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Prefeitura de Goiânia/GO

Conhecimentos Comuns a todos os cargos de Profissional de Educação II – PE II

1. Goiás na contemporaneidade: saúde pública, educação, segurança e transporte ........................... 1

3. Aspectos étnicos, geográficos, históricos, sociais, culturais, econômicos, políticos e administrativos


do Estado de Goiás e do município de Goiânia ........................................................................................ 1

4. Atualidades históricas, administrativas, sociais, políticas, científicas, econômicas, culturais e


ambientais do Estado de Goiás e do Município de Goiânia .................................................................... 33

Candidatos ao Concurso Público,


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professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.
Bons estudos!

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1. Goiás na contemporaneidade: saúde pública, educação, segurança e
transporte

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas, enviar material complementar (caso tenha
tempo excedente para isso e sinta necessidade de aprofundamento no assunto) e receber suas
sugestões. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer
erros de digitação ou dúvida conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso
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Caro candidato, os conteúdos deste tópico serão abordados no tópico 4: Atualidades históricas,
administrativas, sociais, políticas, científicas, econômicas, culturais e ambientais do Brasil, do Estado de
Goiás e do Município de Goiânia.

3. Aspectos étnicos, geográficos, históricos, sociais, culturais,


econômicos, políticos e administrativos do Estado de Goiás e do
município de Goiânia

Localizado na região Centro-Oeste, na qual a atividade agropecuária tem grande destaque, Goiás
apresenta extensas áreas de pastagens e lavouras.
Quase metade do território goiano é formada por latifúndios rurais, ou seja, propriedades com mais de
mil hectares.

A economia do estado de Goiás tem como principais atividades a agricultura, a pecuária e a


indústria.

Em 2008, a contribuição de Goiás para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de 2,5% e, no âmbito
regional, sua participação foi de 27,6%.

A composição do PIB goiano é a seguinte:


Agropecuária: 11%
Indústria: 27%
Serviços: 62%

A agropecuária goiana tem grande importância no cenário econômico nacional, uma vez que sua
produção de carnes e grãos impulsiona a exportação estadual.

A produção agrícola de Goiás é das mais expressivas do país.


Goiás é um dos maiores produtores de tomate, milho e soja do Brasil. Responsável por 33% da
produção nacional de sorgo, Goiás é o principal produtor desse grão no país. Outros cultivos importantes
são: algodão, cana-de-açúcar, café, arroz, feijão, trigo e alho.

A pecuária, por sua vez, está em constante expansão. O estado possui, atualmente, o terceiro maior
rebanho bovino do país.
A pecuária de corte é mais desenvolvida do que a pecuária leiteira.
No entanto, a atividade é a principal responsável pelo desmatamento e destruição do cerrado,
destruindo esse ecossistema e provocando erosões. As criações de suínos e de aves também são
significativas no estado

Goiás também possui reservas minerais. Entre essas, destacam-se os municípios de Minaçu (extração
de amianto), Niquelândia e Barro Alto (níquel), além de Catalão (fosfato).

A indústria goiana é responsável por 27% do PIB regional, esse setor da economia vem se
diversificando constantemente.

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A cidade de Goiânia, capital do estado, abriga boa parte dos complexos industriais. Outras cidades
que se destacam são: Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão, Rio Verde e Itumbiara.
O setor industrial está em expansão. A variedade de indústrias no estado é grande, com destaque para
as indústrias de transformação, alimentícias, têxteis, metalúrgicas, madeireira, mobiliaria,
automobilísticas, de mineração e farmacêutica.
Em Goiás, especificamente no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), está situado o maior polo
farmoquímico da América Latina, abrigando também, indústrias alimentícias, automobilísticas, têxteis,
além de possuir o único porto seco brasileiro.
O estado é um dos maiores produtores de medicamentos genéricos do Brasil.
Produz ainda açúcar e álcool em quantidades significativas. Goiás é o único estado brasileiro que
possui um porto seco.1

O extrativismo, tanto mineral como vegetal contribuem com a economia do estado.


Goiás possui reserva de vários minerais, sendo os de maior destaque, o calcário, o amianto, o fosfato
e o níquel. Existem ainda jazidas de ardósia, cobre, rutilo, argila, manganês, estanho, talco, dolomita e
cromita. Ouro, pedras preciosas (esmeraldas), pedras semipreciosas e cristais-de-rocha também são
encontradas. Os vegetais extraídos são: madeira (mogno), pequi, babaçu e casca de angico.

O turismo é outra atividade de fundamental importância para a economia goiana. As cidades de Caldas
Novas e Rio Quente, principais estâncias hidrotermais do país, atraem milhares de visitantes. O turismo
histórico é cultuado na Cidade de Goiás (Goiás Velho), Corumbá e Pirenópolis. Na região da Chapada
dos Veadeiros e do Rio Araguaia, o turismo ecológico é proporcionado.

Dados referentes à exportação e importação de Goiás:

Exportações – 4,1 bilhões de dólares:


Soja: 27%
Carne bovina: 16%
Resíduos da extração do óleo de soja: 12%
Sulfeto de cobre: 12%
Carne de aves: 7%
Ferro-nióbio: 3%
Milho em grãos: 3%
Outros: 20%.

Importações – 3 bilhões de dólares:


Carros e peças: 37%
Adubos e fertilizantes: 20%
Produtos farmacêuticos: 12%
Máquinas e equipamentos: 8%
Enxofre: 3%
Outros: 20%.2

Assim, com localização privilegiada, potência agropecuária e política de incentivos fiscais, o território
goiano é visto como a nova fronteira dos investimentos no Brasil, sendo que o Estado ficou na dianteira
da retomada dos investimentos previstos pelo governo federal desde 2015.
A economia de Goiás vai viver um dos maiores saltos de sua histórica nos próximos anos com os
investimentos em logística e infraestrutura realizados pelo poder público e iniciativa privada.

O Aeroporto de Cargas de Anápolis, que integra a Plataforma Multimodal, vai gerar o maior up grade
da história da economia de Goiás.
Além da plataforma, o transporte ferroviário é outra vertente de investimento trabalhada pelo poder
público e pela iniciativa privada em Goiás.
Outro projeto férreo é o que promoverá a ligação entre Goiânia e Brasília.

1
PACIEVITCH, Thais. Economia de Goiás. Disponível em: http://www.infoescola.com/economia/economia-de-goias/. Acesso em: Março/2016.
2
FRANCISCO, Wagner De Cerqueria E. "A Economia de Goiás "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-economia-
goias.htm>. Acesso em 09 de marco de 2016.

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Goiânia, capital e cidade mais populosa de Goiás

A população de Goiás é composta por 6.003.788 habitantes, conforme dados do Censo Demográfico
de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse contingente
populacional, o maior do Centro-Oeste e o décimo segundo do país, corresponde a aproximadamente
3,15% da população atual do Brasil.

A densidade demográfica, também conhecida como população relativa, é de 17,6 habitantes por
quilômetro quadrado, portanto, o estado possui vazios demográficos. A taxa de crescimento demográfico
é de 1,8% ao ano, impulsionada pelo crescimento vegetativo e pelo intenso fluxo migratório com destino
ao estado.

De acordo com dados do IBGE, cerca de 25% da população de Goiás é formada por imigrantes, ou
seja, pessoas oriundas de outros estados. Esse fluxo migratório é resultado de algumas políticas públicas
para ocupação da porção oeste do território brasileiro, fato que se intensificou a partir da década de 1950.

A construção de Goiânia, capital de Goiás, e de Brasília, capital Federal, atraiu pessoas de diferentes
partes do país, em especial de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí. A expansão
da fronteira agrícola e o desenvolvimento econômico registrado em Goiás também contribuíram para esse
processo.

Seguindo uma tendência nacional, a população urbana é maioria em Goiás (90%). Goiânia é a cidade
mais populosa, com 1.302.001 habitantes. Existem outros 245 municípios, sendo que os mais populosos
são: Aparecida de Goiânia (455.657), Anápolis (334.613), Rio Verde (176.424), Luziânia (174.531) e
Águas Lindas de Goiás (159.378).

No aspecto social, a população de Goiás enfrenta alguns problemas, como, por exemplo, o déficit nos
serviços de saneamento ambiental: menos de 50% têm acesso à rede de esgoto. A taxa de mortalidade
infantil é de 18,3 óbitos a cada mil nascidos vivos, abaixo da média nacional, que é de 22. Goiás ocupa
9° lugar no ranking nacional de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).3

Goiás é uma das unidades federativas que integram a região Centro-Oeste. Sua extensão territorial é
de 340.103,467 quilômetros quadrados, correspondendo a 4% do território nacional. Conforme contagem
populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população
totaliza 6.003.788 habitantes, distribuídos em 246 municípios, sendo o estado mais populoso do Centro-
Oeste. O crescimento demográfico é de 1,8% ao ano e a densidade demográfica é de 17,6 habitantes por
quilômetro quadrado.

O povoamento do estado de Goiás intensificou-se em decorrência de uma série de políticas públicas


para a ocupação e desenvolvimento econômico da porção oeste do território brasileiro, a chamada
Marcha para o Oeste. Houve a expansão da fronteira agrícola e maiores investimentos em infraestrutura
no estado, além da construção da nova capital, Goiânia, e da capital Federal, Brasília. Fatos estes que
desencadearam grandes fluxos migratórios para Goiás.

Como resultado dessa política de incentivo à ocupação do oeste brasileiro, a população de Goiás teve
um aumento significativo, principalmente após o ano de 1950. Neste, segundo dados do IBGE, havia

3
Wagner de Cerqueira e Francisco. Disponível em: http://alunosonline.uol.com.br/geografia/populacao-goias.html. Acesso em: Março/2016.

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1.010.880 habitantes no estado, população essa que atingiu, conforme dados do mesmo instituto,
6.003.788 habitantes em 2010.

Além do crescimento demográfico da população goiana, sendo que pessoas de vários locais do país
foram grandes responsáveis por tal ocorrência. Segundo dados do IBGE, aproximadamente 25% da
população de Goiás é composta por imigrantes, vindos principalmente, dos estados de Minas Gerais, São
Paulo, Maranhão, Bahia, Piauí, como também do Distrito Federal.

A composição étnica da população goiana é a seguinte:


Pardos: 50,9%.
Brancos: 43,6%.
Negros: 5,3%
Indígenas: 0,2%.

Goiânia, a capital de Goiás, é a cidade mais populosa do estado, sua extensão territorial é de
aproximadamente 733 quilômetros quadrados, e possui 1.302.001 habitantes. Outras cidades populosas
do estado são: Aparecida de Goiânia (455.657), Anápolis (334.613), Rio Verde (176.424), Luziânia
(174.531), Águas Lindas de Goiás (159.378), Valparaíso de Goiás (132.982), Trindade (104.488),
Formosa (100.085), Itumbiara (92.883).

A expectativa de vida da população goiana é de 72 anos;


A taxa de mortalidade infantil é de 18,3 óbitos a cada mil nascidos vivos.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) estadual é de 0,800, ocupando o 9° lugar no ranking
nacional e o analfabetismo atinge 8,6% da população.
No que se refere à rede de esgoto, a mesma alcança menos da metade das habitações.4

Povo Goiano:

Povos do passado e do presente se reuniram na formação do gentílico goiano. Seguindo a tendência


do resto do país, na mistura de povos indígenas, africanos e europeus, mais tarde dos imigrantes e
migrantes vindos de todas as partes do globo, Goiás reinventa a cada dia sua identidade. É um povo
misturado, com fortes traços do sertanejo original e que contribuíram, cada qual a seu modo, na
caracterização desse povo goiano.

Goianos e Goianienses:

A composição inicial da população de Goiás se deu por meio da convivência nem tão pacífica entre os
índios que aqui residiam e as levas de paulistas e portugueses que vinham em busca das riquezas
minerais. Estes por sua vez, trouxeram negros africanos à tira colo para o trabalho escravista, moldando
a costumeira tríade da miscigenação brasileira entre índios, negros e brancos, e todas as suas derivações.

4
FRANCISCO, Wagner De Cerqueria E. "A população de Goiás"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-populacao-
goias.htm>. Acesso em 10 de marco de 2016.

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Entretanto, a formação do caráter goiano vai além dessa visão simplista e adquiriu características
especiais à medida que o espaço físico do Estado passou a ser ocupado.

Até o início do século XIX, a maioria da população em Goiás era composta por negros. Os índios que
habitavam o Estado ou foram dizimados pelo ímpeto colonizador ou migraram para aldeamentos oficiais.
Segundo o recenseamento de 1804, o primeiro oficial, 85,9% dos goianos eram “pardos e pretos” e este
perfil continuou constante até a introdução das atividades agropecuárias na agenda econômica do
Estado.

Havia no imaginário popular da época a ideia de sertão presente na constituição física do Estado. O
termo, no entanto, remeteria a duas possibilidades distintas de significação: assim como na África,
representava o vazio, isolado e atrasado, mas que por outro lado se apresentava como desafio a ser
conquistado pela ocupação territorial.

Essa ocupação viria acompanhada predominantemente pela domesticação do sertão segundo um


modelo de trabalho familiar, cujo personagem principal, o sertanejo, assumiu para si a responsabilidade
da construção do país, da ocupação das fronteiras e, por seguinte, da Marcha para o Oeste
impulsionadora do desenvolvimento brasileiro. Registros da época dão conta de processos migratórios
ao longo do século XIX e metade do século XX, com correntes migratórias de Minas Gerais, Bahia,
Maranhão e Pará, resultando em uma ampla mestiçagem na caracterização do personagem sertanejo.

O sertanejo, aí, habitante do vazio e isolado sertão, tinha uma vida social singela e pobre de
acontecimentos. O calendário litúrgico e a chegada de tropas e boiadas traziam as únicas novidades
pelas bocas de cristãos e mascates. Nessa época, a significação da vida estava diretamente ligada ao
campo e dele resultaram, segundo as atividades registradas nos arraias, o militar, o jagunço, o funcionário
público, o comerciante e o garimpeiro.
Ao longo do século XX, novas levas migratórias, dessa vez do sul e de estrangeiros começam a ser
registradas no território goiano, de modo que no Censo do ano 2000, os cinco milhões de habitantes se
declararam como 50,7% de brancos, 43,4% de pardos, 4,5% de negros e 0,24% de outras etnias.

Goianos e muitas goianas


O último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010
confirmou uma população residente em Goiás de 6.003.788 habitantes, com crescimento acima da média
nacional, que foi de 1,17% ao ano.
Em termos de gênero, a população feminina sai na frente. São 3.022.161 mulheres, contra 2.981.627
homens – em uma proporção de 98 homens para cada 100 mulheres. Reflexo também sentido na capital,
Goiânia, com 681.144 mulheres e 620.857 homens (diferença de 60.287 pessoas).

Goiás compõe a região Centro-Oeste do Brasil e apresenta grande diversidade quanto ao relevo, clima,
vegetação e hidrografia.

Cachoeira na Chapada dos Veadeiros

Goiás está situado no planalto central brasileiro, integrando a Região Centro-Oeste. Sua extensão
territorial é de 340.103,467 quilômetros quadrados, sendo o sétimo maior estado do país, correspondendo
a aproximadamente 4% da área total do Brasil. Possui 246 municípios, divididos em 18 Microrregiões,
onde residem cerca de 6 milhões de pessoas.

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Sem saída para o mar, o território goiano limita-se ao norte com Tocantins, a nordeste com a Bahia, a
leste com Minas Gerais, ao sul com Mato Grosso do Sul e a oeste com Mato Grosso. Apresenta grande
diversidade de elementos naturais, tais como o relevo, clima, vegetação e hidrografia.

A maior parte do relevo de Goiás é caracterizada por terrenos relativamente planos. Nas regiões
próximas aos rios Tocantins e Araguaia, predominam suaves ondulações. Os pontos mais elevados estão
localizados na Chapada dos Veadeiros, atingindo até 1.921 metros acima do nível do mar, no Morro Alto,
que é o ponto mais alto do estado.
Goiás está situado sobre o Planalto Central Brasileiro e abriga em suas terras um mosaico de
formações rochosas distintas quanto à idade e à composição. Resultado de um processo de milhões de
anos da evolução de seus substratos, o solo goiano foi favorecido com a distribuição de regiões planas,
o que favoreceu a ocupação do território, além da acumulação de metais básicos e de ouro, bem como
gemas (esmeraldas, ametistas e diamantes, entre outros) e metais diversos, que contribuíram para a
exploração mineral propulsora da colonização e do desenvolvimento dos núcleos urbanos na primeira
metade do século XVIII.
O processo de formação do relevo e de decomposição de rochas explica, ainda, a formação de solos
de fertilidade natural baixa e média (latossolos) predominantes na maior parte do Estado, e de solos
podzólicos vermelho-amarelo, terra roxa estruturada, brunizém avermelhado e latossolo roxo, que
apresentam alta fertilidade e se concentram nas regiões Sul e Sudoeste do Estado, além do Mato Grosso
Goiano. A distribuição de ligeiras ondulações e o relevo esculpido entre rochas salientaram ainda a
caracterização do curso de rios, formadores de aquíferos importantes das bacias hidrográficas sul-
americanas e que fazem do Estado um dos mais abundantes em recursos hídricos. Associados a esses
processos, a vegetação rala do Cerrado também contribui para o processo de erosão e da formação de
grutas, cavernas e cachoeiras, que associadas às chapadas e poucas serras presentes no Estado,
configuram opções de lazer e turismo da região.

Potencial Mineral do Estado de Goiás

Água mineral
Água termal
Areia e Cascalho
Argila
Ametista
Amianto
Basalto
Berilo
Calcário Agrícola
Calcário Dolomítico
Cobre, Ouro e Prata
Diamante industrial
Esmeralda
Filito
Fosfato
Gnaisse
Granito
Granodiorito
Granulito
Manganês
Mecaxisto
Níquel e Cobalto
Quartzito
Titânio
Vermiculita
Xisto

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Fonte: Superintendência de Estatísticas, Pesquisa e Informações Socioeconômicas – Secretaria de
Gestão e Planejamento (SEPIN/SEGPLAN).

O clima predominante é o tropical, com duas estações bem definidas: uma chuvosa (entre outubro e
abril) e uma seca (de maio a setembro). A média pluviométrica (chuvas) anual é de 1.532 mm. Já a
temperatura média anual varia entre 20 °C a 24 °C, sendo que as máximas podem atingir até 36 °C e as
mínimas, 12 °C.

O clima goiano é predominantemente tropical, com a divisão marcante de duas estações bem definidas
durante o ano: verão úmido, nos meses de dezembro a março, e inverno seco, predominante no período
de junho a agosto. De acordo com o Sistema de Meteorologia e Hidrologia da Secretaria de Ciência e
Tecnologia (Simehgo/Sectec), a temperatura média varia entre 18ºC e 26ºC, com amplitude térmica
significativa, variando segundo o regime dominante no Planalto Central.

Estações
No mês de setembro, com o início da primavera, as chuvas passam a ser mais intensas e frequentes,
marcando o período de transição entre as duas estações protagonistas. As pancadas de chuva, no final
da tarde ou noite, ocorrem em decorrência do aumento do calor e da umidade que se intensificam e que
podem ocasionar raios, ventos fortes e queda de granizo.
No verão, coincidente a alta temporada de férias no Brasil, há a ocorrência de dias mais longos e
mudanças rápidas nas condições diárias do tempo, com chuvas de curta duração e forte intensidade,
acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento. Há ainda o registro de veranicos com períodos de
estiagem com duração de 7 a 15 dias. Há registros do índice pluviométrico oscilando entre 1.200 e 2.500
mm entre os meses de setembro a abril.
No outono, assim como na primavera, há o registro de transição entre estações o que representa
mudanças rápidas nas condições de tempo com redução do período chuvoso. As temperaturas tornam-
se mais amenas devido à entrada de massas de ar frio, com temperaturas mínimas variando entre 12ºC
e 18ºC e máximas de 18ºC e 28ºC. A umidade relativa do ar é alta com valores alcançando até 98%.
Já o inverno traz o clima tipicamente seco do Cerrado, com baixos teores de umidade, chegando a
valores extremos e níveis de alerta em algumas partes do Estado. Há o registro da entrada de algumas
massas de ar frio que, dependendo da sua trajetória e intensidade, provocam quedas acentuadas de
temperatura, especialmente à noite, apesar dos dias serem quentes, propícios à alta temporada de férias
no Rio Araguaia.

O cerrado é a principal cobertura vegetal de Goiás. Esse bioma é marcado por árvores de galhos
tortuosos, cascas grossas e raízes profundas, além do solo pobre em nutrientes. O estado também abriga
áreas de floresta tropical, na Região do Mato Grosso Goiano e enclaves de floresta Atlântica, entre as
cidades de Goiânia e Anápolis.

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Goiás possui a maior estância hidrotermal do mundo. Águas quentes afloram do solo das cidades de
Caldas Novas e Rio Quente, com temperaturas que variam entre 20°C a 40°C. Além desses dois
municípios, outras importantes fontes termais do estado estão situadas em Lagoa Santa, Cachoeira
Dourada, Minaçu, Formoso, Mara Rosa, Cavalcante, Colinas do Sul, Niquelândia, Jataí e Aragarças.

A rede hidrográfica de Goiás é muito rica, integrando três importantes bacias hidrográficas do país:
Paraná, São Francisco e Araguaia-Tocantins, que é a maior bacia exclusivamente brasileira. Entre os
principais rios estão o Aporé, Araguaia, Claro, Corumbá, dos Bois, Paranã, Paranaíba, Maranhão, São
Marcos, Tocantins, entre outros.5
Engana-se quem pensa que as características de vegetação de savana, típicas do Cerrado, são
reflexos de escassez de água na região. Pelo contrário, Goiás é rico em recursos hídricos, sendo
considerado um dos mais peculiares e abundantes Estados brasileiros quanto à hidrografia. Graças ao
seu histórico geológico constituído durante milhões de anos, foram depositadas várias rochas
sedimentares, entre elas o arenito de alta porosidade e alta permeabilidade, que permitiram a formação
de grandes cursos d’água e o depósito de parte de grandes aquíferos, como o Bambuí, o Urucuia e o
Guarani, este último um dos maiores do mundo, com área total de até 1,4 milhão de km².

Centro das águas


Nascem, em Goiás, rios formadores das três mais importantes bacias hidrográficas do país. Todos os
cursos d’água no sentido Sul-Norte, por exemplo, são coletados pela Bacia Amazônica, dos quais
destacam-se os rios Maranhão, Almas e Paraná que dão origem ao Rio Tocantins, mais importante
afluente econômico do Rio Amazonas. No mesmo sentido, corre o Rio Araguaia, de importância ímpar na
vida do goiano e que divide Goiás com os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, chegando em
Tocantins ao encontro do outro curso que leva o nome daquele Estado, no Bico do Papagaio.
A Bacia do Rio São Francisco tem entre seus representantes os rios Entreribeiro, Paracatu e Preto, os
quais nascem próximos ao Distrito Federal e seguem em direção ao Nordeste do país. Enquanto que, por
outro lado, corre o rio Corumbá, afluente do Paranaíba, formador da Bacia do Paraná que segue rumo ao
Sul, pontilhado dentro de Goiás por hidrelétricas, o que denota seu potencial energético para o Estado.

Serra da Mesa
Em Goiás também está localizado o lago artificial da Usina de Serra da Mesa, no Noroeste do Estado.
Considerado o quinto maior lago do Brasil (1.784 km² de área inundada), é o primeiro em volume de água
(54,4 bilhões de m³) e, formado pelos rios Tocantins, Traíras e Maranhão, atrai importantes atrativos
turísticos para a região, com a realização de torneios esportivos e de pesca, além da geração de energia
elétrica.

Guarde bem:

Informações sobre a Geografia de Goiás

Localização Geográfica: região Centro-Oeste

Limites geográficos: Tocantins (norte), Matro Grosso de Sul e Minas Gerais (sul); Bahia e Minas
Gerais (leste); Mato Grosso (oeste)

Área: 340.086 km²

5
Wagner de Cerqueira e Francisco. Aspectos Físicos de Goiás. Disponível em: http://alunosonline.uol.com.br/geografia/aspectos-fisicos-
goias.html. Acesso em: Março/2016.

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Fronteiras com os seguintes estados: Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso,
Distrito Federal e Bahia.
Clima: tropical

Relevo: serras, chapadas e planalto em grande parte do território. Presença de depressão na região
norte do estado.

Vegetação: vegetação de cerrado com faixas de floresta tropical.

Ponto mais alto: Chapada dos Veadeiros (1.691 metros)

Cidades mais populosas: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde, Luziânia e Águas
Lindas.

Principais recursos naturais: níquel, manganês, calcário, ouro, esmeralda e fosfato.

Principais rios: rio Aporé, Paranaíba, Araguaia, Corumbá, São Marcos, Maranhão, Paranã, Verde,
Vermelho, das Almas e Claro.

Principais problemas ambientais: poluição de rios, poluição do ar na capital, desmatamento e erosão


do solo.6

Chapada dos Veadeiros: ponto mais alto do estado de Goiás

GOIÂNIA

Goiânia é um município brasileiro, capital do estado de Goiás, distando 209 km de Brasília, a capital
nacional, sendo assim, a capital estadual mais próxima da capital federal.
Localizada no centro do seu estado, foi planejada e construída para ser a capital política e
administrativa de Goiás sob influência da Marcha para o Oeste, política desenvolvida pelo governo Vargas
para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do Centro-Oeste brasileiro. Os estreitos laços
de amizade e inteirações políticas entre Pedro Ludovico Teixeira e Vargas contribuíram bastante para
essa empreitada. Sofreu um acelerado crescimento populacional desde a década de 1960, atingindo um
milhão de habitantes em 1996. Desde seu início, a sua arquitetura teve influência do Art Déco, que definiu
a fisionomia dos primeiros prédios da cidade.
É a segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste, sendo superada apenas por Brasília. É um
importante polo econômico da região, sendo considerada um centro estratégico para áreas como
indústria, medicina, moda e agricultura.
De acordo com as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população
é de 1 430 697 habitantes em 2015, sendo a sexta maior cidade do Brasil em tamanho, com 256,8
quilômetros quadrados de área urbana e o décimo segundo município mais populoso do Brasil.
A Região Metropolitana de Goiânia possui 2 421 831 habitantes, o que a torna a 13ª região
metropolitana mais populosa do país.
Goiânia pertence à Mesorregião do Centro Goiano e à Microrregião de Goiânia. Com uma área de
aproximadamente 739 km², possui uma geografia contínua, com poucos morros e baixadas, tendo terras
planas na maior parte de seu território, com destaque para o rio Meia Ponte, além dos córregos Botafogo
e Capim Puba. Goiânia destaca-se entre as capitais brasileiras por possuir o maior índice de área verde
por habitante do Brasil, ultrapassada apenas por Edmonton em todo o mundo.

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Disponível em: http://www.suapesquisa.com/geografia/goias.htm. Acesso em: Março/2016.

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Acima, à esquerda, o Monumento às Três Raças; à direita o Parque Vaca Brava; ao meio uma vista
panorâmica da cidade; abaixo, à direita o Viaduto Latif Sebba; ao lado o Jardim Botânico.

Bandeira e Brasão:

Localização de Goiânia em Goiás

Localização de Goiânia no Brasil

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Goiânia é a capital do décimo segundo estado mais populoso do Brasil, Goiás, situando-se próximo
ao paralelo 16º40'43'' sul e do meridiano 49º15'14'' oeste.
A área do município é controversa, e varia conforme fonte de dados. A própria prefeitura refere 739
km² e o IBGE indica 733 km².
Suas cidades limítrofes são Nerópolis e Goianápolis ao norte; Aparecida de Goiânia ao sul; Senador
Canedo e Bela Vista de Goiás ao leste; e Goianira e Trindade ao oeste.

Região Metropolitana de Goiânia


O intenso processo de conurbação atualmente em curso na chamada Grande Goiânia vem criando
uma metrópole cujo centro está em Goiânia e atinge os municípios de Abadia de Goiás, Aparecida de
Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis,
Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador
Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade.
A Região Metropolitana de Goiânia foi criada no ano de 1999 e atualmente é constituída por 20
municípios, sendo a décima maior aglomeração urbana do Brasil, com 2 206 134 habitantes.
Seu Produto Interno Bruto (PIB) representou menos de 40% do estado em 2005.

Hidrografia
Do ponto de vista hidrográfico, Goiânia e sua região metropolitana se localizam numa região onde há
22 sub-bacias hidrográficas, as quais deságuam nos ribeirões Anicuns, Dourados e João Leite. Todas as
sub-bacias pertencem à bacia hidrográfica do rio Meia Ponte, afluente direto do rio Paranaíba.
Hidrograficamente, Goiânia possui 85 cursos d'água, sendo oitenta córregos, quatro ribeirões e um único
rio.
Desde sua fundação, a cidade teve um crescimento populacional desordenado que trouxe problemas
ambientais como consequência, com destaque para as erosões, principalmente a fluvial, que vem
comprometendo a qualidade de seus cursos d'água.

Rio Meia Ponte

Geologia e geomorfologia
Goiânia está em uma região de dobramentos formados no período neoproterozoico, cujo relevo do
local é composto por planaltos com pequenos declives, o que dá ao território paisagens aplanainadas.
O solo da cidade é do tipo terra roxa.

Geomorfologicamente, Goiânia está dividida em cinco categorias: Planalto dissecado de Goiânia,


Chapadões de Goiânia, Planalto embutido de Goiânia, Terraços e Planícies da Bacia do rio Meia Ponte
e os Fundos de Vales.
As características geomorfológicas de tais categorias contribuem para que Goiânia tenha uma
topografia relativamente aplainada, apresentando poucos declives, onde os maiores se localizam em
locais isolados, com erosões ou próximos a cursos d'água e vales. Tais declives fizeram com que Goiânia
tivesse uma altitude baixa em relação às cidades vizinhas, se tornando um degrau em pleno planalto.

Relevo e vegetação
Localizada na região central do Brasil, Goiânia possui uma altitude de 749 metros.
Mesmo tendo uma topografia aplainada, a cidade contém regiões altas ou baixas, como o Morro do
Mendanha, que possui 841 metros de altitude, e é nele que se localizam torres que pertencem à
emissoras de televisões locais. Há também o Morro da Serrinha, tendo 816 metros de altura.
Goiânia se localiza num estado onde o cerrado é a vegetação predominante de 70% de seu território.
A cidade contém um solo arenoso e ácido, formado por duas estações distintas. Há várias tipologias
florestais na cidade de regiões de savana.

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Mata na região norte de Goiânia em 2010
Clima
Em Goiânia predomina o clima tropical com estação seca.
Estando numa região de alta altitude, o ar é relativamente seco na maior parte do ano, chegando a
níveis críticos entre os meses de julho e setembro e ao extremo em agosto.
As temperaturas mais baixas são registradas no inverno e as mais altas na primavera.
A temperatura é amena durante todo o ano, com média compensada de 23,2 °C, sendo a média
mínima de 18 °C e a máxima de 30 °C.
Há duas estações bem definidas: uma chuvosa, de outubro a abril, e outra seca, de maio a setembro,
sendo o índice pluviométrico anual de aproximadamente 1 570 milímetros (mm).

Questões

01. (PC/GO – Agente de Polícia – UEG/2013) Embora Goiás esteja situado no core do domínio dos
cerrados, este não é o seu único tipo de vegetação. Sobre seu território projeta-se também outro tipo
específico de vegetação, que ocupa a segunda maior área em extensão. Esse tipo fitofisionômico é
denominado
(A) Mato Grosso Goiano, situado na região central do estado.
(B) Floresta Amazônica, no norte e oeste goiano, na divisa com Mato Grosso.
(C) Mata de cocais, nas proximidades de Minaçu até o estado de Tocantins.
(D) Mata Atlântica, no sul goiano próximo à divisa com Minas Gerais.

02. (PC/GO – Delegado de Polícia – UEG/2012) O relevo goiano é caracterizado por:


(A) planícies aluviais localizadas nas regiões leste e nordeste do estado em áreas próximas aos cursos
d´água mais importantes, como o Tocantins e o Araguaia.
(B) chapadas formadas em períodos geológicos recentes (pré-cambriano) e sob condições climáticas
similares às atuais.
(C) planaltos antigos intensamente erodidos em decorrência do processo de intemperismo físico-
químico.
(D) bacias sedimentares localizadas especialmente nas regiões central e norte do estado.

03. (AL/GO – Assistente Administrativo – CS/UFG/2015) Leia o texto.


A região e caracterizada, especialmente no início do século XX, pela ocupação estimulada pelos trilhos
da Estrada de Ferro. Atualmente, apresenta uma rede urbana pouco densa, com predomínio de cidades
abaixo de 10.000 habitantes. Além da forte agricultura, sua economia se destaca pela produção mineral
e pela presença de indústrias do setor automotivo.

O texto faz referência a região goiana conhecida como


(A) Sudeste Goiano.
(B) Nordeste Goiano.
(C) Sudoeste Goiano.
(D) Região Metropolitana.

04. (PC/GO – Delegado de Polícia – UEG/2013) A geomorfologia do território goiano resulta de três
processos naturais, sendo eles: o aplainamento do relevo primitivo por meio de sucessivos ciclos
erosivos, a intensa deposição de sedimentos que formou as nossas bacias sedimentares e o
entalhamento dos diferentes níveis de relevo mediante a rede de drenagem instalada no modelado.

BARBOSA, A. S.; TEIXEIRA NETTO, A.; GOMES, H. Geografia: Goiás-Tocantins. Goiânia: Editora
da UFG, 2004. 2. ed. p. 151.

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Nesse sentido observa-se que o relevo goiano é caracterizado por
(A) apresentar diferenciações altimétricas bruscas, com cotas que variam entre 400 e 2000 metros.
(B) constituir-se por cristas de estrutura inclinada relativas a escarpas suaves de um lado e encostas
abruptas do outro.
(C) apresentar como área mais extensa a Planície do Araguaia, onde se encontra a Ilha do Bananal.
(D) constituir-se das seguintes unidades geomorfológicas: o Planalto Central Goiano, a Depressão do
Araguaia e o Chapadão de Rio Verde.

05. (PC/GO – Delegado de Polícia – UEG/2013) O bioma do cerrado distribuído pelo território nacional
(1/3 da biota brasileira), no contexto da globalização da economia, está sofrendo violento processo de
impactos ambientais em termos de degradação e destruição de significativos ecossistemas do território
do país.
BARBOSA, A. S.; TEIXEIRA NETTO, A.; GOMES, H. Geografia:
Goiás-Tocantins. Goiânia: Editora da UFG, 2004, 2. ed. p. 144.

Os impactos ambientais nas áreas de vegetação natural dos cerrados goianos são causados pela
(A) ampliação das áreas de produção agrícola, o que promoveu o desmatamento e a degradação
ambiental, decorrente das práticas da agricultura intensiva.
(B) redução nos índices de precipitação pluviométrica e pelo aumento da temperatura do ar,
decorrentes do aquecimento global.
(C) expansão urbana, responsável pelos maiores índices de desmatamento e de extinção de espécies
da fauna e da flora do cerrado.
(D) inexistência de legislação estadual e federal que regulamente as políticas de preservação
ambiental em áreas de cerrado.

06. (SAPeJUS/GO – Agente de Segurança Prisional – FUNIVERSA/2015) O sudoeste goiano,


região onde se situa Rio Verde,
(A) viveu um processo de povoamento e desenvolvimento muito recente, intensificado apenas na
década de 1990, com elevadíssimo crescimento populacional.
(B) está distante das vias de acesso às grandes regiões agropecuaristas do Centro-Oeste.
(C) não possui municípios com IDHM abaixo de 0,6, o que contribuiu para que o estado de Goiás
estivesse, em 2010, entre as dez melhores unidades da Federação, nesse aspecto.
(D) é conhecido também como a região da “Estrada de Ferro”.
(E) tem a indústria de bens de produção como base da economia regional.

07. (UEG – Analista de Gestão – FUNIVERSA/2015). Assinale a alternativa correta com relação à
dinâmica da população goiana segundo o último censo demográfico nacional realizado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010.
(A). Verificou-se maior densidade demográfica nos seguintes municípios: Valparaíso de Goiás,
Goiânia, Aparecida de Goiânia e Águas Lindas de Goiás.
(B) A população goiana era, à época, ligeiramente inferior a 6 milhões de habitantes.
(C) Pessoas nascidas em unidades da Federação fora da região Centro-Oeste compõem a maioria da
população goiana, o que torna o estado o maior receptor de migrantes no Brasil.
(D) Goiás foi o estado brasileiro que mais perdeu população para o exterior, especialmente rumo à
América do Norte, tendo a emigração de homens predominado sobre o êxodo de mulheres.
(E) A densidade demográfica do estado de Goiás era, à época, igual a 17,65 hab./km², superior,
portanto, à média nacional.

08. (UEG – Analista de Gestão – FUNIVERSA/2015). Assinale a alternativa correta com relação à
dinâmica da população goiana segundo o último censo demográfico nacional realizado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010.
(A) A população goiana era, à época, ligeiramente inferior a 6 milhões de habitantes.
(B) Pessoas nascidas em unidades da Federação fora da região Centro-Oeste compõem a maioria da
população goiana, o que torna o estado o maior receptor de migrantes no Brasil.
(C) Goiás foi o estado brasileiro que mais perdeu população para o exterior, especialmente rumo à
América do Norte, tendo a emigração de homens predominado sobre o êxodo de mulheres.
(D) A densidade demográfica do estado de Goiás era, à época, igual a 17,65 hab./km², superior,
portanto, à média nacional.

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(E). Verificou-se maior densidade demográfica nos seguintes municípios: Valparaíso de Goiás,
Goiânia, Aparecida de Goiânia e Águas Lindas de Goiás.

09. (AL/GO – Assistente Legislativo – CS/UFG/2015) A composição da população goiana,


considerando a migração, e bastante heterogênea. Contudo, é possível estabelecer um perfil regional da
migração, uma vez que ela foi influenciada, sobretudo, pelo trabalho. Tendo em vista o Entorno do Distrito
Federal, a maior parte dos migrantes foram oriundos da região
(A) Sul
(B) Norte
(C) Nordeste.
(D) Sudeste.

10. (Prefeitura de Goiânia/GO – Auditor de Tributos – CS/UFG/2016) A Região Metropolitana de


Goiânia foi criada em 30 de dezembro pela Lei Complementar Estadual de número 27. A Lei
Complementar de número 78, aprovada em 25 de março de 2010, incluiu outros seis municípios, dentre
os quais, de acordo com o censo demográfico de 2010 do IBGE, três possuem os menores quantitativos
populacionais dessa Região Metropolitana. São eles:
(A) Santo Antônio de Goiás, Nova Veneza e Guapó.
(B) Bonfinópolis, Aragoiânia e Terezópolis de Goiás.
(C) Abadia de Goiás, Goianira e Goianápolis.
(D) Brazabrantes, Caldazinha e Caturaí.

Respostas

01. Resposta: A.
Com exceção da região do Mato Grosso Goiano, onde domina uma pequena área de floresta tropical
em que existem árvores de grande porte aproveitadas pela indústria, como o mogno, jequitibá e peroba,
o território goiano apresenta a típica vegetação do Cerrado. Arbustos altos e árvores de galhos retorcidos
de folha e casca grossas com raízes profundas formam boa parte da vegetação. Municípios como Goiânia
e Anápolis, bem como diversos outros localizados no sul do estado possuem estreitas faixas de floresta
atlântica, as quais, na maioria das vezes, cobre margens de rios e grandes serras.
Ao contrário das áreas de caatinga do Nordeste brasileiro, o subsolo do cerrado apresenta água em
abundância, embora o solo seja ácido, com alto teor de alumínio, e pouco fértil. Por esse motivo, na
estação seca, parte das árvores perde as folhas para que suas raízes possam buscar a água presente
no subsolo.

02. Resposta: C.
Segundo o site do governo de Goiás, cerca de 65% da superfície de Goiás são formados por terras
relativamente planas (chapadões), que configuram 4 Superfícies Regionais de Aplainamento: I entre
1.100 e 1.600m de altitude, II entre 900 e 1.000m, III entre 650 e 1.000m e IV entre 250 e 550. Encontram-
se separadas uma das outras por áreas de colinas suaves ou por escarpas de maior declividade (Zonas
de Erosão Recuante); as superfícies mais altas são as mais antigas.

03. Resposta: A.
A territorialização da agricultura moderna no Sudeste Goiano metamorfoseou, o espaço agrário de
muitos municípios em consequência das “novas lógicas” que se instalaram, marcadas pelo uso intenso
da ciência e da tecnologia, pela especialização produtiva, principalmente a produção de grãos, voltados
para agroindústria e para mercado externo. Somam-se a isso, a concentração de terras, os impactos
ambientais e a substituição de produtores tradicionais, em muitos casos camponeses, por empresários
rurais. Assim, com a territorialização do agronegócio, constituem-se novos usos do território pelas
empresas rurais e pelas agroindústrias, criando novas territorialidades no campo e nada cidade e
consequentemente disputas pelo uso do território.

04. Resposta: C.
A maior parte do relevo de Goiás é caracterizada por terrenos relativamente planos. Nas regiões
próximas aos rios Tocantins e Araguaia, predominam suaves ondulações. Os pontos mais elevados estão
localizados na Chapada dos Veadeiros, atingindo até 1.921 metros acima do nível do mar, no Morro Alto,
que é o ponto mais alto do estado.

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05. Resposta: A.
A pecuária é a principal responsável pelo desmatamento e destruição do cerrado, destruindo esse
ecossistema e provocando erosões. As criações de suínos e de aves também são significativas no estado.

06. Resposta: C.
Em 2010 o município de Rio Verde registrou o maior crescimento na agropecuária do país, saltando
do 12º lugar para o topo do ranking nacional.

07. Resposta: A.
Densidade demográfica de Valparaíso de Goiás: 2.197,14 hab./km²;
Densidade demográfica de Goiânia: 1.776,75 hab./km²;
Densidade demográfica de Aparecida de Goiânia: 1.580,27 hab./km²;
Densidade demográfica de Águas Lindas de Goiás: 846,03 hab./km².

08. Resposta: E.
Densidade demográfica de Valparaíso de Goiás: 2.197,14 hab./km²;
Densidade demográfica de Goiânia: 1.776,75 hab./km²;
Densidade demográfica de Aparecida de Goiânia: 1.580,27 hab./km²;
Densidade demográfica de Águas Lindas de Goiás: 846,03 hab./km².

09. Resposta: C.
Uma vez que a maior parte da mão-de-obra de que se valeu o Governo Federal na construção de
Brasília, foi composta de nordestinos, em especial o povo cearense e baiano. Povo alegre e festeiro, mas
dedicado ao trabalho, o que faz com que se adaptem aos mais diversos tipos de ambientes, e sejam
aceitos pelo seu modo simples de vida.
São os que ficaram conhecidos por Candangos, por se adaptarem ao intenso calor do Planalto Central,
e ainda edificarem uma das mais belas obras arquitetônicas deste país. E após o trabalho edificado, foram
tomando gosto pela região e ali permaneceram, cuidando da vida, porém buscando um local mais arejado
para se viver, vindo a se fixarem em maior número na cidade de Goiânia, ainda em franca expansão.

10. Resposta: D.
Brazabrantes: População 2010: 3240;
Caldazinha: População 2010: 3322;
Caturaí: População 2010: 4670.

Mineração

A necessidade de escravos para o trabalho nos canaviais e a busca de almas para a catequese, levou
muitos paulistas e jesuítas a adentrarem o interior da colônia para a obtenção de mão-de-obra.
Juntamente com a busca por escravos, as expedições que partiam para interior do Brasil buscavam ouro
e pedras preciosas.
Com a descoberta de jazidas auríferas na região das Minas Gerais e de Cuiabá, o interesse em
encontrar novos locais de exploração aumentou, incentivando a formação de novas expedições. Em 1722
o bandeirante Bartolomeu Bueno, conhecido como Anhanguera, partiu em busca de novas minas,
encontrando jazidas nas margens do rio Vermelho, em Goiás.
O ouro encontrado em Goiás, de aluvião, era proveniente de jazidas sedimentares e se encontrava
misturado ao cascalho no fundo dos rios, e às vezes nas margens, por isso era de fácil extração, não
exigindo muitas técnicas e equipamentos. A descoberta das minas deu origem ao povoamento, que
ocorreu de maneira bastante acentuada. A busca pelo ouro direcionou o fluxo migratório para a região, já
que no litoral havia certa pressão socioeconômica no sentido de deslocar contingentes populacionais para
as áreas interioranas. Os novos habitantes se estabeleceram às margens do Rio Vermelho.
Com o objetivo de novas descobertas auríferas, retorna Bueno ao território goiano em 1726 e detém-
se na confluência dos rios Vermelho e Bugre, onde é levantada a primeira povoação goiana, o arraial da
Barra.
As descobertas auríferas se sucedem, próximas à Barra: Santana, origem de Vila Boa (1727). Na
região dos Pireneus e junto ao rio das Almas afloram as minas de Meia Ponte (1731), atual Pirenópolis.
As incursões se aprofundam pelo território e a zona do Tocantins é explorada, vindo à descoberta as mais
ricas minas de Goiás: Maranhão (1730), Água Quente (1732), Traíras (1735) e Cachoeira (1736).
Anteriormente, Domingos Rodrigues do Prado descobrira minas quase tão ricas quanto as do Tocantins,

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em Crixás (1734). No final da década de 1730, ainda se descobrem ricos veios na região montanhosa
localizada entre o Tocantins e o sertão da Bahia: São Luís (Natividade) em 1734, São Félix (1736), Pontal,
Porto Real (1738), Arraias, Cavalcanti (1740) e Pilar. Entre os anos de 1740 e 1750 ainda ocorrem alguns
achados de expressão: Carmo (1746), Santa Luzia, Conceição, Bonfim, Caldas novas e Cocai (1749).
O único critério direcionador do fluxo populacional era a descoberta de minas auríferas, elas atraiam
as populações alucinadas pela ânsia de obter enriquecimento fácil e rápido de uma forma espetacular.
Com a grande quantidade de ouro que foi extraído das minas, o Arraial, por sua importância econômica
para a Coroa Portuguesa, foi elevado à categoria de Vila, e em meados de 1750 foi denominado de Vila
Boa de Goiás.
Até o ano de 1749, Goiás não existia, o território pertencia à capitania de São Paulo, somente a partir
dessa data que surgiu a capitania de Goiás. Os principais povoados e arraiais surgiram no momento da
mineração, no século XVII, constituíam-se de núcleos urbanos instáveis e irregulares, o primeiro
governante enviado à nova capitania foi Dom Marcos de Noronha (Conde dos Arcos).
A mineração em Goiás teve o seu ápice em 1750, de 1751 a 1770 a extração e exploração do ouro foi
diminuindo drasticamente, do ano de 1770 adiante a mineração entrou em decadência, o que provocou
o abandono de muitos povoados goianos.
No fim do século XVIII, a capitania responde por cerca de 20% da produção de ouro da colônia, o que
representa uma média anual de 500 arrobas (entre 6 e 7,5 t), exportadas do Rio de Janeiro.

Agropecuária

A decadência do ciclo da mineração desencadeou fluxos e refluxos de correntes migratórias e de


capital em escravos. O campo começa a ser povoado e as vilas despovoadas, sugerindo uma herança
do sistema mercantil colonial, em que a decadência do sistema mercantil possibilitou o surgimento de
uma nova economia agropecuária, assentada em uma produção diversificada de produtos agrícolas
exportáveis, fortalecendo as atividades comerciais.
A expansão da pecuária em Goiás, nas três primeiras décadas do século XIX, que alcançou relativo
êxito, trouxe como consequência o aumento da população. A Província de Goiás recebeu correntes
migratórias oriundas, principalmente, dos Estados do Pará, Maranhão, Bahia e Minas Gerais. Novas
cidades surgiram: no sudoeste goiano, Rio Verde, Jataí, Mineiros, Caiapônia (Rio Bonito), Quirinópolis
(Capelinha), entre outras. No norte (hoje Estado do Tocantins), além do surgimento de novas cidades, as
que já existiam, como Imperatriz, Palma, São José do Duro, São Domingos, Carolina e Arraias, ganharam
novo impulso.
Durante todo século XIX, a atividade produtiva dominante foi a pecuária bovina, principalmente porque
dispensava maior volume de mão de obra. O gado era criado solto, em grandes invernadas, sendo que
um só vaqueiro podia tomar conta de um grande número de animais
Mesmo sabendo que a agricultura e pecuária caminharam juntas por todo o século XIX e boa parte do
século XX, a pecuária esteve sempre à frente por algumas razões: era o principal e único produto possível
de ser exportado na época, pois o gado andava com suas próprias pernas, ou seja, mesmo de forma
muito lenta dispensava o uso de transporte.
Já os produtos de origem agrícola dependiam de transporte que não existia nesse período. O gado
poderia ser comercializado a qualquer momento, portanto não existiam intervalos na produção, até
porque, naquele momento, não existia a preocupação dos produtores em engordar os animais para
comercializá-los, seria inútil devido à distância que os animais teriam que percorrer para chegar até o
mercado consumidor.
A partir do início da década de 1960 que começou realmente uma transformação mais profunda na
estrutura produtiva da agropecuária goiana. Nessa época, segundo estimativas do IBGE, apenas 44% de
toda a extensão do território goiano estava explorada pela produção agropecuária.
Na década de 1960, Goiás experimentou um período onde a produção extensiva e sem capital dava
lugar à produção mecanizada, tecnológica e com farto capital.
Na esfera estadual, o Governador Mauro Borges criou o Plano de Desenvolvimento Econômico de
Goiás e a Reforma Administrativa para dar dinamismo ao plano.
Só para fomentar a agricultura e pecuária, o plano estabelecia investimentos da ordem de 15,4% do
orçamento para criação de estações experimentais, zootécnicas; postos de sementes; equipar escritórios
de extensão rural; incentivar a criação de reservas e conservação de forragens; incentivar estudos sobre
criação e conservação de pastagens; instalar a Escola Agrotécnica de Goiânia; criar escolas agrícolas;
instalar postos de mecanização e escritórios de irrigação; construir e equipar rede de armazéns e silos;
construir fábricas de rações balanceadas; instalar fábricas de produtos de correção do solo e fazer
estudos agrogeológicos do território goiano.

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A situação de Goiás no fim do século XIX e a construção da ferrovia7

No final do século XIX e início do século XX, Goiás estava isolado, posicionado na porção central do
Brasil e desprovido de meios que possibilitassem maiores relações interestaduais. A implantação de
redes de transportes, principalmente as ferrovias, foi um elemento fundante para a emergência da
modernização em Goiás. Os caminhos no período em que foi proclamada a república, em 1889, eram
muito sinuosos. Os longos trechos com relevo irregular eram vencidos por dois meios de transportes:
pelas tropas e pelo carro de bois. As viagens até Araguari-MG, ponta de linha da Estrada de Ferro
Mogiana, duravam dias, excluindo a possibilidade de transporte de mercadorias perecíveis e tornando
impraticável a produção de artigos agrícolas para o mercado. Pela ausência de infraestrutura de
transportes, os fretes do sertão goiano para o Rio de Janeiro às vezes tinham valores iguais àqueles
cobrados da Europa ao Brasil.
Apesar das dificuldades encontradas tanto no campo político e econômico e também pela localização
de Goiás, os trilhos começaram a ser construídos em direção às terras goianas na primeira década do
século XX. A Companhia Estrada de Ferro Goiás foi criada em março de 1906 com capital privado e apoio
do governo federal. A sua construção teve início em 1909 no município de Araguari-MG, e em 1911 o
primeiro trecho da Estrada de Ferro Goiás foi inaugurado. Ele ligava a estação de Araguari, onde os trilhos
da Mogiana haviam alcançado desde o ano de 1896, à localidade onde viria a ser construída a Estação
Engenheiro Bethout (inaugurada em 1922), às margens do rio Paranaíba, na divisa de Minas Gerais com
Goiás. Nesse mesmo ano foi inaugurada, já em solo goiano, a estação de Anhanguera e em 1913 as
estações de Cumari, Veríssimo, Goiandira, Engenheiro Raul Gonçalves e Ipameri. Em 1914 outras
estações foram inauguradas nos trechos seguintes da ferrovia, como exemplo de Inajá, Urutaí e
Roncador. A estação de Roncador foi ponta de linha até 1922, ano em que se inaugurou a estação em
Pires do Rio após a conclusão da ponte Epitácio Pessoa sobre o rio Corumbá. Durante oito anos as
intermediações da estação de Roncador foram muito dinamizadas pelas atividades de um porto fluvial,
que perdeu sua função com a conclusão da ponte.
A implantação da ferrovia proporcionou a redução dos preços dos fretes e a melhoria do sistema de
transporte, dinamizando a economia do território, principalmente na área de influência da ferrovia. As
exportações agrícolas cresciam a partir do excedente de uma agricultura de subsistência. Nesse sentido,
a ferrovia ampliou as possibilidades de circulação dos excedentes e dinamizou a prática agrícola. Com a
implantação dos trilhos e a ligação com a região econômica mais dinâmica do Brasil, houve um crescente
movimento ocupacional da porção sul de Goiás, sobretudo na área de influência da Ferrovia. Em 1900 a
população de Goiás somava 270.000 habitantes. Em 1908 houve um incremento de apenas 10 mil
habitantes. Em 1910, um ano após o início da construção da ferrovia, o estado registrou 340.000
habitantes. Em 1920 houve um crescimento de 66,42 % da população, com registro de 511.818 habitantes
nesse ano.
Além de influenciar o crescimento populacional, a ferrovia também favoreceu a posição de sua região
de influência em relação ao sudeste brasileiro, aumentando a demanda de consumo e consequentemente
as exportações. Até a década de 1910, a agricultura atendia as necessidades do autoconsumo local. Com
a chegada dos trilhos, houve incremento na exportação de produtos agrícolas, como fumo, arroz, feijão,
farinha de mandioca, mamona, caroço de algodão, etc. Em 1916 Goiás exportou 5.967.378 quilos de
arroz para São Paulo por meio da Estrada de Ferro Goiás. Em 1922 foi registrado o número de 6.338.647
quilos para o mesmo produto. No caso do café houve um crescimento nas exportações pela ferrovia entre
os anos 1921 e 1924 de 376,4%, com 417.473 quilos e 1.110.910 quilos em cada ano, respectivamente.
O crescimento das exportações para a atividade pecuária também foi significativo. Em 1916 foram
exportadas 7.021 cabeças de bois gordos. Nos dois anos seguintes foram exportados pela estrada de
ferro 16.642 “vacuns” e 85.598 cabeças de bois, respectivamente. Conforme dados da revista A
Informação Goyana, a década de 1920 foi um marco no crescimento das exportações de gado, uma vez
que em 1923 foram exportadas 149.545 cabeças de bois e 10.509 cabeças de vacas, registrando um
aumento de 53,4%.

As transformações econômicas com a construção de Goiânia e Brasília

A construção de Goiânia deve ser compreendida dentro do contexto do governo Vargas, ou seja, a
busca da unidade nacional, diminuindo as particularidades regionais e fortalecendo o sentimento de
nação brasileira. Ainda, o desejo regional de destituir a antiga capital Goiás correspondia aos novos

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Adaptado de Castilho, Denis

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tempos, uma vez que essa cidade era símbolo da aristocracia rural. Além disso, permitiu condições para
o avanço de novas fronteiras agrícolas em direção ao Centro-Oeste.
Após os anos 1930, o estado de Goiás experimentou uma verdadeira transformação econômica com
a construção da ferrovia em Goiânia e a construção de Brasília (no governo de Juscelino Kubitschek, na
década de 1950), e posteriormente com a implantação de rodovias importantes, como Belém-Brasília e a
BR-153. A construção de rodovias e ferrovias ligavam a região ao restante do país, integrando-a
definitivamente ao mercado consumidor e fornecedor do Sul e Sudeste.
Junto a isso, o governo Vargas incentivou a articulação entre o campo e a indústria, integrando ao
sistema capitalista de produção. O setor agropecuário era percebido como atrasado. Para tanto, investiu-
se na formação de um mercado interno, na racionalização da pecuária com investimentos na melhoria
genética das raças, no financiamento agropecuarista para a modernização da produção e vinculação aos
grandes frigoríficos. Esses grandes frigoríficos, estabelecidos entre os anos 1910 e 1950, principalmente
na cidade de Barretos (SP), eram os grandes compradores de gado do Planalto Central, estabelecendo
uma relação cada vez mais estreita entre campo e a indústria.
O incentivo à nacionalização do capital da indústria frigorífica, com a isenção de impostos, por
exemplo, levou à instalação de inúmeras empresas de capital nacional na região do Centro-Oeste, em
especial, em Goiás. Esse fato ajudou o desenvolvimento da região.
As intervenções do Estado brasileiro para o desenvolvimento do interior do país levaram à expansão
das pastagens plantadas e da agricultura comercial.
Ancorada na soja, essa agricultura trouxe riquezas para Goiás, transformando-se em um grande
produtor nacional, ajudando a elevar o país a maior produtor mundial de soja.

Características da Primeira Republica

O período que vai de 1889, data da Proclamação da República, até 1930, quando Getúlio Vargas
assumiu o poder, é conhecido como Primeira República. O período é marcado pela dominação de poucos
grupos políticos, conhecidos como oligarquias, pela alternância de poder entre os estados de São Paulo
e Minas Gerais (política do café-com-leite), e pelo poder local exercido pelos Coronéis.
Com a saída dos militares do governo em 1894, teve início o período chamado República das
Oligarquias. A palavra Oligarquia vem do grego oligarkhía, que significa “governo de poucos”. Os grupos
dominantes, em geral ligados ao café e ao gado, impunham sua vontade sobre o governo, seja pela via
legal, seja através de fraudes nas votações e criação de leis específicas para beneficiar o grupo
dominante.

O Coronelismo

Durante o período regencial, espaço entre a abdicação de D. Pedro I e a coroação de D. Pedro II,
diversas revoltas e tentativas de separação e instalação de uma república aconteceram no Brasil. Sem
condições de controlar todas as revoltas, o governo regencial, pela sugestão de Diogo Feijó, criou a
Guarda Nacional, com o propósito de defender a constituição, a integridade, a liberdade e a
independência do Império Brasileiro. Sua criação desorganiza o Exército, e começa a se constituir no país
uma força armada vinculada diretamente à aristocracia rural, com organização descentralizada, composta
por membros da elite agrária e seus agregados. Para compor os quadros da Guarda nacional era
necessário possuir amplos direitos políticos, ou seja, pelas determinações constitucionais, poderiam fazer
parte dela apenas aqueles que dispusessem de altos ganhos anuais.
Com a criação da Guarda e suas exigências para participação, surgiram os coronéis, que eram
grandes proprietários rurais que compravam suas patentes militares do Estado. Na prática, eles foram
responsáveis pela organização de milícias locais, responsáveis por manter a ordem pública e proteger os
interesses privados daqueles que as comandavam. O coronelismo esteve profundamente enraizado no
cenário político brasileiro do século XIX e início do século XX.
Após o fim da República da Espada, os grupos ligados ao setor agrário ganharam força na política
nacional, gerando uma maior relevância para os coronéis no controle dos interesses e na manutenção da
ordem social. Como comandantes de forças policiais locais, os coronéis configuravam-se como uma
autoridade quase inquestionável nas áreas rurais.
A autoridade do coronel, além de usada para manter a ordem social, era exercida principalmente
durante as eleições, para garantir que o candidato ou grupo político que ele representasse saísse
vencedor. A oposição ao comando do coronel poderia resultar em violência física, ameaças e
perseguições, o que fazia com que muitos votassem a contragosto, para evitar as consequências de
discordar da autoridade local, gerando uma prática conhecida como Voto de Cabresto.

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A charge do gaúcho Alfredo Storni feita em 1927 critica uma prática bastante utilizada durante a
República Velha, conhecida como voto de cabresto. Na imagem, a mulher, identificada como soberania,
pergunta ao político se o eleitor, caracterizado como burro de carga e preso a um cabresto, trata-se do
“Zé Besta”, ao passo em que o político que o conduz responde que na verdade é o “Zé Burro”.

Na república velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os coronéis
compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens materiais. Como o voto era aberto,
os coronéis mandavam os capangas para os locais de votação, com o objetivo de intimidar os eleitores e
ganhar os votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais
eleitorais.
Os coronéis costumavam alterar votos, sumir com urnas e até mesmo patrocinavam a prática do voto
fantasma. Este último consistia na falsificação de documentos para que pessoas pudessem votar várias
vezes ou até mesmo utilizar o nome de falecidos nas votações.
Dessa forma, a vontade política do coronel era atendida, garantindo que seus candidatos fossem
eleitos em nível municipal e também estadual, e garantindo também participação na esfera federal.
A base de sustentação do poder político dos chefes interioranos está na política assistencialista,
paternalista e clientelista desenvolvida pelos coronéis no âmbito da máquina administrativa local. Esse
fenômeno está relacionado às estruturas de mandonismo local através da força política que se estendeu
com o advento da República.
O coronel seria definido pela sua força política, pela sua influência junto aos órgãos administrativos,
usando a máquina pública (no caso da República), para assegurar os seus interesses políticos e pessoais.
O Coronelismo no Estado de Goiás diferenciou-se de outras regiões pela situação de isolamento
geográfico, político, social, econômico e de comunicação do estado com o centro hegemônico do poder
nacional.
Não havia interesse federal na intervenção ou interação com a região, a qual se mantinha baseada
unicamente na pecuária de corte após a fase aurífera.
A manutenção do poder baseava-se na manipulação do orçamento e pela reprodução do atraso,
mantendo a população em situação de dependência frente aos chefes políticos, além de evitar
fiscalizações e intervenções federais que pusessem em risco o poder local.
No Estado de Goiás predominou a presença de famílias ou grupos tradicionais com grandes
propriedades de terras (latifúndios), formação de oligarquias locais, poder político, econômico e militar
concentrado, situação de afastamento e indiferença do Governo Federal, e a possibilidade de apropriação
da receita de exportação, a contração de empréstimos, a organização das tropas policiais e a autonomia
política.

O estado de Goiás possuía a seguinte configuração política:


- A Comissão Executiva;
- Poder Executivo, que se desmembrava em representação estadual e federal.

Essa engrenagem é apoiada no sistema eleitoral; através dela, os grupos políticos, cada qual ao seu
tempo, manipularam o poder político estadual.
À Comissão Executiva, que era eleita por uma convenção, competia, entre outras funções, a indicação
de todos os cargos eletivos. Incluía-se entre seus membros o Presidente do Estado. Esta comissão era
um elemento muito importante no sistema político estadual, pois detinha um “poder paralelo”, não
constitucional. O número de membros era reduzido, (de sete a nove) o que facilitava o acordo quanto aos
nomes indicados para a composição de chapas e a própria manipulação política dos cargos, por um grupo
do poder. É através dela que os políticos firmavam seu domínio.

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No Estado de Goiás, esta Comissão Executiva foi controlada e dominada em todo o período da
República Velha por três líderes: José Leopoldo de Bulhões, José Xavier de Almeida, Antônio Ramos
Caiado, conhecido como Totó Caiado.
José Leopoldo de Bulhões (1856-1928) era advogado, político e financista. Foi o criador do clã
“Bulhões” no Estado de Goiás. Foi diretor do Banco do Brasil, Ministro da Fazenda, Senador da República,
Deputado Federal, Presidente da Câmara Municipal, Vereador por diversas vezes e Prefeito de
Petrópolis. Dá nome a um município em Goiás.
José Xavier de Almeida (1871-1956) também foi advogado e político brasileiro. Formou-se na mesma
universidade de José Leopoldo de Bulhões (Faculdade de Direito de São Paulo). Foi membro do Partido
Republicano Federal de Goiás, Secretário do Interior e Justiça (1895-1899) e Presidente de Goiás (1901-
1905). Esteve ligado ao clã dos Bulhões, mas rompeu em 1904. O período de sua influência direta no
Estado de Goiás encerrou-se 1909, após a revolução que depôs o último presidente xavierista, período
este que ficou caracterizado por tendências democráticas e progressistas.
Antônio Ramos Caiado, conhecido como Totó Caiado, foi um dos coronéis mais emblemáticos da
época. Nasceu na cidade de Goiás em 15 de maio de 1874 e faleceu em Goiânia em 1967. Foi também
Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, além de intendente municipal, Secretário do
Interior e Justiça e Segurança Pública, Deputado Estadual, Deputado Federal e Senador da República.

A Criação de Goiânia

Goiânia é um dos símbolos da Revolução de 1930, considerada como “filha” dessa revolução feita
por Getúlio Vargas. Goiânia nasceu das necessidades de descentralização do poder local em Goiás,
concentrado em mãos de famílias oligárquicas, como Caiado, Jardim e Bulhões.
A necessidade de transferência da capital não era recente, o primeiro governador da província de
Goiás, Conde dos Arcos, já havia sugerido na década de 1750, que o rei de Portugal fizesse a
transferência da capital para o município de Meia Ponte – atual cidade de Pirenópolis.
Somente com a ruptura política da revolução de 1930 foi possível transferência da capital. Como o
objetivo de Getúlio era centralizar o poder na nova república, o enfraquecimento das oligarquias locais
era terminantemente necessário. Construir uma nova capital no estado de Goiás simbolizava a nova
política que se erguia, ao passo que tornava evidente a descentralização do poder local.
Mesmo com a resistência dos antigos grupos oligárquicos que dominavam a vida política goiana, o
grupo de Pedro Ludovico acabou confirmando o projeto da mudança da capital em 1933. O município
começou a ter suas atividades executadas em novembro de 1935 e, no mês seguinte, o interventor Pedro
Ludovico enviou o decreto que estabeleceu a transferência da Casa Militar, da Secretaria Geral e da
Secretaria do Governo para a cidade de Goiânia. Nos meses posteriores, outras secretarias foram
transferidas e essas ações reafirmavam ainda mais a mudança da capital. No dia 23 de março de 1937,
o decreto de número 1816 oficializava definitivamente a transferência da capital da Cidade de Goiás para
Goiânia.
O evento oficial que sacramentou a transferência da capital aconteceu somente no dia 5 de julho de
1942. O evento aconteceu no Cine-Teatro Goiânia, um dos mais importantes patrimônios arquitetônicos
gerados com a construção da nova capital. Ministros, autoridades e representantes da presidência da
República marcaram presença no evento.
Na década de 1930, a implantação de uma capital moderna em pleno sertão do Brasil central poderia
soar como uma loucura, mas para o governo federal constituído o significado era estratégico, pois
apontava para a direção da fronteira a ser explorada, buscando promover o povoamento, o
desenvolvimento econômico e a modernização sociocultural da região Centro-Oeste. Dentro desse
contexto, Getúlio Vargas apoiou o projeto de transferência da capital goiana apresentado por Pedro
Ludovico.
O plano de Goiânia foi confiado por Pedro Ludovico Teixeira, à Attilio Corrêa Lima. Attilio Corrêa Lima
nasceu em Roma, em 08 de Abril de 1901. Seu pai foi professor da Escola Nacional de Belas Artes do
Rio de Janeiro, mesma escola que Corrêa Lima se matriculou como aluno livre em sua adolescência. Em
1920, ingressou no curso de arquitetura, diplomando-se engenheiro-arquiteto em 1925.
A primeira ação de Corrêa Lima foi modificar ligeiramente a localização da cidade em relação ao que
havia sido estabelecido pela comissão designada.
Na concepção urbanística de Attilio Corrêa Lima para Goiânia, o elemento urbano mais importante era
a praça central, foco privilegiado das perspectivas engendradas pelas principais vias traçadas: avenidas
Goiás, Tocantins e Araguaia. Lima considerava que uma capital necessitava da imponência monumental
e, para tanto, lançou mão, na nova cidade, do expediente formal do pâte d’oie nascendo em frente ao
palácio do governo estadual. Lima afiançava que: “guardando as devidas proporções, o efeito

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monumental procurado é o do princípio clássico adotado em Versalhes, Karlsruhe e Washington”8. O
arquiteto deixou de participar das obras de construção da cidade em 1935, quando assumiu o engenheiro
Armando Augusto de Godói.
Armando Augusto de Godói, nasceu em 3 de abril de 1876 em Volta Grande, Minas Gerais. Foi
professor no Colégio Militar, autor de vários artigos nas principais revistas e jornais do país e funcionário
público na área de engenharia e urbanismo.
Convidado pela empresa Coimbra Bueno e Cia., responsável pela construção da cidade, Armando vai
até Goiás para substituir Atílio, que rompera o contrato com o Estado. Armando dá continuidade ao projeto
iniciado por Atílio que implantara parte do plano da cidade, baseado no modelo francês de urbanismo.
Mas Godói, fascinado pelas cidades-jardim de Howard, resolve adaptar o projeto de Goiânia, já
parcialmente implantado, ao sistema inglês de cidade.

O traçado da cidade-jardim e Goiânia

O traçado do modelo inglês se caracteriza pela forma como o sistema viário foi concebido e pela
topografia do terreno. Outro item importante foi o zoneamento, diferente das cidades francesas, com a
divisão social do espaço. O sistema viário das cidades-jardim é o item mais criativo desse modelo. A
dimensão das vias deveria obedecer a uma hierarquia segundo a intensidade e a direção do tráfego.
Godói projetou Goiânia dentro de uma área e para uma população limitadas para sempre. A cidade teria
uma faixa de áreas verdes ao seu redor, separando a área rural da área urbana. E quanto à população
excedente, foram previstas cidades-satélites para abrigá-la.
Goiânia teria inicialmente 15 mil habitantes e seu projeto foi concebido para no máximo 50 mil
habitantes. Goiânia contava com os seguintes setores: Central – zona comercial, residencial e centro
administrativo; Norte – zona comercial, residencial popular, zona industrial e estrada de ferro; Sul – zona
residencial e comércio local; Oeste – zona residencial e comércio local. O Setor Oeste não foi desenhado
por Godói, pois foi reservado para quando o Setor Sul estivesse ocupado e o Setor Leste não foi incluído
no plano. O Setor Sul desenhado por Atílio foi todo reformulado por Godói, recebendo o traçado das
cidades-jardim. Esse bairro seria essencialmente residencial, mas com serviços para atendimento local.
Atualmente a cidade de Goiânia possui uma população aproximada de 1.300.000 habitantes.

Aspectos da História Sócio-Cultural de Goiás: o povoamento branco, os grupos indígenas, a


escravidão e cultura negra, os movimentos sociais no campo e a cultura popular goiana.

O estado de Goiás possui uma população de 6.610.681 habitantes, segundo estimativas do IBGE para
2015, sendo o estado mais populoso da região centro-oeste. O crescimento demográfico aumentou após
construção da cidade de Goiânia, intensificado com a construção de Brasília. Entre 1991 a 2000,
apresentou uma taxa de crescimento de 2,5% ao ano.
Entre 1890 e 1920 a população teve expressivo crescimento, e ultrapassou meio milhão de habitantes,
acompanhando o desenvolvimento da atividade agropecuária dedicada à criação de gado e à agricultura
de arroz e café.
Em 1937 a cidade de Goiânia tornou-se a capital do estado, que até então era o município de Goiás.
Existiam planos para a mudança da capital desde o século XVIII.
Seu planejamento efetivo iniciou-se após o interventor federal nomeado com a Revolução de 1930,
Pedro Ludovico Teixeira, criar uma comissão para estudo do local de construção da nova capital. A pedra
fundamental da construção foi colocada em 24 de outubro de 1933. Em 1935, foi criado o município de
Goiânia e, em 1937, ocorreu a efetiva transferência da capital, sendo a inauguração oficial da cidade em
1942.
A cidade de Goiás foi tombada pelo Patrimônio Histórico Mundial. Está localizada na mesorregião do
Nordeste Goiano e na microrregião do rio Vermelho. Sua população, segundo dados de 2010, era de
24.727 habitantes. Entre os atrativos turísticos estão sua arquitetura barroca, como a Igreja da Boa Morte
e o Palácio Conde dos Arcos.
A densidade demográfica do estado é de 19,4 hab. por Km² (2015). As regiões mais populosas do
estado são Região Metropolitana de Goiânia (mais de 2 milhões de habitantes) e a Região do Entorno de
Brasília com mais de um milhão de habitantes.
Desde a sua fundação, a cidade de Goiânia apresentou um grande crescimento demográfico e uma
significativa expansão urbana. Com a transferência do Distrito Federal e a inauguração de Brasília,
distante 180 Km de Goiânia, a expansão urbana e demográfica tornou-se muito mais expressiva.

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Adaptado de Patrick Viana

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A chegada da estrada-de-ferro a Anápolis foi responsável pelo crescimento populacional do sul que
recebeu levas de migrantes nordestinos, mineiros e paulistas e interligou o centro-oeste ao centro-sul.
Do final do período monárquico até 1930, o povoamento se intensificou graças à atividade agropastoril
e à expansão das ferrovias que facilitaram o intercâmbio com o sul e contribuíram para o povoamento
das regiões sul, sudeste e sudoeste do estado. Novos povoados se formaram a partir de 1888 e, até
1930, 12 novos municípios surgiram.
Na Primeira República (1889-1930), a população duplicou em 30 anos. Em 1890, era de 224.572 hab.
e, em 1920, era de 511.919 hab. O norte era a região menos povoada.
Em 1924, embora sem sucesso, foi tentada a colonização europeia através da colônia alemã de UVA
e Itapirapuã.
A população indígena ultrapassa os 10 mil habitantes, vivendo em quatro áreas indígenas, que
somadas representam um total de 39.781 hectares. Três áreas são demarcadas pela Fundação Nacional
do Índio (FUNAI). As áreas indígenas localizam-se nos municípios de Rubiataba, Nova América, Minaçu,
Colinas do Sul, Cavalcante, Aruanã.
A população negra foi introduzida na região pelos portugueses como escravos para mão-de-obra na
extração do ouro.
A população branca descende, em sua maior parte, de portugueses que foram para região quando a
economia estava baseada na extração do ouro. Depois, ocorreram correntes migratórias em função do
progresso agrícola da região e da construção de Brasília.

Questão Indígena

A questão indígena transformou-se em um “problema” nos fins do século XVIII, pois a crise da
mineração levou a uma busca de novas terras no interior para a formação de fazendas. Evidentemente,
terras estas ocupadas por indígenas.
Essas populações iniciaram, como resposta, ataques contra as vilas e povoados dos colonizadores.
Esses ataques ocorriam desde o início da ocupação das terras brasileiras. O Sertão goiano, por
exemplo, passou a ser explorado pelos caçadores de índios e mineiros a partir do século XVII. E assim,
visando apaziguar a relação com os povos nativos, o governo luso enviou para a região padres da
Companhia de Jesus e capuchinhos da Ordem de São Francisco. O objetivo era de “civilizar e catequizar”
as populações indígenas, além de ensiná-las a prática da agricultura e criação de gado, atendendo, dessa
forma, a necessidade de mão de obra.
O padre Cristóvão de Lisboa fundou a primeira das Missões, em 1625.
Esse povoamento foi marcado por um confronto entre o branco (“colonizador”) e o índio. Nesse
contexto, a força da espada acabou por impor o domínio do branco, levando à dizimação do nativo de
várias formas:

- Ocupação das terras;


- Escravização dos mais pacíficos;
- Choques intermitentes com as tribos indomáveis;
- Aldeamento de pequenos grupos, que definhavam rapidamente no regime de semicativeiro;
- Cruzamentos raciais, sobretudo através de índios cativos;
- Suicídios coletivos;
- Doenças trazidas pelos brancos;
- Destruição do meio.

PRINCIPAIS TRIBOS

A maioria dos grupos que viviam em Goiás pertencia ao tronco linguístico Macro-Jê, família Jê (grupos
Akuen, Kayapó, Timbira e Karajá). Outros três grupos pertenciam ao tronco linguístico Tupi, família Tupi-
Guarani (Avá-Canoeiro, Tapirapé e Guajajara). A ausência de documentação confiável, no entanto,
dificulta precisar com exatidão a classificação linguística dos povos Goyá, Araé, Crixá e Araxá.

Goyá
Segundo a tradição, os Goyá foram os primeiros índios que a expedição de Bartolomeu Bueno da Silva
Filho encontrou ao iniciar a exploração aurífera e foram eles, também, que indicaram o lugar – Arraial do
Ferreiro – no qual Bartolomeu Bueno estabeleceu seu primeiro arranchamento. Habitavam a região da
Serra Dourada, próximo a Vila Boa, e quatro décadas após o início do povoamento desapareceram

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daquela região. Não se sabe ao certo seu destino e nem há registros sobre seu modo de vida ou sua
língua.

Krixá
Seus limites iam da região de Crixás até a área do rio Tesouras. Como os Goyá, também
desapareceram no início da colonização do Estado e não se sabe ao certo seu destino, sua cultura e sua
língua.

Araé
Também não há muitos registros a respeito dos Araé. Possivelmente teriam habitado a região do rio
das Mortes.

Araxá
Habitavam o local onde se fundou a cidade de Araxá, que pertencia a Goiás e atualmente faz parte do
território de Minas Gerais.

Kayapó
Filiados à família linguística Jê, subdividiam-se em Kayapó do Sul, ou Kayapó Meridionais, e Kayapó
Setentrionais. Os Kayapó dominavam todo o sul da capitania de Goiás. Havia aldeias na região de rio
Claro, na Serra dos Caiapós, em Caiapônia, no alto curso do rio Araguaia e a sudeste, próximo ao
caminho de Goiás a São Paulo. Seu território estendia-se além dos limites da capitania de Goiás: a oeste,
em Camapuã, no Mato Grosso do Sul; a norte, na região entre o Xingu e o Araguaia, em terras do Pará;
a leste, na beira do rio São Francisco, nos distritos de Minas Gerais; e ao sul, entre os rios Paranaíba e
Pardo, em São Paulo. Dedicavam-se à horticultura, à caça e à pesca, além de serem conhecidos como
povo guerreiro. Fizeram ampla resistência à invasão de suas terras e foram registrados vários conflitos
entre eles e os colonos. Vítimas de perseguições e massacres, foram também extintos no Estado de
Goiás.

Akwen
Os Akwen pertencem à família Jê e subdividem-se em Akroá, Xacriabá, Xavante e Xerente:

- Akroá e Xacriabá: habitavam extenso território entre a Serra Geral e o rio Tocantins, as margens do
rio do Sono e terras banhadas pelo rio Manoel Alves Grande. Estabeleceram-se, também, além da Serra
Geral, em solo baiano e nas ribeiras do rio São Francisco, nos distritos de Minas Gerais. Depois de vários
conflitos com os colonos que se estabeleceram em suas terras, foram levados para o aldeamento oficial
de São Francisco Xavier do Duro, construído em 1750. Os Akroá foram dizimados mais tarde e os
Xacriabá encontram-se atualmente em Minas Gerais, sob os cuidados da Funai.

- Xavante: Seu território compreendia regiões do alto e médio rio Tocantins e médio rio Araguaia.
Tinham suas aldeias distribuídas nas margens do Tocantins, desde Porto Imperial até depois de Carolina,
e a leste, de Porto Imperial até a Serra Geral, limites das províncias de Goiás (antes da divisão) e
Maranhão. Havia também aldeias na bacia do rio Araguaia, na região do rio Tesouras, nos distritos de
Crixás e Pilar, e na margem direita do rio Araguaia. Na primeira metade do século XIX entraram em
conflito com as frentes agropastoris que invadiam seus territórios e, após intensas guerras, migraram para
o Mato Grosso, na região do rio das Mortes, onde vivem atualmente.

- Xerente: Este grupo possuía costumes e língua semelhante aos Xavantes e há pesquisadores que
acreditam que os Xerentes são uma subdivisão do grupo Xavante. Os Xerentes habitavam os territórios
da margem direita do rio Tocantins, ao norte, no território banhado pelo rio Manoel Alves Grande, e ao
sul, nas margens dos rios do Sono e Balsas. Também viviam nas proximidades de Lageado, no rio
Tocantins, e no sertão do Duro, nas proximidades dos distritos de Natividade, Porto Imperial e Serra
Geral. Seus domínios alcançavam as terras do Maranhão, na região de Carolina até Pastos Bons. Como
os Xavante, também entraram em intenso conflito com as frentes agropastoris do século XIX e,
atualmente, os Xerente vivem no Estado de Tocantins.

Karajá
Os grupos indígenas Karajá, Javaé e Xambioá pertencem ao tronco linguístico Macro-Jê, família
Karajá, compartilhando a mesma língua e cultura. Viviam nas margens do rio Araguaia, próximo à Ilha do
Bananal. Ao longo do século XIX, entraram em conflito com as guarnições militares sediadas no presídio

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de Santa Maria, sendo que os Karajá de Aruanã são a única aldeia do grupo que atualmente vivem no
Estado de Goiás.

Timbira
Eram bastante numerosos e habitavam uma vasta região entre a Caatinga do Nordeste e o Cerrado,
abrangendo o sul do Maranhão e o norte de Goiás. Ao longo do século XIX, devido à expansão pecuária,
entraram em conflitos com os criadores de gado que invadiam suas terras. O grupo Timbira é formado
pelas etnias Krahô, Apinajé, Gavião, Canela, Afotogés, Corretis, Otogés, Porecramecrãs, Macamecrãs e
Temembus.

Tapirapés
Pertencem ao tronco linguístico Tupi, família Tupi-Guarani. Este grupo inicialmente habitava a oeste
do rio Araguaia e eventualmente frequentavam a ilha do Bananal. Com o passar do tempo, se
estabeleceram ao longo do rio Tapirapés, onde atualmente ainda vivem os remanescentes do grupo.

Avá-Canoeiro
Pertencentes ao tronco linguístico Tupi, os Avá-Canoeiro habitavam as margens e ilhas dos rios
Maranhão e Tocantins, desde Uruaçu até a cidade de Peixe, em Tocantins. Entre meados do século XVIII
e ao longo do século XIX, entraram em graves conflitos com as frentes agropastoris que invadiam suas
terras. Atualmente, os Avá-Canoeiro do Araguaia vivem na Ilha do Bananal, na aldeia Canoanã, dos
índios Javaés, e os Avá-Canoeiro do Tocantins vivem na Serra da Mesa, município de Minaçu.

Escravidão

Em Goiás foi utilizado, na mineração, a mão de obra indígena (no início) e a negra. Normalmente a
estimativa de vida útil de um escravo nas minas não ultrapassava 7 anos de trabalho. Além do mais, a
má alimentação, os maus tratos (as vezes os escravos dormiam em pé dentro d’água), as arbitrariedade
e os castigos eram a forma usual de sujeição do escravo, como descreveu Debret: “fazendo poucos
exercícios, passa a mulher quase o dia inteiro sentada à moda asiática, com a parte superior do corpo
inclinado para frente e apoiada nos rins, da imobilidade dessa posição resulta um adiposidade que se
manifesta pela inchação excessiva das partes inferiores, o que visível principalmente os tornozelos...”
Com o declínio da mineração, os senhores de escravos não tinham mais como mantê-los e nem
recursos para adquirir novas peças. Tal fato levou ao abrandamento da escravidão, via a miscigenação,
fugas, deslocamento para outras regiões e da compra da liberdade. A criação de gado, nova atividade
econômica, por suas próprias características, levou a um controle menos rigoroso do trabalho escravo.
Portanto, quando foi assinada a Lei Àurea, em 13 de maio de 1888, quase não havia escravos para serem
libertos em Goiás.

Quilombolas

Ligados diretamente à história da ocupação do território brasileiro, os quilombos surgiram a partir do


início do ciclo da mineração no Brasil, quando a mão de obra escrava negra passou a ser utilizada nas
minas, especialmente de ouro, espalhadas pelo interior do Brasil. Em Goiás, esse processo teve início
com a chegada de Bartolomeu Bueno da Silva, em 1722, nas minas dos Goyazes. Segundo relatos dos
antigos quilombolas, o trabalho na mineração era difícil e a condição de escravidão na qual viviam
tornavam a vida ainda mais dura. As fugas eram constantes e àqueles recapturados restavam castigos
muito severos, o que impelia-os a procurar refúgios em lugares cada vez mais isolados, dando origem
aos quilombolos.

Os Kalungas são os maiores representantes desses grupos em Goiás. Na língua banto, a palavra
kalunga significa lugar sagrado, de proteção, e foi nesse refúgio, localizado no norte da Chapada dos
Veadeiros, que os descendentes desses escravos se refugiaram passando a viver em relativo isolamento.
Com identidade e cultura próprias, os quilombolas construíram sua tradição em uma mistura de elementos
africanos, europeus e forte presença do catolicismo tradicional do meio rural.

A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás, desde
1991, como sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga. Com mais de 230 mil hectares de
Cerrado protegido, abriga cerca de quatro mil pessoas em um território que estende pelos municípios de
Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás. Seu patrimônio cultural celebra festas santas repletas de

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rituais cerimoniosos, como a Festa do Império e o Levantamento do mastro, que atraem turistas todos os
anos para a região.

Quilombolos registrados em Goiás

Acaba Vida: na mesma região de Niquelândia, ocupavam terras férteis e era conhecido localmente,
sendo citado em 1879.

Ambrósio: existiu na região do Triângulo Mineiro, que, até 1816, pertencia a Goiás. Teve mais de mil
moradores e foi destruído por massacre.

Cedro: localizado no atual município de Mineiros, tinha cerca de 250 moradores que praticam a
agricultura de subsistência. Sobreviveu até hoje.

Forte: localizado no nordeste de Goiás, sobreviveu até hoje, tornando-se povoado do município de
São João d'Aliança.

Kalunga: localizado no Vão do Paranã, no nordeste de Goiás, existe há 250 anos, tendo sido
descoberto pela sociedade nacional somente em fins do anos 1960. Tem 5 mil habitantes, distribuídos
em vários núcleos na mesma região.

Mesquita: próximo à atual cidade de Luziânia, estendia sua população para diversas localidades no
seu entorno.

Muquém: próximo à atual cidade de Niquelândia e junto ao povoado de mesmo nome, foi notório, mas
deixou poucas informações a seu respeito.

Papuã: na mesma região do Muquém, foi descoberto em 1741 e destruído anos depois pelos
colonizadores.

Pilar: próximo à cidade de mesmo nome, foi destruído em lutas. Seus 300 integrantes chegaram a
planejar a morte de todos os brancos do local, mas o plano foi descoberto antes.

Tesouras: no arraial de mesmo nome, tinha até atividades de mineração e um córrego inclusive
chamado Quilombo.

Três Barras: tinha 60 integrantes, conhecidos pelos insultos e provocações ao viajantes.

São Gonçalo: próxima à cidade de Goiás, então capital, seus integrantes atacavam roças e rebanhos
das fazendas vizinhas.

Movimentos sociais no campo9

Com a queda da ditadura getulista, trazendo ao Brasil um breve período de democracia que duraria
até 1964, a emergência de ligas camponesas, de “associações”, de uniões trouxeram à cena política a
luta dos trabalhadores rurais, que impuseram seu reconhecimento à sociedade, principalmente a partir
do início dos anos 1950. Embora ainda localizadas e dispersas, essas lutas repercutiram fortemente nos
centros de poder, fazendo da reforma agrária um importante eixo de discussão política.
Em Goiás, ao longo da rodovia Belém-Brasília, desde a década de 50 já vinha ocorrendo uma
colonização espontânea, com a ocupação de terras devolutas, ainda abundantes no norte do Estado.
Porém, à medida que a frente pioneira ia avançando e obtendo a propriedade jurídica da terra, estes
migrantes, que tinham a posse precária, tornaram-se vítimas da expansão do capital e do latifúndio.
Diante do violento processo de expulsão de posseiros que se instalou no norte de Goiás, com o avanço
do capital, os ocupantes expulsos tiveram poucas opções: migrar para áreas novas; trabalhar como
assalariado nas fazendas; ou migrar para a cidade. Mesmo possuindo direitos sobre as terras devolutas,
que foram ocupadas e trabalhadas com a finalidade de proporcionar os meios de sobrevivência à sua
família, os posseiros não se preocupavam ou não tiveram condições de legalizarem suas terras. Acontece

9
Adaptado de Leonilde Sérvolo de Medeiros.

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que o posseiro tem interesse apenas pela "terra de trabalho" e pouco se importa com a propriedade legal.
Os posseiros, que abriram as matas com seu trabalho e que sempre tiveram suas posses respeitadas
pelo vizinho, não se preocupavam em documentar as terras. Tornaram-se, portanto, vítimas fáceis dos
grileiros, investidores e especuladores. Quando o governo estadual iniciou as ações discriminatórias das
terras devolutas, por intermédio do Instituto do Desenvolvimento Agrário de Goiás (Idago), autarquia
estadual criada em 1962, e da Procuradoria Geral do Estado, os grileiros se apressaram em falsificar
títulos para se apoderarem das terras, mesmo que estivessem com posseiros.
Nas regiões das chamadas “fronteiras agrícolas”, ou seja, regiões onde a floresta vinha sendo
derrubada e novas áreas vinham sendo ocupadas ou transformadas em latifúndios, foram muitos os
conflitos, opondo posseiros a grileiros que, com base em títulos por vezes falsificados, procuravam dar
novo destino às terras, um destino que excluía a presença dos ocupantes como produtores autônomos e
visava a produção através do sistema de monocultura. Essas tensões normalmente vieram na esteira da
valorização das áreas e da transformação da terra em mercadoria. Alguns desses conflitos ganharam
grande dimensão política no final dos anos 50, com destaque para a revolta de Formoso e Trombas.
A Revolta de Trombas e Formoso ocorreu na região norte do estado de Goiás, de 1950 a 1957. A luta
tinha de um lado camponeses sem terra e, do outro, grileiros. Os combates desenvolveram-se tanto no
terreno da luta política institucional, quanto da luta armada propriamente dita.
Ocupada nos anos 40 por migrantes vindos de diversos pontos do país, muitos atraídos pela
propaganda em torno da Cango (Colônia Agrícola Nacional de Goiás), em Ceres; a partir do início dos
anos 50, a área tornou-se objeto de grilagem. Os posseiros, ameaçados de despejo, resolveram resistir
Já em 1957 a região estava toda organizada e sob controle dos posseiros que impediam a entrada
dos jagunços, dos grileiros e da polícia na área. Finalmente conseguiram um acordo com o governo do
Estado, que retirou a polícia e se comprometeu a titular as posses, sendo a associação a intermediária
na indicação dos verdadeiros posseiros. Foi-lhes reconhecida uma área de dez mil quilômetros
quadrados, onde, em 1961, já funcionavam três associações (Trombas e Formoso, Serra Grande e
Rodovalho) e vinte e três conselhos. O controle dos posseiros sobre a região era inclusive eleitoral. Além
de vereadores e até mesmo prefeitos, conseguiram eleger seu líder maior, José Porfírio, deputado
estadual em 1962.
Com o golpe militar, em 1964, os camponeses da região foram torturados e perseguidos. José Porfírio
foi caçado e preso pelos militares e está desaparecido, desde a década de 70.
O golpe militar de 1964 desmobilizou as organizações e movimentos, prendendo os principais líderes
das Ligas. O governo militar promoveu, então, uma perseguição acirrada às Ligas Campesinas e suas
lideranças. Criou o Estatuto da Terra, colocou o sindicalismo rural sob forte controle e promoveu o
“desenvolvimento do campo” através da “modernização conservadora”, aniquilando qualquer
reivindicação de reforma agrária no País.
Na década de 70, com o estímulo dos incentivos fiscais e de outros favorecimentos do Estado ao
capital, as áreas de fronteira agrícola sofreram novo surto de expansão do latifúndio. Isto, evidentemente,
representou maior concentração fundiária e mais conflitos pela terra. O crescimento das grandes
propriedades se deu mais nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde a estrutura fundiária já era
concentrada. Especialmente nas áreas de influência da Superintendência do Plano de Desenvolvimento
da Amazônia (Sudam), na chamada Amazônia Legal, que abrange toda a região Norte e parte do
Nordeste e do Centro-Oeste.

A Revolução Verde em Goiás10

O desenvolvimento das técnicas agrícolas, feita através de políticas públicas de incentivos fiscais,
gerou intensas modificações no campo após a década de 1960. O Estado de Goiás foi uma das regiões
que mais sofreu alterações em sua base agrícola.
O desenvolvimento de Goiás, nos últimos anos, é expressivo, principalmente da região Sudoeste, que
tem o seu principal setor de crescimento na agricultura. O desenvolvimento do Estado de Goiás deve ser
analisado juntamente com o processo de crescimento da Região Centro-Oeste, que até as décadas de
1950 e 1960 era vista como “celeiro” na qual sua função era produzir matérias-primas e produtos de
necessidade básica para o restante do país.
A partir da década de 1960, através da Revolução Verde e com o novo pacote tecnológico, que
agricultura brasileira vinha consolidando em função do novo alcance das fronteiras agrícolas e pela
utilização de novas tecnologias como maquinário, fertilizantes e defensivos, é que a Região Centro-Oeste
inicia seu processo de crescimento através das políticas públicas, tendo o Estado como importante

10
Adaptado de Silva, Antenor

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definidor de fundos necessários para sua execução. Esse crescimento fez com que a Região Centro-
Oeste deixasse de ser uma região tipicamente de fronteira para se tornar uma área de produção
agroindustrial e se integrar na nova dinâmica econômica do país.
O recente desenvolvimento do Estado de Goiás deve ser compreendido dentro do próprio processo
de crescimento da região Centro–Oeste, que desde a década de 60 sofreu uma forte e acelerada
mudança em sua base produtiva. Para gerar o desenvolvimento, a presença do Estado mostrou-se
fundamental como provedor das políticas públicas e dos fundos necessários para a sua execução, através
do Plano de Desenvolvimento Econômico e Social do Centro-Oeste (PLADESCO), Programa de
Desenvolvimento do Cerrado (POLOCENTRO), Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste
(FCO) e outros programas.

Cultura11

Das tochas flamejantes dos farricocos da cidade de Goiás aos mantos brilhantes de mouros e cristãos
das Cavalhadas pirenopolinas, Goiás festeja suas tradições. Do traçado da escrita de Bernardo Élis à
arte primitivista de Antônio Poteiro, Goiás manifesta sua arte. Veiga Valle, Cora Coralina, Goiandira do
Couto, Carmo Bernardes e Siron Franco. Arte em diversas formas, sabores do Cerrado e batucadas de
Congos e violas caipiras, que resultam em uma diversidade de riquezas culturais só encontradas aqui.

Artes

Goiás é pleno em artes. O Estado conjuga sob sua tutela manifestações artísticas variadas, que
englobam do traço primitivo até o mais moderno desenho. Contemplado com nomes de peso no cenário
regional, Goiás é expressivo quanto aos artistas que contaram em prosa e verso as belezas do Cerrado
ou o ritmo de um Estado em crescimento e mesmo as nuances de ritos cotidianos.
Na escultura, José Joaquim da Veiga Valle é unanimidade. Natural de Pirenópolis, esculpia imagens,
na maioria em cedro, sendo considerado um dos grandes “santeiros” do século XIX. Suas madonas são
as mais representativas e na época eram expressadas conforme a devoção de cada pessoa que a
encomendava. Já a pintura é honrada pelas técnicas e pincéis de Siron Franco e Antônio Poteiro, artistas
renomados e reconhecidos mundialmente em pinturas, monumentos e instalações, que vão do
primitivismo de Poteiro até o temas atuais na mãos de Siron Franco. Isso sem contar a arte inigualável
de Goiandira do Couto, expressa por seus quadros pintados não com tinta, mas com areia colorida
retirada da Serra Dourada.
A literatura goiana é destaque à parte. Destacam-se os nomes de Hugo de Carvalho Ramos, com
Tropas e Boiadas; Basileu Toledo França e os romances históricos Pioneiros e Jagunços e Capangueiros;
Bernardo Élis e as obras Apenas um Violão, O Tronco e Ermos Gerais; Carmo Bernardes com Jurubatuba
e Selva-Bichos e Gente; Gilberto Mendonça Teles, considerado o escritor goiano mais famoso na Europa,
com A Raiz da Fala e Hora Aberta; Yêda Schmaltz com Baco e Anas Brasileiras; Pio Vargas e Anatomia
do Gesto e Os Novelos do Acaso; e Leo Lynce, um dos precursores do modernismo, com seu livro Ontem.

Cora Coralina
Ana Lins Guimarães Peixoto Bretas tinha quase 76 anos quando publicou seu primeiro livro, Poemas
dos Becos de Goiás e Estórias Mais. Conhecida pelo pseudônimo de Cora Coralina foi poetisa e contista,
sendo considerada uma das maiores escritoras brasileiras do século XX. Também era conhecida por seus
dotes culinários, especialmente na feitura dos típicos doces da cidade de Goiás, onde morava – motivo
do qual é evidente a presença do cotidiano interiorano brasileiro, em especial dos becos e ruas de pedras
históricas, em sua obra.

Festas e festivais

O Estado de Goiás promove, constantemente, manifestações artísticas conjuntas de forma a


apresentar novos nomes do cenário regional. Três festivais têm espaço garantido no calendário de
eventos estadual, dando repercussão à cultura audiovisual, dramaturgia e à música. Na cidade de Goiás,
é realizado o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o Fica; em Porangatu, a Mostra de
Teatro Nacional de Porangatu, o TeNPo; e o Festival Canto da Primavera, em Pirenópolis.

11
http://www.goias.gov.br/paginas/conheca-goias/cultura/

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Festas religiosas

Resultado do processo de formação da chamada gente goiana, o legado religioso no Estado de Goiás
está intimamente ligado ao processo de colonização portuguesa registrado por quase toda a extensão do
território brasileiro. Reflexo dessa realidade é a forte presença de elementos cristãos nas manifestações
populares, que a exemplo da formação do sertanejo se consolidavam como uma das poucas opções de
entretenimento da época. Por todo o Estado, são costumeiras as distribuições das cidades no espaço
geográfico partindo de uma igreja católica como ponto central do município, o que lhes atribuía também
o direcionamento das festas populares.
Pirenópolis e cidade de Goiás talvez sejam as maiores expressões desse tradicionalismo cristão
imbuído em festejos tradicionais. São famosas as Festas do Divino Espírito Santo, Cavalhadas e
comemorações da Semana Santa, como a Procissão do Fogaréu. No entanto, de norte a sul, fervilham
expressões populares, quer seja em vilarejos, como a tradicional Romaria de Nossa Senhora do Muquém,
no distrito de Niquelândia, ou próximo a grandes centros urbanos, caso da cidade de Trindade, próximo
à Goiânia, e o Santuário do Divino Pai Eterno.
Mesmo no interior, esses valores persistem e são comuns no começo do ano as Folias de Reis que
dão o tom de festa e oração firmes no intuito de retribuir graças recebidas, como uma boa colheita ou
recuperação de enfermidades. Na adoração ao menino Jesus, segundo a saga dos três santos reis
magos, os festeiros arrecadam alimentos, animais e até dinheiro para cobrir as despesas da festa
popularizando a fé e promovendo a socialização entre comunidades.

O Divino em Pirenópolis e o Fogaréu da cidade de Goiás

É quase um consenso geral a polaridade existente entre as tradições de Pirenópolis e da cidade de


Goiás. De um lado, Pirenópolis aposta nas bênçãos do Divino Espírito Santo para consagrar sua festa
em louvor ao Pentecostes. Por outro lado, a cidade de Goiás carrega entre o seu legado a tradição
medieval do ritual da Procissão do Fogaréu, durante a Semana Santa, no qual mais de três mil pessoas
acompanham a caçada feita pelos faricocos, personagens centrais do cortejo que representam os
soldados romanos, a Jesus Cristo.

Gastronomia

Em Goiás, comer é um ato social. A comida carrega traços da identidade e da memória do povo goiano,
tanto que a cozinha típica goiana é geralmente grande e uma das partes mais importantes da casa, por
agregar ritos e hábitos do ato de fazer a comida. Historicamente, a culinária goiana se desenvolveu
carregada de influências e misturas que, em virtude da colonização e da escassez de alimentos vindos
de outras capitanias, teve que buscar adaptações de acordo com a realidade local, em especial a do
Cerrado. O folclorista Bariani Ortêncio, em seu livro Cozinha goiana: histórico e receituário, resumiu essa
ideia ao ressaltar essas substituições. Se não havia a batatinha inglesa, havia a mandioca e o inhame
nativos, a serralha entrava no lugar do almeirão e a taioba substituía a couve. E assim, foram introduzidos
na panela goiana, o pequi, a guariroba, além dos diversos frutos do Cerrado, como o cajá-manga e a
mangaba, consumidos também em sucos, compotas, geléias, doces e sorvetes.
Do fogão caipira até as mais modernas cozinhas industriais é costumeiro se ouvir falar no tradicional
arroz com pequi, cujo cheiro característico anuncia de longe o cardápio da próxima refeição. O pequi,
aliás, é figura tão certa na tradição goiana, quanto os cuidados ministrados àqueles que se aventuram a
experimentá-lo pela primeira vez. A quem não sabe, não se morde, nem se parte o pequi. O fruto é roído
com os dentes incisivos e qualquer menção no sentido de mordê-lo pode resultar em uma boca recheada
de dolorosos espinhos.
Também se inclui no cardápio típico goiano a paçoca de pilão, o peixe assado na telha e a galinhada.
A galinhada, por sinal, não se resume ao frango com arroz. É mais, acompanhada de açafrão, milho e
cheiro verde, rendendo uma mistura que agrada a ambos, olfato e paladar. Sem contar a infinidade de
doces típicos interioranos, visto na leveza de alfenins, pastelinhos, ambrosias, entre outras guloseimas.

A pamonha

Iguaria feita à base de milho verde, a pamonha está ligada diretamente à tradição goiana. Encontrada
em diversos sabores, salgados, doces, apimentados e com os mais diferentes recheios, que incluem até
jiló e guariroba, a pamonha é quase unanimidade no prato do goiano, frita, cozida ou assada,
especialmente em dias chuvosos. Difícil mesmo encontrar algum goiano que não goste de comê-la e,

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principalmente, de fazê-la. É comum, especialmente no interior, reunir familiares e amigos para preparar
caldeirões imensos da pamonhada, como forma de integração social. Homens, mulheres, crianças, jovens
e adultos – todos participam. E é, em geral, coisa de amigos íntimos, ditos “de dentro de casa”.

Manifestações populares

O desenrolar da história de Goiás propiciou o aparecimento de diversas atividades culturais no Estado,


das quais originaram legítimas manifestações do folclore goiano. Apesar de boa parte delas estar
relacionada ao legado religioso introduzido pelos portugueses, o movimento cultural que floresceu no
Estado agregou tradições indígenas, africanas e europeias de maneira a abrigar um sincretismo não
apenas religioso, mas de tradições, ritmos e manifestações que tornaram a cultura goiana um mix de
sensações que vão da batida do tambor da Congada e dos mantras entoados nas orações ao Divino, até
a cadência da viola sertaneja ou o samba e o rock que por aqui também fizeram morada.
As Cavalhadas talvez sejam uma das manifestações populares mais dinâmicas e expressivas do
Estado de Goiás. A encenação épica da luta entre mouros e cristãos na Península Ibérica é apresentada
tradicionalmente por diversas cidades goianas, tendo seu ápice no município de Pirenópolis, quinze dias
após a realização da Festa do Divino. Toda a cidade se prepara para a apresentação, travestida no
esforço popular em carregar o estandarte que representa sua milícia. O azul cristão trava a batalha contra
o rubro mouro, ornados ambos de luxuosos mantos, plumas, pedras incrustadas e elmos metálicos,
desenhando, por conseguinte, símbolos da cristandade como o peixe ou a pomba branca – símbolo do
Divino – e do lado muçulmano o dragão e a lua crescente. Paralelamente, os mascarados quebram a
solenidade junto ao público, introduzindo o sarcástico e profano, em meio a um dos maiores espetáculos
do Centro-Oeste.
As Congadas dão outro show à parte. Realizadas tradicionalmente no município de Catalão, reúnem
milhares de pessoas no desenrolar do desfile dos ternos de Congo que homenageiam o escravo Chico
Rei e sua luta pela libertação de seus companheiros, com o bônus da devoção à Nossa Senhora do
Rosário. Ao toque de três apitos, os generais dão início às batidas de percussão dos mais de 20 ternos
que se revezam entre Catupés-Cacunda, Vilão, Moçambiques, Penacho e Congos, cada qual com suas
cores em cerca de dez dias de muita festa.

A raiz e o sertanejo
Nem só de manifestações religiosas vive a tradicional cultura goiana. Uma dança bastante antiga e
muito representativa do Estado também faz as vezes em apresentar Goiás aos olhos dos visitantes. A
Catira que tem seus primeiros registros desde o tempo colonial não tem origem certeira. Há relatos de
caráter europeu, africano e até mesmo indígena, com resquícios do processo catequizador como forma
de introduzir cantos cristãos na possível dança indígena. No entanto, seu modo de reprodução
compassado entre batidas de mãos e pés, permeados por cantigas de violeiros perfaz a beleza
cadenciada pela dança.
A viola, aliás, está presente em boa parte do cancioneiro popular goiano, especialmente nos gêneros
caipira e sertanejo, que em conjunto com sanfonas e gaitas têm sido bastante divulgados, geralmente por
duplas de cantores. Diferenças, no entanto, podem ser notadas quanto à temática, uma vez que o
sertanejo tem se apresentado majoritariamente enquanto produto da indústria cultural e a música de raiz
ou caipira se inspirado nas belezas do campo e do cotidiano do sertanejo.

Pluralidade de ritmos
Nem só de sertanejo vive o Estado de Goiás. Na verdade, ritmos antes considerados característicos
de eixos do Sudeste do país têm demarcado cada vez mais seu espaço dentro do território goiano. Bons
exemplos são a cena alternativa e do rock, divulgados em peso por festivais de renome como o Bananada
e o Vaca Amarela, enquanto que, por outro lado, rodas de samba e apresentações de chorinho também
têm angariado novos adeptos, dentre outros tantos ritmos encontrados na cultura goiana.

Questões

01. Meu Goiás, meu Goiás


Terra do Anhanguera
E dos Carajás
És um tesouro encantado
No coração do Brasil
És privilegiado

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Por riquezas mil
Toda Pátria te bendiz, Goiás.
(Nini Araújo. Meu Goiás)

Sobre o povoamento branco de Goiás no século XVIII, é CORRETO afirmar:


(A) Bartolomeu Bueno da Silva, sertanista protetor dos índios, foi o primeiro branco a chegar a Goiás.
(B) Goiás ainda pode ser chamado de a Terra dos Carajás, tendo em vista a alta representatividade
dos indígenas na demografia goiana.
(C) A busca de riquezas minerais estimulou os bandeirantes paulistas a ocuparem o Centro-Oeste
brasileiro.
(D) Pode-se afirmar que a Igreja Católica e a Coroa Portuguesa apoiaram as guerras de extermínio
movidas contra os indígenas em Goiás.

02. Entre 1920-1929, o gado vivo significou quase a metade de todas as exportações e 27,69% da
arrecadação total do Estado.
MORAES, Maria Augusta de Sant’Anna; PALACIN, Luis.
História de Goiás. Goiânia: Editora da UCG. p. 92.

Sobre a economia goiana, marque a alternativa CORRETA.


(A) A grande importância da pecuária em Goiás, na década de 1920, deve-se principalmente à adoção
da pecuária intensiva por parte dos criadores, aumentando, com isso, a produtividade.
(B) O predomínio da pecuária na economia goiana no século XIX e parte do XX foi acompanhado de
relações de trabalho arcaicos no campo, com predomínio do clientelismo.
(C) A pavimentação das rodovias na década de 1920 contribuiu para incrementar as exportações
goianas de carne bovina.
(D) Ainda hoje, o gado vivo, principalmente do sudoeste, é o principal produto de exportação de Goiás.

03. Sobre a mudança da Capital do Estado de Goiás, marque a proposição INCORRETA:


(A) Goiânia foi planejada pelo urbanista Lúcio Costa, que projetou uma cidade para 500.000 habitantes.
(B) A ideia da mudança da Capital surgiu no século XVIII e foi consolidada apenas no século XX.
(C) Pedro Ludovico Teixeira mudou a Capital do Estado com apoio de Getúlio Vargas.
(D) A mudança da Capital teve sua consolidação no ano de 1930, durante o governo de Pedro Ludovico
Teixeira.

04. “[...] a mudança da capital não é apenas um problema na vida de Goiás. É também a chave, o
começo da solução de todos os demais problemas. Mudando a sede de Governo para um local que reúna
os requisitos de cuja ausência absoluta se [ressente] a cidade de Goiás, teremos andado meio caminho
na direção da grandeza desta maravilhosa unidade Central”.

(Relatório apresentado por Pedro Ludovico Teixeira ao presidente Getúlio Vargas em 1934. In:
PALACIN, Luis. Fundação de Goiânia e desenvolvimento de Goiás. Goiânia: Oriente, 1976. p. 44)

Com relação à mudança da capital de Goiás na década de 1930, marque a alternativa INCORRETA:
(A) De acordo com o texto citado, para Pedro Ludovico o objetivo explícito da mudança da Capital era
promover o desenvolvimento de Goiás. No entanto, implicitamente, visava criar um novo centro de poder,
afastando-se de seus adversários políticos.
(B) Em termos econômicos, a construção de Goiânia foi uma estratégia utilizada por Pedro Ludovico
Teixeira para promover o desenvolvimento socioeconômico do Estado de Goiás.
(C) Ao afirmar que a cidade de Goiás não reunia condições para propiciar o desenvolvimento
econômico de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira equivocou-se. No século XIX, graças à exploração aurífera,
Goiás era um dos estados mais desenvolvidos do Brasil.
(D) A construção de Goiânia expressou o desejo renovador advindo com a Revolução de 1930. Os
revolucionários aspiravam romper com o passado, com as tradições e com o atraso representado pela
cidade de Goiás.

05. O coronelismo foi a expressão do poder local na Primeira República. Sobre a estrutura de poder
nesse período analise as assertivas abaixo e escolha a alternativa CORRETA:

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I. O coronelismo apresentava-se como uma resposta à ausência do Estado. O poder familiar e pessoal
assegurava a dominação tradicional, uma vez que inexistia uma ordem, propriamente, republicana.
II. A partir de 1912, o poder em Goiás esteve concentrado nas mãos do domínio familiar (Caiados),
que gerava, além de deputados e senadores, leis que atendiam, sobretudo, aos interesses particulares.
III. A partir de 1937, iniciou-se uma renovação política que afirmou a primazia do Estado diante dos
interesses particulares, mas sob um regime político ditatorial, incapaz, portanto, de afirmar o sentido
democrático do ideário republicano.

(A) São corretas apenas as assertivas I e II.


(B) São corretas apenas as assertivas II e III.
(C) São corretas apenas as assertivas I e III.
(D) Todas as assertivas são corretas.

06. Sobre a modernização agrícola de Goiás, pode-se afirmar que:


I. Gera emprego especializado, ao mesmo tempo em que contribui para o aumento do desemprego
entre trabalhadores com pouca qualificação.
II. Prioriza o plantio de produtos destinados à exportação, como a soja, em detrimento da produção de
alimento para o mercado interno, como o feijão.
III. Investe em pequenas propriedades, pois seu objetivo é a melhor distribuição de terras e de renda.
IV. Impede o êxodo rural, na medida em que aumenta a produção e a produtividade agrícola.

Marque a alternativa CORRETA:


(A) Somente as proposições I e IV são verdadeiras.
(B) Somente as proposições I e II são verdadeiras.
(C) Somente as proposições II e III são verdadeiras.
(D) Somente as proposições III e IV são verdadeiras.

07. A historiografia goiana considera que na década de 1970 houve uma modernização das atividades
agrícolas em Goiás. Como decorrência dessa modernização, constata-se uma crescente mecanização e
utilização de insumos agrícolas, significando a expansão e consolidação do capitalismo no meio rural. É
CORRETO identificar como consequência desse processo:
(A) o aumento da repressão autoritária por parte do Estado aos movimentos sociais que lutavam por
terra.
(B) modificações na estrutura fundiária de Goiás, com a consolidação da pequena propriedade rural,
no estado.
(C) a implantação de um programa de reforma agrária, como a Colônia Agrícola de Ceres, para atender
aos trabalhadores imigrantes.
(D) o desenvolvimento do populismo nos anos 70 como forma de conciliação de interesses
contraditórios no quadro político e econômico de Goiás.

08. Capital de Goiás foi eleita


Desde o berço em que um dia nasceu
Pela gente goiana foi feita
Com um povo adotado cresceu.
OLIVEIRA, E. C. História cultural de Goiânia.
Goiânia: Agepel, 2002. p. 26.

O trecho do poema acima faz referência ao intenso processo de crescimento demográfico ocorrido em
Goiás com a mudança da capital e a inauguração de Goiânia. Outro fator que fomentou o crescimento
demográfico de Goiás no século XX foi a
(A) descoberta de ouro por Bartolomeu Bueno da Silva.
(B) fundação do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA).
(C) construção de Brasília.
(D) Revolução de 1930, comandada por Pedro Ludovico Teixeira.

09. (UFG) Leia o trecho a seguir:


A impraticabilidade de se povoar a dita capitania [Goiás] nem outra qualquer parte da América
Portuguesa senão com os nacionais da mesma América. E que achando-se todo o sertão daquele vasto

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continente coberto de índios, estes deviam ser principalmente os que povoassem os lugares, as vilas e
as cidades que se fossem formando.

(Carta régia de D. José I a D. José Vasconcelos, governador da Capitania de Goiás. 1758. In:
PALACIN, Luís. O Século de ouro em Goiás. Goiânia. Editora da UCG, 1994. p, 84.)

O documento aponta a preocupação da Coroa Portuguesa com o povoamento da Capitania de Goiás,


cujo desdobramento foi a política de:
(A) Ocupação das terras indígenas.
(B) Guerra justa contra as tribos indígenas.
(C) Mestiçagem de brancos, índios e negros.
(D) Embates intermitentes com as tribos indígenas.
(E) Implantação de aldeamentos indígenas.

10. (UEG) A integração de Goiás nos quadros da economia nacional encontrou na construção de
Brasília um momento de inflexão: Goiânia transformou-se em ponto de apoio fundamental para a
construção da nova capital. Acerca da integração econômica de Goiás entre as décadas de 1950 e 1970,
marque a alternativa CORRETA:
(A) Houve uma enorme resistência da elite política goiana em ceder imensa quantidade de terras para
formação do Distrito Federal, uma vez que a atividade pecuarista era desenvolvida intensivamente nas
terras onde a nova capital seria construída.
(B) A construção de Brasília recebeu apoio inconteste de todos os partidos políticos, pois a
interiorização da capital já estava prevista na primeira constituição republicana. O sonho de se construir
uma nova capital ultrapassou as divisões ideológicas.
(C) O golpe de 1964 paralisou os investimentos na modernização da agricultura brasileira. O modelo
econômico adotado reservara à agricultura papel secundário, concentrando os investimentos no
desenvolvimento industrial.
(D) A modernização da agricultura goiana foi uma decorrência da transferência da capital, pois o estado
de Goiás tornou-se responsável pelo abastecimento de Brasília, o que permitiu uma profunda alteração
na agricultura goiana, com o crescimento da pequena propriedade.
(E) A integração da economia goiana nos fluxos de investimentos nacionais iniciou-se no final da
década de 1920 com a chegada dos trilhos, mas só ganhou impulso decisivo com o desenvolvimento da
agricultura moderna, com o cultivo da soja.

Respostas

01. Resposta: C
Goiás era conhecido e percorrido pelas bandeiras já no primeiro século da colonização do Brasil. Mas
seu povoamento só ocorreu em virtude do descobrimento das minas de ouro (século XIII). Esta povoação,
como todo povoamento aurífero, foi irregular e instável.

02. Resposta: B
A expansão da pecuária em Goiás, nas três primeiras décadas do século XIX, que alcançou relativo
êxito, trouxe como consequência o aumento da população. O Clientelismo é um sub-sistema de relação
política - em geral ligado ao coronelismo, onde se reedita uma relação análoga àquela entre suserano e
vassalo do Sistema Feudal, com uma pessoa recebendo de outra a proteção em troca do apoio político.

03. Resposta: A
Goiânia foi planejada por Attilio Corrêa Lima. Após desentendimentos com as autoridades, Lima
abandona o projeto, que é então entregue para Armando Augusto de Godói.

04. Resposta: C
A cidade de Goiás estava afastada das rotas do desenvolvimento econômico, e a exploração aurífera
vinha enfrentado um período de decadência. Além disso, a mudança da capital atendia ao desejo político
do governo de Getúlio Vargas de enfraquecer as oligarquias locais, fortalecendo o governo central.

05. Resposta: D
Com vinda da Republica, os coronéis passam a exercer grande influência no cenário político brasileiro.
A manipulação de resultados de eleições era uma pratica constante. A consolidação da república ocorre

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sob o poder dos grandes proprietários rurais, por isso a república velha até a revolução de 30 (fim da
república do café com leite e o início da Era Vargas) é conhecida como República Oligárquica.
O Coronelismo no Estado de Goiás diferenciou-se de outras regiões pela situação de isolamento
geográfico, político, social, econômico e de comunicação do estado com o centro hegemônico do poder
nacional. Mesmo assim, manteve as características básicas da política oligárquica feita por poucos, para
poucos.

06. Resposta: B
Desde o início da ocupação, a agricultura foi, e ainda é, a base econômica da região, e vem
apresentando algumas fortes características. Uma primeira é, a constante queda do emprego agrícola,
devido principalmente, à incorporação tecnológica em culturas que demandam mão-de–obra, como a
cana de açúcar, tomate, algodão, feijão; ao aumento da área de culturas mecanizadas, que vem
dispensando mão-de-obra assalariada (soja, algodão, cana-de-açúcar) e a intensa “pecuarização” da
região.

07. Resposta: A
Segundo o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Cláudio Maia, diante do conflito agrário,
o Estado agiu na garantia do latifúndio e da exploração, reprimindo os movimentos sociais que buscavam
redistribuição de terras.

08. Resposta: C
Desde a sua fundação, a cidade de Goiânia apresentou um grande crescimento demográfico e uma
significativa expansão urbana. Com a transferência do Distrito Federal e a inauguração de Brasília,
distante 180 Km de Goiânia, a expansão urbana e demográfica tornou-se muito mais expressiva.

09. Resposta: E
O processo de aldeamentos indígenas na Capitania de Goiás ocorreu entre os anos de 1749 e 1811,
portanto, entre os séculos XVIII e XIX.

10. Resposta: E
A transferência da capital para Goiânia foi muito importante para o desenvolvimento do estado. Desde
a sua fundação, a cidade desempenhou papel decisivo na projeção de Goiás na esfera da modernização
agrícola e, por conseguinte, da integração econômica nacional. Contudo, nas décadas seguintes, esse
desenvolvimento tornou-se ainda mais exponencial, garantindo uma inserção decisiva de Goiás na
economia do país.

4. Atualidades históricas, administrativas, sociais, políticas,


científicas, econômicas, culturais e ambientais do Estado de Goiás e
do Município de Goiânia

Goiás

Presos comandavam tráfico, roubos e sequestros da cadeia, diz delegado

A Polícia Civil desarticulou nesta quinta-feira (10/03/2016) uma quadrilha suspeita de comandar o
tráfico de drogas, roubos, assaltos e até sequestros de dentro de vários presídios em Goiás. Segundo o
delegado Cleybio Januário, responsável pela investigação, os presos combinavam crimes por telefone,
davam ordens e movimentavam dinheiro de dentro da cadeia. De acordo com ele, de 45 mandados de
prisão em cumprimento pela Operação Esfacela, 39 são contra detentos.
“Trata-se de uma organização sem um líder, e de capilaridade que a gente não consegue mensurar
ainda. Sem dúvidas, centenas de crimes foram e continuaram sendo evitados com esta ação de hoje”,
afirmou Januário.
A operação foi deflagrada dela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas
(Draco) na madrugada desta quinta-feira. Estão sendo cumpridos 90 mandados, sendo 45 de prisão e 45
de busca e apreensão, em dez cidades goianas, a maioria deles em Itumbiara e Morrinhos. De acordo
com o delegado, a investigação durou um ano e evitou que vários crimes acontecessem.

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“Conseguimos, por exemplo, impedir o sequestro de um empresário de Catalão. Tivemos informações
da ação e intervimos para evitar, fazendo cercos, efetuando prisões. Além desta situação, impedimos
alguns roubos a banco e assaltos que seriam cometidos a mando dos presos”, afirmou Cleybio Januário.

Operação Esfacela
Segundo ele, a Operação Esfacela é a primeira fase de uma investigação que continua. “Vamos
continuar apurando, principalmente para saber quem são as pessoas que trabalhavam aqui do lado de
fora. Até então estão sendo cumpridos 6 mandados de prisão contra envolvidos que não estavam presos,
mas, sem dúvidas, este número pode ser maior”, afirmou.
O resultado das investigações foi apresentado da sede da Secretaria de Segurança Pública e
Administração Penitenciária (SSP). De acordo com o secretário José Eliton, a operação vai refletir na
redução de indicadores de violência no estado. "O trabalho da polícia deflagrado hoje faz parte do
conjunto de ações que denominamos 'tolerância zero' e vai reduzir a criminalidade de forma efetiva",
disse.

Articulação por celular


Os criminosos utilizavam aparelhos celulares dentro dos presídios para se comunicarem entre si e
combinar os crimes que seriam cometidos. Em relação ao tráfico de drogas, por exemplo, o delegado
conta que eles juntavam dinheiro, provavelmente originário do crime, compravam drogas, repassavam
essa droga para distribuidores que vendiam e aumentavam o montante da quadrilha.
“Nós não sabemos ainda o valor que esta quadrilha movimentou, mas acreditamos que seja alto, dada
a capilaridade de ação que os criminosos tinham em praticamente todas as regiões do estado”, afirmou
Januário.
Ele afirma que os 39 presos envolvidos na operação cumprem pena por diversos crimes de tráfico de
drogas, roubo e homicídio. “É um conjunto de presos por diversos crimes e essa diversidade refletia do
lado de fora da cadeia: faziam de tudo, todo tipo de crime”, reiterou.
Uma das peculiaridades desta organização, segunda polícia, é a falta de hierarquia definida. Conforme
a investigação, todos os presos tinham voz e participação equivalente no planejamento, execução dos
crimes e partilha dos lucros obtidos.

Mandados
Ao todo, 200 policiais trabalham para cumprir 45 mandados de prisão e 45, de busca e apreensão na
capital e em Águas Lindas de Goiás, Catalão, Cristalina, Itumbiara, Luziânia, Mineiros,
Morrinhos, Quirinópolis, Rio Verde e São Simão.
Os envolvidos na organização que já cumpriam pena em presídios foram transferidos para o Núcleo
de Custódia, em Aparecida de Goiânia. Conforme o delegado, o objetivo é evitar que eles continuem se
comunicando e cometendo crimes.
“Em uma cela diferenciada eles, com certeza, não conseguirão se comunicar. Consequentemente, as
ações da organização que antes eram planejadas e comandadas do presídio serão todas frustradas”,
disse.

Bloqueadores
De acordo com a polícia, a ineficiência dos bloqueadores foi o que possibilitou a sobrevivência da
quadrilha. Esse déficit foi causado, de acordo com o Ministério Público, por um desajuste técnico entre a
empresa que ganhou a licitação para efetivar o bloqueio de sinal de celulares nos presídios e as
operadoras telefônicas. Assim, os celulares funcionavam normalmente dentro do prédio.
“Havia intensa comunicação entre os presos. Conversavam muito pelo celular e, a partir da
interceptação destes diálogos, é que conseguimos identificar os envolvidos e evitar que muitos crimes
acontecessem”, afirmou Cleybio Januário.
Apesar de 39 dos 45 envolvidos na operação serem detentos, a polícia afirmou que não foi investigada
a possibilidade de agentes penitenciários como cúmplices da quadrilha. Apesar disso, o delegado afirmou
que durante as conversas feitas entre os presos não ficou sugerida a participação de servidores.

10/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/03/presos-comandavam-trafico-roubos-e-sequestros-
da-cadeia-diz-delegado.html

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Comandante da PM em Goiânia irá a júri popular em junho por homicídio

O novo comandante de Policiamento da Capital da PM-GO, tenente-coronel Ricardo Rocha Batista,


vai a júri popular no próximo dia 23 de junho, em Rio Verde, no sudoeste do estado. A sessão é referente
à morte de Alessandro Ferreira Rodrigues, vulgo "Nego Léo", ocorrida em setembro de 2006.
Os ministérios Público de Goiás (MP-GO) e Federal em Goiás (MPF/GO) já pediram a destituição
do oficial do cargo em virtude dele responder ainda por mais oito homicídios e um sequestro.
O advogado do militar, Ricardo Naves, disse que a denúncia é "absurda" e que Batista é inocente não
só nesse caso, como em todos os outros em que é acusado. "Digo, categoricamente, que essa acusação
é absurda. Ele não matou ou participou desse crime. Além disso, em todos os outros crimes em que é
apontado como autor, agiu no estrito cumprimento do dever legal de policial, ou seja, não é culpado",
disse ao G1.
De acordo com a denúncia, Alessandro era suspeito de envolvimento com tráfico de drogas e foi
atraído para uma emboscada próximo a um posto de combustíveis, momento em que teria sido alvejado
pelo tenente-coronel. Na época, Ricardo Rocha era o comandante da PM da cidade de Rio Verde.
O promotor de Justiça Mário Henrique Cardoso Caixeta, autor da denúncia, disse que o policial,
"agindo como se fosse justiceiro, em atividade típica de grupo de extermínio, resolveu, então, assassiná-
la [a vítima]. Torpe, portanto, o móvel do crime".
O júri já havia sido marcado para o último dia 1º de março, mas teve que ser cancelado. Segundo a
juíza Tatianne Marcella Mendes Rosa Borges, da 2ª Vara Criminal de Rio Verde, não houve tempo hábil
para a expedição de cartas precatórias de testemunhas que não residem em Goiás. Também pesou para
a decisão a necessidade de organizar o aparato de segurança do denunciado e a realização, na mesma
ocasião, de um mutirão de 25 júris na cidade de réus já presos.
O policial responde ainda por homicídios em Rio Verde, Goiânia, Cachoeira Alta, Aparecida de Goiânia,
Formosa e Alvorada do Norte. Nesta última cidade, além de uma morte, há a investigação por um
sequestro. Esses dois casos foram federalizados e estão sob responsabilidade do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), que entendeu haver provas de violação dos direitos humanos.

Pedido de destituição
Rocha foi anunciado no cargo no último dia 26 de fevereiro, substituindo o coronel Divino Alves,
agora comandante-geral da PM. Ele é suspeito de envolvimento em um grupo de extermínio formado
por 19 PMs e desbaratado em fevereiro de 2011 pela Operação Sexto Mandamento.
Uma ação conjunta do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e Ministério Público Federal
em Goiás (MPF/GO) recomenda que o tenente-coronel seja destituído do Comando de Policiamento da
Capital (CPC).
O documento alega que o oficial responde por dez crimes e que o cargo deve ser ocupado por "militar
que não exponha o Estado de Goiás a eventual novo pedido de federalização [julgamento de crimes]".
Em nota enviada ao G1, a assessoria de imprensa da PM informou que recebeu a recomendação, mas
não informou se irá acatá-la ou não.
Já a assessoria de imprensa da Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSP-GO) informou,
em nota, que respeita a visão do MP, mas “em face do princípio relacionado à prevalência do império das
leis, que deve nortear atos administrativos, entendemos por manter inalterada a posição a propósito do
tema”.
Ainda segundo a nota, o tenente-coronel Ricardo Rocha jamais teve contra si qualquer condenação.
"Nunca é demais relembrar que a presunção de inocência é um dos pilares dos direitos humanos e está
disciplinada na Constituição de 1988 que estabelece: ‘Ninguém será considerado culpado até o trânsito
em julgado de sentença penal condenatória’”.
09/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/03/comandante-da-pm-em-goiania-ira-juri-popular-em-
junho-por-homicidio.html

Integrantes de movimentos populares ocupam a sede da Sefaz, em GO

Integrantes de movimentos populares ocupam nesta terça-feira (08/03/2016) a sede da Secretaria da


Fazenda de Goiás (Sefaz), em Goiânia. Os manifestantes pedem, entre outros pontos, ações concretas
de combate à violência contra as mulheres e a aprovação do projeto de lei da agricultura familiar e
camponesa.

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O ato começou por volta de 5h30, na sede da secretaria que fica no Setor Santa Genoveva, na capital.
De acordo com a organização do movimento, 1,5 mil camponeses estão no local. A Polícia Militar e a
assessoria do governo não informaram a quantidade de manifestantes.
O ato envolve integrantes do Movimento Camponês Popular (MCP), do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Comissão Pastoral da
Terra (CPT), da Pastoral da Juventude Rural e do Levante Popular da Juventude.
A assessoria de imprensa da Sefaz informou que o protesto impede a entrada de servidores. Os
manifestantes estão acampados no pátio do órgão com barracas, comida, fogão e colchonetes.
Uma das líderes do Movimento Camponês Popular (MCP), a camponesa Sandra Alves afirmou que o
local só será desocupado após negociação com o governo. "A gente só vai desocupar quando tiver uma
solução", disse.
Conforme a assessoria, a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, “determinou providências
para a negociação com os manifestantes e liberação do prédio da Sefaz”. A Sefaz “reconhece a
legitimidade de manifestações pacíficas, mas repudia veementemente atitudes como a ocupação de
órgãos públicos”.

Reivindicações
Segundo a organização do ato, a ocupação foi realizada no Dia Internacional da Mulher para cobrar
que sejam tomadas ações concretas para o combate à violência contra as mulheres e a promoção à
saúde, por meio de políticas públicas e a garantia de atendimento especifico às camponesas.
Sandra destaca que os camponeses cobram a aprovação imediata do governo do Projeto de Lei da
Agricultura Familiar e Camponesa. De acordo com a manifestante, ele tramita há três anos na Assembleia
Legislativa de Goiás (Alego).
Os camponeses pedem agilidade na regularização fundiária das terras no estado. "Temos do governo
uma proposta de que estas terras sejam vendidas para os posseiros. A a gente discorda porque a gente
quer que as terras com até 4 módulos ficais,ocupadas por agricultores familiares, sejam doadas", concluiu
Sandra.
08/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/03/integrantes-de-movimentos-populares-ocupam-
sede-da-sefaz-em-go.html

Para combater piratas, empresa de ônibus pede para ANTT baixar tarifa

A empresa de ônibus G 20, que atua em linhas que ligam Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, à
capital, pediu à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para baixar a tarifa, com o intuito de
combater o transporte pirata. Os veículos irregulares cobram valor inferior ao preço da passagem
praticado pela companhia.
A ANTT infomou no fim da tarde que a empresa está autorizada a reduzir a tarifa. Diretores da empresa
G 20 se reuniam na noite desta segunda (07/03/2016) para debater quando a o preço mais baixo será
cobrado.
Pela proposta da companhia, a passagem de Luziânia para Taguatinga deve cair de R$ 6,55 para R$
5,85 (redução de 10%). De Luziânia para o Plano Piloto, o valor deve passar de R$ 5,85 para R$ 5 –
14,53% menos.
A ideia da G 20 é que o preço mais baixo seja praticado por 90 dias. Um dos donos da empresa afirmou
que já perdeu 3 mil passageiros por dia para o transporte pirata e que teve de suspender os planos para
investir em novos coletivos.
Os veículos fazem transporte ilegal ao longo da BR-040. Os motoristas e donos dos carros que rodam
sem autorização cobram R$ 5. O último aumento, de 11,29%, entrou em vigor em 21 de fevereiro. Desde
então, os ônibus da G 20 cobram R$ 5,85 ou R$ 6,55.
Sem fiscalização na rodovia, os motoristas de transporte irregular cobram um preço menor para poder
conseguir mais usuários. “Eles [piratas] cobram o preços que eles querem”, afirma o motorista Elimilton
do Vale.
“Complica muito. Tira nossos passageiros, nosso serviço, nosso salário. De onde a empresa vai tirar
dinheiro para pagar nós, se os piratas estão carregando os passageiros?”
Para justificar o aumento de fevereiro, a ANTT afirmou que levou em conta a alta nos "custos de
operação" como combustíveis, lubrificantes, peças, veículos e folha de pagamento. Em 2015, a inflação
oficial medida no DF ficou em 10,67%, abaixo do reajuste anunciado.

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07/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/03/para-combater-piratas-empresa-de-onibus-
pede-para-antt-baixar-tarifa.html

Represas rompidas em Santa Helena de Goiás não tinham licença, diz PM

A Polícia Militar Ambiental identificou os responsáveis por represas que se romperam na zona rural
de Santa Helena de Goiás, no sudoeste do estado. De acordo com a corporação, as barragens eram
antigas e não tinham licença, por isso, os representantes poderão responder por crime ambiental.
“Fomos a todos os locais e nenhum deles tem licença ambiental, haja vista que essas represas foram
construídas há mais de 40 anos”, disse o cabo José Marcos da Cruz, que destacou que os envolvidos
vão prestar depoimento nesta semana.
O rompimento das duas represas, ocorrido na madrugada do último dia 2, durante fortes
chuvas, afetou 13 famílias, segundo levantamento do Corpo de Bombeiros.
A corporação vistoriou a região e diz que tudo começou em uma represa antiga, que pertence a uma
empresa de agricultura e biotecnologia. A água desceu e passou por mais duas barragens, existentes em
fazendas, que ficaram comprometidas. A correnteza chegou a uma quarta represa, que também acabou
estourando.
Segundo os bombeiros, o rompimento afetou diretamente cinco famílias que moram às margens da
primeira represa. Uma das casas foi invadida pela água e os móveis estragaram. Oito famílias que moram
em fazendas vizinhas também tiveram prejuízos.
Uma das propriedades rurais atingidas é a do vigilante Admilson Mariano Martins. Ele conta que a
ponte que dava acesso à chácara dele foi arrancada e, por isso, não consegue mais chegar com o carro
no local. Além disso, o quintal da casa segue cheio de água e é preciso muito cuidado para circular sem
cair.
No interior da casa é possível ver uma marca na parede, que mostra que a água atingiu quase a altura
das janelas. As roupas ficaram todas molhadas e o quarto dos filhos do vigilante teve os móveis
completamente danificados.
Alguns eletrodomésticos, como o freezer e a geladeira, também foram atingidos pela água, sem contar
a máquina de lavar roupas, que foi levada pela enxurrada. Além disso, segundo ele, cachorros, patos e
galinhas morreram afogados. “Foi um prejuízo muito grande. E saber que você lutou muito para chegar
onde está e ver tudo do jeito que está é muito triste”, afirmou Admilson.
Segundo ele, uma empresa responsável por uma das barragens o procurou e disse que vai fazer um
acordo para tentar reparar o vigilante pelos danos sofridos.
Outra família afetada pelo rompimento das represas foi a de Geneir Soares, que possui um emprego
noturno e decidiu investir em um pesque-pague em busca de melhor qualidade de vida. Ao ir para a
fazenda na manhã de quarta-feira, ele encontrou os tanques tomados por lama. Ele salvou apenas 60 kg
das quatro toneladas que tinha no local.
"Os peixes que eu tinha era uma média de R$ 40 mil, que eu comprei né. Se no caso eu fosse vendê-
los hoje, ia dar mais", lamenta Soares.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santa Helena de Goiás informou que está prestando
assistência às pessoas prejudicadas. Além disso, segundo o órgão, a empresa de agricultura e
biotecnologia se comprometeu a esvaziar outras duas represas que apresentam riscos.
“Elas serão colocadas no nível considerável para que não venham a romper com mais chuvas e
também mantendo os peixes que estão lá dentro”, explicou o secretário de Meio Ambiente, Nicodemos
Ferreira.

Causas do acidente
Fiscais da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos
Metropolitanos (Secima), que também estão na cidade, disseram que também é preciso verificar se houve
negligência ou se a causa do rompimento foi o excesso de chuva.
O acidente também é investigado pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio
Ambiente (Dema). Segundo o delegado Luziano Severino de Carvalho, já foi solicitado à secretaria
municipal um relatório sobre os impactos ambientais.
06/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/03/represas-rompidas-em-santa-helena-de-goias-nao-
tinham-licenca-diz-pm.html

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Governo abrigará no Entorno do DF famílias expulsas por milícias do RJ

O Ministério das Cidades afirmou ao G1 que vai transferir para imóveis do Minha Casa, Minha Vida no
Entorno do Distrito Federal as seis famílias expulsas por milícias de casas do programa no Rio de Janeiro.
O grupo, formado por 20 pessoas, foi abrigado pelo padre polonês Pedro Stepien por meses. Ele
denunciou na web ameaças que vem sofrendo dos criminosos e suposta falta de amparo do
governo federal.
O padre registrou boletim de ocorrência na polícia. "Os milicianos nos enviam de vez em quando as
fotos das famílias que foram expulsas falando ‘se amanhã você não for para o Rio, nós matamos membro
da sua família’"
O Ministério das Cidades disse que técnicos da Secretaria Nacional de Habitação têm acompanhado
o caso. A pasta informou que ainda não encontrou os novos imóveis e por isso não tem a data da
transferência.
Por precaução, Stepien conta que enviou as seis famílias aos cuidados de amigos na Bahia, Espírito
Santo e Minas Gerais há pouco mais de uma semana. Ele continua ajudando na manutenção dos 20
refugiados, mas diz que o grupo tem vivido em situação precária. Não há locais adequados para dormir
e nem sempre a alimentação é suficiente.
O religioso também afirma que não mudou de rotina por conta das ameaças. A Paróquia Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro segue abrindo as portas todas as noites. Além disso, o religioso mantém
as visitas a doentes e realiza missas no Gama, região administrativa do Distrito Federal.
No Brasil há 14 anos, o homem se diz decepcionado com a situação. Colegas da Polônia ligaram para
saber como ele está. Uma cantora, que não teve a identidade revelada pelo padre, ofereceu as passagens
para que ele pudesse voltar para a Europa.

Ameaças
De acordo com Stepien, as habitações populares onde as famílias viviam foram construídas em
terrenos gerenciados pela milícia. O grupo se intitula “Liga da Justiça”. A Polícia Civil do Rio de Janeiro
investiga o caso. No dia 26, agentes apreenderam planilhas com valores de cobranças ilícitas feitas pelos
milicianos contra comerciantes da Zona Oeste carioca, nas proximidades de condomínios do programa
habitacional.
O religioso conta que conheceu o primeiro casal que havia fugido dos criminosos nos corredores do
Congresso Nacional. Entre os refugiados há ainda viúvas e dez crianças, com idades entre 3 e 7 anos. A
perseguição ao padre começou justamente após uma audiência pública na Câmara dos Deputados em
2015, quando ele denunciou a atuação da milícia.
O padre afirma ter recebido três ameaças desde então. As mensagens chegam por WhatsApp. "Pare
de buscar ajuda onde não terá. Cuide de sua igreja e deixe de se meter em causas que não são suas.
Esta é a última vez que avisamos. [...] Dez famílias serão expulsas de casa e um pai morrerá. E a culpa
é dele [um dos refugiados] e sua", diz uma delas.
Outras mensagens trazem fotos de familiares de uma das pessoas abrigadas pelo padre e até dos
arredores da igreja onde ele atua, no Novo Gama, no Entorno do DF. Os autores das ameaças dizem
"ser próximos" a deputados, policiais e senadores. O responsável por uma das ameaças enviou uma foto
em que supostamente aparece dentro de uma delegacia.
Em uma das mensagens mais recentes, os criminosos são mais objetivos: "Quem avisa amigo é". "É,
padre, o senhor não tem jeito, já não dissemos que não adianta procurar deputados e senadores? Acha
que somos idiotas? Estamos de olho em tudo. Está arrumando alguma solução aí agora? Claro que não!
Entenda de uma vez, nosso problema é com Roberto [um dos ameaçados] e as famílias, e nós vamos
resolver, polícia e políticos nos ajudarão."
As mensagens dão a entender que os milicianos conhecem a rotina do religioso. "Então, padre, volta
para casa, cuide de missa e de laranjas e deixe que as coisas aconteçam naturalmente", diz o texto. As
frutas são em referência a uma horta comunitária gerenciada por Stepien nas proximidades da igreja.
O religioso diz ter tido audiências canceladas com políticos depois das ameaças. A Polícia Federal
informou que não confirma nem comenta investigações em andamento. Em nota, o Ministério da Justiça
declarou não ter conhecimento sobre o caso.
“Milicianos nos ameaçam, perseguem e matam. Governo nos abandonou. Deputados nos traíram.
Senadores nos evitam. Justiça é cega e fica longe de nós. Ministro da Cidade não quer nos receber. Esta
é história das pessoas que foram expulsas do condomínio ‘Minha casa, minha morte’”, disse ao G1.
Em nota, o Ministério da Justiça informou que criou, junto com o das Cidades, um grupo interministerial
em 2014 "para integrar ações de prevenção a condutas ilícitas no âmbito de programas habitacionais,
especificamente o Minha Casa, Minha Vida".

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"Os dois ministérios firmaram também acordo de cooperação com o Rio de Janeiro, a Caixa Econômica
Federal e o Banco do Brasil para que as polícias Civil e Federal atuem conjuntamente na investigação de
denúncias de fraudes e de expulsão de famílias de imóveis populares no estado. Hoje, o grupo conta com
representantes de todos os estados em que houve denúncias envolvendo os imóveis do Programa", diz
o texto do MJ.
O ministério diz ainda que todas as denúncias que recebe são apuradas ou encaminhadas para a
polícia. "O grupo interministerial concentra as denúncias e promove o suporte de integração de dados e
informações com os órgãos estaduais de segurança pública, responsáveis pela apuração dos delitos
identificados. (...) As polícias locais investigam os casos e identificam a quantidade de imóveis e vítimas
em cada empreendimento."
"É um trabalho sistêmico e mais complexo, portanto medidas estão sendo tomadas diariamente.
Exemplos são as prisões, no Rio de Janeiro, decorrentes de operações recentes feitas por delegacias
especializadas da Polícia Civil local, como a da síndica de um condomínio acusada de envolvimento",
completa o ministério
03/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/03/governo-abrigara-no-entorno-do-df-familias-
expulsas-por-milicias-do-rj.html

MP-GO pede suspensão do edital de chamamento de OSs na Educação

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) propôs ação na Justiça pedindo a suspensão do
edital de chamamento das Organizações Sociais (OSs) para gerir escolas públicas do estado. Segundo
o documento, o processo de escolha é ilegal, além de retardar o ano letivo de 2016 em pelo menos 23
escolas de Anápolis, a 55 km de Goiânia, primeiras a terem o novo sistema implantado, mas que ainda
retornaram às aulas por conta desta reformulação.
A ação é assinada pelos promotores de Justiça Fernando Krebs e Carla Brant Sebba Roriz, além da
procuradora de Contas do MP de Contas do Estado, Maisa de Castro Sousa Barbosa. Em caso de
descumprimento, requer-se uma multa diária tanto do estado quando da Secretaria do Estado de
Educação, Cultura e Esporte (Seduce).
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Seduce informou que respeita a decisão do MP-GO
e que, quando comunicada, irá preparar a defesa.
De acordo com a propositura, nenhuma das onze OSs selecionadas inicialmente possuía os requisitos
exigidos no edital, o qual teve os envelopes abertos no último dia 15 de fevereiro. No dia seguinte, o
MP-GO expediu recomendação para suspender o processo até o edital ser modificado.
Além de não acatar o pedido, posteriormente, a secretaria cancelou presença em uma reunião
agendada para o dia 22 do mesmo mês para tratar sobre o assunto.
Fora o apresentado, o documento alega que é ilegal a contratação de profissionais na Educação a não
ser por concurso público, pelo uso de recursos com as OSs e não com pessoal efetivo e pelo prazo de
contratação das empresas na gestão escolar.
01/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/03/mp-go-pede-suspensao-do-edital-de-chamamento-
de-oss-na-educacao.html

Mitsubishi vai parar a produção dois dias por semana em fábrica de Goiás

A Mitsubishi vai parar a produção dois dias por semana, a partir desta terça-feira (01/03/2016), na
fábrica emCatalão, na região sudoeste de Goiás. Em nota, a montadora informou ao G1 que a medida
será aplicada até junho. A mudança na jornada de trabalho foi acordada com o sindicato dos funcionários.
A empresa declarou no comunicado que apenas o setor de produção passa a operar de terça a quinta-
feira. Já o administrativo não sofrerá alteração no horário de funcionamento.
Secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat), Thiago Cândido Ferreira explicou
que os dias não trabalhados serão descontados do banco de horas, sem desconto na folha de pagamento.
A jornada nos demais dias será aumentada em uma hora.
Quando a fábrica voltar a operar normalmente, para cada dia trabalhado a mais, será descontado um
dia e meio do banco de horas. De acordo com Ferreira, os funcionários têm até dezembro para quitar as
horas em débito com a montadora.
O sindicato explicou que o acordo foi feito para evitar mais demissões na empresa, que atualmente
tem 1,8 mil funcionários. Ferreira contabiliza que 1,4 mil pessoas ficaram desempregadas de 2015 até
fevereiro deste ano.

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"A situação da Mitsubishi é delicada por conta da queda da produção. É a primeira vez que fazemos
um acordo e foi condicionado a empresa ceder o reajuste salarial que estava pendente desde novembro.
Eles se comprometeram a fazer reajuste e pagar o retroativo", disse Ferreira.
A assessoria de imprensa da empresa não explicou qual o motivo da redução de jornada. Após 400
demissões em outubro do ano passado, a montadora informou que houve uma queda de 21,4% nas
vendas de automóveis entre janeiro e agosto de 2015, no entanto, não especificou o total da produção
de veículos.
Com isso, precisou realizar um “ajuste no quadro de colaboradores da fábrica de Catalão (GO), onde
são produzidos 85% dos modelos vendidos no país”.
01/03/2016
Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/03/mitsubishi-vai-parar-producao-dois-dias-por-
semana-em-fabrica-de-goias.html

PF investiga superfaturamento e cartel em obras de ferrovias

A Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) encontraram indícios de
pagamento de propina, formação de cartel e superfaturamento em obras de ferrovias. Deflagrada nesta
sexta-feira (26/02/2016), a Operação "O Recebedor" investiga mais de R$ 630 milhões em desvios
somente em Goiás, entre 2006 e 2011.
“Nós temos alguns inquéritos em andamento e outros encerrados que apuraram o superfaturamento
das obras da Ferrovia Norte-Sul e Leste-Oeste, apenas nos trechos goianos, em média de R$ 600
milhões”, afirmou o delegado Ramon Menezes, presidente do inquérito junto à PF.
Segundo ele, empreiteiras combinavam entre si os valores dos lances que seriam dados durante as
licitações para as obras das ferrovias, o que configura o cartel.
Menezes informou que, além da ConstrutoraCamargo Corrêa, também foram alvos de mandados de
busca e apreensão as construtoras CR Almeida, Odebrecht, OAS, Constran, Mendes Júnior, Queiroz
Galvão e Elccon Engenharia Civil e Consultoria. As empreiteiras, conforme o delegado, são suspeitas de
participar do “clube de cartel”.
“Estes acordos permitiam que o valor contratado para a execução dos serviços ficasse muito acima do
que deveria ser praticado, gerando um sobrepreço, inflando os custos das obras”, explicou Menezes.
A operação da PF é um desdobramento da Operação Lava Jato e surgiu a partir do acordo de delação
da Camargo Corrêa (veja detalhes abaixo). São cumpridos sete mandados de condução coercitiva e 44
de busca e apreensão, em seis estados e no Distrito Federal.

R$ 800 mil em propina


A investigação apontou, ainda, que o esquema fraudulento era realizado com a conivência do ex-
presidente da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias (empresa estatal ferroviária ligada ao
Ministério dos Transportes) José Francisco das Neves, conhecido como Juquinha das Neves, a quem
a Camargo Corrêa afirmou ter pago R$ 800 mil em propina.
O procurador da República Hélio Telho explicou que, para fazer o pagamento da quantia, a construtora
utilizava falsos contratos com a Elccon Engenharia, Evolução Tecnologia e com o escritório de advocacia
Heli Dourado, que fazia a defesa de Juquinha.
“O dinheiro da propina era utilizado pelos advogados como pagamento dos honorários advocatícios. A
partir das provas que a construtora apresentou, nós tivemos acesso à quebra do sigilo fiscal de outras
companhias e identificamos essa fraude”, afirmou.
A defesa de Juquinha das Neves era feita em relação aos processos que ele responde, desde julho
de 2012, quando foi preso na Operação Trem Pagador, suspeito por lavagem de dinheiro público e
enriquecimento ilícito.
Para o delegado Ramon Menezes, Juquinha das Neves recebeu muito mais propina do que o valor
destacado pela Camargo Corrêa no acordo. "Certamente o valor de R$ 800 mil é irrisório diante de toda
a possibilidade, já que identificamos um patrimônio da família do Juquinha de R$ 60 milhões", disse.

Acordo de leniência
O esquema começou a ser investigado após um acordo de leniência firmado com a construtora
Camargo Corrêa. Em acordos do tipo, uma empresa envolvida em algum tipo de ilegalidade denuncia o
esquema e se compromete a auxiliar um órgão público na investigação. Em troca, pode receber
benefícios, como redução de pena e até isenção do pagamento de multa.
Segundo o MPF-GO, a Camargo Corrêa se comprometeu a restituir R$ 700 milhões aos cofres
públicos, dos quais R$ 75 milhões são destinados a ressarcir os danos acusados à Valec.

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O que dizem os suspeitos
A Camargo Corrêa informou, em nota, que "em razão da compulsória confidencialidade do Acordo de
Leniência com o MPF, a Construtora Camargo Corrêa não pode se pronunciar". O G1 também procurou
as outras sete construtoras citadas na investigação.
Em nota, a Queiroz Galvão confirmou ao G1 que foram cumpridos mandados de busca e apreensão
no escritório da empresa, em São Paulo, mas afirmou que “não havia documentos de interesse da
investigação no local, segundo atestado pela própria Polícia Federal”.
Já a Odebrecht, informou ao G1, também por nota, que foram cumpridos mandados de busca e
apreensão na sede da empresa, no Rio de Janeiro, mas que nada foi apreendido. A empresa destacou
ainda que "está, assim como seus executivos, à disposição das autoridades para prestar
esclarecimentos.”
A Constran e a Mendes Júnior disseram, também por nota, que as empresas não comentam sobre
processos e inquéritos em andamento.
A Elccon Engenharia Civil e Consultoria informou que irá se pronunciar somente após ser notificada.
As demais construtoras não retornaram até as 15h50 desta sexta-feira.

Depoimento
Juquinha das Neves prestou depoimento na sede da PF em Goiânia, na manhã desta sexta-feira,
após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão e condução coercitiva. O G1 entrou em
contato com o atual escritório de advocacia que o representa, por volta das 9h, e aguarda um retorno.
O advogado Heli Lopes Dourado, proprietário do escritório citado na operação "O Recebedor", não
atendeu às ligações.
A Evolução Tecnologia também não quis comentar o assunto.
Já o advogado Luís Alexandre Rassi, que está à frente do processo que envolve a mulher e o filho de
Juquinha na Operação Trem Pagador, informou que todos os envolvidos são inocentes e que aguarda
uma decisão de absolvição de todos os réus na Justiça.

Operação 'O Recebedor'


A operação foi deflagrada na manhã desta sexta-feira em Goiás, Paraná, Maranhão, Rio de
Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Ao todo, são cumpridos sete mandados de condução
coercitiva e 44 de busca e apreensão no país. Destes, sete mandados foram em Goiás, sendo que três
ainda estavam sendo cumpridos por volta das 11h.
Segundo o MPF-GO, o objetivo da operação é o de recolher provas sobre o pagamento de propina
para a construção das Ferrovias Norte-Sul e Integração Leste-Oeste, bem como prática de cartel,
lavagem de dinheiro e superfaturamento.
Além de Juquinha das Neves, também foram conduzidos coercivamente à sede da PF a esposa e um
filho dele e um sócio de um dos escritórios de advocacia.

Ferrovia Norte-Sul
A Ferrovia Norte-Sul foi inaugurada no dia 22 de maio de 2014, depois de cerca de 25 anos do início
das obras. O trecho entre Palmas, no Tocantins, e Anápolis, em Goiás, tem 855 quilômetros de trilhos.
Apesar da inauguração, a primeira viagem só foi feita em dezembro do ano passado. Devido à
demora da obra, a Valec não soube precisar quanto de dinheiro já havia sido gasto. A estatal estimou, na
época, a quantia de US$ 8 milhões. Denúncias de irregularidades marcaram a construção.
Em novembro, o MPF-GO ofereceu denúncia contra oito pessoas suspeitas de superfaturar obras da
Ferrovia Norte-Sul em Goiás. Todos eles devem responder por peculato e, se condenados, podem pegar
até 12 anos de prisão.
O prejuízo com cargas que deixaram de ser transportadas, perdas e impostos não arrecadados pode
chegar a US$ 12 bilhões por ano, segundo a Valec.
26/02/2016
Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/02/pf-e-promotores-detalham-operacao-contra-fraudes-
em-obras-de-ferrovias.html

Estudantes secundaristas protestam contra OSs na Educação, em Goiânia

Um grupo de alunos secundaristas protestou nesta quinta-feira (25/02/2016) contra a implantação de


Organizações Sociais (OSs) na rede de ensino público de Goiás. O protesto aconteceu na Praça Cívica,
em Goiânia, no mesmo dia em que a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) fez uma nova
abertura de envelopes para conferência de documentação e propostas das OSs.

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Durante o protesto, que começou por volta das 10h o grupo fechou o anel interno da Praça Cívica.
Com um carro de som, eles gritaram palavras de ordem contra o projeto do governo. De acordo com a
Polícia Militar, 100 pessoas estavam presentes; a organização estima em 200 participantes.
“Nós queremos a revogação do edital das OSs, tendo em vista que até o Ministério Público foi contra
a mudança na gestão”, disse o diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), o
estudante Gabriel Tatico, de 19 anos.
O estudante explicou ainda que os estudantes querem ajudar a construir um modelo melhor de
educação. “Não são só os estudantes, é o MP que também pede a suspensão do edital. Se o governador
for coerente, ele vai parar o processo”, disse Gabriel.
O ato, que também contou com a participação de membros do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação de Goiás (Sintego) encerrou por volta das 12h.

Abertura dos envelopes


Também nesta quinta-feira (25/02/2016), a Seduce realizou uma nova audiência pública para abrir os
envelopes com a documentação e propostas de cada OS interessada em administrar as escolas públicas.
O evento aconteceu no Centro Cultural Oscar Niemeyer, na capital. Na primeira sessão realizada no
último dia 15, todas as 10 empresas apresentaram problemas na documentação exigida.
De acordo com a assessoria de imprensa da Seduce, o edital prevê que as OSs teriam prazo para
regularizar o material e fazer a nova apresentação. Entretanto, se ficar faltando algo desta segunda vez,
a organização será excluída da segunda fase do processo, quando serão avaliadas as propostas.
Embora 10 OSs tenham entrado no processo, uma das candidatas enviou um ofício à
Seduce informando que desistiu do chamamento.
25/02/2016
Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/02/estudantes-secundaristas-protestam-contra-oss-na-
educacao-em-goiania.html

Governador de Goiás troca secretário de Segurança Pública

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), anunciou, na tarde desta quarta-feira (24/02/2016),
a troca do comando da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSP-GO). O vice-
governador José Eliton, que também era responsável pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico
(SED), vai substituir Joaquim Mesquita.
A troca foi anunciada pelo Twitter e aconteceu dois dias após a morte da estudante Nathália
Zucatelli, 18 anos, baleada ao sair de um cursinho pré-vestibular, no Setor Marista, em Goiânia.
"Convidei o vice-governador José Eliton a assumir a Secretaria de Segurança Pública e Administração
Penitenciária. Missão que aceitou sem pestanejar com a determinação costumeira e o sentimento
convicto de servir com seu talento, competência e liderança", afirmou em um dos posts que fez sobre o
assunto, nesta tarde.

Comando das polícias


Em nota oficial enviada por meio de sua assessoria, Marconi Perillo explicou que promoveu mudanças
no governo "em virtude da necessidade do fortalecimento institucional imediato da área de Segurança
Pública e Administração Penitenciária". E adiantou que o novo secretário de Segurança Pública "se
responsabilizará pela definição dos comandos das polícias".
No comunicado, Marconi informou que o deputado federal Thiago Peixoto, que estava na Secretaria
de Gestão e Planejamento, substituirá o vice-governador no comando da SED. Já o ex-secretário de
Segurança Pública Joaquim Mesquita entrará no lugar de Peixoto.
Apesar da substituição, o governador elogiou o trabalho de Mesquita como secretário de Segurança
Pública, cargo que ocupava desde 29 de outubro de 2012. E destacou "seu competente trabalho técnico
e sua equipe incansável – apesar da ausência de responsabilidade financeira constitucional do governo
federal".
Sobre José Eliton, Marconi ressaltou na nota: "o vice-governador é um advogado altamente
competente, profundo conhecedor das leis".

Crimes em Goiás
Dados da própria SSP-GO apontam que quantidade de pessoas assassinadas em Goiás
aumentou quase 34% de 2011 para 2015. Nesse mesmo período, também houve aumento de roubos a
residências e à população em geral. Segundo a secretaria, foram 1.984 assassinatos em 2011 no estado.
Já no ano passado, esse número subiu para 2.651 homicídios.

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As cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana, também aparecem juntas
na 29ª posição do ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, elaborado pela ONG Conselho
Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal, do México. Dos 21 locais brasileiros que aparecem na
lista, a área goiana está na 11ª colocação.

Força-tarefa
Antes de anunciar a troca das secretarias, o governador havia concedido entrevista coletiva sobre
segurança, no início da tarde. Ele anunciou a criação de uma força-tarefa contra a violência, mas,
apesar de ser questionado por jornalistas, não comentou a mudança na Secretaria de Segurança Pública.
A força-tarefa foi resultado de uma reunião realizada durante esta manhã no Palácio Pedro Ludovico
Teixeira entre comandantes do policiamento, integrantes dos poderes Legislativo, Executivo, Judiciário,
do Ministério Público de Goiás e da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás.
O projeto é inspirado em ações desenvolvidas em outros estados do país. Os integrantes devem se
encontrar uma vez ao mês para debater medidas contra a violência.
Entre as medidas anunciadas está o envio de uma carta à presidência da República, o aumento do
efetivo de policiais e a implantação de câmeras de segurança em ruas da capital.
24/02/2016
Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/02/governador-de-goias-troca-secretario-de-seguranca-
publica.html

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