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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 3
2 INTRODUÇÃO À HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO ....................... 4
2.1 Higiene Ocupacional....................................................................................... 6
2.2 Segurança do Trabalho .................................................................................. 8
3 ACIDENTES DO TRABALHO E SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL
11
4 RISCOS AMBIENTAIS ................................................................................. 15
4.1 Ambiente de Trabalho .................................................................................. 16
4.2 Fatores que Influenciam o Ambiente de Trabalho ........................................ 16
4.2.1 Fatores Meteorológicos e Topográficos ................................................. 17
4.2.2 Condições Ambientais de Trabalho ....................................................... 19
4.2.3 Espaço Confinado ................................................................................. 20
4.2.4 Fatores Emocionais ............................................................................... 24
4.3 O Mapa de Riscos ........................................................................................ 25
4.3.1 Metodologia ........................................................................................... 25
5 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES .............................................. 27
6 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS ............................................... 29
7 MEDIDAS DE PROTEÇÃO .......................................................................... 30
7.1 Adoções de Medidas de Segurança ............................................................. 30
7.2 Medidas de Proteção Administrativa ............................................................ 31
7.3 Medidas de Proteção Coletiva ...................................................................... 31
7.4 Medidas de Proteção Individual .................................................................... 32
7.4.1 Definição de EPI .................................................................................... 33
7.4.2 Responsabilidade de Empregadores, Empregados, Governo e
Fabricantes ......................................................................................................... 35
7.4.3 Classificação dos EPI’s ......................................................................... 37
7.5 Sinalização de Segurança - NR 26 ............................................................... 40
7.5.1 Cor na Segurança do Trabalho.............................................................. 40
7.5.2 Sinalização de Substâncias Perigosas .................................................. 44
8 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 46
1 APRESENTAÇÃO

Prezado aluno,

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora
que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!
2 INTRODUÇÃO À HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Fonte: https://www.pinterest.pt/

Nos últimos tempos, a preocupação com a higiene e a segurança no trabalho,


tem se destacado entre as empresas, mas, no Brasil em especial, infelizmente ainda
são registrados uma grande quantidade de acidentes e de doenças relacionadas
com o trabalho, diante disso, são realizados estudos e debater com o intuito de se
criar e implantar ações e leis que venham reduzir esses índices e proporcionar uma
melhor condição laboral e qualidade de vida aos colaboradores das empresas.
Os progressos na saúde e segurança do trabalho, não são de
responsabilidade de apenas uma pessoa, mas sim, é preciso que cada um tenha a
responsabilidade em fazer sua parte, prevenindo acidentes e doenças
ocupacionais, por essa ser uma área delicada, voltada a saúde do trabalhador, é
considerada de extrema importância e para que se alcance um crescimento e
resultados positivos, é preciso um esforço e a colaboração coletiva.
O Ministério do Trabalho (MTE), disponibiliza um material de apoio voltado à
saúde do trabalhador, neste material é reforçado o que já foi dito aqui com muito
mais, nele é afirmado que trabalhadores, seja individual ou em coletivo nas
organizações, se considera sujeitos e partícipes das ações de saúde. Essas ações
incluem os estudos das condições de trabalho, a identificação dos mecanismos de
intervenção técnica para melhoria e adequação necessária, além do controle dos
serviços de saúde prestados. É realizado uma rápida abordagem da principal ideia
da legislação referente à higiene e saúde no trabalho, é constatado que o
empregador é a pessoa responsável pela proteção e pela saúde da empresa, já os
empregados por sua vez, são responsáveis em colaborar, fazendo sua parte e
respeitando a regulamentação, instruções e normas voltadas à segurança, aderindo
aos procedimentos seguros de trabalho, com atitudes preventivas e comunicando
toda e qualquer situação de trabalho que coloque em risco a segurança e a saúde.
Nos dias atuais, as organizações modernas destacam que seu sucesso é
diretamente relacionado com a boa qualidade das condições de trabalho, que são
promovidas por seus empregadores e colaboradores, ainda conforme a inspeção
geral de atividades em saúde (IGAS, 2018), a motivação dos trabalhadores pode
ser aumentada, mediante as boas condições de segurança e saúde no trabalho, o
que consequentemente leva a um potencial aumento de competitividade,
produtividade e na redução de faltas com a redução de ocorrências dos acidentes
e doenças ocupacionais.
Para Marques (2017), é necessário que seja fornecido aos trabalhadores,
toda segurança necessária, por parte da empresa, para que seja possível exercer
suas funções sem quaisquer prejuízos a própria saúde. Com essa idealização, os
conceitos dos fatores higiênicos, foram criados com intuito de oferecer um ambiente
seguro para trabalhadores em diferentes aspectos.
2.1 Higiene Ocupacional

Fonte: https://hospitalsantamonica.com.br/

Inicialmente a palavra higiene se refere as noções de limpeza corporal e ao


cuidado básico com a saúde do corpo, apesar de que isso faz parte do conceito,
seu significado não se restringe apenas nisso, quando se fala em higiene
ocupacional, outros aspectos são envolvidos, os quais serão mencionados a seguir.
Para se basear melhor neste assunto, será usado o conceito de higiene
apresentado por Marques (2017), que foca a origem da palavra, que é derivada do
nome da deusa grega da saúde, Hygeia, seu pai e irmã eram ligados diretamente
ao tratamento de doenças, mas Hygeia, tinha sua preocupação voltada à
preservação da boa saúde e prevenção das doenças e então vem o significado
usado na expressão higiene ocupacional, um pouco diferente do conceito utilizado
diariamente. De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, são três, os aspectos
primordiais que contemplam o contexto da higiene no ambiente de trabalho:
1. Saúde mental: conforme a própria nomenclatura da palavra, está
diretamente relacionado à saúde mental dos funcionários e a todos os aspectos que
podem interferir de modo negativo, além de promover ações para evitar problemas
como o estresse. A franqueza e as atitudes podem causar situações de pressão
mental.
2. Saúde física: diz respeito à integridade física do trabalhador no
desempenho de suas funções, prevenindo o tipo de trabalho realizado que lhe
cause lesão ou qualquer tipo de doença ocupacional e também reforça a
importância de ações preventivas, como saúde e qualidade de vida do trabalhador
e programas de aptidão ocupacional.
3. Saúde social: neste sentido, tem o intuito de proporcionar ao colaborador
um ambiente de trabalho com a possibilidade de se transitar pelos setores de modo
harmônico, mantendo um bom relacionamento entre os colaboradores. Se destaca
a importância de criação das ações para que seja propagado o trabalho em equipe,
a cooperação, a interação e o auxílio mútuo entre os colaboradores. Dessa maneira,
é visível que a higiene ocupacional tem grande importância e vai além de apenas
hábitos e cuidados com higiene pessoal e saúde física. Há um conjunto de
elementos envolvidos de modo direto com a higiene ocupacional que precisam ser
promovidos, não apenas pelos colaboradores, mas como também pelos gestores e
empresários, é um trabalho que para se obter um real bom resultado, é preciso ser
desenvolvido em conjunto.
2.2 Segurança do Trabalho

Fonte: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/

Antes de tratar sobre o termo segurança do trabalho, o qual possui ligação


direta com a higiene ocupacional, é necessário revisar de modo sucinto o histórico
do trabalho na vida das pessoas. De acordo com registros históricos, o trabalho está
presente desde os primórdios da nossa espécie, apesar de não ser da mesma
maneira nem com os mesmos objetivos atuais. Mediante o estudo da história da
nossa espécie até os tempos da Revolução Industrial, um marco que alterou de
maneira drástica o sistema de trabalho e produção, informações sobre a saúde dos
trabalhadores e sobre o ambiente em que trabalhavam, são escassas. Nos tempos
antigos, o esforço realizado pelo trabalhador para garantir sua existência e
sobrevivência, era o principal motivador das doenças ocupacionais, com o passar
do tempo, mediante a estratificação da sociedade, o trabalho comum era realizado
pelos escravos, que eram os povos dominados por outros povos. (Mendes, 1991,
apud Anjos et al. 2004).
De acordo com Ferreira e Peixoto (2012), no decorrer da história, o ser
humano esteve frequentemente exposto aos riscos, mas foi a partir da Revolução
Industrial, com a criação de máquinas a vapor, alguns dos riscos aumentaram, e
segundo informações, alguns riscos indiretos sofreram grande diminuição, com a
criação das máquinas para substituir os trabalhos artesanais, a produtividade se
multiplicou.
Deu-se início a produção em grande escada, com a utilização de novas
tecnologias, vale ressaltar que as condições de trabalho dessa época eram
precárias, trabalhadores trabalhavam em grandes jornadas, até mesmo de 16 horas
ao dia, consequentemente o número de acidentes no trabalho, doenças, mortes,
mutilações, cresceram drasticamente. Mediante toda essa situação de caos,
surgiram as primeiras leis e os estudos voltados à proteção, saúde e integridade
física dos trabalhadores. Segundo Luxon (1984, apud ANJOS et al., 2004), devido
o trabalho de semiescravidão realizado no período da Revolução Industrial, vieram
muitas reinvindicações trabalhistas, através de diversos movimentos sociais, o que
levou os políticos e legisladores a introduzirem as medidas legais. Temos o exemplo
da Inglaterra, que em 1802, foi introduzido uma multa pelo Parlamento, com o intuito
de controlar as condições de trabalho, previsto na então chamada “Lei da Saúde e
Moral dos Aprendizes”. Essa lei atendia as orientações do Conselho de Saúde de
Manchester, reunido em 1796, que por fim, passou a ser ineficaz devido a ausência
de fiscalização para o cumprimento e pagamento das multas, é perceptível que o
ser humano, nesse contexto histórico, demonstrou, mesmo que mínima, uma
preocupação com a saúde a segurança dos trabalhadores, em algumas épocas
demonstraram de maneira mais tímida já em outras, de maneira efetiva, como
atualmente.
Ao longo da história, diferentes tipos de doenças surgiram, com
consequências graves à saúde e à integridade física dos trabalhadores, sem contar
os diversos acidentes que ocorriam. Com tudo isso, aumentou o interesse em
estudar esses problemas, com objetivo de encontrar as raízes dos problemas e
amenizar suas consequências para os trabalhadores e para as empresas. Sendo
assim, é fato que uma grande mudança aconteceu e uma evolução nas relações do
ser humano com o trabalho, apesar que atualmente ainda se existem muitos
problemas nos ambientes de trabalho que poderiam ser evitados, se comparando
as melhorias com outros é evidente o avanço.
Os autores Ferreira e Peixoto (2012), destacam o desenvolvimento
econômico e sua ligação direta com a qualidade de vida no trabalho, assim, é
necessária uma transformação nas empresas comuns para se tornarem empresas
modernas e comprometidas com o país, a comunidade e seus colaboradores, é
necessário que se realize um investimento de um desenvolvimento de ações
preventivas de higiene, saúde e qualidade de vida de modo geral.
Esse processo que passamos de evolução tecnológica até o momento,
trouxe diversos benefícios, um conforto e desenvolvimento, mas infelizmente, novos
riscos acompanham esse processo. São grandes os benefícios ao ser humano com
as ações e o desenvolvimento do trabalho, o que é incontestável, mas é preciso ser
estudado, os diferentes fatores que envolvem a produção e os serviços que podem
ser negativos à segurança individual e coletiva dos trabalhadores. Sendo assim, se
observa que a evolução pelo mundo do trabalho é dinâmica e mesmo que já se
tenha registrado grandes ganhos no campo da segurança no trabalho, ainda se tem
muito a avançar. Os números estatísticos apresentados de doenças, casos de
incapacidade laboral e até mesmo de morte, são altos, mas o ideal é que seja
alcançado o zero, mesmo que seja algo quase impossível. De qualquer forma, é
preciso que se tenha uma diminuição drástica nos números de casos das doenças
voltadas ao trabalho, afastamentos, acidentes e mortes.
3 ACIDENTES DO TRABALHO E SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL

Fonte: https://www.statusseguros.com/

O número de acidentes ocupacionais e a segurança do trabalho, no Brasil,


infelizmente são assuntos que causam grande preocupação e é necessário que
sejam avaliados e tratados com grande atenção. Mesmo que existem leis que foram
criadas com intuito de proteger o trabalhador e causar uma redução nos índices de
afastamento, doenças e mortes no ambiente de trabalho, muito se tem a melhorar
nesses quesitos. Conforme dados do Observatório de Segurança e Saúde no
Trabalho do Ministério Público do Trabalho, que foram citados por Moreno (2019),
é registrado no Brasil, um acidente laboral a cada 49 segundos, são registrados
uma média de que a cada 100 mil pessoas trabalhando no mercado de trabalho
formal, 06 morrem, esses dados reforçam a urgente necessidade de mudanças no
setor laboral e a importância de se desenvolver ações laborais preventivas. Com
análise das informações apresentadas, é nítido que as condições de segurança e
de saúde no trabalho no Brasil, infelizmente não estão próximas de alcançar o ideal,
sendo de extrema necessidade a fiscalização sobre as empresas. Referente à este
assunto, Moreno (2019), destaca que possivelmente, o número real de acidentes
de trabalho seja muito superior, ao que é registrado, pelo fato de que muitas
empresas não abrem um comunicado de acidente de trabalho, para não gerarem
provas contra si mesmos, com isso infelizmente esses acidentes não entram na
contabilização das estatísticas nacionais.
O autor Filgueiras et al. (2017), a repetição de acidentes pelo país é
acompanhada por um índice de mortes em relação à população trabalhadores, mais
alta mediante comparação com outros países, como por exemplo, os países
europeus, mesmo os mais pobres, ao se comparar com as nações capitalistas
centrais como por exemplo, o Reino Unido, ficam ainda mais evidentes as piores
condições de acidentalidade.
A seguir, temos um panorama de uma série histórica dos acidentes de
trabalho, entre os anos de 2002 à 2020.

Gráfico 1 - Panorama de acidentes de trabalho e óbitos. Fonte: Ministério Público do Trabalho


(MPT) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). 2021.
Os autores Ferreira e Peixoto (2012), informam que os acidentes
ocupacionais, podem ser subdivididos em três grupos:
1. Acidente típico: o que acontece no ambiente e durante o trabalho,
considerado algo inesperado, violento e ocasional, ocasionando no
trabalhador uma incapacidade na execução de seu trabalho, como por
exemplo: batidas, quedas, queimadura, o contato com produtos químicos,
choques elétricos, etc.

Figura 1 - O perigo de se carregar pesos acima do permitido.

Na figura acima, pode se observar o risco de carregar itens acima da


quantidade segura ao colaborador e condições que ocasionam insergurança no
ambiente laboral, situações essas que podem levar à acidentes típicos no ambiente
de trabalho.
2. Acidente de trajeto: é quando o empregado sofre um acidente em seu
percurso de casa ao local de trabalho ou o contrário, independente do
meio de locomoção, inclusive quando se está em veículo próprio.
Apenas deixa de ser acidente de trajeto, nos casos em que o empregado
desvie seu caminho por motivos pessoais.
Figura 2 - Meio de transporte comum entre os trabalhadores.

3. Doenças ocupacionais: são as doenças oriundas do trabalho, divididas


em doenças profissionais e doenças do trabalho.
• Doença profissional – Decorrentes da exposição dos trabalhadores à
agentes físicos, químicos, ergonômicos e biológicos, portanto, da própria relação
elaborada pelo MTE e pela Previdência Social (Anexo II do Decreto nº 2.172/97),
um exemplo de doença profissional, é a lesão por esforço repetitivo.

Figura 3 - Exemplo de esforço repetitivo.


• Doenças do trabalho – São aquelas desencadeadas a partir do estado
inadequado de trabalho, para isso, de acordo com a legislação, se torna necessário
a comprovação de que foram adquiridas em consequência direta do trabalho, temos
como exemplos dessas doenças, o estresse, dores lombares, fadiga, reações
alérgicas respiratórias, entre outras.

Figura 4 - Estresse decorrente dos ruídos ocupacionais.

4 RISCOS AMBIENTAIS

Fonte: https://www.chemicalrisk.com.br/
4.1 Ambiente de Trabalho

Podemos iniciar este tópico definindo como ambiente de trabalho todo


espaço, físico ou abstrato, que, ao interagir com o trabalhador, influencia-o de
maneira positiva ou negativa, alterando seu estado físico, psíquico e social.
Outros autores definem bem esse tema como “um conjunto de fatores
interdependentes, materiais ou abstratos, que atua direta e indiretamente na
qualidade de vida das pessoas e nos resultados dos seus trabalhos” (WADA, 1990).
Todo ambiente de trabalho é composto por um conjunto de fatores
interdependentes. Quando um desses fatores, ou um conjunto deles, foge ao
controle, seja pelos níveis permitidos ou pelos processos que se desencadeiam, o
ambiente de trabalho torna-se suscetível de desenvolver as patologias do trabalho,
que podem ser citadas como acidentes do trabalho, doenças profissionais ou
doenças do trabalho.
Portanto, no ambiente de trabalho, necessitamos encontrar condições
capazes de proporcionar o máximo de proteção e, ao mesmo tempo, satisfação no
trabalho, e, quando existe essa combinação, com toda certeza resulta em aumento
significativo da produtividade, melhoria da qualidade dos serviços, redução do
índice de absenteísmo e diminuição drástica das doenças e dos acidentes do
trabalho.

4.2 Fatores que Influenciam o Ambiente de Trabalho

O ambiente de trabalho é o lugar onde o trabalhador passa a maior parte de


seu tempo, chegando a totalizar mais de 15 horas por dia, se considerarmos as
horas perdidas em trânsito de casa até o local de trabalho.
Por isso, o ambiente de trabalho merece especial atenção dos profissionais
do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT), os quais devem atentar para os diversos fatores aos quais os
trabalhadores ficam sujeitos diariamente, entre eles, os fatores meteorológicos, os
topográficos e os emocionais.

4.2.1 Fatores Meteorológicos e Topográficos

A atmosfera atua como meio de propagação da poluição do ar e como agente


de difusão dos poluentes. Desse modo, diversos são os fatores meteorológicos que
influenciam esse fenômeno, sobretudo os ventos, a temperatura e a umidade do ar,
bem como as precipitações (chuva, neve etc.).
Os regimes dos ventos são de primordial importância, pois a direção deles
determina para onde vai a poluição, e a velocidade será fator preponderante na
diluição das substâncias emitidas.
A relação entre a temperatura do ar e a temperatura dos gases emitidos influi
nas condições de dispersão vertical dos ventos. A umidade relativa do ar é muito
importante, porque dela dependem as reações de formação das neblinas; células
também influem de uma maneira acentuada, podendo ser consideradas importantes
fatos de alta depuração do ar.
Fatores como esses podem - não raras vezes - desencadear doenças que
estavam ocultas no organismo do funcionário, como é o caso das rinites alérgicas,
que têm seu aparecimento mais comum quando o trabalhador atua diretamente em
ambientes com poeira, ar seco etc. e que podem se agravar em caso de atividades
altamente insalubres, em virtude da poluição.
Os poluentes atuam diretamente na qualidade do ambiente e podem ser
classificados em:
• Primários: são aqueles emitidos diretamente de fontes identificáveis e estão na
atmosfera na forma em que são emitidos. Exemplos: poeiras em geral, compostos
de enxofre, monóxido de carbono, compostos orgânicos, compostos de hidrogênio
e compostos radioativos.
• Secundários: são produzidos no ar pela reação entre dois ou mais poluentes.
Exemplos: dióxido de enxofre, proveniente das atividades industriais (combustão de
óleos, operações de fusão, usinas de natureza tipicamente química) e neblina de
ácido sulfúrico.
• Fontes naturais de poluentes: vegetação, polens, solo, gotículas do mar e poeira.
A poluição pode ter as seguintes origens:
• Industrial: poluentes emitidos.
• Metalúrgica: monóxido de carbono, fumos, dióxido metálico, gás sulfuroso, fumos
de chumbo, cinzas.
• Manufatura e acabamentos de metais: fumos metálicos, poeiras da fundição,
névoas e vapores solventes.
• Mineração: gases explosivos, poeiras em geral, monóxido de carbono.
• Produtos alimentícios: substâncias cloríferas.
• Indústrias mecânicas: poeiras e névoas do departamento de acabamento,
fumaças e fumos no tratamento térmico.
• Indústrias de papel e papelão: sulfeto de hidrogênio, algumas partículas.
• Indústria de madeiras: poeira, solventes, fumaça das queimas de resíduos da
madeira.
• Química e farmacêutica: todas as formas de poluição do ar.
Figura 5 - A emissão de gases poluentes das indústrias é responsável pela liberação de milhares
de partículas sólidas no ambiente de trabalho e no meio ambiente.

4.2.2 Condições Ambientais de Trabalho

De acordo com a NR 17, que trata da ergonomia, as condições ambientais


de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam esforço
intelectual e atenção constantes, como salas de controle, laboratórios, escritórios,
salas de desenvolvimento ou análise de projetos, entre outros, são recomendadas
as seguintes condições de conforto:
• Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10.152, norma
brasileira registrada no Inmetro;
• Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23ºC;
• Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;
• Um ida de relativa do ar não inferior a 40%.
4.2.3 Espaço Confinado

Existem, porém, atividades profissionais em que os fatores mencionados no


tópico anterior (níveis de ruído, temperatura, umidade, iluminação etc.) chegam a
patamares extremamente desfavoráveis aos trabalhadores, e medidas de
prevenção devem ser adotadas para oferecer condições de segurança, higiene e
conforto no ambiente laboral, como é o caso dos trabalhos realizados em espaço
confinado.
De acordo com a NR 33 (Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços
Confinados), que tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para a
identificação de espaços confinados e o reconhecimento, a avaliação, o
monitoramento e o controle dos riscos existentes, esse ambiente de trabalho é
definido da seguinte forma:

Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para


ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e
saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes
ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
(BRASIL, 2019)

Os riscos de acidentes por motivo de explosão, incêndio ou asfixia são as


grandes preocupações em ambientes confinados, cujas condições de ventilação,
concentração de oxigênio e de substâncias tóxicas e perigosas devem ser avaliadas
antes das atividades e monitoradas continuamente, para a garantia de segurança
dos trabalhadores.
Como em qualquer atividade laboral, medidas de prevenção devem ser
adotadas para a salvaguarda dos profissionais, como equipamentos de proteção
coletiva (EPC) e individual (EPI), além do grande destaque, que são as medidas
administrativas de proteção, que restringem a entrada e a saída dos ambientes
confinados, mediante a supervisão presencial de um responsável treinado e por
meio de um rigoroso check list de condições especiais para a entrada na área, no
caso a Permissão de Entrada e Trabalho (PET).
Figura 6 – Sinalização para identificação de espaço confinado. Anexo da NR 33.

Entre outras tarefas, o supervisor de entrada deve desempenhar as


seguintes funções, conforme a NR 33:
• Emitir a PET antes do início das atividades;
• Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos
na PET;
• Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam
disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes;
• Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário;
• Encerrar a PET após o término dos serviços.
Em resumo, cabem ao empregador, conforme item 33.2.1 da NR 33, as
seguintes responsabilidades em relação ao trabalho confinado:
• Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;
• Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
• Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
• Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços
confinados, por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de
emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com
condições adequadas de trabalho;
• Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as
medidas de controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;
• Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a
emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo
constante no anexo II da NR 33;
• Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas
onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
• Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos
trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que
eles possam atuar em conformidade com a NR;
• Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de
condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e
• Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle
antes de cada acesso aos espaços confinados.
Figura 7 - Permissão de entrada e trabalho - PET. NR 33.
Figura 8 - Continuação da permissão de entrada e trabalho - PET. NR 33.

4.2.4 Fatores Emocionais

É natural que o trabalhador leve problemas pessoais para o ambiente de


trabalho. Não há como fingir que está tudo bem quando, na verdade, está passando
por problemas particulares que somente ele é capaz de dosar, saber realmente o
valor dessa angustia.
Esses fatores são, na maioria das vezes, os grandes responsáveis pelo
aumento do índice de absenteísmo (atrasos e faltas no trabalho), de doenças e
acidentes do trabalho. O profissional da área de segurança do trabalho deve atentar
a essas alterações e propor medidas que favoreçam a melhoria continua do
ambiente de trabalho para os empregados.

4.3 O Mapa de Riscos

O mapa de riscos é a representação gráfica de como os trabalhadores


percebem o seu ambiente de trabalho, a qual deve ser simples e objetiva, a fim de
que os trabalhadores mais leigos conseguirem interpretá-lo sem nenhum auxílio
técnico. Esse mapa tem como objetivos principais:
• Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da
situação da segurança e saúde no trabalho na empresa;
• Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de
informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas
atividades de prevenção.

4.3.1 Metodologia

A CIPA é a responsável pela elaboração do mapa de risco e deve receber


orientações e treinamento necessário para desenvolver tal fim. Também deve ouvir
os trabalhadores envolvidos quanto aos agentes que lhes causem desconforto, mal
estar, irritação, enfim, todo o fator que influencie negativamente a sua relação com
o ambiente laboral.
Entre os critérios a serem observados para a elaboração do mapa, vejamos
a seguir:
1) Conhecer o processo de trabalho no local analisado:
Os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e saúde,
jornada;
Os instrumentos e materiais de trabalho;
As atividades exercidas;
O ambiente.
2) Identificar os agentes de riscos existentes no local analisado.
3) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:
Medidas de proteção coletiva;
Medidas de organização do trabalho;
Medidas de proteção individual;
Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários,
bebedouros, refeitórios, área de lazer.
4) Identificar os indicadores de saúde:
Queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos
mesmos riscos;
Acidentes de trabalho ocorridos;
Doenças profissionais diagnosticadas;
Causas mais frequentes de ausência ao trabalho;
Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
5) Elaborar o mapa de riscos, sobre o leiaute da empresa, indicando por meio do
círculo:
O grupo a que pertence o risco;
O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro
do círculo;
A especificação do agente (por exemplo: químico-sílica, hexano, ácido
clorídico; ou ergonômico, repetividade, ritmo excessivo), que deve ser anotada
também dentro do círculo;
A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que
deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos.
Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o mapa de riscos, completo ou
setorial, deve ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de
fácil acesso para os trabalhadores. No caso das empresas de indústrias de
construção, o mapa de riscos do estabelecimento deve ser realizado por etapa de
execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e
superveniente modificar a situação de riscos estabelecida.

5 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

Fonte: https://amblegis.com.br/

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu art. 189, traz


interessante definição sobre a insalubridade, conforme a seguir (BRASIL, 1977):

[...] Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que,


por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos.

Nesse mesmo sentido, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio


da Portaria MTb no 3.214, de 08 de junho de 1978, criou a NR 15 que trata das
atividades e das operações insalubres. Segundo essa norma, o exercício de
trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de
adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:
• 40%, para insalubridade de grau máximo;
• 20%, para insalubridade de grau médio;
• 10%, para insalubridade de grau mínimo;
E, ainda, nos termos dessa NR, são consideradas atividades ou operações
insalubres as que se desenvolvem:
Acima dos limites de tolerância previstos nos anexos da NR 15, conforme a
seguir:
Anexo nº 1 - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente;
Anexo nº 2 - Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto;
Anexo nº 5 - Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes;
Anexo nº 6 - Trabalho Sob Condições Hiperbáricas;
Anexo nº 7 – Radiações não-ionizantes;
Anexo nº 9 – Frio;
Anexo nº 10 – Umidade;
Anexo nº 11 – Agentes Químicos cuja Insalubridade é caracterizada por
Limite de Tolerância e Inspeção no Local de Trabalho;
Anexo nº 12 – Limites de Tolerância para Poeiras Minerais;
Anexo nº 13 – Agentes Químicos;
Anexo nº 13A – Benzeno;
Anexo nº 14 – Agentes Biológicos.
6 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

Fonte: https://www.labormesp.com.br/

O art. 193 da CLT traz, em uma linguagem simples, a seguinte definição de


periculosidade (BRASIL, 2012):

São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas
que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado
em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada
pela Lei nº 12.740, de 2012)

I - Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;


II - Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais
de segurança pessoal ou patrimonial; [...]
Por sua vez, a NR 16 do MTE, que trata das atividades e operações
perigosas, através da portaria SEPRT nº 1.357, de 09 de dezembro de 2019,
acrescenta:
III - As atividades laborais com utilização de motocicleta ou motoneta no
deslocamento de trabalhador em vias públicas são consideradas perigosas.
IV - As atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou
substâncias radioativas.
O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% sobre o salário-base, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. (BRASIL, 2019)
O empregado poderá́ optar pelo adicional de insalubridade ou de
periculosidade que, porventura, lhe seja devido, cujo direito cessará a eliminação
do risco à sua saúde ou à sua integridade física (art. 194 da CLT).

7 MEDIDAS DE PROTEÇÃO

7.1 Adoções de Medidas de Segurança

Em Segurança e Saude no Trabalho (SST), a prioridade é prever a


possibilidade de ocorrência de situações potencialmente perigosas à integridade
física do trabalhador, procurando ao máximo eliminá-las logo em sua origem.
Para alcançar esse objetivo, os membros do Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança do Trabalho (SESMT), em parceria com a Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), devem conhecer profundamente os
riscos provenientes das atividades profissionais, em seus diversos aspectos, como
insalubridade do ambiente laboral, das máquinas e de equipamentos obsoletos, de
procedimentos operacionais ineficientes e das condições inseguras do local de
trabalho, bem como outros fatores que exponham os colaboradores a risco em suas
atividades.
Posteriormente, devem ser adotadas medidas de proteção no trabalho que
visem à prevenção de acidentes e doenças profissionais, que podem ser
alcançadas por meio de medidas administrativas, de proteção coletiva e de proteção
individual, cujas peculiaridades veremos a seguir.
7.2 Medidas de Proteção Administrativa

Alguns autores consideram como medidas de proteção administrativa as


primeiras providências a serem tomadas pelos profissionais da segurança do
trabalho como forma de eliminar determinado risco que coloca em perigo a
integridade física e psíquica do trabalhador.
Se, dentro dos preceitos legais e prevencionistas da segurança do trabalho, a
adoção de medidas administrativas for ineficiente (ou parcialmente eficiente), em
virtude da peculiaridade da atividade que é executada, partiremos como segunda
opção para as medidas de proteção coletiva, e, se o risco permanecer,
prosseguiremos como última alternativa de segurança para as medidas de proteção
individual.
São exemplos de medidas de proteção administrativa:
• Ordens de serviços, pareceres e instruções técnicas implantadas pelo
SESMT;
• Restrições impostas pelo empregador na entrada e na saída de locais de
risco;
• Procedimentos de trabalho e execução de serviços;
• Proibição de entrada em espaços confinados;
• Preceitos de segurança e saúde no trabalho.

7.3 Medidas de Proteção Coletiva

Equipamentos de proteção coletiva (EPC) são procedimentos ou


equipamentos utilizados, ou até mesmo projetados, para a proteção de um grupo
de pessoas, a fim de realizar determinada tarefa ou qualquer atividade.
É importante salientar que essas medidas são de cunho coletivo, ou seja,
visam à segurança de diversos trabalhadores envolvidos em uma mesma
atividade/procedimento de trabalho.
Veja alguns exemplos de EPC:
• Exaustores, em uma cozinha industrial;
• Redes de proteção;
• Projeto de enclausuramento acústico de um compressor, para evitar ruído;
• Proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos;
• Grades de proteção contra queda de materiais.

7.4 Medidas de Proteção Individual

A decisão sobre a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI)


em qualquer situação de trabalho deve ser o passo final de um processo iniciado
anteriormente. O passo inicial é a determinação dos riscos dos quais o trabalhador
deve ser protegido. Essa avaliação pode ser uma simples constatação, uma
avaliação qualitativa ou uma avaliação quantitativa do risco, que definirá a sua
potencialidade de dano ao organismo do colaborador (MATTOS e MÁSCULO,
2011).
É importante salientar que as medidas de proteção individual, como os EPI
(capacetes, calçados de segurança, óculos de proteção contra partículas volantes,
luvas etc.), devem ser adotadas se em último caso, após serem esgotadas todas as
outras medidas de proteção e, mesmo assim, ainda persistir o risco acima dos
limites toleráveis de segurança, colocando em perigo a integridade física e psíquica
do trabalhador.
Feitas a avaliação e a caracterização do risco, ele deve ser enfrentado em
sua origem, tentando- se eliminá-lo ou neutralizá-lo. Continuando a situação de
risco, a próxima etapa para os membros do SESMT será́ uma ação colocada entre
a zona de risco e os trabalhadores - as chamadas proteções coletivas.
Finalmente, devem ser adotadas medidas de proteção individual relativas ao
trabalhador, como seleção de EPI apropriados aos agentes de riscos e à natureza
antropométrica do trabalhador, por exemplo, o tamanho de calçados e luvas de
segurança deve ser adequado ao perfil do funcionário ou da funcionária.

7.4.1 Definição de EPI

A NR 6 do MTb, que trata das medidas de proteção individual, define como


EPI (BRASIL, 2018):
[...] todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
Ainda de acordo com essa NR, os EPI, de fabricação nacional ou importada,
só́ podem ser postos à venda ou utilizados com a indicação do Certificado de
Aprovação (CA)expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança
e saúde no trabalho do MTE.
Contudo, as responsabilidades quanto ao EPI não cabem restritamente a
esse item; a NR 6 regula essa relação de forma mais ampla e participativa, como
veremos a partir de agora.
Figura 9 - A adoção de EPI é a última opção de medida de proteção, por uma questão de custo e
por não extinguir/reduzir o risco no ambiente do trabalho.
7.4.2 Responsabilidade de Empregadores, Empregados, Governo e
Fabricantes

Compete ao SESMT (mas também ouvidos a CIPA e os trabalhadores


usuários) recomendar ao empregador, o EPI adequado ao risco existente em
determinada atividade, na qual é obrigatório fornecer aos empregados,
gratuitamente, o EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas seguintes circunstancias:
• Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
• Para atender a situações de emergência.

Atenção
Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o
EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado,
ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e os trabalhadores usuários.

Ainda cabe ao empregador, quanto às obrigações ao EPI:


• Exigir seu uso;
• Fornecer EPI, somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de SST;
• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, a guarda e a
conservação;
• Responsabilizar-se pela higienização e pela manutenção periódica;
• Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;
• Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, por meio de livros, fichas ou
sistema eletrônico.
Ao empregado, a NR 6 também determina suas responsabilidades em
relação ao EPI, como:
• Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;
• Responsabilizar-se pela guarda e pela conservação;
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso;
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Quanto aos fabricantes (nacional ou importador), as responsabilidades em
relação ao EPI consistem em:
• Cadastrar-se no órgão nacional competente em segurança e saúde no
trabalho;
• Solicitar a emissão do CA ao órgão nacional competente em segurança e
saúde no trabalho;
• Solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado;
• Requerer novo CA quando houver alteração das especificações do
equipamento aprovado;
• Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem
ao CA;
• Comercializar ou colocar à venda somente o EPI portador de CA;
• Comunicar ao órgão nacional de SST, quaisquer alterações dos dados
cadastrais fornecidos;
• Comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando
sua utilização, sua manutenção, sua restrição etc.
• Fazer constar do EPI o número do lote de fabricação;
• Providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do Sinmetro,
quando for o caso;
• Fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e
higienização de seus EPI.
Ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), cabe quanto ao EPI:
• Cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
• Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;
• Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de
EPI;
• Emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
• Fiscalizar a qualidade do EPI;
• Suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora;
• Cancelar o CA.
Sempre que julgar necessário, o órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho pode requisitar amostras de EPI, identificadas com
o nome do fabricante e o número de referência, além de outros requisitos.
Ainda em reação ao MTE, cabe ao seu órgão regional:
• Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e à qualidade do EPI;
• Recolher amostras de EPI;
• Aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo
descumprimento da NR 6.

7.4.3 Classificação dos EPI’s

A classificação de EPI surpreende pela diversidade dos equipamentos de


proteção em sua relação, e os profissionais de segurança do trabalho ou
responsáveis designados devem atentar ao fornecimento do equipamento de
proteção mais adequado para os trabalhadores. Para isso, é importante observar
alguns critérios, como a atividade laboral exercida ou o tipo de risco, entre outros
fatores, para o alcance do resultado de prevenção que se espera.
Vejamos, pelos exemplos a seguir, que há um EPI para cada situação
profissional/finalidade:
a) EPI para proteção da cabeça:
• Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o
crânio;
• Capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
• Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de
origem térmica;
• Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos
de produtos químicos.
b) EPI para proteção dos olhos e da face:
• Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas
volantes;
• Óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
• Protetor facial de segurança contra respingos de produtos químicos;
• Protetor facial de segurança contra radiação infravermelha
• Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e da face contra
radiação ultravioleta;
• Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e da face contra
radiação infravermelha.
c) EPI para proteção auditiva:
• Protetor auditivo circumauricular contra níveis de pressão sonora superiores
ao estabelecido na NR 15;
• Protetor auditivo de inserção contra níveis de pressão sonora superiores ao
estabelecido na NR 15;
• Protetor auditivo semiauricular contra níveis de pressão sonora superiores
ao estabelecido na NR 15.
d) EPI para proteção respiratória:
• Respirador purificador de ar contra poeiras e névoas;
• Respirador purificador de ar contra gases de produtos químicos;
• Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção em
atmosferas com concentração imediatamente perigosa à vida e à saúde, e em
ambientes confinados.
e) EPI para proteção do tronco:
• Vestimentas de segurança que ofereçam proteção contra riscos de origem
térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica, bem como umidade
proveniente de operações com uso de água;
• Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem
portando arma de fogo, para proteção contra riscos de origem mecânica.
f) EPI para proteção dos membros superiores:
• Luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
• Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
• Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
• Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
umidade;
• Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes
térmicos;
• Braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes
cortantes;
• Dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e
escoriastes.
g) EPI para proteção dos membros inferiores:
• Calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos;
• Calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
• Perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de
produtos químicos;
• Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e
perfurantes;
• Calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e
escoriastes;
• Calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos
químicos.
i) EPI para proteção contra quedas com diferença de nível:
• Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra
quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado
com cinturão de segurança para proteção contra quedas;
• Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em
trabalhos em altura.

7.5 Sinalização de Segurança - NR 26

As cores exercem papel muito importante no nosso dia a dia. Elas são a
forma mais simples e objetiva de comunicação, a maneira mais prática de se
demonstrar algo, criar um objetivo, ilustrar o procedimento em determinada
situação. Por sua simplicidade, a cor consegue atingir a todos aqueles que possuem
o sentido da visão; até́ mesmo os animais são influenciados pelas cores.
Por sua característica de padronização universal, as cores são utilizadas com
muita frequência na segurança do trabalho, como por exemplo, a utilização de faixa
branca para sinalizar a passagem de pedestres, extintores de incêndio na cor
vermelha, kit de primeiros socorros na cor verde etc.
As cores na segurança do trabalho são padronizadas e regulamentadas pela
NR 26, uma norma muita rica em questão de conhecimento, e, por sua simplicidade
de compreensão, atingem a todos, até́ mesmo os mais leigos no assunto, conforme
veremos.

7.5.1 Cor na Segurança do Trabalho

Conforme determina a NR 26 do MTE, devem ser adotadas cores para


segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir
acerca dos riscos existentes.
As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos
de segurança, delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução
de líquidos e gases, bem como advertir contra riscos, devem atender ao disposto
nas normas técnicas oficiais.
A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção
de acidentes, e o seu uso deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar
distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
De acordo com a norma, cada cor tem uma finalidade específica de
sinalização e deve seguir um padrão para efeito de orientação, como podemos
ilustrar nos exemplos a seguir:
1. Vermelho: geralmente utilizado para identificar equipamentos de proteção contra
incêndio, como:
• Caixa de alarme de incêndio;
• Hidrantes e bombas de incêndio;
• Extintores e sua localização;
• Localização de mangueiras de incêndio;
• Tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água;
• Transporte com equipamentos de combate a incêndio;
• Portas de saídas de emergência;
• Rede de água para incêndio (sprinklers).
2. Amarelo: empregado para indicar cuidado, assinalando:
• Partes baixas de escadas portáteis;
• Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem
risco;
• Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente;
• Faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento;
• Meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;
• Fundos de letreiros e avisos de advertência;
• Bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);
• Comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco;
• Para-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas.
3. Branco: muito utilizado para indicar a “localização” específica de algo, como:
• Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e
largura);
• Direção e circulação, por meio de sinais;
• Localização e coletores de resíduos e bebedouros;
• Localização de bebedouros;
• Área sem torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a
incêndio ou outros equipamentos de emergência;
• Áreas destinadas à armazenagem;
• Zonas de segurança.
4. Preto: será́ empregado para indicar:
• Canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (óleo
lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche etc.).
• Em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições
especiais o exigirem.
5. Azul: a norma recomenda o seu uso:
• Para indicar cuidado em avisos contra uso e movimentação de
equipamentos, fora de serviço;
• Empregado em barreiras e bandeirolas de advertência nos pontos de
comando, de partida, ou fontes de energia dos equipamentos;
• Em canalizações de ar comprimido;
• Para prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em
manutenção;
• Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.
6. Verde: é a cor que caracteriza segurança, como é indicado em:
• Canalizações de água;
• Caixas de equipamento de socorro de urgência;
• Caixas contendo máscaras contra gases;
• Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança etc.;
• Localização de EPI (caixas contendo EPI);
• Emblemas de segurança e dispositivos.
7. Laranja: entre outros, é muito utilizado para indicar a sinalização em maquinários:
• Canalizações contendo ácido;
• Partes móveis de máquinas e equipamentos;
• Partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou
abertas;
• Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
• Faces externas de polias e engrenagens;
• Botões de arranque de segurança;
• Dispositivos de corte, borda de serras, prensas.
8. Púrpura: indica os perigos de radiações eletromagnéticas penetrantes e
partículas nucleares:
• Acesso a locais onde se manipulam ou se armazenam materiais radioativos
ou por esses contaminados;
• Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos
contaminados;
• Recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e
equipamentos contaminados.
9. Lilás: deverá ser usado para indicar:
• Canalizações que contenham álcalis;
• Identificação de lubrificantes, em refinarias de petróleo.
10. Cinza: temos duas opções possíveis:
• Cinza claro: canalizações em vácuo;
• Cinza escuro: eletrodutos.
11. Alumínio: canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis
de baixa viscosidade (exemplos: óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante
etc.).
12. Marrom: pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluido
não identificável pelas demais cores.
Para a utilização das cores, a norma ainda recomenda as seguintes
instruções:
• O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou verde;
• As canalizações industriais (líquidos e gases) deverão receber a aplicação
de cores em toda sua extensão, a fim de facilitar a identificação do produto e evitar
acidentes;
• Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser diferenciada
das demais;
• Quando houver a necessidade de uma identificação mais detalhada, a
diferenciação será́ feita por meio de faixas de cores diferentes aplicadas sobre a cor
básica. A identificação por meio de faixas deverá ser feita de modo que possibilite
facilmente a sua visualização em qualquer parte da canalização;
• Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores básicas, de
acordo com a natureza do produto a ser transportado.
• O sentido de transporte do fluido, quando necessário, será́ indicado por
meio de seta pintada em cor de contraste sobre a cor básica da tubulação.
• Os depósitos ou tanques fixos que armazenem fluidos deverão ser
identificados pelo mesmo sistema de cores que as canalizações.

7.5.2 Sinalização de Substâncias Perigosas

Além da padronização das cores e de suas instruções específicas, outros


itens previstos na NR 26 tratam de diretrizes para a sinalização de substâncias
perigosas, com destaque à rotulagem preventiva, que é um conjunto de elementos
com informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico,
que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o produto,
na qual deve conter, no mínimo, os seguintes elementos:
• Identificação e composição do produto químico;
• Pictograma(s) de perigo;
• Palavra de advertência;
• Frase(s) de perigo;
• Frase(s) de precaução;
• Informações suplementares.
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2004

Art. 189 do Decreto Lei nº 5.452 de 01 de maio de 1943. (Redação dada pela Lei
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Art. 193 do Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943. (Redação dada pela Lei
nº 12.740, de 2012.)

Art. 194 do Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943. (Redação dada pela Lei
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PRONACI. Higiene e segurança no trabalho. Lisboa: AEP, 2002. Disponível em:


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