Você está na página 1de 38

Teoria e Questões comentadas

Prof. Giovanni Mannarino

Matéria: Estado de Goiás


Prof. Giovanni Mannarino Professor: Giovanni Mannarino 1 de 38
www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal!

Sejam muito bem-vindos neste curso sobre História e Geografia de Goiás e


Goiânia visando o concurso público para a Câmara Municipal de Goiânia.
Eu e o Exponencial preparamos estas aulas esperando que elas sejam muito
úteis para garantir um bom desempenho de vocês nas provas que estão por
vir. Antes de falar do curso para vocês, quero falar um pouquinho de mim.
As seleções e concursos sempre fizeram parte da minha vida. Ainda menino
prestei o concurso para estudar no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Em
uma primeira tentativa não fui aprovado, mas não desisti e continuei
estudando para tentar mais uma vez.
Aquela prova era assustadora para crianças de 11 e 12 anos, realizada no
estádio do Maracanã, em pranchetas no colo com mais de 6 mil candidatos
para 90 vagas. Se na primeira tentativa não deu, na segunda eu fui aprovado
e cursei 7 anos naquela instituição.
Ao concluir o ensino médio, prestei vestibular e fui aprovado para cursar
História na UFRJ, UFF e UERJ. Escolhi o curso de História da UFF em Niterói,
por ser um dos mais qualificados do país.
Concluí a graduação em 2014 e em 2015 fui aprovado na seleção para o
Mestrado em História Política na UERJ, que defendi no início deste ano. Minha
especialidade são os Estudos Africanos, em especial os processos de libertação
dos países africanos na segunda metade do século XX.
Desde 2011 trabalho como professor de história em Pré-vestibulares e
preparatórios para concursos no estado do Rio de Janeiro. Já atuei na
preparação para provas como EsPCEx, Polícia Militar, concursos da Marinha e
da área fiscal.
Agora que vocês já me conhecem um pouquinho podemos partir para uma
análise do nosso concurso.

Prof. Giovanni Mannarino 2 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

Histórico e análise das provas de


História e Geografia de Goiás e Goiânia

Nos últimos meses fizemos um levantamento amplo dos concursos


realizados no estado onde são cobrados os conteúdos de História e
Geografia de Goiás e Goiânia, que na prática compreendem a realidade
histórica, geográfica, étnica, cultual, política e econômica do Estado de Goiás.
O edital para Câmara Municipal de Goiânia já foi publicado e nós
teremos 3 questões sobre o nosso assunto. Apesar de serem poucas questões
isto não diminui a importância destes conteúdos já que conseguir estes pontos
pode ser o seu diferencial em relação aos concorrentes e garantir a sua
aprovação.
Quem fez uma análise atento do edital percebeu que a banca, o Centro
de Seleção da Universidade Federal de Goiás (CS UFG) não incluiu nos
programas das disciplinas o programa de História e Geografia. Mas baseados
no que esta mesma banca cobra destes assuntos nós podemos afirmar que o
que precisamos estar afiados para a prova é isto:
A população goiana: povoamento, movimentos migratórios,
densidade e distribuição demográfica. História política de
Goiás: a independência em Goiás; as oligarquias e o Coronelismo
na República Velha; a Revolução de 1930; dinâmica política
regional (partidos e movimentos sociais); Ditadura Militar em
Goiás e a transição democrática; a política de 1930 até os dias
atuais. Aspectos físicos do território goiano: hidrografia,
clima, relevo e vegetação. Patrimônio natural, histórico,
cultural e religioso de Goiás: as festas religiosas; o patrimônio
natural, histórico, cultural e o turismo. Formação econômica de
Goiás: as bandeiras e a exploração do ouro; a agricultura e a
pecuária nos séculos XIX e XX; a estrada de ferro e a
modernização da economia goiana; a construção de Goiânia;
industrialização, infraestrutura e planejamento (Concurso da
Prefeitura de Goiânia [Procurador] organizado pela CS UFG em
2015)
Aqui, produziremos para vocês um curso destes conteúdos, para que
vocês tenham um material rápido e objetivo, mas ao mesmo tempo com
qualidade para fazer uma boa preparação para a prova.
Como dissemos, a banca do concurso será a CS UFG, que dentro das
provas de nossa disciplina não é a que possui questões mais difíceis. As
questões terão quatro alternativas, o que muda um pouco em relação às
provas com cinco alternativas. Analisando suas provas em que caíram o nosso
conteúdo, podemos prever as temáticas que tem mais chances de aparecer,
então vamos nos focar nestes conteúdos.

Prof. Giovanni Mannarino 3 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

Nosso objetivo, portanto, é que vocês tenham acesso a um material


objetivo, porém repleto de questões para que vocês pratiquem os conteúdos.
Nossas questões serão acompanhadas de comentários onde você poderá
aprofundar o conhecimento de cada temática.
Aproveitem para curtir e seguir também minha página no Facebook
onde publico questões comentadas, materiais complementares e notícias sobre
concursos! https://www.facebook.com/profgiovannimannarino
Na tabela abaixo, depois de analisar mais de 40 provas, fizemos um
RAIO-X dos temas mais cobrados nas diversas bancas quando o assunto é
“História e Geografia de Goiás e Goiânia”. Vejam como alguns temas são
muito recorrentes como a chamada “Era Ludovico”, a fundação de Goiânia, o
período bandeirante, a modernização agrícola, o coronelismo e o período da
Ditadura Militar:
PORCENTAGEM
ASSUNTO
DE QUESTÕES
Era Pedro Ludovico 21%
(Destaque para fundação de Goiânia e a Marcha para o Oeste)

Bandeirantes/Mineração (Séc XVIII) 16%


(Destaque para a fundação de cidades no período)

Agronegócio e Modernização Agrícola 7%


República Velha 6%
(Destaque para o Coronelismo em Goiás)

Ditadura Militar 6%
Século XIX 5%
Período Populista 5%
(Destaque para o governo de Mauro Borges)

Geografia – Vegetação e Relevo 8%

População de Goiás 6%
Tocantins 6%
Patrimônio Cultural 8%
Outros 10%

Ao fazer uma análise específica das provas organizadas especificamente pelo


CS UFG, estas proporções sofrem uma ligeira alteração que evidenciam uma
tendência da banca que devemos ficar atentos. As questões sobre
1)Revolução de 1930 e Fundação de Goiânia; 2) Patrimônio Cultural

Prof. Giovanni Mannarino 4 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

de Goiás e 3) Geografia de Goiás aumentam bastante, chegando a 28%,


18% e 34%, respectivamente!!! Portanto, muita atenção em cada um destes!

No quadro abaixo segue o programa do nosso curso. Os temas selecionados


visam contemplar o que geralmente é cobrado em concursos de História e
Geografia de Goiás e Goiânia, focando em sua realidade histórica,
geográfica, cultural, política, econômica, populacional e atualidades.
Escolhemos como aula demonstrativa para que vocês conheçam o curso a aula
que talvez seja a mais importante dentre as oito que estamos preparando
para vocês. A nossa Aula 00 será sobre “Era Pedro Ludovico”: Goiás,
Revolução de 1930 e a construção de Goiânia, um tema com altíssima
probabilidade de ser uma das três questões do concurso.

Aula Conteúdo
“Era Pedro Ludovico”: Goiás, Revolução de 1930 e a construção de
00
Goiânia

01 Ocupação de Goiás e a Mineração (séc. XVIII)

02 Período Joanino e Brasil Imperial em Goiás: o século XIX

03 A República Velha e o Coronelismo em Goiás

Aspectos Históricos da segunda metade do Século XX: Construção


04
de Brasília, Governos Militares e Redemocratização

05 População e Cultura do Estado de Goiás

06 Geografia do Estado de Goiás: relevo, vegetação e hidrografia

07 Atualidades do Estado de Goiás

*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial, na página do curso.

Finalmente, hora de nos aventurarmos! Tenha uma boa aula!

Prof. Giovanni Mannarino 5 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

Aula 03 – “Era Pedro Ludovico”:


Goiás, Revolução de 1930 e a construção de Goiânia

Sumário
1 – Contextualização ............................................................................ 7
2 – “Ludoviquismo” (1930-45) ............................................................... 8
3 – Construção de Goiânia ..................................................................... 9
4 – Marcha para o Oeste ......................................................................14
5 - Questões Comentadas.....................................................................16
6 – Questões da aula (sem comentário) ..................................................28
7 - Gabarito .......................................................................................38

Prof. Giovanni Mannarino 6 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

1 – Contextualização

Getúlio Vargas e a Aliança Liberal chegam ao poder, derrotando as


oligarquias, a partir da Revolução de 1930. Apoiado por um leque amplo e
heterogêneo de grupos sociais, que incluíam as classes médias, oligarquias
dissidentes, burguesia industrial, tenentes e trabalhadores urbanos e rurais, o
governo de Vargas vai promover profundas transformações no país. Apesar
de não ter sido um estado central durante o processo revolucionário,
Goiás passa a viver intensamente as transformações do período
varguista.
Apoiando o movimento da Aliança Liberal em Goiás estavam Mário de
Alencastro Caiado, Americano do Brasil, Domingos Neto Velasco e Nero de
Macedo. Com a vitória da Revolução de 1930, em 24 de outubro, será formada
no estado uma Junta Provisória de Governo, da qual fizeram parte o
próprio Mário de Alencastro Caiado, Emilio Francisco Povoa e Pedro Ludovico
Teixeira. Em novembro, Vargas toma posse com o presidente provisório do
Brasil (03/11/1930) e no mesmo mês nomeia Pedro Ludovico Teixeira
como Interventor Federal em Goiás. Começaria, assim, o que ficou
conhecido como “Era Vargas”, a nível federal, e “Era Pedro Ludovico” em
Goiás.

CAIU NA PROVA!

1- (Banca: FGV; Cargo: TJGO escrevente; Data:


19/10/2014)
A construção de Goiânia está inserida em um período de alterações na política
nacional. O contexto histórico que envolveu o processo de construção da nova
capital de Goiás estava inserido no momento político brasileiro:
A) da Era Vargas (1930/1945);
B) da República Velha (1889/1930);
C) do Regime Militar entre 1964 e 1985;
D) dos “Anos Dourados” do governo JK (1956/1960);
E) da Nova República com o Governo Sarney (1995/2000).
Comentários: Está é uma questão básica sobre este período. Você precisa
saber que a chegada de Getúlio Vargas ao poder com a Revolução de 1930 em
nível federal e de Pedro Ludovico Teixeira em nível estadual estão
relacionadas. E também que é neste período que ocorrerá a construção de
Goiânia e a Marcha para o Oeste.
Gabarito 1: A

Prof. Giovanni Mannarino 7 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

2 – “Ludoviquismo” (1930-45)

Pedro Ludovico Teixeira nasceu na cidade de Goiás em 1891. Formou-se em


medicina no Rio de Janeiro e depois trabalhou em diversas cidades do estado
de Goiás. Membro ativo da Aliança Liberal, compôs o governo provisório
depois da Revolução de 1930 e, em seguida, foi nomeado por Getúlio Vargas
como Interventor de Goiás.
Como veremos, uma das principais plataformas políticas de Ludovico será a
defesa da construção de uma nova capital para Goiás. O político utiliza
este projeto como um mecanismo para angariar apoio político –
principalmente no sul e sudeste do estado – nas eleições de 1933 que
ocorreram após a redemocratização do país, com a convocação de uma
Assembleia Constituinte. Pedro Ludovico sai vitorioso e o partido que ele ajuda
a criar neste contexto, o Partido Social Republicano (PSR), ganha todas as
cadeiras de Goiás na Assembleia Constituinte de 1934. Em 1935, foi eleito
Governador de Goiás.
Com o Golpe do Estado Novo em 1937, os partidos políticos são extintos e
a constituição é reformulada para concentrar poderes nas mãos do executivo.
Vargas mantém Ludovico no poder, novamente como Interventor,
cargo no qual ele permaneceria até 1945.

Pedro Ludovico Teixeira

• Membro da Junta de Governo Provisório (1930)


• Interventor de Goiás nomeado por Vargas
(1930-34)
• Governador de Goiás eleito (1934-37)
• Interventor de Goiás nomeado por Vargas
(1937-45)

Neste ano, com o fim da Segunda Guerra Mundial, acaba também a ditadura
varguista e ao mesmo tempo, a Era Ludovico (1930-45) em Goiás. Com a
nova redemocratização, surgem novos partidos políticos como o Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB), a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido
Democrático Social (PDS). Ludovico foi um ativo articulador deste último em
Goiás, pelo qual foi eleito senador em 1946, governador em 1951, novamente
senador em 1954 e 1962.
Em 1964, participou, como veremos, das mobilizações para defender o
mandato de seu filho Mauro Borges no governo estadual. Teve seu mandato
de senador cassado pelo AI-5 da ditadura militar.

Prof. Giovanni Mannarino 8 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

3 – Construção de Goiânia

Após a Revolução de 1930 e a chegada de Pedro Ludovico ao poder em Goiás,


a ideia da necessidade da mudança da capital do estado ganha força e acaba
se efetivando com a construção de Goiânia. Este pensamento, no entanto,
já circulava desde o século XVIII. Conde dos Arcos, primeiro governador da
Capitania de Goiás após sua criação, em 1748, defendeu que seria melhor
transferir a capital da Cidade de Goiás para Meia Ponte (atual Pirenópolis).
Miguel Lino de Morais, Presidente da Província de Goiás em 1830, afirmava
que a capital deveria ser transferida para a região de Tocantins, em função da
queda da produção de ouro em Goiás. Couto Magalhaes, Presidente da
Província de Goiás entre 1863 e 1864, afirmava que a Cidade de Goiás não
conseguia ser um polo irradiador de desenvolvimento econômico e civilizatório
para o interior da província e do Brasil, e por isso a capital deveria ser
transferida para Leopoldina (atual Aruanã).
Com a proclamação da República, o governador Rodolfo Gustavo da Paixão
criticava a falta de infraestrutura de Goiás e a Assembleia que redigiu a nova
Constituição estadual, em 1891, chegou a cogitar esta possibilidade, mas não
tomou nenhuma atitude efetiva para tal.
Com a Revolução de 1930, os ideias de modernização, desenvolvimento e
integração nacional começam a ganhar forma. Afastar o ‘velho’, ou seja, as
antigas oligarquias do poder era uma necessidade para o novo grupo que
ocupa o poder. Seguindo este espírito do governo federal, Pedro Ludovico
determina a construção de uma nova capital para o Estado de Goiás.
Transferir a capital entrou nos planos do interventor como uma forma de
retirar o poder da cidade de Goiás e, consequentemente, de uma região onde
os coronéis caiadistas tinham muita influência. Goiânia nasce como símbolo
do novo Brasil moderno que se construía a partir da década de 1930, em
oposição ao Brasil da República Velha, rural e das oligarquias.

CAIU NA PROVA!

2- (Banca: cespe-cebraspe; Cargo: PC GO; Data: 2016)


Acerca dos aspectos relacionados ao contexto econômico e político que
justifica a construção, na década de 30 do século XX, de uma nova capital
para o estado de Goiás, assinale a opção correta:
A) Os primeiros registros do desejo de mudança da capital de Goiás datam da
década de 30 do século passado, em decorrência da necessidade de promover
o desenvolvimento econômico do estado.
B) A mineração, atividade econômica que sustentava a cidade de Goiás no
século XVIII, era suficientemente rentável para justificar a manutenção do seu

Prof. Giovanni Mannarino 9 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

status de capital do estado e a oposição ao projeto de transferência da capital


na década de 30 do século passado.
C) Em termos políticos, a construção de Goiânia insere-se na conjuntura da
Revolução de 1930, que pretendia, entre outros objetivos, enfraquecer o
poder das oligarquias regionais sobre as instâncias políticas e administrativas.
D) A fundação da nova capital deveu-se a Pedro Ludovico Teixeira, agente do
governo de Getúlio Vargas sem conexões políticas no estado, que conseguiu
êxito no projeto graças à sua posição de interventor federal em Goiás.
E) A necessidade de desenvolver a economia regional justificou a fundação da
nova capital goiana, cujo urbanismo, entretanto, não superou o traçado
Barroco da arquitetura colonial, símbolo do atraso econômico.
Comentários: Esta questão pergunta sobre o contexto econômico e político
da construção de Goiânia na década de 1930. A ideia da mudança da capital
aparecia de forma muito isolada antes de 1930, por isso a letra A está
incorreta. A letra B também está errada já que a atividade mineradora havia
entrado em decadência desde o século XVIII, o que mantinha o prestigio de
Goiás Velho era a atividade agropecuária. O erro da letra D foi afirmar que
Ludovico não possuía vínculos no estado. Pelo contrário, nascido em Goiás ele
atuou politicamente na região durante toda vida. A letra E está errada pois
afirma que, arquitetonicamente, a nova capital não superou o estilo colonial, o
que não é verdade já que as novas construções dialogavam com as
vanguardas do período. A resposta correta desta questão é algo que você
precisa estar bastante atento já que é um detalhe recorrente nas provas sobre
o assunto: um dos objetivos da construção da nova capital foi afastar o centro
político do estado dos coronéis que detinham o poder até 1930, sediados na
região da cidade de Goiás, antiga capital.
Gabarito 2: C

Em 20 de dezembro de 1932 pelo decreto n 2.737, foi nomeado o Bispo D.


Emanuel Gomes de Oliveira como Presidenta da Comissão que escolheria
o local da nova capital do estado.
Foi sugerido pelo Coronel Antônio Pirineus de Souza a escolha de três pessoas
para fazer estudos dos possíveis locais de fundação da capital. Foram eles o
médico Laudelino Gomes de Almeida e os engenheiros João Argenta e
Jerônimo Fleury Curado. Os locais estudados foram Bonfim (atual Silvânia),
Pires do Rio, Ubatan (atual Orizona) e Campinas, local que acabou
escolhido e que hoje é bairro de Goiânia. Em 24 de outubro de 1933, Pedro
Ludovico lança a pedra fundamental.

Prof. Giovanni Mannarino 10 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

Possíveis Locais para a nova capital

•Bonfim (atual Silvânia)


•Pires do Rio
•Ubatan (atual Orizona)
•Campinas

CAIU NA PROVA!

3- (Banca: CS UFG; Cargo: Prefeitura de Goiânia


Auditor; Data: 31/01/2016)
Na década de 1930, por meio do Decreto nº 2.737, de 20 de dezembro de
1932, o interventor de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, nomeou uma comissão
para realizar estudos para escolha do local onde seria construída a futura
capital. Além de Campinas (atual bairro de Goiânia), outras três localidades
escolhidas para realização do estudo foram:
A) Paraúna, Santa Luzia (atual Luziânia) e Meia Ponte (atual Pirenópolis).
B) Bela Vista de Goiás, Goiabeira (atual Inhumas) e Curralinho (atual
Itaberaí).
C) Pires do Rio, Bonfim (atual Silvânia) e Ubatam (atual município de
Orizona).
D) Ipameri, Pouso Alto (atual Piracanjuba) e Caraíba (atual município de
Vianópolis).
Comentários: O conteúdo de construção de Goiânia é tão constantemente
cobrado nas provas que as bancas, para conseguirem inovar, acabam partindo
para os detalhes sobre o processo. É o caso desta questão. A banca quer
saber quais foram os locais estudados pela Comissão responsável pela escolha
do local que seria construída a nova capital. A resposta correta é a letra C:
além da cidade de Campinas, que foi a escolhida e depois se tornaria bairro de
Goiânia, foram estudadas Bonfim (atual Silvânia), Pires do Rio e Ubatan (atual
Orizona).
Gabarito 3: C

O projeto arquitetônico da cidade de Goiânia que começa sendo liderado por


Atílio Correa (e depois é concluído por Armando de Godói), e executado
pelos engenheiros Abelardo e Jerônimo Coimbra Bueno, possuía a Praça

Prof. Giovanni Mannarino 11 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

Cívica como centro do qual saiam as ruas formando raios. Na praça foram
edificados os edifícios dos governos estadual e municipal, o Palácio das
Esmeraldas e o Palácio das Campinas.

estilo:
art decò

Ideal de
modernidad
afastar os
e,
caiadistas
dinamismo e
do poder
desenvolvim
ento

Nova
Capital:
Goiânia
Engenheiros Nome
responsávei sugerido em
s: Abelardo concurso
e Jerônimo organizado
Coimbra pelo jornal
Bueno O Social
Projeto
arquitetônic
o: Atílio
Correa Lima
e Armando
de Godói

Este projeto foi intensamente inspirado pelas propostas da arquitetura


moderna publicadas na Carta de Atenas, durante o IV Congresso Internacional
de Arquitetura Moderna (CIAM), realizado em 1933. Este movimento defendia
que a cidade deveria ser pragmática e funcional, com áreas residenciais,
comerciais e de trabalho bem definidas, dialogando zonas urbanas e zonas
verdes.
Em 23 de março de 1937 foi assinado o decreto nº 1816 que transferia
definitivamente a capital do estado da Cidade de Goiás para Goiânia.
Apenas em 5 de setembro de 1942, no entanto, ocorreu a inauguração
cultural da a nova capital, realizada no Cine-Teatro Goiânia.

Prof. Giovanni Mannarino 12 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

O nome da nova capital foi decidido por um concurso organizado pelo jornal
O Social. Os leitores enviaram sugestões de nomes e depois votavam para
decidir qual seria o adotado. Eldorado, Anhanguera, Bartolomeu Bueno,
Goianéia e Goianópolis foram alguns dos sugeridos, mas o vencedor foi
Goiânia, criação de Alfredo de Castro.

Os Decretos que deram origem a Goiânia


•Decreto nº 2737 de 1932
- nomeia o Bispo D. Emanuel Gomes de Oliveira como Presidente da Comissão
para escolha do local da futura capital do Estado de Goiás.
•Decreto nº 3359 de 1933
- determinou que na região do então Município de Campinas fosse edificada a
Nova Capital do Estado.
•Decreto nº 327 de 1935
- cria o município de Goiânia
•Decreto nº 1816 de 1937
- transfere definitivamente a capital estadual da Cidade de Goiás para Goiânia.

A cidade, além de ter o seu núcleo central planejado, teve as principais


edificações construídas nas décadas de 1940 e 1950 seguindo o estilo art
decò. Tombado pelo Iphan em 2003, o conjunto urbano de Goiânia inclui
22 edifícios e monumentos públicos, concentrados em sua maioria no centro
da cidade. Entre essas edificações estão: Estação Ferroviária, Praça Dr. Pedro
Ludovico Teixeira, Praça Cívica, Academia Goiana de Letras, Antigo Prédio da
Suplan/Emop (atual Procuradoria Geral do Estado, na Praça Cívica), Capela de
Nossa Senhora das Graças, Capela de São José, Casa de Cultura Dr. Altamiro
de Moura Pacheco, Cemitério Santana, Centro Cultural Oscar Niemeyer,
Centro Cultural Gustav Ritter, Coreto da Praça Cívica, fontes luminosas, Fórum
e Tribunal de Justiça, residência de Pedro Ludovico Teixeira, obeliscos com
luminárias, Palácio das Esmeraldas, Torre do Relógio, e os edifícios do Tribunal
Regional Eleitoral, do Colégio Estadual Lyceu de Goiânia, do Grande Hotel, do
Teatro de Goiânia e da antiga Escola Técnica de Goiânia, entre outros.
A cidade foi projetada para uma população de 50 mil habitantes, cifra
que foi ultrapassada já nos anos 1950. Em 1980 a capital goiana já
possuía mais de 700 mil habitantes e nos anos 2000 esta cifra já havia
passado o 1 milhão. Este crescimento populacional, que também foi
acompanhado pela região metropolitana de Goiânia, contribuiu para a
periferização do espaço urbano da capital.

Prof. Giovanni Mannarino 13 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

4 – Marcha para o Oeste

Vargas acreditava que a integração do território nacional era fundamental


para o desenvolvimento do país e para isso, as regiões menos ocupadas do
interior deveriam ser integradas e ocupadas. Só assim, resgatando a tradição
dos bandeirantes de partir para o interior e formar o Brasil, é que Vargas
acreditava que o sentimento de “brasilidade” seria difundido.
Um dos cernes desta iniciativa foi a construção da cidade de Goiânia e durante
sua inauguração o presidente ressalta, em seu discurso que “o verdadeiro
sentido de brasilidade era o rumo do oeste”, pautando aquilo que ficou
conhecido como Marcha para o Oeste. Ocupar o interior incentivando a
migração e promover seu desenvolvimento eram os principais objetivos.

A Marcha para o Oeste e a Construção de Goiânia representariam uma


nova onda de ocupação do estado de Goiás. Se no século XVIII foram
os bandeirantes e a mineração, agora na década de 1940 com a Era
Vargas e a expansão agrícola.

Esta política seria retomada anos depois durante o governo de Juscelino


Kubtscheck, por meio da construção da nova capital federal, Brasília, e
também de estradas para conectar o país.

Departamento
Nacional de
Fundação Brasil
Estradas de
Central
Rodagem
(DNER)

Colônia Agrícola
Construção de
Nacional de
Goiânia
Goiás (CANG)
Marcha
para o
Oeste

Ainda no contexto da Marcha para o Oeste do Governo Getúlio Vargas, foram


tomadas outras importantes iniciativas para a ocupação da região. Uma delas
foi a criação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG). Inicialmente
planejada para ser instalada em Carmo do Rio Verde, a CANG foi instalada em

Prof. Giovanni Mannarino 14 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

Ceres (nome da deusa romana da agricultura). A cidade passa a ser


responsável por iniciativas de reforma agrária, onde lotes eram destinados aos
colonos para fixar o homem no campo e assim desenvolver a agricultura.
Outra iniciativa de Vargas foi a criação da Fundação Brasil Central (FBC)
em 1943, que teve como origem a Expedição Roncador-Xingu (1941), que a
partir de 1945 passou a ser comandada pelos irmãos Villas Boas. A FBC tinha
como objetivo desbravar e colonizar zonas dos altos rios Araguaia e Xingu.
Neste contexto, são fundadas as cidades de Aragarças em Goiás e Nova
Xavantina em Mato Grosso.
CAIU NA PROVA!

4- (Banca: CS UFG; Cargo: ALGO analista; Data:


12/04/2015)
Leia o texto.
“Essa região foi objeto de uma política de expansão da fronteira agrícola,
demográfica e econômica adotada por Getúlio Vargas nos anos revolucionários
de 30 – a Marcha para o Oeste –, que teve como consequência imediata a
criação de Goiânia. Possui a mais significativa placa de solos de boa fertilidade
natural que existe em todo o estado de Goiás e se constituiu no mais autêntico
polo de atração das populações migrantes”. (GOMES, H.; TEIXEIRA NETO, A.;
BARBOSA, A. S. Geografia: Goiás / Tocantins. Goiânia: UFG, 2005).
O texto faz referência à região goiana anteriormente denominada:
A) Vale do Meia Ponte.
B) Vale do São Patrício.
C) Caminho dos Trilhos.
D) Mato Grosso Goiano.
Comentários: Na época da Marcha para o Oeste, a região onde foram
instaladas colônias agrícolas era conhecida como “Mato Grosso Goiano”. Foi
ocupada em função da fertilidade dos solos, excelentes para a agricultura. O
Vale do São Patrício fica nesta região e isto pode confundir você na hora de
resolver a questão, fique atento. “O Mato Grosso de Goiás é uma extensa
região florestal situada na parte centro-sul do Estado de Goiás. Ela começa
nas proximidades da cidade de Anápolis e continua para oeste até a base da
Serra Dourada, na região do Córrego do Ouro; no sentido norte-sul, vai das
proximidades de Goiânia até um pouco ao norte de Itapaci. Abrange parte dos
municípios de Anápolis, Pirenópolis, Jaraguá, Anicuns, Goiás, Mataúna,
Itaberaí e Itapaci” (Fernando Gomes Barbosa; Maria Gonçalves da Silva
Barbalho; Sandro Dutra e Silva; Josana de Castro Peixoto. O Mato Grosso de
Goiás: reconhecendo espaço e natureza sob o olhar de viajantes naturalistas).
Gabarito 4: D

Prof. Giovanni Mannarino 15 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

5 - Questões Comentadas

5- (Banca: Funrio; Cargo: CBMGO Soldado de 3ª Classe; Data:


04/12/2016)
Na década de 1940, durante os festejos de inauguração da cidade de Goiânia,
o presidente Getúlio Vargas lançou a chamada Marcha para o Oeste, que
serviria como diretriz para o povoamento e a integração territorial para o país.
Quanto a esse tema, os objetivos do governo Vargas podem ser confirmados
pela/o:
A) criação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), a fim
de ampliar a estrutura de ligação entre as regiões e as cidades.
B) planejamento e pela construção de Goiânia, ideia que se originou
unicamente da estratégia do governo Vargas de interiorização e povoamento
do sertão brasileiro.
C) construção de Goiânia para ser a capital de Goiás, que objetivava antecipar
e concorrer com a construção de Brasília e ser o marco de interiorização do
território.
D) política de povoamento e de interligação da região Centro-Oeste dos
governos de Getúlio Vargas e, posteriormente, de Juscelino Kubitschek, que
não lograram êxito.
E) criação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG), para o
desenvolvimento agrícola da região, que se mostrou ineficaz como estratégia
de interiorização.
Comentários: Os pontos de ocupação do território brasileiro, em especial no
interior, eram vistos como ilhas de desenvolvimento, cercadas por mares de
‘vazio’ e ‘terras desocupadas’. Para reverter este quadro Vargas objetivava
com a Marcha para o oeste 1) ocupar estes territórios e 2) integrá-los ao
restante do país. Para cumprir estas metas foi essencial la construção de
estradas e, parra isso, foi criado em 1937 o Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem (DNER). Para saber mais sobre a Marcha para o Oeste
sugiro este material do Centro de Pesquisa e Documentação de História
Contemporânea do Brasil (CPDOC-FGV):
https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Brasilia/ConquistaOeste
Gabarito 5: A

6- (Banca: UFG; Cargo: Defensoria Pública GO; Data: 15/06/2014)


A construção de Goiânia, a partir de 1933, transformou o espaço urbano do
município de Campinas. Nessa construção, a cidade de Campinas:

Prof. Giovanni Mannarino 16 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

A) passou por um processo de planejamento e reestruturação urbanística


associado a tendência de verticalização da nova capital.
B) apresentou um alto crescimento demográfico em consequência da chegada
de trabalhadores para a construção da nova capital.
C) foi escolhida para sediar a nova capital em virtude do potencial econômico
do município que era atendido pela Estrada de Ferro Goiás.
D) preservou a autonomia municipal frente à criação da nova capital por meio
do redimensionamento do território sob sua administração.
E) tornou-se um centro de atração religiosa em decorrência da chegada e ao
estabelecimento da missão redentorista na região.
Comentários: Campinas era um município do Estado de Goiás datado do
início do século XIX. O local foi escolhido para ser construída a nova capital do
estado a partir dos estudos feitos no início da década de 1930. A partir daí,
Campinas foi incorporada à Goiânia como bairro, começando a crescer já
durante as obras. Por isso, a resposta correta é a letra B.
Gabarito 6: B

7- (Banca: FUNRIO; Cargo: PM GO cadete; Data: 2017)


Os anos 1930 e a mudança da capital
“O assunto mais palpitante neste momento em todo o Estado é o da mudança
da sua capital, projetada pelo interventor Pedro Ludovico para outro local. No
interior do Estado reina um verdadeiro entusiasmo pela ideia, sendo que a
maioria é pela transferência da sede do governo. Na Capital, entretanto, dois
terços são a favor, sendo a maioria contrária composta de grandes
proprietários”. (Texto publicado em A Informação Goiana no ano de 1932 apud
CHAUL, N.F. Goiana: a capital do Sertão. Revista UFG, ano 11, n. 6, jun.
2009).
Essa notícia apresenta a conjuntura que antecedeu o anúncio da criação da
nova Capital do estado. Em 1933, o interventor Pedro Ludovico assinou o
decreto, autorizando a mudança que representou a:
A) afirmação do poder político das oligarquias estaduais da Primeira República.
B) aglutinação de forças políticas do interior do estado para vencer as eleições
de 1933.
C) aliança do governo estadual à Revolução Constitucionalista de 1932, em
São Paulo.
D) construção de um projeto de desenvolvimento que se associava a Goiás
Velho.
E) encenação de uma ação política inédita na história urbana e política do
Brasil.

Prof. Giovanni Mannarino 17 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

Comentários: Esta questão toca em um assunto pouco falado em relação à


construção de Goiânia, mas você pode – mesmo sem saber deste detalhe – se
aproximar do acerto eliminando algumas alternativas. As letras A e D, por
exemplo, falam que o objetivo de Pedro Ludovico com a construção de Goiânia
seria a afirmação política das oligarquias da República Velha sediadas em
Goiás velho, o que está errado. Ele queria, efetivamente, afastar as elites
políticas que se concentravam nesta cidade. A letra C também está errada já
que a Revolução de 1932 em São Paulo se opunha à Getúlio Vargas, aliado de
Pedro Ludovico. A letra E também está errada, mas o motivo é menos
conhecido. Uma mudança na capital estadual não era algo inédito. Isto já
tinha acontecido nos estados de Sergipe (a primeira capital foi São Cristóvão e
Aracajú assume o posto em 1855) e Minas Gerais (em 1897 ocorre a mudança
da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte). A resposta correta, portanto, é
a letra B. Naquele contexto, defender a ideia de construir uma nova capital, foi
uma estratégia do interventor para acumular apoio político – principalmente
dos políticos do interior do estado – que seria fundamental nas eleições de
1933 que escolheriam os deputados do estado para a constituinte e a seguir
para a disputa pelo governo do estado. Uma dica interessante, caso você
esteja com tempo disponível, seria ler o próprio texto citado pela questão:
CHAUL, N.F. Goiana: a capital do Sertão. Revista UFG, ano 11, n. 6, jun.
2009.
Gabarito 7: B

8- (Banca: UEG; Cargo: PM GO oficial de saúde; Data: 14/04/2013)


A defesa da construção de Goiânia feita por um de seus principais
responsáveis – Dr. Armando de Godói – evidencia com clareza o que se
pensava naquele período sobre o planejamento, especialmente no que tange à
obediência do espaço à razão. (CHAVEIRO, E. F. A urbanização do sertão
goiano e a criação de Goiânia. In. NETO, A. T.; et al. [Org.]. O espaço goiano:
abordagens geográficas. Goiânia, Associação dos Geógrafos Brasileiros, 2004.
p.113).
O modelo de planejamento urbano proposto por Armando de Godói para a
construção da cidade de Goiânia foi fortemente influenciado:
a) pela Carta de Atenas, manifesto proposto pelos urbanistas modernos em
1933, que entendia a cidade como um organismo funcional, dividida em
setores e privilegiando a presença de áreas verdes.
b) pelo projeto varguista da Marcha para o Oeste, apoiado por Pedro Ludovico,
que considerava Goiânia a capital do cerrado, construindo-a livremente
inspirada no traçado do Rio de Janeiro, então capital federal.
c) pelo Darwinismo Social que dominava o cenário intelectual no início do
século XX, segundo o qual a ocupação urbana era entendida como
racionalista, sendo o espaço mais importante que o indivíduo.

Prof. Giovanni Mannarino 18 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

d) pela forte presença da Igreja Católica na administração pública da época, o


que justifica o fato de o traçado urbano de Goiânia ser inspirado nos traços
visualizados no manto de Nossa Senhora Aparecida.
Comentários: O projeto arquitetônico da cidade de Goiânia que começa sendo
liderado por Atílio Correa e depois é concluído por Armando de Godói, foi
intensamente inspirado pelas propostas da arquitetura moderna publicadas na
Carta de Atenas, durante o IV Congresso Internacional de Arquitetura
Moderna (CIAM), realizado em 1933. Este movimento defendia que a cidade
deveria ser pragmática e funcional, com áreas residenciais, comerciais e de
trabalho bem definidas, dialogando zonas urbanas e zonas verdes. A letra B
está completamente errada já que a cidade do Rio de Janeiro não teve um
plano arquitetônico definido, sendo ocupada de acordo com as necessidades
da população e tendo o traçado das ruas, por exemplo, tendo que seguir a
geografia irregular da cidade.
Gabarito 8: A

9- (Banca: UEG; Cargo: PM GO soldado; Data: 24/04/2005)


A mudança da capital mobilizou todas as atenções do Estado, pois se tratava
de mudar a geografia política, alterando o lugar de encontro das atividades
econômicas, administrativas e culturais. Entre os anos de 1933 e 1937,
estruturou-se, ainda que timidamente, a nova capital de Goiás, cuja
construção foi uma decorrência:
a) da reorientação política ocorrida em Goiás após 1930. O interventor Pedro
Ludovico, desejoso de restringir o poder das elites políticas fixadas na
tradicional cidade de Goiás, comprometeu-se com a mudança da capital como
chave para o seu governo.
b) do desejo explícito do presidente Getúlio Vargas de ocupar produtivamente
as regiões interioranas, abandonadas pelas elites locais.
c) da crise econômica de 1929 que, regionalmente, afetou a cidade de Goiás:
o número de falências e a desorganização da atividade pecuarista alimentaram
o desejo de mudança da capital.
d) do desejo da população de reconstruir uma nova capital longe do clima
insalubre que transformava a cidade em fator de risco para a saúde dos
moradores.
Comentários: Mais uma vez o detalhe que você precisa para responder esta
questão é saber que um dos objetivos de Pedro Ludovico em determinar a
mudança da capital foi afastar o centro político do estado das elites
oligárquicas que estavam concentradas na região da antiga capital, a cidade
de Goiás, e assim diminuir sua influência.
Gabarito 9: A

Prof. Giovanni Mannarino 19 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

10- (Banca: CS UFG; Cargo: SANEGO CS UFG analista; Data:


04/03/2018)
Leia o fragmento.
“Na década de 1930, dentro do contexto da ‘revolução’ promovida por Getúlio
Vargas e seu grupo, a implantação de uma capital moderna em pleno sertão
do Brasil central poderia soar como uma loucura, mas para o governo federal
constituído o significado era estratégico”. (VIEIRA, Patrick Di Almeida. Attilio
Corrêa Lima e o planejamento de Goiânia – Um marco moderno na conquista
do sertão brasileiro. Urbana, v. 4, n. 4, 2011, CIEC/UNICAMP, p. 56).
No sentido do fragmento, a construção de Goiânia foi uma resposta em âmbito
estadual às demandas por um processo de:
A) descentralização da política nacional.
B) modernização das relações produtivas.
C) interiorização do centro administrativo do país.
D) sustentação da estrutura oligárquica da sociedade
Comentários: A resposta correta desta questão pode não ficar evidente para
você em uma primeira leitura, então minha sugestão é que você tente
resolvê-la por eliminação. A primeira a ser eliminada é a letra D já que com a
Revolução de 1930 uma primeira mudança efetuada a nível nacional foi a
quebra do monopólio de poder que as oligarquias possuíam. A letra C também
está errada já que a capital federal se mantém no Rio de Janeiro durante a Era
Vargas. A construção de Goiânia é o estabelecimento de um novo centro do
poder do próprio estado de Goiás, que já estava no interior. A letra A está
errada porque a mudança da capital do estado de Goiás não significa que o
poder está sendo descentralizado e sim que está acontecendo, apenas, a
mudança do local onde ele é exercido dentro do estado. Por fim, restou a letra
C. Com a Revolução de 1930 podemos afirmar que ‘novas relações produtivas’
são estabelecidas já que a industrialização vai ser incentivada, a urbanização
vai crescer, o foco do país deixa de ser apenas a agricultura, novos benefícios
sociais são garantidos aos trabalhadores, etc. Então esta questão esta mais
relacionada à História do Brasil como um todo do que com a História de Goiás.
Gabarito 10: B

11- (Banca: CS UFG; Cargo: Prefeitura de Goiânia Procurador; Data:


13/12/2015)
Leia o fragmento apresentado a seguir.
“Não há dúvida que a Revolução de 30 foi vivida pelos contemporâneos como
uma grande esperança. Os telegramas de felicitação recebidos pela Junta

Prof. Giovanni Mannarino 20 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

falavam de ‘trazer a liberdade ao povo goiano escravizado’, ‘inauguração do


regime de moralidade administrativa’, ‘regime de liberdade e justiça’,
‘reivindicação dos direitos e liberdades públicas’, ‘emancipação da oligarquia
Caiado em nosso Estado’” (PALACÍN, Luís; MORAES, Maria Augusta de
Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia: Editora da UCG. p. 104).
A referida revolução teve como consequência, no estado de Goiás,
A) o banimento das oligarquias da cidade de Goiás do cenário político goiano.
B) a urbanização e o rompimento da política com a estrutura fundiária.
C) a modificação das bases sociais e a redemocratização do estado.
D) a afirmação da ideologia progressista e modernizante no estado.
Comentários: Esta questão pode ser considerada por alguns concurseiros
como difícil, já que os erros de cada alternativa são muito sutis, então fique
atento(a). A Revolução de 1930 quebrou o monopólio político que a oligarquia
latifundiária tinha, se perpetuando no poder. Ela trouxe inovação,
modernidade, industrialização, urbanização; enquanto o governo dos coronéis
estava marcado pelo velho, pelo imoral (currais eleitorais), pelo rural. Por isso
a resposta certa é a letra D. A letra B não está correta porque, apesar do
incentivo à modernização, o campo (agricultura e pecuária) não deixam de ser
as grandes riquezas do estado. A letra A não pode ser considerada correta
porque, apesar de quebrar o monopólio e a concentração de poder nas mãos
das oligarquias, não podemos dizer que estas oligarquias nunca mais
participaram da vida política. Pelo contrário, eles continuam no jogo, mas
agora devem dividir espaço com outros atores sociais. E a letra C está errada
porque não podemos dizer que antes não havia democracia, apesar das
práticas imorais e de fraudes serem largamente utilizadas.
Gabarito 11: D

12- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


“O projeto primeiro de Goiânia foi elaborado pelo o arquiteto-urbanista Atílio
Correa Lima, que se inspirou na escola francesa de urbanismo do inicio do
século XX. Atílio não chegou a concluir a implantação integral da nova capital,
pois rompeu antes o contrato com o governo de Goiás”. (DAHER, Tânia. O
projeto original de Goiânia. Revista UFG / Junho 2009 / Ano XI nº 6)
Quem substitui Atílio Correa no desenvolvimento do projeto arquitetônico-
urbanístico de Goiânia foi:
a) Emanuel Gomes de Oliveira
b) Laudelino Gomes de Almeida
c) Armando de Godói
d) Jerônimo Coimbra Bueno

Prof. Giovanni Mannarino 21 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

Comentário: Atílio Correa é substituído pelo engenheiro urbanista Armando


de Godói, que deu continuidade ao plano. Armando Augusto de Godói, natural
de Volta Grande, Minas Gerais, nasceu em 3 de abril de 1876 e faleceu em 11
de agosto de 1944. Concluiu o curso de engenharia em 1902. Foi um dos
responsáveis pela vinda de Alfred Agache, urbanista francês, ao Rio de Janeiro
para elaborar um plano de extensão para a cidade. Assim que o interventor
Pedro Ludovico Teixeira resolve transferir a capital de Goiás, ele convida
Armando para projetá-la. Sem tempo para realizar a tarefa, vem a Goiás, faz
apenas uma visita ao local e elabora um documento técnico sobre onde se
ergueria Goiânia e volta para o Rio de Janeiro. Em meados dos anos de 1930,
ele retorna a Goiânia, convidado pela empresa Coimbra Bueno e Cia.,
responsável pela construção da cidade, para substituir Atílio, que rompera o
contrato com o Estado de Goiás. Armando dá continuidade ao projeto iniciado
por Atílio que implantara parte do plano da cidade. O plano de Atílio se baseou
no modelo francês de urbanismo. Mas Godói, fascinado pelas cidades-jardim
de Howard, resolve adaptar o projeto de Goiânia, já parcialmente implantado,
ao sistema inglês de cidade. (DAHER, Tânia. O projeto original de Goiânia.
Revista UFG / Junho 2009 / Ano XI nº 6). Emanuel Gomes de Oliveira foi o
Bispo nomeado Presidente da comissão que escolheria o local para a nova
capital. Jerônimo Coimbra Bueno, juntamente com seu irmão Abelardo, foram
os engenheiros responsáveis pela construção da capital. Laudelino Gomes de
Almeida foi um médico que participou dos estudos para decidir o local da nova
capital.
Gabarito 12: C

13- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


Para ser construída a nova capital do estado, foram feitos estudos para
escolher o melhor sítio. No final, acabou sendo escolhido o município de
Campinas. Assinale a alternativa que não apresenta uma das justificativas
técnicas para a escolha deste local:
a) proximidade com a estrada de ferro e água em abundância
b) presença das oligarquias que comandavam o estado e clima favorável
c) água em abundância e terreno plano
d) clima favorável e localização no centro econômico de Goiás
Comentários: “[Armando] Godói também fez um estudo de ordem geográfica
e econômica do local onde se ergueria a nova capital: água em abundância,
clima favorável, terreno plano, localização no centro econômico do Estado e
proximidade com a estrada de ferro.” (DAHER, Tânia. O projeto original de
Goiânia. Revista UFG / Junho 2009 / Ano XI nº 6)
Gabarito 13: B

Prof. Giovanni Mannarino 22 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

14- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


“Filha dos anos 30, mas pensada numa lenta gestação de ideias dos séculos
XVIII e XIX, a proposta de mudança da capital do Estado de Goiás foi
retomada por Pedro Ludovico, interventor estadual em 1930” (CHAUL, Nars
Fayad. Goiânia: a capital do sertão. Revista UFG / Junho 2009 / Ano XI nº 6).
Sobre a construção de Goiânia não podemos afirmar que:
a) Ao lançar a ideia da construção da nova capital, Pedro Ludovico objetivava
capitalizar apoio político para concorrer nas eleições para o governo do estado
em 1933.
b) Um dos objetivos da mudança da capital foi afastar do centro do poder a
elite oligárquica que o controlava na Cidade de Goiás durante a República
Velha.
c) A intenção de Pedro Ludovico era fundar uma nova capital que concorresse
com a modernidade e desenvolvimento econômico da antiga capital e assim
reduzir o domínio político dos caiadistas sediados em Goiás.
d) A construção de uma nova capital que representasse os valores da
modernidade encontrou ressonância na Marcha para o Oeste do Governo
Vargas.
Comentários: A alternativa que não se aplica ao contexto de construção de
Goiânia é a letra C. Pedro Ludovico quis sim construir uma nova capita, mas
não para “competir com o desenvolvimento e modernidade da cidade de
Goiás”. A antiga capital vinha sendo criticada desde o início do século XIX pela
sua estagnação econômica e falta de capacidade para alavancar o
desenvolvimento do estado. Esta alternativa jogou informações verdadeiras,
como o afastamento da oligarquia caiadistas, para tentar te confundir. Fique
atento(a)!
Gabarito 14: C

15- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


Após a Revolução de 1930 e a chegada de Pedro Ludovico ao poder em Goiás,
a ideia da necessidade da mudança da capital do estado ganha força e acaba
se efetivando com a construção de Goiânia. Este pensamento, no entanto, já
circulava desde o século XVIII. Sobre este assunto, avalie as alternativas.
I – Conde dos Arcos, primeiro governador da Capitania de Goiás após sua
criação, em 1748, defendeu que seria melhor transferir a capital da Cidade de
Goiás para Meia Ponte (atual Pirenópolis).
II – Miguel Lino de Morais, Presidente da Província de Goiás em 1830,
afirmava que a capital deveria ser transferida para a região de Tocantins, em
função da queda da produção de ouro em Goiás.

Prof. Giovanni Mannarino 23 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

III – Couto Magalhaes, Presidente da Província de Goiás entre 1863 e 1864,


afirmava que a Cidade de Goiás não conseguia ser um polo irradiador de
desenvolvimento econômico e civilizatório para o interior da província e do
Brasil, e por isso a capital deveria ser transferida para Leopoldina (atual
Aruanã).
IV – Com a proclamação da República, o governador Rodolfo Gustavo da
Paixão criticava a falta de infraestrutura de Goiás e a Assembleia que redigiu a
nova Constituição estadual, em 1891, deliberou que uma nova capital deveria
ser construída, iniciando os preparativos para tal.
Estão corretas as seguintes afirmativas:
a) I, II e III
b) I, III e IV
c) II, III, IV
d) I, II e IV
Comentários: A resposta desta questão é a letra A, apenas a afirmativa IV
está errada já que, apesar da ideia de uma nova capital ter circulado no
período e, inclusive, fazer parte da Constituição aprovada em 1891 (“Artigo
5º: A cidade de Goiás continuará a ser a capital do estado, enquanto outra
coisa não liberar o Congresso”.), está ideia não foi confirmada e nenhuma
providência neste sentido foi tomada antes da década de 1930.
Gabarito 15: A

16- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


“Em 24 de outubro de 1933, em local determinado por Atílio Correia Lima, —
um planalto onde atualmente se encontra o Palácio das Esmeraldas, na Praça
Cívica —, Pedro Ludovico lançou a pedra fundamental da nova cidade. Goiânia
foi planejada e construída para ser a capital política e administrativa de Goiás,
sob influência da Marcha para o Oeste, política desenvolvida pelo Governo de
Getúlio Vargas para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do
Centro-Oeste brasileiro.” (Portal da Prefeitura de Goiânia)
Assinale a alternativa que apresenta o nome do estilo artístico em que vários
prédios da capital foram construídos:
a) Românico
b) Gótico
c) Barroco
d) Art Déco
e) Contemporâneo

Prof. Giovanni Mannarino 24 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

Comentários: Desde sua fundação, a arquitetura de Goiânia teve influência


do Art Déco, que definiu a fisionomia dos primeiros prédios da cidade e a fez
conhecida como o maior sítio Art Déco da América Latina.
Gabarito 16: D

17- Ao chegar ao poder no estado de Goiás, Pedro Ludovico começa a tomar


providências para a construção de uma nova capital. Sobre ela, assinale a
alternativa que apresenta as afirmativas corretas:
I – O nome da nova capital foi decidido por um concurso organizado pelo
jornal “O Social” e o vencedor foi Alfredo de Castro, que sugeriu o nome
Goiânia.
II – Quatro locais foram escolhidos para serem avaliados como possíveis
pontos de instalação da nova capital: a cidade de Campinas, Bonfim (atual
Silvânia), Pirenópolis e Anápolis.
III – Emanuel Gomes de Oliveira foi um dos engenheiros responsáveis pela
construção de Goiânia.
IV – Atílio Correa Lima e Armando Godói foram os responsáveis pelo projeto
arquitetônico-urbanístico de Goiânia.
A) I e II
B) II e III
C) III e IV
D) I e IV
Comentários: A afirmativa II está errada já que os locais estudados foram a
cidade de Campinas, que foi a escolhida e depois se tornaria bairro de Goiânia,
foram estudadas Bonfim (atual Silvânia), Pires do Rio e Ubatan (atual
Orizona). A afirmativa III também está errada já que o Bispo D. Emanuel
Gomes de Oliveira foi o presidente da comissão que escolheria o local da nova
capital. Já as afirmativas I e IV estão corretas e por isso a resposta é a letra
D.
Gabarito 17: D

18- “Tombado pelo Iphan em 2003, o conjunto urbano de Goiânia inclui 22


edifícios e monumentos públicos, concentrados em sua maioria no centro da
cidade, e o núcleo pioneiro de Campinas, antigo município e atual bairro da
capital goiana” (Portal do IPAHN).
Entre estas edificações não podemos incluir:
a) Cine Teatro Goiânia
b) Torre do Relógio da Av. Goiás

Prof. Giovanni Mannarino 25 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

c) Praça Cívica
d) Palácio Conde dos Arcos
Comentários: A resposta desta questão é a letra D, já que o Palácio Conde
dos Arcos fica na antiga capital do estado, a cidade de Goiás. Tombado pelo
Iphan em 2003, o conjunto urbano de Goiânia inclui 22 edifícios e
monumentos públicos, concentrados em sua maioria no centro da cidade, e o
núcleo pioneiro de Campinas, antigo município e atual bairro da capital goiana.
Entre essas edificações, destacam-se o Cine Teatro Goiânia e a Torre do
Relógio da Av. Goiás, de 1942. O acervo arquitetônico de Goiânia é
considerado um dos mais significativos do Brasil. Monumentos e espaços
públicos tombados: Estação Ferroviária, Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira,
Praça Cívica, Academia Goiana de Letras, Antigo Prédio da Suplan/Emop (atual
Procuradoria Geral do Estado, na Praça Cívica), Capela de Nossa Senhora das
Graças, Capela de São José, Casa de Cultura Dr. Altamiro de Moura Pacheco,
Cemitério Santana, Centro Cultural Oscar Niemeyer, Centro Cultural Gustav
Ritter, Coreto da Praça Cívica, fontes luminosas, Fórum e Tribunal de Justiça,
residência de Pedro Ludovico Teixeira, obeliscos com luminárias, Palácio das
Esmeraldas, Torre do Relógio, e os edifícios do Tribunal Regional Eleitoral, do
Colégio Estadual Lyceu de Goiânia, do Grande Hotel, do Teatro de Goiânia e da
antiga Escola Técnica de Goiânia, entre outros.
(http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/261)
Gabarito 18: D

19- “Pedro Ludovico Teixeira nasceu na cidade de Goiás, então capital do


estado de Goiás, em 23 de outubro de 1891. Participou da Revolução de 1930.
Assumiu a liderança do movimento vitorioso e o governo provisório do estado.
Em 21 de novembro, foi nomeado interventor em seu estado” (CPDOC – FGV
[adaptado]).
Sobre a trajetória de Pedro Ludovico Teixeira, assinale a alternativa incorreta:
a) Ludovico retoma a ideia de construir uma nova capital para Goiás como
uma forma de captar apoio político nas eleições de 1933.
b) Após o Golpe do Estado Novo em 1937 foi novamente nomeado por Getúlio
Vargas como Interventor do Estado de Goiás.
c) Com o fim da Era Vargas em 1945, termina também em Goiás a “Era
Ludovico” e, assim, o político não participa mais da vida pública no estado.
d) Após o fim de sua carreira política, foi redator do jornal goiano “A Voz do
Povo” e membro honorário da Academia de Letras de São Paulo.
Comentários: Esta questão foi pensada para confundir os concurseiros e
concurseiras já que a letra D parece “legitimar” e tornar “verdadeira” a
alternativa C, que na prática é a errada. Pedro Ludovico efetivamente vira
redator de jornal após se retirar da vida política, mas isso não acontece em

Prof. Giovanni Mannarino 26 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

1945. Após esta data ele ainda se elege três vezes como senador e uma como
governador de Goiás, saindo da vida política apenas durante o Período Militar.
Para saber mais sobre sua trajetória, sugiro este material do CPDOC-FGV:
https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/biografias/pedro_ludovico
Gabarito 19: C

20- A construção de uma nova capital para Goiás foi uma jogada política de
Pedro Ludovico para angariar apoio político a nível estadual e federal. Goiânia
é criada em sintonia com o projeto da Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas
e alavanca o político goiano como protagonista do período que ficou conhecido
no estado como “Era Ludovico”. Assinale a alternativa que apresenta
corretamente o número do decreto e o ano em que a capital foi transferida
para Goiânia:
a) Decreto nº 2737 de 1932
b) Decreto nº 3359 de 1933
c) Decreto nº 327 de 1935
d) Decreto nº 1816 de 1937
Comentários: O Decreto nº 2737, de 20 de dezembro de 1932 nomeia o
Bispo D. Emanuel Gomes de Oliveira, como Presidente da Comissão para
escolha do local da futura capital do Estado de Goiás. O Decreto nº 327 de 2
de agosto de 1935 cria o município de Goiânia. O Decreto nº 3359, de 18 de
maio de 1933, determinou que na região do então Município de Campinas
fosse edificada a Nova Capital do Estado. Finalmente, o Decreto nº 1816 de 23
de março de 1937 transfere definitivamente a capital estadual da Cidade de
Goiás para Goiânia. Para saber mais sobre estas iniciativas jurídicas sugiro o
material da Biblioteca do IBGE disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/goias/goiania.pdf
Gabarito 20: D

Prof. Giovanni Mannarino 27 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

6 – Questões da aula (sem comentário)

1- (Banca: FGV; Cargo: TJGO escrevente; Data: 19/10/2014)


A construção de Goiânia está inserida em um período de alterações na política
nacional. O contexto histórico que envolveu o processo de construção da nova
capital de Goiás estava inserido no momento político brasileiro:
A) da Era Vargas (1930/1945);
B) da República Velha (1889/1930);
C) do Regime Militar entre 1964 e 1985;
D) dos “Anos Dourados” do governo JK (1956/1960);
E) da Nova República com o Governo Sarney (1995/2000).

2- (Banca: cespe-cebraspe; Cargo: PC GO; Data: 2016)


Acerca dos aspectos relacionados ao contexto econômico e político que
justifica a construção, na década de 30 do século XX, de uma nova capital
para o estado de Goiás, assinale a opção correta:
A) Os primeiros registros do desejo de mudança da capital de Goiás datam da
década de 30 do século passado, em decorrência da necessidade de promover
o desenvolvimento econômico do estado.
B) A mineração, atividade econômica que sustentava a cidade de Goiás no
século XVIII, era suficientemente rentável para justificar a manutenção do seu
status de capital do estado e a oposição ao projeto de transferência da capital
na década de 30 do século passado.
C) Em termos políticos, a construção de Goiânia insere-se na conjuntura da
Revolução de 1930, que pretendia, entre outros objetivos, enfraquecer o
poder das oligarquias regionais sobre as instâncias políticas e administrativas.
D) A fundação da nova capital deveu-se a Pedro Ludovico Teixeira, agente do
governo de Getúlio Vargas sem conexões políticas no estado, que conseguiu
êxito no projeto graças à sua posição de interventor federal em Goiás.
E) A necessidade de desenvolver a economia regional justificou a fundação da
nova capital goiana, cujo urbanismo, entretanto, não superou o traçado
Barroco da arquitetura colonial, símbolo do atraso econômico.

3- (Banca: CS UFG; Cargo: Prefeitura de Goiânia Auditor; Data:


31/01/2016)
Na década de 1930, por meio do Decreto nº 2.737, de 20 de dezembro de
1932, o interventor de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, nomeou uma comissão
para realizar estudos para escolha do local onde seria construída a futura

Prof. Giovanni Mannarino 28 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

capital. Além de Campinas (atual bairro de Goiânia), outras três localidades


escolhidas para realização do estudo foram:
A) Paraúna, Santa Luzia (atual Luziânia) e Meia Ponte (atual Pirenópolis).
B) Bela Vista de Goiás, Goiabeira (atual Inhumas) e Curralinho (atual
Itaberaí).
C) Pires do Rio, Bonfim (atual Silvânia) e Ubatam (atual município de
Orizona).
D) Ipameri, Pouso Alto (atual Piracanjuba) e Caraíba (atual município de
Vianópolis).

4- (Banca: CS UFG; Cargo: ALGO analista; Data: 12/04/2015)


Leia o texto.
“Essa região foi objeto de uma política de expansão da fronteira agrícola,
demográfica e econômica adotada por Getúlio Vargas nos anos revolucionários
de 30 – a Marcha para o Oeste –, que teve como consequência imediata a
criação de Goiânia. Possui a mais significativa placa de solos de boa fertilidade
natural que existe em todo o estado de Goiás e se constituiu no mais autêntico
polo de atração das populações migrantes”. (GOMES, H.; TEIXEIRA NETO, A.;
BARBOSA, A. S. Geografia: Goiás / Tocantins. Goiânia: UFG, 2005).
O texto faz referência à região goiana anteriormente denominada:
A) Vale do Meia Ponte.
B) Vale do São Patrício.
C) Caminho dos Trilhos.
D) Mato Grosso Goiano.

5- (Banca: Funrio; Cargo: CBMGO Soldado de 3ª Classe; Data:


04/12/2016)
Na década de 1940, durante os festejos de inauguração da cidade de Goiânia,
o presidente Getúlio Vargas lançou a chamada Marcha para o Oeste, que
serviria como diretriz para o povoamento e a integração territorial para o país.
Quanto a esse tema, os objetivos do governo Vargas podem ser confirmados
pela/o:
A) criação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), a fim
de ampliar a estrutura de ligação entre as regiões e as cidades.
B) planejamento e pela construção de Goiânia, ideia que se originou
unicamente da estratégia do governo Vargas de interiorização e povoamento
do sertão brasileiro.

Prof. Giovanni Mannarino 29 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

C) construção de Goiânia para ser a capital de Goiás, que objetivava antecipar


e concorrer com a construção de Brasília e ser o marco de interiorização do
território.
D) política de povoamento e de interligação da região Centro-Oeste dos
governos de Getúlio Vargas e, posteriormente, de Juscelino Kubitschek, que
não lograram êxito.
E) criação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG), para o
desenvolvimento agrícola da região, que se mostrou ineficaz como estratégia
de interiorização.

6- (Banca: UFG; Cargo: Defensoria Pública GO; Data: 15/06/2014)


A construção de Goiânia, a partir de 1933, transformou o espaço urbano do
município de Campinas. Nessa construção, a cidade de Campinas:
A) passou por um processo de planejamento e reestruturação urbanística
associado a tendência de verticalização da nova capital.
B) apresentou um alto crescimento demográfico em consequência da chegada
de trabalhadores para a construção da nova capital.
C) foi escolhida para sediar a nova capital em virtude do potencial econômico
do município que era atendido pela Estrada de Ferro Goiás.
D) preservou a autonomia municipal frente à criação da nova capital por meio
do redimensionamento do território sob sua administração.
E) tornou-se um centro de atração religiosa em decorrência da chegada e ao
estabelecimento da missão redentorista na região.

7- (Banca: FUNRIO; Cargo: PM GO cadete; Data: 2017)


Os anos 1930 e a mudança da capital
“O assunto mais palpitante neste momento em todo o Estado é o da mudança
da sua capital, projetada pelo interventor Pedro Ludovico para outro local. No
interior do Estado reina um verdadeiro entusiasmo pela ideia, sendo que a
maioria é pela transferência da sede do governo. Na Capital, entretanto, dois
terços são a favor, sendo a maioria contrária composta de grandes
proprietários”. (Texto publicado em A Informação Goiana no ano de 1932 apud
CHAUL, N.F. Goiana: a capital do Sertão. Revista UFG, ano 11, n. 6, jun.
2009).
Essa notícia apresenta a conjuntura que antecedeu o anúncio da criação da
nova Capital do estado. Em 1933, o interventor Pedro Ludovico assinou o
decreto, autorizando a mudança que representou a:

Prof. Giovanni Mannarino 30 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

A) afirmação do poder político das oligarquias estaduais da Primeira República.


B) aglutinação de forças políticas do interior do estado para vencer as eleições
de 1933.
C) aliança do governo estadual à Revolução Constitucionalista de 1932, em
São Paulo.
D) construção de um projeto de desenvolvimento que se associava a Goiás
Velho.
E) encenação de uma ação política inédita na história urbana e política do
Brasil.

8- (Banca: UEG; Cargo: PM GO oficial de saúde; Data: 14/04/2013)


A defesa da construção de Goiânia feita por um de seus principais
responsáveis – Dr. Armando de Godói – evidencia com clareza o que se
pensava naquele período sobre o planejamento, especialmente no que tange à
obediência do espaço à razão. (CHAVEIRO, E. F. A urbanização do sertão
goiano e a criação de Goiânia. In. NETO, A. T.; et al. [Org.]. O espaço goiano:
abordagens geográficas. Goiânia, Associação dos Geógrafos Brasileiros, 2004.
p.113).
O modelo de planejamento urbano proposto por Armando de Godói para a
construção da cidade de Goiânia foi fortemente influenciado:
a) pela Carta de Atenas, manifesto proposto pelos urbanistas modernos em
1933, que entendia a cidade como um organismo funcional, dividida em
setores e privilegiando a presença de áreas verdes.
b) pelo projeto varguista da Marcha para o Oeste, apoiado por Pedro Ludovico,
que considerava Goiânia a capital do cerrado, construindo-a livremente
inspirada no traçado do Rio de Janeiro, então capital federal.
c) pelo Darwinismo Social que dominava o cenário intelectual no início do
século XX, segundo o qual a ocupação urbana era entendida como
racionalista, sendo o espaço mais importante que o indivíduo.
d) pela forte presença da Igreja Católica na administração pública da época, o
que justifica o fato de o traçado urbano de Goiânia ser inspirado nos traços
visualizados no manto de Nossa Senhora Aparecida.

9- (Banca: UEG; Cargo: PM GO soldado; Data: 24/04/2005)


A mudança da capital mobilizou todas as atenções do Estado, pois se tratava
de mudar a geografia política, alterando o lugar de encontro das atividades
econômicas, administrativas e culturais. Entre os anos de 1933 e 1937,
estruturou-se, ainda que timidamente, a nova capital de Goiás, cuja
construção foi uma decorrência:

Prof. Giovanni Mannarino 31 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

a) da reorientação política ocorrida em Goiás após 1930. O interventor Pedro


Ludovico, desejoso de restringir o poder das elites políticas fixadas na
tradicional cidade de Goiás, comprometeu-se com a mudança da capital como
chave para o seu governo.
b) do desejo explícito do presidente Getúlio Vargas de ocupar produtivamente
as regiões interioranas, abandonadas pelas elites locais.
c) da crise econômica de 1929 que, regionalmente, afetou a cidade de Goiás:
o número de falências e a desorganização da atividade pecuarista alimentaram
o desejo de mudança da capital.
d) do desejo da população de reconstruir uma nova capital longe do clima
insalubre que transformava a cidade em fator de risco para a saúde dos
moradores.

10- (Banca: CS UFG; Cargo: SANEGO CS UFG analista; Data:


04/03/2018)
Leia o fragmento.
“Na década de 1930, dentro do contexto da ‘revolução’ promovida por Getúlio
Vargas e seu grupo, a implantação de uma capital moderna em pleno sertão
do Brasil central poderia soar como uma loucura, mas para o governo federal
constituído o significado era estratégico”. (VIEIRA, Patrick Di Almeida. Attilio
Corrêa Lima e o planejamento de Goiânia – Um marco moderno na conquista
do sertão brasileiro. Urbana, v. 4, n. 4, 2011, CIEC/UNICAMP, p. 56).
No sentido do fragmento, a construção de Goiânia foi uma resposta em âmbito
estadual às demandas por um processo de:
A) descentralização da política nacional.
B) modernização das relações produtivas.
C) interiorização do centro administrativo do país.
D) sustentação da estrutura oligárquica da sociedade

11- (Banca: CS UFG; Cargo: Prefeitura de Goiânia Procurador; Data:


13/12/2015)
Leia o fragmento apresentado a seguir.
“Não há dúvida que a Revolução de 30 foi vivida pelos contemporâneos como
uma grande esperança. Os telegramas de felicitação recebidos pela Junta
falavam de ‘trazer a liberdade ao povo goiano escravizado’, ‘inauguração do
regime de moralidade administrativa’, ‘regime de liberdade e justiça’,
‘reivindicação dos direitos e liberdades públicas’, ‘emancipação da oligarquia
Caiado em nosso Estado’” (PALACÍN, Luís; MORAES, Maria Augusta de
Sant’Anna. História de Goiás. 5. ed. Goiânia: Editora da UCG. p. 104).

Prof. Giovanni Mannarino 32 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

A referida revolução teve como consequência, no estado de Goiás,


A) o banimento das oligarquias da cidade de Goiás do cenário político goiano.
B) a urbanização e o rompimento da política com a estrutura fundiária.
C) a modificação das bases sociais e a redemocratização do estado.
D) a afirmação da ideologia progressista e modernizante no estado.

12- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


“O projeto primeiro de Goiânia foi elaborado pelo o arquiteto-urbanista Atílio
Correa Lima, que se inspirou na escola francesa de urbanismo do inicio do
século XX. Atílio não chegou a concluir a implantação integral da nova capital,
pois rompeu antes o contrato com o governo de Goiás”. (DAHER, Tânia. O
projeto original de Goiânia. Revista UFG / Junho 2009 / Ano XI nº 6)
Quem substitui Atílio Correa no desenvolvimento do projeto arquitetônico-
urbanístico de Goiânia foi:
a) Emanuel Gomes de Oliveira
b) Laudelino Gomes de Almeida
c) Armando de Godói
d) Jerônimo Coimbra Bueno

13- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


Para ser construída a nova capital do estado, foram feitos estudos para
escolher o melhor sítio. No final, acabou sendo escolhido o município de
Campinas. Assinale a alternativa que não apresenta uma das justificativas
técnicas para a escolha deste local:
a) proximidade com a estrada de ferro e água em abundância
b) presença das oligarquias que comandavam o estado e clima favorável
c) água em abundância e terreno plano
d) clima favorável e localização no centro econômico de Goiás

14- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


“Filha dos anos 30, mas pensada numa lenta gestação de ideias dos séculos
XVIII e XIX, a proposta de mudança da capital do Estado de Goiás foi
retomada por Pedro Ludovico, interventor estadual em 1930” (CHAUL, Nars
Fayad. Goiânia: a capital do sertão. Revista UFG / Junho 2009 / Ano XI nº 6).
Sobre a construção de Goiânia não podemos afirmar que:

Prof. Giovanni Mannarino 33 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

a) Ao lançar a ideia da construção da nova capital, Pedro Ludovico objetivava


capitalizar apoio político para concorrer nas eleições para o governo do estado
em 1933.
b) Um dos objetivos da mudança da capital foi afastar do centro do poder a
elite oligárquica que o controlava na Cidade de Goiás durante a República
Velha.
c) A intenção de Pedro Ludovico era fundar uma nova capital que concorresse
com a modernidade e desenvolvimento econômico da antiga capital e assim
reduzir o domínio político dos caiadistas sediados em Goiás.
d) A construção de uma nova capital que representasse os valores da
modernidade encontrou ressonância na Marcha para o Oeste do Governo
Vargas.

15- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


Após a Revolução de 1930 e a chegada de Pedro Ludovico ao poder em Goiás,
a ideia da necessidade da mudança da capital do estado ganha força e acaba
se efetivando com a construção de Goiânia. Este pensamento, no entanto, já
circulava desde o século XVIII. Sobre este assunto, avalie as alternativas.
I – Conde dos Arcos, primeiro governador da Capitania de Goiás após sua
criação, em 1748, defendeu que seria melhor transferir a capital da Cidade de
Goiás para Meia Ponte (atual Pirenópolis).
II – Miguel Lino de Morais, Presidente da Província de Goiás em 1830,
afirmava que a capital deveria ser transferida para a região de Tocantins, em
função da queda da produção de ouro em Goiás.
III – Couto Magalhaes, Presidente da Província de Goiás entre 1863 e 1864,
afirmava que a Cidade de Goiás não conseguia ser um polo irradiador de
desenvolvimento econômico e civilizatório para o interior da província e do
Brasil, e por isso a capital deveria ser transferida para Leopoldina (atual
Aruanã).
IV – Com a proclamação da República, o governador Rodolfo Gustavo da
Paixão criticava a falta de infraestrutura de Goiás e a Assembleia que redigiu a
nova Constituição estadual, em 1891, deliberou que uma nova capital deveria
ser construída, iniciando os preparativos para tal.
Estão corretas as seguintes afirmativas:
a) I, II e III
b) I, III e IV
c) II, III, IV
d) I, II e IV

Prof. Giovanni Mannarino 34 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

16- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


“Em 24 de outubro de 1933, em local determinado por Atílio Correia Lima, —
um planalto onde atualmente se encontra o Palácio das Esmeraldas, na Praça
Cívica —, Pedro Ludovico lançou a pedra fundamental da nova cidade. Goiânia
foi planejada e construída para ser a capital política e administrativa de Goiás,
sob influência da Marcha para o Oeste, política desenvolvida pelo Governo de
Getúlio Vargas para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do
Centro-Oeste brasileiro.” (Portal da Prefeitura de Goiânia)
Assinale a alternativa que apresenta o nome do estilo artístico em que vários
prédios da capital foram construídos:
a) Românico
b) Gótico
c) Barroco
d) Art Déco
e) Contemporâneo

17- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


Ao chegar ao poder no estado de Goiás, Pedro Ludovico começa a tomar
providências para a construção de uma nova capital. Sobre ela, assinale a
alternativa que apresenta as afirmativas corretas:
I – O nome da nova capital foi decidido por um concurso organizado pelo
jornal “O Social” e o vencedor foi Alfredo de Castro, que sugeriu o nome
Goiânia.
II – Quatro locais foram escolhidos para serem avaliados como possíveis
pontos de instalação da nova capital: a cidade de Campinas, Bonfim (atual
Silvânia), Pirenópolis e Anápolis.
III – Emanuel Gomes de Oliveira foi um dos engenheiros responsáveis pela
construção de Goiânia.
IV – Atílio Correa Lima e Armando Godói foram os responsáveis pelo projeto
arquitetônico-urbanístico de Goiânia.
A) I e II
B) II e III
C) III e IV
D) I e IV

Prof. Giovanni Mannarino 35 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

18- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


“Tombado pelo Iphan em 2003, o conjunto urbano de Goiânia inclui 22
edifícios e monumentos públicos, concentrados em sua maioria no centro da
cidade, e o núcleo pioneiro de Campinas, antigo município e atual bairro da
capital goiana” (Portal do IPAHN).
Entre estas edificações não podemos incluir:
a) Cine Teatro Goiânia
b) Torre do Relógio da Av. Goiás
c) Praça Cívica
d) Palácio Conde dos Arcos

19- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


“Pedro Ludovico Teixeira nasceu na cidade de Goiás, então capital do estado
de Goiás, em 23 de outubro de 1891. Participou da Revolução de 1930.
Assumiu a liderança do movimento vitorioso e o governo provisório do estado.
Em 21 de novembro, foi nomeado interventor em seu estado” (CPDOC – FGV
[adaptado]).
Sobre a trajetória de Pedro Ludovico Teixeira, assinale a alternativa incorreta:
a) Ludovico retoma a ideia de construir uma nova capital para Goiás como
uma forma de captar apoio político nas eleições de 1933.
b) Após o Golpe do Estado Novo em 1937 foi novamente nomeado por Getúlio
Vargas como Interventor do Estado de Goiás.
c) Com o fim da Era Vargas em 1945, termina também em Goiás a “Era
Ludovico” e, assim, o político não participa mais da vida pública no estado.
d) Após o fim de sua carreira política, foi redator do jornal goiano “A Voz do
Povo” e membro honorário da Academia de Letras de São Paulo.

20- (Exponencial – Questão Inédita – Prof. Giovanni Mannarino)


A construção de uma nova capital para Goiás foi uma jogada política de Pedro
Ludovico para angariar apoio político a nível estadual e federal. Goiânia é
criada em sintonia com o projeto da Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas e
alavanca o político goiano como protagonista do período que ficou conhecido
no estado como “Era Ludovico”. Assinale a alternativa que apresenta
corretamente o número do decreto e o ano em que a capital foi transferida
para Goiânia:
a) Decreto nº 2737 de 1932
b) Decreto nº 3359 de 1933

Prof. Giovanni Mannarino 36 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

c) Decreto nº 327 de 1935


d) Decreto nº 1816 de 1937

Prof. Giovanni Mannarino 37 de 38


www.exponencialconcursos.com.br
Teoria e Questões comentadas
Prof. Giovanni Mannarino

7 - Gabarito

Gabarito 1: A Gabarito 9: A Gabarito 17: D

Gabarito 2: C Gabarito 10: B Gabarito 18: D

Gabarito 3: C Gabarito 11: D Gabarito 19: C

Gabarito 4: D Gabarito 12: C Gabarito 20: D

Gabarito 5: A Gabarito 13: B

Gabarito 6: B Gabarito 14: C

Gabarito 7: B Gabarito 15: A

Gabarito 8: A Gabarito 16: D

Prof. Giovanni Mannarino 38 de 38


www.exponencialconcursos.com.br

Você também pode gostar