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Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Gestão de Recursos Humanos

Exercício de Aplicação

(Resolução)

Zidane Faruque Artur Raul de Sousa-Codigo:81232819

Nampula,Fevereiro,2023
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Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Gestão de Recursos Humanos

Exercício de Aplicação

(Resolução)

Disciplina: Metodologia de Investigação


Científica.
Ano de Frequência: 1º Ano
Tutor: Aurélio Simões

Zidane Faruque Artur Raul de Sousa-Codigo:81232819

Nampula,Fevereiro,2023
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Índice
1.Introdução ...................................................................................................................... 4

2.Justificativa .................................................................................................................... 5

3.Objectivos do Estudo ..................................................................................................... 5

4.Problematização............................................................................................................. 6

5.Questões de pesquisa ..................................................................................................... 6

6.Fundamentação teórica (Desenvolvimento) .................................................................. 7

6.1.Gestão de risco ........................................................................................................... 7

6.2.Tipos de riscos ............................................................................................................ 7

6.3.Risco físico ................................................................................................................. 7

6.3. 1.Ruído ...................................................................................................................... 7

6.3.2.Risco químico .......................................................................................................... 7

6.3.3.Risco de acidente ou mecânico ................................................................................ 8

6.4.Consequências da falta de Gestão de risco ................................................................. 9

6.5.Acidentes e doenças de trabalho ............................................................................... 10

7.Conclusão .................................................................................................................... 11

8.Referencias Bibliográficas ........................................................................................... 12


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1.Introdução

A gestão de riscos profissionais têm-se tornado um assunto de suma importância no


meio empresarial, pois visa a protecção dos recursos humanos, materiais e financeiros
desta, quer através da eliminação, redução ou financiamento dos riscos, conforme seja
financeiramente mais viável (De Sousa, 2012).

De acordo com o mesmo autor, a implementação da gestão de risco, deve ser uma
decisão de quem efectivamente detêm o poder decisório na instituição. Esta é uma
necessidade de forma a obter resultados que tenham impacto imediato, como influência
máxima na rotina diária da instituição. Isto porque esta implementação pode envolver
mudanças internas de percepção de qualidade e lucratividade, e, portanto requer
comprometimento total da directoria. Uma vez estabelecido, os envolvidos com este,
devem estabelecer e aprovar controlo que garante a saúde financeira da instituição, até
mesmo em situações catastróficas na empresa, seja de qual ramo for, estará sempre
exposta a algum tipo de risco, enquanto corre pela busca de resultados pretendidos,
porém, a sua habilidade em atrair estes resultados positivos, são determinados pela
qualidade da gestão destes riscos.

Sendo assim, é necessário que a empresa reconheça o processo de trabalho e os riscos


potenciais a que está exposto. Nesta vertente, o presente projecto tem como tema: A
Gestão de Riscos Profissionais nas Actividades dos trabalhadores da Empresa
FIPAG.
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2.Justificativa

A escolha do tema deveu-se do interesse do estudo, a partir das questões feitas aos
trabalhadores da empresa FIPAG da cidade de Nampula, sobretudo, por se tratar de uma
temática da área de Gestão de Recursos Humanos, deste modo, como dito na
introdução, pode-se verificar uma falta de alguns elementos que contribuem para a
correcta minimização dos riscos químicos, físicos e de acidentes.

Neste sentido é importante o estudo dos riscos profissionais na organização pelo facto
de ser o homem, o elemento diferenciador e o grande responsável pelo sucesso da
empresa. Quanto ao tema é pertinente pelo facto de, quando bem identificados e
gerenciados eficazmente as condições inseguras capazes de representar um risco
eminente na vida dos trabalhadores, estar-se-á a fazer uma previsão antecipada
procurando formas de como minimizar significativamente os riscos, gerando assim uma
vantagem competitiva sob ponto de vista social na qual a empresa se insere. A sua
relevância é por ser desafiante tendo em conta o carácter de ausência de obras que
abordam a gestão de riscos profissionais, visto que, o impacto da gestão de riscos
profissionais nas empresas, pode ganhar duas dimensões uma positiva e outra negativa
em que trabalhadores estarão sujeito a vários tipos de doenças profissionais e acidente
de trabalho que pode culminar com a perda de capacidade quer parcial ou permanente
dos trabalhadores.

3.Objectivos do Estudo

3.1.Objectivo Geral:
 Analisar a falta de Gestão de Riscos Profissionais nas actividades dos
trabalhadores da Empresa FIPAG.

3.2.Objectivos Específicos:

 Indicar tipos de acidentes decorrentes no desempenho das actividades;


 Mencionar os riscos profissionais decorrentes nas actividades Organizacional;
 Conhecer as consequências da falta de gestão de risco na empresa;
 Identificar o tipo de impacto que influencia na gestão dos riscos profissionais no
desempenho das actividades;
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4.Problematização

A gestão de risco está associada a gestão de recursos humanos, de um certo modo, ela se
preocupa com o bem-estar, motivação, e o desempenho do trabalhador visando não só
agradar os trabalhadores mas também trazer benefícios para a empresa, pois este visa
minimizar o impacto do risco de forma a evitar acidentes de trabalho e doenças
profissionais. Segundo Andrade (2003) os acidentes não são inevitáveis, não surgem por
acaso, eles são causados, e portanto possíveis de prevenção, através de eliminação, de
suas causas.

Na na Empresa FIPAG (Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de


Água) da Cidade de Nampula, verificou-se a falta de alguns elementos que contribuem
para a correcta minimização dos riscos dentre eles têm a sinalização nos locais de
armazenamento de produtos químicos, e alguns locais de trabalho como a sala de
captação e mistura de produtos químicos, facto este, que pode ser prejudicial a saúde
dos trabalhadores, visto que os mesmos estão rodeados de riscos químicos, físicos e de
acidentes. Verifica-se também o factor desconhecimento ou desinformação em relação
aos riscos por parte dos trabalhadores, facto que influência os mesmos a realizar as
actividades sem a observância de normas de segurança no trabalho. Portanto, deve-se
adoptar acções com vista a gerir os riscos nos locais de trabalho, pois, estas acções
procura concretamente identificar os riscos, perceber até que ponto pode prejudicar á
saúde do trabalhador e a empresa, identificando formas de proteger os trabalhadores
como forma de intervir que não influencie no desempenho dos mesmos durante a
realização das actividades.

De acordo com os problemas acima exposto coloca-se a seguinte questão de partida:

 Qual é o impacto da falta de gestão de riscos profissionais no desempenho das


actividades da empresa?

5.Questões de pesquisa

 A ocorrência frequente de acidentes de trabalho pode estar associada a falta da


gestão de riscos no desempenho das actividades dos trabalhadores da empresa ?

 O fraco desempenho pode estar associado a falta da gestão de riscos no


desempenho das actividades dos trabalhadores da empresa ?
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6.Fundamentação teórica (Desenvolvimento)

6.1.Gestão de risco

Pode-se chamar Gestão de riscos como a implementação de estratégias de controlo e


prevenção, que são definidas a partir da avaliação da tecnologia de controlo disponível,
da análise de custos e dos benefícios, da aceitabilidade dos riscos e dos factores sociais
e políticos envolvidos (Canter, 1989 & Freitas, 1996).

Portanto a Gestão de risco é o processo através do qual as organizações analisam


metodicamente os riscos inerentes às respectivas actividades, com o objectivo de
atingirem uma vantagem sustentada em cada actividade individual e no conjunto de
todas as actividades.

6.2.Tipos de riscos

Os riscos variam de organização para organização pelo simples facto de as organizações


possuírem, tecnologias, objectivos, e produtos finais diferentes deste modo cada uma
delas tem sua realidade no que se refere os riscos. Os riscos mais frequentes nas
organizações que são inerentes ao trabalho são, físicos, os químicos, biológicos,
ergonómicos, e de acidentes (Cunha,2015).
6.3.Risco físico

Encontram- se subdivididos em 4 grandes grupos, dentre eles têm o ruído, as vibrações,


o ambiente térmico, as radiações ionizantes.

6.3. 1.Ruído

O ruído constitui uma causa de incómodo, para o trabalho um obstáculo as


comunicações verbais e sonoras, podendo provocar fadiga oral e, em casos extremos,
trauma auditiva alterações fisiológicas extra auditivas (Miguel,1989).

6.3.2.Risco químico

Sousaet al (2005), salienta que os agentes químicos são importantes para algumas
organizações no seu processo de trabalho, algumas usam como matéria-prima e outras
nem por isso, reconhece-se que são de extrema importância para a vida humana, mas
devem ser tomadas algumas precauções ao trabalhar, que trabalha diariamente com os
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produtos químicos pois eles podem ficar em suspensão no ar e podem penetrar no


organismo do trabalhador por:

 Via respiratória: essa é a principal porta de entrada dos agentes químicos,


porque respiramos continuadamente, e tudo o que está no ar acaba por passar
nos pulmões.
 Via digestiva: se o trabalhador comer ou beber algo com as mãos sujas, ou que
ficaram muito tempo expostas a produtos químicos, parte das substâncias
químicas serão ingeridas com o alimento, atingindo o estômago e podendo
provocar sérios riscos à saúde.
 Epiderme: essa via de penetração é a mais difícil, mas se o trabalhador estiver
desprotegido e tiver contacto com substâncias químicas, havendo decomposição
no corpo, serão absorvidas pela pele.
 Via ocular: alguns produtos químicos que permanecem no ar causam irritação
nos olhos e conjuntivite, o que mostra que a penetração dos agentes químicos
pode ocorrer também pela vista.

6.3.3.Risco de acidente ou mecânico

Os riscos mecânicos ou de acidente são originários das actividades que envolvem


máquinas e equipamentos, são responsáveis pelo surgimento de lesões, esses acidentes
são originados pelas máquinas e equipamentos sem as devidas protecções, ferramentas
defeituosas ou inadequadas (Tostes, 2003).
Quando o trabalhador manipula algum tipo de equipamento está sujeito a riscos por
inerência da construção do próprio equipamento, ou seja, quando, por exemplo, um
trabalhador usa uma serra eléctrica na execução de uma determinada tarefa, esse
equipamento apresenta algumas características que põem em causa a sua integridade,
visto que o trabalhador pode cortar-se na lâmina ou então sofrer um choque eléctrico
provocado pela interactividade homem –máquina. Desta forma, temos como lesões mais
frequentemente ligadas à utilização dos equipamentos:
 Electrocussão;
 Queimaduras;
 Esmagamento e entalamento;
 Cortes;
 Perda de visão;
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 Perda de audição.

6.4.Consequências da falta de Gestão de risco

No ambiente de trabalho quando se trata da gestão de risco importante falar da


segurança dos trabalhadores, para perceber o grau de exposição dos trabalhadores e
maquinarias aos riscos.

Não se pode falar em segurança sem falar da OIT a organização internacional do


trabalho que tem uma actuação relevante desde a sua constituição em 1919 tem
atribuído um papel prioritário aos temas sobre segurança quer no plano das medidas
gerais, quer no das condições específicas por profissões, ramos de actividades e
produtos utilizados ou fabricados (Miguel, 1989).

De acordo com Cardella (1999), o objectivo da gestão de riscos é manter os riscos


associados à organização abaixo dos valores tolerados com uma política que estabelece
as regras comportamentais da organização, onde cada organização deve estabelecer sua
própria política, sendo um reflexo de seus valores. Para isso, propõe duas regras básicas
a primeira a preservação de pessoas tem prioridade sobre a preservação de bens, e quem
responde por uma actividade deve responder também pelos riscos decorrentes dessa
actividade.

A gestão de riscos eficaz necessita de uma estrutura de comunicação e revisão que


assegure que os riscos são identificados e avaliados de forma eficaz e que os controlos e
respostas adequados são implementados. Devem ser executadas auditorias regulares ao
cumprimento de políticas e normas e o desempenho, de acordo com as mesmas, deve
ser revisto para identificar oportunidades de melhoria.

É preciso não esquecer que as organizações são dinâmicas e funcionam em ambientes


dinâmicos, a segurança no ambiente de trabalho deve ser periodizada de modo a evitar
destruição das maquinarias, acidentes, lesões, ao trabalhador.

O gerenciamento de riscos, por outro lado, contempla imensa gama de acções como as
mudanças no processo de produção ou implementação de equipamentos de segurança,
formas e valores de compensações para vítimas e o meio ambiente afectado, legislações
e intervenções governamentais, entre outras (Covello, 1992 & Freitas, 1996).
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6.5.Acidentes e doenças de trabalho

Na opinião de Iida (2005) os acidentes são resultados de interacções inadequadas entre


o homem, a tarefa e o seu ambiente. O acidente pode ser causado por um
comportamento de risco do operador, pelas inadequações do posto de trabalho, produtos
mal projectados ou falhas da máquina, além de factores do meio ambiente, tais como
buracos na estrada. No entanto geralmente é quando existe uma junção de factores
negativos, é que ocorrem os acidentes.

A ocorrência de acidentes estão relacionados a vários factores ao longo do tempo


surgiram várias teorias que explicam a ocorrência de acidentes no trabalho, uma das
teorias que marcou os estudos sobre os acidentes e os factores que levam os
trabalhadores a envolverem-se em acidentes.

Segundo Heinrich (1980), com a sua teoria de casualidade dos acidentes também
chamada de teoria do dominó o acidente é um dos 5 factores de uma sequência que
resulta num dano pessoal, onde a queda do primeiro dominó precipita a queda de toda a
fila e a remoção do dominó central neutraliza a acção dos precedentes. Os vários
factores na série de ocorrência de acidente desenvolvem se pela seguinte sequência:

1. Ascendência e ambiente social;


2. Falha Humana (herdada ou adquirida temos como exemplo a imprudência,
temperamento, irritabilidade.);
3. Acto inseguro (como exemplo estacionar sob cargas suspensas, usar ferramentas
em mau estado, não utilizar equipamento de protecção individual) e ou condição
perigosa (como exemplo protecções ou suportes de maquinas inadequados
congestionamento dos locais de trabalho, ruídos excessivo risco de incêndios);
4. Acidente
5. Dano pessoal (ferimentos contusões e fracturas).

Para Heinrich a eliminação do factor domino central que é o acto ou condição insegura
Constitui a base de prevenção de acidentes e poderá ser conseguida através de uma
abordagem imediata (controlo directo da actividade humana e do ambiente) ou a longo
prazo formação e informação (Miguel, 1989).
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7.Conclusão

Diante da análise feita tendo em conta a fundamentação do trabalho, pode-se dizer que o
maior problema que as empresas enfrentam para a ocorrência de acidentes é a falta de
planificação, organização, direcção, e controlo a aspectos ligados aos riscos (gestão de
riscos). Como sabido que a ‘’gestão de riscos é uma implementação de estratégias de
controlo e prevenção’’ (Canter, 1989 & Freitas, 1996). Em relação a desempenho dos
trabalhadores da empresa FIPAG, considera-se que o fraco desempenho pode estar
associado a falta de gestão de riscos profissionais, facto de que alguns trabalhadores
ficam horas, dias, meses, até mais sem realizar as actividades por conta de acidentes e
doenças estas ausências tem impacto directo na realização das actividades dos
trabalhadores e estas acções justificam um fraco desempenho quer para os trabalhadores
assim para a empresa. No entanto os trabalhadores devem cumprir ao pé da letra os
mananciais teóricos em relação ao cumprimento das normas de segurança no trabalho
durante a realização das actividades.
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8.Referencias Bibliográficas

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(engenharia da construção civil e urbana), 157F.Escola politécnica da universidade de
são Paulo, São Paulo,

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dasegurança do trabalho. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 1996.

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Canter, L.W., (1989).Environmental Risk Assessment and Management: A Literature


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Covello, V.T., Slovic, P. e WInterfeldt, (1992). Disaster and Crisis. Porto.

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De Sousa, Ana Cláudia Sobral.(2012). A Importância do Gerenciamento do Risco

Freitas, Carlos Machado de, (1996). Acidentes Químicos Ampliados: Incorporando a


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Pioneira.

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