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RESUMO
Muito se fala em segurança no trabalho, mas pouco se faz para que realmente seja seguro
e não forneça risco à saúde e a vida do colaborador. Nesta perspectiva o objetivo deste
estudo é avaliar as condições de segurança no ambiente de trabalho, verificar o
fornecimento, controle e o uso dos equipamentos de proteção como sugerido nos
programas ocupacionais. Realizou-se a pesquisa qualitativa e o instrumento utilizado para
a coleta de dados foi o questionário. Percebeu-se que os equipamentos fornecidos e o
ambiente de trabalho são inadequados oferecendo riscos à segurança dos colaboradores
na execução de suas atividades, além do mau planejamento e elaboração dos programas,
refletindo na elaboração da Ordem de Serviço de Segurança e no fornecimento dos
Equipamentos de Proteção Individual gerando divergências de informações afetando os
trabalhos. Como conscientização aos colaboradores para prevenção de acidentes e
doenças futuras, sugerimos palestras, pois, quando se sentem seguros trabalham com
eficácia a empresa terá maior produtividade, além de seu quadro de colaboradores ativo.
1 INTRODUÇÃO
1
Pós-graduando do curso de Especialização Lato Sensu em Gestão de Pessoas, do Programa de Pós-
Graduação da Faculdade Sul Brasil – Fasul.
2
Professor orientador do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Sul Brasil – Fasul.
2
Para administrar devemos seguir alguns passos para que sejam alcançados os
planos e objetivos traçados de forma correta e com melhores resultados. Assim
antecipando eventos futuros e seguindo um planejamento.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Por este motivo é de suma importância que ambas as partes estejam andando
conjuntamente, ou seja, cientes das NR’s (Normas Regulamentadoras) a empresa fornece
EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) e EPC’s (Equipamento de Proteção
Coletiva), o colaborador por sua vez o utiliza de forma correta. Além de ter conhecimento
sobre os programas PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO
(Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). Conforme descrito acima e de
acordo com TAVARES (1995, p. 57 e 58).
NR 6 – EPI (Equipamento de Proteção Individual), com finalidade de proteger
o trabalhador de lesões que possam ser provocadas por agentes diversos,
presentes no ambiente de trabalho. NR 9 – PPRA (Programa Prevenção de
Riscos Ambientais), estabelece a elaboração e implementação visando a
preservação da saúde e integridade física do trabalhador, por meio de
antecipação reconhecimento, avaliação e consequentemente controle das
ocorrências de riscos ambientais existentes. NR 7 – (PCMSO) Programa
Controle Médico de Saúde Ocupacional), com objetivo de preservação da
saúde, onde os empregados são obrigados á realizar exame médico por conta
do empregador nas condições estabelecidas.
Porém, neste momento serão analisadas suas causas apenas com foco ao acidente
de trabalho motivado quanto à responsabilidade empresarial.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em relação aos treinamentos, pudemos verificar que estes são executados pela
empresa.
Treinamentos
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Recebeu Recebeu Não recebeu
Treinamento Treinamento nos Treinamento
Admissional Últimos 6 messes
Ambiente de Trabalho
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Cientes Talvez Não
80%
60%
40%
20%
0%
São suficientes Não é suficiente As vezes
Analisando o gráfico 03, percebeu-se que noventa por cento dos colaboradores
responderam que os EPI’s que a empresa fornece para executar suas atividades são
suficientes para que sua vida não esteja em perigo.
Dez por cento dos colaboradores acreditam que os EPI`s fornecidos não são
suficientes, destacam outros que auxiliariam a minimizar os riscos, um exemplo citado
foi o fornecimento de abafador ao invés de somente o protetor auditivo, pois segundo eles
o mesmo não é suficiente para minimizar os ruídos em determinados lugares que estão
prestando serviços. Ao verificar o PPRA percebeu-se que não sugerem o fornecimento
dos abafadores, mas pode ser uma falha no momento em que estão levantando os riscos
para a elaboração dos programas.
A maioria dos trabalhadores sugeriu na pergunta aberta que a empresa adquirisse
EPI’s de mais qualidade, pois, os equipamentos individuais atuais devido ao seu desgaste
natural em pouco tempo acabam tendo que ser realizada a troca. E esse procedimento de
troca de EPI’s devido ao vencimento do CA (Certificado de Aprovação) ou sobre sua
utilização, acaba não acontecendo ou ainda passando do prazo. Sendo este o momento
em que os colaboradores possuem mais assertividade dos riscos à sua saúde e a vida,
podendo ocasionar acidente de trabalho, devido a negligência estes equipamentos sob
responsabilidade da empresa.
Conforme NR 6.1 considera-se Equipamento de Proteção Individual, todo
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. O artigo 207 da CLT,
por sua vez, assim orienta:
Deverão ser adotadas providências no sentido de eliminar ou atenuar os ruídos,
vibrações ou trepidações incômodos ou prejudiciais à saúde, produzidos nos
locais de trabalho.
montador que são sugeridas a entrega de protetor facial e avental de raspa, porém, em sua
ficha de EPI não contem o recebimento dos mesmos.
Sugerimos um planejamento antecipado para a elaboração dos programas
ocupacionais. O técnico responsável pela elaboração do PPRA deverá receber da empresa
a ficha de registro atualizada, descrição dos cargos e fazer um visita aos locais de trabalho
para identificar os riscos que vão estão expostos e verificar os EPI’S que serão necessários
para cada função. E não simplesmente utilizarem as informações dos anos anteriores para
renovação do programa.
Com essas divergências de informações, a empresa mantém seus funcionários
com desvios de função, não utilizando os equipamentos corretos, pois, não está de acordo
com a atividade que ele executa.
Outro fator que acarretará em possíveis problemas é na realização dos exames,
por estar em funções diferentes podem deixar de realizar exames que são necessários ou
na periodicidade correta. Quando se tem um programa ocupacional correto e as medidas
preventivas sugeridas é seguida a empresa possivelmente não terá problemas futuros.
A carga excessiva de trabalho pode causar risco a segurança do colaborador, pois,
ao trabalhar diversas horas interruptas, acaba tendo foco em executar as atividades com
agilidade e acaba se esquecendo de sua própria segurança.
Acidentes no Trabalho
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sim Não
Doenças do Trabalho
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Sim Não
80
60
40
20
0
Sim Não Talvez
citados na NR09 (Lei N°6514 de 22/12/1977, Portaria n° 3214 de 08/06/1978), bem como
os procedimentos de aplicação da NR06 Equipamento de Proteção Individual EPI entre
outras normas que possam vir a indeferir na atividade a ser executada.
As atividades executadas pelos colaboradores devem ser as mencionadas na
Ordem de Serviço que lhe fora apresentada no momento da contratação, noventa por
cento dos entrevistados relataram que as atividades são coerentes e dez por cento talvez.
Esse percentual do talvez possa ser aqueles colaboradores que tem desvio de função, em
certos momentos executam funções a mais ou não realizam as funções que está descrito
na OSS.
Os colaboradores não tem acesso à descrição de sua função que está no programa,
por este motivo, acredita que está de acordo a OSS, por isso que o percentual do gráfico
aponta elevado índice de colaboradores que acreditam que a ordem de serviço está de
acordo com a função executada.
Para atingir tal objetivo deve ser realizada definição e atendimento aos
procedimentos e a política preestabelecida com implementação de programas e
identificação preventiva, graduação e sinalização dos riscos, monitoramento das ações
corretivas e preventivas, inspeção periódicas preventivas e corretivas, mapeamento dos
acidentes e doenças ocupacionais, além de estímulo à participação efetiva de todos os
funcionários para atingir os objetivos propostos, podendo ser analisada pelo APR-
(Investigação de acidente e análise preliminar de riscos), com objetivo de registrar,
investigar e prevenir a ocorrência de acidentes, incidentes e outras condições de riscos
indesejáveis, atendendo-se aos aspectos legais da saúde e segurança ocupacional
(SCALDELAI; OLIVEIRA; MILANELI; OLIVEIRA; BOLOGNESI, P. R, 2012, p. 98).
Um elemento importante a favor da segurança, da saúde e da melhoria contínua
das condições de trabalho é a informação. A empresa deve possuir mecanismos internos
para divulgar objetivos, indicadores de desempenho e resultados, estimulando a
participação dos trabalhadores.
Uma informação bem elaborada contribui para a conscientização de saúde e
segurança de todos os trabalhadores. Além da informação, devem-se criar mecanismos,
como caixas de sugestões, permitindo que os trabalhadores apresentem suas propostas,
reconhecendo as que foram implementadas na pratica e premiando ou comemorando boas
ideias.
21
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
MARRAS, Jean Pierre. Gestão de pessoas em empresas inovadoras. São Paulo; Futura,
2005.