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PSICOLOGIA

Atendimento Destinado à Garantia


dos Direitos da População em
Situação de Vulnerabilidade Social
– Parte I

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
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CÓDIGO:
230302459057

ARIETE BITTENCOURT PINTO

Graduação em Psicologia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc


– Joaçaba (1999) e Mestrado em Ciências da Saúde Humana pela Universidade do
Contestado – Campus Concórdia (2005). É docente na Universidade do Contestado
– UnC (há 18 anos). Coordenadora do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso
de Psicologia e Coordenadora do Núcleo de Serviços em Psicologia (Clínica Escola).
Anualmente é membro de bancas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso
de Psicologia. É professora-orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso I e II do
Curso de Psicologia. Professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado
Obrigatório de Psicologia Clínica e da Saúde I e II; e professora-orientadora de Estágio
Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Escolar I e II. É psicóloga clínica
e psicóloga credenciada pela Polícia Federal para Avaliação Psicológica para Arma
de Fogo. Foi Coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade do Contestado
(UnC) – Concórdia. Foi docente na Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc
(2010 a 2016). Docente na graduação e na pós-graduação. Membro do Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade do Contestado. Editora assistente da Revista
Interdisciplinar: Saúde e Meio Ambiente da Universidade do Contestado. Parecerista
no I Congresso Catarinense de Psicologia: Ciência e Profissão (2015).

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Psicologia
Atendimento Destinado à Garantia dos Direitos da População em
Situação de Vulnerabilidade Social – Parte I
Ariete Bittencourt Pinto

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Atendimento Destinado à Garantia dos Direitos da População em Situação de
Vulnerabilidade Social – Parte I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Homossexualidade não é Doença. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3. Desejo Homoafetivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4. Violência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
5. História sobre o Dia do Orgulho Gay . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
6. Resolução n. 01/1991. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
7. A Resolução n. 01/1999 como Marco Zero das Políticas de Diversidade Sexual
e de Gênero do CFP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
8. Teorias de Gênero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
8.1. Perspectivas Biológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
8.2. Psicanálise e Antropologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
8.3. J. W. Scott e as Teorizações Modernas sobre Gênero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
8.4. Pós-Modernidade de Gênero: Butler e as Queer Theories. . . . . . . . . . . . . . . . 18
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

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Situação de Vulnerabilidade Social – Parte I
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APRESENTAÇÃO
Olá!
É uma satisfação fazer parte da sua preparação profissional. Na aula de hoje estudaremos
os questão LGBTI e as Teorias de Gênero. A aula foi elaborada visando explanar aspectos
que permitem compreender de forma detalhada o conteúdo. Em caso de dúvidas, estarei
à disposição.
Ótimo estudo!
Prof. Ariete

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Situação de Vulnerabilidade Social – Parte I
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ATENDIMENTO DESTINADO À GARANTIA DOS


DIREITOS DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE
VULNERABILIDADE SOCIAL – PARTE I

1. HISTÓRICO

Em vigor há 18 anos, a Resolução n. 01/1999 veta que as (os) profissionais da Psicologia


exerçam qualquer atividade que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas
homoeróticas. Proíbe, ainda, adotarem ação coercitiva que busque orientar homossexuais
para tratamentos não solicitados. A norma impede, portanto, a prática de terapias na linha
da “cura gay”. “Antes de 1999, havia psicólogas (os) que, desrespeitando os parâmetros
da ciência, tratavam os LGBTI como doentes. Infelizmente alguns ainda insistem nesta
prática. A Resolução do CFP foi um marco e nós temos que nos empenhar em defendê-la e
aprimorá-la”, afirma Toni Reis, diretor executivo do grupo Dignidade e da Aliança Nacional
LGBTI (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2023).
Ao publicar a Resolução n. 01/1999 e defender a despatologização das identidades
trans, a entidade e a categoria buscam impedir e frear a construção de preconceitos, de
marginalização e inferiorização da população LGBT. “O Sistema Conselhos de Psicologia tem
o papel de se posicionar em defesa da dignidade, da cidadania e do acesso da população
LGBT a direitos e às políticas públicas”, resume.
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Vale dizer que a Psicologia está profundamente ligada a essa bandeira portanto, a
Resolução CFP n. 01/1999 foi construída depois de seminários e debates com a categoria
LGBT. “É uma bandeira histórica da Psicologia. Muito importante no cenário brasileiro atual
de intolerância e cultura de ódio e desrespeito às diferenças” (CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA, 2023).

2. HOMOSSEXUALIDADE NÃO É DOENÇA

Desde 1973, a homossexualidade não é classificada como perversão ou distúrbio pela


Associação Americana de Psiquiatria. Em 1975, a Associação Americana de Psicologia aprovou
uma resolução que dava apoio a essa decisão e retirou, do Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais (DSM), a homossexualidade do rol de transtornos psicológicos
(CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2023).
No Brasil, em 1985, o Conselho Federal de Medicina retirou da lista de transtornos a
classificação “homossexualismo”. A Organização Mundial de Saúde (OMS) excluiu, em 1991,
a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
relacionados com a Saúde (CID 10). “A primeira grande vitória foi a despatologização
da homossexualidade. A segunda foi o crescimento do movimento LGBTI, de apenas 15
organizações, nos anos 1990, para cerca de 400 em todo o Brasil” (CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA, 2023).

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3. DESEJO HOMOAFETIVO

Conforme Art. 2º da Resolução CFP n. 01/1999: “os psicólogos deverão contribuir,


com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de
discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou
práticas homoeróticas”. (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2023).
Desse modo, cabe ao profissional acolher a demanda trazida ao consultório, livre de
pré-concepções ideológicas e estigmatizantes. Deve considerar que a conduta e o desejo
homoafetivo não são patológicos, mas sim manifestações comuns e universais da sexualidade
humana em sua diversidade.

4. VIOLÊNCIA

A cada 25 horas, um LGBT é barbaramente assassinado vítima da “LGBTfobia” no Brasil.


Em 2016, foram 343 mortes.

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O índice faz do Brasil o campeão mundial de crimes contra as minorias sexuais. “Matam-
se mais homossexuais aqui do que nos 13 países do Oriente e África onde há pena de morte
contra os LGBT”, diz o relatório de 2016 do Grupo Gay da Bahia.
Os dados da violência são assustadores e o Brasil precisa mais do que uma campanha
de combate à violência e uma lei que criminalize a LGBTfobia. É necessária uma medida
extrema para combater os altos números de assassinatos de travestis e transexuais.
Os dados da pesquisa feita pelo Grupo Gay da Bahia mostram o predomínio das mortes
de LGBT entre 19 e 30 anos (32%). Dos LGBT assassinados, 64% eram brancos e 36% negros.
Entre travestis e transexuais – a maioria profissionais do sexo e de camadas sociais mais
pobres –, 60% eram brancas e 40% pardas. O índice entre os negros foi de 9%. Dentre as
profissões, foram identificadas 73 ocupações, com predominância de professores (17%) e
estudantes (16%), seguidos, em menor número, por comerciantes, padres, empresários e
enfermeiros. Diminuiu significativamente, em 2016, o número de mortes de profissionais do
sexo e cabeleireiros, categorias mais vulneráveis em anos anteriores (GRUPO GAY DA BAHIA).

5. HISTÓRIA SOBRE O DIA DO ORGULHO GAY


O Dia do Orgulho Gay, celebrado mundialmente em 28 de junho, relembra a reação de
pessoas LGBT que frequentavam a bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, no ano de 1969,
a uma série de batidas que os policiais faziam no bar com frequência. Até hoje, o local é
frequentado por gays, lésbicas e transgênero.
O protesto com a perseguição da polícia às pessoas LGBT durou mais duas noites, em
1970, resultou na organização, em 1º de julho, da 1º Parada do Orgulho LGBT. Atualmente,
as Paradas do Orgulho LGBT ocorrem em quase todos os países do mundo e em muitas
cidades do Brasil.

6. RESOLUÇÃO N. 01/1991
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais,
CONSIDERANDO que o psicólogo é um profissional da saúde;
CONSIDERANDO que na prática profissional, independentemente da área em que esteja
atuando, o psicólogo é freqüentemente interpelado por questões ligadas à sexualidade;
CONSIDERANDO que a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade
do sujeito, a qual deve ser compreendida na sua totalidade;
CONSIDERANDO que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem
perversão;
CONSIDERANDO que há, na sociedade, uma inquietação em torno de práticas sexuais
desviantes da norma estabelecida sócio-culturalmente;

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CONSIDERANDO que a Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o
esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos
e discriminações;
RESOLVE:
Art. 1º Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão notadamente
aqueles que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da
humanidade.
Art. 2º Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão
sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra
aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas.
Art. 3º os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de
comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a
orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.

Art. 4º Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos


públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais
existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.

7. A RESOLUÇÃO N. 01/1999 COMO MARCO ZERO DAS


POLÍTICAS DE DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO DO CFP

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Logicamente, quando chamamos tal Resolução de “marco zero” das políticas de diversidade
sexual do Conselho Federal de Psicologia (CFP), não estamos dizendo que não existiam
iniciativas isoladas, debates ou sinalizações de grupos e gestões anteriores em defesa da luta
por direitos sexuais. No entanto, podemos afirmar que a Resolução no 01/99 foi a primeira
ação efetiva do CFP em torno desta temática, legitimando a ampliação da cidadania para
homossexuais e o combate à discriminação. Tal medida, certamente, provocou profundas
modificações nas relações do Sistema de Conselhos com as demandas levantadas por
grupos de afirmação de direitos sexuais.
Como relatado em diversas fontes (Kahhale, 2011; Sposito, 2012; CFP, 2019), a Resolução
no 01, de 22 de março de 1999, foi criada como uma forma de impedir a contínua patologização
da homossexualidade por profissionais da Psicologia, que utilizavam de crenças religiosas
para promover o tratamento e a “cura” de homossexuais. Como um pontapé inicial para
a criação desta Resolução, destacamos o protagonismo do Grupo Gay da Bahia (GGB) que
denunciou, por meio de Luiz Mott, as discussões e proposições presentes no III Encontro
Cristão sobre Homossexualidade – realizado em 1998, com a colaboração do Corpo de
Psicólogos e Psiquiatras Cristãos. A partir de tais denúncias, foi cobrada uma ação do CFP
contra a estigmatização e patologização da homossexualidade, frequentemente legitimadas
por psicólogas/os filiadas/os ao Sistema de Conselhos.
As denúncias do GGB ocorreram logo após a instituição da Comissão Nacional de Direitos
Humanos do CFP (Resolução no 11/98) e, pouco tempo depois, um grupo de trabalho foi
criado com a finalidade de elaborar medidas e ações referentes à questão. A partir das
discussões realizadas por este grupo, foi apresentada uma proposta de resolução que visava
regulamentar o exercício da profissão. Desse modo, após aprovação inicial na Assembleia
de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) – reunião deliberativa do Sistema
de Conselhos de Psicologia – o texto foi apreciado no plenário do CFP e aprovado como
Resolução no 01/99.
Compreendemos ainda que esta Resolução também teve um forte impacto simbólico
sobre a Psicologia – inaugurando uma trajetória de políticas de afirmação da diversidade
sexual no âmbito das gestões do CFP – e sobre a sociedade brasileira como um todo, atuando
enquanto um dispositivo de mobilização do debate público. Já em 2001, a Resolução seria
reconhecida internacionalmente no International Meeting on Lesbian, Gay and Bisexual
Concerns in Psychology, organizado pela APA, nos Estados Unidos. Como um dos resultados
desse evento, em 2005, tivemos a criação da International Network for LGBTI Issues (IPsyNet),
rede a qual o CFP se associou como representação oficial brasileira.
Nos anos seguintes, a temática da diversidade sexual ganhou destaque nas políticas
do CFP, sendo logo acrescentada a questão das identidades de gênero e as demandas dos
movimentos de travestis e transexuais, em confluência com a emergente política LGBT dos

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anos 2000 que passou a influir sobre as agendas governamentais e o campo das políticas
públicas. Em certa medida, a agenda de afirmação da diversidade sexual e de gênero do
CFP se desenvolveu em confluência com a agenda LGBT promovida no âmbito do Governo
Federal que, após o Programa Brasil Sem Homofobia (2004), iniciou uma série de ações e
programas de ampliação das políticas públicas de cidadania LGBT (ARAGUSUKU, & LOPES,
2016; IRINEU, 2014; MELLO, BRITO, & MAROJA, 2012).
Neste sentido, desde a publicação da Resolução no 01/99 aos dias atuais, tivemos uma
série de ações e políticas promovidas pelo CFP a partir do amplo respaldo do Sistema de
Conselhos – ações como campanhas, publicações, novas resoluções, organizações de eventos,
entre outras. Dentre as mais importantes, podemos destacar:

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Neste período, o CFP e os Conselhos Regionais atuaram em um intenso diálogo com as


demandas dos movimentos LGBT, se inserindo em uma ampla rede de grupos da sociedade
civil e atores vinculados ao poder público na afirmação da diversidade sexual e de gênero.

8. TEORIAS DE GÊNERO

Obs.: Visando conhecer as Teorias de Gênero, apresentaremos as principais: perspectivas


biológicas, psicanalíticas e antropológicas, modernas e pós-modernas.

8.1. PERSPECTIVAS BIOLÓGICAS


A compreensão do conceito gênero está composta por uma variedade de proposições
de cunho filosófico, religioso e principalmente científico, mas que podem ser apresentadas
em conjunto devido a suas similaridades. Tais perspectivas foram difundidas desde o século
XVI no Ocidente pelo catolicismo e aprimoradas no século XIX por específicas correntes
científicas (principalmente pela neurobiologia, neuropsicologia, sociologia genética e
darwinismo social) que delegam aos aspectos biológicos inatos a primazia pelas definições
das características psicológicas e subjetivas dos indivíduos.

Obs.: Assim, os corpos dos homens e mulheres, por serem natural, biológica e
anatomicamente diferentes, resultam em características psicológicas, sociais e
comportamentais diferenciadas.

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A diferença biológica dos sexos definiria rígidos papéis de gênero e de vivência da


sexualidade. Tal proposição, explanada por Citellli (2001) e Parisotto (2003), denominada
essencialismo biológico e que muito influenciou a Psicologia Evolutiva, seria justificada da
seguinte maneira: os machos/homens, por possuírem biologicamente mais massa muscular
que as mulheres, seriam os principais responsáveis pela caça e pelo sustento do lar; e das
suas características físicas decorreriam características psicológicas, como maior capacidade
de organização grupal (necessária para a caça, e depois para a ocupação do espaço público)
e de dominação das fêmeas.
Já as fêmeas/mulheres, possuidoras de características físicas específicas (menos fortes
fisicamente do que os homens e responsáveis pela gestação biológica dos descendentes
durante um extenso período de tempo), também teriam específicas características
psicológicas, tais como a predisposição para o cuidado da prole e do parceiro que as sustenta.
Em suma, as mulheres seriam mães por excelência, portadoras de um instinto materno,
e os homens seriam viris, proativos por natureza, devendo sustentar o lar. Exemplos atuais
dessa proposição que incorrem em práticas de socialização diferencial de homens e mulheres
são múltiplos, podendo ser citadas suas repercussões na atenção primária à saúde (por
exemplo, na feminilização da atenção e dos cuidados em saúde e no consequente sentimento
de não pertencimento masculino aos serviços e dispositivos de saúde, o que dificulta as
práticas preventivas e incorre em adoecimentos diversos.
O imperativo reprodutivo impõe um modelo de relação de e entre os indivíduos no qual
coexistiriam harmoniosamente dois sexos e dois gêneros. Corbin (1987), num excelente
estudo histórico, destaca que essa concepção assumiu diversas formas e teve diversos
divulgadores, sendo um dos seus principais defensores a Igreja Católica por meio do discurso
moralizante. Isso serviria para estruturar e assegurar tanto a reprodução biológica quanto
a reprodução (simbólica) dos papéis sociais e sexuais no seio da família formada pelo
casamento.
Contudo, não só a Igreja enalteceu e difundiu esses padrões de conduta social e sexual.
O discurso médico dos séculos XVIII e XIX apropriou-se desses argumentos (relativos ao
sexo, gênero e sexualidade) revestindo-os de um caráter científico, sendo que o principal
eixo argumentativo utilizado foi a teoria darwiniana aplicada ao espaço social. O darwinismo
social, segundo Parisotto (2003), pode ser resumido ao seguinte: os mecanismos descritos
por Charles Darwin seriam válidos para todos os animais, incluindo os humanos e, assim,
a seleção natural e a seleção sexual determinam que a escolha dos parceiros sexuais está
ordenada pela otimização da transmissão das características biológicas visando garantir
a melhor descendência.

Obs.: Em linhas gerais, nessa perspectiva, a sexualidade seria uma extensão da natureza
biológica (anatômica) que garante (pela complementaridade) a perpetuação da espécie.

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É importante destacar que, nesse conjunto de perspectivas, a definição e as relações entre


os gêneros estão calcadas num rígido binarismo (macho/homem; fêmea/mulher), enfatizando
que as características sociais, psicológicas e subjetivas decorrem de características biológicas/
evolutivas, cujas exceções ou desvios só podem ser compreendidos como corrupções do
corpo e da moral ou como doenças.
Bom exemplo disto pode ser representado pela cirurgia de redesignação sexual de
transexuais que compreende, na maioria dos casos, a necessidade de alterações cirúrgicas
anatômicas drásticas como maneiras de garantir a unidade entre mente/corpo (em outros
termos: da subjetividade biologia), como pressuposição da manutenção da saúde mental
e da adequação social.

Obs.: A força destes argumentos ainda é tão evidente na atualidade e nas ciências
humanas, que até mesmo em algumas teorias que se propuseram a discutir e
oferecer alternativas para a aparente e consolidada adequação entre sexo, gênero
e sexualidade (tal como a psicanálise e a antropologia), permaneceu a ideia do
binarismo, ou seja, de uma relação complementar e necessária entre os gêneros.

8.2. PSICANÁLISE E ANTROPOLOGIA


Apesar das inúmeras elucidações e avanços das teorias psicanalíticas e antropológicas
acerca das consequências sociais, culturais e subjetivas/psicológicas das diversas mudanças
sociais referentes à sexualidade, algumas dessas proposições ainda consideram que a

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estrutura sócio-simbólica que organiza as relações sociais e as de gênero não foi abalada.
Ou seja, permanece a interdependência e complementaridade entre homens e mulheres.
Para Arán (2003), algumas das principais vertentes das teorias psicanalíticas e
antropológicas enfatizam os binarismos (macho/fêmea, homem/ mulher, heterossexual/
homossexual) e seus efeitos:

Obs.: dominação masculina organizando a sociedade e a subjetividade contemporânea.


Freud (2014a; 2014b) e Lacan (1998a) são taxativos ao afirmarem que as crianças, sejam
elas meninos ou meninas, constroem suas identidades de gênero consideradas normais
por meio do jogo de identificações com os pais, sendo o pênis/falo o elemento simbólico
central que orienta essas identificações. De maneira resumida, em determinada fase do
desenvolvimento psicossexual, os meninos (por possuírem pênis) se identificam amorosa e
eroticamente com a figura materna (por naturalmente desejá-la por ser mulher) e rivalizam
com a figura paterna (por disputar a mãe consigo e repudiar as inclinações homossexuais),
o que os direciona para uma postura heterossexual masculina típica (amor e inclinação
sexual pelas mulheres; rivalidade e rechaço sexual pelos homens).

Por sua vez, as meninas se identificam amorosamente com o pai (portador do pênis
e, portanto, passível de ser desejado pelas mulheres, além de poder fornecer no futuro a
complementaridade que as mulheres tanto desejam: um filho) e com a mãe (que captou
o desejo do pai mesmo, sendo incompleta, pois também lhe falta o pênis/falo) ao mesmo

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tempo em que rivalizam com a mãe (que detém os interesses do pai), inclinando-se, portanto,
ao amor pelos homens e desinteresse sexual pelas mulheres.
Esse seria o encaminhamento considerado normal do Complexo de Édipo e qualquer
alteração nesta sistemática (ou seja, meninos amando homens e repudiando mulheres e/
ou meninas repudiando homens e amando mulheres) é considerada desencaminhamento
(perversão) do desenvolvimento pulsional e anímico.
Em suma, tanto Freud como Lacan partem do pressuposto de que o pênis/falo é a norma
orientadora da vida psíquica e que os homens, por possuírem pênis, possuiriam certas
vantagens sobre as mulheres (invejosas do pênis e necessitadas de se ligarem a alguém
que o possua) e que as identificações, para serem normais e salutares, devem seguir um
padrão complementar calcado na heterossexualidade.
Assim, o binarismo sexual entre machos e fêmeas permanece, pois um só pode ser
compreendido a partir e em relação ao outro.

8.3. J. W. SCOTT E AS TEORIZAÇÕES MODERNAS SOBRE GÊNERO

Uma das primeiras e mais emblemáticas teorizações sobre o conceito de gênero e


sexualidade foi proposta por Joan Wallach Scott na década de 80 e pretendia organizar
(relatando quais seriam as principais correntes teóricas) e propor uma nova definição para
o conceito gênero. Influenciada por diversificadas vertentes do movimento feminista, pelo

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desconstrucionismo de Derrida e principalmente pelos estudos sobre poder de Foucault,


Scott (1988) define gênero como:

• o conjunto dos sentidos dinâmicos (não biologicamente determinados) construídos


nas relações de poder que sustentam as relações entre homens e mulheres.
Para melhor compreender as proposições de Scott, é importante apresentar seus argumentos,
pois eles auxiliam a entender por que essa teoria não rompe totalmente com o binarismo e
com o essencialismo biológico. Assim, sexo refere-se ao material biológico dos humanos que
os diferenciam entre homens e mulheres em todo e qualquer momento da história;

Obs.: sexo, portanto, é a diferença sexual natural, fato biológico. Mas, ao contrário do
essencialismo biológico, não haveria relações e decorrências diretas (ou naturalmente
organizadas) entre as características biológicas e as psicológicas dos homens e das
mulheres.
Para Scott (1988), a história e os agrupamentos humanos, por meio da cultura e da
socialização, organizam de múltiplas maneiras as relações sociais e, assim, o gênero não
seria a diferença sexual, mas sim as representações e as relações (de poder) produzidas a
partir da constatável diferença sexual e, portanto, passíveis de alteração. Em suma, apesar
de constatável na realidade, não é a diferença sexual por si só que organiza as relações
entre homens e mulheres, mas sim são as relações de poder que definem como os sexos
devem manter suas interações.
Para Scott, em todas as culturas há diferenças sexuais e de sexos, mas delas podem
decorrer características psicológicas e sociais diferentes na história e mesmo entre os
diversos estratos e grupos sociais num mesmo momento histórico. Em suma, mesmo que
o binarismo (de sexo) continue, o essencialismo biológico de gênero é rompido.
Gênero, portanto, é uma categoria analítica macro (os símbolos culturais que regulam
as relações humanas) e microssociológica (a internalização e identificação por parte do
sujeito da diferença sexual). Além desta, há outras contribuições de Scott: ela foi uma das
primeiras autoras a organizar e distinguir as principais (e diversas) perspectivas teóricas
dos gender studies, que se dividiam entre teorias descritivas (que não atribuem causas
à diferença sexual e às práticas de poder diferenciais, somente relatando seus efeitos) e
teorias causais (que atribuem causas à diferença sexual e às práticas diferenciais de poder).
Dentre as teorias descritivas, a que mais se destaca é a teoria do funcionalismo estrutural
de Talcott Parsons. E são três as principais teorias causais:

• a teoria do patriarcado, o marxismo e as teorias psicanalíticas.


Mas as postulações de Scott foram amplamente questionadas por estudiosos que se
interessavam por aqueles indivíduos que não se adequavam as normas sócio-sexuais (gays,

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lésbicas, travestis etc.) ou que rompiam drasticamente com a suposição de uma real diferença
sexual biológica (transexuais e transgêneros, entre outros), isto é, indivíduos que relatavam
uma não adequação entre sexo biológico e orientação sexual conforme preconizavam as
teorias clássicas – e que questionavam a existência da própria diferença sexual.
Ademais, Scott foi criticada por situar o gênero como sendo a característica principal e
fundamental da constituição inter e intrasubjetiva (principalmente quando ela define o gênero
como elemento constitutivo das relações sociais baseado em diferenças percebidas entre
os sexos, sendo a forma primária de significação das relações de poder), desconsiderando
outros elementos essenciais para a constituição subjetiva, como raça/etnia, classe social,
idade e orientação sexual dentre outros.

8.4. PÓS-MODERNIDADE DE GÊNERO: BUTLER E AS QUEER THEORIES

Obs.: Reiterando, as teorias clássicas/modernas de gênero deixam entrever que gênero e


suas relações são construções sobre a diferença sexual biológica (sexo), e durante
muito tempo elas organizaram a compreensão sobre sexo (diferença biológica),
sexualidade (vivência do sexo) e gênero (expressão e adequação entre sexo e
sexualidade).
Judith Butler questiona essas articulações e propõe não que o gênero é um efeito do
sexo (da diferença sexual), mas sim que o sexo (a ideia da diferença sexual) é na realidade
um efeito das relações de poder e dos discursos sobre gênero e sexualidade.

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Há uma inversão de argumentos que possibilita a mudança das práticas. A complexidade


de sua articulação teórica é evidente, e está parcialmente condensada na sua teoria da
performatividade (BUTLER, 2009), cujo embasamento teórico remonta as postulações de
Foucault sobre a constituição histórica do dispositivo da sexualidade.
Para Foucault (1997), sexualidade não se limita à variabilidade das posições possíveis
na cópula, nem se refere às diferenças biológicas, e tampouco se restringe ao conjunto dos
conteúdos inconscientes. Sexualidade seria um modelo construído socialmente que orienta
a expressão dos desejos, emoções, motivações, fantasias, condutas e práticas corporais
que singularizam o indivíduo física e psicologicamente.
Todavia, esse modelo estaria orientado pelos discursos e práticas normatizadores da
família e da ordem social (tal como o parentesco, casamento, gênero e divisão sexual do
trabalho), enaltecidos e maximizados, porém não restritos, pelo discurso médico-científico
do século XIX.
Para Foucault (1997) e Hawkes (1996), a medicina psiquiátrica do século XIX reforçou
em termos científicos (e, por isso, alegados mais legítimos e verdadeiros do que os do senso
comum ou filosófico-religiosos) a separação entre o normal/saudável e o desviante/corruptor
danatural sexualidade humana. É necessário, portanto, melhor situar como essa medicalização
da sexualidade adquiriu importância e proeminência no contexto da Modernidade.
Entre os séculos XVI e XIX, Elias (1990) explicitou que, durante aquele período, houve
significativas mudanças no trato com a alimentação, educação infantil, limpeza e higiene
(individual e pública), arquitetura da casa, expressão das emoções e vivência da sexualidade.
Entretanto, Elias enfatiza que a contenção da sexualidade não foi a causadora das demais
reformulações, mas sim foi ela mais um dos muitos reflexos de uma série de amplas
mudanças que, em resumo, podem ser entendidas como reordenações nas relações entre as
esferas públicas e privadas que resultaram nos séculos XVIII e XIX numa maior intimização
dos sentimentos e privatização da subjetividade dos indivíduos.
Hawkes (1996), ao comentar Elias e Foucault, enfatizam que o trato à sexualidade (antes
praticada publicamente por ser entendido como ato não secreto ou produtor de vergonha
ou asco nos agentes ou observadores), passou no século XVI a ser visto como embaraçoso,
secreto, vergonhoso e cheio de pudores, devendo ser exercido na intimidade do lar e restrito ao
casal heterossexual adulto unido pelo matrimônio devido à suposta relação daquelas práticas
com os adoecimentos – resultado do modelo médico que se impunha – e com a imoralidade.
Os principais resultados desta medicalização foram, a saber:

Obs.: o controle da sexualidade infantil (antes aceita e considerada normal), a especificação


das perversões (a norma sexual seria o casal heterossexual e monogâmico cujas
relações sexuais visavam à reprodução biológica e não o prazer), a medicalização como
nova esfera de poder (tudo o que é da ordem da sexualidade também é do campo

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da saúde/doença) e a acentuação da vigilância sobre os indivíduos, principalmente


dos desviantes destas prédicas.
Disso decorreu uma sexualidade restrita ao casal adulto, monogâmico, heterossexual
e legalmente unido (casado) visando à reprodução biológica (descendência) e simbólica
(repetição dos papéis sexuais para a geração vindoura).
O casal heterossexual e monogâmico unido pelo casamento pretendendo à reprodução
adquire o status de padrão modelar e ideal da sexualidade. Aos que escapassem ou transgredissem
este padrão estavam reservados o expurgo e a punição médica e jurídica. A sexualidade passou
a ser considerada perigosa e necessária de vigilância e proteção constante.
Assim, os homens e as mulheres e os adultos e as crianças devem agir de específicas
maneiras para serem considerados normais e saudáveis, e os desviantes devem ser alvo
de estudo e intervenções.
Neste ponto, as contribuições de Butler (2003) são interessantes: se por gênero
entendermos (tal como propõem as perspectivas essencialistas tradicionais/clássicas) a
compulsoriedade heterossexual e seu status de verdade, reforça-se a dominação masculina
sobre as mulheres, e as mudanças tornam-se mais difíceis. Todavia, se compreendemos
gênero como uma identidade fluida, transitória e necessária de constantes reafirmações
e provações desvinculadas do condicionante sexo (biológico, natural), ou seja, como uma
construção social performativa, os padrões de dominação e opressão entre os gêneros
podem ser questionados de maneira mais profícua, visto que não haveria uma única verdade
ou mesmo uma verdade última sobre o sexo, mas sim efeitos de poder naturalizados que
podem e devem ser reconstruídos.

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A pretensão de Butler (2003) é a de romper com os binarismos e essencialismo propostos,


pois não haveria nem fenômeno humano e social anterior à(s) cultura(s) nem processos
de significação unicamente orientados e definidos pela natureza ou pela biologia. Por isso
Butler questiona:
I – Tanto o mote psicanalítico “a anatomia é o destino” quanto a primazia do falo e do
heteronormativismo.
II – Os argumentos oriundos da antropologia estrutural (pois binarista no que diz respeito
às relações de gênero.
II – O marxismo (pois não haveria uma categoria unitária e universal de mulheres sempre
e naturalmente oprimidas). Seria impossível, portanto, compreender o sexo restrito a um
elemento natural e pré-discursivo aos indivíduos, pois, nestes termos, ele não existiria,
mas existiria como construção social. Gênero seria definindo como ato performativo de
nomeação (representações e comportamentos) que faz existir a diferença anatômica/sexual
e as possibilidades de relações entre os seres – homens e mulheres não são corpos biológicos
atemporais nem naturais, são nomeações e ações possíveis que organizam relações sociais.
Gênero, para Butler (2003), não é a expressão ou compreensão da essência biológica
(como Scott propôs), nem é somente o resultado das pressões ambientais e socializatórias
(como grande parte da psicanálise e a antropologia propuseram), mas inclui a constituição
subjetiva da e na cultura. Ou seja, há necessidade, por parte dos indivíduos, de um efeito
identificatório masculino ou feminino que deve ser constantemente reforçado por ações
e representações que reposicionam e reafirmam a identidade de gênero.
Como o gênero seria um exercício de repetição, ele define o sexo, não havendo
necessariamente nem unidade nem adequação entre identidade subjetiva e materialidade
anatômica – assim, gênero não é substância, é efeito de performatividade. O gênero e o
sexo são, portanto, efeitos, e não os fundamentos da sexualidade. O sujeito e seu gênero é
o resultado dos atos performáticos tanto de nomeação (“sou homem, sou mulher”) como
de comportamentos (“um homem age dessa maneira, uma mulher age de outra maneira”)
que ajudam a estabilizar provisoriamente a identificação com um ou outro sexo, criando
uma ilusão de unidade e estabilidade entre corpo, desejo, sexualidade, orientação sexual e
práticas sexuadas. Tudo isso porque, conceitualmente, a sexualidade e o gênero antecedem
o sexo e instituem a diferença sexual (proposição de Foucault):

Obs.: a identificação sexual ou de gênero é somente uma resolução temporária do desejo,


sendo possível haver identificações múltiplas e ou mutáveis.
E, neste ponto, Butler (2009) é mais ousada:

Obs.: se gênero é performatividade, então é possível renomear o(s) sexo(s) para redistribuir
os discursos e práticas sobre a sexualidade, alterando discursos e práticas vigentes

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que sustentam exclusões – por exemplo, se o essencialismo biológico estabelece que


homens são física e intelectualmente superiores às mulheres, então, a dominação
é inquestionável e suas manifestações (incluindo a violência) são justificáveis; mas,
se o argumento essencialista é resultado da performatividade, então, alterações e
questionamentos são possíveis, pois podem ser reconstruídos.
Contudo, alguns dos argumentos de Butler foram criticados por estratos daquelas que
constituem outra grande vertente das teorias pós-modernas de gênero – as queer theories.
A principal crítica correlacionava-se à identidade de gênero dos indivíduos, pois ela não muda
somente em decorrência de deliberadas performances individuais. As queer theories, sendo
esquisito a tradução mais recorrente para o termo, pretendem ampliar as proposições de
Butler para romper com os binarismos e com as relações estáveis entre desejo, identificação
sexual, sexo biológico, gênero e prática sexuada. Tais correntes estudam modelos e formas
de vivências afetivas e sexuais consideradas não-normais da sexuação. Para Miskolci (2009),
as queer theories questionam tanto aquilo que denominam de heteronormatividade
compulsória nas relações de gênero (os mecanismos de naturalização das relações entre
homens e mulheres, vistos como biologicamente definidos e complementares).
Seu intuito é tanto ampliar quanto reformular a epistemologia dos estudos de gênero
para melhor compreender as relações organizadoras entre e intra os gêneros – ou seja, como
homens, mulheres, gays, lésbicas, travestis, transexuais, transgêneros etc. heterossexuais
ou homossexuais são atingidos pelo mesmo padrão heteronormativo que situa os homens
(ou suas supostas características físicas ou psicológicas) como superiores às mulheres e à
feminilidade. Assim, o objeto de estudo e de intervenção deste conjunto de teorias pode ser
delimitado como a série de representações e de práticas sociais que organizam a sociedade
por via da sexualidade e que se naturalizam na heteronormatividade compulsória das e nas
relações de gênero.
Além disso, as queer theories pretendem incluir na agenda de investigação das ciências
humanas e sociais as sexualidades consideradas transgressoras, pois elas permitem melhor
compreender os processos sociais e psicológicos que naturalizam a identidade dos sujeitos. O
que é colocado em jogo e em evidência pelas queer theories é a crítica acerca da normalidade
ou estabilidade sexual e/ou de gênero (que são enfatizadas à exaustão pela sociologia da
sexualidade, sexologia e psicanálise):

Obs.: é a tentativa de romper com a suposição de existência de apenas uma definição e


pareamento possível entre sexo (macho e fêmea) e gênero (masculino e feminino),
sendo suas variações excluídas.
Neste sentido, e conforme o apresentado, por terem sido influenciadas pela nova
sociologia e filosofia do conhecimento e seus desdobramentos nas práticas de pesquisa,

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as queer theories pretendem ir mais-além e analisar a ilusão da existência de um sujeito


estável, coerente e regular que, para Derrida (1973), poderia ser resumido à ideia de
questionar o sujeito moderno supondo que aqueles considerados desviantes das normas
sociais e sexuais são, na realidade, apenas diferentes, e aquilo suposto como diferença
ou desvio não é uma alteração, mas sim, na verdade, uma tática diferencial de acesso ao
poder – isto é, de fazer reconhecer sua expressão e vivência do desejo.

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RESUMO
Desde 1973, a homossexualidade não é classificada como perversão ou distúrbio pela
Associação Americana de Psiquiatria. Em 1975, a Associação Americana de Psicologia aprovou
uma resolução que dava apoio a essa decisão e retirou, do Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais (DSM), a homossexualidade do rol de transtornos psicológicos
(CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2023).
No Brasil, em 1985, o Conselho Federal de Medicina retirou da lista de transtornos a
classificação “homossexualismo”. A Organização Mundial de Saúde (OMS) excluiu, em 1991,
a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
relacionados com a Saúde (CID 10). “A primeira grande vitória foi a despatologização
da homossexualidade. A segunda foi o crescimento do movimento LGBTI, de apenas 15
organizações, nos anos 1990, para cerca de 400 em todo o Brasil” (CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA, 2023).
Desde a publicação da Resolução no 001/1999 que, estabelece normas de atuação
para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual; aos dias atuais, tivemos
uma série de ações e políticas promovidas pelo CFP a partir do amplo respaldo do Sistema
de Conselhos – ações como campanhas, publicações, novas resoluções, organizações de
eventos, entre outras. Dentre as mais importantes, podemos destacar:
• a realização da campanha “Adoção, um direito de todos e todas” em defesa do direito
à adoção homoparental, em 2008 (CFP, 2008);
• a organização do Seminário Nacional Psicologia e Diversidade Sexual, em 2010,
realizado em Brasília, tendo como resultado a publicação de um livro com o mesmo
nome (CFP, 2011);
• a publicação da Resolução no 14/2011, que dispõe sobre a inclusão do nome social
na “Carteira de Identidade Profissional do Psicólogo” – atualizada pela Resolução no
10/2018 (Resolução n. 10, 2018);
• a publicação da “Nota técnica sobre processo transexualizador e demais formas de
assistência às pessoas trans” em 2013 (CFP, 2013);
• a realização da campanha “Despatologização das Identidades Travestis e Transexuais” –
iniciada em 2014, com a posterior abertura de um portal virtual em 20155; a organização
da 2ª Conferência Internacional de Psicologia LGBT e Campos Relacionados, realizada
no Rio de Janeiro, em 2016;
• e, por fim, a publicação da Resolução no 01/2018, que estabeleceu normas de atuação
profissional em relação às pessoas transexuais e travestis (Resolução n. 1, 2018).
Desse modo, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e os Conselhos Regionais atuaram
em um intenso diálogo com as demandas dos movimentos LGBT, se inserindo em uma

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ampla rede de grupos da sociedade civil e atores vinculados ao poder público na afirmação
da diversidade sexual e de gênero.
Em se tratando de Gênero, apresentaremos algumas Teorias de Gênero:

• Perspectivas Biológicas
A compreensão do conceito gênero está composta por uma variedade de proposições
de cunho filosófico, religioso e principalmente científico, mas que podem ser apresentadas
em conjunto devido a suas similaridades.

Obs.: Os corpos dos homens e mulheres, por serem natural, biológica e anatomicamente
diferentes, resultam em características psicológicas, sociais e comportamentais
diferenciadas.

Obs.: Em linhas gerais, nessa perspectiva, a sexualidade seria uma extensão da natureza
biológica (anatômica) que garante (pela complementaridade) a perpetuação da espécie.
É importante destacar que, nesse conjunto de perspectivas, a definição e as relações entre
os gêneros estão calcadas num rígido binarismo (macho/homem; fêmea/mulher), enfatizando
que as características sociais, psicológicas e subjetivas decorrem de características biológicas/
evolutivas, cujas exceções ou desvios só podem ser compreendidos como corrupções do
corpo e da moral ou como doenças.
Bom exemplo disto pode ser representado pela cirurgia de redesignação sexual de
transexuais que compreende, na maioria dos casos, a necessidade de alterações cirúrgicas
anatômicas drásticas como maneiras de garantir a unidade entre mente/corpo (em outros
termos: da subjetividade biologia), como pressuposição da manutenção da saúde mental
e da adequação social.

• Psicanálise e Antropologia
Para Arán (2003), algumas das principais vertentes das teorias psicanalíticas e
antropológicas enfatizam os binarismos (macho/fêmea, homem/ mulher, heterossexual/
homossexual) e seus efeitos:

Obs.: dominação masculina organizando a sociedade e a subjetividade contemporânea.


Freud (2014a; 2014b) e Lacan (1998a) são taxativos ao afirmarem que as crianças, sejam
elas meninos ou meninas, constroem suas identidades de gênero consideradas normais
por meio do jogo de identificações com os pais, sendo o pênis/falo o elemento simbólico
central que orienta essas identificações. De maneira resumida, em determinada fase do
desenvolvimento psicossexual, os meninos (por possuírem pênis) se identificam amorosa e
eroticamente com a figura materna (por naturalmente desejá-la por ser mulher) e rivalizam
com a figura paterna (por disputar a mãe consigo e repudiar as inclinações homossexuais),

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o que os direciona para uma postura heterossexual masculina típica (amor e inclinação
sexual pelas mulheres; rivalidade e rechaço sexual pelos homens).
Por sua vez, as meninas se identificam amorosamente com o pai (portador do pênis
e, portanto, passível de ser desejado pelas mulheres, além de poder fornecer no futuro a
complementaridade que as mulheres tanto desejam: um filho) e com a mãe (que captou
o desejo do pai mesmo, sendo incompleta, pois também lhe falta o pênis/falo) ao mesmo
tempo em que rivalizam com a mãe (que detém os interesses do pai), inclinando-se, portanto,
ao amor pelos homens e desinteresse sexual pelas mulheres.

• J. W. Scott e as Teorizações Modernas sobre Gênero


Uma das primeiras e mais emblemáticas teorizações sobre o conceito de gênero e
sexualidade foi proposta por Joan Wallach Scott na década de 80 e pretendia organizar
(relatando quais seriam as principais correntes teóricas) e propor uma nova definição para
o conceito gênero. Scott (1988) define gênero como:

Obs.: o conjunto dos sentidos dinâmicos (não biologicamente determinados) construídos


nas relações de poder que sustentam as relações entre homens e mulheres.
Para Scott (1988), a história e os agrupamentos humanos, por meio da cultura e da
socialização, organizam de múltiplas maneiras as relações sociais e, assim, o gênero não
seria a diferença sexual, mas as representações e as relações (de poder) produzidas a partir
da constatável diferença sexual e, portanto, passíveis de alteração.

• Pós-Modernidade de Gênero: Butler e as Queer Theories


Gênero, para Butler (2003), não é a expressão ou compreensão da essência biológica
(como Scott propôs), nem é somente o resultado das pressões ambientais e socializatórias
(como grande parte da psicanálise e a antropologia propuseram), mas inclui a constituição
subjetiva da e na cultura. Ou seja, há necessidade, por parte dos indivíduos, de um efeito
identificatório masculino ou feminino que deve ser constantemente reforçado por ações
e representações que reposicionam e reafirmam a identidade de gênero.
Como o gênero seria um exercício de repetição, ele define o sexo, não havendo
necessariamente nem unidade nem adequação entre identidade subjetiva e materialidade
anatômica – assim, gênero não é substância, é efeito de performatividade. O gênero e o
sexo são, portanto, efeitos, e não os fundamentos da sexualidade. O sujeito e seu gênero é
o resultado dos atos performáticos tanto de nomeação (“sou homem, sou mulher”) como
de comportamentos (“um homem age dessa maneira, uma mulher age de outra maneira”)
que ajudam a estabilizar provisoriamente a identificação com um ou outro sexo, criando
uma ilusão de unidade e estabilidade entre corpo, desejo, sexualidade, orientação sexual
e práticas sexuadas.

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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Ariete Bittencourt Pinto

MAPA MENTAL

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Situação de Vulnerabilidade Social – Parte I
Ariete Bittencourt Pinto

EXERCÍCIOS

001. (QUADRIX/ANALISTA-PSICÓLOGO/CRP 10/2022) No que concerne à Resolução CFP


n.10/1997 e à Resolução CFP n. 1/1999, julgue o item.
Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão, notadamente aqueles que
disciplinam a não discriminação e a promoção do bem-estar das pessoas e da humanidade.

002. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJDFT/APOIO ESPECIALIZADO/PSICOLOGIA/2022) Em 1999,


o Conselho Federal de Psicologia/CFP), levando em conta o consenso científico internacional
e os direitos humanos, publicou a Resolução CFP n. 0001/1999, que estabelece normas de
atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual.
É correto afirmar que a resolução:
a) permite tratamento de reorientação sexual nos casos em que houver demanda do
paciente que sofre preconceito em seu meio familiar e social;
b) colocou-se na vanguarda na medida em que a homossexualidade continuou a ser
considerada patologia no DSM-IV e no CID-10;
c) impede tratamentos que associam homossexualidade à patologia, mas não impede a
participação de psicólogos em pronunciamentos públicos que reforçam preconceitos sociais;
d) considera que a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do
sujeito, sendo a conduta e o desejo homoafetivo manifestações da sexualidade humana
em sua diversidade;
e) teve apoio amplo da sociedade, inclusive de congressistas e comunidades terapêuticas
de cunho religioso.

003. (FGV/ANALISTA TÉCNICO/TCE TO/PSICOLOGIA/2022) Uma psicóloga que oferecia uma


terapia de reorientação sexual, a chamada “cura gay”, teve o registro cassado pelo Conselho
Federal de Psicologia/CFP). Sobre esse fato, em consonância com o entendimento da
Resolução CFP n. 01/1999, é correto afirmar que:
a) o termo homossexualidade foi substituído por homossexualismo a fim de indicar que
não se trata de distúrbio psíquico ou perversão;
b) a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do sujeito, que deve
ser compreendida em sua totalidade;
c) fica vedada a prestação de atendimento psicoterápico a pessoa cuja identidade de gênero
se situe fora dos padrões heteronormativos;
d) psicólogos(as) não se pronunciarão nos meios de comunicação de massa a respeito da
estigmatização de práticas homoeróticas;

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e) práticas sexuais desviantes da norma estabelecida socioculturalmente deverão ser


patologizadas para receberem o tratamento cabível.

004. (FUMARC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 3ª REGIÃO/APOIO ESPECIALIZADO/


PSICOLOGIA/2022) Em relação à Resolução N. 01, de 22 de março de 1999, do Conselho
Federal de Psicologia – CFP, os psicólogos
I – não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de
comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação
aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica;
II – atuarão segundo os princípios éticos da profissão, notadamente aqueles que disciplinam
a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade.
III – deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e
o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam
comportamentos ou práticas homoeróticas;
IV – não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou
práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais
para tratamentos não solicitados.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a) I e IV, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

005. (FUMARC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 3ª REGIÃO/APOIO ESPECIALIZADO/


PSICOLOGIA/2022) Em relação à Resolução N. 01, de 22 de março do 1999, é CORRETO afirmar:
a) Esta Resolução entrou em vigor na data de 10 de abril de 1999.
b) Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão, notadamente aqueles que
disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade.
c) Os psicólogos exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos
ou práticas homoeróticas, não adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais
para tratamentos não solicitados.
d) Os psicólogos poderão contribuir, com seu conhecimento para uma reflexão sobre o
preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que
apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas.
e) Os psicólogos se pronunciarão, e não participarão de pronunciamentos públicos, nos
meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes
em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.

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006. (QUADRIX/ASSESSORIA TÉCNICA/CRP 14/MS/2021) Com base na Resolução n. 1/1999,


do Conselho Federal de Psicologia, julgue o item.
É papel do psicólogo contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito
e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentem
comportamentos ou práticas homoeróticas.

007. (QUADRIX/ASSESSORIA TÉCNICA/CRP 14/MS/2021) Com base na Resolução n. 1/1999,


do Conselho Federal de Psicologia, julgue o item.
Os psicólogos não podem colaborar em eventos e serviços que proponham o tratamento
e a cura homossexual.

008. (AMAUC/PSICÓLOGO/PREF ALTO BELA VISTA/2021) A Resolução CFP n. 1/99 estabelece


normas de atuação para os psicólogos, em relação à questão da Orientação Sexual. Com
base nessa resolução, indique a alternativa incorreta:
a) A homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão.
b) A forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do sujeito, a qual
deve ser compreendida, na sua totalidade.
c) Os psicólogos colaborarão, opcionalmente, com eventos e serviços que proponham
tratamento e cura das homossexualidades.
d) Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos
meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em
relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
e) A Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o esclarecimento sobre
as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações.

009. (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE RJ/PSICOLOGIA/2019) Maíra participa


como voluntária de uma comunidade religiosa, oferecendo tratamento psicológico de
reorientação de gênero para pessoas transexuais e travestis, caso estejam em sofrimento
com suas identidades.
Em relação à Resolução CFP n. 001/2018, é correto afirmar que Maíra:
a) não comete infração ética, por considerar apenas os casos em que há sofrimento com
a identidade de gênero;
b) não comete infração ética, por ofertar serviço comunitário e voluntário, e não sob forma
privada;
c) não comete infração ética, se utilizar técnicas e métodos reconhecidos pelo Conselho
de Classe;
d) comete infração ética, por ofertar serviço em comunidade religiosa, cujo viés é
necessariamente patologizante;

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e) comete infração ética, por ofertar serviço com viés patologizante em relação a pessoas
transexuais e travestis.

010. (FUNDATEC/PSICÓLOGO FISCAL/CRP 7/2019) As Resoluções CFP n. 001/1999,


CFP n. 001/2018 e CFP n. 018/2002 versam sobre a atuação do psicólogo em relação à
orientação sexual, às pessoas transexuais e travestis e ao preconceito e discriminação racial,
respectivamente. Com base nessas resoluções, é INCORRETO afirmar que:
a) Não é função do psicólogo denunciar a discriminação de pessoas transexuais e travestis.
b) As Resoluções em questão buscam a igualdade e a não discriminação por parte dos
psicólogos quanto à raça ou etnia, à população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis
e transexuais e para as pessoas com outras expressões e identidades de gênero não
cisnormativas.
c) É vedado ao psicólogo promover eventos que proponham tratamento e cura para a
homossexualidade.
d) Ao psicólogo não é permitido colaborar com serviços que contribuam para o desenvolvimento
de culturas institucionais discriminatórias.
e) As expressões e identidades de gênero são possibilidades da existência humana, as quais
não devem ser compreendidas como psicopatologias, transtornos mentais, desvios e/ou
inadequações.

011. (FGV/PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO/PREF SALVADOR/PSICÓLOGO/2019)


A resolução n. 01/99 do Conselho Federal de Psicologia/CFP), que estabelece normas de
atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual, tem sido objeto de
polêmica, por fazer frente aos grupos de pressão em favor da chamada “cura gay”. Em 24
de maio de/2019, o Supremo Tribunal Federal concedeu liminar ao CFP, mantendo íntegra
e eficaz tal resolução.
Considerando a resolução, assinale a afirmativa correta.
a) Ela veda o pronunciamento do psicólogo, nos meios de comunicação de massa, que reforce
preconceitos sociais e associe a homossexualidade à desordem psíquica.
b) Ela vale somente para o psicólogo da área da saúde, haja vista ser exclusivamente na
qual o psicólogo é interpelado por questões ligadas a sexualidade.
c) Ela afirma que a identidade e a sexualidade são dissociadas, sendo a primeira ligada à
personalidade humana e a segunda, aos desejos e às fantasias sexuais.
d) Ela impede que o psicólogo exerça ação coercitiva de reorientação heterossexual, a menos
que a demanda parta do próprio paciente ou de seu grupo familiar/social.
e) Ela permite a reorientação heterossexual em consultório privado, desde que não haja
qualquer propaganda ou divulgação do tratamento.

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012. (FUMARC/PSICÓLOGO/CRP 4/2019) O Conselho Federal de Psicologia, através de


Resolução 001/99, estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão
da Orientação Sexual. Conforme essa Resolução, o psicólogo, quando demandado por um
paciente homossexual, deverá
a) aceitá-lo, considerando que a maneira como cada um vive sua sexualidade faz parte do
indivíduo, que deve ser compreendido na sua subjetividade e totalidade.
b) incentivar o tratamento psicoterápico e promover ações que favoreçam a patologização
de comportamentos ou práticas homoeróticas.
c) sugerir a ele a psicoterapia de grupo, para possibilitar a percepção dos pré-conceitos,
podendo, assim, superar as discriminações e os estigmas.
d) sugerir a ele o tratamento, se ele verbalizar a ocorrência de comportamentos ou práticas
de homossexuais.

013. (FUNDATEC/PSICÓLOGO/PREF N HORIZONTE/2019) A Resolução do CFP n. 01/1999


dispõe sobre:
a) Normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual.
b) A atuação da(o) psicóloga(o) no âmbito do sistema prisional.
c) A prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologias da informação
e da comunicação e revoga a Resolução CFP n. 11/2012.
d) Normas de atuação para os psicólogos em relação a preconceito e discriminação racial.
e) Normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação às pessoas transexuais
e travestis.

014. (IESES/PSICÓLOGO/PREF PALHOÇA/2019) Um pai procurou uma psicóloga para atender


seu filho de 8 anos, que estaria apresentando problemas na orientação sexual. Segundo o
pai o filho gostava de brincar de bonecas, se vestir como menina e se maquiar, causando
problemas familiares e com seus colegas. O menino começou a ficar cada vez mais retraído
e introspectivo após sofrer com crises de choro, irritabilidade, alteração de peso e alteração
no sono. Marque a alternativa correta.
a) A psicóloga aceitou trabalhar o caso trazido por este pai, com enfoque em tratar a
orientação sexual.
b) A psicóloga aceitou o caso explicando ao pai que o foco a ser trabalhado não seria a
orientação de gênero e sim o sofrimento que a criança estava vivenciando, ocasionado
pelos estigmas.
c) A psicóloga sugeriu ao pai que buscasse um outro profissional para tratar questões
hormonais.
d) A psicóloga orientou ao pai que não era caso para psicoterapia e sim para um psiquiatra.

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015. (PLANEXCON/PSICÓLOGO/PREF MOMBUCA/2019) A Resolução CFP n. 001/1999


estabelece Normas de atuação para os psicólogos em relação a questão da Orientação
Sexual. Com base nesta Resolução marque a alternativa incorreta:
a) Os psicólogos atuaram o segundo os princípios e ticos da profissão notadamente aqueles
que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade.
b) Os psicólogos deveram o contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexa o sobre
o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles
comportamentos ou práticas homoeróticas.
c) Os psicólogos não exerceram a qualquer ação que favoreça a patologização de
comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotara o ação coercitiva tendente a
orientar homossexuais para tratamentos na o solicitados.
d) Os psicólogos não se pronunciaram o, nem participara o de pronunciamentos públicos,
nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes
em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
e) Os psicólogos poderão o tratar a homossexualidade com terapias de reversa o do seu
cliente/paciente se este manifestar tal vontade, uma vez que a homossexualidade foi
novamente considerada como doença de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria.

016. (FCC/2016/PREFEITURA DE TERESINA/PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PSICÓLOGO) A


Resolução CFP no 001/99, de 22 de março de 1999, estabeleceu normas de atuação para os
psicólogos em relação à questão da orientação sexual, determinando que cabe ao psicólogo
atuar segundo os princípios éticos da profissão, notadamente aqueles que disciplinam a não
discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade. Nesta direção, os
psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito
e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam
comportamentos ou práticas homoeróticas e:
a) participarão de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais
existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
b) exercerão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos solicitados.
c) colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das
homossexualidades.
d) não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou
práticas homoeróticas.
e) insistirão o quanto necessário for, para que pessoas de orientação homoafetiva busquem
tratamento psicológico.

017. (QUADRIX/ASSESSORIA TÉCNICA/CRP 14/MS/2021) Com base na Resolução n. 1/1999,


do Conselho Federal de Psicologia, julgue o item.

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É papel do psicólogo contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito
e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentem
comportamentos ou práticas homoeróticas.

018. (QUADRIX/PSICÓLOGO ASSISTENTE TÉCNICO/CRP 12/2018) A orientação sexual vem


sendo um tema bastante discutido nos dias de hoje, mas, desde 1999, o CFP estabeleceu
normas de atuação para os psicólogos em relação a esse assunto, considerando que o
psicólogo seja um profissional da saúde e que frequentemente seja interpelado por questões
ligadas à sexualidade. A respeito da Resolução CFP n. 1/1999, julgue os próximos itens.
Os psicólogos deverão atuar segundo os princípios éticos da profissão, principalmente os que
disciplinam a não discriminação, a promoção e o bem-estar das pessoas e da humanidade.

019. (FGV/PSICÓLOGO/NITERÓI/SASDH NITERÓI/2018) A Resolução CFP n. 1, de 29 de janeiro


de/2018, que estabelece normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação
às pessoas transexuais e travestis, possui em seu texto algumas considerações importantes.
Dentre as considerações a seguir, aquela que NÃO se relaciona à Resolução CFP n. 1 é:
a) a expressão de gênero refere-se à forma como cada sujeito apresenta-se a partir do que
a cultura estabelece como sendo da ordem do feminino, do masculino ou de outros gêneros;
b) a identidade de gênero refere-se à experiência interna e individual do gênero de cada
pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo o senso
pessoal do corpo e outras expressões de gênero;
c) a identidade de gênero surge desde o nascimento, com o sexo biológico, mas pode ser
modificada a qualquer momento na vida de cada sujeito, podendo gerar sofrimento para
o qual é indicado o tratamento psicológico;
d) a estrutura das sociedades ocidentais estabelece padrões de sexualidade e gênero que
permitem preconceitos, discriminações e vulnerabilidades às pessoas transexuais, travestis
e pessoas com outras expressões e identidades de gênero não cisnormativas;
e) a autodeterminação constitui-se em um processo que garante a autonomia de cada
sujeito para determinar sua identidade de gênero.

020. (QUADRIX/PSICÓLOGO ASSISTENTE TÉCNICO/CRP 12/2018) A orientação sexual vem


sendo um tema bastante discutido nos dias de hoje, mas, desde 1999, o CFP estabeleceu
normas de atuação para os psicólogos em relação a esse assunto, considerando que o
psicólogo seja um profissional da saúde e que frequentemente seja interpelado por questões
ligadas à sexualidade. A respeito da Resolução CFP n. 1/1999, julgue o item.
Os psicólogos poderão se pronunciar e participar de pronunciamentos públicos nos meios
de comunicação de massa, tanto nos casos de apoio como nos de não aprovação em relação
aos homossexuais, considerando-se que são portadores de desordem psíquica.

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021. (QUADRIX/PSICÓLOGO ASSISTENTE TÉCNICO/CRP 12/2018) A orientação sexual vem


sendo um tema bastante discutido nos dias de hoje, mas, desde 1999, o CFP estabeleceu
normas de atuação para os psicólogos em relação a esse assunto, considerando que o
psicólogo seja um profissional da saúde e que frequentemente seja interpelado por questões
ligadas à sexualidade. A respeito da Resolução CFP n. 1/1999, julgue o item.
Os psicólogos deverão atuar segundo os princípios éticos da profissão, principalmente os que
disciplinam a não discriminação, a promoção e o bem-estar das pessoas e da humanidade.

022. (QUADRIX/PSICÓLOGO ASSISTENTE TÉCNICO/CRP 12/2018) A orientação sexual vem


sendo um tema bastante discutido nos dias de hoje, mas, desde 1999, o CFP estabeleceu
normas de atuação para os psicólogos em relação a esse assunto, considerando que o
psicólogo seja um profissional da saúde e que frequentemente seja interpelado por questões
ligadas à sexualidade. A respeito da Resolução CFP n. 1/1999, julgue o item.
Os psicólogos poderão colaborar com eventos e serviços que proponham tratamento e
cura das homossexualidades.

023. (CEV URCA/PSICÓLOGO/PREF MAURITI/2018) Em defesa da Resolução 01/99, o


Conselho Federal de Psicologia acionou o Supremo Tribunal Federal/STF). Entidade requer
extinção de ação judicial que defende terapia de reversão sexual. Embasado na resolução
é INCORRETO afirmar:
a) não cabe a profissionais da Psicologia no Brasil o oferecimento de qualquer tipo de terapia
de reversão sexual, uma vez que a homossexualidade não é considerada patologia, segundo
a Organização Mundial de Saúde (OMS).
b) Que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão;
c) Que a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do sujeito, a
qual deve ser compreendida por partes;
d) Que os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de
comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a
orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
e) Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e
cura das homossexualidades.

024. (COMPEC UFAM/PSICÓLOGO/UFAM/2018) Há alguns anos, o Conselho Federal de


Psicologia publicou uma resolução que regulamenta a prática do psicólogo na questão
da orientação sexual. A decisão foi histórica: o CFP foi o primeiro conselho profissional a
publicar uma norma preconizando a defesa da livre orientação sexual. Apesar da iniciativa,
a abordagem em casos que envolvem orientação sexual e identidade de gênero continua
sendo delicada e, não raro, objeto de dúvidas. Qual foi essa resolução?

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a) Resolução 3/86.
b) Resolução 5/92.
c) Resolução 01/99.
d) Resolução 11/96.
e) Resolução 3/00.

025. (FGV/ANALISTA TÉCNICO/MPE BA/SOCIAL/PSICOLOGIA/2017) É conhecida a polêmica


ocorrida há alguns anos que envolveu o posicionamento ético do Conselho Federal de
Psicologia e psicólogos que pretendiam curar pacientes da orientação homossexual, caso se
queixassem da mesma. No centro da discussão, encontrava-se a Resolução CFP n. 001/1999.
Considerando essa resolução, analise as afirmativas a seguir.
I – O psicólogo é um profissional da saúde, sendo frequentemente interpelado por questões
ligadas à sexualidade.
II – A homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão, fazendo
parte da identidade do sujeito a forma como cada um vive sua sexualidade.
III – Os psicólogos não se pronunciarão nem participarão de pronunciamentos públicos,
nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar preconceitos sociais em relação
a homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
De acordo com a resolução citada, está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente II;
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III.

026. (IDECAN/2016) “A sociedade pode ser entendida como um conjunto de posições sociais/
como a posição de médico, de professor, de aluno, de filho, de pai); todas as expectativas
de comportamentos estabelecidas pelo conjunto social para os ocupantes das diferentes
posições sociais determinam o chamado papel prescrito. Assim, sabemos o que esperar de
alguém que ocupa determinada posição.”
(Bock, 2008 p. 178.)
Em relação aos papéis sociais, é correto afirmar que
a) todos os comportamentos que manifestamos em nosso encontro são chamados, na
psicologia social, de papéis sociais.
b) os papéis sociais deveriam ser referências para nossa percepção ao outro; contudo, são
referências para o nosso próprio comportamento.
c) os papéis sociais permitem-nos compreender a situação social, pois deveriam ser
referências para a nossa percepção do outro; contudo, não são referências para o nosso
próprio comportamento.
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d) os papéis sociais permitem-nos compreender a situação social, pois são referências


para a nossa percepção do outro, ao mesmo tempo em que são referências para o nosso
próprio comportamento.

027. (CESPE/2015) A respeito do processo de formação da identidade e dos elementos nela


envolvidos, julgue o item a seguir.
A identidade de gênero está diretamente relacionada à construção da identidade social, uma
vez que se compreende o homem como um ser sócio-histórico e cultural que caracteriza
as mútuas influências que constroem a identidade masculina e feminina.

028. (UPENET/IAUPE/2014) Um religioso faz a seguinte afirmativa: “ A homossexualidade é


uma afronta à ordem natural da manutenção da vida e da espiritualidade. Não há escolha
diante dos desígnios divinos e da natureza. Aquele que se acha homossexual precisa de
cuidado, para, inclusive, desvincular-se do sofrimento que lhe é intrínseco”.
Considerando os fundamentos clínicos que orientam a abordagem da homossexualidade
na Psicologia, analise as seguintes interpretações dadas a essa afirmação:
I – O religioso considera o papel da subjetividade (espiritualidade) na definição da sexualidade,
ou seja, que ela também é influenciada por desejos conscientes e inconscientes.
II – O religioso inclui a homossexualidade no âmbito dos transtornos psíquicos, apoiando-se
no pressuposto de que o sofrimento vivido pelo homossexual é derivado do preconceito.
III – O religioso faz uma abordagem atrelada ao reducionismo biológico, o qual desconsidera
as influências socioculturais na escolha da opção sexual, seja homo ou heterossexual.
Assinale a alternativa que, segundo os fundamentos psicológicos, identifica, apenas, a(s)
interpretação(ões) INCORRETA(S).
a) I
b) II
c) III
d) I e II.
e) II e III.

029. (FCC/2014) Denis e Ana estão passando por um bairro desconhecido no caminho para
visitar um cliente. Torna-se óbvio para Ana que estão dirigindo em círculos e que se perderam.
Ela diz: Denis, por que você não para e pergunta para alguém se estamos no caminho certo?
Denis continua dirigindo e não responde. Ana diz: Você não está me ouvindo? Denis responde:
Sim, estou ouvindo, e continua dirigindo e obviamente ficando tenso. Ana fica em silêncio
por algum tempo, sua tensão também aumenta. Este processo comunicativo entre Denis
e Ana revela uma barreira à comunicação denominada
a) comunicação incompleta.

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b) estado mental de duas pessoas.


c) estado emocional de duas pessoas.
d) diferenças de gênero.
e) estresse comunicativo.

030. (FGV/2013) Nas últimas décadas, os papéis desempenhados por indivíduos de diferentes
gêneros têm sofrido algumas modificações, fruto das mudanças introduzidas pelo feminismo.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) O estudo de sociedades primitivas mostra que o cuidar de crianças e idosos nem sempre
era uma tarefa das mulheres.
b) O estudo das diferentes sociedades mostra que o cuidar das crianças e idosos é uma
função feminina que não é modificada culturalmente.
c) Na atualidade, vem se verificando a desestabilização do pai como figura de lei e autoridade.
d) Na atualidade, houve significativa diminuição da participação da mulher em atividades
de ensino.
e) Na atualidade, há uma participação significativa do pai nas situações do cuidado com
as crianças.

031. (QUADRIX/2012) Leia as afirmativas a seguir.


I – O conhecimento psicológico sempre considerou, em suas teorias e práticas, a dimensão
de gênero.
II – Gênero é entendido como elemento constitutivo das relações sociais percebidas entre
os sexos.
III – As pesquisas na área de saúde da mulher têm demonstrado que a menopausa é uma
experiência fisiológica que se apresenta de forma semelhante em todas as culturas.
IV – Está ainda presente, no imaginário social brasileiro, a representação da fidelidade
feminina como fundamental para a valorização da mulher, sob a óptica masculina.
Pode-se afirmar que:
a) todas estão incorretas.
b) apenas II e IV estão corretas.
c) apenas IV está correta.
d) todas estão corretas.
e) apenas I está incorreta.

032. (QUADRIX/2012) A “Humilhação Social” discutida por Gonçalves Filho, J.M. em seu
trabalho com mulheres pobres de São Paulo:
a) É um conceito não relacionado às determinações econômicas e inconscientes.
b) Modalidade de angústia disparada pelo enigma da desigualdade de classes.

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c) Inadequação social das classes populares por falta de uma boa formação familiar e escolar.
d) O sentir-se humilhado decorre de uma percepção ou imaginação das pessoas pobres.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

033. (COMVEST UFAM/2018) Consideremos a discussão de Gênero e Psicologia/2009) que


expõe a proposição de Teresa de Laurentis/1994) de pensar o gênero como produto de
tecnologias sociais, discursos, epistemologias e práticas institucionalizadas que o sustentam
dentro de um aparato social e representacional absorvido subjetivamente por cada pessoa.
A autora também traz quatro proposições sobre o gênero:
I – O gênero é uma representação;
II – A representação do gênero é a sua construção;
III – A construção do gênero vem se efetuando hoje nos aparelhos ideológicos do Estado;
IV – A construção do gênero se faz por meio de sua reprodução.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente a afirmativa I está incorreta.
b) Somente a afirmativa II está incorreta.
c) Somente a afirmativa III está incorreta.
d) Somente a afirmativa IV está incorreta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

034. (CESPE/CEBRASPE/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 3/2018) No que se refere à


representação política, julgue os itens seguintes.
Nas últimas décadas, o pensamento feminista tornou-se elemento importante e inovador
da teoria política: estabeleceu novos termos a partir dos quais é possível debater questões
fundamentais sobre democracia, justiça e representação política.

035. (IF-PA/2015/IF-PA/PROFESSOR/SOCIOLOGIA) O conceito de gênero tem estimulado


os estudos atuais de pesquisadores em diferentes campos de conhecimento, embora hoje
sua utilização, enquanto categoria de análise, tenha pontos de divergência entre algumas
pesquisadoras feministas. Elas questionam, segundo Scott/1992), que a formulação do
conceito tem “despolitizado” o movimento feminista, pois gênero é um termo aparentemente
neutro, desprovido de propósito ideológico imediato/ALVARES, M. L. M, D’INCAO, M. A.
A Mulher Existe? Uma contribuição ao estudo da mulher e gênero na Amazônia. Belém:
GEPEM, 1995).
Acerca do tema gênero marque a única alternativa correta.
a) Convenciona-se definir gênero como a dimensão dos atributos culturais alocados a cada
um dos sexos em contraste com a dimensão anatomofisiológica dos seres humanos.

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b) O conceito de gênero assinala o que vem sendo cunhado como perspectiva essencialista
em oposição a uma postura marxista, que privilegia a análise em termos da distribuição do
poder baseada nos papéis sexuais.
c) O conceito de gênero privilegia a dimensão da atribuição social de papéis, pretendendo
descartar alusões a uma atavismo biológico para explicar as feições que o feminino e o
masculino assumem em múltiplas culturas.
d) Os Estudos de Gênero buscam responder as principais questões levantadas por teorias
que procuram causas originais da dominação do sexo feminino pelo masculino.
e) O entendimento da palavra gênero demonstra que ela surgiu para justificar a naturalização
de representações simbólicas que constituem a identidade de gênero.

036. (INSTITUTO AOCP/SED MS/PROFESSOR DE SOCIOLOGIA/2022) Judith Butler é reconhecida


como uma das mais importantes autoras sobre os estudos de gênero. Assinale a alternativa
que corresponde às proposições teóricas dessa autora.
a) A ideia de performatividade de gênero.
b) A ideia do ciborgue, uma criatura pós-gênero.
c) A ideia do contrato heterossexual.
d) A ideia de mulheres redefinindo a diferença.
e) A ideia do espírito da autodefinição.

037. (IADES/SEDUC GO/PROFESSOR/ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) Com a proliferação de estudos


referentes a sexo e sexualidade, “gênero” tornou-se uma palavra particularmente útil, pois
oferece um meio de distinguir a prática sexual dos papéis sexuais atribuídos às mulheres
e aos homens. Ainda que os pesquisadores reconheçam a conexão entre aquilo que os
sociólogos da família chamaram de “papéis sexuais”, esses pesquisadores não postularam
um vínculo simples ou direto entre os dois. O uso de “gênero” enfatiza todo um sistema
de relações que pode incluir o sexo, mas não é diretamente determinado pelo sexo, nem
determina diretamente a sexualidade.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade.
Porto Alegre, vol. 20 n. 2, jul/dez., 1995, pp. 71-99, com adaptações.
Ao demonstrar que papéis de gênero são padrões e expectativas de comportamentos
aprendidos em sociedade, os estudos de gênero fazem uma crítica à visão denominada
a) determinismo biológico.
b) etnocentrismo.
c) apropriação cultural.
d) multiculturalismo.
e) identitarismo.

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038. (IFSUL/IFSUL/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA:


SOCIOLOGIA/2018) O debate sobre gênero produziu diferentes respostas para explicar as
diferenças e desigualdades entre homens e mulheres. Considerando essa diversidade de
respostas, a afirmação que está corretamente relacionada a argumentos essencialistas é:
a) A especialização de gênero, no espaço público e privado, reforça as diferenças e
desigualdades de gênero.
b) Em uma sociedade patriarcal, os homens reservam para si os espaços de poder.
c) As diferenças sexuais são a base das distintas formas de percepção entre homens e
mulheres.
d) As instituições sociais têm um papel fundamental no reforço das diferenças de gênero.

039. (UDESC/FATMA/SOCIÓLOGO/2008) É incorreto afirmar, sobre gênero e sexualidade:


a) Nos últimos anos, mais atenção foi dada à natureza da masculinidade. Alguns observadores
crêem que as amplas transformações econômicas e sociais estão provocando uma crise
da masculinidade, em que estão sendo desgastados os papéis tradicionais dos homens.
b) A maioria das pessoas no mundo é heterossexual, ainda que haja muitos gostos e
inclinações sexuais minoritários. A homossexualidade parece existir em todas as culturas
e, nos últimos anos, as atitudes para com os homossexuais tornaram-se mais flexíveis. Em
alguns países foram aprovadas leis que reconhecem as uniões homossexuais e concedem
aos casais homossexuais os mesmos direitos que aos casais tradicionais.
c) O movimento feminista deu nascimento a um imenso corpo teórico que tenta explicar
as desigualdades dos gêneros e apresentar planos para superar aquelas desigualdades.
Escolas feministas que disputam entre si buscaram explicar as desigualdades, por meio
de uma variedade de processos sociais profundamente arraigados, tais como o sexismo, o
patriarcalismo, o capitalismo e o racismo.
d) De acordo com a teorização feminista, há uma profunda desigualdade dividindo homens
e mulheres, com os primeiros apropriando-se de uma parte gritantemente desproporcional
dos recursos materiais e simbólicos da sociedade. Essa repartição desigual estende-se
também à educação. Nessa análise, o nível de educação das mulheres, em muitos países,
sobretudo naqueles situados na periferia do capitalismo, era visivelmente mais baixo que
o dos homens, refletindo seu acesso desigual às instituições educacionais.
e) Os sociólogos distinguem sexo e gênero. O sexo refere-se às diferenças psicológicas,
sociais e culturais entre homens e mulheres; o gênero diz respeito às diferenças biológicas
entre os corpos masculinos e femininos.

040. (CESPE/CEBRASPE/SEDUC ES/PROFESSOR/ÁREA: SOCIOLOGIA/2008) Diversidade


cultural e étnica são temas que aparecem cada vez com mais frequência nos meios de

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comunicação. Estão, em geral, carregados de juízo de valor e de visões distorcidas de


fenômenos sociológicos. A respeito desses temas, julgue os itens a seguir.
Relações sexuais e relações de gênero detêm o mesmo estatuto teórico no âmbito das
ciências sociais, pois referem-se às modalidades de relações entre homens e mulheres.

041. (CESPE/CEBRASPE/SEDUC ES/PROFESSOR/ÁREA: SOCIOLOGIA/2008) Diversidade


cultural e étnica são temas que aparecem cada vez com mais frequência nos meios de
comunicação. Estão, em geral, carregados de juízo de valor e de visões distorcidas de
fenômenos sociológicos. A respeito desses temas, julgue os itens a seguir.
Quando posições ocupadas por homens e mulheres implicam diferentes salários e relações
assimétricas de poder e prestígio, pode-se dizer que existe um sistema de estratificação
de gênero na sociedade.

042. (INÉDITA/2023) A compreensão do conceito gênero está composta por uma variedade
de proposições de cunho filosófico, religioso e principalmente científico,
a) Podem não ser apresentadas em conjunto devido a suas similaridades.
b) perspectivas foram difundidas desde o século XV no Oriente pelo catolicismo.
c) aprimoradas no século XVII por específicas correntes científicas.
d) delegam aos aspectos biológicos inatos a primazia pelas definições das características
psicológicas e subjetivas dos indivíduos.

043. (INÉDITA/2023) A diferença biológica dos sexos definiria rígidos papéis de gênero e
de vivência da sexualidade,
a) as mulheres por possuírem biologicamente mais massa muscular que seriam os principais
responsáveis pela caça e pelo sustento do lar.
b) as suas características anatômicas decorreriam características psicológicas.
c) essencialismo biológico e que muito influenciou a Psicologia Evolutiva.
d) maior capacidade de organização grupal e de dominação dos homens.

044. (INÉDITA/2023) O imperativo reprodutivo impõe um modelo de relação de entre os


indivíduos no qual coexistiriam harmoniosamente dois sexos e dois gêneros.
Julgue os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I – essa concepção assumiu diversas formas e teve diversos divulgadores.
II – com o objetivo de elaborar análises e conclusões sobre os fatos e pessoas.
III – apontando uma possível correlação de causa e efeito, além de identificar a motivação
e as alterações psicológicas.
a) Apenas o item I é verdadeiro.
b) Apenas o item II é verdadeiro.

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c) Apenas o item III é verdadeiro.


d) Apenas os itens II e III são verdadeiros.
e) Todos os itens são verdadeiros.

045. (INÉDITA/2023) Acerca das teorias psicanalíticas e antropológicas, julgue o item a seguir.
Essas proposições ainda consideram que a estrutura sócio-simbólica que organiza as relações
sociais e as de gênero não foi abalada.

046. (INÉDITA/2023) Freud como Lacan partem do pressuposto de que o pênis/falo é a


norma orientadora da vida psíquica e que os homens.
Julgue os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I – por possuírem pênis, possuiriam certas vantagens sobre as mulheres.
II – as identificações, para serem normais e salutares, devem seguir um padrão complementar
calcado na heterossexualidade.
III – invejosas do pênis e necessitadas de se ligarem a alguém que o possua.
a) Apenas o item I é verdadeiro.
b) Apenas o item II é verdadeiro.
c) Apenas o item III é verdadeiro.
d) Apenas os itens II e III são verdadeiros.
e) Todos os itens são verdadeiros.

047. (INÉDITA/2023) Joan Wallach Scott na década de 80 pretendia organizar e propor uma
nova definição para o conceito gênero:
I – Influenciada por diversificadas vertentes do movimento feminista, pelo desconstrucionismo
de Derrida e principalmente pelos estudos sobre poder de Foucault.
PORQUE
II – o conjunto dos sentidos dinâmicos (não biologicamente determinados) construídos nas
relações de poder que sustentam as relações entre homens e mulheres.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

048. (INÉDITA/2023) A história e os agrupamentos humanos, por meio da cultura e da


socialização, organizam de múltiplas maneiras as relações sociais:
I – o gênero não seria a diferença sexual, mas sim as representações e as relações (de poder)
produzidas a partir da constatável diferença sexual.

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PORQUE
II – não é a diferença sexual por si só que organiza as relações entre homens e mulheres, mas
sim são as relações de poder que definem como os sexos devem manter suas interações.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas
b) I e II estão incorretas
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

049. (INÉDITA/2023) Acerca binarismo sexual, julgue o item a seguir.


Entre machos e fêmeas permanece, pois um só pode ser compreendido a partir e em relação
ao outro.

050. (INÉDITA/2023) A sexualidade não se limita à variabilidade das posições possíveis na


cópula, nem se refere às diferenças biológicas, e tampouco se restringe ao conjunto dos
conteúdos _________.
a) Conscientes.
b) Parceiros.
c) Ajudantes.
d) Organizados.
e) Inconscientes.

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GABARITO
1. C 18. C 35. a
2. d 19. c 36. a
3. b 20. E 37. a
4. e 21. C 38. c
5. b 22. E 39. e
6. C 23. c 40. E
7. C 24. c 41. C
8. c 25. e 42. d
9. e 26. d 43. a
10. a 27. C 44. a
11. a 28. d 45. C
12. a 29. d 46. e
13. a 30. c 47. a
14. b 31. b 48. a
15. e 32. b 49. C
16. d 33. d 50. e
17. C 34. C

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GABARITO COMENTADO

001. (QUADRIX/ANALISTA-PSICÓLOGO/CRP 10/2022) No que concerne à Resolução CFP


n.10/1997 e à Resolução CFP n. 1/1999, julgue o item.
Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão, notadamente aqueles que
disciplinam a não discriminação e a promoção do bem-estar das pessoas e da humanidade.

De acordo com a Resolução CFP n. 01/1999:

Art. 1º Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão notadamente aqueles


que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade.

Certo.

002. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJDFT/APOIO ESPECIALIZADO/PSICOLOGIA/2022) Em 1999,


o Conselho Federal de Psicologia/CFP), levando em conta o consenso científico internacional
e os direitos humanos, publicou a Resolução CFP n. 0001/1999, que estabelece normas de
atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual.
É correto afirmar que a resolução:
a) permite tratamento de reorientação sexual nos casos em que houver demanda do
paciente que sofre preconceito em seu meio familiar e social;
b) colocou-se na vanguarda na medida em que a homossexualidade continuou a ser
considerada patologia no DSM-IV e no CID-10;
c) impede tratamentos que associam homossexualidade à patologia, mas não impede a
participação de psicólogos em pronunciamentos públicos que reforçam preconceitos sociais;
d) considera que a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do
sujeito, sendo a conduta e o desejo homoafetivo manifestações da sexualidade humana
em sua diversidade;
e) teve apoio amplo da sociedade, inclusive de congressistas e comunidades terapêuticas
de cunho religioso.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) estabelece que o profissional psicólogo, deve respeitar
o desejo homoafetivo e as manifestações da sexualidade humana em sua diversidade.
Letra d.

003. (FGV/ANALISTA TÉCNICO/TCE TO/PSICOLOGIA/2022) Uma psicóloga que oferecia uma


terapia de reorientação sexual, a chamada “cura gay”, teve o registro cassado pelo Conselho
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Federal de Psicologia/CFP). Sobre esse fato, em consonância com o entendimento da


Resolução CFP n. 01/1999, é correto afirmar que:
a) o termo homossexualidade foi substituído por homossexualismo a fim de indicar que
não se trata de distúrbio psíquico ou perversão;
b) a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do sujeito, que deve
ser compreendida em sua totalidade;
c) fica vedada a prestação de atendimento psicoterápico a pessoa cuja identidade de gênero
se situe fora dos padrões heteronormativos;
d) psicólogos(as) não se pronunciarão nos meios de comunicação de massa a respeito da
estigmatização de práticas homoeróticas;
e) práticas sexuais desviantes da norma estabelecida socioculturalmente deverão ser
patologizadas para receberem o tratamento cabível.

CONSIDERANDO que a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade
do sujeito, a qual deve ser compreendida na sua totalidade; CONSIDERANDO que a
homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão;
Letra b.

004. (FUMARC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 3ª REGIÃO/APOIO ESPECIALIZADO/


PSICOLOGIA/2022) Em relação à Resolução N. 01, de 22 de março de 1999, do Conselho
Federal de Psicologia – CFP, os psicólogos
I – não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de
comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação
aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica;
II – atuarão segundo os princípios éticos da profissão, notadamente aqueles que disciplinam
a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade.
III – deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e
o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam
comportamentos ou práticas homoeróticas;
IV – não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou
práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais
para tratamentos não solicitados.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a) I e IV, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) II e III, apenas.

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d) III e IV, apenas.


e) I, II, III e IV.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) formalizou por meio da Resolução n. 01/1999 o


entendimento de que para a Psicologia a sexualidade faz parte da identidade de cada
sujeito e, por isso, práticas homossexuais não constituem doença, distúrbio ou perversão.
Letra e.

005. (FUMARC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 3ª REGIÃO/APOIO ESPECIALIZADO/


PSICOLOGIA/2022) Em relação à Resolução N. 01, de 22 de março do 1999, é CORRETO afirmar:
a) Esta Resolução entrou em vigor na data de 10 de abril de 1999.
b) Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão, notadamente aqueles que
disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade.
c) Os psicólogos exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos
ou práticas homoeróticas, não adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais
para tratamentos não solicitados.
d) Os psicólogos poderão contribuir, com seu conhecimento para uma reflexão sobre o
preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que
apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas.
e) Os psicólogos se pronunciarão, e não participarão de pronunciamentos públicos, nos
meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes
em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.

Art. 1º Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão notadamente aqueles


que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade.

Letra b.

006. (QUADRIX/ASSESSORIA TÉCNICA/CRP 14/MS/2021) Com base na Resolução n. 1/1999,


do Conselho Federal de Psicologia, julgue o item.
É papel do psicólogo contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito
e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentem
comportamentos ou práticas homoeróticas.

Conforme Art. 2º da Resolução CFP n. 01/1999:

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Art. 2º Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o
preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que
apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas.

Certo.

007. (QUADRIX/ASSESSORIA TÉCNICA/CRP 14/MS/2021) Com base na Resolução n. 1/1999,


do Conselho Federal de Psicologia, julgue o item.
Os psicólogos não podem colaborar em eventos e serviços que proponham o tratamento
e a cura homossexual.

Art. 3º Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham
tratamento e cura das homossexualidades.

Certo.

008. (AMAUC/PSICÓLOGO/PREF ALTO BELA VISTA/2021) A Resolução CFP n. 1/99 estabelece


normas de atuação para os psicólogos, em relação à questão da Orientação Sexual. Com
base nessa resolução, indique a alternativa incorreta:
a) A homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão.
b) A forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do sujeito, a qual
deve ser compreendida, na sua totalidade.
c) Os psicólogos colaborarão, opcionalmente, com eventos e serviços que proponham
tratamento e cura das homossexualidades.
d) Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos
meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em
relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
e) A Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o esclarecimento sobre
as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações.

O CFP tem promovido diversas ações nas áreas de comunicação e jurídicas relacionadas
à defesa dos direitos LGBT e à conscientização, especialmente para os profissionais de
saúde, de que as homossexualidades e as expressões trans não podem ser tratadas como
patologias.
Letra c.

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009. (FGV/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/DPE RJ/PSICOLOGIA/2019) Maíra participa


como voluntária de uma comunidade religiosa, oferecendo tratamento psicológico de
reorientação de gênero para pessoas transexuais e travestis, caso estejam em sofrimento
com suas identidades.
Em relação à Resolução CFP n. 001/2018, é correto afirmar que Maíra:
a) não comete infração ética, por considerar apenas os casos em que há sofrimento com
a identidade de gênero;
b) não comete infração ética, por ofertar serviço comunitário e voluntário, e não sob forma
privada;
c) não comete infração ética, se utilizar técnicas e métodos reconhecidos pelo Conselho
de Classe;
d) comete infração ética, por ofertar serviço em comunidade religiosa, cujo viés é
necessariamente patologizante;
e) comete infração ética, por ofertar serviço com viés patologizante em relação a pessoas
transexuais e travestis.

De acordo com a Resolução 01/1999 o profissional psicólogo(a) comete infração ética quando
oferta serviço que possui viés patologizante em relação as pessoas transexuais e travestis.
Letra e.

010. (FUNDATEC/PSICÓLOGO FISCAL/CRP 7/2019) As Resoluções CFP n. 001/1999,


CFP n. 001/2018 e CFP n. 018/2002 versam sobre a atuação do psicólogo em relação à
orientação sexual, às pessoas transexuais e travestis e ao preconceito e discriminação racial,
respectivamente. Com base nessas resoluções, é INCORRETO afirmar que:
a) Não é função do psicólogo denunciar a discriminação de pessoas transexuais e travestis.
b) As Resoluções em questão buscam a igualdade e a não discriminação por parte dos
psicólogos quanto à raça ou etnia, à população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis
e transexuais e para as pessoas com outras expressões e identidades de gênero não
cisnormativas.
c) É vedado ao psicólogo promover eventos que proponham tratamento e cura para a
homossexualidade.
d) Ao psicólogo não é permitido colaborar com serviços que contribuam para o desenvolvimento
de culturas institucionais discriminatórias.
e) As expressões e identidades de gênero são possibilidades da existência humana, as quais
não devem ser compreendidas como psicopatologias, transtornos mentais, desvios e/ou
inadequações.

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O psicólogo tem um compromisso ético de buscar combater toda forma de discriminação.

Art. 3º As psicólogas e os psicólogos, no exercício profissional, não serão coniventes e nem se


omitirão perante a discriminação de pessoas transexuais e travestis.

Letra a.

011. (FGV/PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO/PREF SALVADOR/PSICÓLOGO/2019)


A resolução n. 01/99 do Conselho Federal de Psicologia/CFP), que estabelece normas de
atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual, tem sido objeto de
polêmica, por fazer frente aos grupos de pressão em favor da chamada “cura gay”. Em 24
de maio de/2019, o Supremo Tribunal Federal concedeu liminar ao CFP, mantendo íntegra
e eficaz tal resolução.
Considerando a resolução, assinale a afirmativa correta.
a) Ela veda o pronunciamento do psicólogo, nos meios de comunicação de massa, que reforce
preconceitos sociais e associe a homossexualidade à desordem psíquica.
b) Ela vale somente para o psicólogo da área da saúde, haja vista ser exclusivamente na
qual o psicólogo é interpelado por questões ligadas a sexualidade.
c) Ela afirma que a identidade e a sexualidade são dissociadas, sendo a primeira ligada à
personalidade humana e a segunda, aos desejos e às fantasias sexuais.
d) Ela impede que o psicólogo exerça ação coercitiva de reorientação heterossexual, a menos
que a demanda parta do próprio paciente ou de seu grupo familiar/social.
e) Ela permite a reorientação heterossexual em consultório privado, desde que não haja
qualquer propaganda ou divulgação do tratamento.

Art. 4º Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos


meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em
relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.

Letra a.

012. (FUMARC/PSICÓLOGO/CRP 4/2019) O Conselho Federal de Psicologia, através de


Resolução 001/99, estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão
da Orientação Sexual. Conforme essa Resolução, o psicólogo, quando demandado por um
paciente homossexual, deverá
a) aceitá-lo, considerando que a maneira como cada um vive sua sexualidade faz parte do
indivíduo, que deve ser compreendido na sua subjetividade e totalidade.

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b) incentivar o tratamento psicoterápico e promover ações que favoreçam a patologização


de comportamentos ou práticas homoeróticas.
c) sugerir a ele a psicoterapia de grupo, para possibilitar a percepção dos pré-conceitos,
podendo, assim, superar as discriminações e os estigmas.
d) sugerir a ele o tratamento, se ele verbalizar a ocorrência de comportamentos ou práticas
de homossexuais.

Os psicólogos não podem promover ações que favoreçam a patologização de comportamento


homoeróticos.
Letra a.

013. (FUNDATEC/PSICÓLOGO/PREF N HORIZONTE/2019) A Resolução do CFP n. 01/1999


dispõe sobre:
a) Normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual.
b) A atuação da(o) psicóloga(o) no âmbito do sistema prisional.
c) A prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologias da informação
e da comunicação e revoga a Resolução CFP n. 11/2012.
d) Normas de atuação para os psicólogos em relação a preconceito e discriminação racial.
e) Normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação às pessoas transexuais
e travestis.

Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual.


Letra a.

014. (IESES/PSICÓLOGO/PREF PALHOÇA/2019) Um pai procurou uma psicóloga para atender


seu filho de 8 anos, que estaria apresentando problemas na orientação sexual. Segundo o
pai o filho gostava de brincar de bonecas, se vestir como menina e se maquiar, causando
problemas familiares e com seus colegas. O menino começou a ficar cada vez mais retraído
e introspectivo após sofrer com crises de choro, irritabilidade, alteração de peso e alteração
no sono. Marque a alternativa correta.
a) A psicóloga aceitou trabalhar o caso trazido por este pai, com enfoque em tratar a
orientação sexual.
b) A psicóloga aceitou o caso explicando ao pai que o foco a ser trabalhado não seria a
orientação de gênero e sim o sofrimento que a criança estava vivenciando, ocasionado
pelos estigmas.

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c) A psicóloga sugeriu ao pai que buscasse um outro profissional para tratar questões
hormonais.
d) A psicóloga orientou ao pai que não era caso para psicoterapia e sim para um psiquiatra.

O CFP não permite nenhuma prática que favoreça a patologização de comportamentos e


práticas homoeróticas, e portanto o psicólogo não deve “tratar a orientação sexual”, porque
a orientação sexual não é um distúrbio ou transtorno para ser tratado.
Letra b.

015. (PLANEXCON/PSICÓLOGO/PREF MOMBUCA/2019) A Resolução CFP n. 001/1999


estabelece Normas de atuação para os psicólogos em relação a questão da Orientação
Sexual. Com base nesta Resolução marque a alternativa incorreta:
a) Os psicólogos atuaram o segundo os princípios e ticos da profissão notadamente aqueles
que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade.
b) Os psicólogos deveram o contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexa o sobre
o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles
comportamentos ou práticas homoeróticas.
c) Os psicólogos não exerceram a qualquer ação que favoreça a patologização de
comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotara o ação coercitiva tendente a
orientar homossexuais para tratamentos na o solicitados.
d) Os psicólogos não se pronunciaram o, nem participara o de pronunciamentos públicos,
nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes
em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
e) Os psicólogos poderão o tratar a homossexualidade com terapias de reversa o do seu
cliente/paciente se este manifestar tal vontade, uma vez que a homossexualidade foi
novamente considerada como doença de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria.

Em 1973 a Associação Americana de Psiquiatria retira a homossexualidade do DSM (Manual


Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).
Letra e.

016. (FCC/2016/PREFEITURA DE TERESINA/PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PSICÓLOGO) A


Resolução CFP no 001/99, de 22 de março de 1999, estabeleceu normas de atuação para os
psicólogos em relação à questão da orientação sexual, determinando que cabe ao psicólogo
atuar segundo os princípios éticos da profissão, notadamente aqueles que disciplinam a não

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discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade. Nesta direção, os


psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito
e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam
comportamentos ou práticas homoeróticas e:
a) participarão de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais
existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
b) exercerão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos solicitados.
c) colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das
homossexualidades.
d) não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou
práticas homoeróticas.
e) insistirão o quanto necessário for, para que pessoas de orientação homoafetiva busquem
tratamento psicológico.

Proíbe, ainda, adotarem ação coercitiva que busque orientar homossexuais para tratamentos
não solicitados.
Letra d.

017. (QUADRIX/ASSESSORIA TÉCNICA/CRP 14/MS/2021) Com base na Resolução n. 1/1999,


do Conselho Federal de Psicologia, julgue o item.
É papel do psicólogo contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito
e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentem
comportamentos ou práticas homoeróticas.

De acordo com Art. 1º da Resolução 01/1999 - Os psicólogos atuarão segundo os princípios


éticos da profissão.
Certo.

018. (QUADRIX/PSICÓLOGO ASSISTENTE TÉCNICO/CRP 12/2018) A orientação sexual vem


sendo um tema bastante discutido nos dias de hoje, mas, desde 1999, o CFP estabeleceu
normas de atuação para os psicólogos em relação a esse assunto, considerando que o
psicólogo seja um profissional da saúde e que frequentemente seja interpelado por questões
ligadas à sexualidade. A respeito da Resolução CFP n. 1/1999, julgue os próximos itens.
Os psicólogos deverão atuar segundo os princípios éticos da profissão, principalmente os que
disciplinam a não discriminação, a promoção e o bem-estar das pessoas e da humanidade.

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Art. 1º Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão notadamente aqueles


que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade.

Certo.

019. (FGV/PSICÓLOGO/NITERÓI/SASDH NITERÓI/2018) A Resolução CFP n. 1, de 29 de janeiro


de/2018, que estabelece normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação
às pessoas transexuais e travestis, possui em seu texto algumas considerações importantes.
Dentre as considerações a seguir, aquela que NÃO se relaciona à Resolução CFP n. 1 é:
a) a expressão de gênero refere-se à forma como cada sujeito apresenta-se a partir do que
a cultura estabelece como sendo da ordem do feminino, do masculino ou de outros gêneros;
b) a identidade de gênero refere-se à experiência interna e individual do gênero de cada
pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo o senso
pessoal do corpo e outras expressões de gênero;
c) a identidade de gênero surge desde o nascimento, com o sexo biológico, mas pode ser
modificada a qualquer momento na vida de cada sujeito, podendo gerar sofrimento para
o qual é indicado o tratamento psicológico;
d) a estrutura das sociedades ocidentais estabelece padrões de sexualidade e gênero que
permitem preconceitos, discriminações e vulnerabilidades às pessoas transexuais, travestis
e pessoas com outras expressões e identidades de gênero não cisnormativas;
e) a autodeterminação constitui-se em um processo que garante a autonomia de cada
sujeito para determinar sua identidade de gênero.

Identidade de gênero é uma experiência interna e individual do gênero de cada pessoa, que
pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo o senso pessoal do
corpo (que pode envolver, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal
por meios médicos, cirúrgicos e outros) e outras expressões de gênero, inclusive vestimenta,
modo de falar e maneirismos (PRINCÍPIOS, 2006, p. 7).
Letra c.

020. (QUADRIX/PSICÓLOGO ASSISTENTE TÉCNICO/CRP 12/2018) A orientação sexual vem


sendo um tema bastante discutido nos dias de hoje, mas, desde 1999, o CFP estabeleceu
normas de atuação para os psicólogos em relação a esse assunto, considerando que o
psicólogo seja um profissional da saúde e que frequentemente seja interpelado por questões
ligadas à sexualidade. A respeito da Resolução CFP n. 1/1999, julgue o item.

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Os psicólogos poderão se pronunciar e participar de pronunciamentos públicos nos meios


de comunicação de massa, tanto nos casos de apoio como nos de não aprovação em relação
aos homossexuais, considerando-se que são portadores de desordem psíquica.

Art. 4º Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos


meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em
relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.

Errado.

021. (QUADRIX/PSICÓLOGO ASSISTENTE TÉCNICO/CRP 12/2018) A orientação sexual vem


sendo um tema bastante discutido nos dias de hoje, mas, desde 1999, o CFP estabeleceu
normas de atuação para os psicólogos em relação a esse assunto, considerando que o
psicólogo seja um profissional da saúde e que frequentemente seja interpelado por questões
ligadas à sexualidade. A respeito da Resolução CFP n. 1/1999, julgue o item.
Os psicólogos deverão atuar segundo os princípios éticos da profissão, principalmente os que
disciplinam a não discriminação, a promoção e o bem-estar das pessoas e da humanidade.

Art. 1º Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão notadamente aqueles


que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade.

Certo.

022. (QUADRIX/PSICÓLOGO ASSISTENTE TÉCNICO/CRP 12/2018) A orientação sexual vem


sendo um tema bastante discutido nos dias de hoje, mas, desde 1999, o CFP estabeleceu
normas de atuação para os psicólogos em relação a esse assunto, considerando que o
psicólogo seja um profissional da saúde e que frequentemente seja interpelado por questões
ligadas à sexualidade. A respeito da Resolução CFP n. 1/1999, julgue o item.
Os psicólogos poderão colaborar com eventos e serviços que proponham tratamento e
cura das homossexualidades.

Art. 3º Os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos
ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para
tratamentos não solicitados.
Parágrafo único. Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento
e cura das homossexualidades.

Errado.

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023. (CEV URCA/PSICÓLOGO/PREF MAURITI/2018) Em defesa da Resolução 01/99, o


Conselho Federal de Psicologia acionou o Supremo Tribunal Federal/STF). Entidade requer
extinção de ação judicial que defende terapia de reversão sexual. Embasado na resolução
é INCORRETO afirmar:
a) não cabe a profissionais da Psicologia no Brasil o oferecimento de qualquer tipo de terapia
de reversão sexual, uma vez que a homossexualidade não é considerada patologia, segundo
a Organização Mundial de Saúde (OMS).
b) Que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão;
c) Que a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do sujeito, a
qual deve ser compreendida por partes;
d) Que os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de
comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a
orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
e) Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e
cura das homossexualidades.

De acordo com a resolução mantida pelo STF, psicólogos não podem: favorecer a patologização
de comportamentos ou práticas homoafetivas; adotar ação coercitiva tendente a orientar
homossexuais para tratamentos não solicitados; ou colaborar com eventos e serviços que
proponham tratamento e cura da homossexualidade.
Letra c.

024. (COMPEC UFAM/PSICÓLOGO/UFAM/2018) Há alguns anos, o Conselho Federal de


Psicologia publicou uma resolução que regulamenta a prática do psicólogo na questão
da orientação sexual. A decisão foi histórica: o CFP foi o primeiro conselho profissional a
publicar uma norma preconizando a defesa da livre orientação sexual. Apesar da iniciativa,
a abordagem em casos que envolvem orientação sexual e identidade de gênero continua
sendo delicada e, não raro, objeto de dúvidas. Qual foi essa resolução?
a) Resolução 3/86.
b) Resolução 5/92.
c) Resolução 01/99.
d) Resolução 11/96.
e) Resolução 3/00.

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025. (FGV/ANALISTA TÉCNICO/MPE BA/SOCIAL/PSICOLOGIA/2017) É conhecida a polêmica


ocorrida há alguns anos que envolveu o posicionamento ético do Conselho Federal de
Psicologia e psicólogos que pretendiam curar pacientes da orientação homossexual, caso se
queixassem da mesma. No centro da discussão, encontrava-se a Resolução CFP n. 001/1999.
Considerando essa resolução, analise as afirmativas a seguir.
I – O psicólogo é um profissional da saúde, sendo frequentemente interpelado por questões
ligadas à sexualidade.
II – A homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão, fazendo
parte da identidade do sujeito a forma como cada um vive sua sexualidade.
III – Os psicólogos não se pronunciarão nem participarão de pronunciamentos públicos,
nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar preconceitos sociais em relação
a homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
De acordo com a resolução citada, está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente II;
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III.

Após muitas discussões e considerações, a resolução mencionada traz uma proposta de


olhar diferenciada, já que foi um passo grandioso tirar o comportamento homoafetivo do
escopo da doença. Dessa forma, a direção tomada pelo CFP foi de adequar-se a essa visão
de não patologização, combatendo qualquer forma de discriminação e estigmatização, a
fim de promover o bem-estar das pessoas e da humanidade.
Letra e.

026. (IDECAN/2016) “A sociedade pode ser entendida como um conjunto de posições sociais/
como a posição de médico, de professor, de aluno, de filho, de pai); todas as expectativas
de comportamentos estabelecidas pelo conjunto social para os ocupantes das diferentes
posições sociais determinam o chamado papel prescrito. Assim, sabemos o que esperar de
alguém que ocupa determinada posição.”
(Bock, 2008 p. 178.)
Em relação aos papéis sociais, é correto afirmar que
a) todos os comportamentos que manifestamos em nosso encontro são chamados, na
psicologia social, de papéis sociais.
b) os papéis sociais deveriam ser referências para nossa percepção ao outro; contudo, são
referências para o nosso próprio comportamento.

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c) os papéis sociais permitem-nos compreender a situação social, pois deveriam ser


referências para a nossa percepção do outro; contudo, não são referências para o nosso
próprio comportamento.
d) os papéis sociais permitem-nos compreender a situação social, pois são referências
para a nossa percepção do outro, ao mesmo tempo em que são referências para o nosso
próprio comportamento.

Os papéis sociais estão associados a várias outras características específicas de um sujeito.


Letra d.

027. (CESPE/2015) A respeito do processo de formação da identidade e dos elementos nela


envolvidos, julgue o item a seguir.
A identidade de gênero está diretamente relacionada à construção da identidade social, uma
vez que se compreende o homem como um ser sócio-histórico e cultural que caracteriza
as mútuas influências que constroem a identidade masculina e feminina.

A construção da identidade de gênero, não é um processo resultante de um aspecto


biológico, nem se concentra na distinção dos sexos pela sua anatomia, mas correspondem a
identificação dos aspectos culturais da sociedade do que vem a ser o feminino e masculino
por meio das representações sociais.
Certo.

028. (UPENET/IAUPE/2014) Um religioso faz a seguinte afirmativa: “ A homossexualidade é


uma afronta à ordem natural da manutenção da vida e da espiritualidade. Não há escolha
diante dos desígnios divinos e da natureza. Aquele que se acha homossexual precisa de
cuidado, para, inclusive, desvincular-se do sofrimento que lhe é intrínseco”.
Considerando os fundamentos clínicos que orientam a abordagem da homossexualidade
na Psicologia, analise as seguintes interpretações dadas a essa afirmação:
I – O religioso considera o papel da subjetividade (espiritualidade) na definição da sexualidade,
ou seja, que ela também é influenciada por desejos conscientes e inconscientes.
II – O religioso inclui a homossexualidade no âmbito dos transtornos psíquicos, apoiando-se
no pressuposto de que o sofrimento vivido pelo homossexual é derivado do preconceito.
III – O religioso faz uma abordagem atrelada ao reducionismo biológico, o qual desconsidera
as influências socioculturais na escolha da opção sexual, seja homo ou heterossexual.

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Assinale a alternativa que, segundo os fundamentos psicológicos, identifica, apenas, a(s)


interpretação(ões) INCORRETA(S).
a) I
b) II
c) III
d) I e II.
e) II e III.

A partir de uma inserção e aproximação com jovens religiosas nas etapas da formação,
percebe-se que o tema sexualidade necessita ser melhor discutido no contexto religioso,
uma vez que muitos conflitos, dúvidas e questões ainda perpassam esta temática.
Letra d.

029. (FCC/2014) Denis e Ana estão passando por um bairro desconhecido no caminho para
visitar um cliente. Torna-se óbvio para Ana que estão dirigindo em círculos e que se perderam.
Ela diz: Denis, por que você não para e pergunta para alguém se estamos no caminho certo?
Denis continua dirigindo e não responde. Ana diz: Você não está me ouvindo? Denis responde:
Sim, estou ouvindo, e continua dirigindo e obviamente ficando tenso. Ana fica em silêncio
por algum tempo, sua tensão também aumenta. Este processo comunicativo entre Denis
e Ana revela uma barreira à comunicação denominada
a) comunicação incompleta.
b) estado mental de duas pessoas.
c) estado emocional de duas pessoas.
d) diferenças de gênero.
e) estresse comunicativo.

Diferença de gênero é qualquer disparidade social ou econômica entre o gênero feminino


e masculino. A expressão “diferença de gênero” é usada para determinar as diferenças
entre o gênero masculino e feminino refletidas em questões sociais, políticas, intelectuais,
culturais e econômicas.
Letra d.

030. (FGV/2013) Nas últimas décadas, os papéis desempenhados por indivíduos de diferentes
gêneros têm sofrido algumas modificações, fruto das mudanças introduzidas pelo feminismo.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

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a) O estudo de sociedades primitivas mostra que o cuidar de crianças e idosos nem sempre
era uma tarefa das mulheres.
b) O estudo das diferentes sociedades mostra que o cuidar das crianças e idosos é uma
função feminina que não é modificada culturalmente.
c) Na atualidade, vem se verificando a desestabilização do pai como figura de lei e autoridade.
d) Na atualidade, houve significativa diminuição da participação da mulher em atividades
de ensino.
e) Na atualidade, há uma participação significativa do pai nas situações do cuidado com
as crianças.

O feminismo se divide em diversas correntes, que, entre as principais, estão: o feminismo


liberal clássico, o feminismo liberal social, o feminismo socialista, o feminismo cultural ou
da diferença, o feminismo radical e o feminismo pós-moderno.
Letra c.

031. (QUADRIX/2012) Leia as afirmativas a seguir.


I – O conhecimento psicológico sempre considerou, em suas teorias e práticas, a dimensão
de gênero.
II – Gênero é entendido como elemento constitutivo das relações sociais percebidas entre
os sexos.
III – As pesquisas na área de saúde da mulher têm demonstrado que a menopausa é uma
experiência fisiológica que se apresenta de forma semelhante em todas as culturas.
IV – Está ainda presente, no imaginário social brasileiro, a representação da fidelidade
feminina como fundamental para a valorização da mulher, sob a óptica masculina.
Pode-se afirmar que:
a) todas estão incorretas.
b) apenas II e IV estão corretas.
c) apenas IV está correta.
d) todas estão corretas.
e) apenas I está incorreta.

Na definição de Scott (1995), gênero é um elemento constitutivo das relações sociais


fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos e também um modo primordial de
dar significado às relações de poder. Para ela, essas duas proposições estão intrinsecamente
relacionadas.
Letra b.

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032. (QUADRIX/2012) A “Humilhação Social” discutida por Gonçalves Filho, J.M. em seu
trabalho com mulheres pobres de São Paulo:
a) É um conceito não relacionado às determinações econômicas e inconscientes.
b) Modalidade de angústia disparada pelo enigma da desigualdade de classes.
c) Inadequação social das classes populares por falta de uma boa formação familiar e escolar.
d) O sentir-se humilhado decorre de uma percepção ou imaginação das pessoas pobres.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

A humilhação social não marca apenas este ou aquele sujeito mais susceptível, mas atinge,
de alguma forma, todos os integrantes de determinados grupos ou classes que vivem
a realidade da dominação e recebem cotidianamente uma mensagem enigmática de
rebaixamento moral que eles não conseguem traduzir. Tal mensagem pode vir a qualquer
tempo e de qualquer um, por isto o sujeito que sofre humilhação fica em um estado de
expectativa, na angústia de esperar pelo “golpe”, mesmo em situações que supostamente
não deveriam produzir tal afeto (Gonçalves Filho, 2004).
Letra b.

033. (COMVEST UFAM/2018) Consideremos a discussão de Gênero e Psicologia/2009) que


expõe a proposição de Teresa de Laurentis/1994) de pensar o gênero como produto de
tecnologias sociais, discursos, epistemologias e práticas institucionalizadas que o sustentam
dentro de um aparato social e representacional absorvido subjetivamente por cada pessoa.
A autora também traz quatro proposições sobre o gênero:
I – O gênero é uma representação;
II – A representação do gênero é a sua construção;
III – A construção do gênero vem se efetuando hoje nos aparelhos ideológicos do Estado;
IV – A construção do gênero se faz por meio de sua reprodução.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente a afirmativa I está incorreta.
b) Somente a afirmativa II está incorreta.
c) Somente a afirmativa III está incorreta.
d) Somente a afirmativa IV está incorreta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

Num de seus textos mais conhecidos, Teresa de Lauretis afirma que gênero é produto de
diferentes tecnologias sociais, tais como internet, rádio, televisão, cinema ou jornais, e de
diversas epistemologias e práticas críticas institucionalizadas, bem como práticas da vida

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cotidiana. Em diversas outras obras, a autora vem insistindo que gênero não é propriedade
dos corpos nem algo que existe a priori nos seres humanos, mas conjunto de efeitos
produzidos nos corpos, comportamentos e relações sociais.
Letra d.

034. (CESPE/CEBRASPE/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 3/2018) No que se refere à


representação política, julgue os itens seguintes.
Nas últimas décadas, o pensamento feminista tornou-se elemento importante e inovador
da teoria política: estabeleceu novos termos a partir dos quais é possível debater questões
fundamentais sobre democracia, justiça e representação política.

Nas últimas décadas, o pensamento feminista tornou-se um componente crucial da filosofia


e da teoria tanto política quanto jurídica. Partindo das primeiras reivindicações pela mera
extensão de direitos, até seu amadurecimento a partir das pensadoras pós Simone de
Beauvoir, a análise crítica por ele empreendida abriria, aduzem Biroli e Miguel (2012), um
caminho de redefinição das próprias fronteiras do político, deslocando os debates centrais
da teoria política e recolocando os termos em que é possível discutir, hoje, questões
como democracia, representação, justiça, igualdade. Deste modo, a teoria feminista está
promovendo uma verdadeira “refundação” de toda a filosofia e teoria políticas, ou mesmo
“de toda a teoria social” (BIROLI; MIGUELI, 2012, p. 10)
Certo.

035. (IF-PA/2015/IF-PA/PROFESSOR/SOCIOLOGIA) O conceito de gênero tem estimulado


os estudos atuais de pesquisadores em diferentes campos de conhecimento, embora hoje
sua utilização, enquanto categoria de análise, tenha pontos de divergência entre algumas
pesquisadoras feministas. Elas questionam, segundo Scott/1992), que a formulação do
conceito tem “despolitizado” o movimento feminista, pois gênero é um termo aparentemente
neutro, desprovido de propósito ideológico imediato/ALVARES, M. L. M, D’INCAO, M. A.
A Mulher Existe? Uma contribuição ao estudo da mulher e gênero na Amazônia. Belém:
GEPEM, 1995).
Acerca do tema gênero marque a única alternativa correta.
a) Convenciona-se definir gênero como a dimensão dos atributos culturais alocados a cada
um dos sexos em contraste com a dimensão anatomofisiológica dos seres humanos.
b) O conceito de gênero assinala o que vem sendo cunhado como perspectiva essencialista
em oposição a uma postura marxista, que privilegia a análise em termos da distribuição do
poder baseada nos papéis sexuais.
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c) O conceito de gênero privilegia a dimensão da atribuição social de papéis, pretendendo


descartar alusões a uma atavismo biológico para explicar as feições que o feminino e o
masculino assumem em múltiplas culturas.
d) Os Estudos de Gênero buscam responder as principais questões levantadas por teorias
que procuram causas originais da dominação do sexo feminino pelo masculino.
e) O entendimento da palavra gênero demonstra que ela surgiu para justificar a naturalização
de representações simbólicas que constituem a identidade de gênero.

A ideia de gênero como baseada na “diferença percebida entre os sexos”, na oposição


natureza/cultura, rendeu uma longa e vasta herança ao campo, muitas vezes não se atentando
para os riscos e críticas acima expostos ou ainda não se atentando que a própria autora,
de algum modo, posteriormente recoloca ou esclarece os termos com que apresentara o
gênero em 1986, o que haveria gerado, como ela própria nomeia, alguns “usos e abusos”
(Scott, 2012) de tal conceito.
Letra a.

036. (INSTITUTO AOCP/SED MS/PROFESSOR DE SOCIOLOGIA/2022) Judith Butler é reconhecida


como uma das mais importantes autoras sobre os estudos de gênero. Assinale a alternativa
que corresponde às proposições teóricas dessa autora.
a) A ideia de performatividade de gênero.
b) A ideia do ciborgue, uma criatura pós-gênero.
c) A ideia do contrato heterossexual.
d) A ideia de mulheres redefinindo a diferença.
e) A ideia do espírito da autodefinição.

A performatividade do gênero é performativa no sentido de que a essência ou a identidade


que pretendem afirmar são invenções fabricadas e preservadas mediante signos corpóreos
e outros meios discursivos.
Letra a.

037. (IADES/SEDUC GO/PROFESSOR/ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) Com a proliferação de estudos


referentes a sexo e sexualidade, “gênero” tornou-se uma palavra particularmente útil, pois
oferece um meio de distinguir a prática sexual dos papéis sexuais atribuídos às mulheres
e aos homens. Ainda que os pesquisadores reconheçam a conexão entre aquilo que os
sociólogos da família chamaram de “papéis sexuais”, esses pesquisadores não postularam

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um vínculo simples ou direto entre os dois. O uso de “gênero” enfatiza todo um sistema
de relações que pode incluir o sexo, mas não é diretamente determinado pelo sexo, nem
determina diretamente a sexualidade.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade.
Porto Alegre, vol. 20 n. 2, jul/dez., 1995, pp. 71-99, com adaptações.
Ao demonstrar que papéis de gênero são padrões e expectativas de comportamentos
aprendidos em sociedade, os estudos de gênero fazem uma crítica à visão denominada
a) determinismo biológico.
b) etnocentrismo.
c) apropriação cultural.
d) multiculturalismo.
e) identitarismo.

A presença do Determinismo Biológico é observada em diversos estudos na área da


genética e neurociências, na medida em que buscam identificar e justificar as diferenças
comportamentais e cognitivas entre homens e mulheres de modo a restringi-las à informação
genética e neurofuncional.
Letra a.

038. (IFSUL/IFSUL/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA:


SOCIOLOGIA/2018) O debate sobre gênero produziu diferentes respostas para explicar as
diferenças e desigualdades entre homens e mulheres. Considerando essa diversidade de
respostas, a afirmação que está corretamente relacionada a argumentos essencialistas é:
a) A especialização de gênero, no espaço público e privado, reforça as diferenças e
desigualdades de gênero.
b) Em uma sociedade patriarcal, os homens reservam para si os espaços de poder.
c) As diferenças sexuais são a base das distintas formas de percepção entre homens e
mulheres.
d) As instituições sociais têm um papel fundamental no reforço das diferenças de gênero.

Com a proliferação dos estudos sobre sexo e sexualidade, “gênero” tornou-se uma palavra
particularmente útil, pois oferece um meio de distinguir a prática sexual dos papéis sexuais
atribuídos às mulheres e aos homens (Scott, 1995: 75).
Letra c.

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039. (UDESC/FATMA/SOCIÓLOGO/2008) É incorreto afirmar, sobre gênero e sexualidade:


a) Nos últimos anos, mais atenção foi dada à natureza da masculinidade. Alguns observadores
crêem que as amplas transformações econômicas e sociais estão provocando uma crise
da masculinidade, em que estão sendo desgastados os papéis tradicionais dos homens.
b) A maioria das pessoas no mundo é heterossexual, ainda que haja muitos gostos e
inclinações sexuais minoritários. A homossexualidade parece existir em todas as culturas
e, nos últimos anos, as atitudes para com os homossexuais tornaram-se mais flexíveis. Em
alguns países foram aprovadas leis que reconhecem as uniões homossexuais e concedem
aos casais homossexuais os mesmos direitos que aos casais tradicionais.
c) O movimento feminista deu nascimento a um imenso corpo teórico que tenta explicar
as desigualdades dos gêneros e apresentar planos para superar aquelas desigualdades.
Escolas feministas que disputam entre si buscaram explicar as desigualdades, por meio
de uma variedade de processos sociais profundamente arraigados, tais como o sexismo, o
patriarcalismo, o capitalismo e o racismo.
d) De acordo com a teorização feminista, há uma profunda desigualdade dividindo homens
e mulheres, com os primeiros apropriando-se de uma parte gritantemente desproporcional
dos recursos materiais e simbólicos da sociedade. Essa repartição desigual estende-se
também à educação. Nessa análise, o nível de educação das mulheres, em muitos países,
sobretudo naqueles situados na periferia do capitalismo, era visivelmente mais baixo que
o dos homens, refletindo seu acesso desigual às instituições educacionais.
e) Os sociólogos distinguem sexo e gênero. O sexo refere-se às diferenças psicológicas,
sociais e culturais entre homens e mulheres; o gênero diz respeito às diferenças biológicas
entre os corpos masculinos e femininos.

As relações de gênero referem-se às relações sociais de poder entre homens e mulheres,


em que cada um tem seu papel social que é determinado pelas diferenças sexuais. Este
tipo de relação desigual imposto pela sociedade antes mesmo da criança entrar na escola é
comum no espaço escolar, que apenas reforça os preconceitos e privilégios de um sexo sobre
outro e ajuda na construção da identidade sexual das meninas e dos meninos, utilizando-se
da disciplina como instrumento para orientar a conduta das crianças segundo seu gênero.
Letra e.

040. (CESPE/CEBRASPE/SEDUC ES/PROFESSOR/ÁREA: SOCIOLOGIA/2008) Diversidade


cultural e étnica são temas que aparecem cada vez com mais frequência nos meios de
comunicação. Estão, em geral, carregados de juízo de valor e de visões distorcidas de
fenômenos sociológicos. A respeito desses temas, julgue os itens a seguir.

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Relações sexuais e relações de gênero detêm o mesmo estatuto teórico no âmbito das
ciências sociais, pois referem-se às modalidades de relações entre homens e mulheres.

A divisão analítica entre “sexo” e “gênero” remonta aos estudos do médico John Money, de
acordo com os quais a anatomia sexual de nascença de um indivíduo não garantiria que, ao
longo de sua vida, esse mesmo ser pudesse tornar-se aquilo que socialmente é reconhecido
como um homem ou uma mulher de verdade: “O fato é que não há dois caminhos, mas um
caminho com numerosas encruzilhadas, onde cada um de nós toma a direção masculina ou
feminina. Nós nos tornamos homens e mulheres em etapas” (Money; Tucker, 1981, p. 9).
Errado.

041. (CESPE/CEBRASPE/SEDUC ES/PROFESSOR/ÁREA: SOCIOLOGIA/2008) Diversidade


cultural e étnica são temas que aparecem cada vez com mais frequência nos meios de
comunicação. Estão, em geral, carregados de juízo de valor e de visões distorcidas de
fenômenos sociológicos. A respeito desses temas, julgue os itens a seguir.
Quando posições ocupadas por homens e mulheres implicam diferentes salários e relações
assimétricas de poder e prestígio, pode-se dizer que existe um sistema de estratificação
de gênero na sociedade.

A premissa universalizante da igualdade, conjugada ao mandamento garantista


antidiscriminatório, demanda o dever de positivamente se diferenciar os não semelhantes,
e rechaça a discriminação subjetiva e ilegítima (Mariana CANOTILHO, 2011), ambientados
que são no paradigma constitucional da dignidade.
Antagonicamente a esses postulados, discriminação e diferenciações são aplicadas a
determinados segmentos sociais (negros, mulheres, idosos, imigrantes, pessoas com
deficiência), nos mais diversos contextos, em especial no mercado de trabalho, concorrendo
em disparidades diversas que social e culturalmente ainda posicionam a mulher como um
ser submetido à supremacia do homem e que afeta todas as esferas sociais, a se entrelaçar
com a desigualdade de classes.
Certo.

042. (INÉDITA/2023) A compreensão do conceito gênero está composta por uma variedade
de proposições de cunho filosófico, religioso e principalmente científico,
a) Podem não ser apresentadas em conjunto devido a suas similaridades.
b) perspectivas foram difundidas desde o século XV no Oriente pelo catolicismo.

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c) aprimoradas no século XVII por específicas correntes científicas.


d) delegam aos aspectos biológicos inatos a primazia pelas definições das características
psicológicas e subjetivas dos indivíduos.

A compreensão do conceito gênero está composta por uma variedade de proposições de


cunho filosófico, religioso e principalmente científico, mas que podem ser apresentadas em
conjunto devido a suas similaridades. Tais perspectivas foram difundidas desde o século
XVI no Ocidente pelo catolicismo e aprimoradas no século XIX por específicas correntes
científicas (principalmente pela neurobiologia, neuropsicologia, sociologia genética e
darwinismo social) que delegam aos aspectos biológicos inatos a primazia pelas definições
das características psicológicas e subjetivas dos indivíduos.
Letra d.

043. (INÉDITA/2023) A diferença biológica dos sexos definiria rígidos papéis de gênero e
de vivência da sexualidade,
a) as mulheres por possuírem biologicamente mais massa muscular que seriam os principais
responsáveis pela caça e pelo sustento do lar.
b) as suas características anatômicas decorreriam características psicológicas.
c) essencialismo biológico e que muito influenciou a Psicologia Evolutiva.
d) maior capacidade de organização grupal e de dominação dos homens.

A diferença biológica dos sexos definiria rígidos papéis de gênero e de vivência da sexualidade.
Tal proposição, explanada por Citellli (2001) e Parisotto (2003), denominada essencialismo
biológico e que muito influenciou a Psicologia Evolutiva, seria justificada da seguinte
maneira: os machos/homens, por possuírem biologicamente mais massa muscular que as
mulheres, seriam os principais responsáveis pela caça e pelo sustento do lar; e das suas
características físicas decorreriam características psicológicas, como maior capacidade de
organização grupal (necessária para a caça, e depois para a ocupação do espaço público) e
de dominação das fêmeas.
Letra c.

044. (INÉDITA/2023) O imperativo reprodutivo impõe um modelo de relação de entre os


indivíduos no qual coexistiriam harmoniosamente dois sexos e dois gêneros.
Julgue os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I – essa concepção assumiu diversas formas e teve diversos divulgadores.

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II – com o objetivo de elaborar análises e conclusões sobre os fatos e pessoas.


III – apontando uma possível correlação de causa e efeito, além de identificar a motivação
e as alterações psicológicas.
a) Apenas o item I é verdadeiro.
b) Apenas o item II é verdadeiro.
c) Apenas o item III é verdadeiro.
d) Apenas os itens II e III são verdadeiros.
e) Todos os itens são verdadeiros.

O imperativo reprodutivo impõe um modelo de relação de e entre os indivíduos no qual


coexistiriam harmoniosamente dois sexos e dois gêneros. Corbin (1987), num excelente
estudo histórico, destaca que essa concepção assumiu diversas formas e teve diversos
divulgadores, sendo um dos seus principais defensores a Igreja Católica por meio do discurso
moralizante. Isso serviria para estruturar e assegurar tanto a reprodução biológica quanto
a reprodução (simbólica) dos papéis sociais e sexuais no seio da família formada pelo
casamento.
Letra a.

045. (INÉDITA/2023) Acerca das teorias psicanalíticas e antropológicas, julgue o item a seguir.
Essas proposições ainda consideram que a estrutura sócio-simbólica que organiza as relações
sociais e as de gênero não foi abalada.

Apesar das inúmeras elucidações e avanços das teorias psicanalíticas e antropológicas acerca
das consequências sociais, culturais e subjetivas/psicológicas das diversas mudanças sociais
referentes à sexualidade, algumas dessas proposições ainda consideram que a estrutura
sócio-simbólica que organiza as relações sociais e as de gênero não foi abalada. Ou seja,
permanece a interdependência e complementaridade entre homens e mulheres.
Certo.

046. (INÉDITA/2023) Freud como Lacan partem do pressuposto de que o pênis/falo é a


norma orientadora da vida psíquica e que os homens.
Julgue os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I – por possuírem pênis, possuiriam certas vantagens sobre as mulheres.
II – as identificações, para serem normais e salutares, devem seguir um padrão complementar
calcado na heterossexualidade.

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III – invejosas do pênis e necessitadas de se ligarem a alguém que o possua.


a) Apenas o item I é verdadeiro.
b) Apenas o item II é verdadeiro.
c) Apenas o item III é verdadeiro.
d) Apenas os itens II e III são verdadeiros.
e) Todos os itens são verdadeiros.

Em suma, tanto Freud como Lacan partem do pressuposto de que o pênis/falo é a norma
orientadora da vida psíquica e que os homens, por possuírem pênis, possuiriam certas
vantagens sobre as mulheres (invejosas do pênis e necessitadas de se ligarem a alguém
que o possua) e que as identificações, para serem normais e salutares, devem seguir um
padrão complementar calcado na heterossexualidade.
Letra e.

047. (INÉDITA/2023) Joan Wallach Scott na década de 80 pretendia organizar e propor uma
nova definição para o conceito gênero:
I – Influenciada por diversificadas vertentes do movimento feminista, pelo desconstrucionismo
de Derrida e principalmente pelos estudos sobre poder de Foucault.
PORQUE
II – o conjunto dos sentidos dinâmicos (não biologicamente determinados) construídos nas
relações de poder que sustentam as relações entre homens e mulheres.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

Uma das primeiras e mais emblemáticas teorizações sobre o conceito de gênero e sexualidade
foi proposta por Joan Wallach Scott na década de 80 e pretendia organizar (relatando quais
seriam as principais correntes teóricas) e propor uma nova definição para o conceito gênero.
Influenciada por diversificadas vertentes do movimento feminista, pelo desconstrucionismo
de Derrida e principalmente pelos estudos sobre poder de Foucault, Scott (1988) define
gênero como: o conjunto dos sentidos dinâmicos (não biologicamente determinados)
construídos nas relações de poder que sustentam as relações entre homens e mulheres.
Letra a.

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048. (INÉDITA/2023) A história e os agrupamentos humanos, por meio da cultura e da


socialização, organizam de múltiplas maneiras as relações sociais:
I – o gênero não seria a diferença sexual, mas sim as representações e as relações (de poder)
produzidas a partir da constatável diferença sexual.
PORQUE
II – não é a diferença sexual por si só que organiza as relações entre homens e mulheres, mas
sim são as relações de poder que definem como os sexos devem manter suas interações.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas
b) I e II estão incorretas
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

Para Scott (1988), a história e os agrupamentos humanos, por meio da cultura e da


socialização, organizam de múltiplas maneiras as relações sociais e, assim, o gênero não
seria a diferença sexual, mas sim as representações e as relações (de poder) produzidas a
partir da constatável diferença sexual e, portanto, passíveis de alteração. Em suma, apesar
de constatável na realidade, não é a diferença sexual por si só que organiza as relações
entre homens e mulheres, mas sim são as relações de poder que definem como os sexos
devem manter suas interações.
Letra a.

049. (INÉDITA/2023) Acerca binarismo sexual, julgue o item a seguir.


Entre machos e fêmeas permanece, pois um só pode ser compreendido a partir e em relação
ao outro.

Assim, o binarismo sexual entre machos e fêmeas permanece, pois um só pode ser
compreendido a partir e em relação ao outro. Essa conclusão, em contrapartida, também
permitiu a revisão do simplório esquema dominação masculina/subordinação feminina.
Certo.

050. (INÉDITA/2023) A sexualidade não se limita à variabilidade das posições possíveis na


cópula, nem se refere às diferenças biológicas, e tampouco se restringe ao conjunto dos
conteúdos _________.
a) Conscientes.

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b) Parceiros.
c) Ajudantes.
d) Organizados.
e) Inconscientes.

Para Foucault (1997), sexualidade não se limita à variabilidade das posições possíveis na
cópula, nem se refere às diferenças biológicas, e tampouco se restringe ao conjunto dos
conteúdos inconscientes.
Letra e.

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REFERÊNCIAS

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Kahhale, E. M. (2011). Histórico do Sistema de Conselhos de Psicologia e a interface com


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