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A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO, O ESTRESSE E SEUS

IMPACTOS NO AMBIENTE DE TRABALHO

RESUMO
Este artigo teve como objetivo descrever a importância da Qualidade de Vida no
Trabalho dentro da empresa, o estress e impacto que a falta da mesma causa no
ambiente de trabalho e na produtividade do trabalhador. Descreve também algumas
práticas motivacionais utilizadas cada vez mais, a fim de reverter esse quadro, visando
diminuição de custos com absenteísmo e em contrapartida manter elevada a motivação
do trabalhador. A qualidade de vida no trabalho reflete de maneira positiva, na
comunicação, na confiança entre as pessoas e na imagem da empresa para seus clientes
e trabalhadores. A criação de um ambiente de trabalho estimulador, satisfatório e
motivacional trará benefícios, tanto para a organização como para seus trabalhadores.
Um ambiente de trabalho desmotivador e maçante, faz com que o trabalhador leve para
a sua casa toda a frustração sentida em seu horário de trabalho uma das causas do
stress. Para o desenvolvimento deste artigo, fez-se uma revisão da bibliografia
disponível em livros e sites, o que possibilitou um melhor entendimento do tema em
estudo tendo como base os períodos de 1995-2009. Conclui-se que, apesar das
inúmeras matérias apresentadas em jornais e revistas onde relatam que as empresas
estão cedendo mais espaço às ações que visam à melhora da qualidade de vida no
trabalho e redução de estresse, ainda faltam muitas adesões. É imprescindível que as
empresas comecem a visualizar que o seu sucesso está atrelado à confiança entre os
trabalhadores e o ambiente interno.

Palavras-chave: Qualidade de vida no trabalho. Motivação. Estresse. Comunicação


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RESUMEN

Este artículo tuvo como objetivo describir la importancia de la Calidad de Vida en el


trabajo dentro de la empresa, el estrés e impacto que la falta de la misma causa en el
ambiente de trabajo y en la productividad del trabajador. También describe algunas
prácticas de motivación que se utilizan cada vez más para revertir este cuadro, con el
fin de reducir los costes con el absentismo y en contrapartida mantener elevada la
motivación del trabajador. La calidad de vida en el trabajo refleja de manera positiva,
en la comunicación, en la confianza entre las personas y en la imagen de la empresa
para sus clientes y trabajadores. La creación de un ambiente de trabajo estimulador,
satisfactorio y motivacional traerá beneficios tanto para la organización y para sus
trabajadores. Un ambiente de trabajo desmotivador y embotado, hace que el trabajador
lleve a su casa toda la frustración sentida en su horario de trabajo una de las causas del
estrés. Para el desarrollo de este artículo, se hizo una revisión de la bibliografía
disponible en libros y sitios, lo que posibilitó un mejor entendimiento del tema en
estudio teniendo como base los períodos de 1995-2009. Se concluye que, a pesar de las
innumerables materias presentadas en periódicos y revistas donde relatan que las
empresas están cediendo más espacio a las acciones que apuntan a la mejora de la
calidad de vida en el trabajo y reducción de estrés, aún faltan muchas adhesiones. Es
imprescindible que las empresas empiecen a ver que su éxito está vinculado a la
confianza entre los trabajadores y el ambiente interno.

Palabras Clabes: Calidad de vida en el trabajo. Motivación. Estrés. Comunicación

1. INTRODUÇÃO

O mercado está cada vez mais competitivo e exigente movido pelo avanço da
tecnologia e assim, faz do trabalhador a verdadeira potência. Motivação e o
comprometimento são os combustíveis dessa potência. Muitas empresas com o título
de “as melhores em gestão de pessoas” têm se destacado em aumento da
produtividade, baseando-se na Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), ao inserirem-na
em seu planejamento e gerenciamento dos recursos humanos (NISHIMURA, 2008) .
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Quando uma ação é colocada em prática dentro de uma empresa,visando a satisfação


do trabalhador, inúmeros benefícios são gerados para ambas as partes. Para se ter um
exemplo, a redução de custos com a saúde dos trabalhadores é considerável, há
diminuição dos níveis de estresse, diminuição considerável do índice de absenteísmo e
também menor incidência e prevalência de doenças ocupacionais, isso ainda,
associado ao ganho secundário no aumento de produtividade (ANGELUCI;
COPACHESKI; CIESLAK, 2005). Nos dias de hoje, infelizmente, muitas empresas
têm buscado inserir programas padronizados de qualidade de vida no trabalho, sem
planejamento e sem os devidos investimentos, obtendo resultados negativos e criando
nos trabalhadores a sensação de desconforto diante de mais uma tarefa forçada. Não
existe um padrão quando se trata de qualidade de vida no trabalho. Cada programa
deve ter um direcionamento, pois cada empresa tem o seu diferencial . Deve haver
um diagnóstico dos problemas e limitações, assim como dos recursos físicos e
humanos, para o possível planejamento e execução das ações que serão
implementadas, com o obejtivo de se criar um ambiente saudável e harmonioso onde
haja satisfaçãopara o trabalhador desempenhar suas tarefas adequadamente . Ainda
existem empresas, onde há trabalhadores bem pagos, mas que são cobrados
diariamente e exaustivamente pelos seus dirigentes que visam o lucro a todo custo,
competitividade, pontualidade e produtividade. Neste titpo de ambiente o estresse e as
doenças do trabalho são figuras totalmente presentes. Na atualidade da economia
brasileira, muitos trabalhadores se submetem a essa carga negativa, pois o desemprego
também é um gatilho para o estresse.

2. Desenvolvimento do artigo

A pior coisa que pode acontecer a uma empresa, é a falta de comunicação entre
trabalhadores e gestores. A empresa precisa se atualizar e implementar meios que os
ajudem a interagir e, por consequência, produzirem com qualidade. Segundo
RODRIGUES (1999), “quando o trabalho é compartilhado, os resultados aparecem
mais facilmente, os erros podem ser minimizados, reduzidos e até mesmo eliminados”.

Qualidade de Vida no Trabalho pode ser definida como um programa que tem
como base facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao desenvolver suas
atividades nas organizações, com a ideia básica do fato de que as pessoas produzem
mais quando estão satisfeitas e envolvidas com o trabalho. É baseada no princípio de
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que o compromisso com a qualidade ocorre de forma mais natural nos ambientes em
que os trabalhadores estão interagindo com as atividades. De acordo com Chiavenato
(2008): Qualidade de Vida no Trabalho representa o grau em que os membros da
organização são capazes de satisfazer as suas necessidades pessoais com suas
atividades dentro da organização.

Na década de 60 o movimento da Qualidade de Vida no Trabalho foi


impulsionado pela conscientização da importância de se buscarem melhores formas de
organizar o trabalho a fim de diminuir os efeitos negativos na saúde e bem-estar dos
trabalhadores. Somente no início da década de 70 é que o tema foi introduzido
publicamente, devido a preocupação com a competitividade internacional e o grande
sucesso dos programas de produtividade japonesa, centrado nos trabalhadores.

Práticas gerenciais capazes de reduzir conflitos de interesses entre


trabalhadores e empregadores, estavam sendo integradas pouco a pouco, com o
objetivo de motivação, tendo como modelo a filosofia nos trabalhos dos autores da
escola de Relações Humanas, como Maslow, Herzberg e outros.

Na década de 90 o tema Qualidade de Vida no Trabalho passou a integrar


o discurso acadêmico e a literatura , baseando-se no comportamento das organizações,
e aprimorando os programas de qualidade total e a mídia de forma geral.

Segundo CHIAVENATO (1983), “enquanto a melhoria contínua da qualidade


é aplicável no nível operacional, a qualidade total estende o conceito de
qualidade para toda a organização, abrangendo todos os níveis organizacionais,
desde o pessoal do escritório e do chão de fábrica até a alta cúpula em um
envolvimento total.”

“Não se pode confundir qualidade de vida no trabalho com políticas de


benefícios, nem com atividades festivas, como estratégias. A qualidade de vida no
trabalho remete a cultura organizacional que pode ser traduzida como: os valores, a
filosofia da empresa, sua missão, o clima participativo, o desejo de pertencer a elas e
as perspectivas concretas de crescimento pessoal que se identificam como empresa-
trabalhador (MATOS, 1997).”

A implantação da Qualidade de Vida no Trabalho só ocorre no momento em


que houver uma consciência por parte da direção e do RH que a importância do bem
estar de seus trabalhadores está atrelada às condições que a empresa oferece. Através
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do RH será possível criar ações preventivas e programas de Qualidade de Vida no


Trabalho para solucionar problemas cotidianos como saúde física e emocional.

Um bom programa de Qualidade de Vida no Ttrabalho evidencia os


trabalhadores como detentores de merecida importância pela empresa, que envolvidos
em diversos níveis são abordados como parceiros e, não mais como recursos humanos,
mas integrando indivíduos à organização de forma harmoniosa, mantendo sua
integridade física e mental, valorizando-o literalmente como pessoa, considerando
fatores psicológicos, políticos, econômicos e sociais do trabalhador.

Para que o trabalhador tenha boa saúde física, mental e emocional, é necessário
um clima adequado, propiciado pela organização, onde os resultados serão motivação,
produção e satisfação além da formação de profissionais mais criativos, responsáveis
com maior capacidade de integração e satisfação para demonstrar e desenvolver novas
habilidades, técnicas e atitudes gerando assim, um melhor retorno para a empresa.

As empresas precisam tomar consciência que os seus trabalhadores são


recursos fundamentais para sua organização e devem ser vistos como um todo.
Segundo Campos (1992), “um dos mais importantes conceitos dos programas de
qualidade de vida está na premissa de que, somente se melhora o que se pode medir e,
portanto, é necessário avaliar a satisfação dos trabalhadores através de ferramentas
que podem ajudar neste objetivo.”

Atualmente, os trabalhadores passam muito mais tempo convivendo em um


ambiente de trabalho do que com seus familiares e nas empresas onde não há uma ação
ativa e preventiva ,os desgastes físicos e emocionais podem se alastrar contaminando
os demais trabalhadores. Isso ocorre, na maioria das vezes, pelo “desencontro da
natureza do trabalho e a natureza da pessoa que realiza esse trabalho (MASLACH;
LEITER, 1999)”.

A exaustão emocional nos trabalhadores diz mais sobre as condições de


trabalho do que sobre eles mesmos. Algumas das maiores fontes do desgaste são:
excesso de trabalho; falta de controle; falta de recompensa;falta de realização
profissional; falta de união; falta de eqüidade e conflito de valores.

Esse desgaste afeta o indivíduo, seus familiares e também a empresa, pois a


diminuição da tolerância ao estresse, juntamente com a falta do apoio da família em
sua vida profissional, os tornam incapacitados em buscar soluções para os problemas
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no trabalho, diminuindo a capacidade de produtividade e a auto estima. Um


trabalhador que não está motivado, geralmente reclama e acaba contaminando o
ambiente. Uma das soluções para este problema seria que a própria empresa criasse
ações preventivas, além de programas de qualidade de vida, pois a medida que o
trabalhador ganha, a empresa eleva seus níveis de aceitação e é bem vista aos olhos do
público interno, além de obter ganhos secundários com a satisfação, produtividade e
motivação no ambiente de trabalho .

O impacto das mudanças será benéfico quando o trabalhador, se vê em um


ambiente participativo, de integração e de satisfação, em que as pessoas se sintam bem
e os gerentes demonstrem que os trabalhadores possuem um papel importante dentro
da empresa.

Causas prováveis do estresse no trabalho:

O estresse é um elemento prejudicial ao desenvolvimento do trabalho, pois


compromete a saúde e o desempenho do trabalhador. O ideal é identificar as causas
prováveis do estresse, sabendo-se que existem fatores individuais, pessoais e culturais,
que fazem com que alguns indivíduos tenham mais resistência do que outros às
pressões do dia-a-dia.

1- execução pesada das tarefas, desequilíbrio dos repousos, alongamento das


jornadas, rotinas esgotantes;

2- Direção implacável e centralizadora das decisões sobre a execução das


tarefas, ausência de comunicação entre trabalhadores, gestores e direção, desprezo
pelas idéias para aprimoramento da produção;

3- Falta de relações inter-pessoais e falta de atenção para o convívio social


dentro da empresa;

4- Ausência de oportunidades e de perspectivas claras de ascensão pessoal no


emprego, falta de planejamento e de estímulos de acesso na estrutura empresarial;

5- Ambiente físico do trabalho desconfortável, negligente com as instalações


físicas, marcado pelo desasseio, exposto a ruídos, com deficiente arejamento,
iluminação e ergonomia, falta de materiais básicos para o bom desempenho.

Alguns sinais do estresse:

1- Dores de cabeça atípicas.


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2- Desconcentração mental.

3- Irritabilidade.

4- Inapetência.

5- Perturbações estomacais.

6- Insatisfação com o trabalho.

7- Sobrecarga de trabalho.

8- Diminuição do rendimento, erros, distrações e faltas.

9- Insatisfação com tudo.

10- Indecisão, julgamentos errados, atrasados, precipitados.

11- Piora na organização, adiamento e atrasos de tarefas, perda de prazos.

12- Insônia, sono agitado, pesadelos.

13- Reclamações mais freqüentes do que o habitual.

14- Utilizar férias, feriados e finais de semana para trabalhar, ao invés de


relaxar e se divertir.

15- Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas.

16- Sensação de monotonia.

Os sintomas físicos, as tensões musculares, e os problemas gastrointestinais,


são os mais comuns. Entre os sintomas emocionais, a ansiedade, e a angústia,
predominam, enquanto que entre os sintomas comportamentais, como a ingestão de
bebidas alcoólicas e de medicamentos em geral, são os mais observados.

Cerca de 75% dos afetados por insônia, relacionam o problema com situações
estressantes, como é o caso da perda de um ente querido, a descoberta de doença
grave, a instalação de conflitos emocionais e o stress do trabalho. O medo do
desemprego, a sobrecarga de trabalho, a inveja e o ciúme, as desavenças entre colegas,
a baixa remuneração, as demandas crescentes, o trabalho levado para casa fazem com
que o trabalhador seja afetado pelo estresse constantemente.

Para Chiavenato (2000), “os fatores motivacionais estão sob o controle do


indivíduo, pois se relacionam com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem
sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional, auto realização e
dependem das tarefas que o individuo realiza no seu trabalho.”
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Os sintomas do stress podem levar a conseqüências médicas danosas,


acarretando doenças de alto custo pessoal, empresarial e social, que podem ser:

1- Distúrbios cardiovasculares e/ou circulatórios (estreitamente relacionados


com o trabalho sob forte e permanente tensão psicológica).

2- Afecções ortopédicas e musculares (dores de coluna, articulações e


músculos, lesões de esforço repetitivo).

3- Danos físicos e acidentários (produto do relaxamento da atenção para a


execução segura do trabalho).

4- Perturbações mentais (depressão e esgotamento psíquico de manifestação


permanente e intermitente).

5- Além disso, o stress pode causar desatenção e dispersão no trabalhador, que


podem levar à falta de atenção às normas de segurança no trabalho, ocasionando
acidentes incapacitantes, ou até mesmo fatais.

6- Cansaço.

7- Ganho ou perda de peso.

Os desafios são uma constância quando a empresa implanta ferramentas de


qualidade de vida no trabalho. Para obter bons resultados, não se pode desistir, é
necessário lutar e não resistir às mudanças, pois empresa e trabalhador tem o mesmo
objetivo: sucesso.

Por que melhorar a qualidade de vida no trabalho?

Estudos comprovam que profissionais saudáveis melhoram a competitividade


organizacional e produzem um clima de confiança dentro da empresa. Acidentes fatais
ou sequelas oriundos de más condições no ambiente interno geram milhões em
prejuízo para a empresa. É mais rentável e saudável investir em programas que visam a
qualidade de vida do trabalhador, assim como a sua saúde e seu nível de estresse. Este
artigo elenca alguns fatores desestimulantes na relação trabalhador/empresa:

1 – A difícil maratona que milhões de trabalhadores enfrentam para irem ao


trabalho, e quando chegam à empresa, encontram um clima organizacional pesado, as
chances de se sentirem bem naquele local são nulas, fazendo com que o profissional
não veja a hora de ir embora, elaborando sua atividades sem o mínimo de prazer e
satisfação.
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2 – Metas inatingíveis

3 - Líder estressado é sinônimo de uma equipe à beira de um ataque de nervos.

4 – Falta de reconhecimento

5 – Conflitos de equipe

6 – Salário incompatível com o mercado

Não cabe apenas a empresa preservar as instalações. Os trabalhadores também


precisam saber que é fundamental que eles também façam a parte deles. Campanhas
educativas para conservar o meio organizacional é uma ação que trará benefícios para
os dois lados: empresa e profissionais.

Todo esse rol de situações no ambiente interno, acarretam incerteza,


insegurança, medo e estresse. Muitas empresas estão inserindo em suas atividades,
programas que ajudam nessa relação trabalhador/empresa, visando uma melhor
qualidade de vida para todos.

Este artigo elenca ainda, alguns programas cujo objetivo é melhorar a


qualidade de vida dos trabalhadores:

1 - Maior engajamento dos profissionais a partir de sua valorização;

2 - Atenção maior à segurança e saúde dos profissionais no trabalho;

3 - Maior produtividade individual e coletiva dos trabalhadores;

4 - Criação de uma ambiente mais saudável para o capital humano;

5 - Criação de acesso específico para portadores de deficiências físicas;

6 - Defesa da liberdade de expressão e participação de todos.

A capacitação da liderança é muito importante dentro de uma empresa


(Chiavenato 2004). Não adianta investir em capacitação de trabalhadores, se o gestor
continua com pensamento retrógrado. Ter uma liderança capacitada e eficiente para
resolver conflitos e que saiba aproveitar as oportunidades do mercado é uma das
melhores coisas que se pode fazer para alavancar os negócios da empresa, seja através
de cursos, palestras, seminários, etc. Uma boa capacitação vai fazer com que não haja
erros na hora de promover alguém, isso porque, muitas vezes o trabalhador, por mais
excelente que ele seja no que ele faz, pode não ser tão competente na hora de liderar
um grupo de pessoas.
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Ao realizar a capacitação, tem-se como resultado um profissional mais indicado


para ocupar o cargo pretendido, fazendo com que todos os trabalhadores se sintam
incluídos na missão, visão e valores da empresa.

Um exemplo de qualidade no trabalho, são as empresas que abrem espaço para


que os trabalhadores inovem e sugiram ideias. Deve-se deixar bem claro que todas as
idéias e sugestões são bem vindas e todos podem opinar sem se sentir pressionados. Os
trabalhadores devem se sentir incentivados a participar do dia a dia da empresa.

Sempre se deve construir um diálogo mais produtivo, aberto e saudável com os


trabalhadores. Ou seja, nunca criticar excessivamente uma sugestão feita pela equipe,
escutar com calma, fazer críticas construtivas, conversar com os superiores, dar
feedback rápido e tentar ao máximo implementar as idéias e sugestões.

Lembrando que o discurso e a prática devem sempre seguir alinhados. Então,


ao incentivar a liberdade para que os trabalhadores proponham mudanças, requer
ouvir o que está sendo dito, analisar com calma e colocar em prática aquilo que for
relevante para a equipe e a empresa.

Oferecer boas condições de trabalho é essencial para garantir o aumento na


produtividade dos seus trabalhadores. Ninguém produz em um ambiente insalubre.

A satisfação é definida por Locke (1976, apud MILKOVICH;


BOUDREAU, 2000, p. 125), como “uma reação emocional prazerosa ou positiva que
uma pessoa tem em relação a suas experiências profissionais”.

Para implementar um bom ambiente de trabalho, é preciso tecnologia, móveis


em bom estado de conservação, conforto e iluminação adequados para garantir a
qualidade de vida dos seus trabalhadores.

Infelizmente ainda há empresas que não oferecem boas condições de trabalho,


deixando o trabalhador limitado e sobrecarregado com as atividades , não podendo
resolver nem mesmo os pequenos conflitos com maior eficiência e rapidez. Eliminar
essa atitude é o primeiro passo para melhorar o clima organizacional.

Investir em Ginástica Laboral também produz benefícios para o trabalhador


em qualquer fase de sua vida. É um dos programas que estão sendo cada vez mais
adotados pelas empresas no combate ao stress, objetivando a melhora da saúde física
dos trabalhadores, diminuindo o absenteísmo, elevando o desempenho e trazendo
muitos benefícios, pois aumenta a disposição para o trabalho e consequentemente gera
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a integração entre os trabalhadores. Há muitas outras formas e programas de incentivo


e motivação ao trabalhador (musicoterapia, sala de descanso com TV, jogos, poltronas,
orientações nutricionais, programa para preparação da aposentadoria, etc.) que visam
manter o trabalhador na empresa por mais tempo. Investir nos talentos gera benefícios
e lucros para a empresa

Para Lima (2003, apud GOEDERT; MACHADO, 2007, p. 7), a conceituação


de Ginástica Laboral é definida como “um conjunto de práticas físicas, elaboradas a
partir da atividade profissional exercida durante o expediente, que visa compensar as
estruturas mais utilizadas no trabalho e ativar as que não são requeridas, relaxando-as e
tonificando-as”.

A ginástica laboral vem se desenvolvendo nas empresas diminuindo o


absenteísmo e melhorando o desempenho dos trabalhadores, trazendo muitos
benefícios para ambos, pois aumenta a disposição para o trabalho e melhora a
integração entre os trabalhadores.

Há muitas outras formas e programas de incentivo e motivação (musicoterapia,


sala de descanso com TV, jogos, poltronas, orientações nutricionais, programa para
preparação da aposentadoria, etc.) que visam manter o trabalhador na empresa por
mais tempo. Investir nos talentos gera benefícios e lucros.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A idéia principal deste artigo foi mostrar que as empresas só tem a ganhar
investindo na qualidade de vida de seus trabalhadores, ouvindo suas necessidades,
avaliando o que pode ser levado em prática a curto, médio e longo prazo, escolhendo
bons programas alinhados a especificidade da empresa com o intuito de promover um
ambiente propício para o labor. Mesmo uma pequena empresa pode investir em
programas, adotando técnicas simples como a musicoterapia ou a sala de descanso ou
ainda a ginástica laboral, mas sempre buscando o aperfeiçoamento e atualização e
nunca estacionando em apenas um modelo de gestão. Não se pode agradar a todos os
trabalhadores. O importante é saber se a reclamação é pertinente , ajustar se for o caso
e nunca desistir. Não deve ser deixado de lado a capacitação de trabalhadores e
gestores para haver maior interação e comunicação.

Hoje em dia, diante dos avanços da tecnologia, o que por um lado acaba por
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diminuir as tarefas do trabalhador, mas por outro lado exige demais dele, é necessário
investir em programas de qualidade de vida, pois diante dessa nova realidade se torna
um fator diferencial e também uma condição de sobrevivência para as empresas.

Conforme Robbins (2003), para haver satisfação é preciso enfatizar a


realização, o reconhecimento, o trabalho em si, a responsabilidade e o reconhecimento,
ou seja, características que as pessoas consideram internamente recompensadoras.

Buscar a satisfação do trabalhador, gera lucros, produtividade, saúde e sucesso


para todos. Um trabalhador motivado tem orgulho do seu trabalho, tem visão de futuro
e se esforça ao máximo para valorizar e ser valorizado.

5. Referências Bibliográficas

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