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Universidade Católica de Moçambique

Centro de ensino a distância

Tema: O Indivíduo na Organização

Ngamo Bacar Código: 708223478

Curso: Administração Pública,


Disciplina:
Ano de frequência: 2º ano

Nampula, Maio, 2023


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Capa 0,5
Índice 0,5
Aspectos Introdução 0,5
Estrutura organizacionais Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização 1,0
(Indicação clara do
problema)
Introdução Descrição dos 2,0
objectivos
Metodologia adequada 2,0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
(expressão escrita 2,0
Conteúdo cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e discussão
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2,0
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2,0
Conclusão Contributos teóricos 2,0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos Formatação paragrafa, espaçamento 1,0
gerais entre linhas
Normas APA Rigor coerência das
Referências 6ª edição em citações/referências
Bibliográfica citações e bibliográficas 4,0
s bibliografia
Recomendações de melhoria

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Índice
1.Introdução.......................................................................................................................4

1.1.Metodologia.................................................................................................................4

2.O Indivíduo na Organização...........................................................................................5

2.1.Teorias da Hierarquia das necessidades (A Teoria Maslow)......................................6

4.Conclusão.....................................................................................................................10

5.Bibliográfica.................................................................................................................11

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1.Introdução
Indivíduo na Organização tem sofrido alterações ao longo do tempo relativamente à sua
praticabilidade e componente social. “De uma forma simples, as organizações podem ser
definidas como conjuntos de pessoas que trabalham de forma coordenada para atingir
objectivos comuns As organizações são sistemas abertos, um todo organizado em conjunto
com outros elementos inter-relacionados, cada um cumprindo a sua função, com vista à
realização de objectivos pré-definidos. Internamente, as organizações regem-se pela entrada
de recursos que vão permitir o funcionamento do sistema e pelo processamento e
transformação.

1.1.Metodologia
O presente trabalho partiu-se de um pressuposto teórico inicial, a qual foi realizada uma
pesquisa bibliográfica apoiando-se em artigos científicos e livros.

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2.O Indivíduo na Organização

Vivemos num mundo diversificado e cada vez mais competitivo, repleto de mudanças,
dificuldades e problemas, onde devemos estar em constantes adaptações. Dentre essas
mudanças, a Gestão de Recursos Humanos não poderia ficar de fora, passando inclusive a ser
uma das áreas de destaque nas organizações. Há algum tempo atrás as pessoas eram vistas
apenas como recursos de produção, máquinas, seres que não pensavam e só produziam, sem
valorização profissional.

As pessoas são constituídas por valores, crenças, desejos, motivações e necessidades


individuais. Cada pessoa tem sua história e sua percepção, ou seja, sua forma de ver, perceber
e agir diante as situações. Além disso, as pessoas são movidas por emoções, aptidões,
conhecimentos e talentos, que em decorrência de sua actuação são acrescentados às
organizações. Podemos dizer que os indivíduos recebem influências familiares e sociais, que,
consequentemente, interferem no seu comportamento.

O indivíduo tem um papel fundamental na complexa engrenagem de uma organização é por


meio deste, que se torna possível o dia-a-dia existir, onde a cada ciclo que se completa só
aumenta a certeza de que precisa ser constantemente desenvolvido e valorizado, a fim de que
tenha as condições favoráveis para que continue agregando valor ao negócio.
Etzioni, (1976) refere que:
A nossa sociedade é uma sociedade de organizações. Nascemos em organizações,
somos educados por organizações, e quase todos nós passamos a vida a trabalhar
para organizações. Passamos muitas de nossas horas de lazer a pagar, a jogar e a
rezar em organizações. Quase todos nós morreremos numa organização, e quando
chega o momento do funeral, a maior de todas as organizações (p.7).
As organizações são pessoas, indivíduos com peculiaridades e particularidades que não
podem ser deixadas de lado, nem esquecidas. Os seres humanos são a alma das organizações,
dão vida aos procedimentos, à cultura organizacional. São personagens que desenvolvem
papéis através de processos comunicacionais, sejam eles verbais ou não.

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2.1.Teorias da Hierarquia das necessidades (A Teoria Maslow)
Em meados da década de quarenta, Abraham Maslow (1908-1970) anuncia a sua teoria sobre
motivação. Tendo como base as suas observações como psicólogo, Maslow fundamentou a
Teoria das Necessidades.

Bergamini (2008) destaca que" o modelo de Maslow propõe a noção de necessidade como
fonte de energia das motivações existente no interior das pessoas.

Os estudos de Abraham Maslow voltavam-se para a teoria da personalidade e do


desenvolvimento humano, independentemente das preocupações com eficiência
organizacional, entendendo que os indivíduos têm necessidades complexas que podem ser
hierarquizadas.
Abraham Maslow (1962),dedica-se, grosso modo, à compreensão da mente e do
comportamento humano e propõe que os indivíduos almejam alcançar não apenas
necessidades básicas, mas se tentam aproximar ao máximo da autorrealização. A
compreensão da natureza humana chama pela motivação como forma de satisfazer
necessidades e desejos, cronologicamente. A hierarquia das necessidades representa-se
segundo um esquema:

Figura 1: Pirâmide da Teoria das Necessidades de Maslow.

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Fonte: Robbins, (2002).
Estes cinco patamares na Pirâmide da Hierarquia das Necessidades são agrupados em dois
grupos: necessidades primárias e secundárias. As necessidades primárias englobam os dois
primeiros patamares da base da pirâmide, tendo em conta a preservação e conservação
pessoal. Aqui incluem-se as necessidades fisiológicas e de segurança.

As necessidades secundárias, por se referirem à identidade sócio individual, estão


relacionadas com os três patamares de topo (necessidades sociais, de auto-estima e de auto-
realização) e entende-se que são aquelas que se satisfazem internamente, ou seja, pela vontade
e características pessoais do próprio indivíduo.
Maximiano (2008) refere que:
A teoria de Maslow, as pessoas tendem a progredir ao longo das necessidades,
buscando atender uma após outra e orientando-se para a autorrealização. Essas
necessidades estão assim hierarquizadas, o que não significa dizer que em sua
actuação, o funcionário caminhe linearmente para a satisfação delas, inexistem
estágios definitivos a serem atingidos, as necessidades alternam-se de acordo com a
vivência do indivíduo e as mudanças e experiências que ele enfrenta em seu
quotidiano (p13).
As necessidades fundamentais vêm a tona e, após serem satisfeitas, as necessidades mais
complexas voltam a se apresentar (Motta, Vasconcelos, 2006.p.43).
 Necessidades de autorrealização
No topo da pirâmide encontram-se as necessidades de autorrealização que ditam a
“possibilidade de os indivíduos serem aquilo que podem ser”. Os indivíduos necessitam de
um papel preponderante que dê continuidade à sua motivação dentro dos quadros
profissionais. Assim, a oportunidade de progredir e ser criativo pode ser, para a maioria, o
culminar do sucesso. Todavia, “cada pessoa satisfaz as suas necessidades de autorrealização
de uma forma diferenciada”.’
Motta e Vasconcelos (2006) refere que:
É quando o indivíduo consegue aproveitar todo o potencial de si próprio, com auto controle de
suas acções, independência, e alcança a capacidade de fazer aquilo que gosta e que é apto a
fazer, com satisfação (p.16).

 Necessidades de auto-estima
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Antes vêem as necessidades de estima. “Pessoas com um emprego estável, razoavelmente
remuneradas e com um relacionamento social satisfatório podem mesmo assim sentir-se
frustradas”. Nesta fase, o indivíduo almeja funções titulares ou de responsabilidade acrescida
na organização para alcançar “o respeito e a estima dos outros a possibilidade de desenvolver
e afirmar a auto-capacidade”
Andrade (2017) refere que:
Constituem a quarta etapa da pirâmide, que agrupa duas principais necessidades a de
reconhecer as próprias capacidades e de ser reconhecido por outras pessoas, devido à
capacidade de adequação do indivíduo. Ou seja, é a necessidade que uma pessoa tem de se
orgulhar de si própria, sentir a admiração e orgulho de outros indivíduos, ser respeitada por
si e pelos outros, entre outras características que envolvam o poder, o reconhecimento e o
orgulho, por exemplo.

 Necessidades sociais
No centro da pirâmide estão as necessidades sociais ou de amor. Estas “referem-se à busca de
relacionamentos interpessoais e sentimentos recíprocos”. Maslow considera que os indivíduos
sentem necessidades de pertença a um grupo social, onde a coesão beneficie a motivação.

Motta e Vasconcelos (2006) refere queʺ Formam o terceiro nível da pirâmide. Neste grupo
estão as necessidades de se sentir parte de um grupo social como, por exemplo, ter amigos,
constituir família, receber carinho de parceiros sexuaisʺ.

 Necessidades de segurança.
No segundo escalão, encontram-se as necessidades de segurança. Estas expressam-se “no
desejo de um emprego estável ou numa poupança bancária”. Consideram-se igualmente as
condições de trabalho, o vencimento que auferido, o seguro de trabalho e os benefícios
adquiridos através da empresa.
Motta e Vasconcelos (2006) refere que ʺ são o segundo nível da hierarquia, onde estão os
elementos que fazem as pessoas se sentirem seguras, desde a segurança em casa até meios
mais complexos, como a segurança no trabalho, a segurança com a saúdeʺ.

 Necessidades fisiológicas

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Na base da pirâmide estão as necessidades fisiológicas. Aqui, figuram necessidades como “a
fome e a sede, o sexo e o sono”. Estas “referem-se ao nível mais elementar da existência
humana”
Bergamini (2008) refere queʺ Constituem a base da pirâmide, onde estão as necessidades
básicas de todo ser humano, como a fome, a sede, a respiração, a excreção, o abrigo e o sexo,
por exemplo (p.23).
Robbins (2002) define cada um dos níveis de necessidade da seguinte forma:
 Fisiológicas: incluem fome, sede, abrigo sexo e outras necessidades corporais.
 Segurança: inclui segurança e protecção contra danos físicos e emocionais.
 Sociais: Incluem afeição, aceitação, amizade e sensação de pertencer a um grupo.
 Estima: Inclui factores internos de estima, como respeito próprio, realização e
autonomia; e factores externos de estima, como status, reconhecimento e atenção.
 Auto-realização: a intenção de tornar-se tudo aquilo que a pessoa é capaz de ser;
inclui crescimento, autodesenvolvimento e alcance do próprio potencial.

A hierarquia das necessidades de Maslow pressupõe que “as necessidades não satisfeitas são
os motivadores principais do comportamento humano. Na escalada de satisfações, as pessoas
têm de sentir-se realizadas pelas necessidades anteriores, i.e., um indivíduo não se sente
motivado por necessidades sociais ou de estima se não vir satisfeitas necessidades fisiológicas
ou de segurança. Todavia, “satisfeitas as necessidades de determinado nível, tornam-se
activas as necessidades do nível Imediatamente seguinte, deixando as de nível anterior de ser
motivadoras.

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4.Conclusão
Em jeito de desfecho do presente trabalho, chegou-se a conclusão que as necessidades
individuais são mutáveis e passageiras, daí cria-se um ciclo motivacional dinâmico e
constante. Cada indivíduo tem suas necessidades e estas necessidades são infinitas, quanto
mais satisfazemos uma necessidade, mais aparecem novas. A tecnologia e as mudanças
constantes em que vive o mundo actual contribuem para que novas demandas apareçam.

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5.Bibliográfica

Andrade, s. (2017) Motivação, uma necessidade intrínseca do ser humano. Psicologia,


Oportaldos Psicólogos. Disponível em: <http://www.psicologia.
Bergamini, C. (2008). Motivação nas organizações. 5.ed. São Paulo: Atlas.
Etzioni, (1976) Organizações Modernas. São Paulo: Pioneira.
Maslow, a. (1962).Introdução à psicologia do ser. Rio de Janeiro: Eldorado,
Maximiano, a. (2008) A. Teoria Geral da Administração. 1 ed. São Paulo: Atlas,
Motta, f. C. P. Vasconcelos. (2006) Teoria Geral da Administração. 3 ed. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning,
Robbins, s. (2002)Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall.

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