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SEGURANÇA PARA

TRABALHOS EM
SUBESTAÇÕES
SEGURANÇA
PARA TRABALHOS EM SUBESTAÇÕES

ÍNDICE

Assunto Página

Apresentação 2

Introdução 3

Alguns conceitos sobre segurança 4

Regras de ouro 5

Funções e responsabilidades 6a8

Inspeção e fiscalização do trabalho 8e9

Equipamentos de proteção individual e coletiva 10 a 15

Sinalização de advertência 16

Execução de trabalhos em subestações 16 a 18

Segurança patrimonial das subestações 18 e 19

Execução dos procedimentos de segurança 19 a 30

Um toque de segurança para trabalhos em SE 30 a 37

Um toque de segurança no trânsito 38 a 46

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SEGURANÇA
PARA TRABALHOS EM SUBESTAÇÕES

APRESENTAÇÃO

A Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG considera que, para alcançar eficácia
em seus negócios, é necessário serem adequadamente protegidos seus empregados: próprios,
contratados, de empresas contratadas, bem como a comunidade, direta ou indiretamente afetada por
seu sistema operacional.

A Política de Saúde, Segurança e Bem-estar, bem como a Declaração de Princípios Éticos e


Código de Conduta Profissional da CEMIG, tem como premissa a segurança das pessoas
envolvidas no escopo da empresa.

A segurança é inerente ao trabalho. Nenhum trabalho pode ser feito sem segurança. Nem
urgência, nem importância, nem qualquer outra razão poderá ser invocada para justificar a falta de
segurança no trabalho.

O cumprimento das ações relativas à promoção da saúde e segurança é compromisso de


todos os empregados: próprios, contratados e de empresas contratadas independente do nível
hierárquico.

Trabalho elaborado por:


Filipe Barcelos Resende
Luis Goulart Mendes Aprovado por:
Wagner Passos Garcia Rodolfo de Souza Monteiro

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Belo Horizonte, 11 de Novembro de 2008

INTRODUÇÃO

Esse documento possui orientações básicas sobre a segurança para trabalhos em subestações,
sendo que as informações foram extraídas de literaturas ou documentos oficiais. Contém um toque
ou uma sinopse sobre o que entendemos ser mais importante para ser divulgado às pessoas que
acessam às subestações, principalmente os visitantes e prestadores de serviços. É uma boa fonte de
consulta, entretanto não substitui as Instruções Específicas de Manutenção, Instruções de
Trabalho, Normas Regulamentadoras e outros documentos oficiais sobre os temas abordados.

É notória a evolução dos Procedimentos de Segurança nas Subestações, resultante da contínua


revisão nos padrões, contudo a disseminação dos novos métodos de trabalho nem sempre ocorre na
mesma velocidade das mudanças, gerando potenciais de risco de acidentes.

Atenta à meta de acidente zero com equipes próprias, de outros órgãos e de prestadores de
serviços, a Gerência de Manutenção da Distribuição Centro emite esta cartilha visando reforçar as
regras aplicáveis à segurança do trabalho nas subestações.

Espera-se que, cientes da existência das regras, todos possam providenciar ou buscar os
treinamentos e esclarecimentos necessários para desempenhar suas atividades com base em padrões
atualizados.

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1 - ALGUNS CONCEITOS SOBRE SEGURANÇA

Incidente: Evento que resultou em acidente ou que tem o potencial de resultar em acidente. Um
incidente onde não ocorra doença, lesão, dano ou outras perdas, também é denominado “quase
acidente”. O termo incidente inclui quase acidente.

Acidente: Evento indesejável que resulta em morte, doença, dano ou outras perdas.

Condição Insegura: São fatores existentes no ambiente de trabalho e que causam ou contribuem
para a ocorrência dos acidentes.

Exemplos de condições inseguras:

Falta de delimitações de áreas;


Equipamento elétrico não aterrado;
Falta de sinalização ou iluminação;
Falta de equipamentos e ferramentas adequadas.

Prática insegura: As práticas inseguras são atitudes de risco e representam as principais causas de
acidentes no mundo. Realizar uma determinada ação – seja no trabalho, no trânsito, em casa, na rua
– sem medir os riscos e as conseqüências que ela pode trazer, pode ser considerado uma prática
insegura.

Exemplos de práticas inseguras:

Não cumprir os procedimentos e instruções


de trabalho;
Utilizar EPI - Equipamentos de Proteção
Individual incorretamente ou não utilizá-los;
Operar equipamento sem autorização;
Utilizar ferramentas de maneira inadequada.

As estatísticas confirmam que, para cada 1.000 práticas inseguras cometidas, acontecem 600
quase-acidentes, 30 acidentes com danos materiais, 10 lesões leves e 1 morte ou lesão grave. Ao

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adotarmos a cultura de combate às práticas inseguras, estaremos atuando na diminuição das mortes,
lesões, danos materiais e dos quase-acidentes.

Proatividadade: É a capacidade ou o hábito de se antecipar aos acontecimentos. A pessoa proativa


toma a iniciativa de realizar alguma tarefa antes que seja cobrada por isso ou que outro perceba a
necessidade. Ela está sempre analisando o seu ambiente de trabalho e vendo o que pode ser feito
para melhorar. Quem é proativo não espera acontecer, age antecipadamente.

Seja sempre proativo quando o assunto for segurança. Sempre que você perceber uma situação
de risco, que pode causar um acidente, interfira rapidamente para que ela seja corrigida, ou
interrompa, e comunique o fato imediatamente ao supervisor.

E lembre-se: segurança não se delega, todos somos responsáveis. Não estamos tratando de um
exercício intelectual para nos manter no trabalho. É uma questão de vida ou morte. É a soma total
da contribuição de todos que determinará se as pessoas com as quais trabalhamos viverão ou
morrerão.

2 - REGRAS DE OURO - CUMPRIR>AGIR>RESPEITAR


As Regras de Ouro se resumem em três atitudes, cumprir, agir e respeitar, que devemos ter,
no nosso dia-a-dia, quando nos propomos a cuidar de nós mesmos e dos outros. As Regras de Ouro
só serão um sucesso se forem praticadas por todos os empregados da Cemig (pessoal próprio,
contratados e de empresas contratadas). E, para que isso aconteça, o diálogo entre todas as partes é
de grande importância.

O diálogo é ferramenta indispensável.

Cumprir significa executar, com rigor, o que está proposto nas normas e procedimentos, de
acordo com o que foi acertado com os níveis superiores e dentro do que determina a empresa
visando a sua segurança e a do outro.
O objetivo é não quebrar as regras. A quebra intencional da
regra é intolerável na Cemig e é uma das causas mais comuns de
acidentes.
As regras estão estabelecidas nas normas, procedimentos,
instruções, legislações, etc. e há uma razão lógica para que elas
existam – preservar a integridade dos processos e principalmente
das pessoas.
Agir significa atuar. É intervir sempre que necessário para a
solução de problemas (de forma proativa, isto é, preventiva,
construtiva), antecipando situações de risco, prevenindo acidentes,
evitando o descumprimento das regras.
Agir significa dar opiniões, idéias e comunicar fatos e
ocorrências de forma a contribuir para as soluções dos problemas existentes e em tempo hábil.

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É a sua interferência, consciente, responsável e eficiente, para a solução dos problemas, que faz
com que os acidentes não aconteçam.

Respeitar significa considerar o outro – não causando prejuízo, não ferindo, não ofendendo,
não destruindo.
Considerar o outro é dar a devida importância: ao ser humano, à família, ao meio ambiente, à
vida. É você estar consciente de que está atuando de acordo com as regras e, assim, contribuir para
a integridade de todos.

O objetivo das regras é auxiliar na formação de um empregado ATUANTE e que entenda que
Saúde, Segurança Ocupacional e Bem-Estar (SSO&BE) não são apenas processos administrativos,
ligados aos negócios da empresa, mas estão diretamente relacionados ao ser humano e à sua
plenitude.

Declaração de Princípios Éticos Cemig

3 - FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES

Para a realização de qualquer serviço nas instalações da CEMIG, todos os profissionais e


empresas envolvidos na atividade têm responsabilidades que são distribuídas de acordo com a
função de cada um e que, somadas, garantem um ambiente mais saudável e seguro.

Pessoa credenciada Cemig: Aquela que possui habilitação e permissão, nos centros de operação,
para solicitar liberação de equipamentos.

Responsabilidades:
Nomear um supervisor de serviço que irá coordenar a execução dos serviços, seja ele
empregado da CEMIG ou terceiro;

Solicitar a liberação de equipamentos do sistema para a realização dos serviços mediante o


preenchimento dos formulários apropriados. Fornecer as informações necessárias de acordo
com os procedimentos vigentes;

Definir os requisitos necessários para a execução dos serviços em função das medidas técnicas
de segurança necessárias à prevenção de acidentes de qualquer natureza;

Orientar as equipes de trabalho, tanto da CEMIG quanto contratados, sobre os procedimentos de


segurança que devem ser observados durante a execução dos serviços, sobre os aspectos
relacionados à natureza técnica desses procedimentos e as provisões necessárias para sua
realização;

Realizar, na fase de planjamento, junto com o supervisor do serviço, as análises dos fatores de
riscos de acidentes e definir as medidas preventivas necessárias para cada caso.
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A análise de Riscos deve ser feita por escrito no formulário próprio da CEMIG.

Supervisor de Serviço: Pessoa que coordena a execução das intervenções nas instalações.

Responsabilidades:
Coordenar a execução das intervenções;

Receber e entregar o equipamento à operação;

Conferir as condições requeridas para a realização segura das intervenções;

Coordenar a utilização adequada de etiquetas e placas amarelas e dos dispositivos de bloqueio


físico pertinentes;

Efetuar, juntamente com as equipes executantes das intervenções, as análises dos fatores de
riscos de acidentes de qualquer natureza, definindo as medidas preventivas necessárias para
cada caso;

Coordenar a delimitação da área de trabalho de acordo com os procedimentos vigentes;

Definir no local, em conjunto com o supervisor de operação, os pontos para aterramento


temporário caracterizado pelos conjuntos de cabos apropriados para esse fim;

Coordenar a colocação e retirada dos aterramentos temporários;

Verificar, antes de autorizar o início das intervenções, todos os aspectos relacionados com a
segurança das pessoas envolvidas, a preservação do meio ambiente, os equipamentos de
proteção coletiva e individual e os materiais que serão utilizados;

Cuidar para que as normas de segurança e a preservação do meio ambiente sejam rigorosamente
observadas, durante a execução das intervenções;

Aguardar o retorno do equipamento à operação após a intervenção.

Empresa contratada: Prestadores de serviços credenciados pela Cemig.

Responsabilidades:
Fornecer gratuitamente aos empregados todos os equipamentos de proteção individual e coletiva
com os respectivos números do Certificado de Aprovação – CA emitido pelo fabricante;

Prover kit de primeiros socorros;

Transportar seus empregados somente em veículos em bom estado de conservação e não


exceder o número de passageiros indicados pelo fabricante do veículo;

Apresentar toda a documentação exigida pela fiscalização;

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Seguir rigorosamente todas as orientações de segurança e especificações técnicas estabelecidas
pela CEMIG.

Empregado: Pessoa que mantém vínculo empregatício com a Cemig ou é trabalhador de empresa
contratada.

Responsabilidades:
Utilizar corretamente os EPI e EPC durante a execução de todos os serviços;

Seguir os manuais dos fabricantes dos EPI e EPC e as instruções específicas;

Comunicar ao seu supervisor qualquer mudança não programada na execução dos serviços e/ou
qualquer situação nova que ofereça riscos;

Obedecer rigorosamente todas as orientações de segurança estabelecidas pela CEMIG;

Seguir as orientações da análise de riscos.

4 - INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO

Os serviços executados em subestações, sejam pela Cemig ou Empresas contratadas, são


periodicamente inspecionados, com objetivo de assegurar a conformidade dos procedimentos e
aumentar o índice de segurança nos trabalhos. A ação executada fora do procedimento normalizado
será apontada pelo agente de inspeção bem como seu ou seus responsáveis e avaliadas como sendo
leve, grave ou gravíssima.

Notas gerais:

Consideram-se equipe para apontamento de ação errada de forma coletiva, todos empregados
envolvidos na tarefa naquele ponto de trabalho;

EPI utilizado sem o devido CA – (Certificado de Aprovação), é considerado equipamento sem


condição de uso. Entretanto, neste caso, será apontada a ação gravíssima, grave ou leve
correspondente;

Considera-se sem condições de uso o equipamento, ferramenta, EPI, EPC, uniforme, item de
segurança do veículo, em que a irregularidade existente comprometa sua finalidade, bem como
aquelas que tenham suas características modificadas.

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Exemplo de um Guia de Inspeção de Segurança utilizado nas equipes de campo:

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5 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA

5.1 - EPI – Equipamento de Proteção Individual


Conceito: Considera-se - EPI todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a integridade
física do trabalhador.

5.1.1 - Capacete de Segurança

Além da proteção da cabeça durante


atividades sujeitas à exposição aos agentes
naturais (sol e chuva), o capacete de segurança
tem, também, a finalidade de proteção contra
impacto e penetração, quando atingido por
objetos, assim como contra choque elétrico,
respingos de ácidos ou líquidos quentes. O
capacete de segurança classe B, utilizado na
empresa tem a capacidade de isolamento
elétrico de até 20 kV.

O usuário deve regular a suspensão (coroa e carneira) do capacete de forma que sua cabeça não
fique em contato com o casco, em nenhuma posição. O espaço que fica é necessário para que esse
EPI propicie a proteção requerida, permitindo inclusive que haja circulação de ar entre a cabeça e o
casco, tornando seu uso mais confortável.

A tira da suspensão que circunda a cabeça (carneira) deve ser ajustada de forma firme, porém
não apertada, pois a jugular é que deve garantir a fixação do capacete na cabeça do usuário; É
obrigatório o uso do capacete de segurança com jugular sob o queixo do usuário.

Recomenda-se lavar o casco e a suspensão pelo menos uma vez por semana, com água e sabão
comum e, também, substituir a suspensão sempre que observar algum defeito que comprometa sua
finalidade.

5.1.2 - Óculos de Segurança

Tem a finalidade de proteger os olhos contra agentes


externos agressivos. Os óculos de segurança convencionais
protegem os olhos contra o impacto de partículas a grande
velocidade e incidência de raios solares intensos.

Recomenda-se acondicionar os óculos de segurança em


bolsa apropriada após sua utilização; ou dentro da bolsa do
capacete.

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Os óculos necessitam ser lavados com água e sabão diariamente; as lentes devem ser mantidas
permanentemente limpas com pano ou papel macio. Quando as lentes apresentarem-se muito
arranhadas, os óculos de segurança devem ser substituídos.

5.1.3 - Proteção Respiratória

Tem a finalidade de filtrar o ar ambiente poluído, tornando-o adequado à


respiração. Os respiradores devem ser utilizados quando houver emissão de
gases tóxicos no ambiente ou quando o trabalho estiver sendo realizado com
materiais muito finos que podem ser inalados durante a respiração. Devem
cobrir o nariz e a boca e ser fixados no rosto por meio dos elásticos.

5.1.4 - Luvas de Proteção

Pelo fato de trabalharmos principalmente com as mãos, as luvas têm a finalidade de proteger
essas partes do nosso corpo, que ocupam o primeiro lugar entre aquelas mais atingidas nos
acidentes.

5.1.5 - Luvas de Raspa ao Cromo – Punho de 15 cm

São recomendadas para a proteção nos trabalhos pesados, sujeitos


a escoriações, arranhões, perfurações, cortes, contusões e
queimaduras.

5.1.6 - Luvas de Raspa ao Cromo – Punho 20 cm

São recomendadas para proteção nos trabalhos de soldagem em


geral entre outros.

5.1.7 - Luvas de Vaqueta para Trabalho Leve

Por serem mais macias que as luvas de couro ou de raspa e


também menos absorventes, essas luvas são indicadas nos trabalhos
leves, que exijam mais tato nos dedos.
As luvas de vaqueta não devem ser utilizadas nos trabalhos com
exposição a dispositivos rotativos ou partes móveis das máquinas.

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5.1.8 - Luvas de Borracha Isolante

São indicadas para uso durante as atividades em que haja risco de choque elétrico. As luvas de
borracha são padronizadas na CEMIG em dois tamanhos: nº. 9 (médio) e nº. 10 (grande).

Identificam-se conforme quadro a seguir.

Cor do rótulo Tensão Máxima de Uso


Classe
(KV)
Bege 0,5 00
Vermelha 1,0 0
Branca 7,5 1
Amarela 17,0 2
Verde 26,5 3
Laranja 36 4

Antes de sair para executar um trabalho o empregado deve:

Não utilizar aparatos que possam perfura a luva, como por exemplo anéis ou alianças;

Verificar se a classe de tensão das luvas é adequada à tensão da instalação que vai trabalhar;

Fazer uma inspeção visual, destinada a detectar possíveis defeitos como: cortes, saliências,
rachaduras, abrasão, contaminação por substâncias estranhas à luva, etc.;

Além da inspeção visual, teste as luvas para encontrar furos e cortes. Enrole o punho em direção
à alma para pressionar o ar dentro dela;

Usar, sobre as luvas isolantes, as luvas de couro próprias para proteção (cobertura);

Verificada alguma anormalidade após os testes, inutilizá-las seccionando os dedos das luvas;

Após o uso, as luvas devem ser lavadas com água e sabão, enxaguadas e colocadas para secar.

Semanalmente, fazer o teste mecânico das luvas, inflando-as com auxílio do


“inflador de luvas”.

Semestralmente, remeter as luvas para testes de tensão aplicada em laboratório,


para a verificação da integridade do seu isolamento elétrico.

Nota: Esse teste poderá ser realizado a qualquer tempo, a critério dos usuários, em
caso de duvidas quanto à integridade do isolamento das luvas.

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5.1.9 - Luvas de Proteção (cobertura) para Luvas de Borracha Isolante

São luvas especiais, fabricadas em couro com o punho de raspa,


comprimento curto (9cm). Podem ser encontradas em dois tamanhos: 9 e 10.

Instruções de uso:
Antes de usar, observar a parte interna das mesmas, a fim de verificar se não existem objetos
estranhos, defeitos (ponta de costura, dobra na extremidade do couro, etc.) ou impregnação de
substâncias que possam danificar as luvas isolantes;

As luvas de proteção devem ajustar-se sobre as luvas de borracha isolante, sem folgas, dobras
ou compressores, em todos os pontos de contato, sem prejuízo do livre movimento dos dedos,
principalmente da articulação do polegar;

As luvas de cobertura devem ser de uso exclusivo para o fim a que se destinam

5.1.10 - Luvas contra Produtos Químicos Agressivos e Umidade

São indicadas para a proteção das mãos e partes inferiores do braço do


usuário contra o contato por produtos químicos agressivos. Verificar a
FISQP-Ficha de Identificação e Segurança de Produto Químico.

Instruções de uso:

Antes de utilizar qualquer luva contra produtos químicos, deve-se observar bem se não existem
furos, bolhas, rachaduras ou outros defeitos que possam comprometer a efetiva proteção
oferecida pelas mesmas;

Atenção especial deve-se ter ao manusear materiais com superfície lisa ou úmida, mesmo se as
luvas forem do tipo antiderrapante;

Após o uso, limpar e secar as luvas com papel-toalha, estopa ou pano e lavar com água em
abundância.

5.1.11 - Calçados de Segurança

Têm a finalidade de proteger os pés contra objetos cortantes, perfurantes, contundentes,


abrasivos, produtos químicos, agentes térmicos (frio e calor), compressores, escorregões em
superfícies lisas, umidade, oleosidade, ataque de animais peçonhentos, etc.

Podem ser: botinas de segurança ou botas de campanha

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Instruções de manutenção:

Recomenda-se que os calçados de segurança sejam engraxados


pelos usuários, periodicamente, para conservação das
propriedades do couro (elasticidade, impermeabilidade, etc.);

Sugere-se que os calçados de segurança sejam lavados interna


e externamente com detergente comum, água abundante, pelo
menos uma vez por semana, para evitar a formação de fungos e
bactérias causadoras de doenças na pele e mau cheiro.

5.1.12 - Cinturão com Dispositivo Trava-Quedas

Têm a finalidade de proteção contra quedas ao solo ou a outro


nível inferior. Constitui-se de um cinto confeccionado em material
de nylon, de grande resistência mecânica, contendo dispositivo para
fixação do talabarte, trava quedas e dos acessórios necessários ao
trabalho de controle de quedas.

O cinturão de segurança é fixado ao corpo do trabalhador de


forma a distribuir as forças de sustentação e de parada sobre as
coxas, cintura, peito e ombros. O cinturão permite a fixação do
talabarte à argola das costas, do peito, ombros ou cintura e é
utilizado para trabalhos em atividades com mais de 2,00m de
altura, onde haja risco de queda.

5.1.13 - Talabarte: equipamento componente de conexão de um sistema


de segurança, regulável, para sustentar, posicionar e limitar a
movimentação do trabalhador.

5.1.14 - Linha de vida: elementos ou componentes de conexão de um sistema de segurança contra


quedas, para reter ou limitar a queda.

5.1.15 - Trava quedas: dispositivo acoplado ao cinto tipo pára-quedista na parte


frontal e afixado a linha de vida.

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5.1.16 - Conjunto gancho duplo (talabarte): para uso em subida e descida de escoras e estruturas.
É recomendado um controle visual antes de qualquer utilização.

5.2 - EPC - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA

Conceito: Como o próprio nome sugere, os Equipamentos de Proteção Coletiva servem para
proteger todos os trabalhadores que estão expostos à área de risco. O cone, a fita zebrada,
bandeirolas, a corrente ou corda de sinalização, a fita antiderrapante, aterramentos temporários, etc
são exemplos de EPC.

5.2.1 - Cone

É utilizado para compor a sinalização ou para delimitar uma área que será isolada.
Os modelos laranja e branco são utilizados para delimitação de área de
equipamentos. Os modelos preto e amarelo são normalmente utilizados na
sinalização de trânsito.

5.2.2 - Fita Zebrada

Assim como o cone, é utilizada para sinalizar ou delimitar uma


determinada área. Pode ser usado em conjunto com outros elementos como
o próprio cone, o cavalete e outros.

5.2.3 - Corrente de sinalização

Tem a mesma função da fita zebrada e também compõe a sinalização ou a delimitação de uma
determinada área. Pode ser usada igualmente em conjunto com outros elementos (cone, cavalete,
etc.).

5.2.4 - Fita Antiderrapante

É aplicada em locais que têm maior risco de queda de pessoas, como pisos escorregadios,
escadas e rampas.

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6 - SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA
Para complementar as medidas de segurança, necessárias ao processo de liberação de
equipamentos, foi prevista a utilização de diversos tipos de sinalizações de advertências,
confeccionadas nas cores padronizadas para cada caso (placas, etiquetas e indicações eletrônicas)
nos sistemas de supervisão e controle, nos dispositivos e equipamentos de manobra, em locais
abrigados e desabrigados. Tais sinalizações de advertência destinam-se a transmitir uma mensagem
clara a respeito de condições que devem ser observadas durante o tempo em que permanecerem em
vigência.

As sinalizações de advertência somente poderão ser utilizadas com a finalidade específica a que
se destinam. Juntamente com as sinalizações de advertência, poderão ser utilizados dispositivos de
bloqueio físico para impedir que posições de chaves e equipamentos de manobra sejam alterados
indevidamente. Os dispositivos de bloqueio físico devem ser colocados preferencialmente nos
pontos de operação dos equipamentos.

As etiquetas deverão ser preenchidas a tinta, sem rasuras, e colocadas em locais abrigados;

Deverão ser utilizadas sinalizações eletrônicas, equivalentes às etiquetas, nos sistemas de


supervisão e controle dos centros de operação e estações que efetuem manobras para liberação
de equipamentos por telecontrole;

Para um mesmo equipamento, dependendo da natureza das intervenções, poderá haver tantas
sinalizações quantos forem os executantes de serviços diferentes envolvidos.

7 - EXECUÇÃO DE TRABALHOS EM SUBESTAÇÕES

7.1 – Premissas básicas:


Subestação Elétrica – SE - Instalação elétrica formada por um conjunto de equipamentos e
aparelhos de ligação e manobra, destinada a receber energia elétrica em uma determinada tensão e
transmitir ou distribuir essa energia em uma tensão diferente.

Seqüência de manobras – Todos os trabalhos em subestações devem ser planejados


antecipadamente. É prudente estabelecer uma seqüência de manobras e segui-la fielmente para que
não ocorram improvisações e acidentes durante a execução no campo. Ela é item integrante da
Análise de Risco das tarefas.

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Análise de Riscos – Todos os trabalhos em subestações devem ser ajustados com antecedência
necessária para a elaboração das análises de riscos, para todas as tarefas e atividades. No
planejamento, na programação e na execução é essencial a realização da análise de risco. Também é
fundamental a Análise de risco crítica após a execução dos trabalhos para subsidiar novos
planejamentos e programações.

7.2 - Inspeções típicas realizadas nas SE

As subestações possuem planos de manutenção sistematizados e não sistematizados. São ações


preventivas, preditivas ou corretivas aplicadas, principalmente nos equipamentos elétricos. Também
as instalações civis, hidráulicas e infra-estrutura possuem seus planos de manutenção.

A metodologia de manutenção utilizada na CEMIG, baseia-se no Me.C.Ma.P. (Método de


Controle e Manutenção Programada), de origem francesa. Esse método estabelece uma sistemática
de manutenção a qual possibilita verificar se os equipamentos estão operando dentro de suas
características normais e, ainda, prever, detectar ou corrigir defeitos. Os planos de manutenção são
priorizados pela importância dos equipamentos no sistema elétrico.

7.3 - Inspeções Preventivas:


São inspeções que objetivam encontrar ruídos anormais, merejamentos de óleo, trincas, e outras
anormalidades que não indisponibilizem a planta elétrica. A correção desses defeitos pode ser
programada antes que seja configurada falha dos equipamentos.

Principais inspeções preventivas:

C1 – Verificações, predominantemente visuais, com os equipamentos em serviço;


C2 – Medições e testes em equipamentos desligados, porém sem desmontagem;
C3 – Inspeções e ensaios em equipamentos desligados e desmontados

7.3.1 - Inspeções preditivas ou detectivas

São verificações ou testes para detecção de falhas ocultas. São exemplos dessas inspeções:
Testes Operativos, Amostragem de óleo isolante, Inspeções Termográficas.

7.3.2 - Testes Operativos

Os testes operativos buscam identificar e corrigir as anomalias de ordens funcionais nas


articulações, conexões, engrenagens, acoplamentos, etc; que possam estar ocultas ou latentes e
venham impedir ou dificultar o funcionamento dos equipamentos da SE ou mesmo do sistema.
Inspeções visuais e correções de pequenas anormalidades, proporcionam um melhor controle das
condições dos equipamentos.

Principais objetivos dos Testes Operativos:

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Controle e funcionamento dos equipamentos das subestações;
Inspeções C1 (visuais), reparos, restaurações e limpeza;
Treinamentos em serviço e reciclagem dos padrões;
Identificação e correção de falhas ocultas em equipamentos.

7.3.3 - Amostragem de óleo isolante

Equipamentos que fazem uso de óleo mineral (disjuntores e transformadores), são ensaiados
periodicamente, haja vista a necessidade de verificar as características isolantes e/ou refrigerantes
do óleo. Dois ensaios podem ser feitos:

Cromatográfico ou gás dissolvido: Apresenta o espectro dos gases dissolvidos no óleo,


principalmente o acetileno, oriundo de sucessivas descargas, entre outras impurezas dissolvidas
no óleo;
Físico-químico: verifica as características próprias do óleo como viscosidade, presença de água,
capacidade de isolamento térmico e elétrico, etc.

7.3.4 - Inspeções Termográficas

Inspeção por termografia é uma técnica de sensoreamento remoto que possibilita a medição de
temperaturas e a formação de imagens térmicas (termogramas), de um componente, equipamento ou
processo, a partir da radiação infravermelha, naturalmente emitida pelos corpos, em função de sua
temperatura. Na prática, podemos detectar pontos de sobreaquecimento os quais podem levar à
interrupção da corrente elétrica. Pontos que se mostram com temperatura diferente da habitual são
chamados anomalia térmica.

A termografia possibilita monitorar todo o sistema elétrico, tais como: Conexões, radiadores,
buchas, baterias, circuitos auxiliares de força, parte ativa, contato principal e articulação de chaves
seccionadoras, resistências de aquecimento, motores de ventiladores e outros.

8 - SEGURANÇA PATRIMONIAL DAS SUBESTAÇÕES


8.1 – Graus de Risco das subestações e Kit de segurança patrimonial

As subestações são dotadas de KIT de segurança patrimonial com o objetivo de controlar o


acesso de pessoas ou conter invasões. A entrada de estranhos na subestação pode acarretar em
avaria de algum equipamento, furto de material, interrupção do sistema elétrico ou mesmo acidente.

O kit básico de segurança patrimonial é composto de muro 3m de altura e defensa em


concertina. A inserção de outros itens tais como cerca eletrificada simples, vídeo-monitoramento e
cerca eletrificada completa de segurança ao Kit básico. Essa implementação de defesas de
segurança é adcionada em conformidade com os graus de risco das subestações, tendo em vista a
importância da SE, localização eletro-geográfica, vulnerabilidade e outros parâmetros.
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A CMA - Central de Monitoramento de Ativos realiza a monitoração dos sistemas de segurança
patrimonial das SE, por meio de alarmes de portões de acesso e portas da casa de controle e ainda
Imagens de câmeras. Uma vez detectadas anomalias nos sistemas, a CMA aciona um equipe de
patrulhamento para realizar uma inspeção na subestação. A CMA monitora também todos os
acessos à subestação.

8.2 Acesso às subestações da DC/MC


Ao acessar a subestação, lembre-se que se trata de uma área de risco, portanto não ligue, aperte
ou desligue quaisquer chaves, botoeiras, interruptores sem o prévio conhecimento, sem
identificação ou com nomenclatura desconhecida pelo visitante.

No pátio, caminhe devagar, principalmente ao passar de frente aos cubículos e evite levantar os
braços. Evite caminhar sobre as tampas de canaletas, pois apesar de elas suportarem até 150kg,
podem ser pontos vulneráveis de acidentes devido a trincas, encaixes incorretos, etc.

Eventos tais como incêndios, explosões, portas arrombadas, muros quebrados, etc são
informações importantes e úteis e devem ser passadas ao Centro de Operação.

Ao sair da subestação, efetuar os devidos registros no Livro de Ocorrências e Serviços. É


importante também fechar e trancar vitrôs, janelas, portas e portões bem como manter a SE em boas
condições de higiene e limpeza.

A CMA executa o controle de acesso às subestações da DC/MC, por meio do monitoramento da


abertura/fechamento dos portões, portas da casa de controle, cerca eletrificada e câmeras de vídeo
instaladas no interior da casa de controle e pátio das subestações. Portanto ao chegar na SE, o
visitante, prestador de serviços externo ou as equipes Cemig devem contactar essa central
informando que acessarão as subestações.

9 – EXECUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

A Cemig dispõe de normas que descrevem os procedimentos adequados para cada serviço
executado em subestações e, qualquer profissional, seja contratado ou de equipe própria, deve ter
conhecimento pleno das instruções referentes ao serviço que for executar, bem como o treinamento
necessário para tal. Contudo, essa cartilha traz os pontos, referentes à segurança do trabalho, que
são relevantes para cada tipo de serviço, com intenção de chamar a atenção de todos para um
trabalho mais seguro.

Itens a serem verificados na Análise riscos:

Cumprimento do ASTA (Abrir, Sinalizar, Testar e Aterrar);


Delimitação da área;
Definição do emprego de calhas e barreiras isolantes;
Necessidade de recursos especiais e adicionais;
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Utilização correta de EPI e EPC;
Utilização de detetor de tensão;
Cumprimento das ações corretas do ISP (Índice de Segurança Praticada).

9.1 - Supervisão dos Trabalhos


As intervenções realizadas na SE só poderão ser realizadas com a presença no local do
supervisor de serviço, para o acompanhar de perto todo o desenrolar das atividades de campo.

Em algumas atividades, o supervisor de serviço pode também ser o executante, em outras,


como por exemplo trabalhos em pórticos, aplicação de sinais elétricos e determinadas etapas críticas
da tarefa, ajustadas na análise de rico, o supervisor deve ter a função exclusiva de supervisão.

9.2 - Análise de Riscos


O objetivo da análise de riscos é identificar os perigos e suas conseqüências existentes no
trabalho, avaliando-os e aplicando os controles que possam reduzir ou eliminar a probabilidade
desses riscos proporcionarem um acidente.

Caso a equipe identifique um novo risco durante a execução da tarefa, esta deverá ser
interrompida e um novo planejamento e análise de riscos deverão ser feitos.

Após a análise, caso não seja possível eliminar ou bloquear algum risco em função dos recursos
disponíveis e condições do local e sendo os controles ineficazes para a segurança do executante,
este não deverá iniciar a tarefa e informar ao seu supervisor sobre os fatores limitantes e dos
recursos ou ações necessárias para a execução da tarefa com segurança.

Recomenda-se discutir a análise de risco periodicamente ou sempre que houver alterações na


atividade ou na equipe.

Os quadros ilustrativos a seguir trazem uma relação entre os riscos e algumas formas de controle
desses riscos.

Nota: A identificação e avaliação dos perigos e riscos constam na planilha Hira Cemig.

21
9.2.1 - RELAÇÃO DE PERIGOS E CONTROLES

PERIGOS CONTROLES EXEMPLIFICATIVOS


Consultar todos os executantes da equipe sobre sua
Cansaço físico/ mental
condição.
Retirar adornos (anel, aliança, brinco, relógio, pulseira,
Utilização de adornos
corrente, etc.).
Radiação Usar protetor solar e protetor labial.
Verificar a temperatura do ambiente e do equipamento a ser
Calor / frio excessivo
trabalhado. Utilizar EPI específicos.
Verificar se a umidade está dentro dos padrões do
Umidade excessiva
equipamento a ser trabalhado.

Iluminação inadequada Melhorar a iluminação usando holofote/lâmpada/lanterna.

Ruído Usar protetor auricular.


Verificar a presença de animais/insetos e removê-los. Usar
Animais/insetos
luvas de couro.

Área de circulação
Identificar e delimitar a área de trabalho.
Equipam. / circuitos, Similares

Conferir as condições requeridas da PT. Verificar no local a


abertura e sinalização de chaves. Verificar no local com
Retorno de tensão TP/ LD/ LT auxilio de detetor (de tensão ou corrente) todos os pontos
energizados e desenergizados próximos ao equipamento a
ser trabalhado. Instalar barreiras/calhas isolantes. Aterrar o
circuito. Desligar circuitos auxiliares CA/CC, quando
necessário. Instalar manta isolante. Verificar ausência de
Choque elétrico pólo positivo/negativo para a terra.

Proximidade circ. Energizados Identificar os circuitos próximos que estão energizados.


Usar barreiras/calhas isolantes. Respeitar a distância de
Indução elétrica segurança.

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Identificar os equipamentos e dispositivos que não podem
ser manobrados (quando o trabalho for em pórticos
Manobra indevida parcialmente energizados e que as manobras de testes de
chaves seccionadoras possam energizar indevidamente o
trecho isolado).

9.2.1 - RELAÇÃO DE PERIGOS E CONTROLES

PERIGOS CONTROLES EXEMPLIFICATIVOS


Definir as etapas críticas da tarefa a ser executada, quando o
Etapas críticas da tarefa
supervisor deverá somente supervisionar.
A comunicação deve ser clara e objetiva e todos devem saber
Falha de comunicação
exatamente o que fazer.
Identificar, sinalizar os pontos de abertura de circuitos de
Abertura de circuitos de corrente
corrente. Curto-circuitar secundário de TC.
Retirar fusíveis e/ou desconectar os pontos que possam causar
Injeção de sinais elétricos
injeções de sinal. Promover comunicação eficaz.
Desligar o comando dos equipamentos. Inibir e proteger os
Furação/corte painel,Vibrações
relés de proteção que possam ser afetados.
Confirmar e identificar os circuitos a serem trabalhados.
Desligar, bloquear, retirar todos os comandos possíveis
Trip acidental
(chaves de testes e seletoras, blocos terminais, circuitos de
falha de disjuntor).
Circulação de veículos Utilizar manobrista para as manobras quando necessário.
Aterrar o veículo. Verificar distâncias de segurança de pontos
Operação motohidráulico energizados. Verificar a presença de pessoas no raio de Ação
da máquina.
Identificar as partes susceptíveis aos choques mecânicos.
Choque mecânico / Pancada Verificar se não há equipamentos/objetos próximos que
possam ser atingidos durante a manutenção e usar EPI.
Pegar peso de forma adequada, verificando a melhor postura e
Distensões/ Lombalgias
observando sempre o limite de cada um.
Escoriações/cortes Identificar as partes cortantes e usar EPI.
Não transitar debaixo de objetos. Verificar se a amarrações e
Queda de objetos fixações dos objetos estão corretas e seguras. Usar sacola de
ferramentas. Usar EPI.
Amarrar a escada. Usar cinto de segurança, talabarte, linha de
Queda de pessoas / Altura vida, dispositivo travaqueda, posicionar a carretilha dupla-
ação em local de conhecimento de todos.
O Supervisor de Serviço deverá questionar a equipe sobre as
Fadiga durante a tarefa
condições de cada um ao longo da tarefa e promover rodízio.

23
Não utilizar materiais que possam gerar calor próximo a
Incêndio/inflamáveis
produtos inflamáveis.
Seguir as instruções para trabalhos próximos a equipamentos
Explosões explosivos (desligar bancos de capacitores próximos e
bloquear os R.A. dos circuitos adjacentes). Usar EPI.

9.2.1 - RELAÇÃO DE PERIGOS E CONTROLES

PERIGOS CONTROLES EXEMPLIFICATIVOS


Alta pressão Verificar se as pressões estão dentro dos valores permitidos.
Seguir as instruções para trabalhos com produtos químicos e usar
Produtos químicos
EPI adequados.
Utilizar detetor de presença de gás ou oxímetro. Usar máscara
Gases
adequada para gases. Ventilar o ambiente.
Partículas suspensas Usar EPI específico, óculos de segurança, máscara, etc.).
Identificar os equipamentos que causam estilhaços / fagulhas
Estilhaços/fagulhas
(esmeril, lixadeira, serra tico tico, furadeira) e usar EPI.
Verificar sempre ao longo da execução dos trabalhos se não há
riscos de vazamentos, merejamentos, derramamentos. Utilizar
Impacto ambiental
recipiente adequado para coleta dos resíduos gerados pela
intervenção (plástico, balde, bandeja, toalhas limpas).
Esquecimento de Inspecionar equipamento e área trabalhada, especialmente na
material manobra de normalização, contemplando objetos esquecidos,
/ferramenta na área estado do equipamento (molas, fusíveis, pressões, níveis de óleo),
trabalhada inexistência de aterramento temporário e isolamento de área.

9.3 - Quadro Simulador de Manobras


O Simulador de Manobras consiste em um diagrama de
operação (DO) inserido em um quadro de acrílico ou vidro
transparente, sobre o qual se fazem marcações,
devidamente legendadas. O quadro simulador é um
instrumento auxiliar na análise de riscos e, é fundamental
que toda equipe compreenda a sua simbologia bem como
tenha conhecimento do arranjo físico da subestação.

24
Tenha sempre atenção ao fazer marcações no DO: observe pontos de interligação de barramentos ,
retornos, etc.

9.4 - DELIMITAÇÃO DE ÁREA EM ESTAÇÕES

Para efetuar o serviço em um equipamento é necessário


delimitar a área que circunda essa unidade de manutenção de
forma a evitar o trânsito de pessoas estranhas. A delimitação
de áreas é responsabilidade do supervisor de serviço, esse,
deverá determinar qual a melhor delimitação para cada caso:
aberta, fechada ou balizamento. A delimitação pode ser feita
utilizando-se cordas, correntes ou fitas zebradas sendo o uso
de bandeirolas obrigatório.

Nunca entre em áreas que você não esteja autorizado a


entrar.

Tipos de delimitação de áreas:

9.4.1 - Delimitação aberta:

Deve ser usada quando a área de trabalho estiver limitada a


pequenas unidades de manutenção;

Tem como objetivo orientar os executantes e evitar a


interferência de pessoas estranhas ao serviço;

Deve haver somente um ponto aberto de entrada/saída para a


área de trabalho.

9.4.2 - Delimitação fechada:

Deve ser usada para isolar áreas onde não é permitido


o acesso de empregados (executantes ou não), quando
houver a necessidade de impedir a aproximação
destes dos pontos energizados com riscos de
explosão, choque elétrico ou queda com diferença de
nível.

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9.4.3 - Delimitação de balizamento:

Deve ser usada nos seguintes casos:

Durante desligamentos parciais, quando a área energizada como a desenergizada for muito
extensa;
Para advertir sobre riscos eventuais ou transitórios nas instalações;
Para indicar ou limitar rotas de pessoas ou veículos, durante execução de trabalhos nas
instalações.

9.5 - ATERRAMENTOS EM ESTAÇÕES

Para execução de serviços de manutenção em circuitos


desenergizados é obrigatório o aterramento temporário nos
pontos onde haja risco de energização acidental (manobra
incorreta, descargas atmosféricas, tensões estáticas e
induzidas), de forma que o trecho do circuito a ser trabalhado
fique compreendido entre os aterramentos.
O procedimento para aterrar o circuito é feito com
equipamento desenergizado, porém alguns cuidados são
necessários para evitar acidente mecânico ou choque elétrico,
devido a uma possível energização. O uso de EPI é obrigatório
para esse serviço.
Antes de instalar o conjunto de aterramento verifique a integridade dos cabos e grampos e avalie
se os pontos de instalação são adequados; os grampos devem estar limpos para proporcionar bom
contato elétrico. Após a colocação do conjunto, certifique-se da firmeza das conexões.

Os conjuntos de aterramento não devem ser


colocados muito esticados para evitar uma grande
transferência de esforços mecânicos para as conexões. As
catenárias exageradas, também devem ser evitadas, pois,
podem ser perigosas devido ao seu movimento caso se
tenha um curto-circuito. Recomenda-se não ficar muito
próximo aos cabos ou ao conector preso à estrutura ou
malha de terra.

Durante a instalação, permanência e retirada do


conjunto de aterramento, não permita contato do mesmo
26
com partes do corpo não isoladas eletricamente.

9.6 - INSTALAÇÃO DE BARREIRAS E CALHAS ISOLANTES


Os serviços realizados em instalações elétricas (Subestação) devem ser executados,
prioritariamente, com a desenergização do equipamento. Quando não há possibilidade de
desligamento, uma medida de proteção coletiva é o emprego de barreiras e calhas isolantes. O uso
desses dispositivos protege os executantes do serviço de partes circunvizinhas energizadas.
Para serviços em subestação, a CEMIG dispõe de barreiras para isoladores e pórticos
(internamente) e calhas para chaves seccionadoras e condutores.

Manusear as peças sobre lona para evitar arranhá-las e danificá-las.

9.6.1 - Barreira Isolante em Isoladores

Instalar a barreira isolante na chave seccionadora mais


próxima (à esquerda ou à direita) do vão onde será
executada a intervenção e outra na chave seccionadora
mais próxima do outro lado do vão.

9.6.2 - Barreira Isolante Internamente no Pórtico

Instalar as barreiras isolantes posicionadas lado a lado em ambos os extremos do vão e amarrá-
las se necessário.

9.6.3 - Calha para Contato Fixo de Chave Seccionadora

Observar se a calha está bem adaptada, em caso negativo,


retire a peça e troque os furos dos ganchos ou os próprios
ganchos.

9.6.4 - Calha Reta para Condutor

Estas calhas devem ficar sempre com suas aberturas em


posição contrária à localização dos executantes.

27
9.7 - CINTO PÁRA-QUEDISTA, LINHA DE VIDA E ESCADAS

Nos trabalhos envolvendo eletricidade, as estatísticas demonstram que a queda é um dos


acidentes mais comuns nas concessionárias de energia elétrica. Muitas vezes, isso ocorre por conta
de imprudência, negligência, imperícia ou mesmo “autoconfiança”. Não raro, os acidentes ocorrem,
também, por conta de atalhos nos procedimentos, originários da falta de treinamento.

A prevenção contra quedas de alturas pode ser feita pelas seguintes técnicas:

Reduzir o tempo de exposição ao risco. Em atividades de risco, o que puder ser realizado fora
da área de serviço deve ser executado, de forma a diminuir o tempo de exposição;
Reduzir a possibilidade de queda. Exemplo: colocar guarda-corpo;
Sinalizar área. Exemplo: usar redes de proteção, quando assim possível;
Usar EPI e EPC adequados. Exemplos: usar cintos de segurança, linha de vida e trava-quedas;
Procurar programar a tarefa para que ela seja executada durante um tempo mínimo calculado.

Na realização de intervenções em alturas maiores ou iguais a 2 metros com escalada pela


estrutura ou com utilização de escada extensível, é obrigatória a utilização do cinto de segurança
com dispositivo trava-quedas preso na linha de vida. A instalação de cinto pára-quedista, linha de
vida, escadas extensíveis (amarração) e dispositivo trava-quedas deve ser feita de maneira
normalizada, bem como o procedimento para escalar estruturas, subir em escadas e fazer
transposição de pórticos.

9.7.1 - Cinto Pára-Quedista

Verifique o perfeito travamento das fivelas, ajuste as correias de


maneira que elas fiquem justas, porém sem apertar e sem prejudicar os
movimentos.

9.7.2 - Linha de Vida

O enforcamento do laço deve ter no mínimo três voltas. Se a


linha de vida com nó de marinheiro ficar permanentemente
passada dentro do terminal ICC (e assim armazenada), a equipe
deverá inspecionar o nó antes de cada uso.

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9.7.3 - Dispositivo trava-quedas

Observe a seta gravada na peça que indica o sentido de instalação do dispositivo.

9.7.4 - Escadas

Em qualquer tipo de serviço, a escada é um perigo real para todo trabalhador; existem regras
especiais quanto ao seu uso correto, as quais nem sempre são observadas pelos trabalhadores. Por
exemplo, os dois últimos degraus superiores não são adequados para alguém tentar se equilibrar
para fazer algum serviço; se a escada é pequena e com limitações de alcance, o certo é procurar
outra maior. Nas escadas metálicas, deverá sempre haver uma boa fixação de borracha nos pés que
ficam na parte inferior, a fim de evitar escorregões. Já as escadas de eletricistas não podem ser
metálicas, pois é comum se ver os condutores das extensões elétricas entrelaçados no chão, junto
aos pés das escadas; isso pode trazer tropeços nos condutores, quedas de degraus, prensamento dos
condutores da extensão ou energização acidental da escada.

Cuidados com escadas com


extensão prolongável.

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9.8 – PROCEDIMENTOS ESPECIAIS PARA SERVIÇOS NAS SE, EM
CASO DE DANOS NOS ATERRAMENTOS.

As subestações têm sido alvo de invasões e vandalismos, com conseqüentes furtos de cabos de
aterramento. Procedimentos especiais devem ser adotados nessa situação.

O referencial de terra tem ativa participação no sistema elétrico e os danos na malha de


aterramento afetam toda especificação técnica e a lógica de funcionamento dos circuitos, elevando o
potencial de riscos de explosões de equipamentos e choques elétricos.

Aterramento Funcional: Aterramento que faz parte da funcionalidade do equipamento. Este tipo
de aterramento normalmente conduz corrente ou está energizado e sua perda poderá resultar em
sobretensões, choque elétrico, desequilíbrio de correntes, avaria de equipamentos e circuitos,
atuação de proteção.

Aterramento Não-funcional: Aterramento em partes metálicas, com probabilidade de energização


acidental.

Toda recomposição de aterramento deve ser precedida da verificação da malha de terra, nos
pontos visíveis, e da obtenção de um ponto de aterramento para se conectar o cabo temporário ou
extensão. Verifique as condições climáticas. O serviço não deve ser feito em condições de chuvas e
descargas atmosféricas.

9.8.1 - Cuidados ao intervir nas Subestações:

Nas análises de riscos das equipes, para execução de manobras, inspeções e serviços de
manutenção nos equipamentos e circuitos das SE, deve ser enfatizada a verificação da
integridade de aterramento;

Mesmo com a utilização de EPI, os equipamentos e estruturas não devem ser tocados durante as
inspeções, caso haja indício de furto de aterramento, pois a tensão de toque é maior devido à
ausência de aterramento, podendo provocar choques elétricos;

A permanência na SE, caso se constate danos ao aterramento funcional, deve se limitar ao


imprescindível para as medidas emergenciais, principalmente quando as condições climáticas
indicarem possibilidade de chuvas ou descargas, devendo ser cancelados os serviços que não
tenham relação direta com a correção dos danos.

30
9.8.2 - Bloqueio de Ra ou desligamento de Bancos de Capacitores

Os procedimentos operativos referentes ao bloqueio de religamento automático e desligamento


de bancos de capacitores proporcionam uma maior segurança às pessoas que estarão trabalhando na
estação, esses procedimentos deverão estar em concordância com as análises de riscos.

Bloqueio de RA aplica-se a serviços, C1, C2 ou C3, que estejam sendo executados próximos (ao
lado) de disjuntores de 13,8kV. Lembramos que, para serviços do tipo C1 e inspeções rotineiras
o equipamento se mantém em operação;

Em caso de serviços com desmontagem do equipamento (C2 e C3) deverão ser desligados os
bancos de capacitores próximos dos equipamentos sob intervenção, além do bloqueio de RA.

Nota: O bloqueio de RA e o desligamento de bancos de capacitores terão sua necessidade avaliada


pelo pessoal da manutenção.

10 – UM TOQUE DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS EM


SUBESTAÇÕES
As subestações elétricas são consideradas ambientes de riscos. Para trabalhos nesses locais
são necessários treinamentos adequados, credenciamento para a área de risco, cumprimentos das
Instruções específicas de manutenção e outros pré-requisitos exigidos para a realização das
atividades de risco.

A planilha a seguir ilustra um check list de alguns desses pré-requisitos para trabalhos seguros
em subestações.

NOTA: Ressalta-se que os supervisores das equipes da DC/MC estão orientados a checar se os
executantes de intervenções nas SE, no caso de equipes de outros órgãos da CEMIG ou
contratados, preenchem os pré-requisitos para o desempenho de suas tarefas, podendo inclusive
suspender ou embargar a realização de determinados serviços até o atendimento das premissas
relacionadas.

31
10.1 - Exemplo de alguns requisitos que poderão ser exigidos
para trabalhos em subestações.

1. Possui o curso de NR10 básico e complementar (80h).

2. Possui o treinamento / reciclagem norma Liberação Equipamento.

3. Possui treinamento / conhecimento da Política de Segurança da CEMIG.

4. Possui treinamento sobre a Análise de Perigos, Riscos e Aspectos e Impactos.

5. Possui os EPI e EPC necessários para as tarefas.

6. O acesso à SE foi precedido das orientações .

7. Possui treinamento sobre elaboração e execução de manobras .

8. Possui treinamento quanto ao uso do simulador de manobras.

9. Possui treinamento sobre utilização do DAQC - Dispositivo Anti-queda de Cartuchos

10. Possui treinamento sobre as regras para bloqueio de RA na SE.

11. Possui treinamento p/ casos de danos na malha de aterramento.

12. As luvas isolantes estão testadas e inspecionadas conforme padrão.

13. Possui treinamento sobre aterramento temporário.

14. Possui treinamento sobre delimitação de áreas.

15. Possui treinamento para trabalho em pórtico e em altura.

16. Possui treinamento sobre amarração de escadas.

17. Possui treinamento sobre utilização do cinto pára-quedista.

18. Possui treinamento sobre as ações corretas exigidas no ISP - Índice de Segurança Praticada.

19. Está com o Atestado de Saúde Ocupacional-ASO regularizado.

32
10.2 - AMBIÊNCIA

O comprometimento com a qualidade ambiental é condição básica dos princípios que regem as
atividades da CEMIG. Através de seus programas, ela busca imprimir em seus empregados e
parceiros a conscientização para a questão ambiental. Essa forma de agir, prevista na Política
Ambiental da CEMIG está presente em cada etapa dos trabalhos.

Todas as atividades devem ser planejadas de acordo com as análises dos riscos ambientais que
elas oferecem e, obrigatoriamente, inseridas na Análise de Risco e no Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais - PPRA.

É expressamente proibido o lançamento de qualquer efluente líquido na rede de drenagem de


águas pluviais.

Todo resíduo sólido deve ser corretamente separado, acondicionado, armazenado transportado e
destinado de acordo com as recomendações da instrução específica.

Os efluentes gerados pela limpeza de pisos, banheiros, etc., devem ser destinados para a rede de
esgoto sanitário.

Sempre que possível utilize a coleta seletiva de lixo (plástico, metal, papel e vidro).

Em caso de dúvidas quanto ao manuseio ou destinação dos resíduos gerados, consulte a


supervisão.

Oportunamente, editaremos uma cartilha específica sobre Meio Ambiente.

10.3 – ERGONOMIA

Em todos os ambientes de trabalho, o homem deve estar corretamente adequado ao mobiliário,


ferramental, instrumental e infra-estrutura, objetivando a prevenção de doenças ocupacionais ou do
trabalho. A ergonomia trata dessa questão, ou seja, relação saudável do homem com o seu
ambiente de trabalho.

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10.4 - PRIMEIROS SOCORROS

Atendimento Emergencial

É o cuidado prestado à vítima de acidente ou portadora de mal súbito, antes do atendimento


médico especializado.

Princípios Básicos

Ter conhecimento
Manter a calma
Ter iniciativa
Avaliar riscos / segurança
Reconhecer prioridades
Deter o controle da situação

Quanto à Vítima

Evitar manobras intempestivas


Nunca abandoná-la
Não dar líquido
Manter as funções vitais

Análise Primária

Nível de Consciência

Utilize os três sentidos:

Ver
Ouvir
Sentir

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Análise Secundária

Verificar

Hemorragias
fraturas
traumatismos

Capilar: saída de sangue em pouca quantidade.


Venosa: saída contínua, sangue roxo escuro.
Arterial: saída intermitente de sangue.
.

10.4.1 - Choque Elétrico

Conceito: É a perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifesta no organismo


humano quando este é percorrido por uma corrente elétrica, gerando um estímulo rápido e acidental do
sistema nervoso. Dependendo da intensidade e do tempo de duração do choque elétrico no corpo
humano, a corrente elétrica pode provocar maiores danos e efeitos no homem.

Seca, a pele humana apresenta uma resistência à passagem da corrente elétrica em torno de 1.000 a
2.000 ohms; porém, quando a pele é ou está úmida ou molhada - ou, pior ainda, “encharcada” de suor -
-, a resistência elétrica do corpo humano se reduz praticamente a zero! Neste ponto, ela se torna
extremamente condutora de eletricidade.

Nos acidentes com instalações de alta tensão sequer é preciso que haja o contato físico do corpo
com as partes energizadas das instalações: só a aproximação de parte do corpo humano das partes
“vivas” da instalação faz com que o campo elétrico estabelecido venha a ionizar a atmosfera
circundante, rompendo o isolamento elétrico natural do ar.

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Conseqüências:
Contrações musculares.
Fibrilação ventricular
Comprometimento do sistema nervoso central.
Queimaduras.
Convulsões.
Alteração da consciência.
Asfixia.
Parada cardiorrespiratória.
Amputações.

Precauções:

Não se coloque em perigo tocando a vítima de eletrocução enquanto a


energia estiver ligada.

Não entre na área próxima da vítima e não tente remover cabos com
qualquer material, inclusive madeira, até que a energia tenha sido
desligada por pessoas entendidas.

Procedimentos:

Verificar nível de consciência e sinais vitais.


Realizar a RCP se necessário.
Realizar cuidados com queimaduras.

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10.4.2 - PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Grande parte dos incêndios é provocada por eletricidade.

Antes do início de serviços a quente, solda e eletricidade, as


condições de trabalho devem ser observadas e meios de
prevenção contra incêndios precisam ser criados.

Mantenha o ambiente de trabalho sempre limpo e organizado

Conheça o manejo dos extintores e demais dispositivos de


combate ao fogo existentes em seu local de trabalho. Você pode ter que usá-los algum dia.

Um incêndio começa quando ocorre falha na prevenção e pode se transformar em um grande


acidente se as ações de combate não forem imediatas e adequadas.

Os trabalhadores envolvidos nos serviços que podem provocar incêndio precisam estar bem
orientados sobre a utilização dos equipamentos de combate ao fogo.

10.5 – DICAS GERAIS SOBRE AMBIÊNCIA, SAÚDE E SEGURANÇA


A distração é um dos maiores fatores de acidentes. Trabalhe com atenção e dificilmente se
acidentará.

O local de serviço é lugar de trabalho. As brincadeiras devem ser reservadas para as horas de folga.

Use óculos protetores sempre que o trabalho exigir.

Nossas mãos são importantíssimas e a colocamos em alguns lugares sem nenhuma proteção. O
ideal é utilizarmos uma luva de vaqueta, pano ou pelica o tempo todo.

A pressa é companheira inseparável dos acidentes. Faça planejamento dos seus serviços e trabalhe
com tempo e segurança. As empresas estão cobrando agilidade que é fazer um trabalho com maior
velocidade, porém com toda segurança.

Quando não souber fazer ou tiver qualquer dúvida sobre algum serviço, pergunte ao seu mestre ou
encarregado para prevenir-se contra possíveis acidentes.

Comunique ao seu encarregado toda anormalidade ou defeito que perceber na máquina ou


ferramenta que for utilizar.

Não improvise ferramentas. Procure uma que seja adequada ao seu serviço e utilize somente as que
estiverem em bom estado de conservação.

As suas mãos levam para casa o alimento da família. Evite colocá-las em lugares perigosos.

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Lembre-se que você não é o único no serviço e que a vida de seu companheiro é tão importante
quanto a sua.

O empregador fornece os equipamentos de proteção que você necessita para o trabalho. Você está
obrigado a usá-los para prevenir acidentes e evitar doenças profissionais.

Mostre ao seu novo companheiro os riscos que o cercam no trabalho.

Cada acidente é uma lição. Deve ser observado em todos aspectos para que os erros não se repitam.

Em caso de acidente procure imediatamente o socorro médico, amanhã pode ser tarde.

Se você se acidentar, não deixe que “curiosos” e “entendidos” contribuam para que sua lesão fique
ainda mais grave. Procure logo socorro médico.

Conheça sempre, e bem, as regras de segurança de onde você trabalha.

Siga os conselhos dos membros da CIPA, de seus mestres e dos encarregados.

Não faça serviços de eletricidade se você não for eletricista.

Leia e reflita sempre sobre as informações e avisos contidos nos cartazes e nas placas de prevenção
de acidentes.

Mantenha sempre os EPC nos devidos lugares.

Habitue-se a trabalhar protegido contra os acidentes.

Conheça o manejo dos extintores e demais dispositivos de combate ao fogo existentes em seu local
de trabalho. Você pode ter que usá-los algum dia.

Se você se sentir inseguro para realizar alguma tarefa, recuse a fazê-la e comunique o fato a
fiscalização.

A urgência e a importância do serviço não justificam a falta de segurança do trabalho.

38
11 - SEGURANÇA NO TRÂNSITO

39
11.1 - SEGURANÇA NO TRÂNSITO
Debater esse assunto é uma necessidade e um dever de cada cidadão. São inúmeros os acidentes
com mortes ou lesões graves a cada ano no Brasil e no mundo. Além da perda de vidas, em
conseqüência dos acidentes, os custos para o Governo e a sociedade também são relevantes, haja vista
o montante empregado em saúde pública, medidas de contenção, fiscalização e campanhas para
conscientizar a população. Os custos dos acidentes de trânsito no Brasil chegam a US$ 9,6 bilhões por
ano.
A maioria das pessoas que morreram em acidentes de trânsito, poderiam ter sido salvas com apenas
uma atitude: bom senso na direção. Respeitar o Código é mais que evitar multas pesadas. É ajudar a
acabar com a violência no trânsito e poupar vidas.
Grande parte dos acidentes acontece de dia, com tempo bom e na reta. O motivo é alta velocidade e
falta de atenção. Quanto maior a velocidade, menos tempo se tem para reagir. Não vale a pena arriscar
uma vida inteira para ganhar apenas alguns segundos.

11.2 CINTO DE SEGURANÇA


É verdade: o cinto de segurança prende. Prende você à vida. Por isso, o seu uso é obrigatório,
inclusive para os passageiros do banco de trás. Crianças menores de 4 anos devem ser transportadas
em cadeiras especiais.

Veja como o cinto atua:

Distribui o impacto pelos pontos mais fortes do corpo humano.


Absorve, ele próprio, parte do impacto.
Evita que as pessoas sejam lançadas para fora do carro.
Protege contra impactos no interior do veículo, principalmente cabeça e rosto, que são as partes
mais atingidas nas colisões.

Oito em cada 10 pessoas que não usam o cinto de segurança morrem em acidentes com pelo menos
um dos veículos a 20 km/h.

30% das lesões fatais em colisões são causadas porque a vítima bate contra o volante.

40% das mortes em acidentes são causados por choque contra o pára-brisa ou painel.

Você pode até vir com aquela velha desculpa de que o cinto incomoda. Mas pode ter certeza: ele evita
situações bem mais desconfortáveis para você e sua família.

40
11.3 - O ATO DE DIRIGIR
O Ato de dirigir é sempre dinâmico, onde as situações se modificam constantemente.

Posição da Cabeça: O condutor deve mantê-la na posição normal, sem incliná-la.

Posição do Corpo: O condutor deve permanecer sentado de forma a ter domínio sobre todos os
comandos do veículo.

Posição das Mãos no Volante: Deve-se posicionar as mãos de maneira confortável e de forma que se
possa fazer manobras de maneira ágil e precisa.

11.4 - O QUE É DIREÇÃO DEFENSIVA?

Conjunto de princípios e cuidados aplicados pelo motorista com a finalidade de evitar acidentes,
apesar dos erros dos outros condutores e das condições adversas.
Dirigir defensivamente é perceber antecipadamente a possibilidade de um acidente e agir
preventivamente ou corretivamente para reduzir os seus riscos.

Direção Preventiva: Ocorre quando o condutor avalia suas condições físicas e mentais, as condições
da via, do veículo e do tempo antes de iniciar o trajeto.

Direção Corretiva: É tentar corrigir com habilidade uma situação perigosa. Exemplos: retirar o pé do
acelerador para controlar uma derrapagem, frear progressivamente, evitando pisar bruscamente no
pedal do freio.

O motorista defensivo sempre considera a outra via como preferencial.

Retire o pé do acelerador e o coloque sobre o freio para reduzir o tempo de reação.

Mantenha distância de seguimento também parado na pista de rolamento.

Não arrisque; encontrando sinal verde aceso já há algum tempo, mantenha o pé sobre o pedal do
freio e fique pronto para parar assim que o sinal mudar.

Respeitar o semáforo é sinal de responsabilidade, de povo civilizado. Parar no sinal vermelho é


respeitar a vida dos outros e a sua também.

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11.5 - TEMPO E DISTÂNCIA
Distância de Seguimento: É a distância entre o seu veículo e o que está imediatamente à sua frente.

Regra Prática: Manter o tempo de 2 a 4 segundos entre os dois veículos

Distância de Frenagem: É aquela que o veículo percorre depois de acionado o freio até a parada total.

Distância de Parada: É aquela que o veículo percorre desde que o perigo é visto até a parada total.

Tabela de distância de seguimento para veículos de passeio:


Distância de Distância de Parada
Velocidade Reação Frenagem total
(km/h) (m) (m) (m)

40 8 6,5 14,5

60 12,5 16 28,5

80 17 28,5 45,5

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11.6 - ULTRAPASSAGENS
Ao ultrapassar:

Tenha certeza de que sua distância de seguimento é compatível com sua velocidade.
Certifique-se de que nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para
ultrapassá-lo.
Verifique se o veículo à sua frente não indicou o propósito de ultrapassar um terceiro.
Indique com antecedência a manobra.
Use a buzina, se necessário.
Deixe livre uma distância lateral de segurança.
Retornar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem.

Ao ser ultrapassado:

Esteja atento a atitude do outro motorista.


Mantenha-se sempre à direita.
Domine a situação.
Se estiver na faixa da esquerda, desloque–se para faixa da direita.
Se estiver pelas demais faixas mantenha-se naquela na qual está trafegando.
Os veículos mais lentos quando em fila, deverão manter distância para que os demais possam
ultrapassar.
Facilite a ultrapassagem.

11.6.1 - COMO EVITAR COLISÕES COM MOTOCICLETAS:

Mantenha uma distância de seguimento segura.


Verifique constantemente os retrovisores. Ao avistar uma motocicleta, aguarde para qualquer
manobra.
Se avistá-la e esta não o ultrapassou, cuidado, ela está no seu ponto cego.
Nas ultrapassagens, utilize a mesma distância que você utilizaria em caso de um veículo de quatro
rodas.
Cuidado ao abrir a porta para o lado da via
Sinalize suas manobras com antecedência.
Lembre-se, em cima de duas rodas há uma vida.

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11.7 - COMPORTAMENTOS QUE PREVINEM ACIDENTES

Conhecimento: É importante conhecer as leis, os regulamentos, a sinalização de trânsito, os


procedimentos seguros para se fazer curvas e ultrapassagens, saber as preferências nas vias etc.

Atenção: Esteja sempre alerta para o que se passa a sua volta. É preciso estar atento aos pedestres nos
grandes centros, principalmente próximo de paradas de ônibus e escolas. No meio rural é preciso estar
atento com animais e buracos na pista. Ter atenção é estar em alerta, é ter visão difusa das situações.

Previsão: É a habilidade para prever o perigo e as situações de riscos de acidentes. Na presença de


crianças, pedestres, ciclistas e animais próximos à via, fique alerta e tome cuidados necessários, como
reduzir a velocidade e estar preparado para quaisquer manobras.

Decisão: Capacidade de você decidir e agir prontamente em situações de risco.

Habilidade: É saber qual a melhor e mais segura forma de manejar o veículo diante de uma situação.

Obedeça a sinalização. Ela está lá para proteger você.

11.8 - CONDIÇÕES ADVERSAS


São as diversas situações que facilitam o acontecimento de acidentes e que podem ocorrer a
qualquer momento:

Luz
Tempo
Via
Trânsito Intenso
Veículo
Motorista
Carga
Passageiro

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Luz
A iluminação pode afetar a visibilidade do motorista podendo causar um acidente. O
farol alto de um veículo em sentido contrário ou mesmo a luz solar, incidindo
diretamente nos olhos do condutor, provoca o ofuscamento da visão. Evite olhar
diretamente para luz nesses casos.

Tempo

Chuvas
Granizo
Geadas
Cerração
Neblina
Fumaça
Vento

Fique Atento, Previna-se!

Mantenha sempre limpos os vidros, faróis e lanternas.

Verifique periodicamente o estado dos limpadores de pára-brisa.

Os pneus devem estar em bom estado de conservação (sulcos de no mín. 1,6mm,


calibrados).

Aumente o espaço entre o seu veículo e o carro da frente.

Acenda os faróis baixos em dias de chuva, o ofuscamento provocado por faróis altos
é ainda maior porque os pingos de água que caem no pára-brisa ampliam a
luminosidade.

Evite ultrapassar, o veículo na sua frente provoca uma cortina d’água prejudicando
sua visibilidade.

Aquaplanagem: A estabilidade de um veículo depende do contato entre os pneus e o


solo. À medida que a velocidade aumenta esse contato diminui devido à penetração de
ar nesse nível de contato. Como a água é mais densa que o ar, em dias de chuva o
contato entre o solo e o pneu, dependendo da velocidade, pode não existir e o veículo
deslizar. Se isso acontecer, tire o pé do acelerador, não use os freios e evite movimentos
bruscos com o volante.

Via

Reconhecer seu estado, contorno, largura, acostamento, sinalização, cruzamentos,


curvas, lombadas, pontes, ausência de sinalização, poeira, óleo etc.

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Trânsito Intenso

Esta condição está presente nos grandes centros favorecendo a ocorrência de


congestionamentos e de trânsito lento. Mantenha-se atento, se necessário procure vias
com trânsito menos intenso. Lembre-se que o estresse aumenta a possibilidade de um
acidente além de fazer mal a sua saúde.

Veículos

Mantenha o veículo sempre em dia. Verifique sempre pneus, freios, suspensão,


setas, faróis e equipamentos de segurança. O veículo deve estar pronto para responder
de forma imediata e eficiente ao comando do motorista.

Perda repentina dos freios

Reduzir a velocidade pelas marchas


Acionar o freio motor (em caso de ônibus e caminhões)
Sinalizar e puxar o freio de estacionamento com cuidado para não travar as rodas.

Estouro de pneus

Em caso do pneu estourar adotar o seguinte procedimento:

Segurar firmemente o volante e acelerar o motor imediatamente para aumentar a


força à frente e neutralizar a força para o lado.

Carga

Se não forem respeitadas as normas de segurança, a carga mal acondicionada, com


excesso de peso ou empilhada de forma incorreta pode causar acidentes.

Passageiros

Os passageiros podem se tornar uma condição adversa, quando seu comportamento


representa um risco à segurança.

Motorista

É a peça fundamental, por isto deve ser observado se está


física e mentalmente em condições de dirigir o veículo. A
cada duas horas de direção é recomendado 15 minutos de
descanso. O cansaço é responsável por 20% dos acidentes e
30% dos mortos em acidentes.
Quando afetadas as condições físicas e psíquicas, passam
a ser complicadoras na condução de um veículo.
O comportamento inadequado do condutor é geralmente o fator principal na
ocorrência de um acidente assim como a pressa, a falta de cordialidade, estresse etc.

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11.9 - ESTATÍSTICAS DE TRÂNSITO

Acidentes em números

Uma batida a 50 km/h é igual a uma queda livre do 4° andar.

70% dos acidentes de trânsito com vítima ocorrem durante o dia, com céu claro e a
menos de 10 km do ponto de partida.
A maior parte das vítimas tem menos de 35 anos.
Batidas de veículos são a segunda causa da mortalidade infantil.
40% dos acidentes fatais ocorrem em jornadas de curta distância.
71% dos desastres com motos têm vítima.
60% dos feridos no trânsito têm lesões irreversíveis.
41% dos mortos têm entre 15 e 34 anos.
50% das mortes acontecem por uso de bebida alcoólica.
44% das vítimas morrem atropeladas.

O trânsito em BH

A cada 48 horas uma pessoa morre no trânsito;


O maior número de mortos são de pedestres;
51% dos acidentes envolvem motocicletas
Um atropelamento é registrado a cada 3 horas.

Tenha a segurança como valor em sua vida. Você tem vários motivos para voltar são e
salvo para casa. Lembre-se sua vida vale muito.

BIBLIOGRAFIA:

Instruções de Operação e Manutenção da Cemig D;


Apostilas EFAP – Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional S.Lagoas;
Normas, catálogos e instruções de trabalho Cemig;
Liberação Equipamento do Sistema;
Programa cinco minutos diários de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente;
Domínio técnico das equipes de manutenção da Cemig

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