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WBA0858_V1.1
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Renan Primo
ERGONOMIA
1ª edição
São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A
2021
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Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
Giani Vendramel de Oliveira
Gislaine Denisale Ferreira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Revisor
Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-65-89881-60-5
CDD 658.38
____________________________________________________________________________________________
Evelyn Moraes – CRB 010289/O
2021
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
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ERGONOMIA
SUMÁRIO
Ergonomia: conceitos e
aplicações.
Autoria: Renan Primo
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Junior
Objetivos
• Compreender os fundamentos da ergonomia e suas
origens.
Maria tem em suas mãos, além das demandas direcionadas por Joana,
suas rotinas diárias e seus pacientes prioritários. Então, decide começar
por suas rotinas, sendo a primeira acompanhar uma paciente que saiu
de uma cirurgia naquela noite, cujo leito fica ao final do corredor.
De acordo com Iida (2018, p. 7), a ergonomia possui uma data “oficial”
de nascimento: 12 de julho de 1949. Nesse dia, reuniram-se na
Inglaterra pela primeira vez um grupo de cientistas e pesquisadores
interessados em estudar, discutir, incrementar e formalizar a existência
desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência. Muitos
desses pesquisadores já se conheciam devido às pesquisas de cunho
militar, realizadas durante a Segunda Guerra Mundial, o que facilitou e
contribuiu para um bom progresso das conversas. Após essa primeira
integração, o mesmo grupo se reuniu em 16 de fevereiro de 1950 e
propôs a utilização do neologismo ergonomics (ergonomia em tradução
livre), formado pelos termos gregos ergon (trabalho) e nomos (regras,
leis naturais). Tal termo foi adotado na fundação da Ergonomics Research
Society (ERS) (Sociedade de Pesquisa em Ergonomia, em tradução livre)
no mesmo ano, mudando seu nome em meados de 2009 para Institute
of Ergonomics & Human Factors (IEHF) (Instituto de Ergonomia e Fatores
Humanos, em tradução livre).
Nesse período entre o século XVII até meados de 1950, houve diversas
contribuições para a ergonomia, influenciadas pela revolução industrial,
pelo taylorismo, pela globalização e pelo desenvolvimento tecnológico.
Considerando esse marco inicial de 1950, podemos destacar que após
a Segunda Guerra Mundial originou-se o que atualmente se denomina
como “as duas abordagens da ergonomia”: a anglo-saxônica, também
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Fonte: ilbusca/iStock.com.
Fonte: ilbusca/iStock.com.
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profissional que atua em ergonomia, por sua vez, pode até preferir
um ou outro desses objetivos, porém ninguém pode pretender ser
ergonomista ignorando um ou outro.
• Análise da demanda.
• Validação.
• Diagnóstico.
• Recomendações e transformação.
Referências
ABRAHÃO, J. et al. Introdução à Ergonomia: da teoria à prática. São Paulo: Blucher,
2009.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Manual de Aplicação da Norma
Regulamentadora n. 17. 2002. Disponível em: http://www.ergonomia.ufpr.br/
MANUAL_NR_17.pdf. Acesso em: 15 mar. 2021.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Portaria MTE/MPS n. 3.751, de 23 de
nov. de 1990. Altera a Norma Regulamentadora nº 17–Ergonomia. 1990. Disponível
em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_Legislacao/SST_
Legislacao_Portarias_1990/Portaria-n.-3.751-Altera-a-NR-17-e-NR-15.pdf. Acesso em:
15 mar. 2021.
DE LIMA, M. J. A. et al. Os estudos de Leonardo da Vinci e sua ação precursora na
ergonomia. In: SILVA, J. C. P.; PASCHOARELLI, L. C. (org.), A Evolução Histórica da
Ergonomia no Mundo e seus Pioneiros. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. p.11-
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EUGÊNIO, S. A. M. Ergonomia industrial. Londrina: UNOPAR, 2014.
FALZON, P. Natureza, objetivos e conhecimentos da Ergonomia. Elementos de uma
análise cognitiva da prática. In: FALZON, P. (ed.) Ergonomia. São Paulo: Blucher,
2007. p. 3-20
GEMMA, S. F. B. Complexidade e agricultura: organização e análise ergonômica do
trabalho na agricultura orgânica. 2008. Tese (Doutorado em ergonomia) – Faculdade
de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.
GUÉRIN, F. et al. Compreender o trabalho para transformá-lo: a prática da
ergonomia. São Paulo: Edgard Blucher, 2001.
IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. 3. ed. rev. São Paulo: Edgar Blucher,
2018. p.630
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Objetivos
• Compreender os agentes causadores de doenças
ocupacionais.
Agentes Físicos
Agentes químicos
Agentes biológicos
Agentes ergonômicos
Por fim, cabe destacar que, para explicar alguns fenômenos observados,
é necessário dialogar com os trabalhadores, ganhar a confiança deles.
Portanto, nenhuma análise é feita apenas de observações, por mais que
estas constituam sua base. Ao mesmo tempo, nenhum instrumento de
observação pode substituir o conhecimento dos trabalhadores sobre
suas tarefas e sobre suas competências e experiências.
Referências
ABRAHÃO, J. et al. Introdução à Ergonomia: da teoria à prática. São Paulo: Blucher,
2009.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho.
Brasília: MF, 2017. Disponível em http://sa.previdencia.gov.br/site/2018/09/AEAT-
2017.pdf. Acesso em: 20 mar. 2021.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Norma Regulamentadora n. 9 (NR-9).
2020. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-
no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-9-nr-9. Acesso em: 16 jun. 2021.
BRILINGER, C. O. et al. Contribuições da Ergonomia para a Sociedade do
Conhecimento. Revista Espacios, [s.l.], v. 38, n. 11, 2017.
DANIELLOU, F.; SIMARD, M.; BOISSIÈRES, I. Fatores humanos e organizacionais da
segurança industrial: um estado da arte. Toulouse: ICSI, 2010.
EUGÊNIO, S. A. M. Ergonomia industrial. Londrina: UNOPAR, 2014.
GONÇALVES, M. S. R. Poda de vegetação em linha viva: complexidade e risco na
atividade dos eletricistas. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Aplicadas,
Limeira, 2020.
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Objetivos
• Identificar as lesões mais comuns no ambiente de
trabalho.
fisicamente;
Tarefa exige aplicação de forças para baixo. (BRASIL, 2001, p. 3)
1.2 Repetitividade
Muitas são as lesões que podem ser causadas por esforço repetitivo,
estando elas dentro do espectro das lesões denominadas LER
(Lesões por Esforço Repetitivo) ou DORT (Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho). As LER se referem a um conjunto de doenças
que atingem principalmente os membros superiores, englobando
músculos, nervos, tendões, bursas e ligamentos, e provocam irritações
e inflamações. Já as DORT referem-se a doenças causadas pelo trabalho
de forma geral, englobando dores crônicas, parestesias, fadigas,
tendinites, tenossinovites, compressões nervosas, distúrbios lombares
etc., e podem afetar tanto membros inferiores como superiores.
Essas são as causas mais frequentes de afastamentos temporários ou
permanentes, podendo afetar com índices de dores diversos, conforme
ilustrado pela Figura 2 (MORAES, 2014b, p. 63; IIDA, 2005, p. 164).
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• Dedo em gatilho
• Exemplos: carimbar.
• A frequência do levantamento.
• O levantamento assimétrico.
• Controle discreto
• Controle contínuo
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• Controle digital
Até 1,5
Boa kg/cm,
Botão Regular, para 3 a 20 depen- com
Não Boa
discreto posições dendo do diâmetro
desenho máx. de
100 mm
Boa, para 2 a 10
Alavanca Boa Boa Boa Até 13 kg
posições
Até 3,5
kg, com
Recomendada só
Manivela Boa Lenta Baixa braço de
para grandes forças
150 a 220
mm
Até 25
kg, com
Volante Não Excelente Regular Boa diâmetro
de 180 a
500 mm
Pedal liga- Boa para ativação; 2
Não Boa Regular Até 10 kg
desliga posições
Pedal
Regular Boa Boa Baixa Até 90 kg
simples
Segundo Iida (2005, p. 258), para haver sensação, é preciso que a energia
do ambiente esteja dentro de um limite chamado de limiar. Quanto
mais intenso for o estímulo dentro desses limites, mais facilmente ele
será detectado. Se o estímulo for abaixo do limiar, ele dificilmente será
sentido. No entanto, se ele for superior, poderá causar desconfortos. Por
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Referências
ABRAHÃO, J. et al. Introdução à Ergonomia: da teoria à prática. São Paulo: Blucher,
2009.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Nota Técnica 060 – Ergonomia:
indicação de postura a ser adotada na concepção de postos de trabalho. Brasília:
MTE, 2001.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 17 - Ergonomia. Brasília: MTE,
1978. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-
saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf/. Acesso em: 7 abr. 2021.
CAILLIET, R. Lombalgia: síndromes dolorosas. São Paulo: Manole, 1988.
CORRÊA, V. M; BOLETTI, R. R. Ergonomia: Fundamentos e Aplicações. Porto Alegre:
Bookman, 2015. [Minha Biblioteca].
GREVE, J. M. D’A.; AMATUZZI, M. M. Medicina de Reabilitação nas Lombalgias
Crônicas. São Paulo: Roca, 2003.
IIDA, I. Ergonomia – Projeto e Produção. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Blucher,
2005.
IIDA, I.; GUIMARÃES, L. B. M. Ergonomia: Projeto e Produção. 3. ed. rev. São Paulo:
Blucher, 2018. p.630.
LAVILLE, A. Ergonomia. São Paulo: EPU, 1977.
MORAES, M. V. G. Doenças Ocupacionais – Agentes: Físico, Químico, Biológico,
Ergonômico. São Paulo: Saraiva, 2014a.
MORAES, M. V. G. Princípios Ergonômicos. São Paulo: Saraiva, 2014b.
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BONS ESTUDOS!