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SOCIOLOGIA E

PSICOLOGIA APLICADAS
AO TRABALHO
Industrialização e Trabalho

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240119421227

MARCELO CAMACHO

Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH-UERJ/2019). Mestre em Políticas


Públicas e Formação Humana (PPFH-UERJ/2014). Graduado em Gestão de Recursos
Humanos pela Universidade Estácio de Sá (2000), bacharel em Ciências Sociais pela
UERJ (2007) e licenciado em Ciências Sociais pela UERJ (2007). Possui especialização em
Planejamento Educacional e Políticas Públicas pela Universidade Gama Filho (2009) e em
Gestão de Organizações de Ciência e Tecnologia em Saúde pela ENSP/FIOCRUZ (2014).
Possui experiência de 25 anos em Gestão de Recursos Humanos em empresas privadas e
públicas. Foi chefe de departamento de pessoal na Companhia Comercio e Construções,
analista de RH sênior na Globosat Programadora, analista master de RH na Fundação Ary
Frauzino, gestor do Trabalho no Ministério da Saúde, analista de Ciência e Tecnologia no
Instituto Nacional do Câncer (INCA), perfil Gestão de RH, e desde 2012 atua na Fundação
Oswaldo Cruz como analista de Gestão em Saúde, perfil Gestão de Recursos Humanos.
Desenvolve trabalhos nos temas de Democracia e Participação Local, Políticas Públicas
de Trabalho e Renda, Inclusão e Direitos Humanos. Atualmente é analista de Gestão em
Saúde na Fundação Oswaldo Cruz, onde coordena o Núcleo de Atividades de Extensão do
IOC (Instituto Oswaldo Cruz) e é docente permanente no Programa de Pós-Graduação em
Ensino em Biociências e Saúde. Atua como avaliador institucional do INEP/MEC e elaborador
de itens do ENADE – INEP/MEC. Foi aprovado nos seguintes concursos: analista de Ciência
& Tecnologia (CNEN), analista RH (CODEVASF), analista de Ciência & Tecnologia (INCA),
professor de Sociologia (SEEDUC-RJ), analista de Gestão em Saúde (FIOCRUZ), professor
de Sociologia substituto (IFRJ) e professor substituto (Teoria Organizacional UFRJ).

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Sociologia e Psicologia Aplicadas ao Trabalho
Industrialização e Trabalho
Marcelo Camacho

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Industrialização e Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Fases da Revolução Industrial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Artesanato, Manufatura e Maquinofatura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2. Capitalismo Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3. Condições Laborais na Era da Revolução Industrial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2. Escola Clássica de Administração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.1. Modelos de Gestão (Escola Clássica) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2. Administração Científica (Taylorismo). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3. Fordismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.4. Toyotismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.5. Plataformas Digitais e Uberização do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

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APRESENTAÇÃO
Olá, caro(a) concurseiro(a)!
Vamos à nossa aula de Sociologia do Trabalho!

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INDUSTRIALIZAÇÃO E TRABALHO

1. FASES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


A evolução da Revolução Industrial abrange diversos momentos desde o início do avanço
do processo industrial, que teve seu ponto de partida na Inglaterra no século XVIII. Este
processo é categorizado em três fases distintas: a Primeira Revolução Industrial, a Segunda
Revolução Industrial e a Terceira Revolução Industrial. Vamos explorar resumidamente cada
uma dessas etapas, destacando suas características principais.

PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


Iniciada na Inglaterra no século XVIII e estendendo-se de 1750 a 1850, a Primeira Revolução
Industrial foi marcada por descobertas cruciais que impulsionaram a expansão das indústrias.
O progresso técnico e científico, juntamente com a introdução de máquinas como a máquina
de fiar, o tear mecânico e a máquina a vapor, promoveu a mecanização dos processos.
Essa fase testemunhou a ascensão das indústrias têxteis, metalúrgicas, siderúrgicas e
de transporte, com o carvão desempenhando um papel essencial como fonte de energia. O
aumento da produção, a transição do trabalho manual para o industrial, o desenvolvimento
do comércio internacional e a expansão do mercado consumidor foram resultados notáveis.
A classe burguesa liderou esse avanço, impulsionando a Revolução Industrial na
Inglaterra e transformando o país em uma potência econômica dominante. A classe
operária, conhecida como proletariado, emergiu como mão de obra barata nas fábricas,
contribuindo para o crescimento industrial.

SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


A Segunda Revolução Industrial teve início em meados do século XIX, estendendo-se de
1850 a 1950. Caracterizada pela consolidação do progresso científico e tecnológico, essa
fase expandiu-se para outros países europeus, como França e Alemanha.
Descobertas importantes, como a invenção da lâmpada incandescente e o desenvolvimento
de meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão, cinema e rádio), impulsionaram
o progresso além das fronteiras da Inglaterra. Avanços na medicina e química, incluindo
antibióticos e vacinas, contribuíram para a qualidade de vida.
A transição para o uso do aço e a introdução de novas fontes de energia, como o petróleo,
foram cruciais para a construção de máquinas, pontes e fábricas. Essa fase viu a criação
do automóvel e do avião, representando avanços significativos nos meios de transporte.

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A Segunda Revolução Industrial também marcou o surgimento do fordismo e taylorismo,


revolucionando a produção industrial com a introdução de esteiras rolantes, otimizando
processos e aumentando os lucros.

TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


A Terceira Revolução Industrial teve início em meados do século XX, abrangendo o
período de 1950 até os dias atuais. Essa fase testemunhou avanços notáveis em ciência,
tecnologia, informática, robótica e eletrônica.
O desenvolvimento da engenharia genética e biotecnologia, juntamente com a produção
em massa de medicamentos e avanços na medicina, marcou essa era. O surgimento da
energia atômica, com o uso de elementos radioativos, teve início, embora tenha revelado
seus perigos após o final da Segunda Guerra Mundial, exemplificado pelo lançamento da
bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki.
A corrida espacial durante a Guerra Fria, com a chegada do homem à lua em 1969,
destacou os avanços tecnológicos e a produção de armamentos. Novas ligas metálicas
impulsionaram a metalurgia, contribuindo para a construção de naves espaciais e aeronaves.
Nessa fase, os direitos trabalhistas começaram a se expandir, reduzindo as horas de
trabalho, proporcionando benefícios e proibindo o trabalho infantil. Esses fatores foram
cruciais para a modernização das indústrias, marcando os avanços contínuos nas tecnologias
de informação e a globalização.

1.1. ARTESANATO, MANUFATURA E MAQUINOFATURA


O processo de especialização dos indivíduos teve origem na sociedade moderna e urbana,
contrastando com o período medieval em que o camponês dependia de suas habilidades
para produzir o necessário para consumo e subsistência.
A progressão histórica da indústria pode ser identificada em três etapas: artesanato,
manufatura e maquinofatura.
Artesanato – é o estágio em que o produtor (artesão) realiza todas as fases da produção
e até mesmo a comercialização do produto de forma independente. O modo artesanal de
produção persistiu até aproximadamente o século XVII, mas ainda é encontrado em vários
países ao redor do mundo.
Manufatura – nesta fase, já ocorria a divisão do trabalho, em que cada operário
desempenhava uma tarefa ou era responsável por parte da produção. Embora houvesse a
utilização de máquinas simples, a produção dependia principalmente do trabalho manual.
O estágio da manufatura corresponde, em termos gerais, à transformação do artesão
em assalariado. A manufatura caracterizou a fase inicial do capitalismo nos séculos XVII e
meados do século XVIII.
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Apesar de o termo “manufatura” referir-se ao segundo estágio da evolução da indústria,


é também utilizado para designar produtos industrializados (manufaturados).
Maquinofatura – é o processo que teve início no século XVIII com a Revolução Industrial.
Caracteriza-se pelo amplo uso de máquinas e fontes de energia, como carvão mineral e
petróleo, produção em larga escala, e uma significativa divisão e especialização do trabalho.

1.2. CAPITALISMO INDUSTRIAL


O Capitalismo Industrial, também conhecido como Industrialismo, representa a segunda
fase do capitalismo, sendo iniciado com a Revolução Industrial no século XVIII e consolidado
durante a Segunda Revolução Industrial nos séculos XIX e início do XX.
Fases do Capitalismo:
Fase Período
Capitalismo Comercial ou Mercantil (Pré-
Séculos XV ao XVIII
capitalismo)
Capitalismo Industrial ou Industrialismo Séculos XVIII e XIX
Capitalismo Financeiro ou Monopolista A partir do século XX

CARACTERÍSTICAS DO CAPITALISMO INDUSTRIAL


• Industrialização e avanço dos transportes;
• Nova forma de divisão social do trabalho;
• Surgimento do trabalho assalariado;
• Propagação do liberalismo e livre concorrência;
• Intensificação das relações comerciais internacionais;
• Emergência da classe operária (proletariado) e sindicatos;
• Predomínio da burguesia industrial;

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• Crescimento urbano e desenvolvimento tecnológico;


• Transformação das manufaturas em produtos industrializados;
• Produção em larga escala;
• Aumento da produção de mercadorias e redução de preços;
• Imperialismo e Globalização.

CRESCIMENTO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS


O Capitalismo Industrial surge com a Revolução Industrial, marcando a substituição gradual
do trabalho manual por máquinas. A transição do pré-capitalismo para o industrialismo foi
impulsionada pelas inovações na produção de mercadorias, especialmente na Inglaterra.
Uma notável invenção desse período foi a máquina a vapor, alimentada por carvão, que
impulsionou a produção e os lucros. Isso resultou em uma expansão global do mercado consumidor.
O capitalismo teve suas origens no século XV, inicialmente como capitalismo mercantil.
Esse estágio estava centrado no mercantilismo (monopólio, balança comercial favorável e
metalismo) e nos interesses crescentes da burguesia. Nessa fase, as grandes navegações
e o comércio de especiarias eram fundamentais para a economia.
Na primeira fase do capitalismo, o lucro era obtido principalmente pelo comércio de
manufaturas. Com o advento do capitalismo industrial, o comércio tornou-se focado na
produção em larga escala de mercadorias industrializadas.
No capitalismo industrial, a classe burguesa, detentora dos meios de produção, enriquecia
através da exploração da mão de obra assalariada nas fábricas. Isso gerou descontentamento
entre os operários, resultando em desigualdades sociais crescentes.
O êxodo rural impulsionou o desenvolvimento do capitalismo industrial, levando a uma
explosão demográfica e à criação de uma nova divisão de trabalho nas cidades.
O enriquecimento da burguesia, investimentos em descobertas e a expansão dos mercados
consumidores contribuíram para a expansão global do capitalismo. Essas transformações
foram cruciais para o surgimento de uma nova fase: o capitalismo financeiro ou monopolista,
marcado pelo desenvolvimento das relações internacionais e da globalização.

1.3. CONDIÇÕES LABORAIS NA ERA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


Os trabalhadores na época da Revolução Industrial enfrentavam condições laborais
extremamente adversas, marcadas pela exploração capitalista e práticas desumanas. O
salário, muitas vezes insuficiente, remunerava apenas parte do tempo de trabalho, enquanto
o restante era apropriado pelos capitalistas.
Nas fábricas, os operários se deparavam com ambientes hostis, caracterizados por
temperaturas elevadas, umidade, sujeira e falta de iluminação adequada. As jornadas de

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trabalho eram exaustivas, atingindo até 14 ou 16 horas diárias, com intervalos mínimos
para refeições precárias.
A exposição contínua ao ar poluído das máquinas resultava em doenças respiratórias para
muitos trabalhadores. Os movimentos repetitivos desgastavam as articulações, causando
dores intensas e problemas de saúde a longo prazo. Acidentes graves eram comuns, deixando
alguns operários incapacitados para o resto de suas vidas.
Os empregadores, visando lucros máximos, incentivavam o trabalho infantil, aproveitando-
se dos salários mais baixos e da obediência das crianças, inclusive aquelas com apenas seis
anos de idade que eram comumente empregadas nas fábricas inglesas. Mulheres e crianças
recebiam salários significativamente inferiores aos dos homens.
A disciplina nas fábricas era mantida por meio de métodos coercitivos. Chefes e capatazes
frequentemente utilizavam violência, aplicando castigos físicos aos operários. Supervisores
vigilantes garantiam a disciplina, e os patrões instituíam prêmios para os trabalhadores
mais obedientes e multas para os que desrespeitavam horários e normas. O controle
rígido do tempo era alcançado através da proibição de relógios nas fábricas, sendo apenas
os supervisores autorizados a indicar o término do expediente. Dessa forma, o horário
de entrada, saída, intervalo e tempo dedicado às tarefas produtivas eram estritamente
regulados pelo relógio mecânico.

001. A Terceira Revolução Industrial teve início no século XVIII e abrangeu o período de 1850
até os dias atuais.

A Terceira Revolução Industrial teve início em meados do século XX, não no século XVIII.
Errado.

002. O Fordismo e Taylorismo, responsáveis por introduzir esteiras rolantes e otimizar


processos na produção industrial, marcaram a Primeira Revolução Industrial.

O Fordismo e Taylorismo são conceitos associados à Segunda Revolução Industrial, não à Primeira.
Errado.

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003. O estágio da Manufatura corresponde à transformação do artesão em assalariado,


caracterizando-se pelo amplo uso de máquinas e fontes de energia.

A fase da Manufatura, na evolução industrial, representou a transição do artesão para o


assalariado, ainda com uso de máquinas simples.
Certo.

2. ESCOLA CLÁSSICA DE ADMINISTRAÇÃO


Para entendermos os modelos de gestão é preciso que salientemos que estas existem
porque as organizações existem. Os modelos de gestão foram criados para gerar resultados
melhores para as organizações, sejam elas de que tipo forem. É o esforço humano em
entender como funcionam as organizações e alcançar performances cada vez mais elevadas.
Por organização podemos entender um “conjunto de pessoas que atuam juntas em
uma criteriosa divisão de trabalho para alcançar um objetivo comum”. Neste sentido
são instrumentos sociais para racionalmente os homens produzirem benefícios coletivos
que individualmente seriam impossíveis de serem alcançados. Porém, uma organização é
mais do que meramente um instrumento para produção de bens e serviços. São espaços
de sociabilidade, instrumentos sociais, onde a vida se propaga.
Existem diversas formulações para o conceito de organização. O conceito acima está no livro
do Prof. Chiavenato, “Comportamento Organizacional”. Desta definição percebemos alguns
elementos que compõem uma organização: pessoas, divisão do trabalho e objetivos comuns.
Outra definição na mesma linha é a de Maximiniano, segundo o qual organização é “um
sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos).
Além de objetivos e recursos, as organizações têm dois outros componentes principais:
processos de transformação e divisão do trabalho”.
Percebemos que este segundo autor inclui mais um elemento como característica de
uma organização: processos de transformação. Conforme veremos mais à frente, esta é
uma característica essencial dos sistemas abertos.
No momento basta sabermos que estes elementos sugerem que as organizações precisam
ser administradas. Para atender aos propósitos das organizações foram desenvolvidas desde
o final do século XIX até os nossos dias diversos modelos de gestão. Trata-se de diferentes
abordagens, resultantes do avanço do conhecimento e de realidades históricas distintas.
Estes modelos estão calcados em teorias administrativas. O quadro abaixo demonstra as
principais teorias administrativas e seus enfoques. Iremos abordar cada uma delas.

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Fonte: Chiavenato (2005).

2.1. MODELOS DE GESTÃO (ESCOLA CLÁSSICA)


As teorias administrativas surgem no final do século XIX junto com a complexidade das
grandes organizações e da produção em massa. As duas primeiras grandes abordagens
nesse sentido foram a teoria da administração científica de Taylor e a Teoria Clássica. Elas
foram desenvolvidas por Taylor e Fayol.

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2.2. ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA (TAYLORISMO)


Foi uma das primeiras teorias formuladas a respeito das organizações e tinham como
preocupação a racionalização do trabalho no dia a dia das fábricas.
Foi formulada pelo engenheiro americano Frederic Taylor (1856-1915). A principal
preocupação era a eliminação do desperdício (redução de custos) e o aumento da eficiência,
por meio da sistematização do trabalho. Diferenciou gerentes e trabalhadores de linha. Os
primeiros deviam pensar e definir o método de trabalho, enquanto aos últimos caberia a
execução daquilo que foi planejado pelos gerentes. A ênfase era na tarefa padronizada e
fragmentada, portanto no nível da tarefa. Cada trabalhador executaria um conjunto de
movimentos repetitivos que culminaria na máxima eficiência nas operações realizadas.
Taylor preocupou-se com a melhor maneira de realizar as tarefas.
Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos
quatro princípios a seguir, publicados em 1903 no estudo chamado Shop Management
(Administração de Operações Fabris:

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1. Princípio de Planejamento: substituir no trabalho o critério individual do operário, a


improvisação e a atuação empírico-prática, pelos métodos baseados em procedimentos
científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento do método
de trabalho.

2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com


suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo
com o método planejado. Além do preparo da mão de obra, preparar também as
máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição
racional das ferramentas e materiais.

3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que ele está


sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano
previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a
melhor possível.

4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as


responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

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OBJETIVOS DO ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS

1. Eliminação do desperdício de esforço humano e de movimentos inúteis.


2. Adaptação dos operários à tarefa.
3. Facilidade no treinamento dos operários, melhoria da eficiência e do
rendimento da produção pela especialização das atividades.
4. Distribuição uniforme do trabalho para que não haja períodos de falta ou de
excesso de trabalho.
5. Definição de métodos e estabelecimento de normas para a execução do
trabalho.
6. Estabelecer uma base uniforme para salários equitativos e prêmios de
produção.

A ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO


1. Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos – consistia em decompor
– racionalizar – cada tarefa em uma série ordenada de movimentos simples, com isso
padronizava-se o método de trabalho, seus movimentos e o tempo destinado à sua execução.
2. Estudo da fadiga humana – eliminação de movimentos que desnecessários, visando
à diminuição de esforços musculares.
3. Divisão do trabalho e especialização do operário – a eficiência aumenta com a
especialização, assim, o funcionário limitava-se à execução rotineira do mesmo trabalho
para ajustar-se aos padrões descritos pelo método e às normas de desempenho do método.
4. Desenho de cargos e tarefas – compreende a definição de seu conteúdo (tarefas/
atividades), métodos de execução e relações com outros cargos;
5. Incentivos salariais e prêmios de produção – Taylor relacionou remuneração com
quantidade produzida. O salário era proporcional à produção.
6. Conceito de homo economicus – as pessoas são motivadas exclusivamente por
recompensas materiais, salariais e econômicas.
7. Condições ambientais de trabalho – iluminação, ventilação, arranjo físico etc.
deveriam ser favoráveis para garantir aumento da eficiência.
8. Padronização de métodos e de máquinas – são selecionados os métodos, ferramentas,
equipamentos, máquinas etc. mais condizentes para fazer certa tarefa, a padronização
elimina desperdícios, variabilidade e diversidade no processo produtivo e incrementa níveis
de eficiência.
9. Supervisão funcional – a especialização do operário deveria ser acompanhada
da especialização do supervisor. Cada supervisor deve cuidar de determinada área ou
especialidade, possuindo autoridade somente naquela área que supervisiona.

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Nesse modelo a responsabilidade pela organização das tarefas é exclusivamente


dos gerentes, cabendo aos operários a execução fiel daquilo que foi definido. Aos gerentes
também caberia manter os operários livres de interferências externas que provoquem
paralisação das atividades. Contribuíram também com a teoria da administração científica
o casal Gilbreth que focou atenção nos estudos dos tempos e movimentos, Henry Gant
que desenvolveu um método de remuneração baseado em alcance de metas (realização
do trabalho no tempo estipulado) e Harrington Emerson que elaborou uma lista com 12
princípios para a administração.
Ressalte-se que a ideia prevalente é a de que as pessoas trabalhavam exclusivamente
para ganhar um salário e recompensas maiores em dinheiro. Prevalecia assim o conceito
de homem econômico (homo economicus).

AS CONDIÇÕES DE TRABALHO PARA A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA


1. Adequação de ferramentas de trabalho e equipamentos de produção para minimizar
o esforço do operador e a perda de tempo na execução da tarefa.
2. Arranjo físico de máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da produção.
3. Melhoria do ambiente físico de trabalho para evitar que ruído, ventilação, iluminação
e conforto no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador.
4. Projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores,
seguidores, contadores e utensílios para reduzir movimentos inúteis.
Esta teoria se caracteriza por seus aspectos prescritivo e normativo, e pelo modelo
de sistema fechado, pois analisa apenas o ambiente interno da empresa sem nenhuma
preocupação com o ambiente externo. A Administração Científica visualiza as empresas
como se estivessem no vácuo, autônomas, hermeticamente fechadas, caracterizando-se
assim por ter uma abordagem de sistema fechado. Ela não considera as variáveis extrínsecas
(ambientais, econômicas, políticas e sociológicas).
É uma teoria mecanicista, pois concebe a organização como um arranjo estático e rígido de
peças, uma máquina. Em nenhum momento considerou as organizações informais. O indivíduo
era considerado como “algo” sem capacidade alguma de pensar, servia somente para executar.

004. (CESPE/2012/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO) De acordo com os princípios da administração


científica descritos por Taylor, o objetivo da boa administração é pagar altos salários e ter
baixos custos.

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Atenção! Alguns afirmaram que a CESPE deu uma exagerada nesta afirmativa, mas não
podemos negar o argumento central do comando da questão! Para Taylor pagamentos
de bons salários e redução de custos eram objetivos da organização racional do trabalho.
Certo.

005. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) De acordo com a administração


científica, bom operário é aquele com iniciativa de ações.

Para Taylor o operário deveria restringir-se a executar aquilo que lhe foi ordenado, a função
de planejar as ações era dos gerentes. Operário com iniciativa, na teoria da administração
científica, era uma aberração.
Errado.

006. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) A racionalização do trabalho operário


foi assunto abordado na obra Shop Management (Administração de Oficinas), de Taylor,
publicada em 1903.

Perfeito! Taylor publicou em 1903 o estudo chamado Shop Management (Administração de


Operações Fabris), no qual propunha sua filosofia de administração, que abrangia quatro
princípios, como vimos em aula:
I – Racionalizar as tarefas: encontrar o melhor meio para executar cada tarefa;
II – Selecionar as pessoas mais adequadas para a execução das tarefas;
III – Treinar as pessoas para a execução das tarefas de acordo com o método escolhido;
IV – Monitorar o desempenho para verificar se o que foi planejado está sendo executado.
Certo.

007. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) Taylor, que era contra a especialização


do operário, defendia o perfil generalista como ponto principal para o desenvolvimento do
processo de produção.

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Nada disso! Tanto Taylor quanto Fayol defendiam a especialização do trabalho operário.
Uma tarefa deveria ser reduzida à menor unidade possível de especialização, que tornasse
mais rápido e econômico o processo produtivo. Falaremos sobre Fayol mais à frente.
Errado.

008. (CESPE/2011/FUB/SECRETÁRIO EXECUTIVO) De acordo com Taylor, o nível de eficiência


do trabalhador é estabelecido com base na capacidade social que esse trabalhador apresenta,
e não em sua capacidade de executar o trabalho corretamente no prazo estabelecido.

Nada disso! Uma das desvantagens da administração científica era o fato de possuir uma
visão reducionista do homem. Esta visão ignorava o trabalhador como um ser social, e
considerou-o como se fosse um acessório do maquinário industrial. O que interessava, na
verdade, era sua capacidade de executar o trabalho de forma eficiente, no menor tempo
possível. Lembrem-se do filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin que traz uma crítica
a esta perspectiva mecanicista!
Errado.

2.3. FORDISMO
Desenvolvido por Henry Ford, o Fordismo representa uma evolução do modelo de Taylor,
conhecido como Taylorismo, sendo uma abordagem organizacional centrada na produção
em massa. O Fordismo buscava não apenas aumentar a eficiência, mas também atingir
níveis mais elevados de produtividade por meio da padronização na fabricação.
Uma das características marcantes do Fordismo era a divisão do trabalho, desmembrando
as tarefas em operações menores, cada uma atribuída a um trabalhador específico. Embora
a gestão tenha mantido suas funções do Taylorismo, uma inovação crucial foi introduzida: a
esteira rolante. Esse equipamento dinamizou e estabilizou o ritmo de trabalho na produção.
O Fordismo deixou um impacto significativo nos Estados Unidos, revolucionando a
produção automotiva e sendo posteriormente adaptado para diversas outras indústrias
ao longo dos anos.

ORIGENS E EVOLUÇÃO DO FORDISMO


No final do século XIX, a Segunda Revolução Industrial impulsionou consideravelmente a
produção de mercadorias e, consequentemente, a proliferação de indústrias globalmente.

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Nesse contexto, Frederick Taylor desenvolveu o taylorismo, baseando a produção no tempo


de movimento dos trabalhadores.
Em 1909, Henry Ford aprimorou as ideias de Taylor para a indústria automotiva em
sua empresa, a Ford Motor Company, localizada em Detroit, EUA. Suas inovações, como a
linha de montagem e a padronização, resultaram em alta produtividade e rápida produção,
marcando o sucesso inicial do Fordismo.
Antes de Ford, a produção estava adaptada às habilidades dos trabalhadores, mas não
alcançava a alta eficiência desejada pelos industriais. Com várias técnicas inovadoras, Ford
procurou proporcionar uma produção rápida e econômica.

CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DO FORDISMO


• Padronização da Produção: Ford estabeleceu padrões para seus veículos, como os
modelos T, introduzindo máquinas que cortavam e moldavam todos os componentes,
minimizando erros humanos.
• Esteira Rolante e Linha de Montagem: uma das inovações mais notáveis foi a linha
de montagem, com uma esteira rolante transportando o produto para o operário.
Isso permitiu que os trabalhadores permanecessem em posições fixas, sujeitos a
movimentos mecanizados.
• Redução do Tempo de Produção: a padronização e a designação de movimentos
repetitivos reduziram significativamente o tempo de produção. Antes de Ford, um
veículo demorava cerca de 500 minutos para ser concluído; nas fábricas Ford, esse
tempo diminuiu para apenas 2 minutos.
• Divisão Rígida de Tarefas: a esteira implicava que cada trabalhador executasse uma
função específica, aumentando a produtividade e diminuindo custos.
• Barateamento dos Produtos e Produção em Massa: com todas essas inovações, os
veículos da Ford foram comercializados a preços acessíveis, tornando-se populares.
A produção em massa e a linha de montagem permitiram custos baixos.

DECLÍNIO DO FORDISMO E A CRISE DE 1929


Apesar do sucesso inicial, o Fordismo enfrentou desafios. O modelo acumulou grandes
estoques devido à produção em massa, resultando em uma crise de superprodução após
a Primeira Guerra Mundial. Com a Europa reduzindo suas compras dos EUA, as indústrias
americanas continuaram a produzir em excesso, contribuindo para a crise econômica de 1929.

FORDISMO E TAYLORISMO: UMA TRANSIÇÃO NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL


Antes de Henry Ford, Frederick Taylor propôs um modelo de produção que atendesse
à crescente demanda de forma prática. O taylorismo, baseado no conhecimento exclusivo

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do processo de produção pelo gerente, resultou em uma baixa qualificação técnica para os
trabalhadores, que executavam tarefas em um ritmo acelerado para maximizar lucros. Ford
aprimorou essas ideias, introduzindo a linha de montagem e padronização, estabelecendo
assim o Fordismo como um marco na história da produção industrial.
Principais Características do Fordismo

Características Descrição

Produção em larga escala - Produção massiva de bens em grandes quantidades.

- Estabelecimento de padrões na fabricação para


Padronização da fabricação
reduzir variações.
- Implementação de linhas de montagem para
Utilização de linhas de montagem
otimizar a produção.
- Introdução de um ritmo acelerado e constante
Ritmo de trabalho dinâmico
na produção.
- Desmembramento das operações em tarefas
Divisão do trabalho em tarefas menores
específicas.
- Estratégias visando diminuir os custos de produção
Redução de custos
e aumentar eficiência.

2.4. TOYOTISMO
O Toyotismo, concebido por Taiichi Ohno na Toyota, introduziu um modelo revolucionário
de produção denominado “just in time”, no qual a produção é alinhada com a demanda,
eliminando a necessidade de estoques excedentes. Este modelo operava com base em
cinco zeros essenciais:
• Zero de atraso;
• Zero panes;
• Zero defeitos;
• Zero papéis;
• Zero de estoque.
Este paradigma rompeu com as práticas predominantes no modelo ocidental, destacando-
se por sua ênfase em lucratividade elevada, redução de custos e produção diversificada.
Algumas características distintivas do Toyotismo incluem:
• Trabalho em grupo como prioridade;
• Redução de desperdícios;
• Produção diversificada;
• Autonomia dos trabalhadores;

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• Funcionários realizando diversas tarefas;


• Organização horizontal do trabalho.
O trabalho em equipe tornou-se uma peça fundamental, permitindo que os grupos se
auto-organizassem, controlassem suas próprias tarefas e contribuíssem para a melhoria
contínua da produção.
Durante a crise de superprodução nos anos 1930-40, Eiji Toyoda, empresário japonês,
inspirou-se nas visitas às fábricas da Ford, mas reconheceu a necessidade de adaptações
ao modelo japonês. O toyotismo nasceu da necessidade de se ajustar à realidade geográfica
e social do Japão, levando em consideração limitações físicas e territoriais.
O just in time, uma das inovações do Toyotismo, redefiniu a produção industrial,
sincronizando-a diretamente com as demandas do mercado, eliminando grandes estoques
e otimizando os espaços de armazenamento. Além disso, o modelo enfatizou o uso intensivo
de tecnologia e conhecimento pelos operários, flexibilizando suas funções.
Ao longo do tempo, o toyotismo transcendeu as fronteiras da Toyota, sendo adotado
em várias indústrias automotivas e, posteriormente, em diversos segmentos. Sua ascensão
coincidiu com os avanços tecnológicos da Terceira Revolução Industrial, consolidando-se
como um modelo adaptável e inovador na produção industrial.

009. A fase do Fordismo introduziu a divisão rígida do trabalho, a esteira rolante e a


padronização, buscando alta produtividade e rápida produção.

O Fordismo enfatizou a divisão do trabalho, introduziu a linha de montagem (esteira rolante)


e padronizou a produção para aumentar a eficiência.
Certo.

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010. O Toyotismo, originado na Toyota, destacou-se por promover a produção em larga


escala, incentivando a acumulação de estoques para enfrentar demandas imprevistas.

O Toyotismo é conhecido pelo modelo “just in time”, que busca a produção alinhada com a
demanda, eliminando a necessidade de estoques excedentes.
Errado.

011. O Fordismo enfrentou desafios após a Primeira Guerra Mundial devido à crise de
superprodução, resultando em grandes estoques e contribuindo para a crise econômica de 1929.

O Fordismo, ao favorecer a produção em massa, enfrentou desafios com grandes estoques


após a Primeira Guerra Mundial, contribuindo para a crise de superprodução e a subsequente
crise econômica de 1929.
Certo.

2.5. PLATAFORMAS DIGITAIS E UBERIZAÇÃO DO TRABALHO


As relações de trabalho na era das plataformas digitais têm se tornado um fenômeno central
nas discussões sobre as transformações laborais. A chamada “uberização” dessas relações
refere-se à crescente utilização de plataformas digitais para intermediar a oferta de serviços,
conectando demandantes e prestadores de trabalho de maneira flexível e descentralizada.
Esse novo paradigma de trabalho tem gerado debates acerca de seus impactos na natureza
do emprego, nos direitos trabalhistas e nas estruturas tradicionais de trabalho.
Ricardo Antunes, renomado sociólogo brasileiro, tem se dedicado a analisar as
transformações do trabalho na era pós-fordismo. Ele destaca que as intensificações no
uso de novas tecnologias e formas de organização, no contexto do capitalismo neoliberal,
têm resultado em um trabalho mais qualificado e revalorizado. No entanto, esse processo
também acarreta desemprego e exclusão dos trabalhadores, sinalizando para um cenário
de dualidade no mundo do trabalho contemporâneo.
A reestruturação produtiva no Brasil ganhou impulso no final do século XX. Associada a
uma crise que permeia o modelo de bem-estar social, desenvolvimentismo e democracia, essa
reconfiguração trouxe consigo novos padrões organizacionais e tecnológicos. A informatização
produtiva e o sistema just in time são elementos que delineiam esse novo cenário, marcado pela
acumulação flexível, na qual o toyotismo e as novas tecnologias passam a dominar a cena produtiva.
No âmbito das plataformas digitais, a “uberização” do trabalho emergiu como um
desdobramento desse processo de reestruturação. Essas plataformas atuam como

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intermediárias, conectando trabalhadores autônomos a demandantes de serviços, como


transporte, entrega de mercadorias e prestação de serviços diversos. No entanto, essa
aparente autonomia muitas vezes esconde relações de exploração e insegurança, com impactos
significativos nos direitos trabalhistas e na estabilidade ocupacional dos trabalhadores.
A perspectiva de Antunes sobre a atual morfologia do trabalho destaca a precarização, a
individualização e a invisibilidade como características marcantes. A ampliação das formas
alternativas de trabalho, frequentemente disfarçadas sob rótulos como “empreendedorismo”
e “cooperativismo”, revela um panorama de crescente instabilidade e ausência de identidade
profissional, especialmente nas periferias urbanas.
Diante desse cenário, a literatura sociológica recente tem nomeado o fenômeno
da “uberização” como uma reconfiguração nas relações laborais, apontando para uma
transformação profunda na forma como o trabalho é concebido e vivenciado.
Ricardo Antunes traz em sua obra “Os Sentidos do Trabalho: Ensaio sobre a afirmação e
negação do trabalho” uma análise profunda sobre a transformação da classe trabalhadora
na sociedade contemporânea.
No cerne de sua argumentação, Antunes aborda a centralidade do trabalho na sociedade,
contrapondo-se à tese habermasiana que coloca a ciência como principal força produtiva.
Para ele, mesmo diante da crise no sistema capitalista, a categoria trabalho mantém sua
relevância, sendo intrínseca à sociabilidade humana. Essa visão fundamenta-se na ideia
de que o capital, para se reproduzir, depende do trabalho vivo, refutando a possibilidade
de uma sociedade capitalista sem a exploração do trabalho.
Ao sustentar sua perspectiva, Antunes utiliza as contribuições teóricas de Marx, Lukács e
Meszáros, argumentando que a ciência, embora fundamental, não pode substituir o trabalho
como força produtiva principal. A inovação técnica, segundo o autor, é impulsionada pela
lógica de acumulação do capital, não pelas necessidades humanas. Ele ressalta que a ciência,
subordinada aos imperativos do capital, não pode ser considerada a principal força produtiva.
Antunes aborda a reestruturação produtiva na Inglaterra, destacando a ascensão
do toyotismo e as políticas neoliberais. Ele analisa as lutas de classe, enfatizando a
complexidade e heterogeneidade da classe trabalhadora contemporânea. Contrapondo-se
à visão restritiva de classe trabalhadora, Antunes propõe a noção de “classe-que-vive-do-
trabalho”, abrangendo desde o proletariado industrial até os trabalhadores terceirizados,
temporários e do setor de serviços.
O autor destaca a tendência à redução do proletariado industrial, enquanto o trabalho
temporário e em tempo parcial cresce. Ele explora as mudanças nas formas de gestão da força
de trabalho, apontando para a manipulação da subjetividade dos trabalhadores. Antunes
ressalta a importância das lutas sociais na busca pela emancipação humana, reconhecendo
a centralidade das revoltas do trabalho em uma sociedade produtora de mercadorias.

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A obra culmina com a visão de Antunes sobre a relação entre trabalho e liberdade,
enfatizando a necessidade de eliminar o trabalho assalariado e estranhado para criar uma
ordem social fundada na liberdade. Ele destaca a importância de uma sociabilidade superior,
na qual o trabalho reestrutura o ser social e elimina o capital, proporcionando condições
para uma subjetividade autêntica e emancipada.
Bem, pessoal, encerro por aqui essa aula! Até a próxima!

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RESUMO
A Revolução Industrial evoluiu ao longo de três fases distintas. A Primeira Revolução
Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII, foi marcada por avanços técnicos, introdução
de máquinas e mecanização dos processos, transformando a produção manual em industrial.
A ascensão das indústrias têxteis, metalúrgicas e siderúrgicas impulsionou o crescimento
econômico, liderado pela classe burguesa, enquanto o proletariado emergiu como mão de
obra barata. A Segunda Revolução Industrial, ocorrida de 1850 a 1950, consolidou progressos
científicos e tecnológicos, expandindo-se para outros países europeus. A introdução de
novas fontes de energia, como o petróleo, resultou em avanços significativos nos meios
de transporte, automóvel e avião. A Terceira Revolução Industrial, a partir de meados do
século XX, testemunhou avanços em ciência, tecnologia, informática, robótica e eletrônica,
além de melhorias nos direitos trabalhistas.
A evolução da indústria pode ser observada nas fases de artesanato, manufatura e
maquinofatura. O artesanato, caracterizado pela produção independente do artesão, persistiu
até o século XVII. A manufatura, com a divisão do trabalho e utilização de máquinas simples,
marcou a transição para o capitalismo industrial nos séculos XVII e XVIII. A maquinofatura,
iniciada no século XVIII com a Revolução Industrial, foi marcada pelo amplo uso de máquinas,
produção em larga escala e especialização do trabalho.
O Capitalismo Industrial, segunda fase do capitalismo, iniciou-se com a Revolução
Industrial no século XVIII. Caracterizado pela industrialização, divisão social do trabalho,
trabalho assalariado e crescimento urbano, consolidou-se durante a Segunda Revolução
Industrial. As fases do capitalismo incluem o mercantilismo, o industrialismo e o capitalismo
financeiro. O enriquecimento da burguesia, a exploração da mão de obra assalariada e a
produção em larga escala contribuíram para a globalização.
Os trabalhadores durante a Revolução Industrial enfrentaram condições laborais adversas,
com salários insuficientes e jornadas exaustivas de até 16 horas diárias. Ambientes hostis
nas fábricas, exposição a poluentes, movimentos repetitivos e acidentes graves causaram
problemas de saúde. O trabalho infantil era incentivado pelos empregadores, visando salários
mais baixos e obediência. A disciplina nas fábricas era mantida por métodos coercitivos,
incluindo violência, castigos físicos e controle rígido do tempo. Essas condições contribuíram
para o surgimento de desigualdades sociais crescentes durante o Capitalismo Industrial.
A Escola Clássica de Administração, surgida no final do século XIX, é apresentada como
uma das primeiras abordagens para lidar com a complexidade das grandes organizações
e da produção em massa. Duas grandes teorias dessa escola são destacadas: a Teoria
da Administração Científica de Taylor e a Teoria Clássica de Fayol. O foco principal da

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Administração Científica era a racionalização do trabalho nas fábricas, buscando eliminar


desperdícios e aumentar a eficiência por meio da sistematização do trabalho.
No contexto do Taylorismo, princípios como planejamento, preparo, controle e execução
foram estabelecidos para otimizar a produção. A ênfase estava na tarefa padronizada e
fragmentada, com a análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos. A responsabilidade
pela organização das tarefas recaía sobre os gerentes, enquanto aos operários cabia a
execução fiel do que foi definido. A Administração Científica é caracterizada como uma
teoria mecanicista, concebendo a organização como uma máquina e ignorando as dimensões
informais e sociais do trabalho.
O Fordismo, desenvolvido por Henry Ford, é uma evolução do Taylorismo, concentrando-
se na produção em massa. Introduziu a linha de montagem e a padronização, visando
alta produtividade. As características incluíam divisão rígida do trabalho, esteira rolante,
padronização, e redução do tempo de produção. Apesar do sucesso inicial, enfrentou
desafios, como a crise de superprodução de 1929.
Já o Toyotismo, concebido por Taiichi Ohno na Toyota, introduziu o modelo “just in
time”, alinhando a produção com a demanda e eliminando estoques excedentes. Operava
com base em cinco zeros essenciais, destacando-se pela ênfase em lucratividade elevada,
redução de custos e produção diversificada. Características distintivas incluem trabalho
em grupo, redução de desperdícios, autonomia dos trabalhadores e organização horizontal
do trabalho. O just in time redefiniu a produção industrial, sincronizando-a diretamente
com as demandas do mercado.
O Toyotismo, inspirado nas visitas às fábricas da Ford, nasceu da necessidade de adaptação
à realidade japonesa, considerando limitações físicas e territoriais. Transcendendo fronteiras,
o toyotismo foi adotado em diversas indústrias, tornando-se um modelo adaptável e
inovador na produção industrial ao longo do tempo.
fenômeno da “uberização”, que se refere à crescente utilização de plataformas online
para conectar demandantes de serviços a prestadores de trabalho de forma flexível e
descentralizada. Essa transformação provoca debates intensos sobre o impacto dessas
relações na natureza do emprego, nos direitos trabalhistas e nas estruturas tradicionais de
trabalho. O sociólogo brasileiro Ricardo Antunes, especializado em análise das transformações
laborais pós-fordistas, destaca que, embora o uso intensivo de novas tecnologias e formas
de organização no contexto do capitalismo neoliberal tenha resultado em trabalho mais
qualificado, também trouxe consigo desemprego e exclusão, delineando um cenário dual
no mundo do trabalho contemporâneo.
No contexto brasileiro, a reestruturação produtiva no final do século XX impulsionou
novos padrões organizacionais e tecnológicos, marcados pela informatização produtiva e
pelo sistema just in time. Essa reconfiguração, associada a crises no modelo de bem-estar

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social, desenvolvimentismo e democracia, criou um terreno propício para o surgimento


da “uberização” do trabalho nas plataformas digitais. Apesar da aparente autonomia
proporcionada por essas plataformas, muitos trabalhadores autônomos enfrentam relações
de exploração e insegurança, impactando negativamente nos direitos trabalhistas e na
estabilidade ocupacional. A análise sociológica, como a de Antunes, destaca a precarização,
individualização e invisibilidade como características marcantes desse novo cenário,
apontando para uma transformação profunda na concepção e vivência do trabalho na
sociedade contemporânea.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA) Acerca da Revolução Industrial


e das questões sociais dela decorrentes, julgue os próximos itens.
A expansão da Revolução Industrial pela Europa consolida a nova sociedade capitalista
baseada na indústria e na livre concorrência.

002. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA)

Considerando o texto anterior, julgue os itens que se seguem, relativos à Revolução Industrial.
A Revolução Industrial foi marcada pela substituição dos utensílios manuais por máquinas
e da força humana por energia derivada do vapor e da eletricidade.

003. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA)

Considerando o texto anterior, julgue os itens que se seguem, relativos à Revolução Industrial.
Com a Revolução Industrial, o trabalho passou a ser disciplinado pelo autocontrole do trabalhador.
Os empresários e seus subcontratados consideravam desnecessária a supervisão dos serviços.

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004. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA)

Considerando o texto anterior, julgue os itens que se seguem, relativos à Revolução Industrial.
A divisão e a especialização do trabalho contribuíram para o enriquecimento intelectual do
trabalhador, e foi dispensada a contratação de mão de obra feminina e infantil durante a
Revolução Industrial.

005. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA)

Considerando o texto anterior, julgue os itens que se seguem, relativos à Revolução Industrial.
Revolução Industrial é a denominação de um período da história humana em que o conjunto
de invenções e inovações relacionadas permitiu alcançar-se uma enorme aceleração da
produção de bens, assegurando um crescimento independente da agricultura.

006. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA) Acerca da Revolução Industrial


e das questões sociais dela decorrentes, julgue os próximos itens.
Na Inglaterra, o rápido processo de urbanização contribuiu para a criação de novos valores
éticos e sociais.

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007. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA) Acerca da Revolução Industrial


e das questões sociais dela decorrentes, julgue os próximos itens.
A responsabilidade pela emergência da questão social pode ser atribuída, unicamente,
à grande concentração de máquinas, terras e ferramentas sob o controle de uns poucos
indivíduos, o que provocou a insatisfação das massas operárias.

008. (PUC-PR/2012/DPE-PR/SOCIÓLOGO) Entre os inúmeros efeitos econômico-sociais e


políticos da revolução dupla pós-século XIX, é possível destacar:
I – A consolidação do capitalismo industrial e o empobrecimento econômico das nações.
II – O aumento da produção, da circulação de mercadorias e do contato entre os países.
III – A expansão da população urbana e o aumento da produtividade no campo.
IV – O surgimento de novas classes sociais e a fragmentação do conceito de Estado-nação.
V – O advento da sociedade de consumo e a redução da cultura do medo urbano.
Estão corretos APENAS os itens:
a) I e IV.
b) II e V.
c) II e III.
d) I e III.
e) IV e V.

009. (FGV/2014/SEDUC-AM/PROFESSOR – SOCIOLOGIA) O nascimento da Sociologia como


ciência autônoma e um processo relacionado à afirmação da sociedade industrial, na Europa
oitocentista. As opções a seguir identificam corretamente componentes da Revolução
Industrial que constituíram os primeiros objetos de reflexão da nova ciência da sociedade
no século XIX, à exceção de uma. Assinale-a.
a) O progresso técnico e material, que se refletiria na constituição de uma sociedade mais complexa.
b) O método científico, que permitiu o desenvolvimento das ciências naturais e sociais.
c) A modificação dos modos de produção e de organização do trabalho.
d) A transformação das condições de vida e trabalho do operariado.
e) A nova relação entre arte e sociedade introduzida pela moderna cultura industrial.

010. (INSTITUTO CONSULPLAN/2022/SEED-PR/ÁREA DE CONHECIMENTO: SOCIOLOGIA)


Condições fabris
Os trabalhadores, em geral, formam um grupo de homens inofensivos, modestos e bem
informados, embora eu desconheça a maneira como eles se informam. São dóceis e afáveis,
se não os molestarem muito, mas isso não surpreende, quando consideramos que eles
são treinados para trabalhar desde os seis anos de idade, das cinco da manhã até as oito
ou nove da noite. Permanecem fechados em salas onde o calor é maior do que nos dias

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quentes do último verão, até de noite (se atrasarem alguns minutos, um quarto da jornada
é descontado), sem intervalos, exceto os quarenta e cinco minutos para o jantar. Se comem
alguma outra coisa durante o dia, têm de fazê-lo sem parar de trabalhar. Não há tempo
de gozar da companhia da família: todos eles estarão também fatigados e exaustos. Esse
não é um quadro exagerado: ele é literalmente verdadeiro.
(Revolução Industrial e as mudanças no sistema fabril. Disponível em: 2designindust.wixsite.com.
Adaptado.)

O processo conhecido por Revolução Industrial teve início na Europa durante os séculos XVIII
e XIX. Ao contrário do que muitos acreditam, aconteceu em momentos diferentes nos países
europeus. Em termos sociais e/ou econômicos, é correto afirmar que na Revolução Industrial:
a) Ocorreu uma forte migração da população campesina para a cidade provocando, dessa
forma, o aumento da população urbana, gerando, assim, um enorme crescimento urbano.
b) Houve de imediato a criação de um sistema de fabricação que produzia tanto e a um
custo tão baixo, que a produção passou a não depender mais da demanda existente, gerando
seu próprio mercado.
c) As grandes transformações sociais aconteceram de maneira tão súbita que provocaram
rupturas tão radicais e definitivas, que as classes sociais anteriormente existentes
desapareceram por completo.
d) O trabalho passou a ser produzido em larga escala pelas fábricas, como auxílio de
máquinas que, rapidamente, passaram a ser conduzidas pelos antigos artesãos, para que
não perdessem seus empregos.

011. (CONTEMAX/2019/PREFEITURA DE AROEIRAS – PB/PROFESSOR – HISTÓRIA) “ESTA NOVA


ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO E DO TRABALHO SIGNIFICA O ABANDONO DA ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO EM POSTOS FIXOS E ESPECIALIZADOS. (...) Altera-se, desse modo, o perfil sócio-
profissional do operador de base, que ganha certa liberdade de movimento e capacidade de
iniciativa; (...) certa polivalência (pois é preciso saber intervir em diversos tipos de materiais)
e certa poliatividade (mesclando tarefas de fabricação, de discussão, de manutenção trivial,
até mesmo, de gestão produtiva).”
(Giovanni Alves, In: Confluências: revista interdisciplinar de Sociologia e Direito, v. 10, n.1, 2008, p. 102).

Assinale a alternativa correta que responda a seguinte pergunta: A que “nova organização
da produção e do trabalho” o autor se refere?
a) Fordismo-taylorismo.
b) A segunda revolução industrial.
c) A revolução comunicacional e informática.
d) Terceirização.
e) Toyotismo.

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012. (IBADE/2016/PREFEITURA DE RIO BRANCO – AC/SOCIÓLOGO) “UMA ARMA IDEOLÓGICA


FORJADA COMO RESPOSTA À CRISE INDUSTRIAL DE FINS DA DÉCADA DE 1960 [...] [CUJA]
EXTRAÇÃO DA MAIS-VALIA DEPENDE AGORA DA ECONOMIA DA INOVAÇÃO PERPÉTUA (MORRIS-
SUZUKI, TESSA, APUD KUMAR, KRISHAN (2006) Da Sociedade Pós-industrial à Pós-moderna.
Novas Teorias sobre o Mundo Contemporâneo Rio de Janeiro, Jorge Zahar, p.56).
O conceito ao qual a caracterização acima refere-se é o de:
a) capitalismo selvagem.
b) revolução industrial.
c) exército industrial de reserva.
d) estado de bem-estar.
e) sociedade da informação.

013. (IBFC/2017/SEDUC-MT/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – SOCIOLOGIA) Muitas


mudanças ocorreram no âmbito dos processos de aprendizado de ofícios até se chegar a
atual estrutura educacional que conhecemos. As artes de ofício deram lugar a “instituições
de ensino universais”. Sobre este processo assinale a alternativa correta:
a) Nas formações pré-capitalistas ocidentais o conhecimento era transmitido apenas por
instituições religiosas
b) A simplificação do trabalho industrial requeria trabalhadores mais bem instruídos
c) A Revolução Industrial fortaleceu importância dos mestres de ofício
d) Aprender um ofício com um mestre artesão de renome era garantia de ascensão social
ao aprendiz
e) O modo de produção industrial solapa as especialidades de ofício, substituindo o específico
pelo generalizável, trabalho simples

014. (PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/2016/PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/ASSISTENTE


SOCIAL (EDITAL N. 97)) Giovanni Alves (2013) ao tratar das novas determinações da
precarização do trabalho nas condições históricas do século XXI, traz o debate acerca da
maquinofatura. Dessa forma, escreva V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso, ao que se
afirma nos itens abaixo sobre a Maquinofatura.

( ) Nova forma de produção do capital, significa trabalho resposto apenas como


precarização salarial.
( ) Nova forma tecnológica de produção do capital baseada na rede informacional,
colocou a necessidade da gestão como “captura” da subjetividade do trabalho vivo,
nexo essencial do toyotismo como inovação organizacional.

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( ) Com o seu surgimento alteram-se os termos do estranhamento social dado pela


relação tempo de vida/tempo de trabalho e pela constituição de um novo modo de
vida: o modo de vida just in time.
( ) O ponto de partida da maquinofatura é o revolucionamento da força de trabalho
(como na manufatura) e o revolucionamento da técnica (como na grande indústria).

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:


a) V, V, F, F.
b) V, F, V, F.
c) F, V, V, F.
d) F, V, F, V.

015. (INSTITUTO AOCP/2020/PREFEITURA DE BETIM – MG/PROFESSOR – HISTÓRIA) Relacione


os seguintes conceitos aos contextos históricos aos quais se referem, considerando as
formas de trabalho e produção, e assinale a alternativa com a correspondência correta.
1. Surgiram as linhas de montagem, esteiras rolantes por onde circulavam as partes do
produto a ser montado, de modo a dinamizar o processo. Uma indústria automobilística
nos Estados Unidos foi a primeira a fazer uso das esteiras que levavam o chassi do carro a
percorrer toda a fábrica, racionalizando a produção.
2. É um modelo de produção de mercadorias com vista à flexibilização na fabricação de
produtos, desenvolvido em fábricas japonesas de automóveis. Exige máquinas cada vez
mais modernas, reduzindo significativamente os gastos com mão de obra, que deve ser
extremamente qualificada e polivalente.
3. A passagem da manufatura para o sistema fabril foi impulsionada pelas invenções da
máquina de fiar, o tear mecânico e a máquina a vapor que resultou na mecanização dos
processos. O uso do carvão para alimentar as máquinas foi essencial nesse momento.
Assim, temos o aumento da produção, a substituição do trabalho manual pelo industrial,
o desenvolvimento do comércio internacional e o aumento do mercado consumidor.
a) 1. Toyotismo; 2. Fordismo; 3. Maquinofatura.
b) 1. Toyotismo; 2. Globalização; 3. Manufatura.
c) 1. Fordismo; 2. Globalização; 3. Manufatura.
d) 1. Fordismo; 2. Toyotismo; 3. Maquinofatura.
e) 1. Fordismo; 2. Toyotismo; 3. Manufatura.

016. (PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/2016/PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/ASSISTENTE


SOCIAL (EDITAL N. 97)) Assinale a alternativa correta quanto ao que Alves (2013) denomina
de fatos históricos que alteraram efetivamente os termos e modos de ser da precarização
do trabalho sob o capitalismo global, contribuindo para que precarização do trabalho

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assumisse, primeiro, a caracterização de precarização estrutural do trabalho e depois,


adquirisse o estatuto social de precarização existencial ou ainda, precarização do homem
que trabalha.
a) Modo de vida just in time e Desfiliação.
b) Produtores auto-organizados e Precarização salarial.
c) Workfare e Precarização humana.
d) Maquinofatura e Crise estrutural de valorização do valor.

017. (FGV/FUNSAÚDE – CE/2021/FUNSAÚDE – CE – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A Organização


Racional do Trabalho (ORT) surgiu no apogeu da Administração Científica e visava à
substituição dos métodos empíricos e rudimentares por métodos científicos. Assinale a
opção que apresenta um fundamento característico da ORT.
a) A noção de homo social.
b) O desenho de cargos e salários.
c) O estudo dos grupos informais,
d) A análise organicista do processo administrativo.
e) A compreensão da organização como sistema aberto.

018. (FUNCAB/2012/MPE-RO/ANALISTA – SOCIOLOGIA) De acordo com Ricardo Antunes, os


processos de intensificação do uso de novas tecnologias e de novas formas de organização
de produção, na era pós-fordismo, possibilitam um trabalho mais qualificado e revalorizado,
acarretando, entretanto, o desemprego e exclusão dos trabalhadores. Isso ocorre devido:
a) à grande redução de custos e à otimização da produtividade industrial e dos seus serviços.
b) ao aumento de desempregados e à grande mobilidade destes em busca de emprego.
c) à redução dos custos e ao aumento da produção e da procura da mão de obra.
d) a uma valorização tardia do sistema Taylorista de produção.
e) à perda dos direitos trabalhistas.

019. (IBADE/2016/SEDUC-RO/PROFESSOR CLASSE C – SOCIOLOGIA) David Harvey, 1996, valendo-


se diretamente da análise de Alain Lipietz concernente aos modos de regulamentação, concebe, da
seguinte forma, um regime de acumulação: “um regime de acumulação ‘descreve a estabilização,
por um longo período, da alocação do produto líquido entre consumo e acumulação; ele implica
alguma correspondência entre a transformação tanto das condições de produção como das
condições de reprodução de assalariados’”. É correto dizer, com base nessa análise, que, entre
os anos de 1950 e 1970, prevaleceu o modo de regulamentação caracterizado como:
a) Toyotismo.
b) Kalmarianismo.
c) Fordismo.

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d) Reconstrutivismo.
e) Neorealismo.

020. (IF-TO/2016/IF-TO/PROFESSOR SOCIOLOGIA) A partir do início do século XX, a


organização dos sistemas de produção passou a obedecer aos princípios do Taylorismo/
Fordismo. Os impactos nas relações de trabalho e consequentemente na organização social
foram intensos. Esse sistema consistia basicamente em, exceto:
a) controle da qualidade exercido pela gerência.
b) uso intenso da linha de produção.
c) produção horizontal.
d) produção vertical.
e) produção standardizada.

021. (FCC/2015/DPE-SP/CIENTISTA SOCIAL) A crise experimentada pelo capital, bem como


suas respostas, das quais o neoliberalismo e a reestruturação produtiva da era da acumulação
flexível são expressão, têm acarretado, entre tantas consequências, profundas mutações
no interior do mundo do trabalho.
(ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo:
Boitempo, 2009, p. 17)

Corresponde a uma das inúmeras transformações no mundo do trabalho ocorridas no Brasil


e em outros países nas últimas décadas:
a) A redução expressiva do trabalho morto e a ampliação do trabalho vivo, como expressão
do salto tecnológico, resultou em índices crescentes de desemprego e subemprego.
b) Houve um aumento do número de trabalhadores nas fábricas e demais unidades produtivas
devido aos novos processos de gerenciamento.
c) Em virtude da crise estrutural do padrão de produção anterior, dado pelos sistemas
fordista e taylorista, buscou-se a alteração dos processos produtivos com o fim de repor
os patamares de acumulação até então experimentados.
d) Há uma significativa homogeneização do trabalho, seja pela incorporação do enorme
contingente de mulheres, seja pelo crescimento do setor de serviços.
e) O surgimento de novas modalidades de trabalho (em tempo parcial, precário, terceirizado,
subcontratado, intermitente e aqueles vinculados à economia informal) contribuiu para
intensificar as lutas e a organização dos trabalhadores.

022. (FUNDATEC/SPGG/ANALISTA – ÁREA: SOCIÓLOGO/2022) A construção de plataformas


digitais como marketplaces surge como transposição da ideia de mercado ou feira para a
internet. No âmbito das relações de trabalho, o seu enquadramento legal é ambíguo quando
ultrapassa o aspecto da venda de produtos e é aplicada também na oferta de prestação
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de serviços. Entre as plataformas digitais, há aquelas que apenas realizam a intermediação


entre diferentes usuários, sem se imiscuir diretamente nas transações. Outras, contudo,
interferem sobre a forma e a qualidade do serviço prestado, além de imporem preço e
remuneração. É o que ocorre com muitos aplicativos de entrega de comida, mercadorias e
transporte de pessoas. Em que pesem esses impasses, tem sido crescente o contingente
da força de trabalho que adere a esse modelo (CARELLI et al., 2020). O fenômeno social
específico a que se refere o parágrafo acima tem sido nomeado pela literatura sociológica
recente como:
a) Ergonomia.
b) Fordismo.
c) Know-how.
d) Taylorismo.
e) Uberização.

023. (IFPA/IFPA/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2022) São inúmeros os dilemas do mundo do trabalho, na contemporaneidade,
seja do ponto de vista internacional, seja em relação à realidade brasileira. Quanto a algumas
características que marcam o caso brasileiro, é CORRETO afirmar:
a) Novas formas de organização do trabalho, associadas ao uso das novas tecnologias de
informação e comunicação (TIC) e às empresas que se apresentam como plataformas ou
aplicativos, são procedimentos de contratação e gestão do trabalho que reforçam o princípio
do assalariamento, elemento crucial nas estratégias empresariais.
b) A valorização da categoria, empregada como estratégia de gestão e controle do trabalho,
é um fenômeno praticado há décadas; porém, a utilização das TIC, por plataformas e
aplicativos, vem potencializando e aprofundando exponencialmente esse processo.
c) Ampliação da corrosão do emprego regulamentado, substituído paulatinamente por diversas
formas alternativas de trabalho e subtrabalho, travestidas, pelo discurso empresarial, como
“empreendedorismo”, “trabalho voluntário”, “cooperativismo”, modalidades que frequentemente
substituem o trabalho formal, gerando novos mecanismos de autoexploração do trabalho.
d) As plataformas digitais, a chamada uberização do trabalho, vem desempenhando um papel
crucial na regulação protetiva do trabalho. Novas formas de organização do trabalho que
contribuem com a flexibilização dos processos de precarização da condição do trabalhador
no cenário contemporâneo.
e) A tecnologia torna a regulação tecnicamente mais fácil, torna também mais viável a proteção
do trabalho. Esse contraditório e complexo movimento, típico da razão instrumental e de
suas engrenagens de dominação, tem impactado fortemente as legislações, as instituições

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públicas, além de se constituir em um elemento a mais para facilitar a criação de laços de


solidariedade e de organização da classe trabalhadora

024. (FUNDATEC/IFC/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2023) O emprego se diferencia do trabalho autônomo, entre outros fatores,
pela relação de dependência do empregador, que assume os riscos da atividade econômica,
assalaria e dirige a atividade laboral (CARELLI, 2020). Entretanto, a intermediação da
prestação de serviços, por meio de plataformas digitais, tem desafiado o ordenamento
jurídico sobre o seu enquadramento. De que forma a literatura sociológica recente tem
nomeado esse fenômeno do mundo do trabalho?
a) Autogestão.
b) Ergonomia.
c) Taylorismo.
d) Uberização.
e) Nanotecnologia.

025. (IFMG/IFMG/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA: CIÊNCIAS


SOCIAIS/2023) De acordo com o sociólogo Ricardo Antunes (2020), sobre a “atual morfologia
do trabalho”, podemos afirmar que:
a) Falarmos em “nova morfologia” do trabalho é uma armadilha teórica, visto que o trabalho
possui uma definição ontológica, portanto não pode ser modificada.
b) A atual morfologia do trabalho consiste na aplicação do modelo toyotista de produção,
em que as empresas se utilizam do just in time, tanto em seu espaço de trabalho, quanto
em sua rede de fornecedores. Podemos citar o exemplo da Walmart, que há muito tempo
abandonou os elementos ultrapassados característicos do Taylorismo.
c) Uma longa transformação no mundo no trabalho nos trouxe até a atual morfologia
do trabalho em que você tem um desenho muito bem definido: por um lado, uma classe
trabalhadora braçal precarizada especialmente nos países pobres e, por outro lado, uma
classe trabalhadora jovem, intelectualizada, fazendo uso das TICs, bem-remunerada e
altamente qualificada, especialmente nos países centrais.
d) A era digital nos apresenta uma nova estrutura laboral até então desconhecida, mas há
muito tempo prevista e anunciada: o fim do trabalho e o protagonismo da inteligência artificial.
e) Ao contrário da eliminação do trabalho pelo maquinário, estamos presenciando o advento
e expansão exponencial do novo proletariado de serviços, uma variante global do que
podemos chamar de escravidão digital.

026. (IFPI/IFPI/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2022) O sociólogo brasileiro Ricardo Antunes tem se dedicado a entender o mundo

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do trabalho como definidor de um conjunto de outras relações e tem se atentado nas últimas
décadas em perceber e analisar as transformações ocasionadas nesse ambiente. Ele utiliza o
conceito de uberização do trabalho, que tem ganhado escopo e extensão no neoliberalismo,
especificamente no seu livro “Uberização, trabalho digital e Indústria 4.0”, que, para ele, seria:
a) a uberização como trabalho exercido pelos sujeitos ligados à plataforma UBER, e cadastrados
em vários países para exercer transporte de passageiros, em veículos automotivos.
b) uberização como processo que afeta os indivíduos que vivem nas grandes e médias
cidades brasileiras e é produto invariável do capitalismo neoliberal.
c) um processo no qual as relações de trabalho são cada vez mais individualizadas e
invisibilizadas, sendo o assalariamento e a exploração cada vez mais encobertos. Apresentado
como uma espécie de generalização e espraiamento de características estruturantes da
vida de trabalhadores da periferia, que transitam em uma trajetória de instabilidade e
ausência de identidade profissional, permeados por insegurança e pela falta de redes
convencionais de proteção.
d) conjunto de relações de trabalho com seguridade e reconhecimento que, além de dar
mais autonomia aos trabalhadores, também alimenta e favorece o empreendedorismo, pois
possibilita que cada trabalhador possa definir seu horário de trabalho e seu próprio salário.
e) processo benéfico, haja vista que, nesse novo capitalismo, a ideia do patrão é solapada
e cada trabalhador pode viver a tão sonhada ideia de ser seu próprio patrão.

027. (IFPI/IFPI/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2022) “Foi, então, durante a década de 1980, que ocorreram os primeiros
impulsos do nosso processo de reestruturação produtiva, levando as empresas a adotar,
no início de modo restrito, novos padrões organizacionais e tecnológicos, novas formas de
organização social do trabalho. Iniciou-se a utilização da informatização produtiva e do
sistema just in time; germinou a produção baseada em dream work, alicerçada nos programas
de qualidade total, ampliando também o processo de difusão da microeletrônica”. ANTUNES,
Ricardo. A era da informatização e a época da informatização: riqueza e miséria do trabalho
no Brasil. In: ANTUNES, Ricardo, (org.). Riqueza e miséria do trabalho no Brasil. São Paulo:
Boitempo, 2006. p. 17. Sobre a reestruturação produtiva que aparece no Brasil a partir do
final do século XX, discutida pelo sociólogo Ricardo Antunes, é CORRETO afirmar que:
a) é neste momento que as novas tecnologias dominam a produção a partir do pensamento
taylorista e do modelo fordista de produção industrial.
b) nesta, emerge um novo padrão de acumulação capitalista, acumulação flexível, uma
reestruturação produtiva em que o toyotismo e as novas tecnologias dominam a cena.
c) a reestruturação emergiu em decorrência da crise do modelo de estado de bem-estar
social, do desenvolvimentismo, da democracia dos anos imediatamente anteriores.

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d) a crise que emerge no mercado interno acentua-se independentemente das questões


externas da economia, sem relações com a balança de pagamento.
e) diante da reestruturação, vieram: novos requerimentos de qualificação dos trabalhadores,
novas técnicas de organização etc, mas mantendo as estratégias de integração entre a
produção, a logística e o consumidor.

028. (IFTO/IFTO/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2023) “As transformações ocorridas no capitalismo a partir das últimas três
décadas do século XX impactaram profundamente o mundo do trabalho. Após o longo
período de crescimento da economia capitalista, iniciado no pós-guerra, os anos 1970
seriam marcados pela estagnação e pela crise do padrão de acumulação taylorista e fordista,
que encontrava suas determinações mais profundas na própria estrutura do sistema do
capital”. (ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era
digital. 1.ed. São Paulo: Boitempo, 2018, p.137). Tomando como referência o excerto e seus
conhecimentos sobre o trabalho na sociedade capitalista, analise as proposições a seguir:
I – A enorme expansão do trabalho em call-centers e telemarketing das empresas de TIC,
cada vez mais inseridas no processo de valorização do capital, gerou o nascimento de um
novo proletariado de serviços, o infoproletaridado ou cibertariado.
II – O fenômeno da flexibilização se expressa na diminuição drástica das fronteiras entre a
atividade laboral e espaço da vida privada, no desmonte da legislação trabalhista, nas diferentes
formas de contratação da força de trabalho e em sua expressão negada, o desemprego estrutural.
III – A origem dos processos de adoecimento no universo laboral, tem como pano de fundo,
entre outros, o crescente processo de individualização do trabalho e a ruptura do tecido
de solidariedade antes presentes entre os trabalhadores.
IV – Entre os diferentes mecanismos que buscam o envolvimento e o engajamento dos
trabalhadores nos objetivos das corporações, assumem destaque na transição da década
de 1980 para a seguinte, aqueles organizados a partir de sistemas de metas.
V – Nas últimas décadas, a terceirização vem se convertendo em instrumento central das
estratégias de gestão corporativas. A importância desse mecanismo de contratação se deve,
entre outros aspectos, ao fato de que, ao dissimular as relações interempresas, viabiliza
maior flexibilidade das relações de trabalho.
Assinale a alternativa CORRETA
a) Apenas a I é verdadeira.
b) Apenas III, IV e V são verdadeiras.
c) Apenas a II é verdadeira.
d) Apenas III é verdadeira.
e) Todas as assertivas são verdadeiras.

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029. (IADES/SEDUC GO/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) No que se refere aos modos


de organização do trabalho, assinale a alternativa correta.
a) O sistema taylorista caracteriza-se pela administração rigorosa do tempo usado na
produção e pela especialização das funções ou tarefas dos trabalhadores.
b) A principal característica do fordismo é a especialização da mão de obra.
c) A produção taylorista proporcionou maior controle do trabalhador quanto à sua força
produtiva, possibilitando-lhe maiores condições de exigências em acordos trabalhistas.
d) A implementação do fordismo reduziu a apropriação, por parte da burguesia, da riqueza
produzida pelo trabalhador, o que Marx denominou de mais-valor.
e) O toyotismo possibilitou a ampliação de estoques da produção industrial, garantindo
maior sustentabilidade comercial em caso de crises de desabastecimento.

030. (FUVEST/USP/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) Qual das alternativas a seguir,


segundo o texto de Ramalho e Santana (2004), expõe características do padrão produtivo
chamado de toyotismo?
a) Ampliação de estoques de matéria-prima, de produtos e de força de trabalho; terceirização
da atividade que é foco da empresa.
b) Compreensão de que a responsabilidade pela qualidade dos produtos é das chefias;
rígida divisão de tarefas entre os trabalhadores.
c) Busca pela inovação tecnológica como o principal meio de melhoria da produtividade;
ampliação do número de níveis de hierarquia.
d) Adoção do princípio de que a produção gera a demanda; produção padronizada para
evitar desperdícios.
e) Reorganização da gestão da produção e da força de trabalho; trabalho organizado por
células de produção.

031. (IFPA/IFPA/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2022) Ricardo Antunes é um dos principais sociólogos brasileiros que refletem
acerca do mundo do trabalho. Sua extensa produção versa sobre os mais variados temas
que giram em torno dos dilemas do trabalho na contemporaneidade. Um desses temas é
o da flexibilização da acumulação capitalista, centrada nas reengenharias com as quais as
empresas deveriam se relacionar. Quanto às consequências desse processo de flexibilização
da acumulação capitalista no mundo do trabalho, segundo Antunes, é CORRETO afirmar:

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a) Crescimento do proletariado fabril estável, que se desenvolveu na vigência do binômio


taylorismo/fordismo e que vem aumentando com a reestruturação, flexibilização e
desconcentração do espaço físico produtivo, típico da fase do Toyotismo.
b) Redução crescente do novo proletariado, do subproletariado fabril e de serviços, o
que tem sido denominado mundialmente de trabalho precarizado. São os “terceirizados”,
subcontratados, part-time, entre tantas outras formas assemelhadas, que se expandem
em inúmeras partes do mundo.
c) Tendência de exclusão dos jovens e dos idosos do mercado de trabalho dos países centrais:
os primeiros acabam, muitas vezes, engrossando as fileiras de movimentos neonazistas e
aqueles com cerca de 40 anos ou mais, quando desempregados e excluídos do trabalho,
dificilmente conseguem o reingresso no mercado de trabalho.
d) Tendência de redução da inclusão de crianças no mercado de trabalho, particularmente
nos países de industrialização intermediária e subordinada, como nos países asiáticos,
latino-americanos etc.
e) Diminuição significativa do trabalho feminino, que atinge mais de 40% da força de
trabalho nos países avançados, e que tem sido preferencialmente absorvido pelo capital
no universo do trabalho precarizado e desregulamentado.

032. (FUNRIO/PREFEITURA DE ALTA FLORESTA/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2019) O


século XX foi palco de profundas transformações no mundo do trabalho. Muitas destas
provocadas por crises econômicas, como a de 1929. Assinale a alternativa que contém a
melhor descrição de Taylorismo e Toyotismo respectivamente:
a) Robotização e trabalhadores polivalentes. Já o segundo, trabalhador especializado e
início da gerência científica.
b) Gerência científica criada por Taylor, como exemplo temos as primeiras fábricas da Ford. Já o
segundo, trabalhador polivalente e emprego da robótica, temos o exemplo da fábrica da Toyota
c) Liga de trabalhadores que vendiam seus excedentes a comerciantes. Produção fabril
com linha de produção.
d) Trabalhadores reunidos em cooperativas, sem a necessidade de chefes. Trabalhadores
especializados, uso de linha de produção.
e) Artesãos trabalhando em ligas. Fábricas altamente desenvolvidas que operam sem a
presença de seres humanos.

033. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2019) No livro “Condição Pós-moderna”, David Harvey defende a existe uma
relação entre a ascensão de formas culturais pós-modernas, a emergência de modos mais
flexíveis de acumulação e um novo ciclo de compressão do tempo-espaço na organização

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do capitalismo. De acordo com este autor, o advento da pós-modernidade coincide com a


crise de qual sistema de produção capitalista?
a) Produção taylorista.
b) Produção fordista.
c) Produção toyotista.
d) Produção industrial.
e) Produção digital.

034. (UFG/CÂMARA DE GOIÂNIA/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO – ÁREA ASSISTENTE


SOCIAL/2018) Nos anos 1990, o processo de reestruturação produtiva se intensifica sob
o estímulo da acumulação flexível e do modelo japonês, o toyotismo. São características
desse modelo produtivo:
a) a verticalização da produção, a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas
e a pouca qualificação dos empregados.
b) a centralização da produção em um único espaço, a garantia do cumprimento das leis
trabalhistas e a produção em série.
c) a potencialização de formas diversas de subcontratação, a terceirização da força de
trabalho e a descentralização das unidades de produção.
d) o trabalho repetitivo, a redução dos custos na linha de produção e o barateamento dos
produtos para que atinjam um maior número de consumidores.

035. (FCC/SEC/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2018) As mutações observadas mais


recentemente no mundo do trabalho são amplas e envolvem inúmeras dimensões da vida
social contemporânea. A respeito de tais mudanças é correto afirmar:
a) O acirramento das lutas de classe foi o principal efeito político observado, tendo sua origem
no chamado “Estado de bem-estar social”, por meio do qual a Europa procurava superar a
destruição generalizada e a desorganização social depois da Segunda Guerra Mundial.
b) O desenvolvimento tecnológico nos processos de produção equiparou os ganhos de
produtividade ao aumento salarial dos trabalhadores.
c) O volvismo é um modelo de produção sueco que reintroduziu os parâmetros fordistas
de intenso controle e disciplina sobre os operários na fábrica, alto grau de hierarquização
nos processos de decisão e a produção seriada de mercadorias.
d) O aumento do número de empregos em unidades fabris decorre da implementação
dos modernos processos de gestão, como o toyotismo, que permitiram essa expansão e
melhoria dos contratos de trabalho.
e) A reestruturação produtiva efetuada em diversos países nas últimas décadas foi o meio
de contrapor a crise de acumulação de capital iniciada nos anos 1970, promovendo, todavia,

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a erosão dos direitos trabalhistas, a precarização das relações de trabalho e o fechamento


de milhares de postos de trabalho.

036. (FAUEL/PREFEITURA DE PARANAGUÁ/SOCIÓLOGO/2012) Sobre o mundo do trabalho


e suas transformações recentes, podemos afirmar, EXCETO:
a) No “toyotismo” o trabalho deve ser realizado em equipe, o que exige um trabalhador com
conhecimentos especializados para executar tarefas específicas e repetitivas.
b) Juntos, o “fordismo” e o “taylorismo” viabilizaram, através do gerenciamento racional
do trabalho, a produção em massa de mercadorias padronizadas. Já o “toyotismo” foca a
produção conforme a demanda, ou seja, de acordo com a necessidade do mercado consumidor.
c) No “fordismo” há uma forte hierarquia na empresa, ou seja, as pessoas que executam as
tarefas são supervisionadas de perto. Já o “toyotismo” quebra essa hierarquia, chamando o
trabalhador de colaborador e convidando-o a compartilhar das decisões sobre os projetos
e a participar dos lucros da empresa.
d) A flexibilização da produção notada nas últimas décadas foi acompanhada em muitos casos
pela flexibilização da legislação trabalhista e a implantação da terceirização ou subcontratação.
O que, por sua vez, implicou em instabilidade e condições precárias de trabalho.

037. (INSTITUTO CONSULPLAN/SEED PR/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) No início da


organização industrial, os camponeses, os pequenos produtores, os fazendeiros, os artífices
e os artesãos perderam, gradualmente, o acesso à propriedade produtiva. Sem os meios de
subsistência, eles foram forçados a se submeterem a um mercado de trabalho, vendendo,
assim, a sua força de trabalho mediante o recebimento de um salário. Sobre as questões que
envolvem o mundo do trabalho na sociedade capitalista, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) A ascensão do capitalismo destruiu um modo estabelecido de vida, particularmente
sua relação de trabalho, ameaçando segmentos da população que reagiram à escalada do
capitalismo de mercado.
b) A resistência de parcelas sociais às condições impostas pelo capitalismo levou os capitalistas
a criar estratégias para o recrutamento de trabalhadores, procurando controlar os vários
aspectos sociais da existência humana.
c) A resistência operária estava baseada na manutenção das tradições culturais rompidas
com a ascensão do novo modo de produção; as reclamações diziam respeito principalmente
ao status e à possibilidade de mobilidade social.
d) O capitalismo, ao implementar a divisão técnica do trabalho, rompeu com a característica
de domínio do processo produtivo por parte do trabalhador, o que acaba impedindo o pleno
desenvolvimento individual daqueles que estão ligados ao processo produtivo.

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038. (IADES/SEDUC GO/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) O sistema de produção rígido


de tipo fordista expandiu-se nas economias capitalistas centrais, sobretudo no período
entre as duas grandes guerras mundiais. [...] As transformações levaram ao surgimento de
um novo projeto societário baseado na reestruturação produtiva.
ESTEVES, T. J.; OLIVEIRA, R.R.A. de. O que é fordismo? In: BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias
fundamentais do ensino de Ciência Política. V. 2. Maceió: Editora Café com Sociologia, 2022. p. 49-54.

A respeito das transformações provocadas pelo fordismo, assinale a alternativa correta.


a) Ele reformulou a maneira de produção industrial, tornando-a personalizada conforme
o interesse ou o gosto dos clientes.
b) Ele adotou uma linha de produção em série e a maior padronização dos produtos, que
possibilitaram a ampliação da produção e a redução do tempo necessário na produção industrial.
c) Ele possibilitou a substituição do modo de produção artesanal pela manufatura, ampliando
as condições produtivas e os lucros dos donos dos meios de produção.
d) Ele criou meios para organizar a produção a partir da divisão especializada do trabalho.
e) Ele viabilizou a ampliação dos lucros dos países colônias, ao substituir a mão de obra
assalariada pela mão de obra escrava.

039. (INSTITUTO CONSULPLAN/SEED PR/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) As novas


formas de organização social que surgiram em decorrência da industrialização, pois, em um
curto espaço de tempo, firmaram-se e modificaram o modo de vida de grandes contingentes
humanos. A respeito das transformações postas pela Revolução Industrial, analise as
afirmativas a seguir.
I – A máquina assume funções antes desempenhadas pelo homem, multiplicando a capacidade
deste e executando com vantagem tarefas que antes eram exercidas por muitos indivíduos.
II – Com a transição dos modos de vida e de trabalho motivada pela Revolução Industrial, o
problema técnico organizacional, de especialização e divisão do trabalho estava intimamente
ligado a outro: o da gestão do fator humano.
III – Com a Revolução Industrial ficou claro o aumento da produtividade que se originou
do aumento da habilidade individual do trabalhador; como consequência houve melhores
condições de trabalho e remuneração da classe operária.
IV – A introdução da máquina no processo industrial, durante o século XVIII, impulsionou a
organização racional das tarefas produtivas em primeiro lugar, ordenando a divisão do trabalho.
Está correto o que se afirma apenas em
a) II e IV.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.

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040. (IFPI/IFPI/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2022) O modelo fordista-taylorista entrou em crise na década de 1970: as
novas demandas do mercado e a alta concorrência levaram as empresas a oferecer produtos
cada vez mais variados e adaptados às diferenças culturais e econômicas dos diversos grupos
sociais. A crise do fordismo-taylorismo teve um importante desdobramento no mundo do
trabalho, que ficou conhecido como reestruturação produtiva.
BOMENY, Helena [et al.] Tempos modernos, tempos de sociologia: ensino médio: volume único 2. ed. São
Paulo: Editora do Brasil, 2013. p. 427.

Sobre as características da reestruturação da produção, julgue os itens e assinale a


alternativa CORRETA.
I – Menores expectativas de carreira profissional de longa duração e surgimento de novos
tipos de emprego (temporário, trabalho em casa, terceirizado, entre outros);
II – Crescimento do trabalho informal e retrocessos dos direitos trabalhistas em diversos Estados.
III – Menor concentração do capital e a reestruturação nos padrões gerenciais e técnicos
da estrutura produtiva.
Estão CORRETOS os itens:
a) todos
b) apenas I e III.
c) apenas II e III.
d) apenas I e II.
e) nenhum.

041. (AMEOSC/PREFEITURA/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2021) A _____________ é conhecida


como um processo de criação de produtos manualmente a partir da divisão e especialização
do trabalho. Esse modelo produtivo foi utilizado até o século XVIII, quando foi substituído
pela _____________, sistema de produção comum na _____________. Assinale a alternativa
que preenche CORRETAMENTE as lacunas.
a) manufatura, maquinofatura, revolução industrial.
b) arte, maquinofatura, revolução industrial.
c) manufatura, arte, revolução francesa.
d) arte, manufatura, revolução francesa.

042. (SC TREINAMENTOS/PREFEITURA DE VIDEIRA/AUXILIAR EDUCACIONAL/2021) O artesanato


foi o principal meio de organização do processo produtivo de utensílios básicos antes do
surgimento das fábricas. Contudo, depois da segunda metade do século XVII o processo
produtivo começou a mudar e manufatura foi substituída. Sobre o processo iniciado com
a Revolução Industrial, sucedendo a manufatura, em que os trabalhadores não tinham

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mais o controle do ritmo de produção, com tarefas divididas e um salário fixo, assinale a
alternativa CORRETA:
a) Metalismo.
b) Bulionismo.
c) Maniqueísmo.
d) Neoliberalismo.
e) Maquinofatura.

043. (CETREDE/PREFEITURA DE PARAIPABA/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2021) Sobre a


Revolução Industrial e as transformações na sociedade inglesa, assinale a opção INCORRETA.
a) Com a passagem da manufatura para a maquinofatura, o artesão, que antes possuía os
meios de produção, foi desaparecendo e dando lugar aos operários.
b) Os operários das fábricas diferiam dos artesãos em muitos aspectos. A grande maioria
deles vinha das zonas agrícolas e não possuía qualquer habilidade artesanal.
c) Os operários sobreviviam em um regime de grandes privações. Viviam com frequência
em moradias lotadas e em condições miseráveis, sem ventilação e saneamento básico.
d) Os trabalhadores fabris trabalhavam com cerca de 200 empregados sob a vigilância de
capatazes. Assim, a relação dos operários com a cidade era pequena, pois eles passavam a
maior parte do tempo dentro das fábricas.
e) As mulheres também trabalhavam nas fábricas, mas suas condições eram diferenciadas.
A jornada de trabalho feminina era reduzida em relação à dos homens, além de serem mais
bem remuneradas. O trabalho infantil não era permitido.

044. (FEPESE/PREFEITURA DE MAFRA/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2021) Alguns autores


denominam de Terceira Revolução Industrial às transformações trazidas na produção e
consumo de massa pelo uso massivo da tecnologia com o desenvolvimento da eletrônica,
da informática, das telecomunicações e da robótica. Assinale a alternativa que indica
corretamente as características da primeira e segunda revolução industrial.
a) Primeira Revolução Industrial: Máquinas a vapor, carvão como fonte de energia. Segunda
Revolução Industrial: Emprego da eletricidade, utilização do aço, expansão da indústria.
b) Primeira Revolução Industrial: Máquinas a vapor, petróleo como fonte de energia. Segunda
Revolução Industrial: Emprego da eletricidade, utilização do aço, expansão da indústria.
c) Primeira Revolução Industrial: Máquinas a vapor, petróleo e eletricidade como fontes de
energia. Segunda Revolução Industrial: Emprego da eletricidade, ferro substitui o aço na
metalurgia, expansão da indústria.

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d) Primeira Revolução Industrial: Máquinas a vapor e a eletricidade, expansão da indústria.


Segunda Revolução Industrial: Emprego maciço do carvão e do ferro, utilização das resinas
e dos plásticos, retração da indústria.
e) Primeira Revolução Industrial: Trabalho artesanal, manufatura. Segunda Revolução
Industrial: maquinofatura, carvão como energia. Produção industrial restrita à Inglaterra.

045. (IBFC/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2021)


“Palavras como “indústria”, “industrial”, “fábrica”, “classe média”, “classe trabalhadora”,
“capitalismo” e “socialismo” [...] Imaginar o mundo moderno sem estas palavras (isto é,
sem as coisas e conceitos a que dão nomes) é não medir a profundidade da revolução que
eclodiu entre 1789 e 1848, e que constitui a maior transformação da história humana desde
os tempos remotos quando o homem inventou a agricultura e a metalurgia, a escrita, a
cidade e o Estado. Esta revolução transformou, e continua a transformar, o mundo inteiro”
(HOBSBAWM, 1996). A respeito da Revolução industrial, assinale a alternativa correta.
a) Na Revolução Industrial, a atividade produtiva inicial era artesanal, porém, também
existiam máquinas mais simples. Os trabalhos eram realizados em pequenas oficinas nas
casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam todo o processo de
execução do produto final
b) Com a Revolução Industrial os trabalhadores ganharam maior controle de todo o processo
uma vez que passaram a trabalhar para um “patrão” e possuíam maior contato com a
matéria prima produzindo mais em grande escala
c) As maquinofaturas, ao suprimir funções antes exercidas por operários, transformaram as
relações de trabalho – o operário não era mais dono da matéria-prima, nem das máquinas
(instrumentos de produção), condições indispensáveis ao capitalismo, e suas habilidades
artesanais deixaram de ter a importância anterior, restando apenas sua força de trabalho
d) O processo de industrialização da produção ou internacionalização da Revolução Industrial
propalou-se para outros países durante o final do século XVII e início do XVIII, porém, a
intensidade do processo foi análogo e expressivo de um país para outro

046. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/ASSISTENTE SOCIAL/2016) Giovanni Alves (2013)


ao tratar das novas determinações da precarização do trabalho nas condições históricas do
século XXI, traz o debate acerca da maquinofatura. Dessa forma, escreva V ou F, conforme
seja verdadeiro ou falso, ao que se afirma nos itens abaixo sobre a Maquinofatura.

( ) Nova forma de produção do capital, significa trabalho resposto apenas como


precarização salarial.

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( ) Nova forma tecnológica de produção do capital baseada na rede informacional,


colocou a necessidade da gestão como “captura” da subjetividade do trabalho vivo,
nexo essencial do toyotismo como inovação organizacional.
( ) Com o seu surgimento alteram-se os termos do estranhamento social dado pela
relação tempo de vida/tempo de trabalho e pela constituição de um novo modo de
vida: o modo de vida just in time.
( ) O ponto de partida da maquinofatura é o revolucionamento da força de trabalho
(como na manufatura) e o revolucionamento da técnica (como na grande indústria).

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:


a) V, V, F, F.
b) V, F, V, F.
c) F, V, V, F.
d) F, V, F, V.

047. (CEV/URCA/PREFEITURA DE PORTEIRAS/PROFESSOR DE GEOGRAFIA/2018) A imagem a


seguir representa A produção automobilística, antes manual e artesanal, passou a ser feita em
massa por Henry Ford, empresário norte-americano. Ele criou esse sistema de fabricação em
massa no ano de 1914 para sua indústria e revolucionou a indústria automobilística, essa nova
forma de produzir foi expandido para outros modelos de indústria e ficou conhecido como:

Disponível em: https://www.google.com/search?biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1&am-


p;ei=H97cW8DKH4GFwQTgl6zACw&q

a) Fordismo – 1914
b) Toyotismo – 1950
c) Maquinofatura – 1860
d) Volvismo – 1970
e) Taylorismo – 1900

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048. (CETRO/PREFEITURA DE CUBATÃO/PROFESSOR – ÁREA: GEOGRAFIA/2004) Podemos


dizer que as etapas da evolução da indústria de transformação foram:
a) o artesanato, a manufatura e a maquinofatura.
b) o artesanato, a maquinofatura e a manufatura.
c) a manufatura, o artesanato e a maquinofatura.
d) a maquinofatura, o artesanato e a manufatura
e) a maquinofatura, a manufatura e o artesanato.

049. (IFSUL/IFSUL/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2021) O Taylorismo e o Fordismo


transformaram o modo de produção e as relações de trabalho. O Taylorismo utiliza-se da
administração científica para sistematizar e organizar o trabalho. Já o Fordismo é um modo
de produção baseado na padronização de produtos e na linha de produção. Com base em
tais fatos, considera-se que:
I – O Taylorismo tem sua ênfase na estrutura das organizações.
II – O Fordismo baseia seu modelo na produção em massa.
III – O Taylorismo parte da ideia central da organização racional do trabalho. Estão corretas
as afirmativas
a) II e III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, II e III.

050. (FUNDATEC/IFC/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2023) Sobre os paradigmas taylorista e fordista de organização do trabalho
(CATTANI; HOLZMANN, 2011), analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.
I – Uma das técnicas preconizadas no taylorismo é o estudo de tempos e movimentos, a
fim de se definir a melhor maneira de executar uma tarefa. II. No fordismo, a produção é
desencadeada pela demanda do mercado, por meio do sistema just-in-time.
III – No início do século XX, a empresa Ford organizou um Departamento de Sociologia
visando avaliar o comportamento dos trabalhadores fora do local de trabalho.
IV – O fordismo representou a consagração da produção e do consumo em massa.
a) Todas estão corretas.
b) Todas estão incorretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Apenas I, III e IV estão corretas.

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GABARITO

1. C 35. e
2. C 36. a
3. E 37. c
4. E 38. b
5. C 39. d
6. C 40. d
7. E 41. d
8. b 42. e
9. e 43. e
10. a 44. a
11. e 45. c
12. e 46. c
13. e 47. a
14. c 48. a
15. d 49. a
16. d 50. e
17. b
18. a
19. c
20. c
21. c
22. e
23. c
24. d
25. e
26. c
27. b
28. e
29. a
30. e
31. c
32. b
33. b
34. c

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GABARITO COMENTADO

001. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA) Acerca da Revolução Industrial


e das questões sociais dela decorrentes, julgue os próximos itens.
A expansão da Revolução Industrial pela Europa consolida a nova sociedade capitalista
baseada na indústria e na livre concorrência.

A Revolução Industrial, que teve início no final do século XVIII, transformou profundamente
a estrutura econômica e social da Europa e, posteriormente, do mundo. Com a introdução
de máquinas, a mecanização da produção e o surgimento de fábricas, houve um aumento
significativo na produção de bens e no desenvolvimento da indústria.
A nova sociedade capitalista que emergiu desse processo foi caracterizada pela propriedade
privada dos meios de produção, pela busca do lucro e pela livre concorrência entre as
empresas. O capitalismo industrial substituiu gradualmente as formas de produção pré-
capitalistas, como o feudalismo, e trouxe consigo mudanças sociais profundas, como o
surgimento da classe operária, as condições precárias de trabalho e a urbanização acelerada.
Certo.

002. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA)

Considerando o texto anterior, julgue os itens que se seguem, relativos à Revolução Industrial.
A Revolução Industrial foi marcada pela substituição dos utensílios manuais por máquinas
e da força humana por energia derivada do vapor e da eletricidade.

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A afirmativa está correta ao destacar duas características fundamentais da Revolução


Industrial: a substituição dos utensílios manuais por máquinas e da força humana por energia
derivada do vapor e da eletricidade. A Revolução Industrial, que teve início no final do século
XVIII na Inglaterra e se disseminou por outros países europeus e, posteriormente, pelo mundo,
trouxe consigo uma série de mudanças tecnológicas na forma como a produção era realizada.
A substituição dos utensílios manuais por máquinas foi um dos principais aspectos desse
processo. A mecanização da produção permitiu uma significativa ampliação da capacidade
produtiva e uma maior eficiência nos processos industriais. Máquinas como o tear mecânico
na indústria têxtil e as máquinas a vapor foram marcos importantes desse período.
Além disso, a força humana foi substituída em grande parte pela energia derivada do vapor
e da eletricidade. As máquinas movidas a vapor tornaram-se amplamente utilizadas nas
fábricas, proporcionando uma fonte de energia mais eficiente em comparação com a força
muscular humana. Posteriormente, a eletricidade também foi incorporada como uma fonte
de energia, contribuindo para a modernização dos processos produtivos.
Certo.

003. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA)

Considerando o texto anterior, julgue os itens que se seguem, relativos à Revolução Industrial.
Com a Revolução Industrial, o trabalho passou a ser disciplinado pelo autocontrole do trabalhador.
Os empresários e seus subcontratados consideravam desnecessária a supervisão dos serviços.

Na verdade, a Revolução Industrial trouxe consigo mudanças significativas na organização


do trabalho, mas, ao contrário do que é afirmado na questão, o trabalho não passou a ser

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disciplinado pelo autocontrole do trabalhador, e a supervisão dos serviços continuou a


desempenhar um papel crucial.
Durante a Revolução Industrial, as fábricas eram frequentemente caracterizadas por
condições de trabalho desumanas, jornadas extenuantes e ambientes perigosos. Os
empresários e seus subordinados exerciam um controle rígido sobre os trabalhadores,
muitas vezes utilizando métodos disciplinares autoritários. A supervisão direta era comum,
e a busca pela maximização da produção muitas vezes resultava em exploração e falta de
consideração pelos direitos dos trabalhadores.
Além disso, o advento da produção em grande escala e a busca incessante pelo lucro
levaram à implementação de práticas que visavam aumentar a eficiência, muitas vezes à
custa do bem-estar dos trabalhadores. A ideia de autocontrole do trabalhador é, portanto,
inconsistente com o contexto histórico da Revolução Industrial.
Errado.

004. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA)

Considerando o texto anterior, julgue os itens que se seguem, relativos à Revolução Industrial.
A divisão e a especialização do trabalho contribuíram para o enriquecimento intelectual do
trabalhador, e foi dispensada a contratação de mão de obra feminina e infantil durante a
Revolução Industrial.

A divisão do trabalho na Revolução Industrial estava mais associada à fragmentação das


tarefas dentro do processo produtivo, visando à eficiência na produção em larga escala.
Embora tenha havido avanços tecnológicos e aumento na produção, muitos trabalhadores
enfrentaram condições desumanas e rotinas monótonas nas fábricas. A especialização do

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trabalho muitas vezes resultou em funções repetitivas, não necessariamente contribuindo


para o enriquecimento intelectual dos trabalhadores.
Além disso, a contratação de mão de obra feminina e infantil era prática comum durante
a Revolução Industrial, especialmente devido à percepção de que esses trabalhadores
eram mais dóceis e podiam ser pagos com salários mais baixos do que os homens adultos.
A exploração da mão de obra infantil foi objeto de críticas e movimentos posteriores de
proteção dos direitos trabalhistas.
Errado.

005. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA)

Considerando o texto anterior, julgue os itens que se seguem, relativos à Revolução Industrial.
Revolução Industrial é a denominação de um período da história humana em que o conjunto
de invenções e inovações relacionadas permitiu alcançar-se uma enorme aceleração da
produção de bens, assegurando um crescimento independente da agricultura.

As inovações tecnológicas, como a introdução de máquinas movidas a vapor, o desenvolvimento


de novos processos industriais e a mecanização da produção, possibilitaram uma produção
em larga escala e uma aceleração sem precedentes na fabricação de bens. Isso marcou uma
transição importante da produção manual para a industrialização.
Além disso, a afirmação destaca corretamente que o crescimento econômico durante a
Revolução Industrial não dependia exclusivamente da agricultura. Antes desse período, a
agricultura era o setor predominante na economia. Com a Revolução Industrial, a produção

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industrial e a urbanização ganharam destaque, contribuindo para uma maior diversificação


da economia e um crescimento independente do setor agrícola.
Certo.

006. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA) Acerca da Revolução Industrial


e das questões sociais dela decorrentes, julgue os próximos itens.
Na Inglaterra, o rápido processo de urbanização contribuiu para a criação de novos valores
éticos e sociais.

O fenômeno da urbanização foi uma das características marcantes da Revolução Industrial,


à medida que as pessoas migraram das áreas rurais para os centros urbanos em busca de
emprego nas fábricas.
O crescimento rápido das cidades trouxe consigo mudanças significativas na forma como
as pessoas viviam e interagiam. A concentração de pessoas em ambientes urbanos levou ao
surgimento de novas formas de organização social, com o desenvolvimento de instituições,
como escolas, hospitais e sindicatos. Além disso, as relações sociais e familiares passaram
por transformações, muitas vezes devido às condições de trabalho e à necessidade de
adaptação a um ambiente urbano.
No que diz respeito aos valores éticos, o processo de urbanização influenciou as percepções
sobre o trabalho, a comunidade e a vida em sociedade. Surgiram novas ideias e valores em
resposta às mudanças econômicas e sociais, dando origem a movimentos culturais e filosóficos.
Certo.

007. (CESPE/CEBRASPE/2006/SEDF/PROFESSOR – SOCIOLOGIA) Acerca da Revolução Industrial


e das questões sociais dela decorrentes, julgue os próximos itens.
A responsabilidade pela emergência da questão social pode ser atribuída, unicamente,
à grande concentração de máquinas, terras e ferramentas sob o controle de uns poucos
indivíduos, o que provocou a insatisfação das massas operárias.

A questão social na Revolução Industrial não pode ser reduzida apenas à concentração de
meios de produção. Embora a concentração de propriedade e poder econômico nas mãos
de uma elite industrial tenha sido uma das causas, outros fatores contribuíram para a
emergência da questão social. Entre eles, destacam-se as condições de trabalho precárias,
a exploração da mão de obra, as longas jornadas de trabalho, a falta de direitos trabalhistas
e a ausência de uma rede de proteção social.

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A insatisfação das massas operárias não se limitou apenas à concentração de propriedade,


mas também às condições desumanas de trabalho e à exploração sistemática. Movimentos
sociais e sindicatos surgiram como resposta a essas condições, buscando melhorias nas
condições de vida e trabalho dos trabalhadores.
Errado.

008. (PUC-PR/2012/DPE-PR/SOCIÓLOGO) Entre os inúmeros efeitos econômico-sociais e


políticos da revolução dupla pós-século XIX, é possível destacar:
I – A consolidação do capitalismo industrial e o empobrecimento econômico das nações.
II – O aumento da produção, da circulação de mercadorias e do contato entre os países.
III – A expansão da população urbana e o aumento da produtividade no campo.
IV – O surgimento de novas classes sociais e a fragmentação do conceito de Estado-nação.
V – O advento da sociedade de consumo e a redução da cultura do medo urbano.
Estão corretos APENAS os itens:
a) I e IV.
b) II e V.
c) II e III.
d) I e III.
e) IV e V.

I – Errado. O empobrecimento econômico das nações não é uma característica universal da


revolução industrial. Pode haver crescimento econômico, embora também existam desigualdades.
II – Certo. A revolução industrial impulsionou a produção, a circulação de mercadorias e a
globalização, aumentando o contato entre os países.
III – Errado. Embora a expansão da população urbana seja um efeito da revolução industrial,
o aumento da produtividade no campo pode ser discutível.
IV – Errado. Embora houvesse o surgimento de novas classes sociais, houve também o
fortalecimento do Estado-nação.
V – Certo. A revolução industrial contribuiu para o surgimento da sociedade de consumo,
e em alguns casos, pode ter impactado a cultura do medo urbano.
Letra b.

009. (FGV/2014/SEDUC-AM/PROFESSOR – SOCIOLOGIA) O nascimento da Sociologia como


ciência autônoma e um processo relacionado à afirmação da sociedade industrial, na Europa
oitocentista. As opções a seguir identificam corretamente componentes da Revolução

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Industrial que constituíram os primeiros objetos de reflexão da nova ciência da sociedade


no século XIX, à exceção de uma. Assinale-a.
a) O progresso técnico e material, que se refletiria na constituição de uma sociedade mais complexa.
b) O método científico, que permitiu o desenvolvimento das ciências naturais e sociais.
c) A modificação dos modos de produção e de organização do trabalho.
d) A transformação das condições de vida e trabalho do operariado.
e) A nova relação entre arte e sociedade introduzida pela moderna cultura industrial.

Vamos analisar as alternativas:


a) Certa. O progresso técnico e material foi um dos aspectos importantes da Revolução
Industrial e impactou a sociedade.
b) Certa. O método científico foi uma característica importante da Revolução Industrial,
impulsionando o desenvolvimento das ciências.
c) Certa. A transformação nos modos de produção e organização do trabalho foi uma das
principais consequências da Revolução Industrial.
d) Certa. A transformação nas condições de vida e trabalho do operariado foi uma realidade
durante a Revolução Industrial. Com a industrialização, as fábricas surgiram como novos
locais de trabalho, substituindo o modelo artesanal. Os operários enfrentaram jornadas
extenuantes, más condições de trabalho, salários baixos e falta de regulamentação trabalhista.
Isso levou à formação de uma classe operária e ao surgimento de movimentos sociais e
sindicatos que buscavam melhores condições laborais.
e) Errada. A relação entre arte e sociedade não foi um dos primeiros objetos de reflexão da
Sociologia no contexto da Revolução Industrial. A Sociologia estava mais preocupada com
as transformações sociais, econômicas e políticas.
Letra e.

010. (INSTITUTO CONSULPLAN/2022/SEED-PR/ÁREA DE CONHECIMENTO: SOCIOLOGIA)


Condições fabris
Os trabalhadores, em geral, formam um grupo de homens inofensivos, modestos e bem
informados, embora eu desconheça a maneira como eles se informam. São dóceis e afáveis,
se não os molestarem muito, mas isso não surpreende, quando consideramos que eles
são treinados para trabalhar desde os seis anos de idade, das cinco da manhã até as oito
ou nove da noite. Permanecem fechados em salas onde o calor é maior do que nos dias
quentes do último verão, até de noite (se atrasarem alguns minutos, um quarto da jornada
é descontado), sem intervalos, exceto os quarenta e cinco minutos para o jantar. Se comem
alguma outra coisa durante o dia, têm de fazê-lo sem parar de trabalhar. Não há tempo

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de gozar da companhia da família: todos eles estarão também fatigados e exaustos. Esse
não é um quadro exagerado: ele é literalmente verdadeiro.
(Revolução Industrial e as mudanças no sistema fabril. Disponível em: 2designindust.wixsite.com.
Adaptado.)

O processo conhecido por Revolução Industrial teve início na Europa durante os séculos XVIII
e XIX. Ao contrário do que muitos acreditam, aconteceu em momentos diferentes nos países
europeus. Em termos sociais e/ou econômicos, é correto afirmar que na Revolução Industrial:
a) Ocorreu uma forte migração da população campesina para a cidade provocando, dessa
forma, o aumento da população urbana, gerando, assim, um enorme crescimento urbano.
b) Houve de imediato a criação de um sistema de fabricação que produzia tanto e a um
custo tão baixo, que a produção passou a não depender mais da demanda existente, gerando
seu próprio mercado.
c) As grandes transformações sociais aconteceram de maneira tão súbita que provocaram
rupturas tão radicais e definitivas, que as classes sociais anteriormente existentes
desapareceram por completo.
d) O trabalho passou a ser produzido em larga escala pelas fábricas, como auxílio de
máquinas que, rapidamente, passaram a ser conduzidas pelos antigos artesãos, para que
não perdessem seus empregos.

A Revolução Industrial representou uma fase de transformações significativas nos modos


de produção, trabalho e organização social. Vamos analisar cada alternativa:
a) Certa. A Revolução Industrial resultou em um êxodo rural, com a migração em massa da população
do campo para as cidades em busca de oportunidades de emprego nas fábricas. Isso provocou
um aumento significativo da população urbana e impulsionou o crescimento das cidades.
b) Errada. A Revolução Industrial trouxe avanços na eficiência da produção, mas não
necessariamente resultou na independência completa da demanda existente. A produção
ainda estava atrelada à busca por mercados consumidores.
c) Errada. Embora a Revolução Industrial tenha provocado mudanças significativas nas
estruturas sociais, não resultou no desaparecimento completo das classes sociais. Houve
reconfigurações e surgimento de novas classes, mas não uma eliminação total das antigas.
d) Errada. A Revolução Industrial envolveu a mecanização e a produção em larga escala,
mas as máquinas substituíram muitas vezes o trabalho manual dos artesãos, levando a
mudanças nas formas de produção e na organização do trabalho.
Letra a.

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011. (CONTEMAX/2019/PREFEITURA DE AROEIRAS – PB/PROFESSOR – HISTÓRIA) “ESTA NOVA


ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO E DO TRABALHO SIGNIFICA O ABANDONO DA ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO EM POSTOS FIXOS E ESPECIALIZADOS. (...) Altera-se, desse modo, o perfil sócio-
profissional do operador de base, que ganha certa liberdade de movimento e capacidade de
iniciativa; (...) certa polivalência (pois é preciso saber intervir em diversos tipos de materiais)
e certa poliatividade (mesclando tarefas de fabricação, de discussão, de manutenção trivial,
até mesmo, de gestão produtiva).”
(Giovanni Alves, In: Confluências: revista interdisciplinar de Sociologia e Direito, v. 10, n.1, 2008, p. 102).

Assinale a alternativa correta que responda a seguinte pergunta: A que “nova organização
da produção e do trabalho” o autor se refere?
a) Fordismo-taylorismo.
b) A segunda revolução industrial.
c) A revolução comunicacional e informática.
d) Terceirização.
e) Toyotismo.

a) Errada. O Fordismo-taylorismo se caracteriza por uma produção em massa, linha de


montagem, divisão do trabalho e especialização. O texto menciona a alteração do perfil
sócio-profissional do operador de base, o que não condiz com as características do
Fordismo-taylorismo.
b) Errada. A segunda revolução industrial trouxe avanços tecnológicos, mas não é
especificamente associada à organização do trabalho descrita no texto.
c) Errada. Embora a revolução comunicacional e informática tenha impactado o trabalho, o
texto não sugere que essa seja a “nova organização da produção e do trabalho” mencionada.
d) Errada. A terceirização é uma prática específica de delegar atividades a terceiros e não
aborda diretamente as mudanças no perfil sócio-profissional descritas no texto.
e) Certa. O Toyotismo é um modelo de produção que se destaca pela flexibilidade, polivalência
dos trabalhadores, capacidade de iniciativa, intervenção em diversos tipos de materiais e
gestão produtiva participativa. As características mencionadas no texto estão alinhadas
com os princípios do Toyotismo.
Letra e.

012. (IBADE/2016/PREFEITURA DE RIO BRANCO – AC/SOCIÓLOGO) “UMA ARMA IDEOLÓGICA


FORJADA COMO RESPOSTA À CRISE INDUSTRIAL DE FINS DA DÉCADA DE 1960 [...] [CUJA]
EXTRAÇÃO DA MAIS-VALIA DEPENDE AGORA DA ECONOMIA DA INOVAÇÃO PERPÉTUA (MORRIS-

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SUZUKI, TESSA, APUD KUMAR, KRISHAN (2006) Da Sociedade Pós-industrial à Pós-moderna.


Novas Teorias sobre o Mundo Contemporâneo Rio de Janeiro, Jorge Zahar, p.56).
O conceito ao qual a caracterização acima refere-se é o de:
a) capitalismo selvagem.
b) revolução industrial.
c) exército industrial de reserva.
d) estado de bem-estar.
e) sociedade da informação.

a) Errada. O trecho não descreve o capitalismo como “selvagem”. O termo “capitalismo


selvagem” não é utilizado no texto. Em vez disso, o autor refere-se a uma “resposta à crise
industrial” e à dependência da “economia da inovação perpétua”, características que se
encaixam melhor no conceito de “sociedade da informação”.
b) Errada. O texto menciona uma resposta à crise industrial de fins da década de 1960,
mas não se refere diretamente à Revolução Industrial. A Revolução Industrial ocorreu nos
séculos XVIII e XIX, e o trecho trata de uma resposta a uma crise posterior.
c) Errada. O trecho não aborda o conceito de “exército industrial de reserva”. Essa expressão
refere-se a uma parcela de trabalhadores desempregados que podem ser facilmente
incorporados à produção quando necessário, mas não é mencionada no contexto do texto.
d) Errada. O trecho não faz referência ao “estado de bem-estar”. Essa expressão se relaciona
a políticas sociais específicas que visam proporcionar assistência e segurança social à
população, não sendo o foco do texto.
e) Certa. O trecho menciona uma resposta à crise industrial e destaca a dependência da
“economia da inovação perpétua”, o que está alinhado com o conceito contemporâneo de
“sociedade da informação”. Nessa sociedade, a informação e a inovação são fundamentais
para o desenvolvimento econômico.
Letra e.

013. (IBFC/2017/SEDUC-MT/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – SOCIOLOGIA) Muitas


mudanças ocorreram no âmbito dos processos de aprendizado de ofícios até se chegar a
atual estrutura educacional que conhecemos. As artes de ofício deram lugar a “instituições
de ensino universais”. Sobre este processo assinale a alternativa correta:
a) Nas formações pré-capitalistas ocidentais o conhecimento era transmitido apenas por
instituições religiosas
b) A simplificação do trabalho industrial requeria trabalhadores mais bem instruídos
c) A Revolução Industrial fortaleceu importância dos mestres de ofício

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d) Aprender um ofício com um mestre artesão de renome era garantia de ascensão social
ao aprendiz
e) O modo de produção industrial solapa as especialidades de ofício, substituindo o específico
pelo generalizável, trabalho simples

a) Errada. Antes do capitalismo, o conhecimento era transmitido também por outras instituições,
como as guildas e comunidades locais, não exclusivamente por instituições religiosas.
b) Errada. A simplificação do trabalho industrial muitas vezes não exigia trabalhadores
altamente instruídos, mas sim habilidades específicas para tarefas repetitivas e simples.
c) Errada. A Revolução Industrial, em muitos casos, reduziu a importância dos mestres
de ofício, uma vez que a produção em larga escala e a maquinaria substituíram métodos
tradicionais de produção artesanal.
d) Errada. Embora em algumas situações aprender com um mestre artesão pudesse
proporcionar oportunidades, a garantia de ascensão social não era universal, especialmente
com as mudanças trazidas pela Revolução Industrial.
e) Certa. O texto menciona que o modo de produção industrial substitui as especialidades de
ofício pelo trabalho simples e generalizável, caracterizando a transição de uma abordagem
mais especializada para uma mais generalizada na produção.
Letra e.

014. (PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/2016/PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/ASSISTENTE


SOCIAL (EDITAL N. 97)) Giovanni Alves (2013) ao tratar das novas determinações da
precarização do trabalho nas condições históricas do século XXI, traz o debate acerca da
maquinofatura. Dessa forma, escreva V ou F, conforme seja verdadeiro ou falso, ao que se
afirma nos itens abaixo sobre a Maquinofatura.

( ) Nova forma de produção do capital, significa trabalho resposto apenas como


precarização salarial.
( ) Nova forma tecnológica de produção do capital baseada na rede informacional,
colocou a necessidade da gestão como “captura” da subjetividade do trabalho vivo,
nexo essencial do toyotismo como inovação organizacional.
( ) Com o seu surgimento alteram-se os termos do estranhamento social dado pela
relação tempo de vida/tempo de trabalho e pela constituição de um novo modo de
vida: o modo de vida just in time.
( ) O ponto de partida da maquinofatura é o revolucionamento da força de trabalho
(como na manufatura) e o revolucionamento da técnica (como na grande indústria).

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Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:


a) V, V, F, F.
b) V, F, V, F.
c) F, V, V, F.
d) F, V, F, V.

I. (F) A maquinofatura não se limita apenas à precarização salarial, pois envolve mudanças
tecnológicas e organizacionais na produção.
II. (V). Esta afirmação está correta, pois destaca a relação da maquinofatura com a gestão,
subjetividade do trabalho vivo e a influência do toyotismo como inovação organizacional.
III. (V). Esta afirmação está correta. A maquinofatura traz mudanças na relação entre tempo
de vida e tempo de trabalho, contribuindo para a formação do modo de vida “just in time”.
IV. (F). A afirmação está incorreta. O ponto de partida da maquinofatura é o revolucionamento
tanto da força de trabalho quanto da técnica, não se limitando apenas a um deles.
Letra c.

015. (INSTITUTO AOCP/2020/PREFEITURA DE BETIM – MG/PROFESSOR – HISTÓRIA) Relacione


os seguintes conceitos aos contextos históricos aos quais se referem, considerando as
formas de trabalho e produção, e assinale a alternativa com a correspondência correta.
1. Surgiram as linhas de montagem, esteiras rolantes por onde circulavam as partes do
produto a ser montado, de modo a dinamizar o processo. Uma indústria automobilística
nos Estados Unidos foi a primeira a fazer uso das esteiras que levavam o chassi do carro a
percorrer toda a fábrica, racionalizando a produção.
2. É um modelo de produção de mercadorias com vista à flexibilização na fabricação de
produtos, desenvolvido em fábricas japonesas de automóveis. Exige máquinas cada vez
mais modernas, reduzindo significativamente os gastos com mão de obra, que deve ser
extremamente qualificada e polivalente.
3. A passagem da manufatura para o sistema fabril foi impulsionada pelas invenções da
máquina de fiar, o tear mecânico e a máquina a vapor que resultou na mecanização dos
processos. O uso do carvão para alimentar as máquinas foi essencial nesse momento.
Assim, temos o aumento da produção, a substituição do trabalho manual pelo industrial,
o desenvolvimento do comércio internacional e o aumento do mercado consumidor.
a) 1. Toyotismo; 2. Fordismo; 3. Maquinofatura.
b) 1. Toyotismo; 2. Globalização; 3. Manufatura.
c) 1. Fordismo; 2. Globalização; 3. Manufatura.

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d) 1. Fordismo; 2. Toyotismo; 3. Maquinofatura.


e) 1. Fordismo; 2. Toyotismo; 3. Manufatura.

Vamos fazer a associação entre os conceitos e suas descrições:


• Fordismo: surgiram as linhas de montagem, esteiras rolantes por onde circulavam
as partes do produto a ser montado, de modo a dinamizar o processo. Uma indústria
automobilística nos Estados Unidos foi a primeira a fazer uso das esteiras que levavam
o chassi do carro a percorrer toda a fábrica, racionalizando a produção.
• Toyotismo: é um modelo de produção de mercadorias com vista à flexibilização na
fabricação de produtos, desenvolvido em fábricas japonesas de automóveis. Exige
máquinas cada vez mais modernas, reduzindo significativamente os gastos com mão
de obra, que deve ser extremamente qualificada e polivalente.
• Maquinofatura: a passagem da manufatura para o sistema fabril foi impulsionada
pelas invenções da máquina de fiar, o tear mecânico e a máquina a vapor que resultou
na mecanização dos processos. O uso do carvão para alimentar as máquinas foi
essencial nesse momento. Assim, temos o aumento da produção, a substituição do
trabalho manual pelo industrial, o desenvolvimento do comércio internacional e o
aumento do mercado consumidor.
Letra d.

016. (PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/2016/PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/ASSISTENTE


SOCIAL (EDITAL N. 97)) Assinale a alternativa correta quanto ao que Alves (2013) denomina
de fatos históricos que alteraram efetivamente os termos e modos de ser da precarização do
trabalho sob o capitalismo global, contribuindo para que precarização do trabalho assumisse,
primeiro, a caracterização de precarização estrutural do trabalho e depois, adquirisse o
estatuto social de precarização existencial ou ainda, precarização do homem que trabalha.
a) Modo de vida just in time e Desfiliação.
b) Produtores auto-organizados e Precarização salarial.
c) Workfare e Precarização humana.
d) Maquinofatura e Crise estrutural de valorização do valor.

O termo “Maquinofatura” refere-se a mudanças tecnológicas e organizacionais na produção,


enquanto a “Crise estrutural de valorização do valor” indica uma transformação mais ampla
no sistema econômico, contribuindo para a precarização do trabalho. Esses elementos são
fundamentais para entender a transição da precarização do trabalho para uma caracterização
estrutural e, posteriormente, para o estatuto social de precarização existencial ou do homem

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que trabalha, conforme mencionado por Alves (2013). Assim, a alternativa D engloba de
forma mais precisa os fatores históricos discutidos pelo autor em relação à precarização
do trabalho no contexto do capitalismo global.
Letra d.

017. (FGV/FUNSAÚDE – CE/2021/FUNSAÚDE – CE – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A Organização


Racional do Trabalho (ORT) surgiu no apogeu da Administração Científica e visava à
substituição dos métodos empíricos e rudimentares por métodos científicos. Assinale a
opção que apresenta um fundamento característico da ORT.
a) A noção de homo social.
b) O desenho de cargos e salários.
c) O estudo dos grupos informais,
d) A análise organicista do processo administrativo.
e) A compreensão da organização como sistema aberto.

Características da Organização Racional do Trabalho (ORT):


• Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;
• Estudo da fadiga humana;
• Divisão do trabalho e especialização do operário;
• Desenho de cargos e de tarefas;
• Incentivos salariais e prêmios de produção;
• Conceito de homo economicus;
• Condições ambientais de trabalho;
• Padronização de métodos e de máquinas;
• Supervisão funcional (por especialidade).
Letra b.

018. (FUNCAB/2012/MPE-RO/ANALISTA – SOCIOLOGIA) De acordo com Ricardo Antunes, os


processos de intensificação do uso de novas tecnologias e de novas formas de organização
de produção, na era pós-fordismo, possibilitam um trabalho mais qualificado e revalorizado,
acarretando, entretanto, o desemprego e exclusão dos trabalhadores. Isso ocorre devido:
a) à grande redução de custos e à otimização da produtividade industrial e dos seus serviços.
b) ao aumento de desempregados e à grande mobilidade destes em busca de emprego.
c) à redução dos custos e ao aumento da produção e da procura da mão de obra.
d) a uma valorização tardia do sistema Taylorista de produção.
e) à perda dos direitos trabalhistas.
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a) Certa. De acordo com Ricardo Antunes, na era pós-fordismo, a intensificação do uso de


novas tecnologias e novas formas de organização de produção busca, entre outros objetivos,
a redução de custos e a otimização da produtividade industrial e de serviços.
b) Errada. O desemprego não é apresentado como uma finalidade direta da intensificação
do uso de novas tecnologias e formas de organização de produção na perspectiva de Ricardo
Antunes. Pelo contrário, ele destaca que isso ocorre, mas como um efeito colateral indesejado.
c) Errada. Embora a redução dos custos seja mencionada como uma razão para a intensificação
tecnológica e organizacional, o aumento da produção e procura de mão de obra não é
apontado como uma consequência direta na perspectiva apresentada por Ricardo Antunes.
d) Errada. A valorização tardia do sistema Taylorista de produção não é indicada como causa
do desemprego e exclusão dos trabalhadores na perspectiva do autor.
e) Errada. Embora a perda dos direitos trabalhistas seja uma preocupação em contextos
de intensificação tecnológica, não é explicitamente apontada como a principal razão para
o desemprego e exclusão dos trabalhadores na abordagem de Ricardo Antunes.
Letra a.

019. (IBADE/2016/SEDUC-RO/PROFESSOR CLASSE C – SOCIOLOGIA) David Harvey, 1996, valendo-


se diretamente da análise de Alain Lipietz concernente aos modos de regulamentação, concebe, da
seguinte forma, um regime de acumulação: “um regime de acumulação ‘descreve a estabilização,
por um longo período, da alocação do produto líquido entre consumo e acumulação; ele implica
alguma correspondência entre a transformação tanto das condições de produção como das
condições de reprodução de assalariados’”. É correto dizer, com base nessa análise, que, entre
os anos de 1950 e 1970, prevaleceu o modo de regulamentação caracterizado como:
a) Toyotismo.
b) Kalmarianismo.
c) Fordismo.
d) Reconstrutivismo.
e) Neorealismo.

a) Errada. O período de 1950 a 1970 é mais associado ao Fordismo do que ao Toyotismo,


que ganhou mais relevância a partir da década de 1970.
b) Errada. Não há referência ao termo “Kalmarianismo” na análise de David Harvey, e não
é um conceito conhecido no contexto das formas históricas de acumulação.

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c) Certa. O Fordismo prevaleceu durante os anos de 1950 a 1970, sendo um modelo de produção
associado à produção em massa, linhas de montagem, e uma certa estabilidade na alocação
do produto líquido entre consumo e acumulação, conforme concebido por David Harvey.
d) Errada. Não há referência ao termo “Reconstrutivismo” na análise de David Harvey, e não
é um conceito conhecido no contexto das formas históricas de acumulação.
e) Errada. Não há referência ao termo “Neo realismo” na análise de David Harvey, e não é
um conceito conhecido no contexto das formas históricas de acumulação.
Letra c.

020. (IF-TO/2016/IF-TO/PROFESSOR SOCIOLOGIA) A partir do início do século XX, a


organização dos sistemas de produção passou a obedecer aos princípios do Taylorismo/
Fordismo. Os impactos nas relações de trabalho e consequentemente na organização social
foram intensos. Esse sistema consistia basicamente em, exceto:
a) controle da qualidade exercido pela gerência.
b) uso intenso da linha de produção.
c) produção horizontal.
d) produção vertical.
e) produção standardizada.

a) Certa. O Taylorismo/Fordismo envolvia, de fato, um controle rígido da produção e qualidade,


sendo esta uma característica central do sistema. Portanto, a afirmativa está correta.
b) Certa. O sistema Taylorista/Fordista é conhecido por sua ênfase na linha de produção,
buscando eficiência e aumento da produção. Assim, a assertiva está correta.
c) Errada. A produção horizontal não é um princípio típico do Taylorismo/Fordismo. Esse
sistema, ao contrário, caracteriza-se por uma produção vertical, com tarefas especializadas
em etapas específicas na linha de produção. Portanto, a afirmativa está incorreta.
d) Certa. O Taylorismo/Fordismo é associado à produção vertical, com a divisão clara das
tarefas em diferentes estágios da linha de produção. Assim, a afirmativa está correta.
e) Certa. A padronização era uma característica crucial do Taylorismo/Fordismo, buscando
uniformidade e eficiência na produção em massa. Portanto, a afirmativa está correta.
Letra c.

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021. (FCC/2015/DPE-SP/CIENTISTA SOCIAL) A crise experimentada pelo capital, bem


como suas respostas, das quais o neoliberalismo e a reestruturação produtiva da era da
acumulação flexível são expressão, têm acarretado, entre tantas consequências, profundas
mutações no interior do mundo do trabalho.
(ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo:
Boitempo, 2009, p. 17)

Corresponde a uma das inúmeras transformações no mundo do trabalho ocorridas no Brasil


e em outros países nas últimas décadas:
a) A redução expressiva do trabalho morto e a ampliação do trabalho vivo, como expressão
do salto tecnológico, resultou em índices crescentes de desemprego e subemprego.
b) Houve um aumento do número de trabalhadores nas fábricas e demais unidades produtivas
devido aos novos processos de gerenciamento.
c) Em virtude da crise estrutural do padrão de produção anterior, dado pelos sistemas
fordista e taylorista, buscou-se a alteração dos processos produtivos com o fim de repor
os patamares de acumulação até então experimentados.
d) Há uma significativa homogeneização do trabalho, seja pela incorporação do enorme
contingente de mulheres, seja pelo crescimento do setor de serviços.
e) O surgimento de novas modalidades de trabalho (em tempo parcial, precário, terceirizado,
subcontratado, intermitente e aqueles vinculados à economia informal) contribuiu para
intensificar as lutas e a organização dos trabalhadores.

a) Errada. Esta alternativa evoca a distinção entre trabalho morto (trabalho acumulado,
como máquinas e tecnologias) e trabalho vivo (trabalho humano), associando-a a um salto
tecnológico. A justificativa para a incorreção reside no fato de que o aumento do trabalho
vivo não é diretamente ligado a índices crescentes de desemprego, mas sim à automação
e mudanças nos processos produtivos.
b) Errada. Esta afirmativa sugere um aumento quantitativo de trabalhadores nas fábricas,
associando-o a novos processos de gerenciamento. A incorreção se baseia no fato de
que as mudanças no mundo do trabalho, conforme discutido por Antunes, muitas vezes
envolvem reestruturação e não necessariamente um aumento significativo no número de
trabalhadores nas unidades produtivas.
c) Certa. Esta alternativa está correta, pois reflete a discussão de Antunes sobre a crise do
modelo de produção fordista e taylorista. A busca por alterações nos processos produtivos é
apresentada como resposta à crise, visando restabelecer os níveis anteriores de acumulação.
d) Errada. Essa afirmativa sugere uma homogeneização do trabalho, relacionando-a à
incorporação de mulheres e ao crescimento do setor de serviços. A incorreção se baseia no
fato de que, segundo Antunes, as mudanças no trabalho frequentemente envolvem mais

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diversificação do que homogeneização, especialmente com a entrada de diferentes grupos


demográficos e setores.
e) Errada. Esta alternativa aborda as novas formas de trabalho e sua influência nas lutas
e organização dos trabalhadores. A incorreção se justifica pelo fato de que, embora essas
modalidades possam gerar resistência, o texto de Antunes não destaca diretamente a
intensificação das lutas e da organização.
Letra c.

022. (FUNDATEC/SPGG/ANALISTA – ÁREA: SOCIÓLOGO/2022) A construção de plataformas


digitais como marketplaces surge como transposição da ideia de mercado ou feira para a
internet. No âmbito das relações de trabalho, o seu enquadramento legal é ambíguo quando
ultrapassa o aspecto da venda de produtos e é aplicada também na oferta de prestação de
serviços. Entre as plataformas digitais, há aquelas que apenas realizam a intermediação entre
diferentes usuários, sem se imiscuir diretamente nas transações. Outras, contudo, interferem
sobre a forma e a qualidade do serviço prestado, além de imporem preço e remuneração. É o
que ocorre com muitos aplicativos de entrega de comida, mercadorias e transporte de pessoas.
Em que pesem esses impasses, tem sido crescente o contingente da força de trabalho que
adere a esse modelo (CARELLI et al., 2020). O fenômeno social específico a que se refere o
parágrafo acima tem sido nomeado pela literatura sociológica recente como:
a) Ergonomia.
b) Fordismo.
c) Know-how.
d) Taylorismo.
e) Uberização.

Vamos analisar as opções:


a) Errada. A ergonomia refere-se ao estudo das condições de adaptação do trabalho ao
homem e não aborda diretamente a natureza das plataformas digitais descritas no texto.
b) Errada. O fordismo é um modelo de produção em massa caracterizado pela produção
em série. Não está diretamente relacionado à descrição das plataformas digitais e suas
implicações nas relações de trabalho.
c) Errada. O termo “know-how” refere-se ao conhecimento prático e técnico necessário para
realizar uma tarefa específica. Não se aplica diretamente ao fenômeno descrito no texto.

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d) Errada. O taylorismo é um modelo de gestão e produção caracterizado pela divisão do


trabalho e a busca pela máxima eficiência. Não é diretamente relacionado à temática das
plataformas digitais descritas no texto.
e) Certa. O termo “uberização” é utilizado para descrever o fenômeno social específico
mencionado no texto, onde plataformas digitais atuam como intermediárias nas relações
de trabalho, interferindo na forma e na qualidade dos serviços prestados, impondo preços
e remunerações. Portanto, é a resposta correta.
Letra e.

023. (IFPA/IFPA/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2022) São inúmeros os dilemas do mundo do trabalho, na contemporaneidade,
seja do ponto de vista internacional, seja em relação à realidade brasileira. Quanto a algumas
características que marcam o caso brasileiro, é CORRETO afirmar:
a) Novas formas de organização do trabalho, associadas ao uso das novas tecnologias de
informação e comunicação (TIC) e às empresas que se apresentam como plataformas ou
aplicativos, são procedimentos de contratação e gestão do trabalho que reforçam o princípio
do assalariamento, elemento crucial nas estratégias empresariais.
b) A valorização da categoria, empregada como estratégia de gestão e controle do trabalho,
é um fenômeno praticado há décadas; porém, a utilização das TIC, por plataformas e
aplicativos, vem potencializando e aprofundando exponencialmente esse processo.
c) Ampliação da corrosão do emprego regulamentado, substituído paulatinamente por diversas
formas alternativas de trabalho e subtrabalho, travestidas, pelo discurso empresarial, como
“empreendedorismo”, “trabalho voluntário”, “cooperativismo”, modalidades que frequentemente
substituem o trabalho formal, gerando novos mecanismos de autoexploração do trabalho.
d) As plataformas digitais, a chamada uberização do trabalho, vem desempenhando um papel
crucial na regulação protetiva do trabalho. Novas formas de organização do trabalho que
contribuem com a flexibilização dos processos de precarização da condição do trabalhador
no cenário contemporâneo.
e) A tecnologia torna a regulação tecnicamente mais fácil, torna também mais viável a proteção
do trabalho. Esse contraditório e complexo movimento, típico da razão instrumental e de
suas engrenagens de dominação, tem impactado fortemente as legislações, as instituições
públicas, além de se constituir em um elemento a mais para facilitar a criação de laços de
solidariedade e de organização da classe trabalhadora

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a) Errada. As novas formas de organização do trabalho, ligadas a plataformas e aplicativos,


muitas vezes não reforçam o princípio do assalariamento.
b) Errada. Não há destaque para a valorização da categoria como estratégia de gestão e
controle do trabalho no contexto abordado.
c) Certa. De fato, ocorre no caso brasileiro a ampliação da corrosão do emprego regulamentado,
substituído por diversas formas alternativas de trabalho, muitas vezes disfarçadas sob rótulos
como “empreendedorismo” e “cooperativismo”, gerando mecanismos de autoexploração.
d) Errada. A “uberização do trabalho” contribui para a flexibilização e precarização da
condição do trabalhador, não desempenhando um papel crucial na regulação protetiva.
e) Errada. Embora a tecnologia facilite a regulação técnica, ela também contribui para
formas contraditórias de dominação, impactando legislações e instituições públicas.
Letra c.

024. (FUNDATEC/IFC/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2023) O emprego se diferencia do trabalho autônomo, entre outros fatores,
pela relação de dependência do empregador, que assume os riscos da atividade econômica,
assalaria e dirige a atividade laboral (CARELLI, 2020). Entretanto, a intermediação da
prestação de serviços, por meio de plataformas digitais, tem desafiado o ordenamento
jurídico sobre o seu enquadramento. De que forma a literatura sociológica recente tem
nomeado esse fenômeno do mundo do trabalho?
a) Autogestão.
b) Ergonomia.
c) Taylorismo.
d) Uberização.
e) Nanotecnologia.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. Autogestão refere-se à gestão autônoma dos trabalhadores em relação à produção
e organização do trabalho, não capturando diretamente o fenômeno descrito no enunciado.
b) Errada. Ergonomia diz respeito ao estudo das condições de adaptação do trabalho
ao homem, não abordando diretamente a intermediação da prestação de serviços por
plataformas digitais.
c) Errada. O taylorismo é um modelo de organização do trabalho baseado na divisão de
tarefas e maximização da eficiência, não se relacionando diretamente com a intermediação
de serviços por plataformas digitais.

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d) Certa. A “uberização” refere-se ao fenômeno do trabalho intermediado por plataformas


digitais, em que trabalhadores autônomos oferecem serviços sob demanda, muitas vezes
desafiando a classificação tradicional de emprego.
e) Errada. A nanotecnologia é um campo de estudo relacionado a manipulação de átomos e
moléculas em nível nanométrico, não tem relevância na descrição do fenômeno abordado
no enunciado.
Letra d.

025. (IFMG/IFMG/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA: CIÊNCIAS


SOCIAIS/2023) De acordo com o sociólogo Ricardo Antunes (2020), sobre a “atual morfologia
do trabalho”, podemos afirmar que:
a) Falarmos em “nova morfologia” do trabalho é uma armadilha teórica, visto que o trabalho
possui uma definição ontológica, portanto não pode ser modificada.
b) A atual morfologia do trabalho consiste na aplicação do modelo toyotista de produção,
em que as empresas se utilizam do just in time, tanto em seu espaço de trabalho, quanto
em sua rede de fornecedores. Podemos citar o exemplo da Walmart, que há muito tempo
abandonou os elementos ultrapassados característicos do Taylorismo.
c) Uma longa transformação no mundo no trabalho nos trouxe até a atual morfologia
do trabalho em que você tem um desenho muito bem definido: por um lado, uma classe
trabalhadora braçal precarizada especialmente nos países pobres e, por outro lado, uma
classe trabalhadora jovem, intelectualizada, fazendo uso das TICs, bem-remunerada e
altamente qualificada, especialmente nos países centrais.
d) A era digital nos apresenta uma nova estrutura laboral até então desconhecida, mas há
muito tempo prevista e anunciada: o fim do trabalho e o protagonismo da inteligência artificial.
e) Ao contrário da eliminação do trabalho pelo maquinário, estamos presenciando o advento
e expansão exponencial do novo proletariado de serviços, uma variante global do que
podemos chamar de escravidão digital.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. Antunes discute a transformação na morfologia do trabalho, não considerando
a ideia de que o trabalho não pode ser modificado.
b) Errada. Antunes aborda a atual morfologia do trabalho de maneira mais ampla do que
apenas associá-la ao modelo toyotista, destacando aspectos relacionados à precarização
e mudanças nas formas de trabalho.
c) Errada. A descrição apresentada não corresponde exatamente ao entendimento de Antunes
sobre a atual morfologia do trabalho, pois ele enfatiza a precarização em ambos os lados.

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d) Errada. Antunes não sugere o fim do trabalho, mas sim transformações na sua morfologia.
e) Certa. Antunes destaca o crescimento do proletariado de serviços em um contexto digital,
ressaltando características de precarização e uma variante que ele chama de “escravidão digital”.
Letra e.

026. (IFPI/IFPI/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2022) O sociólogo brasileiro Ricardo Antunes tem se dedicado a entender o
mundo do trabalho como definidor de um conjunto de outras relações e tem se atentado
nas últimas décadas em perceber e analisar as transformações ocasionadas nesse ambiente.
Ele utiliza o conceito de uberização do trabalho, que tem ganhado escopo e extensão no
neoliberalismo, especificamente no seu livro “Uberização, trabalho digital e Indústria 4.0”,
que, para ele, seria:
a) a uberização como trabalho exercido pelos sujeitos ligados à plataforma UBER, e cadastrados
em vários países para exercer transporte de passageiros, em veículos automotivos.
b) uberização como processo que afeta os indivíduos que vivem nas grandes e médias
cidades brasileiras e é produto invariável do capitalismo neoliberal.
c) um processo no qual as relações de trabalho são cada vez mais individualizadas e
invisibilizadas, sendo o assalariamento e a exploração cada vez mais encobertos. Apresentado
como uma espécie de generalização e espraiamento de características estruturantes da
vida de trabalhadores da periferia, que transitam em uma trajetória de instabilidade e
ausência de identidade profissional, permeados por insegurança e pela falta de redes
convencionais de proteção.
d) conjunto de relações de trabalho com seguridade e reconhecimento que, além de dar
mais autonomia aos trabalhadores, também alimenta e favorece o empreendedorismo, pois
possibilita que cada trabalhador possa definir seu horário de trabalho e seu próprio salário.
e) processo benéfico, haja vista que, nesse novo capitalismo, a ideia do patrão é solapada
e cada trabalhador pode viver a tão sonhada ideia de ser seu próprio patrão.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. A definição apresentada é restrita à atividade específica da plataforma UBER,
enquanto Antunes aborda a “uberização do trabalho” como um fenômeno mais amplo nas
relações laborais.
b) Errada. A definição não capta a abrangência do conceito de “uberização do trabalho”
apresentado por Antunes, que vai além das cidades brasileiras e aborda transformações
nas relações de trabalho em um contexto neoliberal.

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c) Certa. Esta alternativa capta corretamente a essência do conceito de “uberização do


trabalho” de Antunes, destacando a individualização, invisibilidade e precarização das
relações laborais.
d) Errada. Esta definição não reflete a visão de Antunes sobre a “uberização do trabalho”,
que destaca a precarização e instabilidade nas relações de trabalho.
e) Errada. Antunes não considera a “uberização do trabalho” como benéfica, pois destaca
os aspectos de precarização e instabilidade nas relações laborais.
Letra c.

027. (IFPI/IFPI/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2022) “Foi, então, durante a década de 1980, que ocorreram os primeiros
impulsos do nosso processo de reestruturação produtiva, levando as empresas a adotar,
no início de modo restrito, novos padrões organizacionais e tecnológicos, novas formas de
organização social do trabalho. Iniciou-se a utilização da informatização produtiva e do
sistema just in time; germinou a produção baseada em dream work, alicerçada nos programas
de qualidade total, ampliando também o processo de difusão da microeletrônica”. ANTUNES,
Ricardo. A era da informatização e a época da informatização: riqueza e miséria do trabalho
no Brasil. In: ANTUNES, Ricardo, (org.). Riqueza e miséria do trabalho no Brasil. São Paulo:
Boitempo, 2006. p. 17. Sobre a reestruturação produtiva que aparece no Brasil a partir do
final do século XX, discutida pelo sociólogo Ricardo Antunes, é CORRETO afirmar que:
a) é neste momento que as novas tecnologias dominam a produção a partir do pensamento
taylorista e do modelo fordista de produção industrial.
b) nesta, emerge um novo padrão de acumulação capitalista, acumulação flexível, uma
reestruturação produtiva em que o toyotismo e as novas tecnologias dominam a cena.
c) a reestruturação emergiu em decorrência da crise do modelo de estado de bem-estar
social, do desenvolvimentismo, da democracia dos anos imediatamente anteriores.
d) a crise que emerge no mercado interno acentua-se independentemente das questões
externas da economia, sem relações com a balança de pagamento.
e) diante da reestruturação, vieram: novos requerimentos de qualificação dos trabalhadores,
novas técnicas de organização etc, mas mantendo as estratégias de integração entre a
produção, a logística e o consumidor.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. Antunes destaca a emergência de um novo padrão de acumulação capitalista,
não vinculado ao taylorismo e ao modelo fordista.

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c) Certa. Antunes argumenta que a reestruturação produtiva no Brasil, a partir do final do


século XX, está associada ao surgimento de um novo padrão de acumulação, denominado
acumulação flexível, com destaque para o toyotismo e a incorporação de novas tecnologias.
c) Errada. Antunes não atribui a reestruturação produtiva a uma crise específica do modelo
de estado de bem-estar social, desenvolvimentismo ou democracia.
d) Errada. Antunes relaciona a reestruturação produtiva às mudanças internas e externas
na economia, não dissociando a crise do mercado interno de questões externas.
e) Errada. Antunes destaca que, diante da reestruturação, ocorreram mudanças nas exigências
de qualificação dos trabalhadores e novas técnicas de organização, mas não menciona a
manutenção das estratégias de integração entre produção, logística e consumidor.
Letra b.

028. (IFTO/IFTO/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2023) “As transformações ocorridas no capitalismo a partir das últimas três
décadas do século XX impactaram profundamente o mundo do trabalho. Após o longo
período de crescimento da economia capitalista, iniciado no pós-guerra, os anos 1970
seriam marcados pela estagnação e pela crise do padrão de acumulação taylorista e fordista,
que encontrava suas determinações mais profundas na própria estrutura do sistema do
capital”. (ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era
digital. 1.ed. São Paulo: Boitempo, 2018, p.137). Tomando como referência o excerto e seus
conhecimentos sobre o trabalho na sociedade capitalista, analise as proposições a seguir:
I – A enorme expansão do trabalho em call-centers e telemarketing das empresas de TIC,
cada vez mais inseridas no processo de valorização do capital, gerou o nascimento de um
novo proletariado de serviços, o infoproletaridado ou cibertariado.
II – O fenômeno da flexibilização se expressa na diminuição drástica das fronteiras entre
a atividade laboral e espaço da vida privada, no desmonte da legislação trabalhista, nas
diferentes formas de contratação da força de trabalho e em sua expressão negada, o
desemprego estrutural.
III – A origem dos processos de adoecimento no universo laboral, tem como pano de fundo,
entre outros, o crescente processo de individualização do trabalho e a ruptura do tecido
de solidariedade antes presentes entre os trabalhadores.
IV – Entre os diferentes mecanismos que buscam o envolvimento e o engajamento dos
trabalhadores nos objetivos das corporações, assumem destaque na transição da década
de 1980 para a seguinte, aqueles organizados a partir de sistemas de metas.
V – Nas últimas décadas, a terceirização vem se convertendo em instrumento central das
estratégias de gestão corporativas. A importância desse mecanismo de contratação se deve,

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entre outros aspectos, ao fato de que, ao dissimular as relações interempresas, viabiliza


maior flexibilidade das relações de trabalho.
Assinale a alternativa CORRETA
a) Apenas a I é verdadeira.
b) Apenas III, IV e V são verdadeiras.
c) Apenas a II é verdadeira.
d) Apenas III é verdadeira.
e) Todas as assertivas são verdadeiras.

Vamos analisar as afirmativas:


I – Certo. Antunes destaca a expansão do trabalho em call-centers e telemarketing como
parte do surgimento do infoproletariado na era digital.
II – Certo. Antunes aborda a flexibilização como uma transformação que afeta diversas
áreas, incluindo a relação entre atividade laboral e vida privada, mudanças na legislação
trabalhista, formas variadas de contratação e o desemprego estrutural.
III – Certo. Antunes associa o adoecimento no trabalho ao processo de individualização e à
ruptura da solidariedade entre os trabalhadores.
IV – Certo. Antunes menciona a ênfase em sistemas de metas como parte dos mecanismos
para envolver e engajar os trabalhadores nas décadas de 1980 e seguintes.
V – Certo. Antunes destaca a importância da terceirização como instrumento central nas
estratégias de gestão, permitindo maior flexibilidade nas relações de trabalho ao dissimular
as relações interempresas.
Letra e.

029. (IADES/SEDUC GO/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) No que se refere aos modos


de organização do trabalho, assinale a alternativa correta.
a) O sistema taylorista caracteriza-se pela administração rigorosa do tempo usado na
produção e pela especialização das funções ou tarefas dos trabalhadores.
b) A principal característica do fordismo é a especialização da mão de obra.
c) A produção taylorista proporcionou maior controle do trabalhador quanto à sua força
produtiva, possibilitando-lhe maiores condições de exigências em acordos trabalhistas.
d) A implementação do fordismo reduziu a apropriação, por parte da burguesia, da riqueza
produzida pelo trabalhador, o que Marx denominou de mais-valor.
e) O toyotismo possibilitou a ampliação de estoques da produção industrial, garantindo
maior sustentabilidade comercial em caso de crises de desabastecimento.

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Vamos analisar as afirmativas:


a) Certa. O taylorismo é conhecido por sua administração científica, que envolve a análise
e organização rigorosa do tempo de produção, bem como a especialização das tarefas
dos trabalhadores.
b) Errada. A principal característica do fordismo é a produção em massa, com a introdução
da linha de montagem e a padronização dos produtos, não a especialização da mão de obra.
c) Errada. O taylorismo, na verdade, é associado a um controle rigoroso sobre o trabalho,
muitas vezes resultando em condições de trabalho desfavoráveis aos trabalhadores.
d) Errada. O fordismo não reduziu a apropriação da riqueza pela burguesia; na verdade,
ele contribuiu para o aumento da produção e da eficiência, resultando em uma maior
acumulação de mais-valor.
e) Errada. O toyotismo é conhecido pela produção just-in-time, que visa reduzir estoques
para aumentar a eficiência. Portanto, a afirmação é contrária às características do toyotismo.
Letra a.

030. (FUVEST/USP/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) Qual das alternativas a seguir,


segundo o texto de Ramalho e Santana (2004), expõe características do padrão produtivo
chamado de toyotismo?
a) Ampliação de estoques de matéria-prima, de produtos e de força de trabalho; terceirização
da atividade que é foco da empresa.
b) Compreensão de que a responsabilidade pela qualidade dos produtos é das chefias;
rígida divisão de tarefas entre os trabalhadores.
c) Busca pela inovação tecnológica como o principal meio de melhoria da produtividade;
ampliação do número de níveis de hierarquia.
d) Adoção do princípio de que a produção gera a demanda; produção padronizada para
evitar desperdícios.
e) Reorganização da gestão da produção e da força de trabalho; trabalho organizado por
células de produção.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. O toyotismo é conhecido por buscar a redução de estoques e adotar a produção
just-in-time. A terceirização não é uma característica central do toyotismo.
b) Errada. No toyotismo, a responsabilidade pela qualidade é compartilhada por todos os
trabalhadores, não apenas pelas chefias. Além disso, o toyotismo busca uma flexibilidade
na divisão de tarefas.

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c) Errada. O toyotismo valoriza a inovação tecnológica, mas não busca uma ampliação do
número de níveis de hierarquia, pelo contrário, busca uma organização mais enxuta e flexível.
d) Errada. No toyotismo, o princípio é produzir conforme a demanda (produção just-in-
time), e a produção é flexível, não padronizada.
e) Certa. O toyotismo é caracterizado pela reorganização da gestão da produção, enfatizando
a flexibilidade e a participação dos trabalhadores. O trabalho organizado por células de
produção é uma característica do toyotismo.
Letra e.

031. (IFPA/IFPA/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2022) Ricardo Antunes é um dos principais sociólogos brasileiros que refletem
acerca do mundo do trabalho. Sua extensa produção versa sobre os mais variados temas
que giram em torno dos dilemas do trabalho na contemporaneidade. Um desses temas é
o da flexibilização da acumulação capitalista, centrada nas reengenharias com as quais as
empresas deveriam se relacionar. Quanto às consequências desse processo de flexibilização
da acumulação capitalista no mundo do trabalho, segundo Antunes, é CORRETO afirmar:
a) Crescimento do proletariado fabril estável, que se desenvolveu na vigência do binômio
taylorismo/fordismo e que vem aumentando com a reestruturação, flexibilização e
desconcentração do espaço físico produtivo, típico da fase do Toyotismo.
b) Redução crescente do novo proletariado, do subproletariado fabril e de serviços, o
que tem sido denominado mundialmente de trabalho precarizado. São os “terceirizados”,
subcontratados, part-time, entre tantas outras formas assemelhadas, que se expandem
em inúmeras partes do mundo.
c) Tendência de exclusão dos jovens e dos idosos do mercado de trabalho dos países centrais:
os primeiros acabam, muitas vezes, engrossando as fileiras de movimentos neonazistas e
aqueles com cerca de 40 anos ou mais, quando desempregados e excluídos do trabalho,
dificilmente conseguem o reingresso no mercado de trabalho.
d) Tendência de redução da inclusão de crianças no mercado de trabalho, particularmente
nos países de industrialização intermediária e subordinada, como nos países asiáticos,
latino-americanos etc.
e) Diminuição significativa do trabalho feminino, que atinge mais de 40% da força de
trabalho nos países avançados, e que tem sido preferencialmente absorvido pelo capital
no universo do trabalho precarizado e desregulamentado.

Vamos analisar cada afirmativa:

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a) Errada. Antunes não sugere um crescimento do proletariado fabril estável, mas sim
uma reestruturação que envolve flexibilização e desconcentração do espaço produtivo
na fase do Toyotismo.
b) Errada. Antunes destaca o aumento do trabalho precarizado, incluindo terceirizados,
subcontratados e part-time, em contraste com a redução do proletariado tradicional.
c) Certa. Antunes aborda a tendência de exclusão dos jovens e dos idosos do mercado de
trabalho, relacionando isso a possíveis consequências sociais.
d) Errada. Antunes sugere uma tendência de redução da inclusão de crianças no mercado
de trabalho, especialmente em países de industrialização intermediária e subordinada.
e) Errada. Antunes destaca o aumento do trabalho feminino, especialmente no universo
do trabalho precarizado e desregulamentado.
Letra c.

032. (FUNRIO/PREFEITURA DE ALTA FLORESTA/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2019) O


século XX foi palco de profundas transformações no mundo do trabalho. Muitas destas
provocadas por crises econômicas, como a de 1929. Assinale a alternativa que contém a
melhor descrição de Taylorismo e Toyotismo respectivamente:
a) Robotização e trabalhadores polivalentes. Já o segundo, trabalhador especializado e
início da gerência científica.
b) Gerência científica criada por Taylor, como exemplo temos as primeiras fábricas da Ford. Já o
segundo, trabalhador polivalente e emprego da robótica, temos o exemplo da fábrica da Toyota
c) Liga de trabalhadores que vendiam seus excedentes a comerciantes. Produção fabril
com linha de produção.
d) Trabalhadores reunidos em cooperativas, sem a necessidade de chefes. Trabalhadores
especializados, uso de linha de produção.
e) Artesãos trabalhando em ligas. Fábricas altamente desenvolvidas que operam sem a
presença de seres humanos.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. Inverteram as descrições do Taylorismo e do Toyotismo.
b) Certa. A descrição do Taylorismo como gerência científica e associada às primeiras fábricas
da Ford está correta. A parte relacionada ao Toyotismo como “trabalhador polivalente e
emprego da robótica” também está de acordo.
c) Errada. A primeira descrição não se refere ao Taylorismo nem ao Toyotismo. A segunda
refere-se ao taylorismo.

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d) Errada. A primeira descrição não se aplica ao Taylorismo nem ao Toyotismo. Parece


abordar formas alternativas de organização do trabalho.
e) Errada. Essa descrição não se relaciona ao Taylorismo nem ao Toyotismo. Aborda conceitos
que não se aplicam aos modelos de produção mencionados.
Letra b.

033. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2019) No livro “Condição Pós-moderna”, David Harvey defende a existe uma
relação entre a ascensão de formas culturais pós-modernas, a emergência de modos mais
flexíveis de acumulação e um novo ciclo de compressão do tempo-espaço na organização
do capitalismo. De acordo com este autor, o advento da pós-modernidade coincide com a
crise de qual sistema de produção capitalista?
a) Produção taylorista.
b) Produção fordista.
c) Produção toyotista.
d) Produção industrial.
e) Produção digital.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. A ascensão de formas culturais pós-modernas e os modos flexíveis de acumulação
estão mais associados à crise do sistema fordista do que ao sistema taylorista.
b) Certa. David Harvey relaciona a ascensão das formas culturais pós-modernas e os modos
mais flexíveis de acumulação com a crise do sistema fordista.
c) Errada. A crise discutida por David Harvey está mais ligada ao sistema fordista do que
ao toyotismo.
d) Errada. A crise abordada por David Harvey não está diretamente relacionada ao conceito
amplo de “produção industrial”, pois o foco é na crise do sistema fordista.
e) Errada. O autor não associa diretamente a crise à produção digital, mas sim à crise do
sistema fordista.
Letra b.

034. (UFG/CÂMARA DE GOIÂNIA/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO – ÁREA ASSISTENTE


SOCIAL/2018) Nos anos 1990, o processo de reestruturação produtiva se intensifica sob
o estímulo da acumulação flexível e do modelo japonês, o toyotismo. São características
desse modelo produtivo:

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a) a verticalização da produção, a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas


e a pouca qualificação dos empregados.
b) a centralização da produção em um único espaço, a garantia do cumprimento das leis
trabalhistas e a produção em série.
c) a potencialização de formas diversas de subcontratação, a terceirização da força de
trabalho e a descentralização das unidades de produção.
d) o trabalho repetitivo, a redução dos custos na linha de produção e o barateamento dos
produtos para que atinjam um maior número de consumidores.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. O toyotismo não é caracterizado pela verticalização da produção, e sim pela
descentralização. Além disso, busca maior qualificação dos empregados e frequentemente
envolve a participação dos trabalhadores nos processos de melhoria contínua.
b) Errada. O toyotismo envolve a descentralização das unidades de produção, não a
centralização. Além disso, a produção em série é mais associada ao fordismo.
c) Certa. O toyotismo é conhecido por potencializar a subcontratação, terceirização e
descentralização como parte de sua estratégia de flexibilidade na produção.
e) Errada. O toyotismo busca a flexibilidade na produção, evitando o trabalho repetitivo,
e visa a qualidade e não apenas a redução de custos. O barateamento dos produtos para
atingir mais consumidores é mais associado ao fordismo.
Letra c.

035. (FCC/SEC/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2018) As mutações observadas mais


recentemente no mundo do trabalho são amplas e envolvem inúmeras dimensões da vida
social contemporânea. A respeito de tais mudanças é correto afirmar:
a) O acirramento das lutas de classe foi o principal efeito político observado, tendo sua origem
no chamado “Estado de bem-estar social”, por meio do qual a Europa procurava superar a
destruição generalizada e a desorganização social depois da Segunda Guerra Mundial.
b) O desenvolvimento tecnológico nos processos de produção equiparou os ganhos de
produtividade ao aumento salarial dos trabalhadores.
c) O volvismo é um modelo de produção sueco que reintroduziu os parâmetros fordistas
de intenso controle e disciplina sobre os operários na fábrica, alto grau de hierarquização
nos processos de decisão e a produção seriada de mercadorias.

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d) O aumento do número de empregos em unidades fabris decorre da implementação


dos modernos processos de gestão, como o toyotismo, que permitiram essa expansão e
melhoria dos contratos de trabalho.
e) A reestruturação produtiva efetuada em diversos países nas últimas décadas foi o meio
de contrapor a crise de acumulação de capital iniciada nos anos 1970, promovendo, todavia,
a erosão dos direitos trabalhistas, a precarização das relações de trabalho e o fechamento
de milhares de postos de trabalho.

Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. O acirramento das lutas de classe não foi o principal efeito do Estado de bem-
estar social. Este foi implementado para promover o bem-estar da população e evitar
conflitos sociais após a Segunda Guerra Mundial.
b) Errada. O desenvolvimento tecnológico nem sempre resultou em aumento salarial
proporcional para os trabalhadores. Muitas vezes, os ganhos de produtividade não foram
distribuídos equitativamente.
c) Errada. O volvismo é associado à Volvo e envolve maior participação dos trabalhadores
no processo de produção. Essa descrição se encaixa mais ao fordismo.
d) Errada. O toyotismo é conhecido por sua flexibilidade na produção, mas não resultou em
um aumento significativo no número de empregos nas unidades fabris.
e) Certa. A reestruturação produtiva foi uma resposta à crise de acumulação de capital,
mas, ao mesmo tempo, resultou em impactos negativos, como a precarização do trabalho
e a redução de direitos trabalhistas.
Letra e.

036. (FAUEL/PREFEITURA DE PARANAGUÁ/SOCIÓLOGO/2012) Sobre o mundo do trabalho


e suas transformações recentes, podemos afirmar, EXCETO:
a) No “toyotismo” o trabalho deve ser realizado em equipe, o que exige um trabalhador com
conhecimentos especializados para executar tarefas específicas e repetitivas.
b) Juntos, o “fordismo” e o “taylorismo” viabilizaram, através do gerenciamento racional
do trabalho, a produção em massa de mercadorias padronizadas. Já o “toyotismo” foca a
produção conforme a demanda, ou seja, de acordo com a necessidade do mercado consumidor.

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c) No “fordismo” há uma forte hierarquia na empresa, ou seja, as pessoas que executam as


tarefas são supervisionadas de perto. Já o “toyotismo” quebra essa hierarquia, chamando o
trabalhador de colaborador e convidando-o a compartilhar das decisões sobre os projetos
e a participar dos lucros da empresa.
d) A flexibilização da produção notada nas últimas décadas foi acompanhada em muitos casos
pela flexibilização da legislação trabalhista e a implantação da terceirização ou subcontratação.
O que, por sua vez, implicou em instabilidade e condições precárias de trabalho.

a) Errada. O toyotismo enfatiza a flexibilidade e a capacidade de adaptação dos trabalhadores,


indo além das tarefas específicas e repetitivas. O trabalho em equipe é uma característica,
mas não se configura em tarefas repetitivas.
b) Certa. A descrição está correta, indicando as diferenças fundamentais entre o fordismo/
taylorismo (produção em massa e padronizada) e o toyotismo (produção flexível e conforme
a demanda).
c) Certa. A descrição está correta, destacando a diferença de hierarquia e participação dos
trabalhadores no toyotismo em relação ao fordismo.
d) Certa. A descrição está correta, indicando a relação entre flexibilização da produção, alterações
na legislação trabalhista, e a implantação de práticas como terceirização e subcontratação,
que frequentemente resultaram em instabilidade e condições precárias de trabalho.
Letra a.

037. (INSTITUTO CONSULPLAN/SEED PR/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) No início da


organização industrial, os camponeses, os pequenos produtores, os fazendeiros, os artífices
e os artesãos perderam, gradualmente, o acesso à propriedade produtiva. Sem os meios de
subsistência, eles foram forçados a se submeterem a um mercado de trabalho, vendendo,
assim, a sua força de trabalho mediante o recebimento de um salário. Sobre as questões que
envolvem o mundo do trabalho na sociedade capitalista, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) A ascensão do capitalismo destruiu um modo estabelecido de vida, particularmente
sua relação de trabalho, ameaçando segmentos da população que reagiram à escalada do
capitalismo de mercado.
b) A resistência de parcelas sociais às condições impostas pelo capitalismo levou os capitalistas
a criar estratégias para o recrutamento de trabalhadores, procurando controlar os vários
aspectos sociais da existência humana.

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c) A resistência operária estava baseada na manutenção das tradições culturais rompidas


com a ascensão do novo modo de produção; as reclamações diziam respeito principalmente
ao status e à possibilidade de mobilidade social.
d) O capitalismo, ao implementar a divisão técnica do trabalho, rompeu com a característica
de domínio do processo produtivo por parte do trabalhador, o que acaba impedindo o pleno
desenvolvimento individual daqueles que estão ligados ao processo produtivo.

Vamos analisar cada afirmativa:


a) Certa. Descreve corretamente o impacto do capitalismo na transformação de modos
de vida estabelecidos.
b) Certa. Indica corretamente que, diante da resistência social, os capitalistas desenvolveram
estratégias para recrutar e controlar os trabalhadores.
c) Errada. Essa afirmativa está incorreta. A resistência operária não se baseava apenas na
manutenção de tradições culturais, mas também em questões econômicas, condições de
trabalho e luta por direitos.
d) Certa. Correta, descrevendo a influência da divisão técnica do trabalho na mudança do
domínio do processo produtivo pelo trabalhador.
Letra c.

038. (IADES/SEDUC GO/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) O sistema de produção rígido


de tipo fordista expandiu-se nas economias capitalistas centrais, sobretudo no período
entre as duas grandes guerras mundiais. [...] As transformações levaram ao surgimento de
um novo projeto societário baseado na reestruturação produtiva.
ESTEVES, T. J.; OLIVEIRA, R.R.A. de. O que é fordismo? In: BODART, C. das N. (org.). Conceitos e categorias
fundamentais do ensino de Ciência Política. V. 2. Maceió: Editora Café com Sociologia, 2022. p. 49-54.

A respeito das transformações provocadas pelo fordismo, assinale a alternativa correta.


a) Ele reformulou a maneira de produção industrial, tornando-a personalizada conforme
o interesse ou o gosto dos clientes.
b) Ele adotou uma linha de produção em série e a maior padronização dos produtos, que
possibilitaram a ampliação da produção e a redução do tempo necessário na produção industrial.
c) Ele possibilitou a substituição do modo de produção artesanal pela manufatura, ampliando
as condições produtivas e os lucros dos donos dos meios de produção.
d) Ele criou meios para organizar a produção a partir da divisão especializada do trabalho.
e) Ele viabilizou a ampliação dos lucros dos países colônias, ao substituir a mão de obra
assalariada pela mão de obra escrava.

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Vamos analisar cada afirmativa:


a) Errada. O fordismo não se caracterizou pela personalização, mas pela produção em massa
e pela padronização.
b) Certa. O fordismo é conhecido pela introdução da linha de produção em série e pela
padronização, que levaram à ampliação da produção e à redução do tempo necessário.
c) Errada. Esta descrição se aplica mais à transição do artesanato para o início da Revolução
Industrial, não especificamente ao fordismo.
d) Errada. Esta afirmação não se relaciona ao fordismo, mas ao Taylorismo.
e) Errada. Esta afirmação não se relaciona ao fordismo, mas a um contexto histórico diferente.
Letra b.

039. (INSTITUTO CONSULPLAN/SEED PR/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2022) As novas formas


de organização social que surgiram em decorrência da industrialização, pois, em um curto espaço
de tempo, firmaram-se e modificaram o modo de vida de grandes contingentes humanos. A
respeito das transformações postas pela Revolução Industrial, analise as afirmativas a seguir.
I – A máquina assume funções antes desempenhadas pelo homem, multiplicando a capacidade
deste e executando com vantagem tarefas que antes eram exercidas por muitos indivíduos.
II – Com a transição dos modos de vida e de trabalho motivada pela Revolução Industrial, o
problema técnico organizacional, de especialização e divisão do trabalho estava intimamente
ligado a outro: o da gestão do fator humano.
III – Com a Revolução Industrial ficou claro o aumento da produtividade que se originou
do aumento da habilidade individual do trabalhador; como consequência houve melhores
condições de trabalho e remuneração da classe operária.
IV – A introdução da máquina no processo industrial, durante o século XVIII, impulsionou a
organização racional das tarefas produtivas em primeiro lugar, ordenando a divisão do trabalho.
Está correto o que se afirma apenas em
a) II e IV.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.

Vamos analisar cada afirmativa:


I – Certo. A introdução da máquina na Revolução Industrial ampliou a capacidade produtiva
e substituiu tarefas manuais.

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II – Certo. A Revolução Industrial não apenas trouxe mudanças nos processos de produção,
mas também exigiu uma gestão mais eficaz do trabalho humano.
III – Errado. Esta afirmativa é contraditória com os impactos reais da Revolução Industrial,
que frequentemente resultaram em más condições de trabalho e salários baixos para a
classe operária.
IV – Certo. A introdução da máquina impulsionou a organização racional do trabalho, incluindo
a divisão do trabalho.
Letra d.

040. (IFPI/IFPI/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2022) O modelo fordista-taylorista entrou em crise na década de 1970: as
novas demandas do mercado e a alta concorrência levaram as empresas a oferecer produtos
cada vez mais variados e adaptados às diferenças culturais e econômicas dos diversos grupos
sociais. A crise do fordismo-taylorismo teve um importante desdobramento no mundo do
trabalho, que ficou conhecido como reestruturação produtiva.
BOMENY, Helena [et al.] Tempos modernos, tempos de sociologia: ensino médio: volume único 2. ed. São
Paulo: Editora do Brasil, 2013. p. 427.

Sobre as características da reestruturação da produção, julgue os itens e assinale a


alternativa CORRETA.
I – Menores expectativas de carreira profissional de longa duração e surgimento de novos
tipos de emprego (temporário, trabalho em casa, terceirizado, entre outros);
II – Crescimento do trabalho informal e retrocessos dos direitos trabalhistas em diversos Estados.
III – Menor concentração do capital e a reestruturação nos padrões gerenciais e técnicos
da estrutura produtiva.
Estão CORRETOS os itens:
a) todos
b) apenas I e III.
c) apenas II e III.
d) apenas I e II.
e) nenhum.

Vamos analisar cada afirmativa:


I – Certo. A reestruturação produtiva levou a uma maior flexibilidade nas formas de emprego,
incluindo trabalho temporário e terceirizado.
II – Certo. A reestruturação produtiva muitas vezes resultou no crescimento do trabalho
informal e em retrocessos nos direitos trabalhistas.

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III – Errado. A reestruturação produtiva frequentemente levou a uma maior concentração


do capital, especialmente com o surgimento de grandes corporações globais.
Letra d.

041. (AMEOSC/PREFEITURA/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2021) A _____________ é conhecida


como um processo de criação de produtos manualmente a partir da divisão e especialização
do trabalho. Esse modelo produtivo foi utilizado até o século XVIII, quando foi substituído
pela _____________, sistema de produção comum na _____________. Assinale a alternativa
que preenche CORRETAMENTE as lacunas.
a) manufatura, maquinofatura, revolução industrial.
b) arte, maquinofatura, revolução industrial.
c) manufatura, arte, revolução francesa.
d) arte, manufatura, revolução francesa.

Vamos preencher as lacunas:


A manufatura é conhecida como um processo de criação de produtos manualmente a
partir da divisão e especialização do trabalho. Esse modelo produtivo foi utilizado até o
século XVIII, quando foi substituído pela maquinofatura, sistema de produção comum na
revolução industrial.
Letra d.

042. (SC TREINAMENTOS/PREFEITURA DE VIDEIRA/AUXILIAR EDUCACIONAL/2021) O artesanato


foi o principal meio de organização do processo produtivo de utensílios básicos antes do
surgimento das fábricas. Contudo, depois da segunda metade do século XVII o processo produtivo
começou a mudar e manufatura foi substituída. Sobre o processo iniciado com a Revolução
Industrial, sucedendo a manufatura, em que os trabalhadores não tinham mais o controle do
ritmo de produção, com tarefas divididas e um salário fixo, assinale a alternativa CORRETA:
a) Metalismo.
b) Bulionismo.
c) Maniqueísmo.
d) Neoliberalismo.
e) Maquinofatura.

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a) Errada. O metalismo refere-se a uma teoria econômica que enfatiza a importância dos metais
preciosos na economia, não está relacionado ao processo produtivo na Revolução Industrial.
b) Errada. O bulionismo refere-se a uma política econômica relacionada ao acúmulo de
metais preciosos, não está relacionado ao processo produtivo na Revolução Industrial.
c) Errada. O maniqueísmo refere-se a uma doutrina religiosa e filosófica, não tem relação
com o processo produtivo na Revolução Industrial.
d) Errada. O neoliberalismo refere-se a uma corrente de pensamento econômico e político,
não está relacionado ao processo produtivo na Revolução Industrial.
e) Certa. A maquinofatura representa a transição da manufatura para o uso extensivo de
máquinas no processo produtivo, caracterizando o início da Revolução Industrial.
Letra e.

043. (CETREDE/PREFEITURA DE PARAIPABA/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2021) Sobre a


Revolução Industrial e as transformações na sociedade inglesa, assinale a opção INCORRETA.
a) Com a passagem da manufatura para a maquinofatura, o artesão, que antes possuía os
meios de produção, foi desaparecendo e dando lugar aos operários.
b) Os operários das fábricas diferiam dos artesãos em muitos aspectos. A grande maioria
deles vinha das zonas agrícolas e não possuía qualquer habilidade artesanal.
c) Os operários sobreviviam em um regime de grandes privações. Viviam com frequência
em moradias lotadas e em condições miseráveis, sem ventilação e saneamento básico.
d) Os trabalhadores fabris trabalhavam com cerca de 200 empregados sob a vigilância de
capatazes. Assim, a relação dos operários com a cidade era pequena, pois eles passavam a
maior parte do tempo dentro das fábricas.
e) As mulheres também trabalhavam nas fábricas, mas suas condições eram diferenciadas.
A jornada de trabalho feminina era reduzida em relação à dos homens, além de serem mais
bem remuneradas. O trabalho infantil não era permitido.

a) Certa. Durante a Revolução Industrial, houve uma transição da manufatura (trabalho


manual) para a maquinofatura (utilização de máquinas), resultando no declínio da posição
dos artesãos e no surgimento de operários nas fábricas.
b) Certa. Os operários das fábricas, em sua maioria, eram recrutados das zonas rurais,
e muitos não tinham habilidades artesanais prévias devido à natureza especializada do
trabalho nas fábricas.
c) Certa. Os operários frequentemente viviam em condições precárias, com moradias
lotadas, falta de ventilação e saneamento básico, resultando em privações significativas.

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d) Certa. A descrição reflete a realidade da Revolução Industrial, onde grandes grupos de


operários trabalhavam sob supervisão rigorosa, muitas vezes em ambientes urbanos, mas
com interações limitadas com a cidade devido ao tempo gasto nas fábricas.
e) Errada. Durante a Revolução Industrial, as condições de trabalho para as mulheres eram
geralmente desfavoráveis. Elas eram frequentemente submetidas a jornadas de trabalho
extenuantes, recebendo salários mais baixos que os homens. O trabalho infantil também
era comum. A afirmação na opção E é contrária à realidade histórica.
Letra e.

044. (FEPESE/PREFEITURA DE MAFRA/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2021) Alguns autores


denominam de Terceira Revolução Industrial às transformações trazidas na produção e
consumo de massa pelo uso massivo da tecnologia com o desenvolvimento da eletrônica,
da informática, das telecomunicações e da robótica. Assinale a alternativa que indica
corretamente as características da primeira e segunda revolução industrial.
a) Primeira Revolução Industrial: Máquinas a vapor, carvão como fonte de energia. Segunda
Revolução Industrial: Emprego da eletricidade, utilização do aço, expansão da indústria.
b) Primeira Revolução Industrial: Máquinas a vapor, petróleo como fonte de energia. Segunda
Revolução Industrial: Emprego da eletricidade, utilização do aço, expansão da indústria.
c) Primeira Revolução Industrial: Máquinas a vapor, petróleo e eletricidade como fontes de
energia. Segunda Revolução Industrial: Emprego da eletricidade, ferro substitui o aço na
metalurgia, expansão da indústria.
d) Primeira Revolução Industrial: Máquinas a vapor e a eletricidade, expansão da indústria.
Segunda Revolução Industrial: Emprego maciço do carvão e do ferro, utilização das resinas
e dos plásticos, retração da indústria.
e) Primeira Revolução Industrial: Trabalho artesanal, manufatura. Segunda Revolução
Industrial: maquinofatura, carvão como energia. Produção industrial restrita à Inglaterra.

a) Certa. A descrição da Primeira Revolução Industrial, com máquinas a vapor e carvão como
fonte de energia, é precisa. Na Segunda Revolução Industrial, houve de fato o emprego da
eletricidade, a utilização do aço e uma expansão significativa da indústria.
b) Errada. Na Primeira Revolução Industrial, o petróleo não era uma fonte de energia
dominante. O carvão era a principal fonte de energia. Portanto, essa opção não descreve
corretamente a Primeira Revolução Industrial.
c) Errada. A inclusão do petróleo como uma das principais fontes de energia na Primeira
Revolução Industrial não é precisa. O petróleo ganhou mais importância na Segunda Revolução

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Industrial. Além disso, a afirmação de que o ferro substitui o aço na metalurgia durante a
Segunda Revolução Industrial não é correta.
d) Errada. A afirmação na Primeira Revolução Industrial sobre máquinas a vapor e eletricidade
não é precisa. Na Segunda Revolução Industrial, a utilização maciça do carvão e do ferro
é uma descrição mais adequada, mas a afirmação sobre resinas, plásticos e retração da
indústria não condiz com o contexto histórico.
e) Errada. As características atribuídas à Primeira Revolução Industrial (trabalho artesanal,
manufatura) não são precisas. A Primeira Revolução Industrial envolveu a transição da
manufatura para a maquinofatura, com máquinas a vapor e carvão como fonte de energia.
A afirmação de que a produção industrial estava restrita à Inglaterra não é precisa para a
Segunda Revolução Industrial, que teve uma expansão global.
Letra a.

045. (IBFC/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2021)


“Palavras como “indústria”, “industrial”, “fábrica”, “classe média”, “classe trabalhadora”,
“capitalismo” e “socialismo” [...] Imaginar o mundo moderno sem estas palavras (isto é,
sem as coisas e conceitos a que dão nomes) é não medir a profundidade da revolução que
eclodiu entre 1789 e 1848, e que constitui a maior transformação da história humana desde
os tempos remotos quando o homem inventou a agricultura e a metalurgia, a escrita, a
cidade e o Estado. Esta revolução transformou, e continua a transformar, o mundo inteiro”
(HOBSBAWM, 1996). A respeito da Revolução industrial, assinale a alternativa correta.
a) Na Revolução Industrial, a atividade produtiva inicial era artesanal, porém, também
existiam máquinas mais simples. Os trabalhos eram realizados em pequenas oficinas nas
casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam todo o processo de
execução do produto final
b) Com a Revolução Industrial os trabalhadores ganharam maior controle de todo o processo
uma vez que passaram a trabalhar para um “patrão” e possuíam maior contato com a
matéria prima produzindo mais em grande escala
c) As maquinofaturas, ao suprimir funções antes exercidas por operários, transformaram as
relações de trabalho – o operário não era mais dono da matéria-prima, nem das máquinas
(instrumentos de produção), condições indispensáveis ao capitalismo, e suas habilidades
artesanais deixaram de ter a importância anterior, restando apenas sua força de trabalho
d) O processo de industrialização da produção ou internacionalização da Revolução Industrial
propalou-se para outros países durante o final do século XVII e início do XVIII, porém, a
intensidade do processo foi análogo e expressivo de um país para outro

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a) Errada. A descrição apresenta uma visão mais próxima da fase anterior à Revolução Industrial, não
durante. Na Revolução Industrial, houve a transição da produção artesanal para a maquinofatura,
com a utilização de máquinas nas fábricas, afastando-se do modelo artesanal descrito.
b) Errada. A Revolução Industrial trouxe uma mudança nas relações de trabalho, mas não
necessariamente proporcionou maior controle aos trabalhadores. Na verdade, muitas vezes,
os trabalhadores perderam controle sobre o processo de produção e ficaram submetidos
à supervisão dos empregadores nas fábricas.
c) Certa. Essa afirmativa corretamente descreve a transformação nas relações de trabalho
causada pela Revolução Industrial. Com a introdução das maquinofaturas, os operários
perderam o controle sobre a matéria-prima e as máquinas, tornando-se apenas fornecedores
de força de trabalho.
d) Errada. A Revolução Industrial começou principalmente na segunda metade do século XVIII,
não no final do século XVII ou início do XVIII. Além disso, a afirmação sobre a intensidade do
processo variar de forma análoga e expressiva de um país para outro não é precisa, pois a
intensidade da industrialização foi altamente variável entre diferentes regiões.
Letra c.

046. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/ASSISTENTE SOCIAL/2016) Giovanni Alves (2013)


ao tratar das novas determinações da precarização do trabalho nas condições históricas do
século XXI, traz o debate acerca da maquinofatura. Dessa forma, escreva V ou F, conforme
seja verdadeiro ou falso, ao que se afirma nos itens abaixo sobre a Maquinofatura.

( ) Nova forma de produção do capital, significa trabalho resposto apenas como


precarização salarial.
( ) Nova forma tecnológica de produção do capital baseada na rede informacional,
colocou a necessidade da gestão como “captura” da subjetividade do trabalho vivo,
nexo essencial do toyotismo como inovação organizacional.
( ) Com o seu surgimento alteram-se os termos do estranhamento social dado pela
relação tempo de vida/tempo de trabalho e pela constituição de um novo modo de
vida: o modo de vida just in time.
( ) O ponto de partida da maquinofatura é o revolucionamento da força de trabalho
(como na manufatura) e o revolucionamento da técnica (como na grande indústria).

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:


a) V, V, F, F.
b) V, F, V, F.

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c) F, V, V, F.
d) F, V, F, V.

Vamos comentar cada afirmativa:

( ) Nova forma de produção do capital, significa trabalho resposto apenas como


precarização salarial.

FALSO. A maquinofatura não se refere apenas à precarização salarial, mas sim a uma nova
forma de produção do capital que envolve a integração de tecnologia na produção.

( ) Nova forma tecnológica de produção do capital baseada na rede informacional,


colocou a necessidade da gestão como “captura” da subjetividade do trabalho vivo,
nexo essencial do toyotismo como inovação organizacional.

VERDADEIRO. A maquinofatura está associada a uma nova forma tecnológica de produção


que inclui a gestão como parte essencial, especialmente na perspectiva do toyotismo e das
inovações organizacionais.

( ) Com o seu surgimento alteram-se os termos do estranhamento social dado pela


relação tempo de vida/tempo de trabalho e pela constituição de um novo modo de
vida: o modo de vida just in time.

VERDADEIRO. A maquinofatura trouxe mudanças significativas nas relações sociais, incluindo


a reconfiguração da relação entre tempo de vida e tempo de trabalho, influenciando a
emergência de um modo de vida “just in time”.

( ) O ponto de partida da maquinofatura é o revolucionamento da força de trabalho


(como na manufatura) e o revolucionamento da técnica (como na grande indústria).

FALSO. O ponto de partida da maquinofatura não é apenas a revolução da força de trabalho


como na manufatura, mas também a mudança da técnica, incorporando avanços tecnológicos
na produção. Portanto, é uma combinação de elementos da manufatura e da grande indústria.
Letra c.

047. (CEV/URCA/PREFEITURA DE PORTEIRAS/PROFESSOR DE GEOGRAFIA/2018) A imagem a


seguir representa A produção automobilística, antes manual e artesanal, passou a ser feita em
massa por Henry Ford, empresário norte-americano. Ele criou esse sistema de fabricação em
massa no ano de 1914 para sua indústria e revolucionou a indústria automobilística, essa nova
forma de produzir foi expandido para outros modelos de indústria e ficou conhecido como:

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a) Fordismo – 1914
b) Toyotismo – 1950
c) Maquinofatura – 1860
d) Volvismo – 1970
e) Taylorismo – 1900

a) Certa. A descrição corresponde ao sistema de produção em massa introduzido por


Henry Ford, conhecido como Fordismo, em 1914. Esse modelo revolucionou a indústria
automobilística e foi estendido para outros setores.
b) Errada. O Toyotismo, também conhecido como Produção Enxuta, foi desenvolvido pela
Toyota no Japão na década de 1950. Não corresponde ao sistema descrito na questão, que
se refere ao Fordismo.
c) Errada. O termo “Maquinofatura” não é comumente utilizado para descrever o sistema
de produção em massa introduzido por Henry Ford em 1914. O conceito mais adequado
para esse modelo é o Fordismo.
d) Errada. O termo “Volvismo” não é uma designação comum para o sistema de produção
em massa introduzido por Henry Ford. Não corresponde ao contexto descrito na questão.
e) Errada. O Taylorismo, proposto por Frederick Taylor, é um modelo de gestão científica do
trabalho e não está diretamente associado à produção em massa na indústria automobilística,
como descrito na questão.
Letra a.

048. (CETRO/PREFEITURA DE CUBATÃO/PROFESSOR – ÁREA: GEOGRAFIA/2004) Podemos


dizer que as etapas da evolução da indústria de transformação foram:

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a) o artesanato, a manufatura e a maquinofatura.


b) o artesanato, a maquinofatura e a manufatura.
c) a manufatura, o artesanato e a maquinofatura.
d) a maquinofatura, o artesanato e a manufatura
e) a maquinofatura, a manufatura e o artesanato.

a) Certa. A evolução da indústria de transformação seguiu uma sequência que incluiu o


artesanato (produção manual e individualizada), seguido pela manufatura (produção em
grande escala com o auxílio de trabalhadores especializados) e, finalmente, a maquinofatura
(introdução de máquinas na produção em larga escala).
b) Errada. A ordem está invertida. A maquinofatura é uma fase mais avançada que a
manufatura na evolução da indústria.
c) Errada. A ordem está incorreta. O artesanato veio antes da manufatura na evolução da indústria.
d) Errada. A ordem está incorreta. A maquinofatura veio depois do artesanato e da manufatura
na evolução da indústria.
e) Errada. A ordem está invertida. O artesanato é uma fase inicial na evolução da indústria.
Letra a.

049. (IFSUL/IFSUL/PROFESSOR – ÁREA: SOCIOLOGIA/2021) O Taylorismo e o Fordismo


transformaram o modo de produção e as relações de trabalho. O Taylorismo utiliza-se da
administração científica para sistematizar e organizar o trabalho. Já o Fordismo é um modo
de produção baseado na padronização de produtos e na linha de produção. Com base em
tais fatos, considera-se que:
I – O Taylorismo tem sua ênfase na estrutura das organizações.
II – O Fordismo baseia seu modelo na produção em massa.
III – O Taylorismo parte da ideia central da organização racional do trabalho. Estão corretas
as afirmativas
a) II e III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, II e III.

I – Errado. A ênfase do Taylorismo está nas tarefas e na execução das atividades de trabalho,
buscando a máxima eficiência na execução das funções individuais.
II – Certo. O Fordismo é caracterizado pela produção em massa, padronização de produtos e pela
introdução da linha de montagem, como implementado por Henry Ford na indústria automobilística.

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III – Certo. O Taylorismo tem como princípio a organização racional do trabalho, buscando
maximizar a eficiência por meio da análise científica das tarefas e da especialização das funções.
Letra a.

050. (FUNDATEC/IFC/PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – ÁREA:


SOCIOLOGIA/2023) Sobre os paradigmas taylorista e fordista de organização do trabalho
(CATTANI; HOLZMANN, 2011), analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.
I – Uma das técnicas preconizadas no taylorismo é o estudo de tempos e movimentos, a
fim de se definir a melhor maneira de executar uma tarefa. II. No fordismo, a produção é
desencadeada pela demanda do mercado, por meio do sistema just-in-time.
III – No início do século XX, a empresa Ford organizou um Departamento de Sociologia
visando avaliar o comportamento dos trabalhadores fora do local de trabalho.
IV – O fordismo representou a consagração da produção e do consumo em massa.
a) Todas estão corretas.
b) Todas estão incorretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Apenas I, III e IV estão corretas.

I – Certo. O estudo de tempos e movimentos é uma técnica central no Taylorismo, buscando


otimizar a eficiência e a produtividade por meio da análise científica das tarefas.
II – Errado. A afirmação está incorreta. O sistema just-in-time é associado ao Toyotismo,
não ao Fordismo. No Fordismo, a produção em massa é característica, com a padronização
e a produção em grande escala.
III – Certo. Henry Ford, de fato, organizou um Departamento de Sociologia para avaliar o
comportamento dos trabalhadores fora do ambiente de trabalho.
IV – Certo. O Fordismo foi caracterizado pela produção em massa, padronização de produtos
e a consolidação do consumo em larga escala.
Letra e.

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