultura de grãos, pela facilidade que oferecem à mecanização.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CS-UFG/AL-GO/2015) Muitos núcleos urbanos goianos têm origem relacionada à ga-
rimpagem do ouro. Ao longo do século XVIII, surgiram, por exemplo, o “Arraial de Sant’Anna” e
“Meia Ponte”. Atualmente, esses são os municípios de
a) Corumbá e Crixás
b) Niquelândia e Catalão
c) Goiás e Pirenópolis.
d) Pilar de Goiás e Itapaci.

002. (UEG/PC-GO/2013) Os 120 alforriados e mulatos registrados na capitação de 1741 ti-


nham crescido em 1804 até 23.577, deles 7.992 negros livres e 15.582 mulatos.
PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 2001, p. 89.

O texto citado aborda o crescimento do número de escravos libertos na Capitania de Goiás. O


motivo para a elevação do número de escravos alforriados decorreu da
a) incorporação dos escravos ao aparelho repressor do sistema escravista, uma vez que os
capitães do mato e os feitores eram escravos libertos.
b) participação dos escravos nas guerras contra os indígenas, o que permitiu que alguns fos-
sem alforriados por ato de bravura.
c) emancipação dos escravos batizados no catolicismo, uma vez que a tradição religiosa não
permitia um cristão escravizar outro cristão.
d) brecha do sistema escravista, que possibilitava o trabalho extra de alguns escravos para
acumular recursos e comprar a sua liberdade.

003. (UEG/PC-GO/2013) “Com a decadência ou desaparecimento do ouro, o governo portu-


guês, que antes procurava canalizar toda a mão de obra da capitania para as minas, passou,
através das autoridades, a incentivar e promover a agricultura em Goiás.”
PALACIN, Luís; MORAES, Maria Augusta S. História de Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 1994. p. 41.

No contexto mencionado no texto citado, o príncipe regente D. João, no início do século XIX,
adotou algumas medidas de incentivo à agricultura que afetaram Goiás. Uma dessas me-
didas foi a:
a) construção da estrada de ferro, ligando Goiás a Minas Gerais, para viabilizar a exportação
de produtos agrícolas.
b) isenção da cobrança do dízimo por dez anos aos agricultores que se estabelecessem às
margens dos rios Tocantins e Araguaia.
c) permissão aos particulares para utilização de mão de obra compulsória dos indígenas na
produção agrícola.
d) proibição da navegação nos rios Araguaia e Tocantins para evitar a concorrência dos produ-
tos agrícolas vindos do Pará.

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004. (UEG/PC-GO/2012) O povoamento branco de Goiás, no século XVIII, foi caracterizado


pela prodigalidade na construção de igrejas. Só em Vila Boa, capital da capitania, foram cons-
truídas, no espaço de 50 anos, oito igrejas. Esse grande número de igrejas, no início do povoa-
mento branco de Goiás, explica-se pelo fato de os templos servirem:
a) Aos propósitos fiscais do Estado português, sendo que os clérigos, encarregados de reco-
lher os dízimos e o quinto real, reservavam partes substanciais desses rendimentos para a
construção e o embelezamento das igrejas.
b) de principal instrumento da política indigenista pombalina, sendo que elas visavam impres-
sionar os silvícolas, estimulando-os a abandonarem suas práticas religiosas e suas aldeias e
virem trabalhar e congregar em Vila Boa.
c) de locais de culto e de sepultamento de membros da população que estivessem integra-
dos nas inúmeras irmandades existentes na época, sendo que os escravos não cristianizados
eram sepultados num cemitério rudimentar.
d) no contexto histórico da Contrarreforma, de símbolos da supremacia da fé católica sobre a
fé dos protestantes, sobretudo dos ingleses anglicanos, que trabalhavam na exploração das
minas de ouro em Goiás.

005. (UEG/TJ-GO/2006) Sobre o povoamento do território goiano no século XX, é INCORRE-


TO afirmar:
a) O processo de ocupação do Mato Grosso Goiano foi estimulado pela descoberta de veios
auríferos na cidade de Bela Vista de Goiás.
b) A estrada de ferro exerceu significativa influência nas primeiras décadas do século XX, es-
pecialmente no sul de Goiás.
c) A edificação de Brasília, durante a década de 1950, provocou um intenso fluxo migratório
para as regiões que circundavam a Capital Federal.
d) A construção da Belém–Brasília favoreceu o surgimento de inúmeras cidades no nor-
te de Goiás.

006. (CS-UFG/DEMAE-GO/2017) No século XVIII, além da descoberta das águas termais, ou-
tro fator que contribuiu para o povoamento da região onde hoje se situa Caldas Novas foi a
observação da:
a) presença de ouro.
b) fertilidade da terra.
c) abundância de animais de caça.
d) existência de grande área de pastagem.

007. (CS-UFG/CELG/2014) O eixo do povoamento do território goiano-tocantinense, especial-


mente na faixa norte, mudou radicalmente a partir da década de 1950. Entre os fatores respon-
sáveis por essas mudanças, pode-se destacar a:

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a) construção da rodovia Belém-Brasília, com impacto na migração e criação de municípios.


b) decadência das atividades extrativistas, especialmente a madeira e o babaçu, o que resultou
na retração da migração.
c) modernização da pecuária, com abertura de pastos, especialmente no vale do rio Tocantins.
d) crise do transporte fluvial no rio Tocantins, resultado dos barramentos para produção de
energia elétrica.
e) construção de Palmas, que mudou o eixo de povoamento para a vertente Oeste do rio
Tocantins.

008. (CS-UFG/AL-GO/2015) O povoamento do território goiano do século XVIII e distinto da-


quele registrado no século XIX e XX, especialmente em relação a rede de cidades e a integra-
ção econômica. A principal atividade econômica, no período citado, era:
a) o extrativismo vegetal.
b) a criação de gado vacum.
c) o cultivo de arroz
d) a exploração do ouro.

009. (UEG/AGSEP/2012) Durante a época da mineração, as relações entre índios e mineiros


foram exclusivamente guerreiras e de mútuo extermínio. Ao mineiro sempre apressado e in-
quieto, faltavam o tempo e a paciência para atrair o índio mediante uma política pacífica. À
invasão de seus territórios e às perseguições dos “capitães-do-mato” respondiam os índios
com contínuas represálias.
PALACÍN, L; MORAES, M. A. S. História de Goiás. Goiânia: Ed. da UCG, 1994. p. 39 – 40.

A partir da leitura desse comentário acerca das relações étnicas em Goiás, conclui-se que:
a) os mineiros priorizavam o combate às populações indígenas em vez de estabelecer rela-
ções sociais com as tribos.
b) os “capitães-do-mato” tinham como principal missão capturar indígenas para serem levados
na condição de escravos para o Litoral.
c) as populações indígenas costumavam receber pacificamente os mineiros, que os presente-
avam com espelhos e panelas de metal.
d) as bandeiras, como a liderada por Anhanguera, representavam os ideais pombalinos de in-
tegração dos indígenas à sociedade portuguesa.

010. (CS-UFG/DEMAE/2017) Leia o fragmento.


Se acaso suceder que alguma nação dos ditos índios não queira aceitar a paz que se lhes ofe-
rece e impedir com armas que a tropa faça suas marchas, pondo-se em peleja, em tal caso lhe
fará guerra, matando-os e cativando-os.
Regimento de Anhanguera. História de Goiás em documentos. V.1. Goiânia: Editora da UFG, 2001, p. 25.

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O fragmento do Regimento de Anhanguera revela que a História de Goiás, no início do século


XVIII, foi marcada
a) pela selvageria dos indígenas, que não aceitavam conviver com os homens civilizados.
b) pela civilidade dos desbravadores, que eram mais pacíficos que as tribos que enfrentavam.
c) pela violência dos bandeirantes, que acreditavam ser superiores aos indígenas.
d) pelo espírito conciliador do homem branco, que buscava estabelecer acordo com os nativos.

011. (CS-UFG/PREFEITURA DE CALDAS NOVAS/2016) Leia o texto a seguir para responder


à questão.
A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás,
desde 1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Com mais de 230
mil hectares de Cerrado protegido, abriga cerca de quatro mil pessoas em um território que se
estende pelos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.
Disponível em: <http://www.goias.gov.br/paginas/conheca-goias/povogoiano/quilombolas>. Acesso em: 21
set. 2015.

A comunidade quilombola do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga é formada principal-


mente por descendentes de:
a) índios que buscaram se proteger das perseguições dos bandeirantes.
b) povos ribeirinhos que foram expulsos de suas terras pelos colonizadores.
c) sertanejos que se isolaram diante do aumento da migração para a região.
d) escravos africanos que fugiram do trabalho forçado nas minas de ouro e nas fazendas.

012. (CS-UFG/SANEAGO/2018) Em suas viagens pela província de Goiás no início do século


XIX, o viajante francês Saint-Hilaire registrou: Os negros e crioulos me diziam que preferiam re-
colher no córrego de Santa Luzia um único vintém de ouro por dia, do que se porem ao serviço
dos cultivadores por quatro vinténs, uma vez que os patrões pagam em gêneros dos quais lhes
é impossível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que ficam meses inteiros
sem poder salgar os alimentos, e quando o pároco faz a sua excursão para a confissão pascal,
sucede que todas as mulheres da mesma família se apresentam uma após outra com o mes-
mo vestido.
Saint-Hilaire. Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. Apud PALACÍN, L.; MORAES,
Maria Augusta Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia: Editora da UCG, 1989. p. 47. (Adaptado).

Os registros de Saint-Hilaire se referem ao contexto socioeconômico gerado pela decadência


das atividades:
a) da mineração, ocasionada pela escassez de ouro e pelo uso de técnicas rudimentares para
extração do metal.
b) da agricultura, provocada pela resistência dos índios ao trabalho nas lavouras e pela aboli-
ção da escravidão africana.

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c) do comércio, proporcionada pelo fim das atividades dos tropeiros e pela ausência de estra-
das que ligavam o sertão ao litoral.
d) da pecuária, desencadeada pela dificuldade de transporte do gado para a invernada e para
a comercialização com outras regiões.

013. (UEG/PC-GO/2013) Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel publicou a lei Áurea, extin-
guindo oficialmente o trabalho escravo no Brasil. No que se refere a Goiás,
a) o fim da escravidão não abalou as estruturas do setor produtivo, uma vez que a economia
agropecuária não era dependente do trabalho escravo.
b) a família dos Bulhões angariou um importante capital político ao se posicionar ao lado dos
proprietários de terras contra o fim da escravidão.
c) a campanha abolicionista foi liderada pela Igreja Católica, que se valeu dos ideais cristãos
para criticar a escravidão.
d) o maior proprietário de escravos era o setor público, que os utilizava nos serviços públicos,
como o calçamento das ruas.

014. (UEG/PCGO/2013) “Nas últimas décadas do século XVIII e princípio do século XIX, a situ-
ação econômica da capitania era crítica. A palavra decadência é a que mais se encontra entre
os vários apelos e lamentos daqueles que a habitam, sejam provenientes das autoridades go-
vernamentais, sejam de elementos do povo”.
FUNES, E. A. Goiás 1800 – 1850: um período de transição da mineração à agropecuária. Goiânia: Editora da UFG,
1986. p. 32.

O texto citado aborda a crise da produção aurífera em Goiás. A consequência dessa crise foi o:
a) incremento da arrecadação tributária como consequência de o controle do contrabando ser
mais eficaz na atividade agropecuária.
b) aumento da ruralização pelo fato de parte da população abandonar as vilas e arraiais e mu-
dar-se para o campo.
c) crescimento da importação de escravos para viabilizar a exploração de minas auríferas de
maior profundidade.
d) acréscimo da atividade comercial em virtude do aproveitamento de capitais antes emprega-
dos na mineração.

015. (CS-UFG/AL-GO/2015) Leia o texto.


A região é caracterizada, especialmente no início do século XX, pela ocupação estimulada
pelos trilhos da Estrada de Ferro. Atualmente, apresenta uma rede urbana pouco densa, com
predomínio de cidades abaixo de 10.000 habitantes. Além da forte agricultura, sua economia
se destaca pela produção mineral e pela presença de indústrias do setor automotivo.
O texto faz referência a região goiana conhecida como:

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a) Sudeste Goiano.
b) Nordeste Goiano.
c) Sudoeste Goiano.
d) Região Metropolitana

016. (CS-UFG/AL-GO/2015) A composição da população goiana, considerando a migração,


e bastante heterogênea. Contudo, e possível estabelecer um perfil regional da migração, uma
vez que ela foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em vista o Entorno do Distrito Fe-
deral, a maior parte dos migrantes foram oriundos da região:
a) Sul
b) Norte
c) Nordeste.
d) Sudeste.

017. (CS-UFG/SEDUC-GO/2010) Os fluxos migratórios para o território goiano, durante o sé-


culo XX, seguiram padrões regionais influenciados pela dinâmica econômica e projetos de
integração nacional. Ao observar o perfil demográfico do Sudoeste Goiano e do Entorno do
Distrito Federal, percebe-se que esse padrão foi determinado, respectivamente, pela:
a) edificação de Goiânia e pela modernização agrícola.
b) construção da ferrovia e pela implantação de projetos de irrigação.
c) criação de projetos de colonização e por programas de transferência de renda.
d) modernização da agricultura e pela edificação de Brasília

018. (CS-UFG/CÂMARA DE GOIÂNIA/2018) Independente de onde está localizado, constitui-


-se patrimônio histórico e cultural um local considerado valioso para a humanidade. Entre os
mais de seiscentos lugares eleitos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, atualmen-
te, o Brasil possui quatorze espaços históricos creditados pela Unesco. No ano de 2001, que
centro histórico de Goiás recebeu este título?
a) Pirenópolis.
b) Cidade de Goiás.
c) Santa Cruz de Goiás.
d) Corumbá de Goiás.

019. (UEG/2018) Leia o texto a seguir.


Desenrola-se, então, o Movimento de 1909, de enorme significado para a política de Goiás, não
pelos acontecimentos em si, mas pelas composições e articulações nele estabelecidas, bem
como pelo despontar de lideranças que vão marcar os próximos decênios.
CAMPOS, F. I. Coronelismo em Goiás. Goiânia: Editora Vieira, 2003. p. 88.

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A chamada Revolução de 1909, expressiva demonstração de poder de mobilização do corone-


lismo goiano, foi o marco da emergência de uma liderança que dominaria a política goiana até
Revolução de 1930. Essa liderança foi
a) Totó Caiado, líder maior do Partido Democrata, representando os interesses econômicos da
elite agropecuária goiana.
b) Pedro Ludovico Teixeira, médico e fundador do Partido Republicano, com ligações sólidas
com o tenentismo varguista.
c) Leopoldo de Bulhões, Ministro da Fazenda de Rodrigues Alves, que defendeu em Goiás os
interesses das camadas médias urbanas.
d) Eugênio Rodrigues Jardim, militar de reserva do Exército, sendo influenciado pela ideologia
positivista que marcou o movimento tenentista no Brasil.
e) Hermenegildo Lopes de Moraes, um dos homens mais ricos de Goiás da primeira metade do
século XX, sendo o mais ferrenho opositor da família Caiado.

020. (CS-UFG/SEDUC-GO/2010) Durante a Primeira República, em Goiás, é possível se carac-


terizar uma política coronelista estadual, efetivada pela relação entre os coronéis interioranos
e a capital. A permanência dessa política é decorrente
a) do incentivo à participação cívica, devido à almejada institucionalização política dos partidos.
b) dos desentendimentos entre as instâncias de poder regional, o que tornava a política goiana
imune às renovações ocorridas no cenário nacional.
c) do sistema eleitoral, que se tornou o selo desse pacto pela forma sistemática de controle
da oposição.
d) da pressão exercida pelo poder público regional com o objetivo de inserir as camadas mé-
dias num jogo político regulado.

021. (UEG/2018) Leia o texto a seguir.


De um poder que Queiroz chama de “monárquico”, isto é, absoluto, não flutuante, que caracte-
riza a ação dos Wolney antes da ascensão dos Caiado, sucede-se àquele em que lideranças
emergentes ativam o “jogo das pressões”.
DOLES. D. E. Aspectos econômicos e sociais do coronelismo em Goiás. ARRAIS, C. A; SANDES, N. F. (Org.). A
escrita da história: percursos da historiografia goiana. Vitória – ES; GM Editora, 2017. p. 53–65. p. 59.

Com a ascensão da oligarquia dos Caiado, em substituição ao poder não flutuante da família
Wolney, estabeleceu-se no estado de Goiás um novo modelo de coronelismo, cujo aspecto
marcante era:
a) fortalecimento do poder central.
b) enfraquecimento do poder central.
c) antagonismo político com Minas Gerais.
d) dissolução dos laços culturais com São Paulo.
e) protagonismo na agricultura em detrimento da pecuária.
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022. (UEG/PC-GO/2013) “Foi a única tomada do poder pela força, por um grupo político esta-
dual, em todo o período republicano.”
CAMPOS, Itami. O coronelismo em Goiás. Goiânia: Editora Vieira, 2003. p. 89.

A citação refere-se à deposição de um administrador político de Goiás por meio do uso da for-
ça, formada basicamente por grupos goianos autóctones. Esse acontecimento foi a
a) Revolução de 1909, quando os membros da chamada Legião Rubra derrotaram o grupo po-
lítico xavierista.
b) Crise das Constituições, quando Braz Abrantes, por meio de um golpe militar, assumiu a
presidência do estado em 1892.
c) Revolução de 1930, quando a Coluna Arthur Bernardes depôs o tradicional grupo político
caiadista do poder.
d) “Revolução de 1964”, quando Mauro Borges foi deposto do poder e substituído pelo inter-
ventor Meira Matos.

023. (UEG/PC-GO/2013) As intervenções [federais nos estados] estavam previstas no arti-


go 6º da Constituição Federal. O pacto político nacional conferia às situações (oligarquias)
o direito de controle estadual – não foi outra senão esta a diretriz política de Campos Sales
com a sua “política dos Estados”. [...] Sendo uma forma de proceder a mudanças nos quadros
políticos estaduais, elas iam de encontro à autonomia estadual, tida como um dos elementos
caracterizadores do período.
CAMPOS, F. Itami. O coronelismo em Goiás. Goiânia: Ed. Vieira, 2003. p. 49-50.

No tocante a Goiás, no período da República Velha, o recurso da intervenção federal


a) foi utilizado pela família Bulhões para manter-se no poder, já que Leopoldo de Bulhões,
usando o seu prestígio como Ministro da Fazenda, conseguiu destituir o grupo de Xavier de
Almeida, em 1905.
b) não foi utilizado, apesar de várias solicitações, uma vez que Goiás era um estado periférico,
com baixa densidade demográfica e fraca economia, tornando-o pouco significante para o
Governo Federal.
c) não foi utilizado, já que, por conta da precariedade dos meios de transportes, não havia tro-
pas federais estacionadas no estado para promover a destituição do governo local.
d) foi utilizado apenas em 1927, quando o Governo Federal destituiu o presidente do estado
Brasil Ramos Caiado, por causa do conflito entre o poder executivo e o Superior Tribunal de
Justiça de Goiás.

024. (UEG/PC-GO/2018) Leia o texto a seguir.


Os movimentos messiânicos e milenaristas atuam tanto no campo religioso como no político
e social, trazendo uma importante visão multidimensional.
GOMES FILHO, Robson R. Carisma, Legitimidade e Dominação Religiosa. Curitiba: Prismas, 2017. p. 50.

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Um movimento social, ocorrido em Goiás, com características messiânicas e milenaristas com


impacto religioso, político e social foi o organizado em torno
a) de padre Pelágio, no distrito de Barro Preto, que se tornou o grande responsável pela criação
da Romaria de Trindade.
b) do padre João, em Boa Vista, o “padre coronel”, figura emblemática pelo uso da influência
religiosa católica para efetivação de uma liderança política.
c) do padre Luiz Gonzaga Fleury, conhecido como “o pacificador goiano”, por dissuadir o movi-
mento separatista no norte da província de Goiás.
d) de Benedita Cypriano Gomes, a “Santa Dica”, que formou uma comunidade no distrito pire-
nopolino de Lagolândia, até ser desbaratada pela polícia em 1925.
e) de Pedro Casaldáliga, religioso vinculado à Teologia da Libertação, que se constituiu em
uma liderança entre os camponeses na luta contra o Regime Militar.

025. (UEG/PCGO/2013) Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca pro-


clamou a república, colocando fim ao regime monárquico no Brasil. No que se refere a Goiás,
o advento da República significou
a) a instituição de eleições diretas para a escolha do administrador público, sendo que Guima-
rães Natal foi eleito o primeiro presidente do estado.
b) o acirramento do conflito entre liberais e conservadores, sendo que a família dos Bulhões
manteve a hegemonia política nos primeiros anos do novo regime.
c) a manutenção do oficialismo político, sendo que o Governo Federal continuaria a indicar
políticos de outras regiões para administrar o estado de Goiás.
d) o predomínio de políticos conservadores, ligados à Igreja Católica, sendo que grande parte
dos presidentes de estado pertenceria ao clero.

026. (CS-UEG/CÂMARA DE GOIÂNIA/2018) Na história brasileira, o período de 1964 a 1985


caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, per-
seguição política e repressão aos que eram contra o regime imposto. Em Goiás, vários seg-
mentos da sociedade, como sindicatos, universidades, movimentos estudantis, organizações
sociais e outros, sofreram repressão e tiveram direitos suspensos. Este período da história
ficou conhecido como:
a) República Oligárquica.
b) Marcha para o Oeste.
c) Estado Novo.
d) Ditadura Militar.

027. (UEG/PC-GO/2013) Se aqueles feitos extraordinários da santa foram o bastante para re-
novar a fé dos sertanejos, criando para eles a esperança de um mundo novo, despertaram
também a preocupação e o ressentimento dos coronéis e fazendeiros, classe dominante, com
as possíveis consequências que poderiam advir daquele ajuntamento.
VASCONCELOS, Lauro de. Santa Dica: encantamento do povo. Goiânia: UFG, 1991. p. 91.

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Apesar das desconfianças da elite política goiana, em alguns momentos, Santa Dica e seus se-
guidores foram convocados para participar das disputas políticas que afetaram Goiás. Nesse
sentido, Santa Dica
a) auxiliou o governo de Brasil Ramos Caiado ao impedir que a tropa dos revolucionários da
Coluna Prestes adentrasse o território goiano.
b) incorporou-se à Coluna Artur Bernardes, contribuindo para a destituição dos representantes
da República Velha em Goiás, na chamada Revolução de 1930.
c) recrutou voluntários para participar, junto com os legalistas da Revolução Constitucionalista
de 1932, enfrentando inclusive vários combates armados.
d) usou o seu prestígio para se tornar uma protagonista política na região de Pirenópolis, sendo
eleita prefeita do município por duas vezes, na década de 1970.

028. (CS-UFG/CELG/2014) Um fato que marcou a história político-administrativa de Goiás foi


a divisão de seu território, com a criação do estado do Tocantins pela Constituição de 1988.
Mas essa ideia de emancipação da região norte goiana não era nova, pois surgiu, pela primeira
vez, no con­texto
a) do lançamento do “Movimento Pró-Criação do Estado do Tocantins”, ocorrido em 1956,
na cida­de nortista de Porto Nacional, promovendo inú­meros debates e atividades em prol da
implanta­ção do novo estado.
b) das inaugurações das novas capitais de Goiás e do Brasil – Goiânia (1942) e Brasília (1960)
–, as quais contribuíram para o maior desenvolvimento da região sul e o isolamento da região
norte do estado
c) do movimento separatista do norte de Goiás, do ano de 1821, que chegou a estabelecer
um gover­no autônomo provisório na cidade de Cavalcante, que se declarou independente da
Comarca do Sul.
d) da implantação da República em Goiás e da auto­nomia do estado, dada pelo novo regime
federati­vo, a partir de 1889, o que gerou intensas lutas pelo poder entre lideranças políticas do
Norte e do Sul.
e) do desmembramento da Capitania de Goiás da Capitania de São Paulo, em 1749, quando os
se­nhores de escravos do norte goiano queriam mais autonomia na exploração das minas em
sua região

029. (CS-UGF/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2015) Leia o fragmento apresentado a seguir.


Não há dúvida que a Revolução de 30 foi vivida pelos contemporâneos como uma grande es-
perança. Os telegramas de felicitação recebidos pela Junta falavam de “trazer a liberdade ao
povo goiano escravizado”, “inauguração do regime de moralidade administrativa”, “regime de
liberdade e justiça”, “reivindicação dos direitos e liberdades públicas”, “emancipação da oligar-
quia Caiado em nosso Estado”.
PALACÍN, Luís; MORAES, Maria Augusta de Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia: Editora da UCG. p. 104.
(Adaptado).

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A referida revolução teve como consequência, no estado de Goiás,


a) o banimento das oligarquias da cidade de Goiás do cenário político goiano.
b) a urbanização e o rompimento da política com a estrutura fundiária.
c) a modificação das bases sociais e a redemocratização do estado.
d) a afirmação da ideologia progressista e modernizante no estado.

030. (CS-UFG/SANEAGO/2018) Leia o fragmento.


Na década de 1930, dentro do contexto da “revolução” promovida por Getúlio Vargas e seu
grupo, a implantação de uma capital moderna em pleno sertão do Brasil central poderia soar
como uma loucura, mas para o governo federal constituído o significado era estratégico.
VIEIRA, Patrick Di Almeida. Attilio Corrêa Lima e o planejamento de Goiânia – Um marco moderno na conquista
do sertão brasileiro. Urbana, v. 4, n. 4, 2011, CIEC/UNICAMP, p. 56. Disponível em:<https://periodicos.sbu.uni-
camp.br/ojs/index.php/urbana/article/download/.../2963>. Acesso em: 2 jan. 2018. (Adaptado).

No sentido do fragmento, a construção de Goiânia foi uma resposta em âmbito estadual às


demandas por um processo de
a) descentralização da política nacional.
b) modernização das relações produtivas.
c) interiorização do centro administrativo do país.
d) sustentação da estrutura oligárquica da sociedade.

031. (UEG/PC-GO/2012) A implementação do regime militar em 1964 trouxe substanciais mu-


danças na política goiana. A elite econômica e política local que, desde o fim do Império con-
trolava o poder político do estado, teve que submeter as diretrizes centralizadoras do governo
federal. Um acontecimento da política goiana durante o regime militar foi
a) a nomeação, por meio de decreto presidencial, do engenheiro Otávio Lage de Siqueira como
governador de Goiás.
b) a nomeação de governadores desvinculados das famílias tradicionais que controlaram o
poder político em Goiás, tais como os Caiado e os Bulhões.
c) a cassação do governador Mauro Borges Teixeira, em represália a sua atitude firme, em mar-
ço de 1964, na defesa da permanência de João Goulart no poder.
d) a eleição indireta de Ary Valadão para governador de Goiás em 1978, o último governador
do período da Ditadura militar.

032. (CS-UFG/CÂMARA DE GOIÂNIA/2018) Eles eram chefes de grupos familiares ricos que
comandavam a vida política econômica e social. Controlavam eleições pelo voto de cabresto
e usavam a força necessária para se manter no poder ou indicar quem seria eleito no estado
de Goiás. Trata-se dos:
a) jagunços.
b) monarquistas.

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c) coronéis.
d) bandeirantes.

033. (CS-UFG/CELG/2014) Um importante marco na história do estado de Goiás se deu no


ano de 2001, quando a Organização das Na­ções Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO) – instituição que desenvolve atividades para a proteção e conservação do patrimô-
nio natural e cultural – finalmente declarou, como Patrimônio da Humanidade,
a) o ecossistema do Cerrado.
b) a cidade de Pirenópolis.
c) o Parque Estadual da Serra dos Pirineus.
d) o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
e) o Centro Histórico da Cidade de Goiás.

034. (UEG/TJGO/2008) Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),


entre 1940 e 2000 a população brasileira deixou de ser predominantemente rural passando a
ser predominantemente urbana. No caso do estado de Goiás, a população urbana que era de
18%, na década de 1940, alcançou 88% no ano 2000. Esse rápido processo de urbanização do
estado de Goiás teve como uma de suas consequências:
a) A concentração fundiária e a formação de latifúndios.
b) A mudança na estrutura econômica do estado, que passou de agrícola a industrial.
c) A concentração da população em pequenas cidades.
d) O surgimento da região metropolitana de Goiânia.

035. (UEG/PCGO/2013) Leia a citação a seguir


“A história do processo de ocupação e povoamento de Goiás nos revela um crescimento po-
pulacional “induzido”, acompanhado pelas políticas territoriais, juntamente com os projetos de
colonização.”
CHAVEIRO, E. F. A Dinâmica Demográfica em Goiás. Goiânia: Editora Ellos, 2009. p. 18.

Segundo o conceito de “crescimento populacional induzido” apontado pelo autor, são exem-
plos de políticas territoriais adotadas em Goiás:
a) a criação da lei da Reforma Agrária, pelos governos militares, cujo objetivo principal era as-
segurar o direito de posse da terra e a consequente fixação do trabalhador no campo.
b) a implementação do Plano de Metas dos governos militares que previa a industrialização do
oeste do Brasil para interiorizar a população.
c) a modernização da agricultura através da mecanização do campo, constituindo uma fonte
permanente de recursos e atraindo a população para o interior do país.
d) a implantação da Marcha para o Oeste, visando à ocupação do interior, que resultou na cons-
trução de Brasília e da BR-153.

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036. (CS-UFG/CELG-GT/2014) Ao longo do século XIX, verificou-se um substancial e progres-


sivo aumento da densidade populacional de Goiás. Vários fatores contribuíram para a ocorrên-
cia desse fenômeno, incluindo
a) a evolução acelerada das atividades agrícolas e industriais.
b) o surto dos movimentos de imigração de origem europeia
c) o crescimento demográfico das populações indí­genas
d) as altas taxas de natalidade em todos os estratos sociais.
e) as correntes migratórias oriundas de estados vizinhos

037. (CS-UFG/AL-GO/2015) A composição da população goiana, considerando a migração,


e bastante heterogênea. Contudo, e possível estabelecer um perfil regional da migração, uma
vez que ela foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em vista o Entorno do Distrito Fe-
deral, a maior parte dos migrantes foram oriundos da região:
a) Sul
b) Norte
c) Nordeste.
d) Sudeste.

038. (CS-UFG/AL-GO/2015)

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O quadro apresenta o destino de estudantes de municípios goianos que se deslocam diaria-


mente para outras cidades com o objetivo de frequentar escola. Os destinos principais são
Goiânia, que recebe 34,3% desses estudantes, e Brasília, que recebe 21,5%. Esse fenômeno é
caracterizado como migração
a) rural-urbana
b) esporádica.
c) pendular.
d) regional.

039. (UEG/PCGO/2013) O estado de Goiás possui uma rede hidrográfica constituída por um
conjunto de rios que drenam o território goiano formando suas bacias hidrográficas. Esses
rios, além de constituírem fontes de recursos hídricos para o abastecimento doméstico e in-
dustrial, muitas vezes servem ao papel político. Nesse aspecto, observa-se que
a) o rio Araguaia, com suas nascentes no sudoeste goiano, constitui o principal divisor geográ-
fico entre Goiás e Mato Grosso.
b) o rio Meia Ponte, formado pela junção dos rios dos Bois e Corumbá, foi o divisor entre a an-
tiga província de Goiás e a província de Minas Gerais.
c) o rio Paranaíba, cujas nascentes localizam-se no entorno de Brasília, constitui-se divisor
geográfico entre Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
d) o rio Tocantins, formado pela junção dos rios das Almas e Paranã, serve como principal di-
visor geográfico entre Goiás e Bahia.

040. (UEG/2019) Sobre aspectos físicos do território goiano: vegetação, hidrografia, clima e
relevo. É incorreto afirmar que
a) O Cerrado é considerado o segundo maior bioma brasileiro, atrás apenas da Floresta Ama-
zônica, possui representatividade no território goiano. Mesmo com elevado nível de desmata-
mento registrado desde a década de 1960, Goiás conseguiu manter reservas da mata nativa
em algumas regiões, o que gera discussões entre fazendeiros e ambientalistas.
b) O Estado de Goiás tem apenas duas estações sazonais que são a seca e a chuvosa. A “esta-
ção seca” tem seu início no mês de abril e estende-se até a primeira quinzena de outubro. Já a
“estação chuvosa” tem seu início na segunda quinzena de outubro e se estende até março do
ano seguinte. (Simehgo/Sectec).
c) O Estado de Goiás possui vegetação de savana, típica do cerrado, reflexo da escassez de
água na região. Goiás é precário em recursos hídricos.
d) Além da presença marcante dos planaltos, dentro dos limites do Estado de Goiás, encontra-
mos também áreas de planícies e depressões.
e) O Estado de Goiás está localizado no Planalto Central Brasileiro, o que justifica a predomi-
nância de planaltos em seu relevo.

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041. (CS-UFG/CELG/2017) No estado de Goiás há importantes bacias hidrográficas do Brasil.


Considerando a produção de energia, aquela que possui o maior número de usinas hidrelétri-
cas é a Bacia do Rio:
a) Araguaia.
b) Tocantins.
c) Corumbá.
d) Paranaíba.

042. (UEG/PCGO/2012) O relevo goiano é caracterizado por:


a) planícies aluviais localizadas nas regiões leste e nordeste do estado em áreas próximas aos
cursos d´água mais importantes, como o Tocantins e o Araguaia.
b) chapadas formadas em períodos geológicos recentes (pré-cambriano) e sob condições cli-
máticas similares às atuais.
c) planaltos antigos intensamente erodidos em decorrência do processo de intemperismo fí-
sico-químico.
d) bacias sedimentares localizadas especialmente nas regiões central e norte do estado.

043. (UEG/PCGO/2013) O bioma do cerrado distribuído pelo território nacional (1/3 da biota
brasileira), no contexto da globalização da economia, está sofrendo violento processo de im-
pactos ambientais em termos de degradação e destruição de significativos ecossistemas do
território do país.
BARBOSA, A. S.; TEIXEIRA NETTO, A.; GOMES, H. Geografia: Goiás-Tocantins. Goiânia: Editora da UFG, 2004, 2.
ed. p. 144.

Os impactos ambientais nas áreas de vegetação natural dos cerrados goianos são causados pela
a) ampliação das áreas de produção agrícola, o que promoveu o desmatamento e a degrada-
ção ambiental, decorrente das práticas da agricultura intensiva.
b) redução nos índices de precipitação pluviométrica e pelo aumento da temperatura do ar,
decorrentes do aquecimento global.
c) expansão urbana, responsável pelos maiores índices de desmatamento e de extinção de
espécies da fauna e da flora do cerrado.
d) inexistência de legislação estadual e federal que regulamente as políticas de preservação
ambiental em áreas de cerrado.

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GABARITO
1. c 37. c
2. d 38. c
3. b 39. a
4. c 40. c
5. a 41. d
6. a 42. c
7. a 43. a
8. d
9. a
10. c
11. d
12. a
13. a
14. b
15. a
16. c
17. d
18. b
19. a
20. c
21. a
22. a
23. b
24. d
25. b
26. d
27. c
28. c
29. c
30. b
31. d
32. c
33. e
34. d
35. d
36. e

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GABARITO COMENTADO
001. (CS-UFG/AL-GO/2015) Muitos núcleos urbanos goianos têm origem relacionada à ga-
rimpagem do ouro. Ao longo do século XVIII, surgiram, por exemplo, o “Arraial de Sant’Anna” e
“Meia Ponte”. Atualmente, esses são os municípios de
a) Corumbá e Crixás
b) Niquelândia e Catalão
c) Goiás e Pirenópolis.
d) Pilar de Goiás e Itapaci.

Vários municípios surgiram em função do ouro, entre elas a Cidade de Goiás, Sant’Anna, Vila
boa, Silvania, Bonfim, Pirenópolis, Meia Ponte, Santa Cruz, Crixás, Jaraguá, Santa Luzia, Luziâ-
nia e Corumbá de Goiás.
Letra c.

002. (UEG/PC-GO/2013) Os 120 alforriados e mulatos registrados na capitação de 1741 ti-


nham crescido em 1804 até 23.577, deles 7.992 negros livres e 15.582 mulatos.
PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 2001, p. 89.

O texto citado aborda o crescimento do número de escravos libertos na Capitania de Goiás. O


motivo para a elevação do número de escravos alforriados decorreu da
a) incorporação dos escravos ao aparelho repressor do sistema escravista, uma vez que os
capitães do mato e os feitores eram escravos libertos.
b) participação dos escravos nas guerras contra os indígenas, o que permitiu que alguns fos-
sem alforriados por ato de bravura.
c) emancipação dos escravos batizados no catolicismo, uma vez que a tradição religiosa não
permitia um cristão escravizar outro cristão.
d) brecha do sistema escravista, que possibilitava o trabalho extra de alguns escravos para
acumular recursos e comprar a sua liberdade.

Alternativa coerente é a letra D. Alguns escravos poderiam juntar recursos com trabalho extra
e conquistar sua liberdade.
Letra d.

003. (UEG/PC-GO/2013) “Com a decadência ou desaparecimento do ouro, o governo portu-


guês, que antes procurava canalizar toda a mão de obra da capitania para as minas, passou,
através das autoridades, a incentivar e promover a agricultura em Goiás.”
PALACIN, Luís; MORAES, Maria Augusta S. História de Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 1994. p. 41.

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No contexto mencionado no texto citado, o príncipe regente D. João, no início do século XIX,
adotou algumas medidas de incentivo à agricultura que afetaram Goiás. Uma dessas me-
didas foi a:
a) construção da estrada de ferro, ligando Goiás a Minas Gerais, para viabilizar a exportação
de produtos agrícolas.
b) isenção da cobrança do dízimo por dez anos aos agricultores que se estabelecessem às
margens dos rios Tocantins e Araguaia.
c) permissão aos particulares para utilização de mão de obra compulsória dos indígenas na
produção agrícola.
d) proibição da navegação nos rios Araguaia e Tocantins para evitar a concorrência dos produ-
tos agrícolas vindos do Pará.

Medidas de D. João para incentivar a agricultura, pecuária, o comércio e a navegação:


• 1) isenção do dízimo por 10 anos aos lavradores das margens do Tocantins, Araguaia e
Maranhão;
• 2) catequização e civilização do gentio incentivando seu uso na agricultura;
• 3) construção de presídios nas margens dos rios: proteger o comercio, auxiliar a nave-
gação etc.;
• 4) incentivo à navegação do Araguaia e Tocantins (algodão, açúcar, fumo, couros e sola
até o Pará);
• 5) incentivo à navegação dos rios do sul, Paranaíba e seus afluentes, a fim de facilitar a
comunicação com o litoral;
• 6) revogação do alvará que proibia as manufaturas.
Letra b.

004. (UEG/PC-GO/2012) O povoamento branco de Goiás, no século XVIII, foi caracterizado


pela prodigalidade na construção de igrejas. Só em Vila Boa, capital da capitania, foram cons-
truídas, no espaço de 50 anos, oito igrejas. Esse grande número de igrejas, no início do povoa-
mento branco de Goiás, explica-se pelo fato de os templos servirem:
a) Aos propósitos fiscais do Estado português, sendo que os clérigos, encarregados de reco-
lher os dízimos e o quinto real, reservavam partes substanciais desses rendimentos para a
construção e o embelezamento das igrejas.
b) de principal instrumento da política indigenista pombalina, sendo que elas visavam impres-
sionar os silvícolas, estimulando-os a abandonarem suas práticas religiosas e suas aldeias e
virem trabalhar e congregar em Vila Boa.
c) de locais de culto e de sepultamento de membros da população que estivessem integra-
dos nas inúmeras irmandades existentes na época, sendo que os escravos não cristianizados
eram sepultados num cemitério rudimentar.

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d) no contexto histórico da Contrarreforma, de símbolos da supremacia da fé católica sobre a


fé dos protestantes, sobretudo dos ingleses anglicanos, que trabalhavam na exploração das
minas de ouro em Goiás.

Candidato(a), as Igrejas eram locais de culto, construídas com doações dos membros das
irmandades religiosas. Porém, os escravos e indígenas mesmo sendo cristianizados, não po-
diam frequentar as Igrejas dos brancos, criando assim as irmandades de escravos. Um dos cos-
tumes coloniais era o sepultamento dos membros ricos das irmandades no interior das igrejas.
Letra c.

005. (UEG/TJ-GO/2006) Sobre o povoamento do território goiano no século XX, é INCORRE-


TO afirmar:
a) O processo de ocupação do Mato Grosso Goiano foi estimulado pela descoberta de veios
auríferos na cidade de Bela Vista de Goiás.
b) A estrada de ferro exerceu significativa influência nas primeiras décadas do século XX, es-
pecialmente no sul de Goiás.
c) A edificação de Brasília, durante a década de 1950, provocou um intenso fluxo migratório
para as regiões que circundavam a Capital Federal.
d) A construção da Belém–Brasília favoreceu o surgimento de inúmeras cidades no nor-
te de Goiás.

Cuidado candidato(a)! A questão quero o item INCORRETO. O erro está no item A, pois a cidade
não é Bela Vista de Goiás, e sim Vila Boa de Goiás. Futuramente, Vila Boa de Goiás se tornaria
a Cidade de Goiás, que foi a capital do Estado por 200 anos, até a construção de Goiânia na
década de 1930.
Letra a.

006. (CS-UFG/DEMAE-GO/2017) No século XVIII, além da descoberta das águas termais, ou-
tro fator que contribuiu para o povoamento da região onde hoje se situa Caldas Novas foi a
observação da:
a) presença de ouro.
b) fertilidade da terra.
c) abundância de animais de caça.
d) existência de grande área de pastagem.

Aquela questão para você não zerar a prova! Lembre-se que no século XVIII a presença do ouro
era um elemento crucial para a ocupação de diversos municípios goianos.
Letra a.

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007. (CS-UFG/CELG/2014) O eixo do povoamento do território goiano-tocantinense, especial-


mente na faixa norte, mudou radicalmente a partir da década de 1950. Entre os fatores respon-
sáveis por essas mudanças, pode-se destacar a:
a) construção da rodovia Belém-Brasília, com impacto na migração e criação de municípios.
b) decadência das atividades extrativistas, especialmente a madeira e o babaçu, o que resultou
na retração da migração.
c) modernização da pecuária, com abertura de pastos, especialmente no vale do rio Tocantins.
d) crise do transporte fluvial no rio Tocantins, resultado dos barramentos para produção de
energia elétrica.
e) construção de Palmas, que mudou o eixo de povoamento para a vertente Oeste do rio
Tocantins.

Não apenas a construção da rodovia, mas também a construção de Brasília impactou na mi-
gração na região.
Letra a.

008. (CS-UFG/AL-GO/2015) O povoamento do território goiano do século XVIII e distinto da-


quele registrado no século XIX e XX, especialmente em relação a rede de cidades e a integra-
ção econômica. A principal atividade econômica, no período citado, era:
a) o extrativismo vegetal.
b) a criação de gado vacum.
c) o cultivo de arroz
d) a exploração do ouro.

Lembre-se candidato(a), durante o século XVIII estacou-se a produção de Ouro na re-


gião do Goiás.
Letra d.

009. (UEG/AGSEP/2012) Durante a época da mineração, as relações entre índios e mineiros


foram exclusivamente guerreiras e de mútuo extermínio. Ao mineiro sempre apressado e in-
quieto, faltavam o tempo e a paciência para atrair o índio mediante uma política pacífica. À
invasão de seus territórios e às perseguições dos “capitães-do-mato” respondiam os índios
com contínuas represálias.
PALACÍN, L; MORAES, M. A. S. História de Goiás. Goiânia: Ed. da UCG, 1994. p. 39 – 40.

A partir da leitura desse comentário acerca das relações étnicas em Goiás, conclui-se que:
a) os mineiros priorizavam o combate às populações indígenas em vez de estabelecer rela-
ções sociais com as tribos.

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b) os “capitães-do-mato” tinham como principal missão capturar indígenas para serem levados
na condição de escravos para o Litoral.
c) as populações indígenas costumavam receber pacificamente os mineiros, que os presente-
avam com espelhos e panelas de metal.
d) as bandeiras, como a liderada por Anhanguera, representavam os ideais pombalinos de in-
tegração dos indígenas à sociedade portuguesa.

Lembre-se que durante o período da mineração, as relações entre índios e mineiros foram ex-
clusivamente guerreiras e de mútuo extermínio.
Letra a.

010. (CS-UFG/DEMAE/2017) Leia o fragmento.


Se acaso suceder que alguma nação dos ditos índios não queira aceitar a paz que se lhes ofe-
rece e impedir com armas que a tropa faça suas marchas, pondo-se em peleja, em tal caso lhe
fará guerra, matando-os e cativando-os.
Regimento de Anhanguera. História de Goiás em documentos. V.1. Goiânia: Editora da UFG, 2001, p. 25.

O fragmento do Regimento de Anhanguera revela que a História de Goiás, no início do século


XVIII, foi marcada
a) pela selvageria dos indígenas, que não aceitavam conviver com os homens civilizados.
b) pela civilidade dos desbravadores, que eram mais pacíficos que as tribos que enfrentavam.
c) pela violência dos bandeirantes, que acreditavam ser superiores aos indígenas.
d) pelo espírito conciliador do homem branco, que buscava estabelecer acordo com os nativos.

Uma questão de interpretação. O próprio fragmento declara a violência aplicada pelos bandei-
rantes caso os índios não aceitassem a paz que lhe fossem concedidas.
Letra c.

011. (CS-UFG/PREFEITURA DE CALDAS NOVAS/2016) Leia o texto a seguir para responder


à questão.
A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás,
desde 1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Com mais de 230
mil hectares de Cerrado protegido, abriga cerca de quatro mil pessoas em um território que se
estende pelos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.
Disponível em: <http://www.goias.gov.br/paginas/conheca-goias/povogoiano/quilombolas>. Acesso em: 21
set. 2015.

A comunidade quilombola do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga é formada principal-


mente por descendentes de:

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a) índios que buscaram se proteger das perseguições dos bandeirantes.


b) povos ribeirinhos que foram expulsos de suas terras pelos colonizadores.
c) sertanejos que se isolaram diante do aumento da migração para a região.
d) escravos africanos que fugiram do trabalho forçado nas minas de ouro e nas fazendas.

O povo Kalunga é uma comunidade de negros, formada por descendentes dos primeiros qui-
lombolas, ou seja, de escravos que fugiram do cativeiro e organizaram quilombos, passando a
viver em relativo isolamento, construindo para si uma identidade e uma cultura próprias, com
os elementos africanos de sua origem adicionados aos europeus dos colonizadores, marca-
dos pela forte presença do catolicismo tradicional do meio rural.
Letra d.

012. (CS-UFG/SANEAGO/2018) Em suas viagens pela província de Goiás no início do século


XIX, o viajante francês Saint-Hilaire registrou: Os negros e crioulos me diziam que preferiam re-
colher no córrego de Santa Luzia um único vintém de ouro por dia, do que se porem ao serviço
dos cultivadores por quatro vinténs, uma vez que os patrões pagam em gêneros dos quais lhes
é impossível se desfazerem. Certos colonos caíram em tal miséria que ficam meses inteiros
sem poder salgar os alimentos, e quando o pároco faz a sua excursão para a confissão pascal,
sucede que todas as mulheres da mesma família se apresentam uma após outra com o mes-
mo vestido.
Saint-Hilaire. Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. Apud PALACÍN, L.; MORAES,
Maria Augusta Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia: Editora da UCG, 1989. p. 47. (Adaptado).

Os registros de Saint-Hilaire se referem ao contexto socioeconômico gerado pela decadência


das atividades:
a) da mineração, ocasionada pela escassez de ouro e pelo uso de técnicas rudimentares para
extração do metal.
b) da agricultura, provocada pela resistência dos índios ao trabalho nas lavouras e pela aboli-
ção da escravidão africana.
c) do comércio, proporcionada pelo fim das atividades dos tropeiros e pela ausência de estra-
das que ligavam o sertão ao litoral.
d) da pecuária, desencadeada pela dificuldade de transporte do gado para a invernada e para
a comercialização com outras regiões.

Na segunda metade do século XVIII ocorreu declínio da mineração, resultando na transição


para a pecuária em Goiás.
Letra a.

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013. (UEG/PC-GO/2013) Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel publicou a lei Áurea, extin-
guindo oficialmente o trabalho escravo no Brasil. No que se refere a Goiás,
a) o fim da escravidão não abalou as estruturas do setor produtivo, uma vez que a economia
agropecuária não era dependente do trabalho escravo.
b) a família dos Bulhões angariou um importante capital político ao se posicionar ao lado dos
proprietários de terras contra o fim da escravidão.
c) a campanha abolicionista foi liderada pela Igreja Católica, que se valeu dos ideais cristãos
para criticar a escravidão.
d) o maior proprietário de escravos era o setor público, que os utilizava nos serviços públicos,
como o calçamento das ruas.

Quando foi assinada a lei de abolição da escravatura no Brasil, a província de Goiás não dependia
mais da mão de obra escrava. No século XIX o número de escravos era pequeno e a pecuária já
havia se fundado. Sendo que a Lei Áurea não encontrou nenhum negro cativo na cidade de Goiás.
Letra a.

014. (UEG/PCGO/2013) “Nas últimas décadas do século XVIII e princípio do século XIX, a situ-
ação econômica da capitania era crítica. A palavra decadência é a que mais se encontra entre
os vários apelos e lamentos daqueles que a habitam, sejam provenientes das autoridades go-
vernamentais, sejam de elementos do povo”.
FUNES, E. A. Goiás 1800 – 1850: um período de transição da mineração à agropecuária. Goiânia: Editora da UFG,
1986. p. 32.

O texto citado aborda a crise da produção aurífera em Goiás. A consequência dessa crise foi o:
a) incremento da arrecadação tributária como consequência de o controle do contrabando ser
mais eficaz na atividade agropecuária.
b) aumento da ruralização pelo fato de parte da população abandonar as vilas e arraiais e mu-
dar-se para o campo.
c) crescimento da importação de escravos para viabilizar a exploração de minas auríferas de
maior profundidade.
d) acréscimo da atividade comercial em virtude do aproveitamento de capitais antes emprega-
dos na mineração.

Candidato(a), a questão é bem clara sobre seu objetivo: a consequência da crise. Dessa forma,
lembre-se que ocorreu de maneira intensa o êxodo urbano com a decadência da mineração.
Um dos motivos, era a justificativa que o campo oferecia as condições mínimas para a produ-
ção de alimentos.
Letra b.

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015. (CS-UFG/AL-GO/2015) Leia o texto.


A região é caracterizada, especialmente no início do século XX, pela ocupação estimulada
pelos trilhos da Estrada de Ferro. Atualmente, apresenta uma rede urbana pouco densa, com
predomínio de cidades abaixo de 10.000 habitantes. Além da forte agricultura, sua economia
se destaca pela produção mineral e pela presença de indústrias do setor automotivo.
O texto faz referência a região goiana conhecida como:
a) Sudeste Goiano.
b) Nordeste Goiano.
c) Sudoeste Goiano.
d) Região Metropolitana

A Ferrovia percorre com seus trilhos a região SUDESTE do Estado.


Letra a.

016. (CS-UFG/AL-GO/2015) A composição da população goiana, considerando a migração,


e bastante heterogênea. Contudo, e possível estabelecer um perfil regional da migração, uma
vez que ela foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em vista o Entorno do Distrito Fe-
deral, a maior parte dos migrantes foram oriundos da região:
a) Sul
b) Norte
c) Nordeste.
d) Sudeste.

Uma vez que a maior parte da mão de obra de que se valeu o Governo Federal na construção
de Brasília, foi composta de nordestinos.
Letra c.

017. (CS-UFG/SEDUC-GO/2010) Os fluxos migratórios para o território goiano, durante o sé-


culo XX, seguiram padrões regionais influenciados pela dinâmica econômica e projetos de
integração nacional. Ao observar o perfil demográfico do Sudoeste Goiano e do Entorno do
Distrito Federal, percebe-se que esse padrão foi determinado, respectivamente, pela:
a) edificação de Goiânia e pela modernização agrícola.
b) construção da ferrovia e pela implantação de projetos de irrigação.
c) criação de projetos de colonização e por programas de transferência de renda.
d) modernização da agricultura e pela edificação de Brasília

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Lembre-se querido(a) aluno(a), a modernização da agricultura e a construção de Brasília foram


fatores determinantes para a ocupação do Sudoeste Goiano.
Letra d.

018. (CS-UFG/CÂMARA DE GOIÂNIA/2018) Independente de onde está localizado, constitui-


-se patrimônio histórico e cultural um local considerado valioso para a humanidade. Entre os
mais de seiscentos lugares eleitos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, atualmen-
te, o Brasil possui quatorze espaços históricos creditados pela Unesco. No ano de 2001, que
centro histórico de Goiás recebeu este título?
a) Pirenópolis.
b) Cidade de Goiás.
c) Santa Cruz de Goiás.
d) Corumbá de Goiás.

O município da Cidade de Goiás foi construído no século XVIII, constituindo-se em casas e


igrejas em meio a ruas sinuosas com intensos desníveis em seu relevo. Rodeada pela Serra
Dourada e cortada ao meio pelo Rio Vermelho, essa antiga capital do estado tornou-se Patri-
mônio da Unesco em 2001.
Letra b.

019. (UEG/2018) Leia o texto a seguir.


Desenrola-se, então, o Movimento de 1909, de enorme significado para a política de Goiás, não
pelos acontecimentos em si, mas pelas composições e articulações nele estabelecidas, bem
como pelo despontar de lideranças que vão marcar os próximos decênios.
CAMPOS, F. I. Coronelismo em Goiás. Goiânia: Editora Vieira, 2003. p. 88.

A chamada Revolução de 1909, expressiva demonstração de poder de mobilização do corone-


lismo goiano, foi o marco da emergência de uma liderança que dominaria a política goiana até
Revolução de 1930. Essa liderança foi
a) Totó Caiado, líder maior do Partido Democrata, representando os interesses econômicos da
elite agropecuária goiana.
b) Pedro Ludovico Teixeira, médico e fundador do Partido Republicano, com ligações sólidas
com o tenentismo varguista.
c) Leopoldo de Bulhões, Ministro da Fazenda de Rodrigues Alves, que defendeu em Goiás os
interesses das camadas médias urbanas.

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d) Eugênio Rodrigues Jardim, militar de reserva do Exército, sendo influenciado pela ideologia
positivista que marcou o movimento tenentista no Brasil.
e) Hermenegildo Lopes de Moraes, um dos homens mais ricos de Goiás da primeira metade do
século XX, sendo o mais ferrenho opositor da família Caiado.

Quem emergiu nesse período foi a família Caiado. Em 1910, Urbano de Gouvêa, cunhado de
Leopoldo de Bulhões, assumiu a presidência do estado de Goiás, ficando até 1913. Daqui em
diante, foram Caiado-Jardim que se mantiveram até a chegada do Dr. Pedro Ludovico Teixei-
ra em 1930.
Letra a.

020. (CS-UFG/SEDUC-GO/2010) Durante a Primeira República, em Goiás, é possível se carac-


terizar uma política coronelista estadual, efetivada pela relação entre os coronéis interioranos
e a capital. A permanência dessa política é decorrente
a) do incentivo à participação cívica, devido à almejada institucionalização política dos partidos.
b) dos desentendimentos entre as instâncias de poder regional, o que tornava a política goiana
imune às renovações ocorridas no cenário nacional.
c) do sistema eleitoral, que se tornou o selo desse pacto pela forma sistemática de controle
da oposição.
d) da pressão exercida pelo poder público regional com o objetivo de inserir as camadas mé-
dias num jogo político regulado.

A presença da família dos coronéis no poder, ocorria devido ao voto que era aberto e manipu-
lado (o voto de cabresto), mantendo-os no poder.
Letra c.

021. (UEG/2018) Leia o texto a seguir.


De um poder que Queiroz chama de “monárquico”, isto é, absoluto, não flutuante, que caracte-
riza a ação dos Wolney antes da ascensão dos Caiado, sucede-se àquele em que lideranças
emergentes ativam o “jogo das pressões”.
DOLES. D. E. Aspectos econômicos e sociais do coronelismo em Goiás. ARRAIS, C. A; SANDES, N. F. (Org.). A
escrita da história: percursos da historiografia goiana. Vitória – ES; GM Editora, 2017. p. 53–65. p. 59.

Com a ascensão da oligarquia dos Caiado, em substituição ao poder não flutuante da família
Wolney, estabeleceu-se no estado de Goiás um novo modelo de coronelismo, cujo aspecto
marcante era:
a) fortalecimento do poder central.
b) enfraquecimento do poder central.

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c) antagonismo político com Minas Gerais.


d) dissolução dos laços culturais com São Paulo.
e) protagonismo na agricultura em detrimento da pecuária.

O fortalecimento do poder foi centralizado, pregando o direito de posse dos latifundiários da


época, o que garantiu o futuro político e financeiro da família “Caiado”.
Letra a.

022. (UEG/PC-GO/2013) “Foi a única tomada do poder pela força, por um grupo político esta-
dual, em todo o período republicano.”
CAMPOS, Itami. O coronelismo em Goiás. Goiânia: Editora Vieira, 2003. p. 89.

A citação refere-se à deposição de um administrador político de Goiás por meio do uso da for-
ça, formada basicamente por grupos goianos autóctones. Esse acontecimento foi a
a) Revolução de 1909, quando os membros da chamada Legião Rubra derrotaram o grupo po-
lítico xavierista.
b) Crise das Constituições, quando Braz Abrantes, por meio de um golpe militar, assumiu a
presidência do estado em 1892.
c) Revolução de 1930, quando a Coluna Arthur Bernardes depôs o tradicional grupo político
caiadista do poder.
d) “Revolução de 1964”, quando Mauro Borges foi deposto do poder e substituído pelo inter-
ventor Meira Matos.

A Revolução de 1909 afastou os Xavier de Almeida e impediu a posse de Hermenegildo Lopes


de Morais no governo do Estado. Esse acontecimento levou a ascensão dos Caiado ao poder.
A Revolução também não foi uma forma de protesto contra a Administração de Xavier de Al-
meida, mas uma forma de substituí-la. Não estava em jogo a integridade do governo, mas sim
quem o controlaria.
Letra a.

023. (UEG/PC-GO/2013) As intervenções [federais nos estados] estavam previstas no arti-


go 6º da Constituição Federal. O pacto político nacional conferia às situações (oligarquias)
o direito de controle estadual – não foi outra senão esta a diretriz política de Campos Sales
com a sua “política dos Estados”. [...] Sendo uma forma de proceder a mudanças nos quadros
políticos estaduais, elas iam de encontro à autonomia estadual, tida como um dos elementos
caracterizadores do período.
CAMPOS, F. Itami. O coronelismo em Goiás. Goiânia: Ed. Vieira, 2003. p. 49-50.

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No tocante a Goiás, no período da República Velha, o recurso da intervenção federal


a) foi utilizado pela família Bulhões para manter-se no poder, já que Leopoldo de Bulhões,
usando o seu prestígio como Ministro da Fazenda, conseguiu destituir o grupo de Xavier de
Almeida, em 1905.
b) não foi utilizado, apesar de várias solicitações, uma vez que Goiás era um estado periférico,
com baixa densidade demográfica e fraca economia, tornando-o pouco significante para o
Governo Federal.
c) não foi utilizado, já que, por conta da precariedade dos meios de transportes, não havia tro-
pas federais estacionadas no estado para promover a destituição do governo local.
d) foi utilizado apenas em 1927, quando o Governo Federal destituiu o presidente do estado
Brasil Ramos Caiado, por causa do conflito entre o poder executivo e o Superior Tribunal de
Justiça de Goiás.

A Consultoria-Geral da República fora, assim, instada a opinar se era hipótese de intervenção


federal. O Consultor-Geral observou que o problema não se colocava nos exatos termos da
previsão constitucional que se aplicava ao caso. Não havia invasão estrangeira, não havia —
objetivamente — perturbação da ordem, não havia descumprimento de lei ou de sentença fede-
ral. Não se observava, mais uma vez — objetivamente — ameaça à forma federativa de Estado.
Argumentava o Consultor-Geral que o governo até poderia ser ilegal, e ainda assim não seria
contrário à forma federativa de Estado.
Disponível em: < http://www.conjur.com.br/2014-abr-03/passado-limpo-provocacao-intervencao-federal-
-goias-1905>. Acesso em: 18 de out. 2021.

Letra b.

024. (UEG/PC-GO/2018) Leia o texto a seguir.


Os movimentos messiânicos e milenaristas atuam tanto no campo religioso como no político
e social, trazendo uma importante visão multidimensional.
GOMES FILHO, Robson R. Carisma, Legitimidade e Dominação Religiosa. Curitiba: Prismas, 2017. p. 50.

Um movimento social, ocorrido em Goiás, com características messiânicas e milenaristas com


impacto religioso, político e social foi o organizado em torno
a) de padre Pelágio, no distrito de Barro Preto, que se tornou o grande responsável pela criação
da Romaria de Trindade.
b) do padre João, em Boa Vista, o “padre coronel”, figura emblemática pelo uso da influência
religiosa católica para efetivação de uma liderança política.
c) do padre Luiz Gonzaga Fleury, conhecido como “o pacificador goiano”, por dissuadir o movi-
mento separatista no norte da província de Goiás.

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d) de Benedita Cypriano Gomes, a “Santa Dica”, que formou uma comunidade no distrito pire-
nopolino de Lagolândia, até ser desbaratada pela polícia em 1925.
e) de Pedro Casaldáliga, religioso vinculado à Teologia da Libertação, que se constituiu em
uma liderança entre os camponeses na luta contra o Regime Militar.

“O “movimento de santa Dica” tenha sido o mais importante de caráter messiânico-milenarista


de Goiás, cujas características em muito contribuem para avanços no conhecimento científico
acerca do messianismo e seus desdobramentos em geral, as produções acadêmicas acerca
do que se passou entre 1923 e 1925 em Lagolândia (GO) permanecem há 20 anos sem sig-
nificativos avanços, releituras ou aprofundamento de pesquisa. Não obstante a presença de
pequenos relatos e produções independentes (jornalísticas, artísticas e literárias) desde a dé-
cada de 1930 sobre o “movimento dos anjos”, somente na transição da década de 1980 para
1990 é que “santa Dica” entrou para o índice de assuntos a serem tratados na história regional
(especialmente religiosa) de Goiás
Disponível em: < http://www.historia.ufg.br/up/114/o/ARTIGO_6__MONTEIRO.pdf>. Acesso em 18 de out. 2021.

Letra d.

025. (UEG/PCGO/2013) Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca pro-


clamou a república, colocando fim ao regime monárquico no Brasil. No que se refere a Goiás,
o advento da República significou
a) a instituição de eleições diretas para a escolha do administrador público, sendo que Guima-
rães Natal foi eleito o primeiro presidente do estado.
b) o acirramento do conflito entre liberais e conservadores, sendo que a família dos Bulhões
manteve a hegemonia política nos primeiros anos do novo regime.
c) a manutenção do oficialismo político, sendo que o Governo Federal continuaria a indicar
políticos de outras regiões para administrar o estado de Goiás.
d) o predomínio de políticos conservadores, ligados à Igreja Católica, sendo que grande parte
dos presidentes de estado pertenceria ao clero.

O que de fato ocorreu foi um aumento do conflito entre os liberais e os conservadores, mas que
mantiveram os Bulhões no poder.
Letra b.

026. (CS-UEG/CÂMARA DE GOIÂNIA/2018) Na história brasileira, o período de 1964 a 1985


caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, per-
seguição política e repressão aos que eram contra o regime imposto. Em Goiás, vários seg-
mentos da sociedade, como sindicatos, universidades, movimentos estudantis, organizações

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sociais e outros, sofreram repressão e tiveram direitos suspensos. Este período da história
ficou conhecido como:
a) República Oligárquica.
b) Marcha para o Oeste.
c) Estado Novo.
d) Ditadura Militar.

No item a alternativa correta é a letra D. Porém, esse período também pode ser denominado
como Governo Militar.
Letra d.

027. (UEG/PC-GO/2013) Se aqueles feitos extraordinários da santa foram o bastante para re-
novar a fé dos sertanejos, criando para eles a esperança de um mundo novo, despertaram
também a preocupação e o ressentimento dos coronéis e fazendeiros, classe dominante, com
as possíveis consequências que poderiam advir daquele ajuntamento.
VASCONCELOS, Lauro de. Santa Dica: encantamento do povo. Goiânia: UFG, 1991. p. 91.

Apesar das desconfianças da elite política goiana, em alguns momentos, Santa Dica e seus se-
guidores foram convocados para participar das disputas políticas que afetaram Goiás. Nesse
sentido, Santa Dica
a) auxiliou o governo de Brasil Ramos Caiado ao impedir que a tropa dos revolucionários da
Coluna Prestes adentrasse o território goiano.
b) incorporou-se à Coluna Artur Bernardes, contribuindo para a destituição dos representantes
da República Velha em Goiás, na chamada Revolução de 1930.
c) recrutou voluntários para participar, junto com os legalistas da Revolução Constitucionalista
de 1932, enfrentando inclusive vários combates armados.
d) usou o seu prestígio para se tornar uma protagonista política na região de Pirenópolis, sendo
eleita prefeita do município por duas vezes, na década de 1970.

O item que melhor se encaixa na situação proposta é a alternativa C, onde recrutou voluntários
para participar, junto com os legalistas da Revolução Constitucionalista de 1932, enfrentando
inclusive vários combates armados.
Letra c.

028. (CS-UFG/CELG/2014) Um fato que marcou a história político-administrativa de Goiás foi


a divisão de seu território, com a criação do estado do Tocantins pela Constituição de 1988.
Mas essa ideia de emancipação da região norte goiana não era nova, pois surgiu, pela primeira
vez, no con­texto

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a) do lançamento do “Movimento Pró-Criação do Estado do Tocantins”, ocorrido em 1956,


na cida­de nortista de Porto Nacional, promovendo inú­meros debates e atividades em prol da
implanta­ção do novo estado.
b) das inaugurações das novas capitais de Goiás e do Brasil – Goiânia (1942) e Brasília (1960)
–, as quais contribuíram para o maior desenvolvimento da região sul e o isolamento da região
norte do estado
c) do movimento separatista do norte de Goiás, do ano de 1821, que chegou a estabelecer
um gover­no autônomo provisório na cidade de Cavalcante, que se declarou independente da
Comarca do Sul.
d) da implantação da República em Goiás e da auto­nomia do estado, dada pelo novo regime
federati­vo, a partir de 1889, o que gerou intensas lutas pelo poder entre lideranças políticas do
Norte e do Sul.
e) do desmembramento da Capitania de Goiás da Capitania de São Paulo, em 1749, quando os
se­nhores de escravos do norte goiano queriam mais autonomia na exploração das minas em
sua região

O estado do Tocantins tem sua primeira pretensão de separação datada de 1821, quando o
ouvidor da comarca norte de Goiás, Joaquim Teotônio Segurado, declara a separação da re-
gião em relação a Goiás. O movimento não foi bem-sucedido, mas deixou marcado o desejo de
muitos habitantes da região.
Letra c.

029. (CS-UGF/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2015) Leia o fragmento apresentado a seguir.


Não há dúvida que a Revolução de 30 foi vivida pelos contemporâneos como uma grande es-
perança. Os telegramas de felicitação recebidos pela Junta falavam de “trazer a liberdade ao
povo goiano escravizado”, “inauguração do regime de moralidade administrativa”, “regime de
liberdade e justiça”, “reivindicação dos direitos e liberdades públicas”, “emancipação da oligar-
quia Caiado em nosso Estado”.
PALACÍN, Luís; MORAES, Maria Augusta de Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia: Editora da UCG. p. 104.
(Adaptado).

A referida revolução teve como consequência, no estado de Goiás,


a) o banimento das oligarquias da cidade de Goiás do cenário político goiano.
b) a urbanização e o rompimento da política com a estrutura fundiária.
c) a modificação das bases sociais e a redemocratização do estado.
d) a afirmação da ideologia progressista e modernizante no estado.

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A Revolução não gerou grandes mudanças sociais, mas trouxe uma renovação política, com
transformações profundas e fundamentais na forma de governo, que objetivou o desen-
volvimento.
Letra c.

030. (CS-UFG/SANEAGO/2018) Leia o fragmento.


Na década de 1930, dentro do contexto da “revolução” promovida por Getúlio Vargas e seu
grupo, a implantação de uma capital moderna em pleno sertão do Brasil central poderia soar
como uma loucura, mas para o governo federal constituído o significado era estratégico.
VIEIRA, Patrick Di Almeida. Attilio Corrêa Lima e o planejamento de Goiânia – Um marco moderno na conquista
do sertão brasileiro. Urbana, v. 4, n. 4, 2011, CIEC/UNICAMP, p. 56. Disponível em:<https://periodicos.sbu.uni-
camp.br/ojs/index.php/urbana/article/download/.../2963>. Acesso em: 2 jan. 2018. (Adaptado).

No sentido do fragmento, a construção de Goiânia foi uma resposta em âmbito estadual às


demandas por um processo de
a) descentralização da política nacional.
b) modernização das relações produtivas.
c) interiorização do centro administrativo do país.
d) sustentação da estrutura oligárquica da sociedade.

Entenda que a política de Vargas se refere a um plano de modernização amplo que inclua as
relações produtivas. A construção de Goiânia, busca uma modernização da política local, reti-
rando as centenárias forças de poder (oligarquias) e seu sistema de voto cabresto por outras
mais ligadas a setores civis e as formas políticas mais contemporâneas à época, como a de-
mocracia plena.
Letra b.

031. (UEG/PC-GO/2012) A implementação do regime militar em 1964 trouxe substanciais mu-


danças na política goiana. A elite econômica e política local que, desde o fim do Império con-
trolava o poder político do estado, teve que submeter as diretrizes centralizadoras do governo
federal. Um acontecimento da política goiana durante o regime militar foi
a) a nomeação, por meio de decreto presidencial, do engenheiro Otávio Lage de Siqueira como
governador de Goiás.
b) a nomeação de governadores desvinculados das famílias tradicionais que controlaram o
poder político em Goiás, tais como os Caiado e os Bulhões.
c) a cassação do governador Mauro Borges Teixeira, em represália a sua atitude firme, em mar-
ço de 1964, na defesa da permanência de João Goulart no poder.

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d) a eleição indireta de Ary Valadão para governador de Goiás em 1978, o último governador
do período da Ditadura militar.

Ary Ribeiro Valadão, foi o último dos governos escolhidos indiretamente pelo Planalto, durante
o Governo Militar. Sem compromissos sociais assumidos em campanha política este governo
caracterizou-se, politicamente, pelas lutas dos grupos e pelo choque, inicialmente, entre o Exe-
cutivo e o Legislativo.
Letra d.

032. (CS-UFG/CÂMARA DE GOIÂNIA/2018) Eles eram chefes de grupos familiares ricos que
comandavam a vida política econômica e social. Controlavam eleições pelo voto de cabresto
e usavam a força necessária para se manter no poder ou indicar quem seria eleito no estado
de Goiás. Trata-se dos:
a) jagunços.
b) monarquistas.
c) coronéis.
d) bandeirantes.

O Coronelismo foi uma prática na política brasileira, caracterizava-se pelo controle da política
por um pequeno grupo de privilegiados que definem os rumos políticos de uma cidade ou re-
gião, utilizando-se muitas vezes de meios ilegais.
Letra c.

033. (CS-UFG/CELG/2014) Um importante marco na história do estado de Goiás se deu no


ano de 2001, quando a Organização das Na­ções Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO) – instituição que desenvolve atividades para a proteção e conservação do patrimô-
nio natural e cultural – finalmente declarou, como Patrimônio da Humanidade,
a) o ecossistema do Cerrado.
b) a cidade de Pirenópolis.
c) o Parque Estadual da Serra dos Pirineus.
d) o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
e) o Centro Histórico da Cidade de Goiás.

A Cidade de Goiás recebeu em dezembro de 2001 da Unesco em Helsinque, na Finlândia, o títu-


lo de Patrimônio Histórico da Humanidade. O título faz jus a arquitetura, à cultura e à memória
da cidade. Sendo o primeiro núcleo urbano fundado no território goiano, no início do século 18.
Entre becos, casarões coloniais e quintais, entre procissões, igrejas e santos barrocos, entre
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alfenins e empadões está escrita a história goiana-brasileira e a história de todos os seus fabu-
losos personagens. Nas margens do Rio Vermelho e nas bordas da Serra Dourada, juntam-se
através dos tempos o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, fundador da ci-
dade; o nobre Conde dos Arcos; o escritor Hugo de Carvalho Ramos; o escultor Veiga Valle; e a
poetisa e doceira Cora Coralina. São histórias fantásticas que convergem para uma só, agora
premiadas pelo seu conjunto.
Disponível em: <http://www.cidadedegoias.com.br/patrimonio.html>. Acesso em: 19 de out. 2021.

Letra e.

034. (UEG/TJGO/2008) Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),


entre 1940 e 2000 a população brasileira deixou de ser predominantemente rural passando a
ser predominantemente urbana. No caso do estado de Goiás, a população urbana que era de
18%, na década de 1940, alcançou 88% no ano 2000. Esse rápido processo de urbanização do
estado de Goiás teve como uma de suas consequências:
a) A concentração fundiária e a formação de latifúndios.
b) A mudança na estrutura econômica do estado, que passou de agrícola a industrial.
c) A concentração da população em pequenas cidades.
d) O surgimento da região metropolitana de Goiânia.

Goiás era um estado essencialmente rural, mas com a construção de grandes polos econômi-
cos e com o desenvolvimento tecnológico nas atividades rurais o estado, levaram a um intenso
êxodo rural e consequentemente um aumento de pessoas habitado nas cidades.
Letra d.

035. (UEG/PCGO/2013) Leia a citação a seguir


“A história do processo de ocupação e povoamento de Goiás nos revela um crescimento po-
pulacional “induzido”, acompanhado pelas políticas territoriais, juntamente com os projetos de
colonização.”
CHAVEIRO, E. F. A Dinâmica Demográfica em Goiás. Goiânia: Editora Ellos, 2009. p. 18.

Segundo o conceito de “crescimento populacional induzido” apontado pelo autor, são exem-
plos de políticas territoriais adotadas em Goiás:
a) a criação da lei da Reforma Agrária, pelos governos militares, cujo objetivo principal era as-
segurar o direito de posse da terra e a consequente fixação do trabalhador no campo.
b) a implementação do Plano de Metas dos governos militares que previa a industrialização do
oeste do Brasil para interiorizar a população.

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c) a modernização da agricultura através da mecanização do campo, constituindo uma fonte


permanente de recursos e atraindo a população para o interior do país.
d) a implantação da Marcha para o Oeste, visando à ocupação do interior, que resultou na cons-
trução de Brasília e da BR-153.

O enunciado descreve perfeitamente as políticas públicas desenvolvidas para ocupar o inte-


rior do país.
Letra d.

036. (CS-UFG/CELG-GT/2014) Ao longo do século XIX, verificou-se um substancial e progres-


sivo aumento da densidade populacional de Goiás. Vários fatores contribuíram para a ocorrên-
cia desse fenômeno, incluindo
a) a evolução acelerada das atividades agrícolas e industriais.
b) o surto dos movimentos de imigração de origem europeia
c) o crescimento demográfico das populações indí­genas
d) as altas taxas de natalidade em todos os estratos sociais.
e) as correntes migratórias oriundas de estados vizinhos

Como resultado da Marcha para o Oeste e a possibilidade de avanços nas técnicas agrícolas,
ocorreu um intenso fluxo migratório para o Goiás.
Letra e.

037. (CS-UFG/AL-GO/2015) A composição da população goiana, considerando a migração,


e bastante heterogênea. Contudo, e possível estabelecer um perfil regional da migração, uma
vez que ela foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em vista o Entorno do Distrito Fe-
deral, a maior parte dos migrantes foram oriundos da região:
a) Sul
b) Norte
c) Nordeste.
d) Sudeste.

Cuidado candidato(a) para não confundir os dados. Esse item faz referência a região do Entor-
no do DF. E o entorno do DF é ocupado por imigrantes nordestinos.
Letra c.

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038. (CS-UFG/AL-GO/2015)

O quadro apresenta o destino de estudantes de municípios goianos que se deslocam diaria-


mente para outras cidades com o objetivo de frequentar escola. Os destinos principais são
Goiânia, que recebe 34,3% desses estudantes, e Brasília, que recebe 21,5%. Esse fenômeno é
caracterizado como migração
a) rural-urbana
b) esporádica.
c) pendular.
d) regional.

A migração que a questão se refere é a pendular. Ela se caracteriza por ser constante, muitas
vezes diárias, que geram as cidades dormitórios.
Letra c.

039. (UEG/PCGO/2013) O estado de Goiás possui uma rede hidrográfica constituída por um
conjunto de rios que drenam o território goiano formando suas bacias hidrográficas. Esses
rios, além de constituírem fontes de recursos hídricos para o abastecimento doméstico e in-
dustrial, muitas vezes servem ao papel político. Nesse aspecto, observa-se que

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a) o rio Araguaia, com suas nascentes no sudoeste goiano, constitui o principal divisor geográ-
fico entre Goiás e Mato Grosso.
b) o rio Meia Ponte, formado pela junção dos rios dos Bois e Corumbá, foi o divisor entre a an-
tiga província de Goiás e a província de Minas Gerais.
c) o rio Paranaíba, cujas nascentes localizam-se no entorno de Brasília, constitui-se divisor
geográfico entre Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
d) o rio Tocantins, formado pela junção dos rios das Almas e Paranã, serve como principal di-
visor geográfico entre Goiás e Bahia.

O item A descreve perfeitamente as características da bacia hidrográfica do Araguaia.


Letra a.

040. (UEG/2019) Sobre aspectos físicos do território goiano: vegetação, hidrografia, clima e
relevo. É incorreto afirmar que
a) O Cerrado é considerado o segundo maior bioma brasileiro, atrás apenas da Floresta Ama-
zônica, possui representatividade no território goiano. Mesmo com elevado nível de desmata-
mento registrado desde a década de 1960, Goiás conseguiu manter reservas da mata nativa
em algumas regiões, o que gera discussões entre fazendeiros e ambientalistas.
b) O Estado de Goiás tem apenas duas estações sazonais que são a seca e a chuvosa. A “esta-
ção seca” tem seu início no mês de abril e estende-se até a primeira quinzena de outubro. Já a
“estação chuvosa” tem seu início na segunda quinzena de outubro e se estende até março do
ano seguinte. (Simehgo/Sectec).
c) O Estado de Goiás possui vegetação de savana, típica do cerrado, reflexo da escassez de
água na região. Goiás é precário em recursos hídricos.
d) Além da presença marcante dos planaltos, dentro dos limites do Estado de Goiás, encontra-
mos também áreas de planícies e depressões.
e) O Estado de Goiás está localizado no Planalto Central Brasileiro, o que justifica a predomi-
nância de planaltos em seu relevo.

O estado de Goiás realmente possui uma vegetação de savana, porém afirmar que o Goiás é
precário em recursos hídricos, faz o item ficar errado.
Letra c.

041. (CS-UFG/CELG/2017) No estado de Goiás há importantes bacias hidrográficas do Brasil.


Considerando a produção de energia, aquela que possui o maior número de usinas hidrelétri-
cas é a Bacia do Rio:

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a) Araguaia.
b) Tocantins.
c) Corumbá.
d) Paranaíba.

É no Paranaíba, precisamente no trecho que corre em Goiás, que se encontra a Hidrelétrica


de Cachoeira Dourada, fornecedora de energia elétrica para Brasília e Goiânia. Ainda há várias
outras hidrelétricas no curso do rio.
Letra d.

042. (UEG/PCGO/2012) O relevo goiano é caracterizado por:


a) planícies aluviais localizadas nas regiões leste e nordeste do estado em áreas próximas aos
cursos d´água mais importantes, como o Tocantins e o Araguaia.
b) chapadas formadas em períodos geológicos recentes (pré-cambriano) e sob condições cli-
máticas similares às atuais.
c) planaltos antigos intensamente erodidos em decorrência do processo de intemperismo fí-
sico-químico.
d) bacias sedimentares localizadas especialmente nas regiões central e norte do estado.

Cuidado para não confundir os itens B e C. As chapadas do estado do Goiás são formadas em
períodos geológicos antigos. Logo, o item correto é a letra C
Letra c.

043. (UEG/PCGO/2013) O bioma do cerrado distribuído pelo território nacional (1/3 da biota
brasileira), no contexto da globalização da economia, está sofrendo violento processo de im-
pactos ambientais em termos de degradação e destruição de significativos ecossistemas do
território do país.
BARBOSA, A. S.; TEIXEIRA NETTO, A.; GOMES, H. Geografia: Goiás-Tocantins. Goiânia: Editora da UFG, 2004, 2.
ed. p. 144.

Os impactos ambientais nas áreas de vegetação natural dos cerrados goianos são causados pela
a) ampliação das áreas de produção agrícola, o que promoveu o desmatamento e a degrada-
ção ambiental, decorrente das práticas da agricultura intensiva.
b) redução nos índices de precipitação pluviométrica e pelo aumento da temperatura do ar,
decorrentes do aquecimento global.

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c) expansão urbana, responsável pelos maiores índices de desmatamento e de extinção de


espécies da fauna e da flora do cerrado.
d) inexistência de legislação estadual e federal que regulamente as políticas de preservação
ambiental em áreas de cerrado.

Um dos principais motivos para o aumento da degradação ambiental, foi a expansão das áreas
agrícolas na região.
Letra a.

Cleber Monteiro
Pós-graduado em Coordenação e Orientação Pedagógica. Professor do Colégio Militar Dom Pedro II (CM-
DPII) e de cursinhos preparatórios para PAS, Enem e concursos públicos (sistema EaD e presencial).

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