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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM


SEGURANÇA DO TRABALHO

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PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR X
Americanas S.A.

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Rubia Alves Borges – RA 207802-6

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Barra do Garças - MT
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................................87
2. GESTÃO DE SST.............................................................................................................................90
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2.2 GESTÃO DE SEGURANÇA NAS AMERICANAS..............................................................................90
3. ÉTICA PROFISSIONAL....................................................................................................................90
3.2 CODIGO DE ÉTICA NAS AMERICANAS.........................................................................................90
4. AUDITORIA E ATIVIDADES PERICIAIS............................................................................................90
4.2 AUDITORIA E PERÍCIA NA EMPRESA AMERICANAS EM MEIO AS CRISES....................................90
5. CONCLUSÃO.................................................................................................................................90
6. REFERENCIAS................................................................................................................................90

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1. INTRODUÇÃO
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O presente trabalho trata-se do Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM X) referente
ao projeto de pesquisa realizado no segundo bimestre do último período do curso de
Segurança do trabalho em regime de dependência, Universidade Paulista – UNIP. Realizado
com base na visita técnica feita na Americanas S.A..
O trabalho tem por objetivo analisar as práticas de segurança do trabalho e suas
aplicabilidades organizacionais, avaliar as dificuldades e vantagens encontradas nesse

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processo, a fim de aliar o conhecimento teórico das disciplinas de “Gestão de Segurança do
Trabalho”, “Ética Profissional”, e também a disciplina de “Auditoria e Atividades Periciais”.
Tem-se como objetivos específicos, Proporcionar a possibilidade de desenvolver um
levantamento das características e das práticas organizacionais de uma empresa com relação à
Segurança no Trabalho em suas aplicações organizacionais, elaborando um trabalho que
resulte da pesquisa exploratória; Proporcionar condições para que o aluno desenvolva, de
maneira prática, os conhecimentos teóricos adquiridos, colaborando no processo de ensino-

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aprendizagem; Proporcionar a experiência das dificuldades e das vantagens existentes na
implantação, na execução e na avaliação dos modelos administrativos e observar a integração
multidisciplinar, fortalecendo a visão em si.
Quanto à metodologia utilizada na formação e elaboração deste trabalho, foi feita
uma pesquisa de natureza básica, cuja forma de abordagem utilizou-se da quantitativa, quanto
aos objetivos, exploratória, quanto ao procedimento assume-se a forma de pesquisas
bibliográficas e científica, método Dedutivo, e monográfico.

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Em síntese, a pesquisa mostrará a importância de ter um profissional na área de
segurança do trabalho, dentro de determinada empresa, para que sejam implantados
adequados sistemas de gestão para as atividades ali prestadas, e evidenciar a necessidade da
implantação de um sistema de administração eficaz, para que seja alcançado sucesso.

2. GESTÃO DE SST

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Entende-se por Segurança de Saúde do Trabalho – SST por um grupo de normas e
procedimentos legais que devem ser cumpridos pelas empresas e colaboradores, com o
objetivo de prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, protegendo a integridade
física do trabalhador. Mas, mais do que cumprir normas, é necessário também desenvolver
ações constantes de melhoria que tragam vantagens ao ambiente de trabalho, por meio da
Gestão de SST.

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“A principal característica de uma gestão de SST é o seu ciclo de atuação. Este ciclo é
permanente, está em constante gerenciamento, atualização e melhoria de todos os seus
pontos”, esclarece o Engenheiro de Segurança do Trabalho do Sesi do Paraná, Alessandro
Bragagnolo.
Para a Dra. Camila Ota Hisayasu, Médica do Trabalho do Sesi Paraná, para a Gestão
de SST atingir o seu objetivo, o foco devem ser as pessoas. “Para alcançarmos a metade de
criar um ambiente de trabalho saudável, para melhorar a qualidade de vida do trabalhador e

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promover a saúde de maneira integral, devemos ter ações voltadas ao cuidado de um dos
ativos mais preciosos das organizações: as pessoas”, explica.
A Gestão em SST traz outros benefícios, extrapolando as relações jurídicas. Para além
do efeito jurídico no cumprimento das normas legais, na gestão de SST, terão as seguintes
vantagens: melhoria do ambiente de trabalho, aumento de produtividade, diminuição de
custos, qualidade e fortalecimento organizacional, qualidade de vida dos funcionários,
credibilidade junto aos seus trabalhadores e ao mercado de atuação (clientes e fornecedores).

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Deve-se começar entendendo a importância da gestão em SST e os benefícios que traz
para as empresas; Logo depois realizar um diagnóstico, uma espécie de auditoria inicial para,
por meio de uma análise aprofundada, verificar a real situação das áreas de SST da empresa;
Como também, buscar parceiros qualificados para um trabalho em conjunto, com a
participação de todos os envolvidos; E elaborar um plano de ação para adequação dos pontos
de não conformidades apontados no diagnóstico inicial (primeiro passo) e estabelecer
objetivos e metas; Execução integral do plano de ação de adequação; Desenvolver uma

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política de gestão em SST com base em uma matriz de responsabilidades, ações e datas para a
serem realizadas; Manter um clico de gestão permanente, fazendo desta ferramenta uma
constância como são os setores de produção, RH, manutenção e outros existentes na empresa.
Essas ações criam ambientes seguros e saudáveis nas empresas, tanto para
empregadores quanto para trabalhadores, por garantirem as condições adequadas para o
trabalho, o que, consequentemente contribui para o aumento da produtividade.

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Quem está em dia com toda a legislação, que inclui laudos e exames ocupacionais, tem
em mãos dados relevantes para planejar ações a curto, médio e longo prazo, realizando assim,
a gestão em Segurança e Saúde do trabalho.

2.2 GESTÃO DE SEGURANÇA NAS AMERICANAS

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Nas lojas Americanas S.A. são estabelecidas diretrizes a serem seguidas em todas as
unidades da Companhia, de modo que suas operações sejam realizadas com o menor impacto
ambiental. Visa, também, prevenir acidentes, assegurar a saúde ocupacional de seus
associados, fornecedores e parceiros, promovendo assim um ambiente de trabalho mais
seguro e saudável, e contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Esta Política aplica-se a todas os associados, fornecedores e parceiros da Companhia,
bem como os profissionais capacitados e incumbidos da função de Gestor de SST.

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Engloba Americanas S.A. e todas as demais empresas a ela relacionadas como
controladas diretas e indiretas, incluindo joint ventures e subsidiárias, atuais e futuras, e se
aplica individualmente a qualquer das empresas que compõem o mesmo Grupo Econômico.
Diálogos de Segurança: conversas temáticas e dirigidas que focam na prevenção de acidentes
e doenças do trabalho.

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Fulfillment Centers: na logística, os fulfillment centers são responsáveis por agrupar
todas as operações cruciais para atender às necessidades do consumidor moderno, ou seja, são
os Centros de Distribuição (CD).
Normas Regulamentadoras (NR): obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos
por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir o trabalho seguro e sadio,
prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho, de acordo com a Lei nº 6.514, de
22 de dezembro de 1977.

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Ordem de Serviço: documento no qual constam a função do associado e as precauções
para evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. Também informa os riscos
inerentes à função e as medidas de controle.
As diretrizes desta Política devem servir de base para os processos de gestão, para a
construção de objetivos sustentáveis da Companhia nos pilares ambiental, econômico e social,
além dos princípios, compromissos e estratégias disseminados para toda a cadeia de valor.

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Dessa forma, são estabelecidas as seguintes diretrizes para a Política de Saúde,
Segurança e Meio Ambiente da Companhia: Ter como premissa básica o atendimento às leis
ambientais e todas as Normas Regulamentadoras (NR), relativas à saúde e segurança e aos
requisitos legais aplicáveis às suas atividades; Priorizar a saúde e segurança dos associados,
clientes, fornecedores e parceiros na execução diária das tarefas; Atuar de forma preventiva,
de modo a evitar acidentes de trabalho, ferimentos, doenças relacionadas ao trabalho e
poluição ambiental; Mitigar e reduzir os riscos ocupacionais associados às atividades dos

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associados com a com a categorização dos riscos e a adoção de metas, indicadores e avaliação
dos resultados das ações implantadas para a redução dos acidentes e doenças profissionais;
Gerir, monitorar e realizar procedimentos de resposta a incidentes e situações de emergência
que ponham em risco associados, clientes, fornecedores e parceiros; Utilizar de forma
racional os recursos naturais e os serviços ecossistêmicos, considerando os preceitos do
desenvolvimento sustentável; Minimizar, reduzir, reciclar e reutilizar os resíduos gerados na
operação e sua destinação correta, bem como a instalação e/ou ampliação de

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empreendimentos ou processos, sempre de acordo com a legislação ambiental aplicável;
Atuar na prevenção da poluição e dos demais impactos ambientais causados pelas suas
operações, respeitando a biodiversidade local; Adotar medidas que contribuam com o
combate às mudanças climáticas por meio do monitoramento das emissões de gases de efeito
estufa e de ações que visem a sua redução e/ou mitigação. Dentre essas ações, podemos citar a
busca de maior eficiência energética, o uso de energias renováveis, a ecoeficiência logística e
o uso de combustíveis menos poluentes; Monitorar, treinar e avaliar periodicamente o

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desempenho dos indicadores em saúde, segurança e meio ambiente da Companhia;
Conscientizar os seus associados da importância da responsabilidade individual para garantir
o cumprimento dos objetivos ambientais e de prevenção, bem como o relacionamento com
clientes, fornecedores e parceiros condicionado ao compromisso e responsabilidade pela
proteção da saúde, segurança e ambiente previstos nesta Política; Promover a participação
ativa e o envolvimento dos associados, clientes, fornecedores e parceiros nos aspectos de
saúde, segurança e meio ambiente; Monitorar constantemente acidentes, independentemente

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do nível de gravidade, propondo mudanças que incluem uma série de treinamentos e
orientações, como os Diálogos de Segurança, Ordem de Serviço além da avaliação de
medidas propostas pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e adoção de
propostas recomendadas e identificadas no Programa de Gestão de Riscos (PGR) oferecidos
nos Fulfillment Centers, Lojas Físicas e Escritórios; Auditar os fornecedores e parceiros para
verificação da conformidade na dimensão da saúde, segurança e meio ambiente nos
instrumentos contratuais relacionados; Acompanhar as métricas de contínuo melhoramento

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dos indicadores de saúde, segurança e meio ambiente propostos nesta Política e reportar os
avanços ao Comitê de Gente & Sustentabilidade e demais Comitês, que assessoram o
Conselho de Administração; e Criar e desenvolver parcerias com os stakeholders (acionistas,
clientes, associados, fornecedores e sociedade) com o objetivo de promover o
desenvolvimento sustentável da Companhia.
São responsabilidades dos associados: Cumprir as disposições legais, regulamentares e
procedimentos da Companhia sobre segurança e saúde no trabalho; Colaborar com o

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cumprimento e a aplicação das NRs e Procedimentos Internos; • Usar o Equipamento de
Proteção Individual (EPI) fornecido, seguindo as determinações da área de Segurança do
Trabalho; e Reportar condutas e situações que estejam em desacordo com a presente política à
área de Gente e Gestão ou através do Canal de Denúncias.
É função da área de Segurança do Trabalho: Aplicar os conhecimentos relacionados à
segurança do trabalho ao ambiente laboral e a todos os seus componentes, inclusive máquinas
e equipamentos, de modo a reduzir, até eliminar, os riscos à saúde do associado; Quando

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esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco, e ele persistir, mesmo que
reduzido, determinar a utilização, pelo associado, de Equipamentos de Proteção Individual
(EPI), de acordo com as Normas Regulamentadoras aplicáveis, desde que a condição de
trabalho assim o exija ou recomende; Colaborar, quando solicitada, nos projetos e na
implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência
relacionada à Segurança do Trabalho; Conforme determina a legislação, manter contato
constante com a CIPA, SESMT e com as Brigadas de Incêndio, valendo-se ao máximo de

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suas orientações, além de apoiá-los, treiná-los e atendê-los, conforme dispõe a NR 5 e NR 23,
ou na forma da legislação superveniente que trate de suas atribuições e responsabilidades;
Promover atividades de conscientização, educação e orientação dos associados para a
prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, por meio de campanhas e/ou de
programas de duração permanente; e Apoiar a promoção de ações de engajamento propostas
pelo SESMT, por meio de campanhas, eventos e ações educativas, com informações
relacionadas à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

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Quanto aos fornecedores e parceiros, deve cumprir as disposições legais e
regulamentadoras em segurança, saúde e meio ambiente em suas próprias operações e no
relacionamento com a Companhia; respeitar e aplicar as normas e os procedimentos internos
da Companhia nas suas instalações e dependências; promover atividades de educação e
orientação de seus associados para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais.

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No que concerne a Diretoria de Gente & Gestão tem como função, apoiar a promoção
de ações de engajamento propostas pelos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), por meio de campanhas, eventos e ações
educativas, com informações relacionadas à prevenção de acidentes e Doenças Ocupacionais;
Informar aos associados os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho e as medidas
de prevenção adotadas pela empresa, informadas pela área de Segurança do Trabalho, a fim
de eliminar ou reduzir tais riscos; Rever a Política de Saúde, Segurança e Meio Ambiente

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periodicamente para garantir sua aplicabilidade contínua, eficácia e alinhamento de seus
princípios e valores, de acordo com a lei e com as melhores práticas; e comunicar toda e
qualquer alteração dessa Política aos associados da Companhia .
A Diretoria de Comunicação e Sustentabilidade tem o Dever de implementar medidas
de prevenção e minimização de riscos ambientais; e envolver as partes interessadas,
coordenando o comprometimento com a preservação do meio ambiente

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O Gestor da área deve garantir a utilização correta dos equipamentos necessários de
Proteção Individual (EPI); Estar atento e reportar possíveis riscos ambientais não previstos
anteriormente; e Refletir o posicionamento da Companhia em relação aos temas da presente
política na gestão de seus liderados.
O associado que descumprir quaisquer das disposições previstas nesta Política, está
sujeito, a critério da Companhia, a sanções de acordo com a Política de Consequências,
levando até a demissão por justa causa. Estão previstas, ainda, sanções em contratos com

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parceiros e fornecedores que não cumprirem cláusulas de confidencialidade ou orientações
previstas nesta Política, independentemente da cobrança dos danos incorridos pela Companhia
e dos lucros cessantes em decorrência desse descumprimento.
A Companhia buscará, sempre que possível e dentro da melhor diligência,
individualizar e particularizar as condutas para a completa apuração e responsabilização dos
indivíduos que as praticarem. Serão responsabilizados de igual forma, os destinatários desta
Política que tiverem descumprido as disposições e também aqueles que tiverem conhecimento

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de sua prática, mas que tenham se omitido, independentemente da posição hierárquica
ocupada na Companhia.

3. ÉTICA PROFISSIONAL
A ética profissional é um conjunto de valores e normas de comportamento e de
relacionamento adotados no ambiente de trabalho, no exercício de qualquer atividade. Ter
uma conduta ética é saber construir relações de qualidade com colegas, chefes e subordinados,
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contribuir para bom funcionamento das rotinas de trabalho e para a formação de uma imagem
positiva da instituição perante os públicos de interesse, como acionistas, clientes e a sociedade
em geral.
Líderes de empresas e organizações têm defendido que bons ambientes de trabalho,
com relações amigáveis e respeitosas, contribuem para o aumento do nível de confiança e
comprometimento entre os funcionários, refletindo no aumento da produção e no

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desenvolvimento da empresa. E que comportamentos antiéticos prejudicam o clima
organizacional, afetando o rendimento das equipes.
Os colaboradores que conseguem construir relações de qualidade entre os colegas e
conquistar a confiança dos líderes, com uma postura de trabalho adequada e resultados
concretos, são os que obtêm maior sucesso no desenvolvimento de suas carreiras.
Não estamos falando sobre agradar o chefe a todo custo – a famosa bajulação – e sim
de postura em um ambiente de trabalho! Você precisa entender e respeitar os limites de sua

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função, zelar pelos instrumentos de trabalho e o patrimônio da organização e contribuir para o
bom rendimento de sua equipe. Essas são condições básicas para a construção de uma postura
ética no trabalho.
Outros fatores importantes que auxiliam neste processo: Honestidade, fale sempre a
verdade e assuma a responsabilidade por suas falhas. É muito melhor aprender com os erros
do que procurar um culpado para suas falhas; Sigilo, algumas informações de trabalho são
extremamente sigilosas. Respeite esta condição, mantendo o sigilo; Competência, cumpra sua

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função com comprometimento e consciência, visando o melhor resultado para a organização,
e não apenas o seu resultado pessoal; Prudência, respeite a hierarquia da sua empresa e não
interfira de forma negativa no trabalho de seus colegas; Humildade, reconheça o seu espaço e
o seu papel dentro da organização; Imparcialidade, aprenda a diferenciar as relações pessoais
das profissionais e considere sempre como prioridade a realização do seu trabalho.
Além disso, a intenção de um código de ética ajuda a alinhar interesses e bens em
comum, visando garantir a harmonia e o bom funcionamento nos mais diversos setores de

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uma empresa, seja ela grande ou pequena. Dessa maneira, todos podem se desenvolver em
uma empresa ou em uma profissão de modo harmônico e com diretrizes bem estabelecidas.

Algumas profissões contam com Conselhos de Representação que têm a


responsabilidade de criar Códigos de Ética específicos para cada área de atuação.
Eles estabelecem princípios ético-morais de determinada profissão, e preveem penas
disciplinares aos trabalhadores que não obedecerem aos procedimentos e normas de sua área,

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protegendo a sociedade de injustiças e desrespeito em qualquer esfera. Por isso, cabe ainda
aos Conselhos a função de fiscalizar o cumprimento dos Códigos de Ética.
Fique atento às normas estabelecidas em sua profissão. Independentemente de ter ou
não um Código específico, todas as profissões exigem o cumprimento de valores morais e
princípios éticos considerados universais como a honestidade, a competência e a
responsabilidade.
Os quatro princípios da ética profissional são:

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Autonomia: o princípio da autonomia diz respeito ao direito do paciente de tomar suas
próprias decisões, de acordo com suas crenças e valores pessoais. O profissional deve
respeitar essa autonomia e fornecer informações precisas e claras para que o paciente possa
tomar decisões informadas.
Beneficência: este princípio implica que o profissional deve sempre agir no melhor
interesse do paciente. Isso significa que o profissional deve fazer o que pode para promover o
bem-estar do paciente, evitando causar danos.

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Não-maleficência: o princípio da não-maleficência exige que o profissional evite
causar danos ou malefícios ao paciente. Isso significa que o profissional deve tomar medidas
para evitar que os pacientes sejam prejudicados, e que qualquer tratamento ou intervenção
seja cuidadosamente avaliado quanto aos possíveis riscos e benefícios.
Justiça: o princípio da justiça exige que o profissional trate todos os pacientes de
forma justa e imparcial, sem discriminação. Isso significa que o profissional deve distribuir os

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recursos de forma equitativa, levando em consideração a necessidade e a capacidade dos
pacientes de receber tratamento.
Esses quatro princípios formam a base da ética profissional em várias áreas, incluindo
medicina, direito, engenharia, entre outras.
Você sabe que todas as empresas ou organizações seguem os padrões éticos
profissionais ditados pelo senso comum. Mas, muitas vezes, elas acabam criando suas

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próprias regras para garantir o bom funcionamento dos processos de trabalho e o alcance dos
seus objetivos estratégicos.
Quanto maior a instituição, mais necessário se faz a adoção do Código de Conduta
Ética Organizacional, um instrumento que padroniza os procedimentos de trabalho e
estabelece regras e valores de conduta para todas as áreas, de forma igualitária. Se você pensa
em trabalhar numa grande empresa, provavelmente terá contato com este documento.

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O Código de Ética Organizacional propõe o cumprimento obrigatório das normas
estabelecidas pela instituição, apesar de a ética não ser coactiva, ou seja, o seu
descumprimento não implica em penas legais.
O processo de elaboração do Código envolve a participação de trabalhadores de
diferentes setores, para tornar o documento acessível e adequado a todas as áreas, da forma
mais democrática possível.

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Geralmente é conduzido pelo departamento de Recursos Humanos das empresas, com
a formação de um Comitê de Ética, ou desenvolvido por uma Consultoria externa contratada.
É comum que todos os funcionários recebam uma cópia do documento, como
instrumento de trabalho, e sejam orientados a consultá-lo regularmente, recorrendo aos líderes
apenas em caso de dúvida.
Muitos Códigos de Conduta Ética Organizacional preveem ainda um espaço ou um
canal de comunicação próprio para denúncias, onde os funcionários da empresa podem

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relatar, de forma anônima, fatos relacionados ao descumprimento das normas estabelecidas
que tenham sido observados dentro do ambiente de trabalho ou na relação com clientes, por
exemplo. Dessa forma, a fiscalização em cima de quem ignora a ética profissional acontece de
maneira mais precisa.

3.2 CODIGO DE ÉTICA NAS AMERICANAS

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As Lojas Americanas S.A possui um Código de Ética e Conduta, onde todos os
colaboradores, Gestores e Fornecedores e até os clientes, estão obrigados a segui-los. Todo
associado é responsável por seus atos dentro das dependências da Companhia e durante o
exercício do seu trabalho. Cada um tem o compromisso de conhecer e respeitar as leis e
normas vigentes, aplicáveis às suas atividades, bem como os procedimentos internos da
Companhia.

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A reputação organizacional é um bem construído ao longo do tempo, mas que pode ser
destruído de uma só vez. Desta forma, todos devem agir de acordo com os melhores interesses
da Companhia, colocando em prática, no ambiente de trabalho, os valores e princípios da
Cultura Corporativa. Mantenha um padrão de conduta em eventos oficiais e sempre que trajar
roupas, crachás e outros objetos que o identifiquem como associados. Além disso, o mesmo
padrão de conduta é esperado nas interações com clientes, fornecedores, outros associados,

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mercado e a sociedade em geral, seja por meio físico ou virtual. Assegure-se, em todos os
momentos, de que suas opiniões pessoais não se confundam com as da Companhia.
A Companhia busca ser reconhecida pelos associados como fonte de aprendizado e de
desenvolvimento constantes. Para isso, oferece treinamentos voltados ao aprimoramento das
competências necessárias para o dia a dia do negócio e incentiva fortemente que todos os
associados frequentem cursos de ensino superior, de extensão, de pós-graduação e de idiomas.

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A Cultura Corporativa valoriza a disseminação de conhecimento, novos treinamentos
e projetos on the job são criados sempre com o objetivo de capacitar os associados para a
dinâmica do varejo.
A preservação da saúde e integridade física dos associados é uma preocupação
constante. A Companhia se compromete com os procedimentos e instruções que regulam e
preservam a segurança e a saúde no trabalho, e cumpre rigorosamente as leis e normas
relativas à Segurança e à Medicina do Trabalho.

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A Companhia acredita que a diversidade contribui com diferentes visões de mundo e
enriquece o trabalho, fazendo com que o atendimento a todos os clientes seja cada vez
melhor. São intoleráveis quaisquer formas de discriminação, incluindo as relacionadas a:
Etnia; Origem; Gênero; Orientação Sexual; Crença religiosa; Convicção política ou
ideológica; Condição de sindicalização; Classe Social; Presença de deficiência; Estado civil;
Idade. Tal princípio ou orientação aplica-se não só ao recrutamento, como também a todas as

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decisões relativas à formação, promoção, vínculo laboral e condições de trabalho no geral. E
entre outras diretrizes que estão no código de ética e conduta da Lojas Americanas.

4. AUDITORIA E ATIVIDADES PERICIAIS

A auditoria em segurança do trabalho é essencial para qualquer empresa que deseja


crescer de forma sustentável e dentro da legislação. Trata-se de um procedimento realizado
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com o intuito de averiguar de forma precisa o atendimento às exigências relativas aos
processos gerenciais e operacionais.
Ele é feito por meio de preceitos definidos por normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), Normas Regulamentadoras (NR’s), Segurança e Saúde no
Trabalho (SST) e demais parâmetros.

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Por meio da auditoria é possível identificar os fatores que estão fora das
conformidades nas operações em geral e pontos que elevam as possibilidades de doenças
ocupacionais ou acidentes no ambiente laboral.
Esse procedimento é importante para que a companhia consiga realizar uma
autoavaliação e elaborar um planejamento com a finalidade de adequar tudo aquilo que não
está dentro dos padrões de conformidade. A auditoria precisa ser executada por profissionais
qualificados e com conhecimentos específicos em relações aos itens que serão auditados.

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É realizada por auditores, que não podem estar envolvidos com a tarefa que se
encontra em processo de auditoria. O auditor deve orientar o gestor da organização para que
ele atenda às imposições presentes nas normas. Assim, em caso de perícias, há a garantia de
que tudo esteja funcionando adequadamente.
Uma auditoria pode ter vários objetivos e ser dividida em três tipos. Veja quais são:
Auditoria interna: dirigida pela própria empresa com o fito de aprimorar o seu
desempenho e eliminar as não conformidades de SST;

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Auditoria de segunda parte: estabelecida pela instituição a uma subcontratada
(prestador ou fornecedor de serviços) com o objetivo de encontrar as não conformidades
existentes;
Auditoria externa: conduzida por empresas externas independentes e autorizadas para
efeitos de certificação.
Uma auditoria eficiente pode ser feita da seguinte maneira:

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Organização: engloba a criação de um plano de auditoria, informando a finalidade da
auditoria, critérios e documentos que serão usados como base para o processo, objetos a
serem auditados, data, local e checklist;
Efetivação: emprego do checklist, contendo as observações e o registro de indícios
(documentação, vídeos, fotos, entre outros);
Criação do relatório: onde constará a descrição das atividades executadas, não
conformidades encontradas, evidência e plano para sanar os problemas.

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OA auditoria gera um olhar crítico e minucioso em relação às operações
desenvolvidas, funcionários e o local de trabalho. Os principais critérios avaliados:
Função: riscos das atividades praticadas pelos funcionários e cumprimento das
medidas preventivas;
Equipamentos e ferramentas: inspeção para encontrar eventuais falhas, averiguar a
manutenção dos aparelhos, se existe o fornecimento de equipamentos de proteção individual e
coletiva e se estes estão vencidos;

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Ambiente laboral: adequação da infraestrutura em relação às instalações elétricas e
sanitárias, níveis de ruídos, iluminação, temperatura e ergonomia, promovendo mais
qualidade para o trabalho do time;
Funcionários: nível de entendimento em relação aos riscos da atividade, cumprimento
da utilização dos equipamentos de proteção individual, treinamento adequado para o
desempenho das funções;

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Periodicidade: não existe um período mínimo para que a auditoria seja feita. Porém, o
ideal é que ela seja realizada com certa frequência, por exemplo, a cada seis meses ou um ano.
Uma auditoria bem-feita traz inúmeros benefícios para a companhia, melhora o
ambiente de trabalho; diminui os riscos de acidentes e doenças do trabalho; subsidia a
priorização de medidas de segurança do trabalho; minimiza os custos operacionais; aumenta a
eficiência dos processos internos; registra as ações de segurança do trabalho, reduzindo as
multas e demais penalidades aplicadas pelas agências fiscalizadoras etc.

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4.2 AUDITORIA E PERÍCIA NA EMPRESA AMERICANAS EM MEIO AS
CRISES

Diante da crise recente das Lojas Americanas e de novas informações sobre o tema,
algumas perguntas surgiram: as auditorias não identificaram esses problemas? Como foi
possível passar tamanhos rombos?

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Para entender melhor, esse caso em específico gerou dúvidas sobre os mecanismos de
controle e contabilidade utilizados. Nesse episódio, o ex-CEO Sérgio Rial anunciou
inconsistências nos balanços da empresa, que chegavam a R $ 20 bilhões. A crise levou à
queda de cerca de 80% das ações da empresa, e as dívidas logo atingiram R $ 43 bilhões,
sendo posteriormente revisadas para R$ 47,8 bilhões.
A principal causa do prejuízo, segundo Rial, foram as operações de “risco sacado”, em
que empréstimos bancários eram utilizados para pagar fornecedores. Essas dívidas não foram

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devidamente registradas nos resultados financeiros da empresa, e a auditoria feita pela
consultoria PwC também não identificou essas irregularidades.
A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial, e os bancos credores, como
Santander, Itaú, Safra e BTG Pactual, foram questionados a respeito da operação de “risco
sacado” durante a auditoria. As falhas nas auditorias independentes também foram apontadas,
levantando questões sobre a eficiência dessas empresas e seu papel na detecção de
irregularidades contábeis.

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Além disso, houve falhas nos controles internos da Americanas, permitindo que o
rombo bilionário fosse escondido dos diretores e executivos. A venda de ações por membros
da diretoria no fim de 2022 também levantou suspeitas de uso de informações privilegiadas.
O processo de recuperação judicial foi iniciado para garantir que a empresa possa honrar seus
compromissos. No entanto, é provável que ocorram demissões durante o processo. A
Americanas enfrentará dificuldades de acesso a crédito e possíveis problemas com
fornecedores e parceiros comerciais.

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A crise da Americanas teve um grande impacto no mercado financeiro, com queda no
valor das ações e saída de investidores. Fundos e debêntures que utilizavam ações da empresa
também foram afetados negativamente.
Augusto da Audcorp explica que toda ação gera uma reação. “Após os casos recentes
de inconsistências ou erros contábeis com possível responsabilidade sendo atribuída às
auditorias, muito se tem comentado e aumentam as discussões a respeito do papel dos

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auditores nas empresas e sua relevância para stakeholders do mercado de capitais, tais como
sócios, investidores, credores, governo e outros”.
Em decorrência disso, as normas profissionais de auditoria no que se refere às
questões inerentes à condução dos trabalhos a serem implementados pelos auditores, as
responsabilidades e o julgamento profissional, as avaliações inerentes aos riscos, entre outros
aspectos, deverão ser adotadas com um maior rigor sob a ótica dos órgãos fiscalizadores
responsáveis pela profissão.

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5. CONCLUSÃO

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6. REFERENCIAS

https://www.sesipr.org.br/informacoes-sst/servicosemsst/voce-sabe-por-que-e-tao-importante-
fazer-a-gestao-de-sst-1-38731-469918.shtml
https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/347dba24-05d2-479e-a772ea8677c50f2/8dba3b4d-
6477-c3c3-986e-483ad167dcc3?origin=1
codigo-de-etica-15-singlepages.indd (canaldedenuncias.com.br)

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Como a auditoria não identificou a fraude no balanço das Americanas?
(revistaempreende.com.br)

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