Você está na página 1de 12

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Consciência Moral

Mariamo Manuel Salimo-Código: 708237077

Nampula, Abril, 2024


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação a Distância

Consciência Moral

Mariamo Manuel Salimo-Código: 708237077

Curso: Licenciatura em Administração Pública


Disciplina: Introdução a Filosofia
Ano de Frequência: 2º Ano
Turma: K
Tutor/a: Nicola Da Yara Uine Nhapendo

Nampula, Abril, 2024


Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5

Estrutura
Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização (Indicação
1.0
clara do problema)

Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo
 Exploração dos dados 2.0

Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0

 Paginação, tipo e tamanho de


Aspectos
Formatação letra, paragrafo, espaçamento 1.0
gerais
entre linhas

 Rigor e coerência das


Normas APA
Referências citações/referências
6ª edição em
Bibliográfic bibliográficas 4.0
citações e
as
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor
Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 1

1. Definição do Conceito da Consciência Moral ............................................................................. 2

2. Graus da consciência ................................................................................................................... 3

3. Ética e moral ................................................................................................................................ 4

Conclusão ........................................................................................................................................ 6

Referências Bibliográficas ............................................................................................................... 7


1

Introdução

O presente trabalho da disciplina de Introdução a Filosofia, tem como tema: Consciência Moral.
De forma geral com este trabalho procuramos compreender a Consciência Moral a partir do seu
conceito, identificação e contextualização dos graus da consciência e a diferenciação entre a Ética
e Moral. No entanto, quando se faz um estudo da consciência é preciso analisar um conjunto de
processos neurobiológicos que pode nos levar a um estado subjectivo de sensibilidade ou ciência.
Quanto a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, com a estruturação do trabalho
contendo capa, contracapa, índice, introdução, objectivo, desenvolvimento, metodologia,
conclusão e referências bibliográficas.
2

1. Definição do Conceito da Consciência Moral

“O homem é o único animal consciente de suas acções. A consciência é o conhecimento que


acompanha as nossas vivências; é um conhecimento (das coisas e de si) e um conhecimento desse
conhecimento (reflexão) ” (Rosa, 2017, p.40).

A consciência moral determina também algumas normas de conduta, como também as leis gerais
e universais que ajudam o indivíduo a interiorizar o conceito do dever moral. Um dos principais
critérios da consciência moral é a justiça. O ser humano tem a capacidade de reflectir sobre suas
próprias acções com o objectivo de poder avaliar possíveis erros (Santos, 1965).

A consciência pode ser definida na perspectiva psicológica, ético e moral, política e na da teoria
de conhecimento (Rosa, 2017, p.41):

Na perspectiva psicológica: A consciência é um sentimento de nossa própria identidade: é o eu,


um fluxo temporal de estados corporais e mentais, que retém o passado na memória, percebe o
presente pela atenção e espera o futuro pela imaginação e pelo pensamento. O eu é o centro ou a
unidade de todos esses estados psíquicos. A consciência psicológica é formada por nossas
vivências.

Na perspectiva ético e moral: A consciência é a espontaneidade livre e racional, para escolher,


deliberar, e agir conforme à liberdade aos direitos alheios e deveres. É a pessoa dotada de vontade
livre e de responsabilidade. É a capacidade para compreender e interpretar sua situação e
condição (física, mental, social, cultural, histórica), viver na companhia dos outros segundo as
normas e os valores morais definidos por sua sociedade, agir tendo em vista fins escolhidos por
deliberação e decisão, realizar as virtudes e, quando necessário, contrapor-se e opor-se aos
valores estabelecidos em nome de outros, considerados mais adequados à liberdade e à
responsabilidade.

Na perspectiva política: A consciência é o cidadão, isto é, tanto o indivíduo situado no tecido


das relações sociais, como portador de direitos e deveres, relacionando-se com a esfera pública de
poder e das leis, quando o membro de uma classe social, definido por sua situação e posição
nessa classe, portador e defensor de interesses específicos de seu grupo ou de sua classe,
relacionando-se com a esfera pública do poder e das leis.
3

Na perspectiva da teoria de conhecimento: A consciência é uma actividade sensível e


intelectual dotada de poder de análise, síntese e representação. É o sujeito, que se reconhece
como diferente dos objectos, cria e descobre significações, institui sentidos, elabora conceitos,
ideias, juízos e teorias. É dotado de capacidade de conhecer à si mesmo no acto de conhecimento,
ou seja, é capaz de reflexão. É saber de si e saber sobre o mundo, manifestando-se como sujeito
percebedor, imaginante, memorioso, falante e pensante.

A consciência moral (pessoa) e a consciência política (o cidadão) formam-se pelas relações entre
as vivências do eu e os valores e as instituições de sua sociedade ou de sociedade ou de sua
cultura. São as maneiras pelas quais nos relacionamos com os outros por meio de
comportamentos e práticas determinadas pelos códigos morais (que definem deveres, obrigações,
virtudes), e políticos (que definem direitos, deveres e instituições colectivas públicas), a partir de
modo como uma cultura e uma sociedade determinadas definem o bem e o mal, o justo e o
injusto, o legítimo e o ilegítimo, o legal e o ilegal, o privado e o público. O eu é uma vivência e
uma experiência que se realiza por comportamentos; a pessoa e o cidadão são consciência como
agente (moral e político), como práxis.

Em sua essência, a consciência é um vazio, um nada, um silêncio que nos possibilita sentir e
escutar, reflectir e querer. Nela ouvimos a voz do nosso ser. Na vida familiar, a consciência é
considerada apenas uma vivência.

Platão definiu a consciência como o “diálogo da alma consigo mesma”. A alma interroga a si
mesma sobre que relação e compromisso tem ela com essa outra realidade, que se dá a conhecer
no íntimo diálogo consigo mesma.

2. Graus da consciência

Distinguem-se três graus da consciência segundo Rosa (2017, p.42):

i. Consciência passiva: aquela na qual temos uma vaga e uma confusa percepção de nós
mesmos e do que se passa à nossa volta, como no devaneio, no momento que precede o
sono ou o despertar, na anestesia, e sobretudo, quando somos muito criança ou muito
idosos.
4

ii. Consciência vivida, mas não reflexiva: é nossa consciência afectiva, que tem a
peculiaridade de ser egocêntrica, isto é, de perceber os outros e as coisas apenas a partir
de nossos sentimentos com relação à elas, como por exemplo, a criança que bate numa
mesa ao tropeçar nela, julgando que a “mesa faz de propósito para machucá-lo”. Nesse
grau de consciência não conseguimos superar o eu e o outro, o eu e as coisas. É típico por
exemplo, das pessoas apaixonadas, para as quais o mundo existe a partir de seus
sentimentos de amor, ódio, cólera, alegria, tristeza, etc.

iii. Consciência activa e reflexiva: aquela que reconhece a diferença entre interior e o
exterior, entre si e os outros, entre si e as coisas. Esse grau de consciência é o que permite
a existência da consciência em suas quatro modalidades, que são: o eu, a pessoa, o
cidadão e o sujeito.

3. Ética e moral

No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A palavra ética vem do
grego, ethos, que significa costume. É a ciência que tem por objecto o fim da vida humana e os
meios para alcançá-los. Historicamente, a palavra ética foi aplicada à moral sob todas as suas
formas, quer como ciência do comportamento efectivo dos homens, quer como arte de guiar o
comportamento. Propriamente a ética deveria ocupar-se do bem como valor primário e ser
assumido pela liberdade como guia das próprias escolhas (Rosa, 2017, p.42).

A palavra moral vem do latim, mores, que significa hábitos. Ética e moral, possuem com efeito,
acepções muito próximas uma da outra; se o termo ética é de origem grega, e a moral, de origem
latina, ambos remetem a conteúdos vizinhos, à ideia de costumes, de hábitos, de modos de agir
determinados pelo uso (Rosa, 2017).

Portanto, a grande distinção entre ética e moral está no facto de que a primeira é mais teórica,
pretende-se mais voltada à uma reflexão sobre os fundamentos que esta última. A ética se esforça
por desconstruir as regras de conduta que forma a moral, os juízos do bem e do mal que se
reúnem no seio desta última.

A ética designa uma “metamoral”, uma doutrina que se situa além da moral, uma teoria
raciocinada sobre o bem e o mal, os valores e os juízos morais.
5

Portanto, a ética desconstrói as regras de conduta, desfaz suas estruturas e desmonta sua
edificação, para se esforçar em descer até os fundamentos ocultos da obrigação. Diversamente da
moral, ela se pretende pois desconstrutora e fundadora, enunciadora dos princípios ou de
fundamentos últimos (Rosa, 2017, p.42).

Neste contexto, podemos afirmar que a Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da


investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais racionalmente, de
maneira fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. Enquanto a Moral é o
conjunto de regras aplicadas no quotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas
regras orientam cada indivíduo, norteando as suas acções e os seus julgamentos sobre o que é
moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. No sentido prático, as finalidades da ética e da
moral são muito semelhantes. Ambas são responsáveis por construir as bases que vão guiar a
conduta do ser humano. Elas determinam seu carácter, altruísmo e virtudes, além de ensinar a
melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
6

Conclusão

Neste trabalho tivemos como tema: Consciência Moral e subtemas: Conceito da Consciência;
Graus de Consciência e Ética e Moral. Na realização deste trabalho podemos concluir que a
consciência moral determina algumas normas de conduta, como também as leis gerais e
universais que ajudam o indivíduo a interiorizar o conceito do dever moral. Um dos principais
critérios da consciência moral é a justiça. O ser humano tem a capacidade de reflectir sobre suas
próprias acções com o objectivo de poder avaliar possíveis erros. Em relação a ética moral no
sentido prático, as finalidades são muito semelhantes. Ambas são responsáveis por construir as
bases que vão guiar a conduta do ser humano. Elas determinam seu carácter, altruísmo e virtudes,
além de ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
7

Referências Bibliográficas

Rosa, A. L. (2017). Introdução à Filosofia. Beira-Sofala: Universidade Católica de Moçambique


Editora.

Santos, M. F. (1965). Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. Ed. São Paulo.

Searle, J. (2010). Consciência e linguagem. São Paulo. Ed: Martins Fontes.

Você também pode gostar