I CAPÍTULO: GESTÃO DO FACTOR HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES
Actualmente, o elemento humano é que definirá as características e a cultura da sua
empresa. O factor humano dentro de uma organização interfere de diversas formas. As equipas precisam se relacionar bem para que o resultado seja satisfatório. A expressão “factores humanos” é geralmente usada para descrever a interacção de indivíduos uns com os outros, com equipamentos e instalações, e com sistemas de gestão. Esta expressão também é usada para descrever como essas interacções são influenciadas por um ambiente de trabalho e cultura. 1.1. O Factor Humano na gestão Na área empresarial, o conceito de factor humano, ou capital humano como também é chamado, é uma medida de valor obtida pela consideração de várias qualidades pessoais e profissionais dos colaboradores. Trata-se de um conjunto que envolve técnicas, habilidades, conhecimento e postura, que beneficia a execução de actividades laborais com mais eficiência e valor. 1.1.1. Diferentes visões do estudo do factor humano As diferentes visões de estudos do factor humano, em especial o das relações interpessoais, são de grande relevância. Antigamente, em empresas menores as relações humanas de trabalho não eram tão complexas quanto hoje, quando algumas fábricas chegam a empregar três mil pessoas em uma única unidade. Por isso a gestão de pessoas se tornou indispensável nas corporações. É preciso valorizar o capital humano para que os resultados sejam positivos e optimistas. Ao mesmo tempo, as empresas investem para minimizar os riscos, os acidentes, as doenças laborais, o absentísmo, os atritos, entre outros problemas que podem surgir. Elas precisam ter ciência que o capital humano é o seu principal recurso dentro da organização. Entendê-lo é fundamental. Pierre Weil, educador e psicólogo francês, divide as relações interpessoais nas empresas em três partes: Adaptação do homem ao trabalho – Classifica a pessoa por suas aptidões, gostos, interesses, personalidade. No trabalho, seu desempenho será melhor em actividades com objectivo claro; Adaptação do trabalho ao homem – As empresas precisam oferecer estruturas adequadas ao desenvolvimento do trabalho. Ergonomia, por exemplo, influencia na satisfação e saúde do trabalhador, bem como no rendimento e na qualidade do trabalho executado; Adaptação do homem ao homem – Um local de trabalho agradável que estimula a confiança mútua e o respeito humano eleva os níveis de satisfação e produtividade da equipa. Reflexo de boa liderança e investimentos em gestão de pessoas. 1.2. O que é o factor humano? “Os factores humanos referem-se a factores ambientais, organizacionais e profissionais, características humanas e individuais, que influenciam o comportamento no local de trabalho de uma forma que pode afetar a saúde e a segurança”. Os factores humanos, como o próprio nome sugere, estão relacionados a tudo que diz respeito à integridade física, mental, emocional e moral dos colaboradores. Isto representa a base que faz girar as grandes engrenagens das organizações. Os elementos que podem causar essas falhas humanas são divididos em algumas categorias: ▪ Factores Organizacionais → Cultura de Segurança deficiente, falta de recursos para trabalho, gerenciamento de risco não definido. ▪ Factores Gerenciais → Supervisão inadequada, falta de conhecimento prévio e de correcção de problemas, planeamento inadequado. ▪ Factores do Ambiente Físico → Ruído, humidade, iluminação, temperatura, ventilação, agentes tóxicos, vibração, etc. ▪ Factores Técnicos → Ferramentas defeituosas/inadequadas, ausência de equipamento de proteção individual, sinalização deficiente. ▪ Condição do Trabalhador → Falta de atenção, fadiga, estado emocional, visão, audição, comunicação deficiente. Empresas que desconsideram essa questão e não trabalham efectivamente para reduzir os índices de acidente estão sujeitas a diversos riscos e prejuízos. 1.2.1. O que são comportamentos de risco? Comportamento de risco é individual e reúne acções e comportamentos que cada pessoa apresenta em determinadas situações. Os profissionais que actuam na segurança e na gestão da empresa são responsáveis por identificar e conscientizar os trabalhadores sobre os perigos que certos comportamentos podem gerar.
Alguns dos procedimentos de riscos mais comuns no trabalho:
• Falta de atenção e trabalho acelerado, decorrentes da incessante busca pela produtividade. Isso gera desatenção e baixa qualidade do serviço; • Excesso de confiança no trabalho pode fazer com que o trabalhador relaxe com as medidas de segurança; • Uso de ferramentas e materiais antiquados e inseguros podem colocar funcionário e empresa em riscos; • Operar equipamentos e máquinas sem a devida capacitação. • Não extrapole nas brincadeiras, para que não se torne um comportamento de risco; • Nunca deixe usar correctamente os EPIs; • Os gestores devem implantar políticas de segurança dentro da realidade da empresa. Com atenção, orientação e supervisão contínua das actividades e dos trabalhadores. 1.2.2. Factores humanos que influenciam em comportamentos de risco O comportamento pessoal de cada um dos colaboradores interfere directamente em eventos adversos. A isso também chamamos de factor humano. Á ele estão ligados três factores: trabalho, indivíduo e a organização, que explicamos a seguir. Mas antes disso, precisamos entender melhor o que são os comportamentos de risco. As condutas de cada pessoa no ambiente laboral. Estas podem ser diferentes de pessoa para pessoa e podem até ocasionar sérios acidentes. Algumas delas já mencionamos acima, como as brincadeiras impróprias ou a desatenção. Mas também podemos destacar o cansaço, a deficiência visual, o consumo de drogas ou de álcool, o excesso de velocidade, desrespeitar a distância mínima entre um veículo e outro, entre tantos outros factores humanos de risco, são elementos que correspondem a cerca de 80% dos acidentes no trabalho. Trabalho Todos os departamentos e procedimentos do trabalho devem seguir normas e padrões pré-estabelecidos. Carga horária, ambiente e condutas, devem estar dentro dos padrões da ergonomia. As limitações humanas e seus pontos fortes devem ser considerados sempre e estarem de acordo com o ambiente laboral. Não fornecer ambientes e condições de trabalhos dignos pode gerar comportamentos de risco. Indivíduo O ser humano já vem dotado de atitudes, comportamentos, hábitos que fazem parte da sua personalidade. Factores que podem ser positivos ou negativos, dependendo da actividade profissional que ele exerce. Eles podem influenciar ou não na segurança do trabalho. Por isso os gestores devem incentivar posturas correctas e coerentes entre os membros da equipa. A organização Constituir uma organização exige cautela também na idealização dos postos de trabalho. Muitos factores devem ser considerados e não podem ser negligenciados. Entre eles, a liderança e os padrões da cultura, do trabalho e de segurança.
São factores que podem influenciar de forma positiva ou negativa no comportamento
individual e colectivo da equipa. Também podem estar relacionados na forma, como e onde o trabalhador desempenha sua tarefa.
1.2.3. Qual a melhor forma de gerir factores humanos
A maioria dos acidentes de trabalho são considerados “actos inseguros”, os chamados “erros humanos”. Isso supõe que são causados por comportamentos incoerentes às normas da empresa, sendo responsabilidade total dos funcionários. Diante dessa situação, as organizações não devem se isentar e devem tomar as medidas necessárias a fim de evitar complicações futuras, como por exemplo: • Enxergar o problema como possibilidade de discussão para que se torne aprendizado colectivo revertido em benefícios e melhorias de estrutura. • Garantir a confiança dos trabalhadores acidentados e demais colegas, para que se mantenham motivados na realização das suas actividades e para que não percam sua identificação com a empresa. Além desses dois levantamentos mais subjectivos, existem medidas concretas que podem ser aplicadas no quotidiano das organizações a fim de minimizar os problemas: • Sinalização e treinamentos adequados. • Oferecimento de mecanismos de protecção e equipamentos para trabalho de qualidade. • Garantir uma comunicação eficaz e segura, sem ruídos. • Atenção às condições físicas e emocionais dos funcionários . • Reforçar a auto-estima e comprometimento dos colaboradores com a empresa. Além de um bom planeamento, as empresas precisam ter recursos suficientes para garantir uma estrutura minimamente adequada. Gigantes corporativas como o Google, IBM, Nielsen, Embraer e McKinsey são exemplos de empresas que aprimoraram suas estruturas e colheram bons frutos, aplicando estratégias com foco em melhorar o dia-a-dia das pessoas. 1.2.4. Por que estes factores devem ser tão relevantes para as organizações? A preocupação com a segurança, saúde e bem-estar dos funcionários não é somente uma medida básica que deve ser atendida pelas empresas. É também uma forma directa de melhorar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Promover o bom relacionamento, investir em um ambiente de trabalho agradável e demonstrar preocupação com a condição física e emocional de todos são acções que valorizam o trabalhador e geram um sentimento de pertença por parte dele. Isso pode ser muito positivo tanto para a empresa quanto para os trabalhadores. 1.3. Principais desafios na gestão do factor humano A Gestão de pessoas é um desafio diário, tanto para quem está em recursos humanos, quanto para os próprios líderes da organização. Lidar com as subjectividades dos funcionários, compreender suas necessidades e conciliá-las aos objectivos organizacionais exige um trabalho constante de análise e busca de soluções. Podemos pensar que somente a nossa organização passa por momentos de dificuldade, quanto se trata da gestão do factor humano, mas a verdade, é que todas enfrentam esse desafio. Assim alistamos a seguir os cinco (5) principais desafios. 1. Humanização das Relações X Resultados O mercado de trabalho actual é bastante competitivo, e ter os melhores profissionais requer das empresas uma postura mais humana em relação a seu pessoal. Não basta dispor apenas de profissionais com grande capacitação técnica. As empresas precisam trabalhar e valorizar as atitudes, e isso se inicia, já a partir da sua liderança. Considerar que cada profissional que trabalha na organização tem seus potenciais, e também suas limitações; que as emoções influenciam na produtividade e no relacionamento interpessoal no trabalho; que a vida pessoal impacta directamente na vida profissional e que é impossível dissociar pessoal e profissional, são algumas das reflexões que gestores de pessoas devem fazer para compreender a dimensão humana e superar a visão estritamente económica da empresa. Em outras palavras, a organização deve avaliar resultados não focando apenas no facturamento, mas também na qualidade de vida que proporciona a seus funcionários. E isso só pode ser atingido se houver humanização nas relações no ambiente de trabalho, deixando de ver os funcionários apenas como números ou crachás e passando a entendê-los em toda sua complexidade. 2. Produção X Aprendizado A busca incessante por maior produtividade, eficiência e competitividade faz com que os indicadores de desempenho da organização estejam bastante voltados para a redução de gastos e melhor aproveitamento do tempo, colocando em xeque a necessidade de aprendizado dos funcionários. Um funcionário que se ausenta de seu posto de trabalho por 5 dias para uma capacitação gera num primeiro momento, um certo tipo de “perda” para a organização, seja na sobrecarga de outros trabalhadores ou no atraso de determinadas tarefas. Em contrapartida, se o funcionário não é capacitado, perde a oportunidade de trazer melhorias reais para o negócio. Saber equilibrar essa equação é também um dos grandes desafios actuais da gestão de pessoas, pois todo tipo de treinamento ou capacitação deve trazer resultados que possam ser convertidos em ganhos em algum momento. Isso significa que os treinamentos e capacitações devem trazer conhecimento aplicável, percebido e mensurável tanto pela equipa quanto pelos gestores. Desta forma, é possível desenvolver mecanismos de acompanhamento e controlo que auxiliem no estabelecimento de horas mínimas de capacitação por funcionário e de expectativas de melhoria nos processos organizacionais. 3. Treinamento X Custos Outro dilema enfrentado pela gestão de pessoas é chegar a um equilíbrio que permita treinar os funcionários sem aumentar as despesas da empresa, de maneira que o aprimoramento contínuo se torne viável dentro de uma relação custo x benefício. Sabemos o quanto um treinamento pode representar de investimentos para a empresa, especialmente se você pretende capacitar um grande time. É por isso que os treinamentos in company, que são customizados segundo as necessidades de cada organização, estão se tornando cada vez mais importantes. Ao invés de enviar um funcionário para ser capacitado e esperar que ele transmita todo o conhecimento para seus pares, a empresa traz o treinamento para dentro de casa, que será desenvolvido segundo a cultura interna e as reais necessidades de desenvolvimento das equipas, trazendo economia de recursos e aumento do potencial de aplicabilidade dos conhecimentos. Isso tudo, sem contar na perda que ocorre na multiplicação de conhecimentos por funcionários que nem sempre tem preparação, vocação ou desejam cumprir esse papel. 4. Tecnologia X Produtividade O avanço das tecnologias e o uso constante das mesmas por meio de smartphones e tablets, sem contar o acesso a milhares de plataformas via internet, constitui uma das barreiras mais temidas pelas empresas. Como conciliar o uso dessas tecnologias sem afectar a produtividade dos funcionários? Um exemplo bastante actual são os aplicativos de troca de mensagens pessoais como o WhatsApp que, quando usados sem moderação, podem atrapalhar a produtividade e a rotina de empresas de vários sectores. Além dele, podemos pensar em outras soluções que são importantes para a actividade laboral e que, ao mesmo tempo, podem tirar a atenção das pessoas, como as redes sociais e ferramentas de busca na web. A proibição sumária de acesso a estas plataformas é inviável, visto que as pessoas podem acessá-las por meio de dispositivos móveis pessoais. Sendo assim, a melhor saída é conscientizar os profissionais a respeito do uso responsável dessas tecnologias, orientando-os para utilizarem essas soluções em prol de suas actividades laborais, deixando o lazer e a distracção para os momentos propícios a isso. Para tanto, uma comunicação interna eficiente é fundamental. 5. Inovação X Cultura Interna O quinto e último desafio da gestão de pessoas, diz respeito à criação de uma cultura de inovação na empresa que não afecte a cultura interna existente — ou seja, que mantenha os valores da organização. A entrada de profissionais mais jovens por si só já traz uma enorme pressão por modificações no ambiente interno, como jornadas de trabalho mais flexíveis, ambientes descontraídos, sem padrões de vestimenta, possibilidade de home office, entre outros. Mas quando essa nova cultura se choca com a cultura já estabelecida, a gestão de pessoas tem que actuar como mediadora das relações, buscando conciliar os interesses de forma que a empresa siga crescendo fiel à sua proposta de valor. Evitar conflitos interpessoais ao mesmo tempo em que se busca desenvolver novas soluções que tragam maior competitividade ao negócio pode ser um trabalho bastante difícil para quem tem a missão de gerir pessoas. O que você tem que fazer, neste sentido, é investir cada vez mais na comunicação interna, em acções de integração, treinamentos, orientação de carreira e quando oportuno, sessões de coaching, para que seja possível encontrar caminhos mais adequados para times tão diversos e multidisciplinares. Todos os desafios que vimos têm algo em comum: podem ser superados ou minimizados por meio de treinamentos direccionados às necessidades da sua empresa. 1.4. Como melhorar o resultado do Factor Humano O capital humano é um dos principais alicerces de sustentação de uma empresa. São os colaboradores que executam as actividades operacionais, garantindo o pleno funcionamento de todo o negócio. Por isso, melhorar o desempenho da equipa é uma estratégia elementar dentro da gestão, já que contribui de forma significativa para o desenvolvimento da organização empresarial. Os gestores responsáveis pelo capital humano devem ter em mente que para manter uma equipa motivada e colaborativa não é necessário consumir muitos recursos e investimentos — é possível melhorar a performance do grupo de trabalho por meio de medidas simples no quotidiano. Além disso, funcionários valorizados, engajados, alinhados e fortalecidos aumentam a produtividade, ampliam o conhecimento e assumem uma postura mais activa, contribuindo para o processo de desenvolvimento tanto da empresa quanto dos próprios colegas de equipa. Desta forma, valorizar o colaborador é sinónimo de eficiência e optimização em todas as frentes. Vejamos algumas acções: 1. Demonstre apreço por todos os membros da equipa Conhecer bem cada membro do grupo de trabalho é importante para se envolver com a vida de cada um e construir uma relação de confiança. Procure conhecer seus sonhos, suas ambições, o que mais os incomoda, suas preferências, o seu nível de comprometimento com a empresa, suas competências e suas metas profissionais e pessoais. É importante manter uma relação de respeito e cordialidade com aqueles que trabalham com você. Reconhecer as qualidades de todos faz o grupo se sentir feliz e recompensado. O gestor precisa entender que os colaboradores passam grande parte do seu dia dentro da empresa e essa convivência frequente, diária e intensa acaba gerando a necessidade de estabelecer vínculos com os colegas e os superiores. Isso deve ser feito por meio do respeito, do entendimento com relação às características e individualidades de cada colaborador e com o cuidado na forma como os problemas e as soluções são geridas. Além disso, é importante compreender os pontos fracos da equipa e trabalhar em cima deles para melhorá-los. Dessa forma, todos estarão motivados e dispostos a dar o seu melhor e a promover o crescimento da organização. 2. Aposte na cultura do feedback Os feedbacks têm o objectivo de informar aos colaboradores como eles estão se saindo e, com isso, ajudá-los a melhorar comportamentos e desenvolver bons resultados. Para isso, é fundamental fornecer pareceres que sejam construtivos e que elevem a produtividade dos avaliados. O feedback pode ser colectivo ou individual e deve ser frequente, respeitoso e não ter forma de lição de moral ou bronca. Reconheça os feitos, os aprendizados, as atitudes e as conquistas de todos. Comece elogiando os trabalhos que foram bem realizados — isso é importante para mostrar que você sabe reconhecer os pontos de acerto. Depois, faça uma crítica construtiva, afinal, é necessário apontar os erros, mas também é preciso sugerir formas de melhorar e se adaptar ao que a empresa busca no momento. Por fim, incentive o colaborador e diga que confia no seu potencial. É importante destacar que os feedbacks negativos relacionados a um colaborador em específico sempre devem ser feitos de forma privada, evitando constrangimento ou qualquer situação de desconforto para o seu colaborador. Outra questão interessante relacionada com o feedback é que o gestor também deve estar aberto para receber feedbacks do seu time. Essa prática demonstra que a opinião deles também é importante e que as críticas são vistas pela empresa como uma forma de construir e melhorar o relacionamento entre todos, independente do nível hierárquico ocupado. 3. Deixe claro quais são as metas da empresa Outra acção importante para melhorar o desempenho da equipa e garantir bons resultados é compartilhar com todos as metas e objectivos da empresa. Sabendo onde a organização deseja chegar, é mais fácil assimilar as informações e os motivos para se realizar um bom trabalho. Existem cinco tipos de metas principais, que podem ser classificadas em específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais — e todas devem gerar algum tipo de evolução para a companhia. Além disso, elas precisam ser desafiadoras, superáveis e viáveis. É imprescindível incentivar o grupo a encarar as dificuldades que surgirem no caminho e a superar os desafios. Para que isso ocorra da melhor maneira possível invista em um bom planeamento. Avalie as possibilidades de execução, numere as acções que devem ser tomadas e defina quais são os recursos disponíveis para viabilizar o planeamento. 4. Proporcione tarefas interessantes Quando a equipa tem uma rotina de trabalho desagradável, monótona e ainda recebe trabalhos pouco desafiadores e que não exploram as suas habilidades e competências, os integrantes podem ficar desmotivados. Pensando nisso, ao delegar uma tarefa, procure deixá-la mais interessante e desafiadora. Quanto maior a capacidade do funcionário, maior deve ser o desafio. E quanto maior o desafio, maior a recompensa. Uma sugestão interessante é criar times específicos para participar de projectos estratégicos dentro da organização. O gestor pode criar grupos de trabalho direccionados para realizar pesquisas de mercado ou colecta de informações para desenvolvimento de novos produtos e serviços. Depois de realizado o projecto, os colaboradores podem ser incentivados a apresentar os resultados para toda a equipa, que avaliará, conjuntamente, a viabilidade de colocar a ideia em prática. Um time produtivo deve sempre buscar gerar avanços significativos e sair do óbvio. Por isso, antes de confiar uma função a alguém, o gestor precisa analisar a necessidade de proporcionar capacitação para a equipa. Incentivar a inovação e a busca pelo conhecimento é uma forma de demonstrar que o colaborador é importante para a empresa e que a gestão tem interesse na contribuição deste profissional para o crescimento do negócio. 5. Crie confiança entre os membros Além de mostrar que acredita na equipa, o gestor precisa gerar confiança entre os colaboradores. Quanto mais o indivíduo está mais seguro do seu trabalho, mais ele se torna criativo, inovador e aberto a novas ideias. Para criar um ambiente confortável e seguro, é fundamental agir verdadeiramente de acordo com o que você espera dos seus colegas de trabalho. Dessa forma, eles entenderão que todos estão alinhados e trabalhando juntos para alcançar os objectivos. Pessoas que não se sentem confiantes tendem a retrair suas dúvidas, opiniões, ideias e observações. Com o tempo, isso pode gerar desmotivação e uma grande perda de património intelectual. 6. Estimule o espírito de equipa Indivíduos que se identificam com o grupo de trabalho tendem a ter uma visão colectiva e começam a entender que o sucesso delas está ligado, também, ao sucesso do time. Com isso, a ideia de todos se torna importante e passa a ser respeitada. Esse sentimento de pertença gera empatia, melhora o relacionamento interpessoal, aumenta o senso de responsabilidade e proporciona uma postura colaborativa. Os profissionais precisam compreender que acções praticadas em grupo podem gerar resultados mais satisfatórios que atitudes individuais. Dessa maneira, a empresa que estimula o espírito de equipe nos colaboradores conquista maiores elos de lealdade e colaboração, produzindo um maior engajamento colectivo. 7. Crie programas de incentivo É fundamental saber reconhecer e recompensar a equipa sempre que um trabalho for bem executado. Procure estimular os profissionais da sua empresa por meio de um programa de incentivo. Você pode proporcionar, por exemplo, benefícios como omissões por metas alcançadas. Mas a gratificação não precisa ser, necessariamente, financeira. É possível oferecer outras vantagens, como cursos, folgas, ingressos para cinema ou teatro, vale-compras ou passeios. Escolha a premiação de acordo com as preferências do grupo e com as condições da empresa. O desempenho dos colaboradores está directamente ligado ao potencial da empresa. Para promover mudanças no ambiente de trabalho é preciso, muito além de cobrar, motivar e inspirar os funcionários. Definir estratégias, metas e programas de incentivo ajuda a melhorar o desempenho da equipa e garantir bons resultados para a organização. 8. Invista e estimule a comunicação Muitos gestores não têm noção do impacto que a comunicação gera dentro da empresa. Esta é sem dúvida uma das questões mais importantes no planeamento e na melhoria do desempenho das equipas. Por isso, a empresa deve investir em bons canais de comunicação, incentivando os sectores a manter um diálogo eficiente e criando mecanismos para evitar ruídos ou inconsistências de informações entre os colaboradores. Além de causar efeitos positivos na rotina de trabalho com clientes e fornecedores, a comunicação quando bem desenvolvida, contribui para evitar equívocos e conflitos entre os membros da equipa. 9. Incentive o desenvolvimento profissional e pessoal A empresa é uma grande responsável pelo incentivo ao treinamento profissional e pessoal dos seus colaboradores. Por isso, invista na realização de cursos e palestras e incentive o seu time a dedicar um tempo para a sua formação e qualificação profissional. 10. Adopte uma postura equânime Dentro de uma equipe é normal que existam profissionais que se destacam dos demais, especialmente em razão de habilidades e características favoráveis para a execução de suas actividades. Os gestores não só podem, como devem valorizar e incentivar estes colaboradores. Entretanto, é preciso tomar cuidado para que sua postura, enquanto gestor e líder, não favoreça alguns em detrimento de outros. Invista em acções que destaquem estes funcionários como uma referência positiva e um exemplo para os demais, mas tome muito cuidado para que os demais não se sintam desfavorecidos ou prejudicados por não terem as mesmas competências que o colega que está se destacando.
11. Seja um bom exemplo para os seus colaboradores
Um líder deve ser uma figura exemplar dentro da organização empresarial. Por isso, se você é gestor e líder e espera que os seus funcionários tenham atitudes proactivas, contribuam para a empresa, sejam educados, invistam na formação pessoal e participem de forma activa das actividades da empresa, é imprescindível que estes comportamentos comecem por você. As equipas que têm o apoio de um bom líder, se espelham no seu exemplo e nas suas realizações e usam a figura do gestor como uma referência para a execução das próprias tarefas. Ser um bom exemplo é fundamental para que você alcance bons resultados e possa visualizar uma mudança de comportamento na equipa, focada na melhora do desempenho e no crescimento da organização empresarial. 12. Forneça boas ferramentas de trabalho Por fim, a melhora do desempenho e o aumento da produtividade estão atrelados ao ambiente no qual os funcionários estão inseridos. Neste sentido, é importante que a empresa invista em infra-estrutura e ferramentas de trabalho adequadas. Sem um ambiente confortável e boas ferramentas é impossível melhorar os resultados da sua equipa. Esta dica pode ser adaptada às diferentes demandas de cada empresa. De forma geral, um exemplo bem comum está na oferta de recursos tecnológicos que auxiliem no trabalho desenvolvido no dia-a-dia da empresa. Isso inclui, por exemplo, a ofert de computadores e smartphones com acesso a uma internet de qualidade, softwares de gestão e organização que facilitem a execução das actividades rotineiras e um ambiente de trabalho bem iluminado e silencioso. Pequenas mudanças na infra-estrutura e na rotina de trabalho podem representar grandes resultados na melhora do desempenho do time, na motivação e na entrega de um trabalho muito mais eficiente e focados em resultados.