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compor o documento. Veja a seguir o que é este inventário e como elaborar da maneira correta, de acordo com a
NR-1 e recomendações da Fundacentro.
A NR-1 estabelece que o gerenciamento de riscos deve ser documentado em um programa chamado PGR -
Programa de Gerenciamento de Riscos. Ou seja, o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais representa a gestão de
SST como um todo, e não um documento. Através do PGR, a gestão de riscos é formalizada em um documento que
deve conter, no mínimo: Inventário de Riscos e Plano de Ação.
a) inventário de riscos; e
b) plano de ação.”
Como mencionado, o inventário de riscos é uma obrigação do PGR. Sem inventário, não há como formatar o
documento, pois o plano de ação depende do mesmo.
Todos os riscos identificados devem ser formalizados no Inventário de Riscos. Veja o que diz a NR-1:
“1.5.7.3.1 Os dados da identificação dos perigos e das avaliações dos riscos ocupacionais devem ser consolidados
em um inventário de riscos ocupacionais. “
Além de conter todos os riscos, o inventário deve estar sempre atualizado. Portanto o PGR é um documento que
deve estar sempre sendo revisado sempre qua algum cargo novo surgir na empresa ou um novo risco ocupacional. O
histórico de cada atualização deve ser mantido por no mínimo 20 anos.
1.5.7.3.3.1 O histórico das atualizações deve ser mantido por um período mínimo de 20 (vinte) anos ou pelo período
estabelecido em normatização específica.”
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou
circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a
esses riscos, e descrição de medidas de prevenção implementadas;
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os
resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17.
e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação; e
No inventário de riscos devem conter todos os tipos de riscos: físicos, químicos, biológicos, mecânicos (acidentes) e
ergonômicos. Para compor o inventário, é preciso avaliar os níveis de riscos através de uma matriz. Para isso é
necessário avaliar os níveis de probabilidade e severidade de cada perigo e risco identificado, através de tabelas de
gradações.
Para elaborar o Inventário de Riscos, confira o passo a passo segundo as recomendações da Fundacentro:
1. INTRODUÇÃO
A introdução do documento deve explicar nos termos da lei o que é o inventário de riscos. Fica a cargo do
profissional habilitado a maneira que irá introduzir o inventário, mas fica a sugestão de citar os trechos da NR-1
mencionados acima.
Nesta etapa deve-se inserir as tabelas de gradação, as matrizes, os métodos de controle e ação e quaisquer outros
critérios utilizados.
A partir desta tabela de gradação, fica registrado no documento como se chegou a conclusão de que um risco tem
baixa ou alta probabilidade, através do seu valor quantitativo referente ao LEO (Limite de Exposição
Ocupacional). Esta é apenas uma tabela com estimativas de probabilidade para avaliações quantitavas. É preciso
inserir neste tópico todas as tabelas e métodos de gradação utilizados.
Da mesma maneira, é preciso mostrar as definições de severidade, pois o nível de risco é classificado através da
probabilidade x (vezes) a severidade.
Através de tabelas de gradação como esta, fica claro a definição dos critérios de risco para severidade. Uma lesão
séria reversível seria de severidade nível 2, por exemplo. Se cruzar este resultado com o da probabilidade, se
chega ao nível do risco, que deve constar no inventário de riscos.
O nível do risco deve estar de acordo com a matriz de riscos utilizada. Fica a cargo do profissional habilitado
desenvolver sua matriz ou utilizar uma já existente. Contudo, a matriz deve estar alinhada com as tabelas de
gradações. As tabelas mostradas acima possuem 5 níveis de probabilidade e 5 de severidade, portanto uma matriz
de riscos baseada nelas teria que ser 5x5.
Visão geral dos processos produtivos e instalações (incluir fluxograma de processo e leiaute
simplificado), organização administrativa e do trabalho.
• Nome da função
• Número de trabalhadores
• Jornada e horários de trabalho
• Atividades principais (com indicação de atividades críticas)
• Cursos de capacitação obrigatórios
• Equipamentos de proteção individual (uso contínuo obrigatório).
Recordando:
1. Risco é basicamente a exposição ao perigo (probabilidade X severidade).
2. Perigo é uma situação com probabilidade de causar dano.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA 01
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA 02
GRADAÇÃO DA SEVERIDADE | NR 01
Índide Definição
obs.:
exemplo
para fins
didáticos
GRADAÇÃO DA PROBABILIDADE | NR 01
Estas tabelas de excesso de risco (3.3 e 3.4) têm o objetivo de servir como
caracterização de riscos graves e iminentes, para fins de embargos e
interdições (multas, punições) em situações de fiscalização, por exemplo.
Esta matriz da NR 3 pode ser usada como base para que se monte uma
outra matriz, a qual então estando de acordo com os preceitos comuns,
poderá ser utilizada pelo profissional SST. Ou seja, esta tabela pode ser
usada caso seja devidamente customizada, mas não da maneira pura como
está na NR 3.
O PLANO DE AÇÃO DO PGR
O plano de ação deve ser estabelecido para a empresa como um todo, porém cada ação deve
ser planejada por setor, GHE ou função. Fica a cargo do profissional habilitado decidir o
que é melhor. Mesmo que o inventário de riscos seja por função, as ações do plano de ação
podem variar de acordo com o cenário.
Esta ação será executada de que maneira? Através de treinamento orientativo? É preciso
descrever como será feito para que se justifique o custo depois.
Nesta etapa deve ser especificado o custo da implantação. O plano de ação acaba sendo um
documento de maior relevância para a empresa cliente do que para o auditor fiscal,
justamente por apresentar detalhadamente as ações de controle dentro da empresa, com seus
respectivos custos e orçamentos.
O Plano de Ação é basicamente isso. Vai de acordo com o profissional habilitado fazer a
gestão do controle de riscos, as ferramentas e métodos são apenas auxílios. O PDCA
(modelo 5W2H) é bastante eficaz para manter o controle, mas ele por si só não funciona se
o profissional não se organizar de acordo com ele.