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Campus Goiabeiras
Departamento da Engenharia de Produção
Vitória-ES
Janeiro, 2023
PSICOLOGIA INDUSTRIAL: CONTRIBUIÇÕES EM RECURSOS HUMANOS
Acadêmicos: Eduardo de Sá Brandão, Henrique Cuzzuol Kopperschmidt, Jamilly Furtado
Soanno, Lucas Zani Ribeiro, Rhuan Jadjeschi Oliveira e Thiago Correa Knupp
A psicologia industrial vem trazendo bons resultados nas empresas na área de recursos
humanos, podendo afirmar que os funcionários tendem a render mais com uma estrutura
organizada e com um ambiente saudável de trabalho. O planejamento da área de recursos
humanos deve ser atento para as competências de cada funcionário e os cargos que irão refletir
nas capacidades e os rendimentos de cada um, afetando diretamente na eficiência da empresa.
Pensando nisso, o presente trabalho foi motivado por buscar métodos para contratação de
funcionários a fim de que, já na seleção, sejam contratados aqueles com as características ideais
necessitadas pela firma. Logo, o objetivo seria justamente estudar e analisar a influência destes
métodos ao realizar uma contratação. Tais buscas foram realizadas através de pesquisas
descritivas, analisando relatórios, artigos e outro projetos de pesquisa, pretendendo apontar
pontos positivos deste profissional (psicólogo industrial) e a importância dele no ambiente de
trabalho.
Palavras-chaves: Psicologia industrial. Recursos humanos. Eficiência da empresa. Métodos de
contratação. Influência do psicólogo industrial.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 5
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................... 6
2.1 INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA INDUSTRIAL ................................................................. 6
2.1.1 Retrospectiva histórica ........................................................................................................ 6
2.1.2 Conceituando a psicologia industrial .................................................................................. 6
2.1.3 Psicologia industrial na área de Recursos Humanos......................................................... 7
2.2 A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT) ................................................................. 8
2.2.1 QVT: uma tentativa de conceituação ................................................................................. 8
2.2.2 Categorias e fatores de QVT ............................................................................................... 8
2.2.3 Qualidade de vida no trabalho e desenvolvimento organizacional .................................. 9
2.3 SELEÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ........................................................................................... 10
2.3.1 Recursos humanos e gestão de pessoas ............................................................................. 10
2.3.2 Análise do trabalho ............................................................................................................ 10
2.3.3 Recrutamento e entrevista ................................................................................................. 11
2.3.4 Avaliação técnica ................................................................................................................ 12
2.4 TREINAMENTO ........................................................................................................................ 12
2.4.1 - Sistemas de treinamento .................................................................................................. 12
2.4.2 Avaliação em equipe........................................................................................................... 13
2.4.3 Estímulo ao trabalho industrial ........................................................................................ 13
2.5 PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ............................................................. 14
2.5.1 Avaliação técnica e decisões .............................................................................................. 15
2.5.2 Avaliação do desempenho .................................................................................................. 15
2.5.3 - Considerações do processo psicológico .......................................................................... 16
2.6 CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA INDUSTRIAL ............................................................ 16
2.6.1 Principais contribuições do psicólogo na qualidade de vida e condições do trabalho . 17
2.6.2 Contribuições do psicólogo no uso e desenvolvimento de capacidades do funcionário 18
2.6.3 Contribuições do psicólogo em relação à oportunidade de crescimento e segurança .. 18
3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 19
4. OBJETIVOS ................................................................................................................................ 20
4.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................................... 20
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 20
5. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 21
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1. INTRODUÇÃO
Conforme o tempo passa, os cenários tendem a evoluir cada vez mais e isso não é
diferente quando se trata de empresas. Para uma empresa melhorar o seu desempenho, ela
precisa que a sua equipe de trabalho se torne cada vez mais eficiente, produtiva e saudável.
Para que a equipe continue com um alto desempenho, é necessário que todos estejam
bem psicologicamente, afinal, a saúde mental afeta diretamente no dia a dia das pessoas,
podendo alterar a forma com que se desenvolve tal tarefa.
Com isso, a equipe responsável por contratar funcionários para uma certa área de
trabalho deve escolher atentamente cada trabalhador, e saber distinguir suas características
visando um melhor desempenho dentro da empresa. Segundo Lewin (1994), uma equipe com
pessoas que possuem as mais diversas características é mais eficiente, podendo resolver várias
situações distintas, pois quando os membros do grupo possuem pensamentos e visões
diferentes, apresentam várias formas de se resolver um problema, abrangendo as possibilidades
de solucionar o caso. Em outros casos, uma equipe de características semelhantes pode ser mais
eficiente para realizar determinada tarefa.
Portanto, esse projeto de pesquisa analisa como a psicologia industrial ajuda a formar
um grupo com melhor rendimento e a forma que é analisado o perfil dos candidatos, a fim saber
se de fato eles estão aptos a realizar tal função dentro da empresa. Ou seja, ao decorrer desta
pesquisa, será analisada a melhor maneira de escolher uma equipe de trabalho, sem que haja
problemas futuros relacionados a conflitos de ideias, perda de desempenho ou falta de
motivação do grupo.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A psicologia industrial mostra que o psicólogo que atua nesta área contribui
definitivamente para a eficiência da firma de maneira crucial envolvendo seus funcionários e a
organização deles com a firma, partindo do princípio de que uma boa relação entre os
integrantes do local de trabalho afeta diretamente os resultados adquiridos. A seguir será
dissertado mais sobre este profissional no seu local de trabalho.
A psicotécnica é utilizada até os dias de hoje por empresas devido a suas vantagens, já
que a sua utilidade proporciona um aumento da produção, simplifica o treinamento de trabalho,
aumenta a estabilidade no serviço, dentre outras vantagens.
Porém, ela é muito influenciada pela próxima fase, que seria a fase educacional do
treinamento em organizações, onde o recrutamento e a seleção não eram o suficiente, logo, foi
preciso iniciar uma atividade de treinamento da mão-de-obra através de cursos de liderança,
relações humanas e treinamento para vendas, no intuito de melhorar a eficiência da empresa.
No entanto, também não era o bastante, então foi preciso desenvolver a fase psicossociológica,
onde foram implantados os treinamentos em forma de cursos nas escolas (WEIL, 1972).
no qual possibilita que os clientes se beneficiem de algo oferecido pela empresa, já que isso
reduz as reclamações do trabalho, melhorando a reputação da firma.
Já em relação à competência dos trabalhadores, Ruas (2005) diz que ela não é uma ação
simples, não sendo resumida em simplesmente saber a teoria ou saber aplicá-la, mas sim ter a
competência de utilizar tais conhecimentos em situações distintas, no quais sejam
circunstâncias específicas de cada ocasião. Então a competência da gerência nada mais é do
que a sabedoria de como mobilizar, incluir e pôr em prática os conhecimentos e as capacidades
na finalidade de atingir os objetivos da empresa.
Para estar à frente e efetuar a gestão de pessoas, ninguém melhor que o psicólogo
industrial e o psicólogo organizacional, afirma Porras (2001), já que o objetivo desta área
necessita de compreender e dominar os conceitos fundamentais no qual o especialista nas
relações humanas, direcionado para o comportamento organizacional possui. Portanto, este
profissional é fundamental nesta área, vendo que a empresa necessita de um alto aproveitamento
dos recursos humanos, sendo eficaz e organizado durante o processo.
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O estudo efetuado que fomentou a elaboração deste artigo pretendeu explicitar que
investimentos para aumentar a qualidade de vida resultam em ganhos concretos, tangíveis e
perfeitamente mensuráveis, como aumento da produtividade e consequentemente na
lucratividade da empresa; e não apenas naqueles considerados intangíveis e subjetivos.
Toda ação que leva ao aumento do bem-estar, independente do lugar onde ocorra, irá
necessariamente expandir-se e refletir-se no aumento da qualidade de vida percebida. Sendo o
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ambiente de trabalho o lugar onde o adulto costuma passar, senão a maior parte, pelo menos as
horas mais concentradas de seu dia - se faz necessário que os profissionais comprometidos com
o exercício profissional e conscientes de sua responsabilidade social, não meçam esforços para
incrementar ações genuínas e verdadeiras que possam contribuir para aumentar a qualidade de
vida do trabalhador.
Existem várias metodologias para realizar uma análise do trabalho, incluindo entrevistas
com funcionários, observação direta, estudo de documentação e questionários. Sendo que cada
uma apresenta suas vantagens e desvantagens, logo é importante avaliar e identificar a melhor
opção para o trabalho específico que está sendo analisado. Além disso, é fundamental a
participação e colaboração dos funcionários e gerentes atuais na análise do trabalho, uma vez
que os mesmos possuem um conhecimento a mais sobre aquelas tarefas além das habilidades e
responsabilidades para desempenhar tal função.
Essa escolha de qual das técnicas de recrutamento e de entrevista devem ser usadas é de
extrema importância para uma melhor contratação, para garantir a precisão das informações
coletadas. Além de certificar que a seleção seja realizada de forma objetiva.
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É importante que as empresas adotem práticas de avaliação técnica eficazes para garantir
a escolha dos melhores candidatos para a posição. É fundamental assegurar que as técnicas
utilizadas para a avaliação técnica sejam apropriadas para a função e posição que se está
preenchendo e que sejam realizadas de forma objetiva e imparcial. Dessa forma, a empresa
pode ter certeza de que os candidatos selecionados possuem as habilidades e conhecimentos
técnicos necessários para desempenhar a função de forma eficiente e contribuir para o sucesso
da empresa.
2.4 TREINAMENTO
Ainda em Lakomy (1990), é retratado pela autora, que apesar de ampla, essa
metodologia de treinamento não promove nenhum enriquecimento cultural e social para o
funcionário, tornando todo esse processo uma forma de alienação do trabalhador. Contudo, é
possível que esse processo seja enriquecido e converta-se para um processo pedagógico de fato,
através do reconhecimento do trabalhador como indivíduo inserido no processo organizacional,
responsável também pela promoção de uma cultura que está sendo produzida por ele. Nessa
forma de capacitação, é implicado no indivíduo a habilidade de aplicar conhecimentos e analisar
situações de forma cooperativa e coletiva, reforçando ainda mais a produtividade do meio.
2.4.2 Avaliação em equipe
A boa relação das equipes no campo industrial é de suma importância para que a
eficiência seja garantida na organização da empresa. Essa química que deve coexistir deve ser
incitada através do treinamento, e conservada com certa longevidade, de forma a preservar a
união dos indivíduos formadores. Segundo Belbin (1981) a avaliação em equipe permite
identificar pontos fortes e pontos fracos do grupo, bem como desenvolver estratégias para
melhorar a performance coletiva. Além disso, a avaliação em equipe é uma grandiosa
ferramenta na psicologia industrial e na engenharia de produção, por tornar possível a
identificação de problemáticas, fornecer um feedback aos superiores e promover melhoras para
a eficácia do grupo (Cameron & Quinn, 2006).
Tão importante quanto treinar um funcionário para produzir, é o estímulo que o mesmo
tem de trabalhar e atingir seus objetivos com efetividade. Segundo Michael G. Aamodt, et al.,
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(2010), a motivação é definida pelos industriais como a força interna que leva os trabalhadores
a realizar alguma tarefa, e, uma vez motivados, o seu trabalho será feito de uma forma muito
mais adequada. Além disso, também é pontuado por psicólogos que existem indivíduos que
tendem a ser mais motivados do que os demais, e isso ocorre, principalmente, por traços
individuais de autoestima, já que, quando se sentem valorizados, os funcionários tendem a
exercer suas atividades mais adequadamente que os outros.
Ademais, foi tomada a consciência por parte das pessoas, empresas e governos de que
a vida é mais importante que todas as coisas, e não subordinada. E foi nesse raciocínio que o
psicólogo americano Abraham Maslow, propôs a seguinte tese: “Quanto mais saudáveis nós
somos emocionalmente, mais importantes se tornam nossas necessidades de preenchimento
criativo no trabalho. Ao mesmo tempo, menos toleramos a violação de nossas necessidades
para tal preenchimento”. Essa lógica reforça a concepção de que os humanos não são apenas
máquinas que exercem o mesmo trabalho repetidamente com o desempenho intacto, e sim seres
que carregam consigo emoções, objetivos pessoais e além de tudo, agem de acordo com seus
valores e fundamentos, até nos aspectos econômicos. (BUENO, 2002).
De acordo com Ana Paula Porto (2002) em Os problemas mais graves e mais
frequentes no uso dos testes psicológicos, há uma grande dificuldade em estabelecer um
consenso entre a comunidade psicológica em relação às técnicas usadas para avaliação da
aptidão dos funcionários. Na psicologia há uma grande variedade do contexto de atuação do
profissional, o que demanda variadas condutas de acordo com necessidades específicas, e
consequentemente diferentes métodos de avaliação. Com isso é possível concluir que não existe
método universal para avaliação psicológica de aptidão, e sua variação extensa permite que
métodos variados sejam utilizados de acordo com a finalidade do ambiente industrial e as
análises de demanda do psicólogo responsável.
Sintetizando, esses profissionais são importantes para além de filtrar funcionários que
se encaixem em determinada função, garantindo a produtividade, estabelecendo boas condições
de trabalho.
intensidade na qualidade de vida trabalhista. Ou seja, o psicólogo deve ter seu papel ampliado
nas organizações (TANNHAUSER, 1994).
Uma das áreas que esse profissional mais se envolve é no desenvolvimento das
capacidades do pessoal/funcionário, abordando autonomia a nível de cargo, feedback do
trabalho e plano de carreira. Dessa maneira, incentivando o trabalhador a se desenvolver dentro
da empresa (TANNHAUSER, 1994).
De acordo com Silva e Faria (2018), além da seleção e gestão de pessoas, a psicologia
organizacional também visa o melhor desempenho e desenvolvimento do colaborador e assim
o aumento da produtividade e satisfação do mesmo. Logo, atualmente, cabe a atuação do
psicólogo organizacional agregar novas competências e conquistar espaço na organização.
Sintetizando, visto que a atuação do psicólogo no contexto das empresas tem base no
desenvolvimento voltado para a harmonização de interesses da organização a partir de
instrumentos facilitadores e promotores de produtividade, tais práticas contribuem para com o
desenvolvimento e crescimento dos funcionários e suas organizações (SANTOS, 2019)
3. JUSTIFICATIVA
4. OBJETIVOS
5. METODOLOGIA
Etapa 3: Levantar
Etapa 1: Identificar o Etapa 2: Investigar possíveis causas do
problema e reconhecer características problema usando livros,
sua importância específicas do problema artigos e referencias
bibliográficas
Etapa 4: Estudar e
Etapa 5: Citar conceitos Etapa 6: Analisar
analisar referencias
e ideias resultados
bibliograficas
6. RESULTADOS ESPERADOS
Este capítulo tem como objetivo apresentar os resultados esperados do presente estudo,
tendo por base a análise da fundamentação teórica.
Esses profissionais ainda precisam de mais espaços dentro das organizações, visto que
trazem um diferencial na empresa com seu planejamento e escolhas estratégicas, até as
particularidades do dia-a-dia, fornecendo consultoria a todos níveis e setores, além de serem
muito úteis para a eficiência e melhor qualidade de vida no trabalho, trazendo diversas
contribuições positivas.
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7. CRONOGRAMA
Levantamento bibliográfico x x x
Coleta de dados x x
Análise de dados x
Redação do TCC x x
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Belbin, R. (1981). Management teams: why they succeed or fail. Oxford: Butterworth-
Heinemann.
BOOG, Gustavo G. O Desafio da Competência. São Paulo: Editora Nova Cultura, 1991.
BRANNICK, Michael T.; ROSETT, Evelyn. The Job Analysis Handbook for Business,
Industry, and Government. New York: John Wiley & Sons, 1997.
Cameron, E. & Quinn, R. (2006). Diagnosing and changing organizational culture. John Wiley
& Sons.
DESSLER, G. Administração de Recursos Humanos. 14. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
Gruber, T. (1993). A complex systems perspective on groups and teams. In: J.L. Galegher, R.E.
Kraut, & C. Egido (Eds.), Intellectual teamwork: Social and technological foundations of
cooperative work (pp. 91-117). Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum
SILVA, Eliana Aparecida Torrezan da; MARTINEZ, Alessandra. Diferença em nível de stress
em duas amostras: capital e interior do estado de São Paulo. 2005.
WESTLEY, W. A. Problems and solutions in the quality of working life. Humans Relations,
v. 32, n. 2, p. 111-123, 1979.