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Santos - SP
2018
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES
Santos - SP
2018
Dedico à minha esposa Valdeci, minha filha Natália e meus pais Roque e Pedrina,
que sempre me apoiaram e auxiliaram, cada um do seu jeito, para a conclusão desse
importante ciclo em minha vida.
Dedicamos este trabalho de conclusão de curso às nossas famílias, professores,
amigos e todas as pessoas que direta ou indiretamente participaram da nossa formação
pessoal e acadêmica.
Agradecimentos
Agradeço à Deus por toda a capacidade que me dá, e também à minha família
por todo o suporte que sempre me deu, aos professores pelos ensinamentos e também à
Universidade Santa Cecília pela ótima estrutura que nos foi dada.
Agradeço à Deus, primeiramente, que me deu força para concluir esta etapa da
minha vida. Gostaria de agradecer às seguintes pessoas: minha família, minha mãe, meu
pai, meus irmãos. À todos os amigos que direta ou indiretamente participaram da minha
formação, o meu eterno agradecimento.
Agradeço à Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades, e
também permitir que eu tivesse uma segunda chance para realizar meu sonho de obter a
graduação em Educação Física. Também a Universidade Santa Cecília e ao ProUni que
permitiram meu retorno à faculdade.
Agradeço à minha família, minha namorada, amigos, professores, orientadores e
todos aqueles que me ajudaram a concluir a minha monografia. Sou grato à todos que
tiveram paciência nos momentos de tensão e empenho. Obrigado por fazerem parte da
minha vida.
Agradecemos ao nosso orientador Professor Ms. Marco Antônio Ferreira Alves pela
atenção e gentileza com que nos transmitiu seu conhecimento e ao Professor Ms. Marcos
Rafael Lozano por toda a ajuda para concluirmos nosso trabalho.
Para ganhar conhecimento, adicione coisas
todos os dias.
Para ganhar sabedoria, elimine coisas todos os
dias.
(Lao Tsé)
Resumo
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.1 Capacidade funcional da pessoa idosa . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.3 Hipótese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2 MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.1 Aplicação de questionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2 Instrumentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.3 Procedimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4 Delineamento e análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.1 Coordenadoria de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa . . . . . . 33
5.2 Seção de Esportes da Terceira Idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6 Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho mostra as atuais políticas públicas relacionadas com o esporte e lazer
dos idosos na cidade de Santos, bem como os programas desenvolvidos.
Porém, antes de abordarmos as políticas públicas para o esporte e lazer, é
necessário discorrer sobre algumas definições para podermos entender o que são políticas
públicas.
Vamos começar com política. Afinal, o que é política? Qual a sua origem?
Pelo Dicionário Michaelis (2004), política é a arte ou ciência de governar, con- junto
de princípios ou opiniões públicas.
Política teve origem na Grécia Antiga, quando Aristóteles começou a formular a
filosofia política grega e que serviu de referência para outros países.
A palavra política tem origem na palavra pólis (cidade estado).
Políticas públicas são ações governamentais dirigidas a resolver determinadas
necessidades públicas. Podem ser: sociais (saúde, assistência, habitação,
educação, emprego, renda e previdência). macroeconômicas (fiscal, monetária,
cambial, industrial) ou outras (cientîfica e tecnológica, cultural, agrícola, agrária).
Usualmente o ciclo das políticas públicas é concebido como o processo de
formulação, implementação, acompanhamento e avaliação. (GELINSKI; SEIBEL,
2008, p.228)
Segundo Souza (2006), em sua revisão da literatura sobre políticas públi- cas,
existem diversas definições, que variam de um autor para outro.
Para Mead (1995), é definida como um campo dentro do estudo da política que
analisa o governo à luz de grandes questões públicas.
Lynn (1980), define como um conjunto de ações do governo que irão produzir efeitos
específicos.
Peters (1986) segue o mesmo pensamento: política pública é a soma das atividades
dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam a vida
dos cidadãos.
Dye (1984) sintetiza a definição de política pública como “o que o governo escolhe
fazer ou não fazer”.
Apesar de optar por abordagens diferentes, segundo Souza (2006), as definições
de políticas públicas assumem uma perspectiva de que o todo é mais importante do que
a soma das partes, e que indivíduos, instituições (atores sociais), interações, ideologias
e interesses contam, mesmo que existam diferenças sobre a importância relativa destes
fatores.
Segundo Souza apud Frey (2000) as políticas públicas podem ser classificadas em
quatro tipos: Políticas distributivas - beneficiam um grande número de pessoas, em escala
relativamente pequena e com reduzido grau de conflito; Políticas redistributivas - impõem
restrições ou perdas a determinados grupos, tendo um elevado grau de conflito; Políticas
regulatórias - envolvem burocracia, grupos de interesse na definição das ordens, proibições
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O artigo 6º também destaca o lazer como direito “São direitos sociais a educação,
a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança [. . . ] na forma desta
Constituição ”[. . . ] (BRASIL, 1988, p.20).
Em 1991, foi criada a Secretaria de Desportos da Presidência da República, onde
foi priorizado uma nova legislação para o esporte de alto rendimento.
Em 1995, com a nova administração federal foi tentado mudar um pouco mais o
rumo das políticas públicas para o esporte e lazer, dando um aspecto mais abrangente e
social.
Instituir a Boa Governança; ação pública como fixação de regras do jogo estáveis
e universalistas; primado da pobreza absoluta sobre a desigualdade no debate
público que se tem por efeito esperado a focalização, seletividade e redefinição do
mix público-privado das políticas; restaurar as bases fiscais das políticas; políticas
compensatórias dos custos sociais da estabilização (MELO, 1998, p.12).
Apesar de não ser o foco desse trabalho, é importante até para facilitar a
compreensão das políticas públicas para o idoso, conhecer sobre a capacidade funcional
da pessoa idosa.
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1.2 Objetivo
1.3 Hipótese
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.2 Instrumentos
2.3 Procedimentos
3.1 Breve histórico sobre o início das políticas públicas para o idoso no Brasil
Antes mesmo do poder público colocar em prática políticas públicas para a pessoa
idosa, já havia uma entidade que foi pioneira na valorização e melhoria da qualidade de
vida dos idosos. O SESC - Serviço Social do Comércio, iniciou um trabalho na década de
60 em uma de suas filiais no estado de São Paulo, o SESC Carmo. Os idosos procuravam
atividades de lazer que ocupassem o tempo livre. Logo foi surgindo um programa específico
para os mesmos. Esse programa foi incorporado por outras unidades do SESC. Foram
criados grupos que desenvolviam diversas atividades interativas entre idosos, também entre
idosos e pessoas de outras faixas etárias.
Por seu trabalho social com idosos, o SESC foi convidado a participar de duas
Assembleias Mundiais sobre o Envelhecimento da ONU: em Viena, 1982 e em Madrid, 2002.
No Brasil, participou a partir de 2002 do Conselho Nacional de Direito do Idoso. Também
colaborou na formulação da Política Nacional do Idoso (1994) e do Estatuto do Idoso (2003).
Mas foi somente na década de 70, após a constatação de que a expectativa de vida
estava aumentando e consequentemente o número de idosos também aumentava, que o
poder público na esfera federal, começou a elaborar políticas públicas específicas para os
idosos. Até os anos 70 o trabalho realizado com os idosos se resumia ao aspecto caritativo,
desenvolvido por ordens religiosas e entidades leigas filantrópicas.
Segundo Rodrigues (2001), a implantação de uma política nacional para os idosos
é recente, iniciou em 1994. Antes houve alguns artigos do Código Civil (1916), do Código
Penal (1940) e Código Eleitoral (1965), além de alguns decretos e portarias.
Em 1976, foram realizados três seminários regionais (São Paulo, Belo Horizonte
e Fortaleza), e um nacional em Brasília, o que resultou em um documento: Políticas para
a 3ª Idade - Diretrizes Básicas. Foi considerado por Rodrigues, um marco nas políticas
públicas para o idoso. Um ano antes foi criado o primeiro grupo de convivência para idosos
nas dependências do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), esses grupos, que
tiveram algumas alterações ao longo do tempo e mais tarde passaram a ser chamados de
Centros de Convivências (CECON) serão abordados em uma seção específica.
O Ministério da Saúde criou o Programa Saúde do Idoso na década de 80 que visava
promoção da saúde e estímulos de auto-cuidado. Em 1987 é lançado o Projeto Viva Bem a
Idade que Você Tem, tratava-se de um pequeno jornal que abordava diversos aspectos do
envelhecimento. Apesar de sua curta duração (1987/1990) foi muito útil. Em 1989, o M.S.
lançou as normas para funcionamento de instituições geriátricas, que tinha o objetivo de
padronizar e manter um nível mínimo de qualidade entre as mesmas.
Também na década de 80, foi criado um programa semanal pela Fundação Roquete
Pinto através da TV Educativa, chamado Realidade que abordava aspectos jurídicos, de
saúde, cultura e lazer para os idosos.
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Segundo a Lei Federal 8842/94 sancionada pelo Presidente Itamar Franco, foi
regulamentado a criação do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, sendo definido
a finalidade: “assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover
sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade“ e também estabelecido
principios e diretrizes para que fosse alcançada essa finalidade.
Posteriormente, ele foi denominado como Conselho Nacional dos Direitos da
Pessoa Idosa. Orgão superior de natureza e deliberação colegiada, permanente, paritário e
deliberativo, integrante da estrutura regimental do Ministério dos Direitos Humanos, cabe a
ele elaborar as diretrizes para a formulação e implementação da Política Nacional da
Pessoa Idosa.
Apesar de estar prevista a sua criação na Lei Federal 8842/94, o mesmo só foi
efetivamente criado em 13 de maio de 2002.
Mais um avanço no processo ocorreu através da Lei Federal 10741/03 que dispôs
sobre o Estatuto do Idoso.
O CNDI teve ainda um papel fundamental na articulação do Compromisso Nacional
para o Envelhecimento Ativo, em 2013. Coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos,
o Compromisso foi implementado a partir de ações de 17 ministérios, além de Estados,
Distrito Federal e Municípios para a valorização, promoção e defesa dos direitos das pessoas
idosas. As ações implementadas no âmbito do Compromisso são desenvolvidas a partir
de três diretrizes: 1) emancipação e protagonismo; 2) promoção e defesa de direitos; e 3)
informação e formação.
O objetivo é reverter o quadro de violações de direitos e assegurar os direitos
das pessoas idosas. Dados do Disque Direitos Humanos mostram que em 2017 foram
registradas 33.133 denúncias de violação dos direitos das pessoas idosas - em 2012,
houve 23.548 registros. Os tipos de violações mais recorrentes são negligência, violência
psicológica, abuso financeiro e violência física.
Atua na fiscalização das instituições que oferecem serviços para a pessoa idosa;
atende a população na orientação das demandas recebidas.
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Mistura de danças e ritmos variados que une uma parcela de alunos da terceira idade
com outra parcela de deficientes intelectuais adultos, promovendo interação e sociabilização
para ambas as partes.
Fundada em 1999 pelos irmãos Rui e Marcos de Rosis, realizando um antigo desejo
de seu pai Oswaldo de Rosis de criar uma instituição beneficente. Possui uma piscina de 25
metros, quadra poliesportiva, campo de futebol e espaço para atividades físicas e eventos
diversos. A prefeitura de Santos firmou convênio com a entidade disponibilizando
educadores físicos lotados na Secretaria Municipal de Esportes para atendimento à
população em suas instalações. Oferece aos munícipes: Dança de Salão, Dança do Ventre,
Zumba, Pilates, Capoeira, Judô, Caratê, Jiu Jitsu, Basquete, Futsal, Futebol Society,
Natação Adulta e Infantil. Em outubro de 2018, a entidade firmou convênio com a Unip
(Universidade Paulista) para oferecer Avaliação Física e Fisioterapia para a população.
Oferece 20 modalidades, como por exemplo vôlei, handebol, futsal, caratê, judô,
pilates, alongamento, boxe, natação, hidroginástica, ginástica artística, dança, yoga, entre
outras, são 3 mil atendidos.
Maior praça esportiva da cidade, atende mensalmente cerca de 4 mil pessoas nas
escolas de esportes e quase 5 mil nas demais atividades. Tem três quadras poliesportivas
cobertas, duas piscinas, pista de cooper, ginásio poliesportivo com arquibancada para 1.500
pessoas, sala multiuso, sala de lutas e academia de musculação.
Inaugurado em 2010, ocupa uma área de 11 mil metros quadrados e área construída
de 5 mil metros quadrados. Possui ginásio multiuso com capacidade para 5 mil pessoas,
sendo duas arquibancadas retráteis, que retiradas dão lugar a um palco com 370 metros
quadrados. Além das competições e eventos diversos realizados nesse local, oferece as
seguintes atividades para a comunidade: Pilates Solo, Condicionamento Físico, Caratê, Tai
Chi Chuan, Yoga, Muay Thai, Judô, Lambaeróbica, Dança do Ventre, Zumba, Dança de
Salão, Dança Circular e Ginástica Rítmica.
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Inaugurada em 30 de junho de 2018 na Praça Rui Ribeiro Couto s/nº, está situada em
um dos bairros com maior vulnerabilidade social da cidade e representa um antigo anseio
dos moradores daquela região em ter um equipamento recrea- tivo, esportivo e cultural.
O prédio possui quatro pavimentos (térreo e mais três andares) acessíveis por escada e
elevador. Em seus mais de 1,6 mil metros quadrados, conta com ginásio poliesportivo para
futsal, vôlei, basquete e handebol; brinquedoteca; academia para musculação; espaços
para ginástica e balé, além de cursos de qualificação profissional. Possui uma cozinha
industrial que oferece aulas de panificação e confeitaria, além de salão de eventos e cinema.
Também possui uma academia ao ar livre.
Esse projeto foi criado há 36 anos e teve vários ajustes ao longo do tempo.
Atualmente tem capacidade para atender 840 alunos. Não há restrição de idade para
participar, mas a grande maioria dos alunos é composta por idosos. As aulas acontecem
nos Postos de Salvamento 2, 3, 4, 5 e 6, além do Parque Roberto Mário Santini.
Para facilitar a rotina dos alunos e atrair mais praticantes, o programa foi reformulado
em 2017. Os usuários contam com carteirinha que permite fazer as aulas de ginástica em
qualquer um dos pontos disponíveis e em horário diferente do especificado na matrícula.
idade. Uma tendência que aumentou em 2017 foi unir centros de convivência para idosos
com os centros de convivência para crianças. Com brincadeiras e atividades interativas o
retorno foi muito positivo para ambas as partes.
Atividades físicas para grupo de pessoas com hipertensão e diabetes, sendo que
boa parte é composta por idosos. Acontecem nas próprias unidades de saúde ou em
espaços comunitários próximos. Santos possui dez centros comunitários.
São rodas de conversa entre pessoas da comunidade, entre elas há uma boa parcela
de idosos, e facilitadores (profissionais da saúde) realizadas nas Unidades de Saúde com o
objetivo de partilhar sentimentos que causam sofrimentos.
5 Resultados
6 Considerações finais
REFERÊNCIAS