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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI:FACULDADE FARESE- FACULDADE DA

REGIÃO SERRANA

PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E GESTÃO DE PRODUÇÃO

VIVIAN CORREA BECKER

QVT- QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E SUA IMPORTÂNCIA NA


GESTÃO ORGANIZACIONAL

Monte Carlo - SC
2020
QVT- QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E SUA IMPORTÂNCIA NA
GESTÃO ORGANIZACIONAL

Vivian Correa Becker1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- A alta competitividade dos dias atuais aliada o modo acelerado de produção, a
busca constante das empresas por lucro e por produtividade, o cenário pandêmico que
desempregou muitas pessoas e exige muito de outras que permaneceram em seus empregos, e
tantos outros fatores está gerando comprometimentos na qualidade de vida dos trabalhadores
envolvidos em todas as esferas das organizações. Frente a estas situações o cuidado da qualidade
de vida no trabalho torna-se extremamente necessário para as empresas, de forma que esta
variável passe a ser um dos principais aspectos acompanhados frequentemente pela empresa. O
presente trabalho visa identificar como a atenção na qualidade de vida no trabalho dos
trabalhadores pode impactar favoravelmente no sucesso da empresa e ser uma importante
ferramenta de competitividade organizacional.

PALAVRAS-CHAVE: QVT. FERRAMENTA.GESTÃO.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente as constantes mudanças no sistema econômico mundial se


apresentam de forma excitante e desafiadora para as empresas. O mercado está

1
vivianbeckergd@gmail.com
cada vez mais competitivo, diversificado e exigente de qualidade, isso tem levado
as organizações a tomarem decisões que visam melhorar a sua competitividade,
estratégias de trabalho e a produtividade, refletindo em maiores níveis de trabalho
e otimização de resultados o que resulta no desgaste físico e emocional do
trabalhador.
É importante ressaltar que o ser humano traz consigo sentimentos,
ambições, expectativas, ele envolve-se e busca o crescimento dentro daquilo que
desenvolve e realiza.
Favorecer o desenvolvimento de um perfil humano condizente com os
padrões do paradigma imergente consiste em construir os alicerces para uma
organização inteligente e inovadora. Respeitar o trabalhador como “ser humano”
significa contribuir para a construção de um mundo mais humano e para um
desenvolvimento sustentável. Investimento em qualidade de vida significa
investimento no progresso da sociedade e da economia global.
Neste contexto começa a haver uma percepção maior das organizações em
promover um ambiente de trabalho onde os riscos à saúde física, mental e
emocional do trabalhador sejam minimizados. A necessidade de se proporcionar
condições mais satisfatórias à realização do trabalho vem se ampliando e
elevando a sua importância dentro do sistema empresarial, pois, hoje o universo
corporativo reconhece que o seu diferencial no mercado são as pessoas.
Partindo deste pressuposto, este trabalho mostra uma pesquisa se cunho
bibliográfico algumas variáveis que possam influenciar positivamente a QVT,
tornando-a uma ferramenta potente para a competitividade e destaque
organizacional das empresas.

2 DESENVOLVIMENTO

Este capítulo tem como objetivo fundamentar teoricamente a pesquisa,


facilitando a compreensão e o conhecimento, através de conceitos de vários
autores, sobre os assuntos que esta pesquisa envolve.

2.1 QUALIDADE DE VIDA


Qualidade de Vida é mais do que ter uma boa saúde física ou mental. É o
indivíduo estar de bem com ele mesmo, com a vida, com as pessoas, enfim,
estar em equilíbrio com o ambiente em que vive. Isso pressupõe muitas coisas;
hábitos saudáveis, cuidados com o corpo, atenção para a qualidade dos
relacionamentos, balanço entre vida pessoal e profissional, tempo para lazer,
saúde espiritual etc.

Associação Brasileira de Qualidade de Vida define: “Qualidade de Vida é


estar saudável, desde a saúde física, cultural, espiritual até a saúde profissional,
intelectual e social”.

O termo qualidade de vida tem sido usado comumente para descrever


situações em se procuram criar condições que agreguem qualidade a vida das
pessoas. Muitos são os fatores que influenciam na qualidade de vida e os mais
importantes dependem de cada ser, da visão do ideal individual, da herança
familiar e cultural, da fase da vida em que o indivíduo se encontra, da
expectativa em relação ao futuro, das possibilidades existentes, do ambiente, da
visão que se tem do mundo e da vida, dos relacionamentos, das metas e
objetivos almejados por cada um.

A qualidade de vida do ser humano, no sentido amplo da expressão,


somente é compreendida se for captada nas suas múltiplas dimensões, como a
vida no trabalho, a vida familiar e a vida na sociedade, a espiritualidade, enfim,
em toda a vida.

2.2 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO – QVT

A qualidade de vida no trabalho expressa pelas iniciais QVT tem se tornado


uma importante ferramenta de gestão empresarial. Pode entender a qualidade de
vida no trabalho como a forma de envolver as pessoas, trabalho e as
organizações.
Pode-se destacar a QVT através de vários itens, que em conjunto
interferem de alguma forma no desempenho dos colaboradores, assim a
organização deve satisfazer as necessidades físicas, psicologias e financeiras dos
colaboradores, ela deve se preocupar com aspectos como: ambiente de trabalho,
relações interpessoais, equipamentos e recursos disponíveis, alimentação, saúde,
segurança, remuneração, benefícios, enfim atender a tudo isso e estar sempre
buscando a resposta dos funcionários para identificar problemas e falhas e
consequentemente desenvolver soluções e melhorias.
No artigo Qualidade de Vida no Trabalho, extraído da Revista de
divulgação técnico científica, vol.2.nº08.p.75.jan.2006, Sucesso afirma:

"A qualidade de vida no trabalho diz respeito à renda capaz de satisfazer


as expectativas pessoais e sociais; ao orgulho pelo trabalho realizado; à
vida emocional satisfatória; à auto-estima; à imagem da
empresa/instituição junto à opinião pública; ao equilíbrio entre trabalho e
lazer; a condições sensatas de trabalho; às oportunidades e perspectivas
de carreira; a possibilidade de uso do potencial; ao respeito aos direitos; e
à justiça nas recompensas".

“A QVT é percebida como um conjunto de ações, programas e atitudes que


interferem em toda a organização, independentemente das funções de seus
colaboradores” (LIMONGI-FRANÇA, 2008, p.149). A QVT envolve tanto os
aspectos físicos como os aspectos psicológicos do local de trabalho, afeta atitudes
pessoais e comportamentos relevantes para a produtividade individual e grupal,
como motivação, flexibilidade e adaptação à mudança, liderança, relacionamentos
interpessoais, comunicação entre outros.
A QVT compreende as ações de uma empresa para implantar, manter e
diagnosticar melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas, humanas e de
estrutura, visando proporcionar condições plenas de desenvolvimento humano
durante a realização do trabalho.
A QVT de acordo com Chivenato (1999, p.391) “representa em que graus
os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades
pessoais através do seu trabalho na organização”. O autor ressalta ainda os
fatores de qualidade de vida no trabalho:

"A satisfação com o trabalho executado; as possibilidades de futuro na


organização; o reconhecimento pelos resultados alcançados; o salário
recebido; os benefícios auferidos; o relacionamento humano dentro do
grupo e da organização; o ambiente psicológico e físico do trabalho; a
liberdade e responsabilidade de decidir e as possibilidades de participar"
(Chiavenato, 1999, p.391).

Tanto as características individuais quanto as organizacionais são


determinantes para a qualidade de vida no trabalho. De acordo com Nadler &
Lawler (apud CHIAVENATO 1999, p.392) a QVT está fundamentada em quatro
aspectos:

1 Participação dos funcionários nas decisões.


2 Reestruturação do trabalho através do enriquecimento de tarefas e de
grupos autônomos de trabalho.
3 Inovação no sistema de recompensas para influenciar o clima
organizacional.
4 Melhoria no ambiente de trabalho tanto físico quanto psicológico.

O modelo de QVT de Walton estabelece oito fatores que afetam a QVT:

1 Compensação justa e adequada - remuneração do trabalho adequada.


2 Condições de segurança e saúde no trabalho - jornada de trabalho e
ambiente físico adequados.
3 Utilização e desenvolvimento de capacidades - desenvolver a
autonomia, autocontrole e obter informações sobre o processo total do
trabalho.
4 Oportunidades de crescimento contínuo e segurança - desenvolvimento
pessoal e segurança no emprego de forma duradoura.
5 Integração social na organização.
6 Constitucionalismo - estabelecimento de normas e regras da
organização, além de direitos e deveres do trabalhador.
7 Trabalho e espaço total de vida - o trabalho não deve absorver todo o
tempo e energia do trabalhador.
8 Relevância social da vida no trabalho - o trabalho como uma atividade
social que traga orgulho para a pessoa participar da organização
(CHIAVENATO, 1999, p.393).
Estes fatores são muito importantes para a análise e estudo da Qualidade
de Vida no Trabalho, essas oito categorias conceituais estão ligadas diretamente a
critérios de QVT, como mostra o quadro abaixo:

CRITÉRIOS INDICADORES DE QVT


Equidade interna e externa
1- COMPENSAÇÃO JUSTA E Justiça na compensação
ADEQUADA Partilha dos ganhos de produtividade
Proporcionalidade entre salários
Jornada de trabalho razoável
2- CONDIÇÕES DE TRABALHO Ambiente físico seguro e saudável
Ausência de insalubridade
Autonomia
Autocontrole relativo
3- USO E DESENVOLVIMENTO DE
Qualidades múltiplas
CAPACIDADES
Informações sobre o processo total do
trabalho
Possibilidade de carreira
4- OPORTUNIDADE DE Crescimento pessoal
CRESCIMENTO E SEGURANÇA Perspectiva de avanço salarial
Segurança de emprego
Ausência de preconceitos
Igualdade
5- INTEGRAÇÃO SOCIAL NA
Mobilidade
ORGANIZAÇÃO
Relacionamento
Senso comunitário
Direitos de proteção do trabalhador
Privacidade pessoal
6- CONSTITUCIONALISMO Liberdade de expressão
Tratamento imparcial
Direitos trabalhistas
Papel balanceado no trabalho
7- O TRABALHO E O ESPAÇO Estabilidade de horários
TOTAL DE VIDA Poucas mudanças geográficas
Tempo para lazer da família
Imagem da empresa
8 – RELEVANCIA SOCIAL DO Responsabilidade social da empresa
TRABALHO NA VIDA Responsabilidade pelos produtos
Práticas de emprego
Quadro 01: Categorias Conceituais de Qualidade de Vida no Trabalho –
QVT
FONTE: Fernandes (1996, p.48)

QVT se refere à percepção que o indivíduo tem das suas condições físicas
de trabalho, da sua equidade salarial, da qualidade das relações sociais, das
possibilidades de desenvolvimento e auto-realização inerente à sua tarefa e do
espaço para o crescimento e progresso profissional dentro da organização.
Através do acompanhamento da QVT a empresa mostra a importância em
valorizar os trabalhadores, enfatizando as condições físicas e psicológicas dos
mesmos, possibilitando oportunidades para estarem em sintonia com os objetivos
da instituição e com os seus objetivos individuais. Assim, ao investir em melhores
condições de vida no trabalho e do trabalhador, a empresa estará investindo
indiretamente na elaboração de seus produtos, garantindo uma melhor qualidade e
produtividade.

2.2.1 Evolução do conceito de QVT

O conceito de qualidade de vida no trabalho ao longo dos anos sofreu


evoluções na forma de ser entendido e como o seu conceito é amplo, não havendo
uma definição consensual. A QVT sempre foi um constante preocupação do
homem, com outras denominações, mas sempre no sentido de facilitar ou
proporcionar satisfação e bem estar ao trabalhador na execução de sua tarefa.
Ao conceituar QVT, embora muitos autores apresentem enfoques
diferentes, sempre se volta para a conciliação dos interesses dos indivíduos e das
empresas, ou seja, ao mesmo tempo que melhora a satisfação do trabalhador,
melhora a produtividade na empresa.
Algumas definições estão apresentadas no quadro abaixo:
PERIODO FOCO PRINCIPAL DEFINIÇÃO
A QVT foi tratada como reação
1959/1972 Variável individual ao trabalho ou as consequências
pessoais e de experiência de trabalho.
1969/1975 Abordagem A QVT dava ênfase ao indivíduo
antes de dar ênfase aos resultados
organizacionais, mas ao mesmo tempo era
vista como um elo dos projetos
cooperativos do trabalho gerencial.
A QVT foi o meio para o
engrandecimento do ambiente de trabalho e
1972/1975 Método
a execução de maior produtividade e
satisfação.
A QVT, como movimento, visa a
utilização dos termos “gerenciamento
1975/1980 Movimento participativo” e “democracia industrial” com
bastante frequência, invocador como ideais
do movimento.
A QVT é vista como um conceito
1979/1983 Tudo global e bem como uma forma de enfrentar
os problemas de qualidade e produtividade.
A globalização da definição terá
como consequência inevitável a descrença
Previsão Futura Nada
de alguns setores sobre o termo QVT. E
para estes QVT nada representará.
Quadro 02: Definições evolutivas da QVT na Visão de Nadler & Lawler
Fonte : Rodrigues (1994, p.81).

Atualmente vários autores destacam a QVT como um sistema que promove


a identidade do indivíduo com o seu trabalho, uma vez que os modelos de gestão
da atualidade estão cada vez mais se enfatizando nas pessoas e não tanto nas
leis de mercado que regem as empresas, surgindo à visão de que essas leis
devem estar equilibradas com os fatores que proporcionem saúde e satisfação
fazendo assim os empregados se sentirem parte integrante da empresa.

"QVT representa hoje a necessidade de valorização das condições de


trabalho, da definição de procedimentos da tarefa em si, do cuidado com
o ambiente físico e dos bons padrões de relacionamento, e do ponto de
vista da pessoa, do significado do trabalho e cargo ocupado" (BOOG,
2001, p. 238).

Ao longo dos períodos e das definições é possível verificar várias


referências visando entender a relação do indivíduo com o seu trabalho. É
necessário, ressaltar que o movimento de QVT possui origens formalmente
delimitadas na historia do pensamento administrativo.
2.2.2 Programa de qualidade de vida no trabalho – PQVT

Os programas de qualidade de vida no trabalho (PQVT) visam estabelecer


as melhores práticas que promovam satisfação pessoal e profissional aos
funcionários, buscam envolver todos os fatores relacionados ao trabalho, uma vez
que almejam o equilíbrio psicológico, físico e social do empregado no ambiente de
trabalho. O objetivo da implantação de um PQVT é gerar uma organização mais
humanizada.
Para a organização iniciar um Programa de Qualidade de Vida no Trabalho
não é tarefa simples. A concepção, implementação e execução de um PQVT
devem nascer da participação de todos na organização (dirigentes, gestores,
trabalhadores, usuários, clientes), instaurando-se uma cultura de bem-estar
coletivo e mudanças positivas no âmbito das condições, organização e relações
sócio-profissionais de trabalho. Isto significa, mais do que nunca, colocar no centro
das atenções o bem mais precioso de toda organização: seus colaboradores.
Os PQVT’s não devem ser implantados sem planejamento, devem incluir
estratégias de resolução de problemas organizacionais através de métodos
participativos, devem ser implantados através das necessidades da organização e
não como um modismo.

"O Programa de QVT pode ser analisado como uma maneira das
empresas renovarem suas organizações de trabalho, de modo que, ao
mesmo tempo em que se eleve o nível de satisfação do pessoal, se eleve
também a produtividade das empresas" (FERNANDES,1996, p.35).

Johnston,C.; Alexander, M. e Robin, M., em 1981 delinearam uma tipologia


sobre a QVT, citada por Fernades (1996, p.59-60) e pode ser considerado de
extrema importância para a implantação de um PQVT as seguintes etapas:
a) Sensibilização – é a fase em que representantes da organização,
sindicato e consultores trocam suas respectivas visões sobre o
conjunto das condições de trabalho e seus efeitos sobre o
funcionamento da organização e buscam juntos os meios de
modificá-las.
b) Preparação – é a fase onde são selecionados os mecanismos
institucionais necessários à condução da experiência, formando-se
a equipe do projeto, estruturando os modelos e os instrumentos a
serem utilizados.
c) Diagnóstico – esta fase compreende dois aspectos: a coleta de
informações sobre a natureza e funcionamento do sistema técnico,
e o levantamento do sistema social em termos de satisfação que
os trabalhadores envolvidos experimentam sobre suas condições
de trabalho.
d) Concepção e implantação do projeto – à luz das informações
colhidas na etapa precedente, a equipe do projeto, dispondo de um
perfil bastante preciso da situação, estabelece as prioridades e um
cronograma de implantação da mudança relativos a aspectos que
se mostraram passíveis de melhorias em termos de: tecnologia;
novas formas de organização do trabalho; métodos de gestão;
práticas e políticas de pessoal e ambiente físico.
e) Avaliação e difusão – embora a avaliação imediata de tais
projetos constitua-se em tarefa difícil pela dificuldade de
informações confiáveis, é necessária para prosseguir a
implantação das mudanças além do grupo experimental, bem
como para posterior difusão para outros setores.

O desenvolvimento e manutenção de um PQVT deve ser olhado de fora


para dentro, é preciso enxergar a empresa e as pessoas como um todo, o
ambiente de trabalho deve ser saudável, para que o empregado exerça sua
atividade da melhor maneira possível.
No artigo Qualidade de Vida no Trabalho, extraído da Revista de
divulgação técnico científica, vol.2.nº08.p.75.jan.2006, podem ser percebidos os
principais benefícios que um programa de qualidade de vida no trabalho pode
proporcionar a organização:
 Clima organizacional favorável: relacionamento empregador x empregado
saudável;
 Pessoas entusiasmadas, satisfeitas, motivadas, envolvidas e
comprometidas com os objetivos organizacionais e com os seus próprios
objetivos;
 Melhoria dos resultados econômicos e mensuráveis da empresa;
 Manutenção da integridade física e mental das pessoas.
O que ocorre em um PQVT é que várias ações são implementadas e
transformadas em programa ou plano de ação, para o atendimento das
necessidades dos funcionários e na satisfação dos mesmos em relação ao seu
trabalho, resultando assim, além dos benefícios para o empregado, na eficiência,
eficácia e na maior produtividade.

3 CONCLUSÃO

O presente artigo possibilitou o entendimento que a qualidade de vida no


trabalho hoje pode é percebida como uma forma de envolver pessoas, trabalho e
organizações, onde é relativamente importante a preocupação com o bem-estar do
trabalhador e com a eficácia organizacional.
Diante do exporto, fica claro que a relação homem e trabalho parece cada
vez mais conflitante, as empresas buscam ser cada vez mais competitivas em
mercados cada vez mais globalizados, isso exige maior eficiência na produção,
aumento da produtividade, jornada de trabalho, esforço físico, etc., afetando
diretamente à saúde física e mental do trabalhador. Sendo assim o foco na
Qualidade de Vida no Trabalho vem ganhando destaque e sendo cada vez mais
discutido e considerado como objeto de pesquisa pelas organizações.
Para que a organização obtenha sucesso com a gestão de pessoas aliadas
aos conceitos e ações de QVT, é necessário planejamento, implementação,
avaliação e manutenção de um Programa de Qualidade de Vida no Trabalho
(PQVT), é muito importante que a organização tenha um enfoque preventivo para
esta mudança. É necessário observar alguns aspectos, não se muda práticas de
forma efetiva sem mudança de consciência, deve ocorrer uma reciclagem de
valores, crenças e concepções que norteiam as práticas de gestão de pessoas da
organização, deve afirmar-se no foco de que “bem-estar” e “produtividade” devem
sempre andar juntos, fazendo com que o trabalho seja um promotor de construção
da identidade individual e coletiva. Ou seja, entender o trabalho como fonte
geradora de felicidade para quem dele vive e que promova o sucesso da missão
institucional da organização.
Por fim, principal objetivo da qualidade de vida no trabalho é proporcionar e
desenvolver um ambiente de trabalho que seja bom para os funcionários e
também para a empresa. A manutenção da qualidade de vida no trabalho é
conveniente para atender aos objetivos organizacionais através de investimento
em motivação, buscando alcançar maior produtividade o que desencadeia em
maior competitividade e crescimento, sendo base para o alcance das estratégias
das empresas.

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