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CONHECIMENTOS

REGIONAIS DO
ESTADO DO PIAUÍ
Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
Cleber Monteiro

Sumário
Conhecimentos Sobre o Piauí – Parte I....................................................................................... 3
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
1. Introdução...................................................................................................................................... 3
2. Características Gerais do Piauí. . ............................................................................................... 4
3. Brasil Colônia. . .............................................................................................................................. 6
Formação Histórica do Piauí.. ........................................................................................................ 9
3.1. O Desenvolvimento da Pecuária...........................................................................................13
3.2. A Decadência da Pecuária e a Crise da Economia Piauiense. . ....................................... 14
Economia do Piauí. . ........................................................................................................................ 18
4. População.................................................................................................................................... 20
5. Agricultura.. ................................................................................................................................. 25
Questões de Concurso.................................................................................................................. 29
Gabarito............................................................................................................................................ 43
Referências Bibliográficas. . .........................................................................................................44

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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
Cleber Monteiro

CONHECIMENTOS SOBRE O PIAUÍ – PARTE I


Apresentação
Olá, futuro(a) policial militar do Piauí!
Como você está? Firme e forte nos estudos? Sou o professor Cleber Monteiro, graduado
em geografia e pós graduado em coordenação pedagógica e supervisão escolar. Fui aprovado
nos concursos da Polícia Militar do estado de São Paulo (PMSP) e Polícia Militar do estado
de Santa Catarina (PMSC). Atualmente, sou professor do Colégio Militar Dom Pedro II em Bra-
sília e ministro aulas em vários cursinhos preparatórios para carreiras militares e concursos
públicos nas disciplinas de geopolítica, RIDE-DF, atualidades, história e geografia dos estados
e municípios. E agora estamos juntos pelo Gran Cursos, para que você possa conseguir a sua
tão sonhada aprovação no serviço público.
Você verá ao longo desse material que estudar a história e a geografia de um município, por
maior que seja o conteúdo, é super tranquilo. Como em todas as outras disciplinas, iremos usar es-
tratégia para que você poupe seu tempo e consiga assimilar o maior número de conhecimento ne-
cessário para a sua prova, sempre focando naqueles assuntos pertinentes em certames anteriores.
Ao longo desse material, você encontrará dicas e lembretes que ajudarão na compreensão
do conteúdo. Nessa etapa iremos focar e destrinchar a história do Piauí e os principais aconte-
cimentos desde o período colonial. Ao final, teremos uma bateria de questões comentadas para
serem resolvidas. Lembrem-se: só passa em concurso quem faz questões. Portanto, faça todas!
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para oferecer tudo o que for necessário para sua
aprovação. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo fórum que terei um enorme prazer em
te atender. Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir.
Cleber Monteiro – @Profclebermonteiro

1. Introdução
Querido(a) aluno(a), para uma melhor compreensão da história do Piauí, é necessária uma
breve explicação sobre a história do Brasil. Os processos de ocupação e exploração no cenário
nacional irão te ajudar a entender como ocorreu a ocupação do território piauiense.
Você sabe que temos, na história do Brasil, como dominantes os portugueses e os domi-
nados, os indígenas. Em vários momentos históricos, perceberemos a existência de conflitos
entres eles, e consequentemente a fuga, morte ou exploração dos indígenas ou do território.

O PULO DO GATO
Muitos itens referentes a história do Piauí podem ser respondidos com os conhecimentos pré-
vios básicos sobre a história do Brasil. Portanto, analisar o que se pede em um contexto macro
pode te ajudar a acertar a questão. Fica a dica!

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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
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Você precisa compreender e reconhecer casos específicos do Piauí, como personagens


importantes, conflitos locais e acontecimentos regionais que ganharam uma repercussão es-
tadual ou nacional. Dessa forma, a história do Brasil será uma grande aliada sua para que
possa gabaritar os itens referentes a história do Piauí na sua prova! Então, sem mais delongas
vamos iniciar nossos estudos falando sobre a colonização portuguesa.

2. Características Gerais do Piauí


Na regionalização brasileira das macrorregiões, o território piauiense se encontra no Nor-
deste e é o terceiro maior da região em área territorial, mesmo apresentando uma das menores
densidades demográficas do Brasil. O estado possui o menor litoral do país, sendo apenas 66
km de extensão.

LEGENDA: Disponível em: <https://www.dicionariotupiguarani.com.br/dicionario/piaui/>. Acesso em 08 de


Jun. 2021.

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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
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A bandeira do estado foi adotada em 24 de julho de 1922, pela lei estadual n. 1050. Ela é
composta por treze listras, sendo 7 na cor verde e 6 na cor amarela, e, no canto superior esquer-
do, há um retângulo azul com uma estrela de cinco pontas branca ao centro dele. Encontra-se,
logo abaixo da estrela, na cor branca, a data “13 de março de 1823” que representa quando
ocorreu a Batalha do Jenipapo, importante no processo de Independência do Brasil. Ocorrida
no território do Piauí, a batalha contou com apoio dos cearenses, maranhenses e piauienses
que lutaram contra tropas portuguesas contrárias à independência.
Você deve ter observado que as cores presentes na bandeira do Piauí são as mesmas
encontradas na bandeira do Brasil. Dessa forma, elas representam a integração do estado à
nação brasileira. Os seus significados também são parecidos, sendo eles:

Representa as riquezas minerais,


Cor Amarela
principalmente o ouro.

Representa o sentimento de esperança


Cor Verde vivo no povo piauiense, assim como as
riquezas naturais do estado.

Representa a Estrela Antares. Integrante


da constelação de Scorpius, Antares é
Estrela branca de cinco pontas
quase 800 vezes maior que o Sol. Na
dentro do retângulo azul
bandeira do Piauí, essa é a estrela que
simboliza o brilho do estado.
LEGENDA: Disponível em: <https://www.estadosecapitaisdobrasil.com/bandeira/bandeira-do-piaui/>.
Acesso em 08 de Jun. 2021.

LEGENDA: Disponível em: <https://www.estadosecapitaisdobrasil.com/bandeira/bandeira-do-piaui/>.


Acesso em 08 de Jun. 2021.

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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último censo, o estado


do Piauí ocupa uma área de 251.616,823 km², com uma população de 3.118.360 habitantes,
sendo 1.067.401 rurais e 2.050.959 urbanos, distribuídos em quatro mesorregiões (centro-nor-
te, norte, sudeste e sudoeste), 15 microrregiões e 224 municípios.
Candidato(a), é importante lembrar que o Piauí apresenta uma diversidade de biomas
(manguezais, caatinga, cerrado e mata de cocais), tendo a agropecuária, o extrativismo vegetal
e a pesca como atividades econômicas em destaque, indo da agricultura empresarial, voltada
à produção de commodities, à agricultura familiar.

3. Brasil Colônia
Quando os colonizadores atracaram na região litorânea brasileira, encontraram uma popu-
lação nativa com características culturais e linguísticas parecidas. Eles se distribuíram ao lon-
go do vasto litoral e próximos a alguns rios. O encontro entre portugueses e indígenas marcou
o início de relação violenta e desumana dessa colonização. Os índios que foram capturados ou
que se submeteram aos portugueses sofreram um verdadeiro genocídio cultural e físico. Nes-
se momento histórico, iniciava-se a miscigenação entre etnias diferentes, que foi fundamental
para a formação do povo brasileiro.
Uma maneira encontrada pelos índios para resistir à colonização, foi organizar fugas para
áreas interioranas. Essa ação garantiu uma herança genética à cultura brasileira. Porém, lem-
bre-se que milhões de índios ocupavam o Brasil no século XVI e, hoje (século XXI), não chegam
500 mil indígenas.
O território pertencente a Portugal foi dividido em quinze faixas de terras que iam da costa
oeste até a linha de Tordesilhas. O nome dado a essas terras foi capitanias hereditárias e elas
foram entregues aos capitães donatários, que eram pessoas com ligações com a Coroa. O
principal objetivo de Portugal era que cada capitania se desenvolvesse economicamente.
Os capitães donatários tinham autonomia e poder com relação à economia e à esfera ad-
ministrativa, e parte dos tributos que eram destinados à Coroa ficava retida com os donatários
das capitanias. No campo administrativo, eles poderiam autorizar a criação de vilas, formar
milícias sobre seu comando e doar sesmarias.

Sesmaria é a doação de uma extensão de terra a uma pessoa com a obrigação de cultivá-la em
um período de cinco anos e de pagar os impostos à Coroa. Essa prática de doação de terras
(sesmaria) foi extremamente importante, pois originou à formação de grandes latifúndios.

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LEGENDA: Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/artigo/capitania/483156>. Acesso em 17 de Mar. 2021.

Com exceção de São Vicente e Pernambuco, as demais capitanias fracassaram. Mediante


resultados negativos, a Coroa portuguesa começou a retomar as capitanias e, posteriormente,
criar outra forma de administração do território, denominada Governo Geral.
Junto com Tomé de Sousa, primeiro governador Geral, vieram os primeiros jesuítas com o
objetivo de catequizar os indígenas. Com a necessidade de um polo administrativo na colônia,
Tomé de Sousa iniciou os trabalhos para construir São Salvador, a primeira capital do Brasil.
Durante a colonização portuguesa, uma das formas de trabalho existentes na colônia era
o trabalho escravo. Inicialmente, os portugueses tentaram escravizar grupos indígenas, porém
sem sucesso. Os índios resistiram às diversas investidas dos europeus em escravizá-los. Uma
das formas de resistência era fugindo para o interior do país, local até então desconhecido pe-
los portugueses. Outra forma foi com conflitos diretos, dentre os quais podemos citar inclusive
guerras sangrentas. Devido à dificuldade encontrada em escravizar os indígenas, inicia-se a
escravidão de negros africanos.

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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
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Os africanos vieram para desenvolver atividades nas lavouras que aqui se iniciavam, com
destaque para a lavoura de cana-de-açúcar. Porém, várias outras funções foram atribuídas a
eles, como, por exemplo, trabalhos domésticos. O Piauí também foi palco de trabalhadores ne-
gros que estavam na condição de escravos, muitos destinados às fazendas que criavam gado.

A cultura indígena era incompatível com o trabalho regular e intenso proposto por Portugal.
Diferente do que os europeus pensavam, os indígenas não eram preguiçosos, apenas faziam o
que fosse necessário para sua sobrevivência.

Podemos caracterizar o Nordeste como o primeiro centro de ocupação e colonização do


Brasil. Consequentemente, a região também concentrou as primeiras atividades econômicas
da colônia – inicialmente, com a extração do pau-brasil, e, posteriormente, com o desenvolvi-
mento da cana-de-açúcar e pecuária. O destaque, no entanto, ficou com a produção açucarei-
ra. Os grandes centros produtores foram Bahia e Pernambuco devido a fatores climáticos e
geográficos.
Essas atividades econômicas passaram por mudanças ao longo da história do Brasil e,
consequentemente, expandiram também o território brasileiro e suas áreas ocupadas. Surgi-
ram novas cidades e áreas produtoras com variedades em que se produzia e diversificação da
ocupação territorial. Observe no organograma as mudanças econômicas que o Brasil passou:

Como você pode observar, em cada período apresentado, temos um novo cultivo ou produ-
to explorado. Também se percebe que as áreas de atuação são interiorizadas, não se limitando
apenas ao Nordeste, como ocorria inicialmente.

Candidato(a), para compreender a expansão do território brasileiro e sua ocupação, associe


com as atividades econômicas desenvolvidas. Quando se tem uma atividade econômica, con-
sequentemente, temos uma presença maior de pessoas. Fica a dica!
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Formação Histórica do Piauí


Os primeiros relatos históricos sobre o território que se tornaria o Piauí dizem respeito a
terras situadas na costa do Brasil concedidas a um donatário, cuja capitania abrangia a do Ma-
ranhão. Nessas regiões que constituem o território do Piauí, concedidas através de Carta Régia
de 19 de novembro de 1535.
As primeiras expedições às terras do Piauí ocorreram somente 70 anos depois, em 1606.
Posteriormente, várias incursões ocorreram ao território piauiense, normalmente de passagem
entre as capitanias do Maranhão e Pernambuco. A partir de então, o domínio dessas terras se-
ria causa de disputa entre Pernambuco, Bahia e Maranhão, até criar a instalação da Capitania
de São José do Piauí, em 1759.
Entre 1660 e 1680, ocorreu uma entrada mais intensa no território piauiense, liderada por ban-
deirantes paulistas e fazendeiros baianos, tendo como fator de atração a “caça ao índio”, ou seja,
a procura por nativos para servir como mão de obra escrava. Importante lembrar que surgiu nesse
período a instalação da Casa da Torre (1674), responsável por abrir campos para os rebanhos
bovinos que rapidamente se multiplicaram, espalhando-se na direção do sudeste piauiense.

A Casa Torre foi uma instituição fundada e administrada pela família Ávila, de origem baiana,
sendo que o principal objetivo era financiar aventureiros, um misto de apresadores de índios e
conquistadores de terras destinadas à pecuária, para que eles desbravassem os Sertões.

Entre os vários elementos que contribuíram para a expansão portuguesa nas capitanias do
Maranhão e do Piauí, a criação de gado foi a que se destacou. Essas regiões interioranas da
América portuguesa eram dominadas por diversos grupos indígenas e foram transformadas
em importantes áreas criatórias, fundamentais para o abastecimento de carne em outras regi-
ões da colônia. Dessa forma, essa região ficou marcada pelo desenvolvimento da pecuária e
pelos conflitos com os índios.
A ocupação do Piauí ocorreu com atraso e de forma vagarosa, pois, por um lado tinha a
família que estava ausente do ambiente da conquista territorial e, por outro, a região era con-
quistada por uma única atividade, a pecuária, que exigia poucas pessoas para trabalharem.
Com a ocupação portuguesa nas terras do litoral nordestino com o cultivo da cana de açúcar,
surgiu a necessidade de encontrar outras regiões para desenvolver atividades que iriam auxiliar a
Zona da Mata. Esse apoio ocorreria com o abastecimento de gêneros agrícolas alimentares, car-
ne, couro e outros. Essa situação gerou a necessidade de expansão portuguesa para o interior.
Ocorreram, a partir do século XVII, as primeiras atividades exploratórias ao território do
atual Piauí. Esse período ficou conhecido como a chegada das bandeiras entradistas, que, par-
tindo das regiões litorâneas da Bahia, São Vicente, Maranhão e Pernambuco, fizeram guerras
e extermínio às populações indígenas e implantaram suas experiências de criação de gado e
agricultura de subsistência.

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O povoamento do Piauí não recebeu, inicialmente, apoio de Portugal, sendo ele promovido
por particulares, sesmeiros e posseiros. A ocupação era constituída na seguinte ordem:

Podemos concluir então que existiam três tipos étnicos definidos na origem do povoamen-
to do Piauí: o índio nativo, o europeu português e o negro africano. A miscigenação formou
gerações sobre gerações de mestiços.
A atividade da pecuária ganhou destaque durante a ocupação interiorana, tornando-se a
mais importante atividade subsidiária dos canaviais. Um dos fatores que favoreceram a prá-
tica pecuária no interior foi não ter necessidade de grandes investimentos financeiros e nem
grande quantidade de trabalhadores. Claro que as terras disponíveis no interior eram apropria-
das para o desenvolvimento de pastagens.
A atividade pecuária ocorreu de forma constante, chegando ao curso médio do rio São
Francisco no início do século XVII. A partir desse ponto, o povoamento continua em direção às
chapadas do Araripe e Mangabeiras, chegando ao lado oriental da bacia do Parnaíba, forman-
do diversos currais e fazendas de gado. É nessa região que vai formar-se o território do Piauí.
O início da ocupação da região referente ao Piauí, denominada como a área do “Sertão de
Dentro”, consolidou-se na segunda metade do século XVII, inicialmente pela costa leste e sul
do território pelos rios Piauí, Canindé, Paraim e Gurgueia. Posteriormente, a atividade pecuária
atingiu as margens dos rios Parnaíba e das Balsas.
Mas ocupação definitiva do território do Piauí foi oficializada em 1682, com a criação do
primeiro povoado do “Sertão de Dentro”, tendo como referência o rio Piauí. A partir de então,
iniciou-se a conquista e ocupação das terras, empreendida por sesmeiros e posseiros lutando
entre si e contra índios, cada qual defendendo seus objetivos.
A ocupação territorial do Piauí tem uma relação direta com a expansão e dominação de ter-
ras conquistadas pela Casa Torre, criada pela família Ávila. Quando chegavam as novas terras,
os membros da Casa Torre requeriam a posse sobre elas por meio das sesmarias. Como sua
criação de gado não abrangia toda extensão oferecida, eles repassavam para rendeiros que se
arriscavam em ocupá-las.

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Analise a seguir os fatos ocorridos a partir do século XVII e que definiram uma etapa impor-
tante na colonização do Piauí, diferenciando-a da ocupação em etapas posteriores:

Um dos rendeiros mais influentes da família Ávila era Domingos Afonso Mafrense ou, como
era conhecido, Sertão. Ele foi uma forte liderança nos grupos que adentraram no Sertão do
Piauí, configurando-se como um dos primeiros colonizadores da região. Nas margens dos rios
Canindé e Piauí, fundou, aproximadamente, 30 fazendas de gado confiadas à administração de
vaqueiros. A partir desse momento, surge o início do povoamento piauiense.
Tanto o grupo dos Mafrense e o dos Casa Torre, foram os primeiros a receberem títulos de
terras no Piauí. Quando somadas as extensões de terras desses exploradores, o resultado era
quase a totalidade do território da região. Uma característica de sua administração era o extremo
autoritarismo, fazendo com que poucos desafiassem o poder de tais famílias em seus territórios.
Porém, não podemos atribuir a dominação das terras da capitania do Piauí a um grupo de
desbravadores associados a Casa da Torre. Na verdade, devemos atribuir essa responsabilida-
de a pessoas anônimas, com destaque para os arrendatários e vaqueiros que adentraram no
interior do Sertão em busca de terras novas, as quais seriam futuramente repassadas aos seus
donatários, deixando os verdadeiros conquistadores no prejuízo.
Os verdadeiros donos das terras não participavam efetivamente da ocupação do território
piauiense. Inclusive, o próprio Mafrense, que era arrendatário da família Ávila e chegou no Piauí
na condição de sesmeiro, não ficou ali por muito tempo. Normalmente, essas fazendas eram
arrendadas ou administradas por vaqueiros, fazendo a participação dos proprietários no povo-
amento das terras se tornarem insignificantes. Essa característica era comum não apenas no
estado do Piauí, mas em todo o Sertão Nordestino, onde predominava a pecuária.
O fato de os proprietários não permanecerem em suas terras é explicado por vários mo-
tivos, entre eles as precárias condições de vida que apresentavam na região interiorana no
Nordeste, onde não havia praticamente nada além das fazendas. Podemos destacar também
a difícil comunicação com as cidades litorâneas. Até o contato com outras fazendas era con-
siderado difícil, devido a grandes distâncias. Não podemos esquecer do perigo iminente dos
ataques indígenas, que eram considerados extremamente bravos, valentes e guerreiros.

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Normalmente, o contato com as cidades litorâneas ocorria com a passagem de transpor-


tadores de boiadas, sendo eles as únicas fontes de notícias de outras áreas. Portanto, esses
aspectos contribuíam para o isolamento da população piauiense, fazendo com que a vida se
resumisse ao trabalho nas fazendas, sem uma comunicação eficiente com o mundo exterior.
A primeira ocupação definitiva e oficial das terras do Piauí ocorreu em 1682, com o registro
do primeiro povoado do Sertão de Dentro (região da Bacia do Parnaíba). E, posteriormente,
foi realizado o início da formação do Estado através da instalação da Capitania de São José
do Piauí, em 1759 – data que se refere a posse do primeiro governador do Estado, João Pe-
reira Caldas.
Como consequência dessas situações, o interior nordestino permaneceu com a ausência
de núcleos urbanos nos primeiros anos de colonização. Apenas no fim do século XVII, nas ter-
ras pertencentes das fazendas de Mafrense, surgiu a primeira área povoada no Piauí: a fregue-
sia de Nossa Senhora da Vitória, em que, na época, estavam registradas 129 fazendas de gado,
onde viviam 605 pessoas. Na segunda metade do século XVIII, ela foi elevada à categoria de
vila, mudando o nome para Vila da Mocha. Futuramente, quando o Piauí se tornou uma capi-
tania autônoma, essa vila transformou-se na sede do governo, recebendo o nome de Oeiras.
Durante esse período, foram criadas e consolidadas algumas vilas, entre elas: Parnaguá,
Jerumenha, Valença, Campo Maior, Marvão (Castelo do Piauí) e São João da Parnaíba. Desse
pequeno núcleo urbano, surgiu uma nova organização socioespacial da capitania, confirman-
do então, a estrutura econômico-social na Bacia do Parnaíba.

PEGADINHA DA BANCA
Candidato(a), o examinador irá colocar algumas atividades econômicas que foram importan-
tes para o Brasil, porém que não tem muita representatividade para o Piauí, como por exemplo,
a Cana de açúcar. Então lembre-se: a principal atividade econômica do Piauí no período colo-
nial foi a pecuária.

A pouca urbanização, no entanto, que caracterizava o povoamento do Piauí não resultava


da falta de população, pois esta havia em número considerável, mas do fato dos habitantes
permanecerem nas fazendas, poucos optando pela vida nas cidades. Assim, percebe-se uma
instalação irregular das cidades no território piauiense.
Além dos fatores aqui apresentados, outro elemento natural foi de extrema importância
para a ocupação do Piauí: a água. Em torno de fontes hídricas vão surgindo a organização es-
pacial piauiense, que mantém suas características até os dias de hoje com o desenvolvimento
urbano em regiões úmidas.
A presença de água se tornou algo fundamental para a fixação do homem no Piauí, sendo
nas proximidades de seus cursos que se instalaram as fazendas de gado, os sítios e a maioria
das áreas urbanas. Nas margens dos poucos rios perenes que passam na região que se desen-
volvem as atividades humanas, destacando-se os rios São Francisco, Piauí e do alto Maranhão.

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A presença fluvial foi um relevante papel para definir os locais de referência para requerimentos
de terras no Piauí. Era uma prática comum, desde o início do povoamento, fixar-se ou querer
doações de terras próximo aos principais rios perenes. Até mesmo a organização espacial de
uma fazenda de gado no Piauí era estabelecida com o critério da presença de água. Inclusive,
calculava-se o valor de um sítio ou de uma fazenda pela distribuição e disponibilidade de água
encontrada nelas.
Lembre-se Candidato(a), as referências históricas apresentadas acima, são referentes ape-
nas aos séculos da colonização. Atualmente, as terras do Piauí reconhecem populações desde
pelo menos 50 mil anos. São fortes os indícios da existência dessas comunidades primitivas
na história local, especialmente na região denominada como Serra da Capivara.

3.1. O Desenvolvimento da Pecuária


A pecuária foi determinante para a ocupação do território piauiense, pois, nessa região,
vários fatores foram favoráveis para o desenvolvimento das criações, inclusive melhor que o
Sertão da Bahia. Os principais motivos relatados no território do Piauí são:
• a disponibilidade de terras, que foram divididas em latifúndios, quase todos com a pre-
sença de cursos d’água e pastagens naturais;
• chuvas em maior número e bem distribuídas;
• as facilidades de instalações das fazendas que, com um número reduzido de trabalha-
dores, possibilitava o início de seu funcionamento com a criação de gado.

O Piauí era visto como uma área para o desenvolvimento da pecuária, fato que se confir-
mou ao longo do povoamento. Essa foi a principal atividade desenvolvida na região por anos,
sendo ela responsável pela dinâmica econômica da população que ali habitava. O aumento no
número de fazendas de gado fez com que a capitania se tornasse, durante o século XVIII, uma
das maiores áreas produtoras do rebanho bovino, enviando sua produção para Pernambuco e
Bahia, os primeiros mercados consumidores da região.
Os gados comercializados nos grandes centros consumidores saíam, normalmente, de
duas regiões distintas e de acordo com as distâncias e as condições naturais para o translado
do gado. As fazendas localizadas próximas aos rios Piauí, Canindé, Parnaíba e Apodi eram des-
tinados ao mercado de Pernambuco, e as fazendas do Sul abasteciam a cidade de Salvador.
Mesmo percorrendo grandes distâncias e existindo a perda significativa do rebanho duran-
te o translado, a pecuária era uma atividade lucrativa para os fazendeiros locais, o que justifi-
cou a rápida difusão de fazendas de gado por toda região. Além disso, os proprietários tinham
que pagar um quarto da criação ao vaqueiro, ao dízimo e acrescentar os prejuízos ocasio-
nados pelas doenças, e poucas atividades superavam a renda obtida na pecuária. Conforme
aumentava a quantidade de fazendas de gado no Piauí, expandiam-se também os mercados
consumidores de seu rebanho. No século XVIII, essas fazendas passaram a fornecer para o
Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

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Dessa maneira, a organização socioespacial do Piauí foi influenciada diretamente pela ati-
vidade pecuária. Poucos desenvolviam a agricultura, atividade considerada secundária pelos
piauienses e, por muitos, desprezada. Isso ocorria devido ao fato de que quase não existia
terras voltadas ao cultivo, pois aquelas que apresentavam condições para essa atividade eram
ocupadas inteiramente para a pastagem. Desenvolveu-se uma sociedade cujo modo de vida
era relacionado direta e indiretamente à dinâmica da pecuária.
As pastagens naturais são fatores de extrema importância para o desenvolvimento da ati-
vidade bovina no Piauí. Elas encontram-se por várias regiões daquela capitania, sendo presen-
tes, praticamente, o ano todo. Dessa forma, nos períodos chuvosos o gado permanecia nas
pastagens localizadas próximas aos principais cursos hídricos. Enquanto no período seco,
soltava-o nas pastagens das chapadas. São identificadas duas formas de pastagens: as do
agreste e as de capim mimoso. Estas últimas apresentavam melhor qualidade proporcionando
maior rendimento do rebanho.
A atividade de pecuária foi responsável, também, pelo surgimento de várias freguesias e
vilas no território do Piauí. Várias delas são formadas pelos caminhos percorridos pelos boia-
deiros, que as levavam para os centros consumidores. Nessas regiões permaneciam poucos
moradores, normalmente lavradores, que sobreviviam de suas pequenas roças, onde planta-
vam para subsistência e comercializavam os excedentes com os viajantes que passavam pelo
local. Nesses vilarejos e freguesias também ficavam os prestadores de serviços ao gado e aos
seus transportadores, inclusive pequenos fazendeiros que se sustentavam do comércio.

3.2. A Decadência da Pecuária e a Crise da Economia Piauiense


No século XIX, a produção pecuária piauiense passa por uma intensa crise em sua produ-
ção. A produção bovina era, até então, a principal atividade desenvolvida no Piauí, porém, ela
começa não apresentar o dinamismo dos séculos passados, quando o estado era o principal
fornecedor dos centros urbanos. As causas que levaram a esse declínio estão relacionadas à
organização estrutural da atividade criatória na região e à conjuntura em que viviam as regiões
compradoras dos rebanhos piauienses.
A própria economia piauiense pode ser considerada como uma das causas responsáveis
pelo aprofundamento da crise de sua pecuária, pois o modelo adotado pelos fazendeiros ba-
seava-se em uma atividade criatória extensiva e em grandes latifúndios, com poucos centros
urbanos importantes e dispersos pelo território. O comércio no Piauí ocorria de maneira precá-
ria: o comércio estabelecido era, em grande parte, realizado fora dos limites de seu território;
vendia-se o gado e compravam-se mercadorias em outras regiões, concretizando uma depen-
dência do mercado externo.
Outro motivo influenciador eram os baixos investimentos realizados nas fazendas. Exis-
tiam nelas apenas casas simples, alguns currais e instrumentos rudimentares para realizar o
trabalho com o gado. As pastagens utilizadas eram naturais, necessitando apenas a realização

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de pequenas queimadas em determinadas épocas do ano com o objetivo da vegetação cres-


cer com melhor qualidade e de forma mais abundante. Quando o pasto se tornava escasso,
mudava-se o gado para outras áreas.
Poucos fazendeiros investiam em empreendimentos industriais sofisticados na época ou
em novas técnicas de produção pecuária. Os métodos utilizados eram simples e rudimentares.
Este fator foi de extrema importância para contribuir com a fragilidade da atividade criatória na
região, que foi atingida quando surgiram outras áreas de produção que entraram na concorrên-
cia pelo mercado das minas, como é o caso da região Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, por
exemplo, as condições naturais eram muito mais favoráveis para a criação, obtendo vantagem
sobre a pecuária nordestina, principalmente a piauiense.
A segunda metade do século XVIII também é marcada por uma conjuntura externa desfa-
vorável à pecuária piauiense. Percebe-se que as regiões consumidoras do gado do Piauí não
apresentavam o mesmo desempenho econômico de anos anteriores ou tinham a possibilida-
de de adquirir produtos da pecuária de outras regiões.
A primeira regressão no comércio ocorreu na Zona da Mata Nordestina, onde, nesse perío-
do, os engenhos já estavam em decadência, em função da concorrência do açúcar produzido
nas Antilhas e dos interesses da metrópole portuguesa voltados para as regiões de produção
mineral. Dessa forma, ocorria uma redução dos engenhos, e, consequentemente, a demanda
pela pecuária, não somente da carne e do couro, mas também de animais de tração e trans-
porte, essenciais no funcionamento dos engenhos. O prejuízo dessa crise era refletido sobre a
produção piauiense.
Outro fator importante é que, nas regiões das Minas Gerais, que se tornaram, nesse mo-
mento, o centro econômico mais dinâmico da Colônia e que desde o início de suas atividades
tinha a pecuária piauiense como a principal fornecedora de charque, couro e animais vivos.
Porém, surge a participação de outros fornecedores de rebanhos bovinos, com destaque para
as produções do Maranhão e, principalmente, do Rio Grande do Sul. O Sul do país se tornou a
região fornecedora de gado mais importante para as regiões das Minas, devido aos rebanhos
que chegavam em melhores condições. A pecuária sulista foi, portanto, responsável pelo agra-
vamento da crise da atividade criatória piauiense.
Mesmo durante a crise, a pecuária piauiense se manteve como principal atividade eco-
nômica até meados do século XIX, ou seja, quase um século depois dos primeiros sinais de
decadência. Essa atividade vai reduzindo e se restringindo a um mercado regional. O fato de
não modernizar o quadro de sua economia e a constante dependência de mercados externos
contribuíram para que o Estado do Piauí se tornasse, atualmente, uma das unidades da fede-
ração mais pobres.
O Piauí ganhou o status de província em 1821, um ano antes da Proclamação da Indepen-
dência de Portugal. Porém, esse período foi marcado pela mesma instabilidade administrativa
existente no período anterior, com a formação de juntas para governar e curtos períodos de
estabilidade.

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Na data de 7 de setembro de 1822, o Piauí apoiou à declaração de independência políti-


ca proclamada por D. Pedro I e foi o cenário, em 1823, da batalha contra o jugo português: a
Batalha do Jenipapo. Outro acontecimento histórico nesse período que ocorreu no Piauí foi a
transferência da capital de Oeiras para Teresina em 1852. Segundo José Antônio Saraiva, essa
transferência mudaria os rumos econômicos piauienses, pois trazer a capital para as margens
do Parnaíba seria uma forma de justificar sua navegação, fato que se consolidou em 1858,
quando foi organizada uma companhia de navegação a vapor que contou com o auxílio dos
governos da província em parceria com a iniciativa privada.

Às margens do Riacho Jenipapo, em Campo Maior, piauienses, maranhenses e cearenses lu-


taram pela independência do país contra as tropas portuguesas comandadas pelo major João
José da Cunha Fidié. Em uma parte do Brasil valeu o 7 de setembro, mas no resto do país a
independência de fato ocorreu depois, até porque as notícias ali demoram a chegar. As tropas
portuguesas lutaram com armas de fogo e os sertanejos com o que tinham. Apesar da vitória,
os portugueses bateram em retirada. No Piauí, na cidade de Campo Maior, às margens do Rio
Jenipapo, os portugueses perderam a esperança de ter uma colônia na América e foram expul-
sos das terras brasileiras.
LEGENDA: Disponível em: <https://www.camara.leg.br/radio/programas/509146-no-dia-13-de-marco-de-1823-o-
correu-a-batalha-do-jenipapo/>. Acesso em 03 de Jun. 2021.

Durante o século XX, na economia piauiense surge uma nova produção para o desenvol-
vimento da região: a exploração da borracha de maniçoba. Por 15 anos, a maniçoba foi o
maior produto de exportação do Piauí, sendo 62% das exportações no ano de 1910. Durante
duas décadas de crescimento da borracha, as tradicionais atividades familiares de subsistên-
cia ocupavam a maior parte da população ativa do estado, com uma grande preocupação em
sobreviver às estiagens que assolavam a região. Outros produtos deram prosseguimento ao
desenvolvimento no Estado, como a cera de carnaúba e o babaçu.
A participação do Piauí no cenário mundial por meio da exportação de itens provenientes
das atividades extrativistas, iniciada com a borracha e consolidada com a cera de carnaúba e
o babaçu, veio a oferecer a sobrevivência e o fortalecimento dos grandes pecuaristas, extrati-
vistas e dos comerciantes e, também, manteve o Estado, enquanto instituição, em crescimento
no que se refere a meios financeiros. Porém, paralelamente, aumentava o empobrecimento da
população, que gerou como consequência um aumento da emigração para os centros urbanos.
Na primeira metade do século XX, a venda produtos extrativistas foi de grande importância
econômica para o Estado. Como resultado para o estado, foram surgindo algumas indústrias,
a expansão comercial, o aumento das receitas e das finanças estaduais e, consequentemente,
diversas melhorias urbanas, como a criação da rede de abastecimento de água na capital, a
construção de prédios públicos e o surgimento de ruas e praças na capital e nas cidades in-
terioranas.

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A partir de 1950, houve uma redução significativa dos preços e, consequentemente, da pro-
dução extrativista. Nessa situação, a produtividade da agricultura aumentou sua importância
na economia piauiense. Com esse enfraquecimento no cenário mundial, a renda foi garantida
pela expansão de produtos agrícolas de subsistência, como arroz, milho, feijão, mandioca, al-
godão e cana-de-açúcar.
Durante a década de 60, ocorreu um novo marco para o Nordeste brasileiro, uma era de
modernidade e de um aumento na integração com todo o país. Com a criação do órgão deno-
minado como Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), ressurgiram as
esperanças por dias melhores, a partir de uma política de desenvolvimento regional, criada por
Celso Furtado e o Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN).
A ideia principal da SUDENE era a necessidade de combater e reduzir a desigualdade que
prevalecia entre as condições de vida do Nordeste e o restante do país. A diferença de níveis
de renda entre o Nordeste e o Centro-Sul do país constitui um grave problema socioeconômico
a ser combatido. Na região interiorana do Nordeste, existia uma acentuada desigualdade nas
condições de vida entre as unidades federativas. E o Piauí apresentava-se negativamente.
Nessa época, o Nordeste apresentava a metade da renda per capita nacional e o Piauí
a metade da renda do Nordeste, sendo que os dados do PIB per capita demonstram que a
situação era mais grave. Na década de 1970, os índices indicavam que a renda per capita
dos piauienses não representavam mais de 21% da média nacional. A partir desse momento,
passou a aumentar esses indicadores, como reflexo da velocidade do crescimento econômico
piauiense.
Entre 1970 e 2010, o Nordeste apresentou uma evolução no PIB de aproximadamente
11,71% para 13,07%. Um crescimento pequeno quando comparado aos dados nas regiões Cen-
tro-Oeste e Norte. Porém, diferentemente do Nordeste, o Piauí apresentou um crescimento sig-
nificativo, criando um polo importante para o agronegócio, parte do que viria a ser denominado
de MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia). Mesmo ocorrendo a ocupação na década
de 1970, a produção dessa área foi efetivada apenas na década de 90.
Em um período de 45 anos (1970/2015), o PIB per capita do Piauí aumentou de 21% para
42% da média nacional. Destaca-se que a partir do século XXI, cresce a velocidade de aproxi-
mação entre as unidades federativas nordestinas, apesar de continuar existindo um enorme
desequilíbrio.

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LEGENDA: Disponível em: <http://www.seplan.pi.gov.br/download/202009/SEP30_bfde406fb5.pdf>. Acesso em


03 de Jun. 2021.

Durante o século XXI, o Piauí vem valorizando a abordagem regional, e os avanços foram
tão positivos que a abordagem foi institucionalizada na Lei Complementar (LC) 87, de 22 de
agosto de 2007. A regionalização foi elaborada levando em consideração aspectos ambientais,
vocações produtivas e dinamismo das regiões, relações socioeconômicas e culturais estabe-
lecidas entre as cidades, a regionalização político-administrativa e a malha viária existente.

Economia do Piauí
Na LC n. 87, a regionalização regional do estado se afirma das seguintes formas:
• 1. Em uma escala macrorregional – expressa em quatro subespaços bem nítidos: o Li-
toral, o Meio-Norte, o Semiárido e o Cerrado;
• 2. Em uma segunda escala, identificam-se 11 territórios de desenvolvimento sustentável;
• 3. Em uma terceira escala, é possível destacar 28 aglomerados, respeitando os limites
dos municípios que os integram.

Porém, em 2017, os territórios de desenvolvimento do Piauí ganharam mais um membro:


a Chapada Vale do Rio Itaim. Agora são 12 unidades de planejamento da ação governamental,
que buscam o desenvolvimento sustentável do estado, a diminuição das desigualdades e uma
melhor qualidade de vida da população do Piauí.

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LEGENDA: Disponível em: <http://www.fomento.pi.gov.br/camaras/turismo/>.Acesso em 23 de Jul. 2021.

A economia piauiense passa por uma intensa renovação. Primeiramente, o desenvolvimen-


to da soja, que tomou partes da região, sendo que, onde só existia pobreza, fez surgir o progres-
so. Posteriormente, a geração de fontes de energias alternativas. O vento e o sol piauienses
criam a possibilidade de um acelerado processo de produção de energia elétrica para o Brasil.
E, por último, observa-se, de forma inicial, o trabalho da mineração e da produção de gás natural.
O investimento em infraestrutura para atender as novas demandas econômicas está sendo
alto. A ferrovia Transnordestina já tem, dos 1700 km projetados, 600 km realizados. Dessa ma-
neira, o transporte piauiense recebe um reforço importante para o desenvolvimento integrado
da sua economia, pois a ferrovia é a grande possibilidade de escoamento dos recursos mine-
rais do Estado.

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Em relação ao porto no litoral piauiense, destacamos suas restrições técnicas, relativas a


seu calado. Atualmente, estão realizando pesquisas sobre novas concepções do porto. Com
novas exigências do mercado internacional, analisa-se a viabilidade da construção do primeiro
porto brasileiro especializado em transporte de gado vivo.
Recentemente, foi divulgada uma pesquisa realizada pela MB associados, uma empresa
de consultoria que presta serviços na área de análise macroeconômica. Em seus resultados, o
Piauí conseguirá chegar ao segundo maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Bra-
sil. O período em que ocorreu o levantamento de dados é entre os anos de 2010 e 2022, sendo
que o Piauí aparece com um aumento de 34,5%, índice quatro vezes maior que a média do país
de 7,9%. O primeiro lugar do ranking é do estado do Mato Grosso, que aparece com 41,1%, no
período citado.
O resultado positivo é reflexo de uma combinação de fatores complexos. O agronegócio,
principalmente na produção de soja, é um dos destaques na economia. Grandes investimentos
em infraestrutura, com construção de estradas, pontes e outros equipamentos, também in-
fluenciaram o crescimento econômico. Estima-se que as fronteiras agrícolas que surgiram na
região, principalmente na região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), ajudam
no desenvolvimento desses estados. Para 2021, a projeção é que o PIB do Piauí cresça 3,99%,
tornando-se o quarto maior índice do Brasil.

4. População
Segundo o IBGE, a população do estado do Piauí chegou a 3.194.718 habitantes em 2014,
aumentando em 1,0% quando comparado ao levantamento no censo de 2010 (3.119.015 habi-
tantes), o que demonstra uma baixa densidade demográfica, de aproximadamente 12,4 hab./
km2, uma das menores da região Nordeste. O estado está dividido em 224 municípios, sendo
que Teresina, a capital, tem 26,0% da população estadual.
Interessante lembrar que a capital piauiense é a única do Nordeste que não está localizada
no litoral. Os municípios mais populosos do Piauí são Teresina, Parnaíba, Picos e Piripiri, que
juntos totalizam, aproximadamente, 1.187.559 habitantes.
A mesorregião piauiense denominada Centro-Norte, concentra o maior número de habitan-
tes (46,7%), seguida pelo Norte Piauiense (20,3%). As áreas do Sudeste e o Sudoeste possuem
pouco mais de 16% cada uma.

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MAPA – Participação das mesorregiões na população do Piauí

LEGENDA: Disponível em: <https://www.bnb.gov.br/documents/80223/4476032/PI+Perfil+2015.pdf/92901df-


6-c38a-d5cb-1896-ee4139f02599>. Acesso em: 04 de Jun. 2021.

As principais cidades estão distribuídas pelo seu território, sendo Teresina o destaque no
polo econômico do estado, e Parnaíba, no litoral, sendo o principal polo turístico. Outras cida-
des se destacam, mesmo sendo menos populosas, como São Raimundo Nonato, no sul do
estado, polo turístico e importante sítio arqueológico com vestígios das primeiras civilizações
das Américas, e Uruçuí, Baixa Grande do Ribeiro e Bom Jesus, pela importância na produção
agropecuária do estado.

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A expectativa de vida ao nascer no início do século XXI era de 67,9 anos. Em 2010 houve
um pequeno aumento, chegando aos índices de 69,9 anos, ainda inferior à média do Nordeste
(71,2 anos) e do Brasil (73,9 anos).
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Piauí, indicador que envolve saúde, educa-
ção e renda, vem passando por um intenso crescimento. Seu valor foi de 0,362 em 1991, tendo
saltado para 0,646 em 2010, pouco abaixo da média do Nordeste no mesmo ano (0,660) e do
Brasil (0,726).
O aumento do índice é reflexo de melhorias no quadro social. O aumento do IDH neste perí-
odo se completa com a redução da desigualdade de renda ocorrida entre 1990 e 2013, medida
pelo índice de Gini, que, no estado, caiu de 0,666 para 0,515, respectivamente. O crescimento
pode ser atribuído aos programas governamentais de transferência de renda, de qualificação
profissional e do incremento do salário-mínimo.
TABELA – Evolução do IDH e Índice de Gini – Anos selecionados – Piauí, Nordeste e Brasil

LEGENDA: Disponível em: <https://www.bnb.gov.br/documents/80223/4476032/PI+Perfil+2015.pdf/92901d-


f6-c38a-d5cb-1896-ee4139f02599>. Acesso em: 04 de Jun. 2021.

É importante lembrar que esses índices sociais tiveram um incremento significativo nos
últimos anos, embora ainda sejam menores que a média nacional. Também devemos destacar
que as diferenças em relação aos estados mais desenvolvidos começaram a reduzir no perío-
do apresentado.
Um aspecto relevante diz respeito à transição demográfica do estado. Atualmente, o nú-
mero das pessoas com idade entre 15 e 64 anos, denominado de População Economicamente
Ativa (PEA), somando 2,3 milhões de pessoas, é maior que o número daqueles com idade
inferior a 15 anos e superior a 64 anos, equivalente a 790 mil pessoas, que é denominado de
População Economicamente Inativa (PEI).
O crescimento vegetativo no estado tem diminuído ao longo das últimas décadas, e, ao
mesmo tempo, a população idosa vem aumentando, inclusive com taxas maiores que o res-
tante das outras faixas etárias. Consequentemente, essa redução demográfica implicará em
redução da força de trabalho e exigirá um redesenho nas políticas públicas, principalmente na-
quelas com foco na formação profissional de jovens e de assistência médica e previdenciária

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para os idosos. Essa redução no crescimento da população no Piauí é reflexo da diminuição


das taxas de fecundidade, natalidade e mortalidade. Os principais fatores que levaram a essa
regressão nesses índices são o processo de urbanização, a crescente inserção da mulher no
mercado de trabalho, os avanços na medicina e da melhoria da qualidade de vida da população.
TABELA – Evolução dos Índices de Fecundidade, Natalidade e Mortalidade – Anos sele-
cionados – Piauí, Nordeste e Brasil.

LEGENDA: Disponível em: <https://www.bnb.gov.br/documents/80223/4476032/PI+Perfil+2015.pdf/92901d-


f6-c38a-d5cb-1896-ee4139f02599>. Acesso em 04 de Jun. 2021.

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No infográfico abaixo, retirado do site do IBGE, podemos sintetizar todas as informações


apresentadas sobre a demografia piauiense:

LEGENDA: Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/panorama>. Acesso em: 04 de Jun. 2021.

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Um gráfico muito utilizado para representar as mudanças na demografia de um local é a pi-


râmide etária. A do estado Piauí segue a tendência nacional, ou seja, redução na base (jovens)
e alargamento do ápice (topo). Observe a seguir a pirâmide do estado do Piauí:

LEGENDA: Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/panorama>. Acesso em: 04 de Jun. 2021.

5. Agricultura
A atividade do agronegócio, que abrange insumos, produção agropecuária, industrialização
e distribuição, equivale a 25% do PIB. Entre os principais produtos para exportação do Brasil,
destaca-se a soja, milho, frango, complexo cana-de-açúcar, café, algodão e carne bovina.
A produção do agronegócio é distribuída em todo território brasileiro e envolve milhares de
produtores. O processamento e a comercialização são realizados por meio de poucas empre-
sas que são, normalmente, compostas por capital estrangeiro.
No caso do Piauí, a região com maior produção atual é conhecida pelo nome de “Matopiba”
(por englobar as áreas fronteiriças dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), área
com a maior expansão na produção de grãos. O Brasil se destaca no cenário mundial como
um dos maiores exportadores e produtores de soja. O Piauí é um dos estados brasileiros com
maior potencial de crescimento.

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LEGENDA: Disponível em: < http://www.cepro.pi.gov.br/download/201608/CEPRO02_9b568b361f.pdf>. Acesso


em 05 de Jun. 2021.

Há uma perspectiva de crescimento mundial na demanda por alimentos, especialmente


gerada pela demanda chinesa. Os cerrados piauienses têm capacidade estimada de plantio
entre 4 e 6 milhões de hectares. Porém, para a melhoria da rentabilidade, será necessária a
redução dos gastos logísticos, que passa pela armazenagem e escoamento.
Outra forma de cultivo que vem crescendo no Piauí é a agricultura irrigada. Essa técnica
permite o uso de áreas com alto índice de incidência solar, porém com pouco regime pluvio-
métrico, naturalmente não adequado para plantio, como ocorre em regiões do semiárido ou do
cerrado brasileiro. A irrigação permite a ampliação da área agriculturável e traz a possibilidade
de cultivos diversos.
No território piauiense, a agricultura irrigada já apresenta produção em fruticultura em seis
regiões vinculadas ao programa Mais Irrigação do Ministério da Integração Nacional, sendo
elas os Tabuleiros Litorâneos do Piauí, nos Platôs de Guadalupe, Gurgueia, Fidalgo, Caldeirão
e Lagoas do Piauí.
O Piauí participa de vários projetos voltados à implantação do programa Mais Irrigação,
do Ministério da Integração Regional. No estado, existe uma base produtiva de fruticultura

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com grandes possibilidades de serem ampliadas por meio da irrigação e de políticas de de-
senvolvimento local. Porém, com a falta de infraestrutura para escoar a produção de produtos
perecíveis, como aeroportos para exportação das frutas, não há como alavancar o mercado
consumidor.
O IBGE divulgou uma estimativa para a safra de grãos do país em 2021. No Piauí, a proje-
ção é que aumente 9,74% em relação a 2020, chegando ao total de 5,4 milhões de toneladas.
Será o segundo maior crescimento do Brasil, que se estima ser de 2,5% este ano.
O cultivo de soja, que corresponde mais da metade da produção de grãos no estado, teve
um aumento na área plantada de 5,8%, passando de 758,9 mil hectares para 802,9 mil hectares,
segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse aumento na plantação está
relacionado com a regularização fundiária, iniciada com a lei estadual n. 7.294/2019 e a parti-
cipação do Instituto de Terras do Piauí (Interpi).
A nova lei gera aos produtores agrícolas uma segurança maior para investir, já que passam a
ter a titularidade das terras, facilitando financiamentos para o desenvolvimento de seu projeto.
Uma outra forma de desenvolver agricultura no Piauí que tem sua história é a familiar. A
partir dos anos 2000, diversos estudos foram realizados sobre a agricultura familiar no Piauí.
Diversas temáticas vieram à tona, como, por exemplo, assentamentos de reforma agrária, co-
munidades quilombolas, quebradeiras de coco, povos indígenas e vários outros.
De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, o Piauí apresenta 245.601 estabelecimen-
tos agropecuários, sendo que a agricultura familiar representa 80,3%, ou seja, estabelecimen-
tos desta agricultura totalizaram 197.246 unidades. Em termos de área, os estabelecimentos
familiares totalizam 3.852.846 hectares, ou seja 38,5% dos 10.009.857 hectares destinado a
essa atividade econômica.

LEGENDA: Disponível em: <file:///C:/Users/profc/Downloads/1266-3967-1-PB.pdf>. Acesso em 07 de Jun.


2021.

Os estabelecimentos de agricultura familiar, no Piauí, praticam principalmente a pecuária e


a agricultura destinadas ao próprio consumo e, posteriormente, destinadas à comercialização.
A produção vegetal desenvolvida compreende lavoura, extrativismo, horticultura e floricultura,

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destacando-se as lavouras em atividades de produção vegetal em número de estabelecimen-


tos e retorno financeiro. O extrativismo vegetal, com foco na carnaúba, também constitui ativi-
dade que gera valor alto aos agricultores familiares.
Em relação as lavouras permanentes da produção da agricultura familiar do Piauí, desta-
cam-se as culturas de caju, banana, acerola e coco da baía. Elas são as mais expressivas em
termos de quantidades produzidas e comercializadas. No que diz respeito às lavouras tempo-
rárias, a agricultura familiar do Piauí é baseada na produção de feijão, milho, arroz, mandioca,
cana-de-açúcar, soja em grão e algodão.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019) Há muito que a posição geográfica do
Piauí havia despertado atenção do Governo de Lisboa para o caso de uma emergência. Preven-
do que a independência do Brasil seria apenas uma questão de tempo, é opinião de abalizados
historiadores que o governo português planejara ficar com uma parte para ele, isto é, o nor-
te, recriando o Estado do Maranhão que compreenderia as Províncias do Pará, do Maranhão
e do Piauí.
(MONSENHOR CHAVES, Obra Completa. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1998, p. 266)

No processo de independência do Brasil, o domínio do território piauiense era estratégico, pois:


a) sua posição geográfica favorecia a navegação do norte para Portugal, reduzindo o tempo
de viagem em relação à saída pelo Pará ou Pernambuco. Porém, a rota encontrava obstáculos
nos ventos contrários e/ou nas calmarias das viagens por mar para a Europa.
b) tinha uma comunicação direta por terra com o Ceará, a Bahia e com Pernambuco, onde os
movimentos de independência estavam muito fortes. Sendo o Piauí um fornecedor de carnes,
para essas Províncias, dominá-lo era estratégico para contenção dos grupos rebeldes.
c) em Parnaíba existia uma fábrica de pólvora, produzida de contrabando, que poderia ser uti-
lizada para abastecer a resistência do norte, caso fosse necessário o enfrentamento do movi-
mento pró independência nessa parte do Brasil.
d) a província estava tranquila, sem a penetração de ecos do que acontecia lá fora. A população
letrada defendia fortemente a Constituição portuguesa, sem ocorrência de fatos subversivos.
e) as rendas nacionais da Província, obtidas nas exportações do algodão, couro de sola, carne
verde e frutos do mar representavam grande numerário para a Coroa, pois, sendo cobradas de
forma rigorosa, davam lhe uma renda líquida correspondente a 80% do rendimento bruto.

Lembre-se de que a posição do Piauí era favorável à comunicação com seus estados vizi-
nhos, sendo um grande exportador de carnes na região, tornando-se um território que deveria
ser dominado.
Letra b.

002. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019)


Trecho-I
Tem o sertão do Piauí, pertencente à nova Matriz da Nossa Senhora da Vitória, quatro rios
correntes, vinte riachos, com cinco riachinhos, dois olhos d’água e duas lagoas, à beira das
quais estão 129 fazendas de gados, em que moram 441 pessoas entre brancos, negros, índios,
mulatos e mestiços. [...].
(CARVALHO, Pe. Miguel de. Descrição do Sertão do Piauí. Teresina: IHGPI, 1993.p.14)

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Trecho-II
[...]. Daquelas 129 fazendas de gado e que se refere o Padre Carvalho, umas são administradas
pelos próprios donos em sítios que arrendam a dez mil réis de foro cada um a Domingos Afon-
so Sertão e Leonor Pereira Marinho, esta, no momento, representante dos Ávila. Outras (e entre
estas, algumas eram de Mafrense) são administradas por vaqueiros [...].
(NUNES, Odilon. Pesquisas para a História do Piaui. Teresina: FUNDAPI/FCMC, 2007, p, 100. v.1)

Com a leitura desses textos, conclui-se que:


a) predominou a presença de fazendeiros no processo de conquista e ocupação do Piauí, sen-
do o vaqueiro um elemento secundário.
b) as fazendas de gado foram primordiais na ocupação do solo piauiense, tendo a mão de obra
escrava indígena predominado na administração desse processo.
c) o processo de povoamento do Piauí teve nas fazendas de gado o seu núcleo central e no
vaqueiro o seu elemento primordial.
d) a relação entre ambos os trechos permite concluir que tanto o elemento indígena, quanto o
trabalho escravo negro foram primordiais na administração das primeiras fazendas de gado.
e) a instalação das fazendas de gado esteve condicionada pela existência de núcleos popula-
cionais e a facilidade de rios, riachos e outros cursos de águas.

Cuidado, candidato(a): não confunda a ocupação do Piauí com a ocupação do Nordeste.


No Piauí, a ocupação foi motivada, principalmente, pela criação do gado. Logo, o núcleo do
povoamento foram as fazendas criadoras de gado, tendo o vaqueiro como um trabalhador
fundamental.
Letra c.

003. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019) Até meados do século XX, o Piauí tinha sua
pauta de exportação baseada principalmente nos produtos advindos do extrativismo vegetal e
uma estrutura econômica que convergia para o mercado internacional. Essa dependência em
relação ao exterior se converteu em fragilidade do ponto de vista da ampliação dos mercados
e, depois, em situação de estagnação.
No entanto, na segunda metade do século XX, verifica-se no Piauí
a) uma inserção no projeto nacional de integração, diminuindo sua estagnação econômica a
partir da inserção em importantes rotas do emergente aquecimento da economia das perife-
rias do Brasil, com impactos significativos na sua configuração territorial, antes marcada pelo
isolamento e atraso.
b) uma diversificação da estrutura econômica do Estado, que até a primeira metade do século
XX concentra-se fortemente no setor primário da economia, e a partir de investimentos em
infraestrutura de redes, passa a se sobressair o setor secundário, sobretudo nas décadas de
1950 e 1960.

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c) um processo de integração com o restante do Brasil, sobretudo por meio de rodovias, sem
haver, com isso, um fortalecimento econômico, mas apenas uma nova dinâmica que não su-
planta a condição de dependência do Piauí, desta vez subordinada à ascendente economia
industrial do Centro-Sul.
d) um ritmo acelerado de crescimento, sobretudo a partir da década de 1960, elevação da par-
ticipação da iniciativa privada em parceria do setor público e a estabilidade da produção, mas
que se distribui de maneira desigual no território, com destaque para a capital e alguns centros
urbanos do interior.
e) um acelerado processo de urbanização, que tem relação direta com o processo de industria-
lização do Brasil e com a consequente entrada do Piauí na lógica de difusão dessas mercado-
rias (a partir da difusão das rodovias, principalmente), o que representa importante indicador
do desenvolvimento territorial do estado.

O termo “suplanta”, aplicado no item c, pode gerar uma dificuldade na resolução da questão.
Essa palavra está empregada no sentido de “derrubar”, logo, sabendo seu significado, o item
fica autoexplicativo. Portanto, o item apenas afirma que o Piauí passou por uma integração
com o restante do território, mas não conseguiu diminuir sua dependência em relação a região
Centro-Sul.
Letra c.

004. (CRESCER CONSULTORIAS/PREFEITURA DO CANINDÉ/2017) No período colonial do


século XVIII, os padres jesuítas foram expulsos da colônia, na região do Piauí isso ocasionou
um problema por conta:
a) Dos padres estarem com o patrimônio das antigas fazendas dadas como herança pelo ses-
meiro Capitão Domingos Afonso Mafrese.
b) Da contribuição social elevadas que a Companhia de Jesus vinha fazendo pela população
mais pobre na região e que deixou de ser continuada.
c) Da falta que a Companhia de Jesus iria fazer na organização social da região, pois o padre
Gabriel Malagrida havia contribuído com a organização social.
d) Do alto investimento que os jesuítas faziam na região e que foi levado embora, de volta para
a Europa, com sua expulsão.

As terras pertencentes a Mafrense foram herdadas pelos jesuítas, e isso se tornou um proble-
ma com a saída dos religiosos do Piauí, pois eles estavam com a posse desse patrimônio.
Letra a.

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005. (CRESCER CONSULTORIAS/PREFEITURA DO CONCEIÇÃO DO CANINDÉ/2018) A Ba-


talha do Jenipapo, em 1823, marca um período da história da região do Piauí importante, dada
as mudanças políticas na região, que tinha por características:
a) Um confronto exclusivamente popular, entre a população mais pobre formadas por comer-
ciantes e artesãos que apoiavam a independência, e as tropas de fazendeiros e colonos portu-
gueses, apoiadores da Coroa.
b) O único confronto sangrento da Independência do Brasil, entre as tropas recém-formadas do
Império Brasileiro e as tropas ainda leais à Coroa Portuguesa.
c) Ser um confronto sangrento entre populares piauienses, cearenses e maranhenses contra
as tropas portuguesas que foram encarregadas em manter o norte da ex-colônia fiel à Coroa
Portuguesa.
d) Um conflito breve e sem muitas vítimas de origem civil, na cidade, e também capital do Piauí
na época, de Oeiras; tal brevidade se deu pela recente notícia da Independência do Brasil, cul-
minando na saída dos comerciantes e colonos portugueses da região.

A batalha do Jenipapo ocorreu mediante a declaração de independência da Colônia. Essa in-


formação chegou ao país em períodos distintos, e movimentou povos do Ceará, Piauí e Mara-
nhão para combater as tropas portuguesas que queriam manter o apoio à Coroa.
Letra c.

006. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019) Julgue o item em Certo ou Errado


Apesar das inúmeras expedições terem sido enviadas com o objetivo de ocupar a região, so-
mente na segunda metade do século XVII a colonização foi efetivada. Colonos que vieram da
Bahia instalaram-se na região e formaram o primeiro povoado que logo se tornou vila com o
nome de Mocha e, quando se transformou em cidade, passou a ter o nome de Oeiras.

Não houve, na região, inúmeras expedições com o objetivo de ocupar a região.


Errado.

007. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019) Julgue o item em Certo ou Errado.


O Piauí tornou-se uma capitania, quando já tinha mais de dez vilas e centenas de fazendas de
gado. A luta pela independência durou até 1823. Outro movimento que agitou o Piauí foi a Ba-
laiada, insurreição de cunho popular.

O item relata perfeitamente o processo de formalização da capitania do Piauí. A Balaiada,


também denominada como Guerra dos Bem-te-vis, teve seus reflexos no território piauiense.
Certo.
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008. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019) A partir de 1862, Teresina passou a ser a


capital do estado, substituindo a cidade de Parnaíba. Após a Proclamação da República, a polí-
tica da região se estabilizou. O desenvolvimento socioeconômico do estado ocorreu de forma
bastante acelerado, em comparação com os estados vizinhos.

Na verdade, Teresina passou a ser a capital do estado, substituindo a cidade de Oeiras.


Errado.

009. (IMA/PREFEITURA DE CANAVIEIRA/2015) A respeito das bases históricas da formação


do território piauiense, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A pecuária teve seu principal foco de irradiação na Bahia, mais precisamente na cidade de
Salvador, centro agrícola fundado em 1549 para abrigar a sede do governo geral. Das cercanias
desse núcleo urbano partem os primeiros criadores tocando seus gados e instalando currais
rumo ao interior do Brasil, em áreas antes somente habitadas pela população nativa.
b) A pecuária que se constituiu na mais importante atividade subsidiária dos engenhos e des-
tes não dependentes, tornou-se também a principal desencadeadora do movimento que iria
povoar vastas áreas do território brasileiro. Isso se deve ao fato de que desde o seu início
adquiriu um caráter itinerante, cujo favorecimento pode ser atribuído: a suas próprias caracte-
rísticas, não necessitando de grandes investimentos de capital e de pessoal para o seu funcio-
namento; além disso, existiam grandes extensões de terras disponíveis fora da faixa litorânea
com excelentes pastagens.
c) Devido à crescente ocupação das terras da Zona da Mata nordestina pela agricultura cana-
vieira, praticamente monopolizando-as para a fabricação de açúcar, criou-se a necessidade
de se buscar outras áreas para o desenvolvimento daquelas atividades que seriam auxiliares
ao funcionamento dos engenhos: gêneros agrícolas alimentares, carne, lenha, couro, animal
de tração e de transporte etc. Tal situação provocou uma expansão portuguesa para além do
domínio das unidades de produção de açúcar.
d) A ocupação das terras do Piauí, as quais correspondiam a uma parte da área do “Sertão
de Dentro”, ocorreu na segunda metade do século XVII, e se iniciou pela costa leste e sul do
território, pelas margens dos rios Piauí, Canindé, Paraim e Gurgueia. Não demorou muito para
a atividade criatória atingir também o Parnaíba, ultrapassando rapidamente para o lado oci-
dental de sua bacia, já em território maranhense. Neste, os currais espalharam-se tanto em
direção à montante do Parnaíba, chegando às margens do rio das Balsas e à região de Pastos
Bons, quanto o curso médio e jusante daquele rio, de onde segue em direção aos vales dos rios
Itapecuru e Mearim.

O item apresenta como erro, entre eles, afirmar que não eram dependentes dos engenhos.
Lembre-se que era para a região dos engenhos que os produtos pecuários eram vendidos.
Letra b.
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010. (IMA/PREFEITURA DE CANAVIEIRA/2015) Acerca da história da bandeira do estado do


Piauí e seu significado, indique a alternativa INCORRETA.
a) O azul representa o céu.
b) O Amarelo representa o ouro e outras riquezas minerais do estado.
c) A bandeira possui formato retangular (proporção de 7:10). Ela é composta por treze listras
intercaladas, sendo 7 na cor verde e 6 na cor amarela. No canto superior esquerdo há um re-
tângulo azul com uma estrela de cinco pontas branca ao centro dele.
d) Abaixo da estrela há a inscrição, na cor branca, da data “14 de março de 1823” (incluída em
alteração de 2005). Esta é a data em que ocorreu a deflagração da Independência do estado
do Piauí na cidade de Parnaíba.

A data “13 de março de 1823” que representa quando ocorreu a Batalha do Jenipapo, importan-
te no processo de Independência do Brasil.
Letra d.

011. (UESPI/2010) Oeiras, antiga capital do Piauí, tem uma área aproximada de 2.719.536
km². Como tantas outras cidades brasileiras ela teve origem em uma fazenda, no caso, a Ca-
brobó, de grandes dimensões territoriais. A organização fundiária no Brasil, estruturada na
grande propriedade, é um legado colonial instituído pelo sistema de:
a) Sesmarias.
b) Capitanias Hereditárias.
c) Colonato.
d) Subvenções.
e) Donatarias

Quando chegavam às novas terras, era requerida a posse sobre elas por meio das sesmarias,
que se tornariam futuramente latifúndios.
Letra a.

012. (UESPI/2009) Constantemente, nos defrontamos com a mídia informando sobre ocupa-
ções de terras no Brasil, lideradas pelo MST (Movimento dos Sem-Terra). Tal problema remete
a uma reflexão histórica sobre a forma de como no Brasil se organizou a apropriação do solo,
através do sistema de Sesmarias, que no Piauí:
a) não vigorou, haja vista a economia ter se concentrado nas atividades extrativistas, principal-
mente das denominadas “drogas do sertão”.
b) resultou na formação de latifúndios, uma das características da colonização portuguesa.
c) provocou o estímulo à produção de gêneros de subsistência;
d) impediu o desenvolvimento da atividade pecuarista.
e) provocou a migração da população para as cidades.

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Candidato(a), lembre-se que a prática da sesmaria gerou, no Piauí, a formação de grandes


latifúndios.
Letra b.

013. (UESPI/2004) Portugal teve dificuldades iniciais para a ocupação do imenso território bra-
sileiro. Com relação às estratégias de Portugal para ocupar o território, podemos afirmar que:
a) O sistema de capitania conseguiu uma boa ocupação do litoral, alcançando o esperado.
b) As primeiras expedições feitas ao território, que hoje corresponde ao Estado do Piauí, ocor-
reram com o fim de aprisionar índios.
c) Não houve interesse com a ocupação inicial do território, pois não havia ameaça da presen-
ça e da invasão estrangeira.
d) A busca de ouro animou as primeiras expedições exploradoras, ajudando a fixação das
capitanias.
e) O sistema de capitanias facilitou a ocupação do território, sobretudo, nas regiões Norte
e Nordeste.

Lembre-se candidato(a): as primeiras expedições ocorreram na busca de indígenas para o de-


senvolvimento do trabalho nas lavouras de cana. Posteriormente, as expedições passam a ter
o objetivo de desenvolver a pecuária na região.
Letra b.

014. (UESPI/2003) “…podemos observar o começo da mudança do eixo econômico do sul para
o norte piauiense, na virada do século XVIII, através da análise da arrecadação do tributo sobre
o gado. Em 1791, Oeiras, Jerumenha, Parnaguá e Valença respondiam por cerca de 58% do
total, enquanto Campo Maior e Marvão (Castelo) representava, 42%. No período de 1809/1814,
os quatro municípios do sul caíram para 54%, enquanto Campo Maior, Marvão e ainda […] Par-
naíba cresciam a participação para 46%”. (Mendes, Felipe. Formação econômica. In Santana:
Fundapi, 1995. p. 64).
Entre os muitos fatos do processo histórico piauiense compreendidos no recorte cronológico
do século XIX, pelo menos um deles se explica pelo contexto de deslocamento do ‘eixo econô-
mico’ apontado pelo autor do trecho acima.
Assinale-o entre as alternativas abaixo:
a) A prioridade parnaibana em detrimento de Oeiras nos episódios que resultaram na adesão
do Piauí ao governo de Pedro I;
b) A transferência da capital provincial de Oeiras para Teresina;
c) O declínio da navegação pelo rio Parnaíba;

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d) O não aparecimento, à época, de nenhum município novo importante no centro-sul piauiense;


e) A emergência de insurreições populares decorrentes da crise econômica na pecuária nos
velhos municípios do centro-sul.

A transferência da capital de Oeiras para Teresina seria justificada pela mudança nos rumos
econômicos piauienses, pois trazer a capital para as margens do Parnaíba seria uma forma de
justificar sua navegação.
Letra b.

015. (UESPI/2014) O papel de destaque da pecuária no processo de repovoamento do terri-


tório que deu origem ao Piauí, representa elemento inconteste em nossa história. Acerca de
reocupação do território, entre os séculos XVII e XVIII, podemos afirmar CORRETAMENTE:
a) Ao adentrarem os territórios que deram origem ao Piauí, os primeiros curraleiros encontra-
ram condições físicas excelentes para a criação de gado, a exemplo de amplas áreas, pastos
naturais, recursos hídricos e clima apropriado. Aliado a isso, encontraram boa oferta de produ-
tos coletáveis e caça, que facilitaram afixação da população.
b) O modelo de produção pecuarista implantado no Piauí exigia alta especialização da mão de
obra, motivada pela extrema fragilidade das raças bovinas escolhidas e a pequena quantidade
de água da região.
c) Como as fazendas possuíam pastos de boa qualidade, o gado necessitava de pequenas
áreas de terras, resultando no fortalecimento da agricultura, sobretudo da cana-de-açúcar, que
era vendida para os engenhos do litoral, complementando, assim, a renda das fazendas.
d) O grande atrativo das terras piauienses era serem desertas, facilitando a montagem das fa-
zendas, ao contrário do que acontecia com as terras do litoral da Zona da Mata brasileira, que
eram anteriormente ocupadas por nações indígenas que resistiam aos portugueses.
e) Por sua pequena complexidade, a pecuária não exigia nenhuma técnica de produção e o uso
de pouco pessoal para acompanhar o gado, o que resultou na não adoção do trabalho escra-
vo no Piauí.

Os aspectos naturais foram de extrema importância para fixação e desenvolvimento da pecu-


ária no território do Piauí. Você não pode esquecer que o desenvolvimento agrícola da cana
não era um fator condicionante ou existente na região e que a mão de obra utilizada também
era dos escravos.
Letra a.

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016. (UESPI/2014) “Fidié apenas perdeu uns oitenta combatentes e a sua bagagem de guerra.
A vitória, porém, pertence aos independentes”. (NUNES, Odilon. O Piauí na História. Teresina:
COMEPI, 1975, p. 61).
Acerca das lutas pela Independência do Brasil no Piauí, podemos CORRETAMENTE afirmar:
a) As lutas resumiram-se a Campo Maior, vila onde aconteceu a Batalha do Jenipapo, conside-
rando que nenhuma outra vila ou a capital aderiu a Independência.
b) Oeiras manteve-se fiel a Portugal até o dia 19 de outubro de 1822, data em que acontece a
Batalha do Jenipapo e quando Manoel de Sousa Martins, o futuro Visconde de Parnaíba, pro-
clama a Independência no Piauí.
c) Quando chega a notícia no Piauí de que o Príncipe Dom Pedro havia proclamado a Inde-
pendência do Brasil, as forças portuguesas, lideradas pelo Major João José da Cunha Fidié,
aderiram a Independência e passam a perseguir aqueles contrários a separação com Portugal.
d) Após a adesão de Parnaíba e Oeiras à Independência, restava apenas Campo Maior como
último foco de resistência portuguesa, finalmente vencida na Batalha do Jenipapo, ao final do
dia 24 de janeiro de 1823.
e) Na Batalha do Jenipapo, as forças piauienses foram derrotadas pelas tropas de Fidié. Entre-
tanto, conseguiram importante vitória ao tomar a bagagem de guerra das tropas portuguesas,
fazendo os desistir de continuarem sua marcha em direção a capital Oeiras.

O item e descreve perfeitamente o que aconteceu na Batalha de Jenipapo: mesmo as tropas


de Fidié vencendo a batalha, eles perderam a “Guerra”.
Letra e.

017. (UESPI/2010) O escravismo na sociedade piauiense, entre os séculos XVII e XIX:


a) foi quase inexistente em razão do desenvolvimento da atividade pecuarista.
b) utilizou o trabalho compulsório do indígena, inviabilizando a entrada de escravos oriundos
do tráfico de africanos.
c) foi enfraquecido graças à proteção oferecida aos nativos pelas ordens religiosas.
d) do indígena e do africano, nas fazendas de gado piauienses, dividiu espaço com o tra-
balho livre.
e) não prosperou, pois, a organização da economia piauiense, baseada no extrativismo e na
pecuária, não comportava o trabalho escravo.

Na região piauiense, o trabalho escravo ocorreu como em qualquer outra capitania nordestina,
porém, como a produção era baseada na atividade bovina, a força trabalho era dividida com
indígenas e trabalhadores livres, como os vaqueiros.
Letra d.

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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
Cleber Monteiro

018. (UESPI/2009) Em trecho da Carta de Doação da capitania do Piauí a Antonio Cardoso de


Barros (Évora, 19 de novembro de 1535), D.João III anuncia a expansão da fé católica como um
dos seus objetivos na colonização do Brasil. No Piauí, a efetivação desse objetivo, contou com
a ação dos padres Jesuítas, através:
a) inicialmente, das missões religiosas para catequização dos indígenas e sua inserção no
trabalho organizado.
b) da inserção dos colonizados na administração fazendária da capitania;
c) da organização da capitania piauiense em comarcas, vilas e paróquias;
d) do projeto jesuítico da organização fundiária do Piauí em sesmarias.
e) da ação das bandeiras que pretendiam o apresamento de indígenas.

A missão dos jesuítas na região era, a priori, catequizar os indígenas e inseri-los no sistema
produtivo. Logo, o item de acordo é a letra a.
Letra a.

019. (UFPI/2006) Sobre a transferência da capital da Província do Piauí de Oeiras para Teresi-
na, podemos dizer:
a) que foi promovida pelo Barão da Parnaíba, maior potentado piauiense do século XIX.
b) que teve como fator decisivo o crescimento econômico da Vila do Poty, principalmente no
que se refere à produção intensiva de gado para as indústrias de charque.
c) Que teve como objetivo principal transferir a sede do Governo Provincial para uma região
em que as atividades comerciais e a comunicação com o resto do Império fossem facilitadas.
d) Que provocou fortes descontentamentos, chegando mesmo a ocorrerem violentos levantes
armados para impedir a saída dos funcionários públicos instalados em Oeiras.
e) Que ocorreu logo em seguida aos conflitos da Balaiada, por o Governo Imperial entender que
a sede da Província do Piauí deveria estar mais próxima da movimentada cidade de Caxias,
no Maranhão.

Um dos objetivos de transferir a capital era buscar novas áreas com dinâmicas comerciais e
econômicas, e, facilitar a comunicação com o resto do Império.
Letra c.

020. Na época chamada república velha, o Piauí apresentou um significativo crescimento eco-
nômico, referido, principalmente, ao comércio de exportação, e que teve interessantes reflexos
no desenvolvimento piauiense, particularmente da cidade de Teresina. O produto exportável do
Piauí do tempo e que garantiu esse boom, era a(o):
a) Babaçu
b) Borracha de maniçoba

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c) Cera de carnaúba
d) Resina de jaborandi
e) Minério de ouro de Gilbués

Durante o século XX, na economia piauiense, surge uma nova produção para o desenvolvi-
mento da região: a exploração da borracha de maniçoba. Por 15 anos, a maniçoba foi o maior
produto de exportação do Piauí, sendo 62% das exportações no ano de 1910.
Letra b.

021. (PUC SP/2018) Observe a ilustração abaixo e assinale a alternativa CORRETA quanto ao
que está representado.

Fonte: https://www.farmlandgrab.org,
Acesso em 30/10/2017.

a) Área que vem sendo vista como a grande fronteira agrícola nacional, o Matopiba abrange o
bioma do Cerrado. Responde por meio do agronegócio a grande parte da produção brasileira
de pecuária de corte.
b) Região marcada pela tradicional agricultura de grãos tem, nos estados do Maranhão, Goiás,
Piauí e Bahia, as maiores produções de soja, algodão e milho. A sustentabilidade vem se tor-
nando outra marca desta produção.
c) Topografia plana, solos profundos e o clima favorável ao cultivo das principais culturas de
grãos e fibras viabilizaram o crescimento vertiginoso da região que, até o final da década de
1980, se baseava fortemente na pecuária extensiva.

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d) Área vista como potencial para o agronegócio, tendo como carro chefe a produção futura de
soja em todos os estados da região. Os produtores afirmam que o fácil manejo do solo facili-
tará o sucesso do empreendimento.

A região denominada como MATOPIBA (MAPITOBA), está em constante crescimento no que


se refere ao desenvolvimento de cultura de grãos, fibras e fruticultura irrigada.
Letra c.

022. (UEG/2018) Segundo a Empresa Brasileira de Agricultura e Pecuária (EMBRAPA), a região


denominada de MATOPIBA compreende cerca de 73 milhões de hectares distribuídos em 31
microrregiões e 337 municípios. Nela há mais de 300 mil estabelecimentos agrícolas, 46 uni-
dades de conservação, 35 terras indígenas e 781 assentamentos de reforma agrária e áreas
quilombolas, num total de cerca de 14 milhões de hectares de áreas legalmente atribuídas,
além de áreas de conservação ainda em regularização. Essa região denominada MATOPIBA
corresponde à:
a) área em que se registram os maiores conflitos entre trabalhadores sem terra e grandes lati-
fundiários em virtude da grilagem de terras.
b) região de industrialização recente decorrente do avanço da ferrovia norte-sul, o que permitiu
a instalação de uma zona de livre comércio.
c) região de avanço da extração ilegal de madeira para exportação vinculada ao financiamento
externo dos países importadores de madeira.
d) área de pobreza extrema localizada no norte e nordeste brasileiro, onde um terço da popula-
ção se encontra abaixo da linha de pobreza.
e) região da expansão recente da fronteira agrícola brasileira, localizada no encontro dos esta-
dos do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

É uma região de intenso crescimento agrícola entre os estados do Maranhão, Tocantins,


Piauí e Bahia.
Letra e.

023. (FAC. DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/2014) “Mapitoba” é o nome dado à mais recente fronteira
econômica do território brasileiro, formada por parte dos estados do Maranhão, Piauí, Tocan-
tins e Bahia. É correto afirmar que o principal “motor” do crescimento econômico dessa região
é a expansão da
a) indústria madeireira.
b) pecuária extensiva.
c) cultura da soja.
d) fruticultura irrigada.
e) mineração de diamantes.

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Cuidado, candidato(a): esse item, por mais simples que seja, apresenta uma grande pegadinha.
Você pode está se questionando: “Marco, a cultura da soja ou a fruticultura irrigada”? Preste
atenção no que a pergunta diz: “É correto afirmar que o principal “motor” do crescimento eco-
nômico...”, ou seja, aquele que se destaca. Logo, o item c é a resposta. Porém, lembre-se que a
região também tem um grande desenvolvimento de fruticultura irrigada.
Letra c.

024. (UFTM MG/2008) Leia o texto a seguir para responder a questão.


Há anos que o sr. Judson Barros vem conversando sobre a Bunge Alimentos em qualquer lu-
gar que vá e para qualquer pessoa que o escute. Ele é membro da Fundação Águas do Piauí
– FUNÁGUAS cujo objetivo definido em seus estatutos é a preservação do meio ambiente e
que vem desde 2003 enfrentando a Bunge e o governo do Estado do Piauí em diversas ações
movidas, por si mesma ou aliada aos Ministérios Públicos Federal e Estaduais, contra o licen-
ciamento ambiental da unidade de beneficiamento da unidade industrial da empresa, instalada
em Uruçuí, e o processo de desmatamento decorrente direta e indiretamente de sua operação.
(www.cebrac.org.br. Acessado em 15.10.2007. Adaptado.)
A partir dos conhecimentos sobre os processos recentes de ocupação dos domínios morfocli-
máticos brasileiros, pode-se concluir que o tema central do texto trata da
a) ocupação dos cerrados do Piauí pela cultura da soja, em razão da expansão da fronteira
agrícola do Centro-Oeste para o Nordeste.
b) construção de uma usina hidrelétrica no rio Parnaíba, para abastecer a fábrica da Bunge,
inundando uma grande área de campos naturais.
c) expansão da cultura da mamona sobre a caatinga, impulsionada pelo projeto de construção
de uma grande usina de biodiesel no Piauí.
d) entrada da cana-de-açúcar na Zona dos Cocais, no Piauí, cultura que poderá inviabilizar a
continuidade no extrativismo do babaçu e da carnaúba.
e) transformação da extração de mel no Piauí, que passa de artesanal, na forma de pequenas
manufaturas rurais, para a produção industrializada.

A resposta é referente a principal forma de degradação ambiental na região do Piauí: o avanço


da soja na fronteira agrícola com a região Centro-Oeste.
Letra a.

025. (PUC SP/2006) Leia com atenção:


“Um novo, desconhecido e próspero Nordeste, uma nova fronteira agrícola que se consolida
ano a ano com a produção de grãos no oeste da Bahia, sul do Maranhão e sudeste do Piauí. É

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esta a nova aposta da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) para tirar do papel o secular
projeto da Transnordestina. Com investimentos de R$ 4,5 bilhões em reforma ou ampliação de
1.860 quilômetros de trilhos, o governo federal planeja interligar as áreas produtoras de soja,
milho e algodão aos Portos de Suape, em Pernambuco, e de Pecém, no Ceará.”
(Jornal do Comércio. Nova fronteira agrícola aguarda a
Transnordestina. 14/05/2006).
Sobre essa nova realidade nordestina, é correto afirmar que
a) os grãos mais produzidos nessa área são o milho e o algodão, por serem lavouras que se
adaptam melhor ao cerrado do que a soja.
b) o progresso agrícola na região mencionada é uma demonstração da adaptação das lavou-
ras modernas às regiões de caatinga e à seca.
c) os investimentos na ferrovia serão bem-vindos, mas não precisarão ser muito grandes em
razão da proximidade das áreas de plantio em relação ao litoral.
d) no cerrado nordestino as chuvas são regulares, em especial nas chapadas; os terrenos são
planos e facilitam a mecanização das lavouras. Essas são virtudes importantes da área.
e) embora a ferrovia seja um bom investimento por garantir um acesso direto a portos maríti-
mos dos produtos agrícolas, a região já está bem assistida por rodovias federais.

Você deve estar se perguntando:

Essa questão apresenta o Nordeste? Como pode cair na minha prova?

Calma, meu(minha) futuro(a) policial! O contexto apresentado nessa questão é reconhecido ao


sul do Piauí, por isso esse item está aqui. Ele descreve a característica do Cerrado na região
nordestina, e, consequentemente, no Sul do Piauí.
Letra d.

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GABARITO
1. b
2. c
3. c
4. a
5. c
6. E
7. C
8. E
9. b
10. d
11. a
12. b
13. b
14. b
15. a
16. e
17. d
18. a
19. c
20. b
21. c
22. e
23. c
24. a
25. d

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fundação CEPRO – Piauí em números 10. ed. Teresina, 2013.

Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Piauí (Piauí 2050). Macrotendências de


investimento produtivo e em infraestrutura nos segmentos estratégicos Produto 2. Diagonal,
outubro de 2013.

Alves, Vicente Eudes Lemos. As bases históricas da formação territorial piauiense. Geosul,
Florianópolis, v. 18, n. 36, p 55-76, jul./dez. 2003.

Carta CEPRO, Teresina, Fundação CEPRO. 2019. Disponível em: <http://www.cepro.pi.gov.br/


download/201104/CEPRO06_aff9b5f5a6.pdf>. Acesso em: 07 de jun. 2021.

Disponível em: <http://www.emater.pi.gov.br/download/200812/EMATER01_02e42d437b.


pdf>. Acesso em: 06 de jun. 2021.

Disponível em: < file:///C:/Users/profc/Downloads/1266-3967-1-PB.pdf>. Acesso em: 07 de


jun. 2021.

Cleber Monteiro
Pós-graduado em Coordenação e Orientação Pedagógica. Professor do Colégio Militar Dom Pedro II (CM-
DPII) e de cursinhos preparatórios para PAS, Enem e concursos públicos (sistema EaD e presencial).

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