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DISCIPLINA: GERENCIAMENTO DE

RISCOS
DISCIPLINA: GERENCIAMENTO DE RISCOS
Professora: Ana Paula Tavares
• Engenheira Ambiental;
• Pós-graduada em Engenheira Segurança do Trabalho
• Química
• Especialização em Ergonomia
• Perita em Insalubridade/Periculosidade
• Mestrando em Engenharia, gestão de processos, sistema e ambiental
Contato: 99376-3490
E-mail: paulaergonomed@hotmail.com
EMENTA
A Evolução do Prevenciosismo;
Prevenção e controle de perdas (controle de danos, controle total de
perdas);
Segurança de sistemas. Investigação e análise de acidentes. Natureza dos
riscos empresariais;
Retenção de riscos (seguros e auto adoção). Confiabilidade.
Gerenciamento de riscos.
Identificação de riscos (Inspeções de segurança e Técnica de incidentes
críticos).
Técnicas de analises de riscos (APR, AMFE, Serie de riscos, AAF).
Modelo de programa de gerenciamento de riscos.
PGR-Programa de Gerenciamento de Risco
A Evolução do prevencionismo
• Primeiras ações tendem a prevenir danos às
pessoas
• Estudos: 1931 – Heinrich
– Pela primeira vez foi introduzida a filosofia de
acidentes com danos a propriedade (acidentes
sem lesão)
– Incidentes
Heinrich - 1931

• 1 lesão incapacitante
• 29 lesões não incapacitantes
• 300 acidentes sem lesão

• Isto quer dizer que para uma lesão


incapacitante havia 29 lesões menores e 300
acidentes sem lesões
Lesão com afastamento (lesão
incapacitante ou lesão com perda de
tempo): 
Lesão pessoal que impede o acidentado
de voltar ao trabalho no dia imediato ao
do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente
Frank Bird - 1966
• Teoria de controle de danos
• Com base em 90.000 acidentes ocorridos em
uma metalúrgica durante mais de 7 anos:
• 1 – lesão incapacitante
• 100 – lesões não incapacitantes
• 500 – acidentes com danos a propriedade
Insurance Company of North America - 1969

• 1.753.498 casos – 297 empresas


• 1.750.000 trabalhadores
• 1 acidente com lesão grave
• 10 acidentes com lesão leve
• 30 acidentes c danos a propriedade
• 600 acidentes sem lesão
SISTEMAS
• UM SISTEMA É UM ARRANJO ORDENADO DE
COMPONENTES QUE ESTÃO INTER-
RELACIONADOS E QUE ATUAM E INTERATUAM
COM OUTROS SISTEMAS, PARA CUMPRIR
UMA TAREFA OU FUNÇÃO (OBJETIVO) NUM
DETERMINADO AMBIENTE.
INCIDENTE CRÍTICO
• QUALQUER EVENTO OU FATO NEGATIVO COM
POTENCIALIDADE PARA PROVOCAR DANO.
• TRATA-SE DE UMA CONDIÇÃO QUE SE
APRESENTA, MAS NÃO MANIFESTA DANO.
• SÃO OS “QUASE ACIDENTES”
Programa de Segurança
• Surge a necessidade de um programa de
segurança eficiente, constante e integrado,
nasce primordialmente do fato de que um
esforço de segurança deve ter um resultado
final compatível com o custo e exigências
dessa missão, pois de outra forma sua própria
existência não teria sentido.
Programa de segurança
• Participação da direção
• Tarefas técnicas
– Modelos de programas
– Identificação de técnicas apropriadas
– Sistemas e subsistemas
• Outros Elementos da Empresa
Análise de Riscos
• Acidentes ocorrem desde tempos imemoriais, e as
pessoas tem se envolvido tendo em vista a sua
prevenção por períodos comparavelmente extensos.
• A terminologia relacionada ainda carece de clareza e
precisão.
• Lamentavelmente da mesma resultam desvios e
vícios de comunicação e compreensão.
Risco
• Uma ou mais condições de uma variável, com
o potencial necessário para causar danos.
Esses danos podem ser entendidos como
lesões a pessoas, danos a equipamentos ou
estruturas, perda de material ou redução da
capacidade de desempenho de uma função
pré determinada.
Perigo
• Expressa uma exposição relativa a um risco,
que favorece a sua materialização em danos.
Dano
• Dano é a severidade da lesão, ou da perda
física, funcional ou econômica, que podem
resultar se o controle sobre um risco é
perdido.
Causa
• É a origem de caráter humano ou material
relacionada com o evento catastrófico
(acidente), pela materialização de um risco,
resultando danos.
Segurança
• Segurança é frequentemente definida como
“isenção de riscos”. Entretanto, é
praticamente impossível a eliminação
completa de todos os riscos. Segurança é,
portanto, um compromisso acerca de uma
relativa proteção da exposição a riscos. É o
antônimo de perigo.
Risco ou Nível de Risco
• Expressa uma probabilidade de possível danos
dentro de um período específico de tempo ou
número de ciclos operacionais. Pode ser
indicado pela probabilidade de um acidente
multiplicada pelo dano em reais, vidas, ou
unidades operacionais.
Segurança do Trabalho

1.Acidente do Trabalho – Conceito Legal –


CLT
• É todo aquele que ocorre pelo exercício do
trabalho, a serviço da empresa, provocando
lesão corporal, perturbação funcional ou
doença, que cause a morte, a perda ou
redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
Segurança do Trabalho

2. Causas dos Acidentes do Trabalho


a)Atos inseguros e condições inseguras são os
fatores que, combinados ou não, desencadeiam
os acidentes do trabalho. São, portanto as
causas diretas dos acidentes. Assim, pode-se
entender que prevenir acidentes do trabalho, em
síntese é corrigir condições inseguras existentes
nos locais de trabalho, não permitir que outras
sejam criadas e evitar a prática de atos
inseguros por parte dos empregados.
Segurança do Trabalho
• Atos Inseguros:
• É a maneira como as pessoas se expõem,
consciente ou inconscientemente, a risco
de acidentes. São esses os atos
responsáveis por muitos dos acidentes
que ocorrem nos ambientes de trabalho e
que estão presentes na maioria dos casos
em que há alguém ferido.
Segurança do Trabalho
• Atos Inseguros que frequentemente causam acidentes do trabalho:

• Passar ou permanecer sob cargas suspensas;


• Colocar parte do corpo em local perigoso;
• Usar máquinas sem habilitação ou permissão;
• Imprimir excesso de velocidade ou sobrecarga;
• Lubrificar, ajustar e limpar máquinas em movimento;
• Improvisação e mau emprego de ferramentas manuais;
• Inutilização de dispositivos de segurança;
• Não usar os equipamentos de proteção individual;         
Segurança do Trabalho
• Atos Inseguros que frequentemente causam acidentes do trabalho:

• Uso de roupas inadequadas e acessórios


desnecessários;
• Manipulação insegura de produtos químicos;
• Transportar e empilhar materiais de modo inseguro;
• Fumar e usar chamas em lugares indevidos;
• Tentativa de ganhar tempo;
• Brincadeiras e exibicionismo;
• Levantar peso de modo incorreto;
• Usar escada de mão de modo incorreto;
• Utilizar cadeira com roda, para subir;
As atualizações das NRs que entraram em
vigor em 2022
Em fevereiro de 2020, em reunião da Comissão Tripartite Paritária Permanente
(CTPP), decidiu-se as últimas atualizações das NRs que acabaram de entrar em
vigor. Foram mudanças significativas, envolvendo as NRs 1, 7, 9, 18 e 37.  
Inicialmente, as alterações deveriam entrar em vigor em agosto de 2021. No
entanto, devido à pandemia e à dificuldade das empresas em se adequarem às novas
regras, este prazo foi adiado até o dia 03 de janeiro deste ano (2022).
NR 01
A NR 01 é a norma regulamentadora que traz diretrizes importantes e que dizem
respeito, de alguma forma, a todas as outras NRs. Por este motivo, deve ser
seguida pela grande maioria das empresas que admitem funcionários em CLT e
ofereçam riscos nos ambientes.
A NR 01 já sofreu diversas atualizações nos últimos anos, mas nestas últimas
atualizações das NRs foram incluídos os programas 
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e o 
Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).
O GRO prevê a avaliação de todos os riscos ocupacionais, não apenas os
ambientais, como era o caso do PPRA. Por isso, o PPRA foi substituído por
este programa abrangente, a fim de maximizar os esforços em segurança do
trabalho.
O segundo programa incluído na NR 1, o PGR, é uma das ferramentas que
colocará em prática as determinações do Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais. É aqui que serão desenvolvidas as medidas de controle de riscos,
dentre outras determinações.
NR 09

A NR 09 era a Norma Regulamentadora referente ao Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais – o PPRA. Como este programa foi substituído pelo GRO e o PGR,

todos os requisitos referentes a gerenciamento de riscos até então existentes na norma

foram transpostos para a NR 01.


Assim, o novo texto da NR 09 ganha um novo título: Avaliação e Controle das
Exposições Ocupacionais aos Agentes Químicos, Físicos e Biológicos. Como você
pode ver, a norma ficou mais específica a estes tipos de risco, o que promete maior
atenção.
Dessa forma, desde o dia 03 de janeiro, a NR 9 se trata da Identificação, Avaliação e
Desenvolvimento das Medidas de Prevenção e Controle das Exposições
Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos.
NR 07
A nova NR 07 manteve o título de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO), porém o seu objetivo sofreu uma alteração que agora é: proteger e preservar a
saúde dos empregados em relação aos riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos do
PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos.
Antes da alteração, o texto tinha o objetivo apenas de estabelecer a obrigatoriedade de
elaboração e implementação do PCMSO, ainda assim claro com o objetivo de promoção e
preservação da saúde do conjunto dos trabalhadores. 
Porém, agora o PCMSO deve ter relação com o PGR e, consequentemente, com o
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), e não mais com o PPRA.
NR 18
A partir de agora, é obrigatório que as construtoras elaborem e implementem o Programa
de Gerenciamento de Riscos (PGR), que substituirá o Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) e o Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais (PPRA). 
Os PCMATs já existentes e anteriores ao início da vigência da nova redação da NR-18
poderão ser mantidos, com validades até o término das obras a que se referem.
NR 37
Também em 03 de janeiro deste ano (2022) entrou em vigor uma série de novos subitens
da NR 37 que diz respeito à Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo, que vão do
37.5.1.1 ao 37.31.9.4, alínea “a”. 
NR12 (Compra e uso de máquinas pelas indústrias)
•As 1080 determinações do texto original caíram para 713. Com 34% de determinações
a menos, estima-se uma economia de mais de R$40 bilhões para as empresas.
•Assegura o alinhamento do Brasil com as normas técnicas nacionais e internacionais.
•Flexibiliza a aplicação com mais opções técnicas.
•Diferencia máquinas novas e usadas para alguns requisitos, respeitando as
características construtivas.
•Incorpora itens que garantem mais segurança jurídica.
NR15 (Atividades e operações insalubres)

•A principal mudança foi a exclusão do adicional de insalubridade para atividades

em ambientes externos sem fontes artificiais de calor. 


NR16 (Atividades e operações que apresentam periculosidade)
•No novo texto, o adicional de periculosidade não deve ser aplicado quando o
combustível estiver contido em tanques originais de fábricas e suplementares certificados
por órgão competente.
NR20 (no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis)
•Redução na carga horária e na periodicidade de alguns treinamentos, no
entanto, sem prejuízo à formação dos profissionais atuantes nas atividades
relacionadas.
•Modificações na análise de risco, reduzindo os tipos de instalações que
precisam obter laudo produzido por engenheiro habilitado.
NR24 (Condições de higiene e conforto nos locais de trabalho)
•Foi alterada a base de cálculo para dimensionamento de instalações como vestiários e
banheiros (antes era fixada pelo número total de funcionários; agora baseia-se na
quantidade de empregados atuando no turno de maior contingente).
•Antes esta norma previa um banheiro por gênero. Agora estabelecimentos que possuem
até dez empregados podem ter um banheiro unissex.
NR28 (Padronização dos procedimentos de segurança e saúde)
•As penalidades para quem descumprir esta Norma foram revistas. A possibilidade de
receber multas administrativas era de 6.863; com as mudanças, caiu para 4.096. A
segurança do trabalhador, no entanto, não fica comprometida, já que houve apenas uma
aglutinação por temática e gravidade de itens previstos já anteriormente previstos na
Norma.
De acordo com o governo federal, mais mudanças devem ocorrer nas NRs ao longo do
tempo. As medidas são vistas como necessárias, pois embora o objetivo sempre seja
proteger vidas, também é preciso poupar as empresas em relação desnecessários para
manter a saúde econômica do país.
NR-33- ESPAÇO CONFINADO
Com vigência para iniciar em 03.10.2022, as mudanças no texto
legal, alteraram conteúdos relacionados à Competência do
supervisor de entrada, Competência do vigia, Gerenciamento
de riscos ocupacionais em espaços confinados.
Tempo de exposição
De acordo com item 4.4 da Portaria nº 3.311/89 definia o que podem ser
atividades consideradas permanente, intermitente ou eventual de acordo com o
resumo abaixo
Tempo por dia Tipo de exposição Porcentagem

Até 30 minutos Eventual 6,25%

Até 400 minutos Intermitente 83,34%

Acima de 400 minutos Permanente, Contínuo 100%


 CÁLCULO DE CONVERSÃO DE Q5 PARA Q3:
Calculo LEQ = 10 x LOG ((480 / TE ) x (D/100)) + 85 para INSS
Ambientes internos e externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs
CÁLCULO TAXA METABÓLICA MÉDIA PONDERADA:
Onde M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula:

M = Mt x Tt + Md 1 x
Td1
                  60

Cálculos IBUTG médio


ponderado:
IBUTG = IBUTGt x Tt + IBUTGd x
Td
60

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