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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância de Quelimane

Tema:

Evolução do Objecto de Estudo da Psicologia

Nome: Joaquim Odasse Albino Código do Estudante: 708221534

Docente: Nilsa Janeta Muhale


Curso: Geografia

Disciplina: Psicologia Geral

Ano de Frequência: 1º

Quelimane, Julho de 2022

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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Análise e  Articulação e domínio 2.0
discussão do discurso
académico (expressão
escrita cuidada,
coerência / coesão
textual)
 Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
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Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfic citações/referências 4.0
citações e
as bibliográficas
bibliografia
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................1

2. Objetivos..............................................................................................................................1

2.1. Geral:............................................................................................................................1

2.2. Específico:....................................................................................................................1

3. Metodologia.........................................................................................................................1

4. Analise e discussão...............................................................................................................2

4.1. Evolução do Objecto de Estudo da Psicologia..............................................................2

4.1.1. COMPORTAMENTO....................................................................................................2

4.1.2. PROCESSO MENTAL..................................................................................................2

4.2. Conceito de Psicologia.....................................................................................................2

4.3. Objecto e Objectivos da Psicologia..................................................................................4

4.3.1. Psicologia Como Ciência Da Alma..........................................................................5

4.3.2. Psicologia Como Ciência Da Actividade Mental Ou Da Consciência......................6

4.3.3. Psicologia Como Ciência Do Comportamento.........................................................7

5. Considerações Finais..........................................................................................................12

6. Referências bibliográficas..................................................................................................13
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema principal Evolução do Objecto de Estudo da
Psicologia, no entanto importa referir que a Psicologia através de suas diversas áreas e
linhas de atuação que ela tem procurado compreender a complexidade humana. Para
tanto, os psicólogos investigativos partem dos aspectos subjetivos como as emoções e
dos pensamentos dos seres humanos como também dos seus comportamentos.

2. Objetivos

2.1. Geral:
 Compreender o processo de evolução do objecto de estudo da psicologia.

2.2. Específico:
 Identificar o objecto e objectivos de estudo da psicologia;
 Conceituar a psicologia como ciência da alma;

3. Metodologia
O trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, que de acordo com Praia; Cachapuz
e Pérez (2002), fundamenta-se com base em material que já fora construído, o que incluí
artigos científicos publicados em periódicos acadêmicos.
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4. Analise e discussão

4.1. Evolução do Objecto de Estudo da Psicologia


O campo de estudo da psicologia é muito vasto – alguns dos fenómenos que aborda
fazem fronteira com a biologia, outros com as ciências sociais, como a sociologia. De
uma forma geral, esta ciência interessa-se por aquilo que os organismos fazem – o
comportamento e aqui inclui-se a actividade mental.

O objecto de estudo da psicologia científica é o estudo do comportamento e dos


processos mentais, tendo em vista a sua explicação, isto é, estabelecer relações com as
suas causas.

4.1.1. COMPORTAMENTO
Qualquer acto efectuado pelo organismo e que possa ser observado e registado. Sorrir,
falar, pestanejar, calçar um sapato, marcar respostas num questionário são exemplos de
comportamentos.

4.1.2. PROCESSO MENTAL

Fenómeno interno e subjectivo, inferido a partir dos comportamentos observados, por


outras palavras, experiência intena (inferida a partir do comportamento). Pode ser
consciente ou inconsciente; ocorre durante toda a vida; depende de factores hereditários
e socioculturais. Sensações, percepções, lembranças, emoções, sonhos, pensamentos,
crenças são exemplos de processos mentais.

4.2. Conceito de Psicologia


Actualmente, a psicologia é definida como sendo ciência do comportamento e da
actividade mental. Esta definição encerra em si a dualidade de objecto da psicologia, ou
seja, o estudo do comportamento e da actividade mental, ponto de vista que é até hoje
assumido por grande maioria de psicólogos e que nos parece mais racional.

Por comportamento se entende aqui como sendo todos os actos observáveis no


indivíduo ou no animal incluindo a linguagem e por actividade mental entende-se todo o
desencadeamento de processos mentais tais como: a atenção, a percepção, a memória, o
pensamento e outros.
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Cada ciência diferencia-se da outra pelas particularidades do objecto de estudo. Assim,


por exemplo, a biologia tem por objecto de estudo os seres vivos (plantas, animais
incluindo o próprio homem), a geografia estuda a terra.

No caso da psicologia, a questão da definição do seu objecto de estudo torna-se muito


difícil quando comparado com outras ciências e a compreensão do seu objecto de estudo
depende da forma como as pessoas que estão ocupadas com esta ciência concebem o
mundo. A dificuldade na delimitação do objecto de estudo da psicologia reside no facto
de que desde há muito tempo os fenómenos que se relacionam com a inteligência
humana sempre foram considerados fenómenos particulares.

É, de facto, evidente que a percepção, por exemplo, que você tem de uma esferográfica
poderá ser diferente da do seu colega ou uma outra pessoa qualquer. É certo também,
que a percepção que nós temos sobre um objecto muita das vezes não tem nada a ver
com o próprio objecto.

Por exemplo, o desejo que você tem de ir ao futebol não possui nenhuma ligação com o
próprio jogo de futebol. Por vezes, podemos desejar ir ao futebol para ver a nossa
equipa a ganhar e acontecer exactamente o contrário. Pouco a pouco com a nossa
experiência vão se formando as noções sobre as diferentes classes de fenómenos.

Esses fenómenos geralmente relacionam-se com o nosso estado psíquico ou descrevem


propriedades de um processo. O desejo de ir ao futebol, por exemplo, é manifestação de
um estado. A particularidade destes estados ou processos está em que eles se relacionam
com o mundo interior do indivíduo e são diferentes dos objectos que o rodeiam (mundo
exterior) e estão ligados ao campo da vida espiritual ao contrário dos objectos e
fenómenos reais.

Estes fenómenos agrupados pela denominação de pensamento, vontade, memória,


sentimento, percepção, formam aquilo que nós designamos por “psique”, o mundo
interior do indivíduo, a sua vida espiritual.

Do ponto de vista etimológico, isto é, do surgimento da palavra “psicologia”, ela vem


do grego “psyche” que significa alma, sopro ou espírito e da palavra “logo” que
significa razão, conhecimento, ou estudo. Estas duas palavras deram origem àquilo que
nós designamos de psicologia.
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Portanto, a palavra psicologia significava estudo ou conhecimento da alma. Ao longo do


tempo, a palavra psicologia foi tendo vários significados de acordo com o período e
concepções doutrinarias da época. Assim sendo, as definições da psicologia foram
várias, algumas das quais tinham um carácter eminentemente subjectivo. Por exemplo,
alguns entendidos definiam a psicologia como sendo ciência da mente, da consciência, e
da experiência consciente.

4.3. Objecto e Objectivos da Psicologia


Ao analisarmos o objecto de estudo da psicologia podemos tomar três atitudes
fundamentais: a atitude ingénua, a atitude artística, ou atitude científica conforme ilustra
a tabela abaixo.

Estas três atitudes são tomadas com relação a natureza da própria mente ou seja como a
psique é vista e quanto à sua actividade.

A atitude ingénua baseia-se nas opiniões e crenças para compreender os fenómenos. Por
exemplo a crença de que a vida das pessoas é governada pelos espíritos dos nossos
antepassados. Essa crença faz com que as pessoas acreditem por exemplo que as almas
dos mortos vagueiam por entre os lugares escuros ou suspeitos e aparecem perante os
nossos olhos em forma de fogo, vento, vozes, etc., atormentando os vivos. Para acalmar
os ânimos desses espíritos deve-se praticar rituais próprios como por exemplo uma
missa onde são evocados todos os espíritos dos mortos.

Nesses rituais também se sacrificam animais e se derramam bebidas e realizam-se


preces pedindo tudo que é de bom para a vida e afastando o mal. A nossa cultura em
geral está carregada de crenças deste tipo. Esta forma de estar permite o indivíduo
relacionar-se com o mundo e com os fenómenos da natureza construindo a sua
percepção sentimentos etc., em relação a eles. Neste sentido o objecto da psicologia é o
conhecimento intuitivo das pessoas. As vezes dizemos aquela pessoa foi apossado por
espíritos. Ela comporta-se assim porque tem espíritos.

A outra atitude que se pode tomar em relação ao objecto de estudo da psicologia é a


atitude artística. A atitude artística baseia-se na intuição e na representação. Os objectos
da natureza são vistos como tendo vida. O artista Maconde que esculpe uma madeira da
vida ao seu objecto. O pintor que pinta um quadro também dá vida ao seu quadro. Fala
com ele atribui acções a esse mesmo quadro. Aqui a psicologia tem como objecto
5

analisar como as pessoas interpretam os fenómenos da natureza tomando como base o


facto de que os diversos objectos que circundam o homem podem se lhes atribuir um
sentido próprio.

A atitude científica baseia-se na reflexão e na investigação duma forma objectiva dos


fenómenos psicológicos usando a experimentação para colectar dados a serem
analisados posteriormente. Neste caso devemos tomar uma atitude científica para
compreender os fenómenos psicológicos

Natureza essencial da Atividade da mente


Atitudes
mente (metafísica)
(empirismo)

Ingênua (opiniões e Compreensão mitológica e Conhecimento


religiosa
crenças) intuitivo das pessoas

Artística (intuição e Animação artística do Interpretação artística

representação) mundo e dos objetos e representação da

mente

Científica Psicologia Filosófica Psicologia como

(investigação e Ciência empírica

Reflexão)

4.3.1. Psicologia Como Ciência Da Alma


A premissa de que a psicologia era o estudo da alma dominou todo o período que
antecede o estabelecimento da psicologia como ciência.

Mais concretamente no período que vai até meados do século XIX.

A convicção de que o objecto da psicologia era a alma relaciona-se com a visão dos
povos primitivos na qual havia falta de distinção clara entre o corpo e a alma. Esta visão
baseou-se fundamentalmente na interpretação materialista primitiva (diferente do
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materialismo científico) dos fenómenos da vida consciente tais como o sono, a morte e
o desmaio. Os sonhos eram tidos como impressões da alma que deixavam o corpo
durante o sono. A alma era vista portanto como “sósia” do homem quer dizer, as
necessidades de sobrevivência desta eram as mesmas que as do homem.

No período seguinte, observou-se uma abordagem baseada no princípio da alma dando


ênfase à sua essência, estrutura e sua relação com o corpo.

Dos que mais se evidenciaram nestas concepções se destacam Platão (428/427-347


a.C.), com a sua divisão da alma em três partes (alma intelecto, alma coragem, e alma
sensual ou concupiscência), Aristóteles (384-322 a.C.) que apoiando-se nas ideias de
Platão seu mestre introduz a ideia do estudo da alma usando métodos experimentais
(observação) para descrever as manifestações da alma.

As descobertas na medicina feitas por Herofilo Eresistatus (III a.C.) trouxeram novas
abordagens em torno do objecto de estudo da psicologia.

Com a descoberta dos nervos e a distinção destes dos ligamentos e dos tendões permitiu
o conhecimento entre as funções psíquicas (sensações e movimentos) e o cérebro.

Por isso, considerava-se que as almas dos mortos constituíam as mesmas comunidades
que as dos vivos.

Alguns materialistas primitivos defensores deste ponto de vista foram Tales (VII-VI,
a.C.), Anaxímenes (V a.C.), Heráclito ( VI-V a.C.). Estes materialistas primitivos,
comparavam a alma com as três formas primitivas do mundo (água, ar e fogo). Desta
forma, a alma era vista como um órgão material que dá vida ao corpo e, por isso, guiado
por um princípio material.

4.3.2. Psicologia Como Ciência Da Actividade Mental Ou Da


Consciência
No século XVIII, surge uma nova época do desenvolvimento marcada pelo crescimento
dos estudos biológicos e psicológicos. Com estes desenvolvimentos a ideia da união
entre corpo e alma entrou em colapso dando lugar a ideia de que o corpo era uma
máquina que se organiza de acordo com os princípios da técnica e que para o seu
funcionamento não precisava da alma.
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Com o estabelecimento do primeiro laboratório de Psicologia Experimental por Wundt


em 1879, o objecto da psicologia passa a ser o do estudo da actividade mental ou
consciência.

Com o desenvolvimento da física, a psicologia encontra um suporte para o seu objecto


de estudo. Foi a partir da física (Weber e Fechner) que nasceu a psicologia como
ciência. Os investigadores que utilizam o método científico fizeram com que a
experimentação se estendesse dos fenómenos exteriores aos processos mentais, de modo
a que estes fossem entendidos não como magia ou especulação intelectual, mas sim
como acontecimentos susceptíveis de serem medidos e avaliados.

A psicologia ganha cada vez mais corpo como ciência e não poderá nunca mais voltar à
psicologia introspectiva e à abstracção.

Os avanços da investigação em neurociências e a melhor articulação e comunicação


entre os diversos investigadores, permitiu que fosse possível ultrapassar o risco de
fragmentação, susceptível de acontecer dada a complexidade do objecto da psicologia.

4.3.3. Psicologia Como Ciência Do Comportamento


A Psicologia como ciência tem sua origem na primeira metade do século XIX, a partir
dos trabalhos dos grandes cientistas como o anatomista Ernest Weber, o fisiólogo
Herman von Helmholtz, os psicólogos Wilhelm Wundt, John Watson, Jean Piaget e
psicofisiologista I. Pavlov outros.

As pesquisas do século XIX procuraram formular teorias para explicar como os órgãos
dos sentidos captam as informações (cores, luzes, sons etc.) descobrindo também a
determinação exacta da quantidade de diferença que um ser humano é capaz de
distinguir quando lhe pedem para fazer a distinção entre dois pesos diferentes.

Foi precisamente John Watson que revolucionou o objecto de estudo da Psicologia. Ele
advogou a utilização de métodos objectivos como a observação, método experimental e
testes para o estudo do comportamento. Quanto ao objecto Watson defendia que a
psicologia estudasse apenas os comportamentos observáveis como respostas a estímulos
externos e não o aspecto interior subjectivo.

Quanto a objectivo fundamental da psicologia ela descreve e explica os factores que


condicionam e determinam o comportamento do homem e do animal.
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Asseguir o quadro de resumo sobre as mudanças que ocorreram em volta do objecto e


métodos da psicologia.

O objecto de estudo da psicologia, como você viu, evoluiu ao longo do tempo,


começando com a alma; consciência; comportamento e leis do psiquismo. A seguir,
vamos mostrar o percurso e as principais mudanças em relação ao objecto, métodos e a
finalidade da Psicologia antes e depois de 1879.

Quanto a objectivo fundamental da psicologia ela descreve e explica os factores que


condicionam e determinam o comportamento do homem e do animal.

Veja a seguir o quadro de resumo sobre as mudanças que ocorreram em volta do objecto
e métodos da psicologia.

O objecto de estudo da psicologia, evoluiu ao longo do tempo, começando com a alma;


consciência; comportamento e leis do psiquismo. A seguir, vamos mostrar o percurso e
as principais mudanças em relação ao objecto, métodos e a finalidade da Psicologia
antes e depois de 1879.

Níveis Objecto, Métodos, Finalidade

Leis e mecanismos do Objecto: fenómenos psicológicos (processos que acontecem em nosso


psiquismo mundo interno e que são construídos durante a nossa vida. São
processos contínuos, que nos permitem pensar e sentir o mundo, nos
comportar das mais diferentes formas, nos adaptar à realidade e
transformá-la.

Constituem a nossa subjectividade. Também podem ser objecto da


psicologia o inconsciente, a personalidade e a aprendizagem.

Finalidade: descrever, explicar, prever, controlar e compreender


fenómenos psicológicos.

Métodos objectivos e modernos: observação, experimental, testes etc.

Interdisciplinaridade e surgimento de novas áreas de conhecimento


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implica a existência de novos objectos e métodos.

3.Comportamento Objecto: Estuda os fenómenos ou factos que não são exteriormente


observáveis tais como o pensamento, o raciocínio, o sonho, o sono, a
e Processos percepção, sensações, as atitudes, compreensão, memorização, etc. são
denominados de processos mentais.
Mentais
Finalidade: consiste em descrever, explicar, prever e controlar os
fenómenos psíquicos; compreender o que fazemos, como pensamos,
sentimos, respondemos a problemas e crises, como aprendemos e nos
desenvolvemos intelectual e moralmente, como interagimos com os
nossos semelhantes.

Comportamento é um conjunto de actos directamente observáveis tais


como falar alto, correr, sorrir, chorar, beijar, agredir, dormir.

Métodos objectivos: observação, experimental, testes etc.

Principais teorias: (1) Behaviorismo de Watson, Skinner; (2)


Reflexiologia de Pavlov.

Consciência (A partir Estrutura da consciência (análise dos factos da consciência, a


de 1879) Início do descrição dos seus elementos mais simples, como seja as sensações e as
período experimental e imagens, o estudo das experiências, emoções e percepções nos seus
componentes mais simples). Fundado o primeiro laboratório de
científico.
Psicologia em 1879 (Wilhelm Wundt).

Objectivos: reduzir os processos conscientes nos seus componentes


mais simples; determinar as leis mediante as quais esses elementos se
associam; conectar esses elementos às suas condições fisiológicas.

Os objectivos da psicologia devem coincidir com os das ciências


naturais.

Objecto de estudo é a experiência pessoal como é vivenciada pelo


indivíduo.

Método usado é introspecção (o sujeito descreve o que sente quando


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submetido a pequenas sensações de som e luz. Surge a primeira


tentativa de separar os estados da consciência e as observações sobre
estes.

Críticas: (1) o observador tem dificuldade em observar-se a si mesmo,


visto que os fenómenos psíquicos possuem uma enorme mobilidade e
não coincidem no tempo com a sua observação.

Enquanto estão a ocorrer (dores, emoções), a rapidez e a sucessão


destes fenómenos impedem, por vezes, que o observador tenha tempo
de os analisar, de elaborar uma explicação, dado que os fenómenos não
estão a espera de serem observados ou estudados enquanto ocorrem; (2)
a tomada da consciência de um fenómeno pode modificar esse mesmo
fenómeno; (3) o psicólogo não consegue observar ou estudar estados de
espírito ou de consciência.

O sujeito está a descrever o que se passa nele, sendo difícil a


objectividade. Além disso, há factos que ocorrem no psiquismo e que
escapam à área da consciência; (4) um doente mental, uma criança, um
animal não dispõem de capacidades verbais e outras que lhes permitem
analisar de consciência.

Alma/Espírito (Antes de Parte imaterial e imortal do ser humano, inclui o pensamento, os


1879) sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e

Período  précientífico. percepção.

Preocupação principal é saber o que separa o homem dos animais,


segundo Sócrates é a razão cujo lugar ao nível do corpo é a cabeça e a
medula seria o elemento de ligação da alma e o corpo.

Depois da morte o corpo desaparece e alma fica livre para ocupar outro
corpo. É princípio da vida.

Existe em todos seres vivos (animais-sensitiva; plantas-vegetativa; e


homem-racional). Dois momentos fundamentais: (1) era platónica –
alma é imortal separada do corpo; (2) era aristotélica – a alma é mortal
e seu pertencimento ao corpo.
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Tabela 2: Evolução do objecto, métodos de Psicologia.

A diferenciação dos objectos de estudo da psicologia foram em grande medida


influenciada:

 Pelo uso da introspecção como primeiro método científico;


 Pela separação recente da psicologia da filosofia;

Pela Diversidade de fenómenos psicológicos que não podem ser acessíveis e estudos ao
mesmo nível de observação e, portanto, não podem ser sujeitos aos mesmos padrões de
descrição, medida, controle e interpretação
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5. Considerações Finais
No final da presente investigação foi possível constatar que, a ciência, na tentativa de
explicar os fenômenos, de modo geral, e de maneira mais específica os fenômenos
humanos, procura pautar as suas explicações sobre a observação do real, com métodos
de pesquisa específicos, partindo de teorias e conhecimentos já existentes, e se
expressando com linguagem científica rigorosa.
No caso da Psicologia, esta se constitui em uma ciência. E é através de suas diversas
áreas e linhas de atuação que ela tem procurado compreender a complexidade humana.
Para tanto, os psicólogos investigativos partem dos aspectos subjetivos como as
emoções e dos pensamentos dos seres humanos como também dos seus
comportamentos.
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6. Referências bibliográficas
ALÍPIO, Jaime da Costa; VALE, Manuel Magiricão. Psicologia Geral. EaD –
Universidade Pedagógica, Maputo: S/d.

BOCK, Ana M. B.; FURTADO, Odair. Psicologias: uma introdução ao estudo da


psicologia. São Paulo: Saraiva, 1999.

BRAGHIRIOLLI, Elaine Maria. Psicologia Geral. Petrópolis: Vozes, 2002.

PEREIRA, Marcos Emanoel. História da Psicologia: linha de tempo das idéias


psicológicas. 2007.

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