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Resumo
Considerando o crescimento da criação de avestruzes no Brasil, o presente trabalho tem
por objetivo discutir a cadeia produtiva da estrutiocultura, procurando apresentar um
panorama geral da atividade no Brasil. A questão que se estabelece é se a estrutiocultura
teria realmente condições de se estabelecer no campo do agronegócio brasileiro como mais
uma opção de pecuária rentável. A pesquisa foi desenvolvida a partir do levantamento de
dados primários e secundários. Devido à estrutiocultura ser uma atividade insipiente no
Brasil, e não haver dados em órgãos oficiais do governo os dados secundários foram
adquiridos nas instituições que visam à organização da estrutiocultura no país e na
literatura especializada. Em termos de resultados merece destaque a importância
institucional, no estabelecimento de regras mais claras, a organização para minimizar os
custos de produção, qualificação profissional, e as cooperativas como uma saída para
organizar e fortalecer os pequenos e médios criadores.
Palavras-chave: Plumas, Cadeia Produtiva, Avestruz, Produtos.
Abstract
Considering the growth of ostrich’s farmers in Brazil, this study aims to discuss the chain
productive of the ostrich culture. It presents an overview of the activity in Brazil. The
question is that the ostrich culture would have conditions to establish in the field of the
Brazil agribusiness as an income-producing cattle option. The research was developed
from the secondary and primary data-collecting. The fact that ostrich culture is an incipient
activity in Brazil, and because there was not any data available in the official agencies of
the government, the secondary data was acquired in the institutions that work on the
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organization of the ostrich culture in the country and specialized literature. In terms of
results it deserves prominence the importance of the institution to establish clear rules, the
organization to minimize the production costs, professional qualification, and the
cooperatives of farmer as a good option to organize and fortify small and the average
farmers.
Key Words: Pens, Chain Production, Ostrich, Products.
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 BASES CONCEITUAIS
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sistema ao longo do tempo. Este aspecto dinâmico é ressaltado pela importância assumida
pela tecnologia como agente indutor destas mudanças (ZYLBERSTAJN, 2000).
Os estudos desenvolvidos sob a ótica do CSA focalizam a seqüência de
transformações por que passam os produtos, modificando o escopo dos produtos quando
comparados aos estudos focalizados em setores da economia. Apesar de seguir uma lógica
de encadeamento de atividades semelhantes à utilizada por Goldberg, a analyse de filiéres
diferencia-se, pelo objetivo do estudo pretendido, no que tange, sobretudo, ao ponto de
partida da análise (ZYLBERSTAJN, 2000).
Durante a aplicação do conceito de CSA, Goldberg abandona o referencial teórico
da matriz insumo-produto para aplicar conceitos oriundos da economia industrial. Assim, o
paradigma clássico da economia industrial – Estrutura, Conduta e Desempenho – passam a
fornecer os principais critérios de análise (BATALHA, 2001).
Fatores
Legais
Mercado
Produção de
Institucion
Coordenaç
Mecanism
Fatores
matéria-prima 4
os de
ais
Fluxo Físico
Mercado
lógic
Agro - indústria
s de
tura
res
a-
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4 A ESTRUTIOCULTURA
O avestruz é uma ave do grupo das ratitas (aves que não voam), onívora, com nome
científico Struthio Camelus, é originária das savanas africanas, vivendo em zonas
semidesérticas. Medem de 2,0 m a 2,7 m de altura, pesam de 100 kg a 160 kg, chegam a
viver até aos 70 anos e possuem uma vida reprodutiva de 20 a 30 anos. As fêmeas depõem
de 40 a 60 ovos por ano.
O avestruz destaca-se por sua rusticidade e praticidade, não exigindo muito espaço
para a sua criação. Os plantéis significativos estão distribuídos pela África do Sul, Brasil,
Estados Unidos, Austrália, entre outros países. Sendo os principais atrativos desta ave a
alta lucratividade, resultado da alta valorização dos seus produtos, como a carne, couro e as
plumas.
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Pode-se observar na tabela 2, que o plantel brasileiro está em torno de 335 mil
avestruzes, ficando abaixo apenas da líder mundial, África do Sul. Entretanto, o país ainda
não exporta a carne de avestruz (tabela 3).
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necessita interromper a postura dos ovos para chocá-los e cuidar dos filhotes, além de
permitir uma maior taxa de eclosão (RODRIGUES, 2000).
Após o nascimento o pintainho permanece por 3 horas na chocadeira, passando
para o berçário climatizado a 36 graus, reduzindo a temperatura em grau dia até atingir a
temperatura ambiente. A partir do terceiro mês eles devem ser transferidos para o piquete
de recria, onde permanecem até completarem 12 a 14 meses (SOUZA, 2004).
Os piquetes devem ser longos e estreitos, por que os avestruzes precisam correr
para desenvolverem massa muscular. Machos e fêmeas podem ficar juntos em áreas de 200
m² por cabeça até 6 meses de idade. Entre 6 a 18 meses devem passar para 600 m² e acima
de 18 meses devem passar para 1000 m² (RODRIGUES, 2000). Segundo Carrer1,
podemos dividir a criação em duas fases. A primeira fase é caracterizada pela
comercialização de reprodutores, em que o valor agregado do animal é elevado,
inviabilizando o seu abate. Esta fase pode durar cerca de 10 anos. A segunda fase é
caracterizada pela comercialização dos animais para o consumo. Neste momento, o
número de cabeças disponíveis é elevado, o que reduz o seu valor de mercado como
reprodutores, viabilizando a sua exploração no abate (REVISTA SAFRA, 2004).
O agronegócio da Estrutiocultura é dividido, portanto, em dois segmentos: O da
Empresa Rural (figura 2) e o da Indústria (figura 3).
FAZENDA
18 MESES C
24 MESES O
REPRODUÇÃO
30 MESES M
36 MESES E
SELEÇÃO R
INCUBAÇÃO PINTINHOS DE 1 DIA C
I
3 MESES A
CRIA E RECRIA 6 MESES L
12 MESES I
Z
A
ENGORDA ABATEDOURO Ç
Ã
INDÚSTRIA
As plumas devem ser retiradas cuidadosamente para não danificar a pele do animal.
O desplume é feito manualmente, sendo uma das etapas mais demoradas do processamento
industrial. A esfola pode ser realizada de forma manual ou mecânica. O rendimento da
carcaça do avestruz é em torno de 30-35%, a desossa é realizada com uma serra mecânica,
e, após a evisceração é fundamental a limpeza da carcaça com água quente para evitar
qualquer tipo de contaminação. A toillete,2 requer aspectos biossanitários rígidos, uma vez
que carne de avestruz possui a característica de elevar rapidamente o pH pós morte. Com a
finalidade de se conseguir uma carne de alta qualidade nutritiva se efetua uma refrigeração
prévia da carcaça. Após o destelamento, os cortes são embalados em sacos plásticos, com o
cuidado de antes retirar todo o ar, os sacos com os cortes são colocados em uma
evacuadora que efetua a retirada dos gases, mantendo-os sob vácuo. Em seguida os sacos
são etiquetados e submetidos a um congelamento, posteriormente se armazena em câmara
frigorífica (MUNIZ, 2001).
INDÚSTRIA
2
Procedimento de separação e corte de músculos.
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verificar a seguir.
4.5.1 Plumas
As plumas de avestruz são usadas para a confecção de adorno para fantasias (as
mais longas e bonitas), as pequenas e estreitas utilizadas em espanadores domésticos e para
as indústrias eletrônicas e de computadores. As plumas impedem o acúmulo de eletricidade
antiestática, portanto, os espanadores feitos de plumas de avestruz deixam as superfícies
limpas por mais tempo (SOUZA, 2004).
Segundo a equipe de Estrutiocultura/FZEA-USP , as melhores plumas são obtidas
dos animais em idade de 3 a 12 anos, e, por não conterem óleo, evitam o acúmulo de
poeira. Uma ave adulta pode fornecer 1,3 a 1,5 kg de plumas, e seu valor varia de acordo
com a idade do animal, localização da pena no corpo do animal e cor, pois as penas
brancas longas e largas dos machos têm valor superior às demais. O animal deve ser
submetido a um manejo e alimentação adequados desde o nascimento até o período da
deplumagem para assegurar a qualidade das plumas.
De acordo com a Associação de Criadores de Avestruz do Brasil - ACAB (2005) o
preço das plumas brancas de melhor qualidade é de US$ 80,00 a US$ 90,00/kg para o
produtor, e, as de qualidade secundária, US$40,00/kg.
Segundo a equipe de Estrutiocultura/FZEA-USP, existem 200 tipos de classificação
de plumas, sendo as principais:
Brancas (da asa do macho);
Pretas (da asa do macho);
Ornamentais (da extremidade da asa);
Feminas (da asa da fêmea);
Pardas (da asa da fêmea);
Penugem (de baixo das asas);
Caudas (das caudas do macho e da fêmea).
O Brasil figura como o maior importador de plumas do mundo, sendo quase sua
totalidade proveniente da África do Sul. A produção de plumas, oriunda de plantéis
brasileiros, está longe de suprir a demanda do mercado interno. Mas algumas empresas
estabelecidas no Estado de São Paulo já trabalham com plumas nacionais. Um dos
entraves, além de pouca oferta, é a sua coleta e classificação, sendo este um trabalho que
exige conhecimento técnico e mão-de-obra especializada (CARRER, 2004).
4.5.2 Carne
A carne da avestruz caracteriza-se por possuir baixos teores de colesterol e
gorduras. Esta característica da carne se deve à distribuição das gorduras no organismo do
animal: estas se localizam em volta do estômago e sob a pele, propiciando cortes de carne
magra (AGROV, 2004).
Segundo pesquisas realizadas pelo Departamento de Nutrição da Faculdade de
Saúde Pública da USP, juntamente com a Avestro3, mostram que a carne é rica em ácidos
graxos essenciais como ômega 3, ômega 6 e ômega 9. Uma ave de idade de entre 10 a 14
meses pode fornecer de 35 a 45 kg de carne vermelha. As carnes das pernas e acima das
coxas são comercializadas como filés (nas coxas é onde têm a maior concentração de
carne). Os órgãos internos são utilizados para a produção de patês e farinha de carne, e a
carcaça é usada em rações animais (ACAB, 2005).
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A Avestro é uma empresa do Estado de São Paulo, que trabalha no ramo da Estrutiocultura.
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4.5.3 Couro
O couro de avestruz possui resistência, durabilidade, maciez e uma textura distinta,
formada pelos pequenos pontos deixados pelas plumas. A durabilidade é resultado de uma
oleosidade natural do couro. O couro pode ser tingido de diversas cores sendo muito
utilizado na confecção de tapetes, bolsas, carteiras, almofadas, cintos, sapatos e acessórios.
Marcas famosas como Gucci, Christian Dior e outras usam couro de avestruz. (AGROV,
2004).
O couro de todo o corpo da ave, exceto da cabeça, dedos dos pés e ponta das asas, é
aproveitado. Um animal com idade de abate (10 a 15 meses) poderá produzir 1,2 a 1,5 m²
de couro, que aceita bem várias colorações. No mercado internacional, o preço do couro de
avestruz, por metro quadrado, é cerca de 200 dólares para o produtor, a pele curtida é cerca
de 600 dólares, enquanto o valor do couro processado fica em torno de 3.000,00 dólares, o
que pode ser observado melhor na tabela 6. Os maiores importadores são Estados Unidos,
Inglaterra, Japão, Alemanha, Itália e França. No Brasil, o Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT) de Franca, no interior de São Paulo, dispõe de tecnologia para curtir as
peles de avestruz (REVISTA SAFRA, 2004).
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4.5.4 Óleo
O óleo extraído da gordura do avestruz possui capacidade de aumentar a
imunidade do organismo humano e propriedades antiinflamatórias. A indústria cosmética
se utiliza do óleo, que é extraído da gordura concentrada na região do peito e do abdômen,
como matéria-prima para a fabricação de cremes, óleos, loções e pomadas que previnem o
envelhecimento precoce da pele (SOUZA, 2004). Inglaterra e a Austrália se utilizam do
óleo para a confecção de cremes e loções para pele e lábios, óleos para massagem e
pomadas para torções e queimaduras. No Brasil, a empresa Avestro S/A comercializa os
produtos da linha STRAUSS, cosmético que tem por princípio ativo o óleo de avestruz e
atua combatendo o envelhecimento. Segundo Giovanni Costa, diretor presidente da
empresa Avestro S/A, fornecedor da banha de avestruz utilizada para a confecção dos
cosméticos, para cada 3 kg de banha que gera uma ave abatida, é extraído 1 litro de óleo.
4.5.5 Ovos
O mercado para os produtos do avestruz encontra um espaço alternativo para a
comercialização dos ovos inférteis, aproveitando-se as cascas espessas (cerca de 1,5-
3,0mm) para a confecção de artesanatos e o conteúdo para alimentação humana e indústria
alimentícia, desde que não tenham sido incubados. A composição nutricional é muito
semelhante ao ovo de galinha, possuindo teor de gordura mais baixo e maior relação de
aminoácidos essenciais, quando comparado; e o rendimento em volume de massa está
entre 24 a 28 ovos, dependendo dos pesos de ambos os tipos de ovos.
5 A ESTRUTIOCULTURA BRASILEIRA
desta forma, o abate dos rebanhos em vários estados brasileiros, em proteção à indústria
avícola nacional. Este evento provocou uma crise na estrutiocultura brasileira que se
iniciava. Após 1999 com a liberalização para a importação de ovos embrionados e pintos
novos, a estrutiocultura voltou a crescer (GOULART, 2002).
Com relação ao mercado dos produtos (carne, pele, plumas), pode-se afirmar que o
mesmo está em fase inicial. Atualmente, há apenas três produtores com marcas comerciais:
Aravestruz, que possuiu o primeiro e único frigorífico especializado em avestruz, situado
em Araçatuba; Avestro, que atua no mercado de carne de avestruz; e Benne Vita, todos
situados no Estado de São Paulo, abatem avestruzes regularmente; porém, o volume é
pequeno, em torno de 100 a 200 animais/mês, colocando esta carne em restaurantes
especializados e boutiques de carne; não obstante, o preço é elevado, sendo a carne de
avestruz vendida entre R$ 35,00 (carne menos nobre) e R$70,00/kg (carne nobre), o que
restringe muito o seu consumo.
A estrutiocultura é um investimento de longo prazo e a comercialização de carne
ainda é um pequeno nicho. Para iniciar um criatório de avestruzes, o investimento é de
aproximadamente R$ 20.000,00. No cálculo, entra as despesas com a compra de cinco
casais de filhotes - preço de mercado de cada filhote: R$ 800,00 -, instalação dos piquetes e
ração para os animais. Cada ave consome o equivalente a R$ 400,00 anualmente. Leva-se
em conta também que o rendimento por animal abatido é proporcionalmente baixo (30%
do peso vivo) se comparado com o rendimento de bovinos (em torno de 55%), e a
mortalidade na fase de cria (0-3 meses) está em torno de 30 a 100% (BORGES e
FRANCIS, 2003).
Entretanto, como pode-se verificar da tabela 7, este fato é compensado pela grande
produção anual de filhotes, enquanto uma vaca produz um bezerro por ano, que vai para o
abate com dois ou três anos, uma fêmea de avestruz produz em média 30 filhotes por ano,
fornecendo de 800 a 1200 kg de carne por fêmea/ano.
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140.000
125.000
120.000
85.800
100.000
80.000
60.000
40.000
23.000
10.000
8.000
8.000
8.000
7.995
7.500
20.000
7.000
6.950
6.000
5.500
5.500
5.000
3.000
3.000
3.000
2.000
2.000
1.500
1.000
500
100
40
40
0
Alagoas
Amazonas
Distrito Federal
Goiás
Minas Gerais
Mato Grosso
Bahia
Sergipe
Acre
Rio Grande do Sul
Piauí
Tocantins
São Paulo
Pernambuco
Maranhão
Espírito Santo
Ceará
Paraná
Santa Catarina
Paraíba
Rondônia
Pará
Roraima
Rio de Janeiro
O país ainda esta longe de atender a demanda mundial, que é de 600 mil avestruzes
por ano, mas, dados da ACAB mostram que o plantel nacional cresceu exponencialmente
desde 1996, quando contava com apenas 500 aves, e hoje conta com cerca de 335 mil
animais, ficando atrás apenas da África do Sul, o maior criador do mundo, com 600 mil
avestruzes (LAREDO, 2005).
O plantel nacional cresceu entre 2004 e 2005, aproximadamente 2,5 vezes em
relação à quantidade de criadores, o que conseqüentemente, aumenta a densidade média
das criações em 42%, como podemos observar na tabela 8.
(2005), o completo fechamento da cadeia produtiva do avestruz ocorrerá nos próximos 2-3
anos.
Segundo o diretor da Associação dos Empreendedores Paulistas da Estrutiocultura,
Mauro Branco, a demanda interna no Brasil gira em torno de 10 toneladas/mês. Este
montante vem crescendo sucessivamente. E também, a produção de embutidos como
mortadela, salame, lingüiça e hambúrguer. A carne vem ganhando espaços importantes em
diversos restaurantes de primeira linha na gastronomia nacional.
A criação de frigoríficos específicos para o abate de avestruz é um dos esforços dos
produtores que estão na fase industrial e comercial, já que, o abate é o ponto de partida
para todo o processo de formação dos produtos do avestruz. O atraso nos investimentos em
plantas frigoríficas gerou um crescimento exponencial do plantel, que tem gerado a
dificuldade na comercialização de filhotes e aves para abate.
Atualmente no Brasil, existem três frigoríficos habilitadas pelo Serviço de Inspeção
Federal (SIF) a abater avestruzes no Estado de São Paulo, sendo um exclusivo para
avestruzes e já autorizado a exportar. Goiás conta com um dos mais modernos frigoríficos
de avestruz do mundo, mas enfrenta problemas para sua operacionalização. O Ceará,
também conta com uma planta frigorífica que deve ser inaugurada em 2006. Segundo
informações do Ministério da Agricultura existem, cerca de vinte pedidos de autorização
junto ao SIF para adaptação de frigoríficos para abate de avestruzes em vários Estados da
federação, o que mostra que a cadeia produtiva está investindo para a industrialização
completa da estrutiocultura.
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10
9
9
5
4
4
3
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2
2
1 1
1
0 0
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1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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