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SAUDE E SEGURANÇA DO

TRABALHO NA CONSTRUÇÃO
CIVIL
SEGURANÇA DO TRABALHO:
UM MINUTO DA SUA

ATENÇÃO
!
Segundo dados estatísticos do INSS, a construção civil é a atividade econômica que
mais mata trabalhadores no Brasil. Considerando apenas os empregados
formalmente vinculados aos CNAES (Classificação Nacional de Atividade
Econômica) que integram a Construção (Setor F).
A primeira questão mais óbvia que provavelmente vem à mente de quem lê
essas informações é: por que morrem tantos trabalhadores na construção civil?
Aspectos da gestão empresarial

Um dos argumento defendido é que há um padrão de gestão do trabalho predominantemente


predatório no Brasil, aqui particularmente analisado o caso da construção civil.

Isso significa um comportamento empresarial que tende a não respeitar qualquer limite que
considere impeditivo ao processo de acumulo de riquezas, gerando consequências nocivas
para a saúde e segurança dos trabalhadores, incluindo sua morte.
TECNOLOGIA
A adoção de tecnologia pelas empresas é seletiva, e tende a não incluir aquelas que
versam sobre segurança do trabalho. Ao reverso, as iniciativas predominantes de
resistência à incorporação de novas tecnologias mais seguras.
NORMAS
REGULAMENTADORAS
O padrão de gestão aqui analisado também se expressa na ampla resistência
empresarial contra as normas de segurança do trabalho, seja na evolução das
prescrições normativas, seja no cumprimento das disposições vigentes. Todos os
anos, os itens das Normas Regulamentadoras (incluindo a NR 18, concernente à
construção civil) mais elementares são aqueles mais flagrados sendo descumpridos
pelas empresas.
A análise dos acidentes sobre os quais se obtiveram elementos
esclarecedores possibilitou concluir que a transgressão frontal
às normas de segurança foi a principal responsável pelas mortes
no trabalho. As quedas de altura, causa maior dos acidentes
fatais no setor, seriam drasticamente reduzidas se respeitados
princípios elementares de proteção coletiva presentes na NR-18.
TERCEIRIZAÇÃO
As práticas de terceirização presentes, utilizadas para a redução de custos da mão-de-
obra, caracterizam-se por uma sequência de subcontratações, inclusive ilegais, que
colocam os operários em condições e relações laborais cada vez mais precárias e
menos protegidas socialmente.

Em atividade ilustradas num canteiro de obras, percebeu que a preocupação com os


riscos ambientais contemplavam apenas as atividades dos trabalhadores diretamente
contratados
terceirização pode ser formada com a contratação de trabalhadores

por meio de Micro Empreendedores Individuais (MEI).

Quanto às omissões, as empresas tendem a não tomar medidas para identificar,


eliminar ou controlar os riscos aos quais os trabalhadores terceirizados estão
expostos, ou, quando muito, a fazê-lo menos do que em comparação aos
trabalhadores diretamente contratados.
Percebe-se que, além do empreiteiro principal, a responsabilidade pela
implementação e fiscalização pelo cumprimento das medidas de segurança
também é daquele indivíduo ou organismo que exerce o controle sobre o
conjunto da atividade. Em regra, nas obras destinadas à exploração de atividade
econômica, em especial na construção civil, atuam várias empreiteiras
cujas ações são coordenadas pela empresa que é dona do empreendimento e,
por consequência, cabe a essa empresa a fiscalização pelo cumprimento das
normas de segurança e saúde no trabalho.
MERCADO DE TRABALHO
O chamado mercado de trabalho é um ambiente, em termos teóricos,onde são estabelecidos
os condicionantes das relações entre empregadores e empregados. Ali se definiriam, por
hipótese, entre outras coisas,rendimentos, benefícios, condições e relações de trabalho

O setor da construção civil sempre foi caracterizado pela preponderância de condições


altamente desfavoráveis aos trabalhadores, revelando que as mazelas, realidade das mais
diversas atividades laborais, são ali potencializadas, resultado das estruturas históricas de
péssimas condições e relações de trabalho.
COMPORTAMENTO SEGURO

Aspectos humanos do acidente de trabalho

FALTA DE ATENÇÃO
FALTA DE CONCENTRAÇÃO
FALTA DE FOCO
TRAÇOS DE PERSONALIDADE

“ACIDENTES DE TRABALHO – Fator humano. Contribuições da psicologia


do trabalho, atividades de prevenção”
José Augusto Dela Coleta, Editora Atlas, 1991.
COMPORTAMENTO SEGURO

FALTA DE ATENÇÃO E ACIDENTES


DO TRABALHO
“O estresse provoca a atitude negligente e a falta de atenção. Qualquer desequilíbrio emocional
diminui o rendimento profissional. Quanto mais o funcionário evitar problemas emocionais, mais
seguro ele estará dentro da empresa.”

Marcelo Pustiglione, médico do trabalho e professor


de Medicina do Trabalho da USP.
COMPORTAMENTO SEGURO

SOLUÇÕES
IMPLANTAÇÃO DE PROCESSOS:

Aplicação das NRs Orientações já na integração


Fornecimento de EPIs e outros
Equipamentos e postos de trabalho mais seguros
Treinamentos, DSS, CIPA, SIPAT, campanhas, etc

Apesar de todos esses esforços, os acidentes continuam


acontecendo
COMPORTAMENTO SEGURO
FALHA DE ATENÇÃO NO
PROCESSO
O SUCESSO DO PROCESSO ESTÁ:
20% NAS QUESTÕES
TÉCNICAS

80% NAS QUESTÕES

COMPORTAMENTAIS
COMPORTAMENTO SEGURO

ATENÇÃO NO INDIVÍDUO
Instrumentos para estimular e consolidar a prática do comportamento
seguro

1. Visão
2. Foco
3. Conflito

4. Equipe

5. Ação
COMPORTAMENTO SEGURO

1. VISÃO
Uma visão ampla permite ao indivíduo perceber sua posição no Universo e expandir seu
potencial. Buscar a visão sistêmica e sair da visão linear.

• Conhecer a verdadeira dimensão de si próprio, sua importância na sociedade e a importância de estar


bem para atingir seus objetivos

• Perceber integralmente o ambiente em que atua, como funciona, seus riscos em potencial e qual o seu
papel nesse contexto

• Conhecer todo o processo de um acidente, desde a ocorrência e


principalmente todas as consequências físicas, emocionais, materiais
e financeiras
COMPORTAMENTO SEGURO

O mundo não é como você o vê.


É apenas a sua mente que vê
assim.
Portanto a sua vida pode ser um
inferno ou paraíso, a liberdade
ou prisão.
A compreensão disto fará toda a
diferença.
COMPORTAMENTO SEGURO

2. FOCO
Capacidade de nos concentrar, perceber o clima, nos ajustar e
agir com clareza e ética. É a busca constante do equilíbrio.

• O exercício de manter o foco é a principal ferramenta para combater a falta de atenção. Utilizar técnicas de
centramento.

• Treinar o indivíduo e a equipe em como criar um “tensor” positivo no ambiente de trabalho para
favorecer o foco na atenção

• Como evitar que uma mente perturbada por problemas diversos, atitudes negligentes ou um ambiente
conturbado perca o foco e a
atenção
• Implantar processos que auxiliem o indivíduo a manter o foco na segurança (comunicação,
sinalização, sistematização de atitudes)
COMPORTAMENTO SEGURO

3. CONFLITO
Principal causa da perturbação mental que prejudica o foco e a atenção. Pode ter origem
em fatores internos como problemas pessoais ou externos, gerados no próprio ambiente
de trabalho.

• Estudo comprovou que funcionários submetidos à um ambiente estressante têm risco


maior de problemas cardíacos. As causas do estresse estão ligadas à falta de habilidade
dos gestores em lidar com as pessoas e a falta da boa capacidade de relacionamento
entre elas.

Anna Nyberg, Universidade de Estocolmo, Instituto Karolinska, Universidade de


Londres e Instituto Finlandês de Riscos Ocupacionais, 2009.
COMPORTAMENTO SEGURO

CONFLITO

Evitar ou saber administrar conflitos evita o


estresse, que evita a falta de foco e atenção,
que evita o comportamento negligente e o
possível acidente.
COMPORTAMENTO SEGURO

4. EQUIPE
Trata-se do complexo processo de relacionamentos interpessoais
e intersetoriais e inclui a habilidade de geração de harmonia.

• No contexto da segurança é fundamental o treinamento do trabalho em equipe,


principalmente para combater a atitude clássica “não é problema meu”

• O colaborador precisa compreender claramente o seu papel como agente promotor não
apenas da sua própria segurança mas de toda a equipe, despertando nele o senso de
responsabilidade, cooperação, solidariedade e cidadania.
• O treinamento do trabalho em equipe permite ampliar e fortalecer o arsenal necessário
para combater o acidente
5. AÇÃO
É a capacidade de tomada de decisão, planejamento, condução,
direcionamento e gestão de processos.

• É a fase de “arregaçar as mangas” e botar as coisas em prática. Sair do plano das


discussões para as ações.
• Coordenar toda a equipe no sentido de atuar de forma eficiente e eficáz nas questões de
segurança. Como fazer e o que fazer.
• Preparar o indivíduo e a equipe para tomada de
decisão.
COMPORTAMENTO SEGURO

OBRIGADO E UM
ABRAÇO A
TODOS!

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