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11/12/2021 17:12 Roteiro de Estudos

Saúde e Bem-Estar no Trabalho

Roteiro de

Estudos
Autor: Ma. Márcia Gomes E. da Luz
Revisor: Ma. Maria Juliana Konigame

Atualmente, para que as empresas consigam sobreviver neste mercado altamente competitivo,
precisam inovar em vários aspectos, não é mesmo? Para que haja inovação, é necessário haver
profissionais capacitados em seus interiores. Desse modo, pensar na saúde e no bem-estar do
trabalhador é prezar por esses profissionais de excelência que compartilham com metas e
objetivos da empresa, contribuindo para o seu crescimento. Empresas preocupadas com a
qualidade de vida dos funcionários, portanto, conquistam cada vez mais possibilidades de
prosperidade e desenvolvimento.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você irá:
aprender sobre os aspectos da qualidade de vida no trabalho;
saber sobre a importância do “sentido” atribuído ao trabalho para as pessoas;
entender o que é higiene no trabalho;
conhecer os impactos e principais causas do estresse no trabalho;
compreender as influências ambientais do trabalho;
aprender a promover maior segurança no trabalho;
refletir sobre como um gestor pode desenvolver saúde e bem-estar no trabalho.

Introdução
Todas as pessoas almejam trabalhar em um ambiente agradável, amigável e que proporcione
maior qualidade de vida. Atividades estressantes, tediosas e cansativas favorecem para o mal-

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estar e adoecimento no trabalho. Vivemos em uma sociedade em que as pessoas têm buscado
cada vez mais satisfação em seus respectivos empregos, priorizando, muitas vezes, esse
quesito em detrimento de outros que costumavam representar prioridade máxima na vida das
pessoas até pouco tempo atrás, tais como:
status
social, alta remuneração etc. Ou seja, as
pessoas vêm buscando uma atividade laboral que lhes proporcione não apenas benefícios
materiais e sociais, mas, acima de tudo, saúde, bem-estar e qualidade de vida. Assim, as
empresas precisam adequar seus espaços para que possam contar com funcionários
satisfeitos, motivados, felizes e, consequentemente, mais produtivos.

Qualidade de Vida no Trabalho


Caro(a) estudante, uma das principais funções do departamento de gestão de pessoas das
organizações é cuidar da integridade física, psíquica e social de seus funcionários, além de
prezar pela saúde e qualidade de vida deles. Outra função de extrema importância é o
monitoramento da satisfação dos colaboradores em relação à empresa e ao trabalho.
Dutra (2017, p. 330) nos informa que o termo
integridade
possui diversos significados; no
entanto, ao se referir à integridade de funcionários no ambiente de trabalho, optou por defini-
lo como “[...] a condição do que está inteiro ou que não foi diminuído ou não sofreu alteração,
ou, ainda, está ileso”. Esse mesmo autor apresenta três tipos de integridade que devem ser
garantidos pelas empresas: a integridade física, a integridade psicológica e a integridade social.
Para ele, a “integridade física” contempla os aspectos básicos da integridade. Desse modo, os
processos de trabalho, as instalações, os instrumentos para auxiliar a realização das tarefas, o
direito ao descanso, entre outros, devem ser analisados pela empresa, a fim de minimizar
riscos de acidentes e/ou ameaças a esse tipo de integridade do funcionário. Sobre a
“integridade psicológica”, o autor destaca que ela é, na maioria das vezes, mais difícil de se
identificar, porque as próprias pessoas atingidas não percebem que a perderam. O cotidiano
do trabalho gera tensões e pressões nas pessoas, sendo que as relações estabelecidas com
colegas, clientes e chefias também podem gerar desgastes mentais. Quanto à “integridade
social”, o autor menciona que ela afeta significativamente o comportamento das pessoas e,
diante desse tipo de integridade, as empresas precisam assumir dois importantes papéis: o de
minimizar os efeitos externos e o de não gerar elementos internos de desconforto social. Desse
modo:

[...] as organizações, ao contratarem alguém para realizar trabalho ou para


atuar em atividades de interesse, têm um compromisso subjacente de
preservar a integridade dessas pessoas em todos os sentidos: físico, psíquico e
social. Independentemente dos aspectos legais que preservam integridade do

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trabalhador, essa é uma obrigação moral das organizações. A organização


coerente é aquela que, ao afirmar que as pessoas são importantes, tem uma
atitude de cuidado com elas, priorizando e envidando todos os esforços para
preservar sua integridade (DUTRA, 2017, p. 330).

Mas, afinal, como as organizações podem monitorar a integridade de seus funcionários? Para
Dutra (2017), a relação entre as pessoas e a empresa deve ser mediada por um sistema íntegro
de comunicação e informações. A partir desse sistema, é possível avaliar a adequação dos
relacionamentos estabelecidos na organização e promover medidas preventivas, antes que os
problemas se potencializem e tomem proporções maiores e mais difíceis de serem
solucionadas.
Chiavenato (2015, p. 344) também enfatiza sobre a importância de se prezar pela integridade
dos funcionários e afirma que a “qualidade de vida implica criar, manter e melhorar um
excelente ambiente de trabalho, seja em suas condições físicas - higiene e segurança -, seja em
suas condições psicológicas e sociais”. Um ambiente de trabalho amigável e agradável favorece
significativamente a qualidade de vida dos funcionários, tanto fora quanto dentro da empresa,
e auxilia para que eles encontrem um significado para o trabalho.
Encontrar um significado no trabalho é essencial para o bem-estar e qualidade de vida das
pessoas. Uma pessoa desenvolve um trabalho com significado quando sente que: “[...] a) esse
trabalho tem um propósito válido - sendo útil não apenas para ele próprio, mas também para
um ideal, para algo que o ultrapassa [...]; b) esse trabalho é realizado em um contexto de
comunidade organizacional” (CUNHA
et al
., 2016, p. 181). Dessa maneira:

[...] a possibilidade de realizar trabalho com significado incrementa os níveis de


felicidade, podendo esse significado ser promovido pelas atuações dos líderes
(ser fiável e confiável; ser honesto e íntegro; apoiar os liderados). As pessoas
que trabalham por vocação, com paixão e com sentido de missão
experimentam significado no seu trabalho (CUNHA et al., 2016, p. 181).

A maneira como os funcionários são tratados pela empresa influencia o sentido que atribuem
ao trabalho; desse modo, é importante que as organizações desenvolvam estratégias para
despertar em seus colaboradores condições para que estes deem um sentido positivo a ele.

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LIVRO

Introdução à segurança e saúde no trabalho


Autores
: Anderson Chirmici e Eduardo Augusto Rocha de
Oliveira
Editora
: Guanabara Koogan
Ano
: 2016
Comentário
: O livro discute a importância da segurança, da
promoção de saúde e da qualidade de vida no trabalho, que,
segundo o autor, devem ser entendidos não apenas como
meras obrigatoriedades legais, mas como elementos essenciais
para o desenvolvimento das pessoas e das organizações.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca Ânima.

Higiene no Trabalho
A higiene do trabalho é um aglomerado de procedimentos e normas que visam à proteção da
integridade mental e física do trabalhador. Ela busca prevenir os possíveis riscos de saúde
inerentes às atribuições do cargo e ao espaço físico onde são realizadas. Assim: “A higiene do
trabalho está relacionada com o diagnóstico e com a prevenção de doenças ocupacionais a
partir do estudo e controle de duas variáveis: o homem e seu ambiente de trabalho”
(CHIAVENATO, 2015, p. 344).
Um programa de higiene do trabalho envolve os conteúdos destacados no quadro a seguir.

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1.
Um plano organizado:
envolve a prestação não apenas de serviços de
médicos, como também de enfermeiros e auxiliares, em tempo integral
ou parcial, dependendo do tamanho da empresa.

2.
Serviços médicos adequados
: envolvendo dispensário de emergência e
primeiros socorros, se for o caso. Essas facilidades devem incluir:
a
.
exames médicos de admissão;
b
. cuidados quanto a injúrias pessoais,
provocadas por moléstias profissionais;
c
. primeiros socorros;
d
.
eliminação e controle de áreas insalubres;
e
. registros médicos
adequados;
f
. supervisão quanto à higiene e à saúde;
g
. relações éticas
e de cooperação com as famílias dos empregados doentes;
h
. utilização
de hospitais de boa categoria;
i
. exames médicos periódicos de revisão
e
check-up
;
j
. estatísticas e ações preventivas quanto à alimentação,
fumo, hábitos sedentários etc.

3.
Prevenção de riscos à saúde
: envolve atividades de localização,
diagnóstico e eliminação ou minimização de riscos ambientais, a saber:
a
. riscos
químicos
: como intoxicações, dermatoses industriais etc.
b
.
riscos
físicos:
como ruídos, temperatura extrema, radiações ionizantes e
não ionizantes etc.
c.
riscos
biológicos
: como agentes biológicos, micro-
organismos patogênicos etc.

4.
Serviços adicionais:
como parte do investimento empresarial sobre a
saúde do empregado e da comunidade, incluem-se:
a
. programa
informativo para melhorar os hábitos de vida e esclarecer sobre
assuntos de higiene e saúde. Supervisores, médicos de empresa,
enfermeiros e especialistas proporcionam informações no decorrer do
seu trabalho regular;
b
. programa formal de convênios ou colaboração
com entidades locais para prestação de serviços de radiografia,
recreativos, de ofertas de leituras, filmes etc.;
c
. verificações
interdepartamentais - entre supervisores, médicos e executivos - sobre
sinais de desajustamento que implicam mudanças de tipo de trabalho,
de departamento ou de horário;
d
. previsões de cobertura financeira
para casos esporádicos de prolongado afastamento do trabalho por
doença ou acidente, por meio de planos de seguro de vida em grupo, ou
planos de seguro médico em grupo. Dessa maneira, mesmo afastado do
serviço, o empregado percebe o seu salário normal, que é completado
por esse plano;
e
. extensão de benefícios médicos a empregados
aposentados, incluindo planos de pensão ou de aposentadoria.
Quadro 1 - Plano de higiene do trabalho

Fonte: Chiavenato (2015, p. 344-345).

A higiene do trabalho tem caráter preventivo e busca gerar saúde e bem-estar no trabalhador,
impedindo que ele adoeça e/ou se ausente do trabalho. Seus principais objetivos são:
eliminação das causas das doenças profissionais;
redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou
portadoras de defeitos físicos;

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prevenção de agravamento de doenças e de lesões;


manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio do
controle do ambiente de trabalho (CHIAVENATO, 2015).
Esses objetivos podem ser obtidos por meio de: educação dos gestores, colaboradores e
líderes para mostrar os riscos existentes na empresa, ensinando a como evitá-los ou neutralizá-
los; frequente estado de alerta acerca dos riscos da empresa e observações e estudos sobre os
novos procedimentos ou materiais a serem usados (BAPTISTA, 1975
apud
CHIAVENATO, 2015).

LIVRO

Higiene e segurança do trabalho


Autores
: Paulo Roberto Barsano e Rildo Pereira Barbosa
Editora
: Érica
Ano
: 2018
Comentário
: O livro tematiza sobre a higiene do trabalho, a
avaliação do ambiente e riscos, os instrumentos de medição e
as principais doenças do trabalho, bem como sobre os
principais agentes causadores e as possibilidades estratégicas
de prevenção.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca Ânima.

Estresse e Trabalho
Caro(a) estudante, o Guia do Estresse Ocupacional da Comissão Europeia define estresse como
“[...] um padrão de reações emocionais, cognitivas, comportamentais e psicológicas a aspectos
adversos e nocivos relacionados com o conteúdo, a organização e o ambiente de trabalho”
(CUNHA
et al.
, 2016, p. 166). Desse modo, o estresse está intimamente ligado ao trabalho. Ele
pode ser desencadeado a partir do desajuste entre a pessoa e seu trabalho; dos conflitos entre

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os papéis que desempenha na vida e no trabalho e da ausência de controle sobre a vida e o


emprego.  Acerca do assunto, Cunha
et al.
(2016) afirmam:
O estresse
é o processo transacional de desajustamento entre a pessoa e a sua
envolvente, o qual produz respostas físicas, psicológicas e comportamentais - com
consequências negativas para o indivíduo e para a organização. Note-se que essa
definição colide com a noção mais comum: aquela que confunde estresse com as
consequências dele mesmo.
Os
stressors
são acontecimentos ou propriedades dos acontecimentos (estímulos) que
induzem o estresse nas pessoas que os enfrentam (conflitos entre as exigências familiares
e as do trabalho; sobrecarga de trabalho).
O
strain
é constituído pelas respostas psicológicas, físicas ou comportamentais dos
indivíduos aos
stressors
. Enunciado de outro modo, ele se refere aos efeitos do estresse,
principalmente aos desvios dos estados normais de desempenho, resultantes da
exposição a eventos estressantes.
Os resultados
são as consequências do
strain
, a nível individual e organizacional. Como
exemplos, podem ser citados: a insatisfação, o absentismo, os problemas de saúde física
e psicológica (CUNHA
et al
., 2016).
Embora a palavra estresse geralmente carregue uma conotação negativa, ela nem sempre
pode ser considerada nociva. Em algumas situações (e em menores graus), ela é altamente
necessária, como: para a motivação, o desenvolvimento e o crescimento pessoal. Caro(a)
estudante, considere, por exemplo, o melhor desempenho apresentado por um ator ou um
atleta que se depara com uma situação-limite. Geralmente, nessas situações, essas pessoas se
aproveitam do estresse para darem o melhor de si. Da mesma maneira, muitos funcionários
podem vivenciar as pressões do excesso de trabalho e as exigências de cumprimento de prazos
como um desafio e, assim, melhorarem a qualidade do trabalho e a satisfação pessoal.
Robbins
et al
. (2010) apresentam três categorias de estresse potencial, a saber: ambiental,
organizacional e individual. Sobre os “fatores ambientais”, eles enfatizam que, da mesma
maneira que as incertezas do ambiente interferem no modelo da estrutura empresarial,
também interferem no índice de estresse dos funcionários. A incerteza é o maior motivo pelo
qual as pessoas apresentam resistência às mudanças. Há três tipos de incertezas: econômica,
política e tecnológica. Por exemplo: quando a economia é abalada, as pessoas ficam mais
ansiosas; quando há mudanças na política, isso também ocorre. Por fim, quando a tecnologia
começa a se tornar obsoleta às habilidades dos funcionários, estes tendem a se sentir mais
estressados.
Já os fatores organizacionais geradores de estresse podem estar relacionados a: pressões para
se evitar falhas ou cumprir prazos; colegas desagradáveis; chefes exigentes; carga excessiva de
trabalho; exigências interpessoais etc. Por exemplo, as linhas de montagem podem ser
estressantes quando passam muito rápidas, assim como trabalhar em ambientes lotados ou

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em lugares públicos (onde os funcionários costumam ser constantemente interrompidos). Além


disso, experimentar elevados limites situacionais, como assumir responsabilidades altamente
exigentes, cumprir horários rígidos e não poder contar com o apoio dos colegas da empresa,
pode ser fator desencadeante de estresse.
Os “fatores individuais” do estresse são aqueles relacionados aos demais aspectos da vida da
pessoa, como: questões familiares, características de personalidade, fatores econômicos etc.
Pesquisas indicam que as pessoas costumam valorizar seus relacionamentos pessoais e
familiares. Desse modo, fatores como: rompimento de uma relação, divórcio, dificuldades no
casamento, problemas disciplinares com os filhos, entre outros, podem ser fatores altamente
geradores de estresse. Os problemas econômicos também são muito comuns. Além de
gerarem estresse, desviam a atenção do funcionário do trabalho (ROBBINS
et al
., 2010).
Caro(a) estudante, veja, no quadro a seguir, uma pesquisa interessante sobre o estresse no
trabalho apresentada por Robbins
et al
. (2010).

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O estresse profissional pode matar

Essa afirmação parece ser verdadeira. Os relatos individuais sobre o


estresse profissional estão correlacionados de maneira negativa a toda
sorte de indicadores de saúde física e mental. Um problema com muitos
desses estudos, no entanto, é que é um pouco difícil estabelecer uma
relação de causalidade. O estresse profissional causa problemas de
saúde ou os problemas de saúde aumentam o estresse profissional?
Também é possível que uma terceira variável seja a causa de ambos: os
indivíduos neuróticos relatam tanto um nível maior de estresse quanto
de problemas de saúde, o que pode questionar a ligação causal entre
estresse profissional e saúde.
No entanto, um estudo recente sugere
que o estresse profissional pode, de fato, levar a uma piora na saúde.
Nesse estudo, 972 participantes com idades entre 35 a 59 anos voltaram
ao trabalho após sofrerem um ataque cardíaco. Os pesquisadores
acompanharam-nos por seis anos. Aqueles que retornaram para
trabalhos muito estressantes apresentaram uma tendência 2,2 vezes
maior de sofrer outro ataque cardíaco (ou de ser hospitalizado por
causa de problemas do coração) do que os indivíduos em trabalhos
pouco estressantes. Um dos pesquisadores considerou esse efeito
“muito importante” e concluiu que o fator de risco era mais ou menos
equivalente ao fumo e à pressão alta.
Outro estudo recente, realizado
ao longo de oito anos com 7.810 trabalhadores finlandeses da área
florestal, descobriu que aqueles que sofreram forte estresse
profissional, na forma de elevado
burnout
psicológico, possuíam uma
tendência 3,8 vezes maior de apresentar alguma incapacitação
permanente posteriormente. Outro estudo de longo prazo, ainda, feito
com 3.190 homens japoneses, revelou que trabalhar em um ambiente
muito estressante praticamente dobrava suas chances de sofrer um
AVC.
Portanto, parece que as implicações de se trabalhar em um
emprego altamente estressante podem ser severas - e ameaçar a
própria vida.
Quadro 2 - Estresse profissional

Fonte: Robbins
et al
. (2010, p. 584).

De acordo com Diniz (2013):

A incidência do estresse não é limitada por idade, raça, sexo e/ou situação
socioeconômica. Estudos apontam que, nos Estados Unidos, grande parte das
doenças que levam à morte é originada no estresse.

Outros estudos concluem que 75% dos trabalhadores apresentam condições


físicas ou mentais relacionadas ao estresse. Esses números exorbitam no Japão,
onde se estima que cerca de 30 mil trabalhadores morrem anualmente por
excesso de trabalho. O Brasil, por ser um país em desenvolvimento, propicia à
sua população inúmeras mudanças no contexto sociocultural, nas áreas

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econômica, tecnológica e relacional a serem enfrentadas, alertando que o nível


de estresse do brasileiro, que já é significativo, pode se tornar mais elevado. Foi
constatado que esse processo está associado a um número significativo de
portadores de doenças agudas e crônicas, com destaque para os profissionais
de áreas distintas. Percebendo-se a influência desse processo na saúde e na
produtividade dos seres humanos, foram aprofundados estudos e práticas
clínicas e organizacionais, com clientes e trabalhadores, visando ao
gerenciamento do estresse (DINIZ, 2013, p. 238).

Conforme vimos, o estresse é algo muito sério e prejudicial às pessoas. É importante, portanto,
que as organizações estejam atentas ao nível de estresse de seus funcionários, pois ele pode
interferir de maneira significativa em seus desempenhos.

LIVRO

Guia de Qualidade de Vida: saúde e trabalho


Autora
: Denise Pará Diniz
Editora
: Manole
Ano
: 2013
Comentário
: A obra integra os conceitos de saúde, bem-estar,
motivação, desempenho e produtividade, além de atualizar
capítulos da primeira edição, introduz novos conteúdos tanto
relacionados à qualidade de vida e saúde quanto à qualidade de
vida no trabalho.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca Ânima.

Condições Ambientais de
Trabalho

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As condições ambientais de trabalho são as circunstâncias físicas que o funcionário ocupa


dentro da empresa. É o espaço que ele utiliza para desenvolver as atribuições de sua função.
Os principais elementos das condições físicas do ambiente de trabalho são: iluminação, ruído e
condições atmosféricas.
A iluminação não está relacionada, apenas, à quantidade de luz geral do ambiente de trabalho,
mas, sim, ao ponto focal do trabalho. Desse modo, a iluminação deve ser estabelecida com
base no tipo de atividade visual que o funcionário deve executar: quanto maior for a
necessidade de concentração visual do colaborador em minúcias e detalhes, maior será a
demanda de luminosidade no ponto de trabalho. A má iluminação prejudica o sistema nervoso,
causa fadiga à vista, aumenta o índice de acidentes e favorece para a má qualidade do
trabalho. Chiavenato (2015) enfatiza que um sistema de iluminação deve considerar os
seguintes requisitos:
1. ser suficiente: cada foco de luminosidade deve ser suficiente para cada tipo de atividade
que o funcionário executa;
2. ser uniformemente distribuída e constante: deve-se evitar os contrastes agressivos de
sombra e luz e as oposições de escuro e claro. Impede-se, desse modo, a fadiga dos olhos
provenientes das frequentes acomodações necessárias às variações da luminosidade.
A distribuição da luminosidade pode ser dividida em: iluminação direta, iluminação indireta,
iluminação semi-indireta e iluminação semidireta. A iluminação direta é aquela que incide
diretamente sobre o foco iluminado. É mais econômica e costuma ser mais usada em espaços
maiores. A iluminação indireta é aquela em que incide sobre o foco a ser iluminado a partir da
reflexão de tetos e paredes, ou seja, a luz fica oculta por alguns anteparos ou dispositivos. A
iluminação semi-indireta combina os dois tipos já mencionados. Nela, a luminosidade é
refletida por meio de globos translúcidos, os quais refletem a luz nas paredes superiores e teto,
que a transmitem para o foco desejado (iluminação indireta); assim, a luminosidade é difundida
pelo globo (iluminação direta), ocorrendo dois efeitos de iluminação. Na iluminação semidireta,
a maior parte da luz é encaminhada diretamente ao foco a ser iluminado (iluminação direta),
ocorrendo alguma luz refletida através do teto e das paredes (CHIAVENATO, 2015). Veja, na
figura a seguir, a representação desses quatro tipos de iluminação.

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Imagem 1 - Tipos de iluminação: direta, indireta, semi-indireta e semidireta

Fonte: Chiavenato (2015, p. 347).

Ruídos são barulhos ou sons indesejáveis. Eles costumam estar presentes de forma excessiva
em diversos locais de trabalho, principalmente onde se utilizam equipamentos pesados e/ou
maquinaria. Construções, aeroportos, minas e fábricas, geralmente, são lugares com muito
barulho, que expõem os funcionários a condições que podem afetar sua saúde e prejudicar seu
desempenho (SPECTOR, 2002).
A intensidade dos ruídos é mensurada em decibéis (dB) por meio de uma escala logarítmica.
Desse modo, a relação entre dB e intensidade do som não é a mesma, por exemplo: “aumentar
o nível do som em 10 dB representa um aumento de 10 vezes na intensidade do som e um
aumento de 20 dB representa uma intensidade de som de 100 vezes maior” (SPECTOR, 2002, p.
282). Veja, na figura a seguir, a representação de alguns níveis de sons, comuns a alguns
ambientes de trabalho.

Figura 2 - Níveis de intensidade dos sons (em dB)

Fonte: Spector (2002, p. 283).

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Pessoas que são expostas a ruídos muito altos, como o de explosões, podem ter sua audição
severamente danificada. Em algumas situações, pode até ser irreversível. A exposição contínua
(que ultrapasse meses ou anos) de sons superiores a 85 dB pode acarretar perda auditiva
permanente. Como esses sons não costumam ser dolorosos (por exemplo, os de uma
explosão), muitos funcionários não os evitam. Por isso, é comum que colaboradores que
trabalham em ambientes altamente barulhentos percam a audição.
Devido aos graves prejuízos a funcionários, provenientes de sons muito altos, alguns países
possuem leis que determinam os níveis permitidos a que funcionários podem ser expostos.
Nesses países, os colaboradores que trabalham em ambientes com índice maior que o
permitido de ruídos recebem fones de ouvido para a prevenção de danos à audição. É muito
comum, também, encontrarmos pessoas que trabalham em companhias aéreas fazendo uso
desse tipo de proteção quando estão perto de aeronaves com motores ligados.
As implicações para as pessoas submetidas a sons muito altos podem ir além das auditivas.
Spector (2002) destaca que evidências apontam para uma ligação entre o nível de exposição ao
som no trabalho e algumas doenças; dentre elas as cardiovasculares. Nesse sentido,
Chiavenato (2015) nos apresenta cinco estratégias para que as empresas que possuem alto
índice de ruídos possam utilizar:
1. supressão do ruído: por meio de reparação ou mudança no desempenho da máquinas,
polias, engrenagens, correias etc.;
2. repartição na fonte do ruído: através de anteparos ou, ainda, através de montagem das
máquinas e outros equipamentos sobre feltros, molas ou amortecedores de sons;
3. envolver a fonte de ruído: por meio de paredes à prova de som;
4. tratamento de paredes, tetos e solos: por meio de acústica para a “abafar” o som;
5. uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI): como capacetes, protetor auricular, óculos
de segurança etc.
Essas iniciativas podem minimizar as consequências negativas causadas em pessoas expostas a
ruídos muito altos no ambiente de trabalho e, desse modo, promover maior saúde e qualidade
de vida a essas pessoas.
A condição atmosférica é outro fator ambiental que interfere na qualidade de vida e no
desempenho das pessoas nas organizações. Existem certos cargos que são executados em
ambientes com elevadas temperaturas, por exemplo: perto de fornos de cerâmica e de
siderúrgicas, em que os funcionários costumam usar roupas diferenciadas para se proteger.
Em contrapartida, outros cargos exigem um trabalho em ambientes com baixíssimas
temperaturas, como: frigoríficos, onde os funcionários também necessitam usar roupas
específicas para manter a saúde. Nesses casos mais intensos, a característica principal desses
ambientes é a insalubridade (CHIAVENATO, 2015).

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Pessoas que trabalham em ambientes externos, ou seja, ao ar livre, também estão vulneráveis
às condições do clima de extremo frio ou calor, dependendo da região em que vivem. Essas
condições podem se tornar uma grande ameaça à saúde. Nesse sentido, Spector (2002) nos
informa que “doenças e morte podem ocorrer se a temperatura interna do corpo desviar muito
dos 37º Celsius. Temperaturas corporais acima de 45ºC ou abaixo dos 25ºC levam rapidamente
à morte, em geral por parada cardíaca” (BELL, 1981
apud
SPECTOR, 2002, p. 285).

A temperatura do ambiente ou do ar ao redor tem muito a ver com a


manutenção da temperatura corporal. É importante que sejam tomadas as
medidas apropriadas para garantir que os funcionários não fiquem em
temperaturas demasiadamente quentes ou frias quando tiverem de trabalhar
em condições climáticas externas. Em condições de frio, os funcionários devem
ter roupas quentes o suficiente para manter a temperatura do corpo. Em
condições muito extremas, a exposição ao ar livre deve ser limitada a períodos
breves. Em condições de calor excessivo, deve-se dar às pessoas a quantidade
suficiente de líquidos para prevenir desidratação, uma vez que a transpiração é
um dos meios básicos utilizados pelo corpo para manter a temperatura
corporal (SPECTOR, 2002, p. 285).

As condições intensas de calor levam ao cansaço físico e ao estresse, que interferem no


desempenho. Desse modo, ingerir líquidos e usar roupas adequadas podem favorecer para
que a pessoa se mantenha mais produtiva diante de situações adversas. O tempo de exposição
a essas temperaturas deve ser bastante curto, de modo a propiciar à pessoa exposta um maior
conforto e disposição para poder desempenhar suas atividades.
De acordo com Monteiro e Bertagni (2020):

Vale dizer que o risco de um acidente no meio ambiente do trabalho está


ligado ao próprio trabalho, sendo direito do trabalhador a diminuição desse
risco. De concluir, pois, desde já, que, causado um dano pelo risco da atividade,
não necessariamente essa ocorrência implique como corolário a indenização. É
bem verdade que há muito a teoria do risco fundamentando a
responsabilidade ligada ao ambiente do trabalho vem sendo aplicada na
jurisprudência de nossos tribunais. Não resta dúvida, porém, de que ela vinha
sempre ligada a algum grau de culpa, e, apenas excepcionalmente, poder­­ia
falar em indenização sem culpa (MONTEIRO; BERTAGNI, 2020, p. 310).

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Segurança no Trabalho
A segurança do trabalho diz respeito a um aglomerado de medidas educacionais, psicológicas e
técnicas usadas para evitar acidentes, seja por meio da eliminação das condições inseguras do
espaço do trabalho, seja por meio da orientação ou convencimento de colaboradores da
utilização de ações preventivas. A segurança do trabalho é essencial dentro das organizações,
uma vez que interfere no desempenho do funcionário e, desse modo, cada vez mais, as
empresas estão criando serviços próprios de segurança. Assim, “Dependendo do esquema de
organização da empresa, os serviços de segurança têm a finalidade de estabelecer normas e
procedimentos, pondo em prática os recursos possíveis para conseguir a prevenção de
acidentes e controlando os resultados obtidos” (CHIAVENATO, 2015, p. 348).
Muitos serviços de segurança não apresentam resultados satisfatórios e, muitas vezes, até
fracassam, porque não se ancoram em diretrizes delineadas e acatadas pela diretoria da
empresa ou porque não foram desenvolvidos de maneira adequada em seus amplos aspectos.
Um programa de segurança do trabalho deve partir do pressuposto de que a prevenção de
acidentes somente obterá êxito se forem aplicadas medidas adequadas de segurança a partir
de um trabalho em equipe. Ou seja, cada encarregado deve se responsabilizar pela segurança
de seu setor, mesmo que a empresa conte com um órgão específico para monitorar os chefes
setoriais.
Um plano de segurança contempla os seguintes aspectos:

1. A segurança em si é uma responsabilidade de linha e uma função de staff


em face da sua especialização. No fundo, a segurança é um dever de todos. 2.
As condições de trabalho, o ramo de atividade, o tamanho, a localização da
empresa etc. determinam os meios materiais preventivos. 3. A segurança não
deve ficar restrita à área de produção. Os escritórios, depósitos etc. também
oferecem riscos cujas implicações afetam a empresa toda. 4. O plano de
segurança envolve necessariamente a adaptação da pessoa ao trabalho
(seleção de pessoal), adaptação do trabalho à pessoa (racionalização do
trabalho), além de fatores sociopsicológicos, razão pela qual muitas
organizações vinculam a segurança ao órgão de RH. 5. A segurança do
trabalho mobiliza todos os elementos para o treinamento e doutrinação de
técnicos e operários, controle de cumprimento de normas de segurança,
simulação de acidentes, inspeção periódica dos equipamentos de combate a
incêndios, primeiros socorros e a escolha, aquisição e distribuição de uma série
de peças de roupagem do pessoal (óculos de segurança, luvas, macacões,
botas etc.) em certas áreas da organização (CHIAVENATO, 2015, p. 349).

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Desse modo, um plano de segurança envolve vários requisitos. Para sua aplicação, é essencial
que se pratiquem alguns princípios, a saber: apoio efetivo da administração (reuniões
frequentes, supervisões, medidas de segurança tomadas etc.); pessoal com dedicação exclusiva
à segurança (para assistir, normatizar, controlar, diagnosticar e relatar ocorrências); instruções
claras para cada tipo de atividades executadas (orientações de segurança aos recém-
contratados, execução do programa por meio da supervisão – pessoas referências na
prevenção de acidentes e integração de todos os colaboradores na consciência acerca da
importância da segurança –, por meio de trabalho em equipe) e extensão do programa na
parte externa da empresa (focando a segurança do funcionário em todos os espaços em que
ele convive).
Chiavenato (2015) adverte para o fato de que não se deve confundir Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA) com Órgão de Segurança. A CIPA é uma obrigação legal da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), e o Órgão de Segurança é criado pela empresa. Em
empresas que contemplam as duas, apesar de terem o mesmo objetivo, devem ser chamadas
pelos respectivos nomes, a fim de se diferenciarem. A CIPA busca apontar as ações inseguras
dos trabalhadores e as respectivas condições de insegurança, ou seja, ela fiscaliza o programa
de segurança da empresa. Em contrapartida, o Órgão de Segurança indica soluções para os
possíveis problemas.
A segurança do trabalho visa minimizar os acidentes que provocam, de maneira direta ou
indireta, doenças, lesões corporais, perturbações funcionais, perdas totais, parciais,
temporárias ou permanentes da capacidade para o trabalho. Acidentes de trabalho englobam
não apenas os que ocorre dentro da empresa, mas também os acidentes de trajeto, ou seja,
que ocorrem no percurso do funcionário entre sua residência e o local de trabalho e vice-versa.
Os acidentes de trabalho são classificados em:
1. acidente de trabalho sem afastamento: é quando o funcionário continua trabalhando
mesmo após o acidente;
2. acidente de trabalho com afastamento: nesse caso, pode acarretar incapacidade
temporária (funcionário perde a capacidade de trabalhar durante o dia do acidente,
podendo-se prolongar por um período menor que um ano); incapacidade permanente
parcial (diminuição permanente e parcial da capacidade de trabalhar, durante o dia do
acidente, podendo-se prolongar por um período menor que um ano); incapacidade total
permanente (perda total da capacidade de trabalhar, de maneira permanente) e morte
(CHIAVENATO, 2015).
Os acidentes de trabalho se caracterizam como aspectos negativos para a organização,
funcionário e sociedade; dessa forma, suas causas devem ser analisadas, a fim de reduzi-los.
Os custos para a empresa também se tornam desvantajosos, uma vez que o seguro de
acidentes trabalhistas arca apenas com as despesas médicas e/ou indenizações trabalhistas. As
demais despesas são de obrigatoriedade da empresa, a qual tem obrigações com os

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funcionários expostos a riscos inerentes do exercício de suas funções. Desse modo, é


importante que as organizações ofereçam espaços de trabalho com o máximo de segurança
possível a seus colaboradores.

LIVRO

Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais


Autores
: Antonio Lopes Monteiro e Roberto Bertagni
Editora
: Saraiva
Ano
: 2020
Comentário
: O livro aborda os fundamentos do seguro de
acidentes do trabalho, analisa a legislação em vigor e cuida dos
beneficiários do seguro obrigatório, além dos benefícios. Ele
apresenta uma análise das doenças ocupacionais (profissionais
e do trabalho), bem como a ação acidentária e o processo em si.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca Ânima.

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LIVRO

Políticas de saúde pública: interação dos atores


sociais
Autor
: Mário Lopes
Editora
: Atheneu
Ano
: 2010
Comentário
: O livro analisa os aspectos da legislação do
Sistema Único de Saúde, contemplando como ocorre a
operacionalização para que os atendimentos sejam efetivos e de
qualidade e atinjam toda a população do país, especialmente os
menos favorecidos. Ele apresenta reflexões acerca da formação
na área de saúde e sobre a manutenção de equipamentos e
instalações para o atendimento da população.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca Ânima.

Conclusão
Como vimos, cuidar da saúde e do bem-estar dos trabalhadores é um assunto urgente e muito
importante. Empresas que almejam crescer precisam estar atentas a seus interiores e
identificar possíveis aspectos que estejam impedindo seu desenvolvimento. Oferecer boas
condições físicas, ambientais, estruturais e climáticas a seus funcionários é tornar o ambiente
de trabalho um espaço de satisfação, motivação e, consequentemente, de maior crescimento e
desenvolvimento.

Referências Bibliográficas
BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P.
Higiene e segurança do trabalho
. São Paulo: Érica, 2014.

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CHIAVENATO, I.
Recursos humanos
: o capital humano das organizações: como atrair, aplicar,
manter, desenvolver e monitorar este valioso tesouro organizacional. 10. ed. Elsevier, 2015.
CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. de.
Introdução à segurança e saúde no trabalho
. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
CUNHA, M. P.
et al
.
Manual de comportamento organizacional e gestão
. 8. ed. Lisboa: Rh,
2016.
DINIZ, D. P.
Guia de Qualidade de Vida
: saúde e trabalho. 2. ed. São Paulo: Manole, 2013.
DUTRA, J. S.
Gestão de pessoas
: realidade atual e desafios futuros. São Paulo: Atlas, 2017.
LOPES, M.
Políticas de saúde pública
: interação dos atores sociais. São Paulo: Atheneu, 2010.
MONTEIRO, A. L.; BERTAGNI, R.
Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais
. São Paulo:
Saraiva, 2020.
ROBBINS, S. P.
et al.
Comportamento organizacional
: teoria e prática no contexto brasileiro.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
SPECTOR, P. E.
Psicologia nas organizações
. São Paulo: Saraiva, 2002.

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