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Aspectos
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gerais
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Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas
Índice
Introdução...................................................................................................................................5

1. A moral e ética: Vontade humana e o seu agir na sociedade..................................................6

1.1. Conceito da Ética e a Moral.................................................................................................6

1.2. Relação da ética e a moral...................................................................................................8

1.3. Vontade humana e o seu agir na sociedade.........................................................................8

1.3.1. Conceito de vontade livre humana....................................................................................8

1.3.2. Acto voluntário humano...................................................................................................9

1.3.3. Tipos de actos voluntários..............................................................................................10

1.3.4. Níveis do querer ou voluntariedade................................................................................10

1.3.5. Fases do acto voluntário do agir humano.......................................................................10

Conclusão..................................................................................................................................11

Bibliografia...............................................................................................................................12
Introdução

Este trabalho vai debruçar sobre a moral e ética. os termos ética e moral são usados, por
vezes, indistintamente. Contudo, o termo moral tem usualmente uma significação mais ampla
que o vocábulo ‘ética’. A moral é aquilo que se submete a um valor. Hegel distingue a moral
subjectiva (cumprimento do dever, pelo acto de vontade) da moral objectiva (obediência à lei
moral enquanto fixada pelas normas, leis e costumes da sociedade, a qual representa ao
mesmo tempo o espírito objectivo).

Nesta pesquisa falar-se-á também do o acto voluntario humano que é, uma actividade
precedida de actuação mental, de uma intenção de executar essa actividade. A sede da
sensibilidade, da percepção e da vontade é o cérebro.

Objectivo geral:

 Conhecer a moral e ética: a vontade humana e seu agir na sociedade.

Objectivos específicos:

 Definir a moral e ética;


 Explicar a relação da moral e ética;
 descrever a vontade humana e o seu agir na sociedade;
 Identificar os tipos, níveis e fases do acto voluntario humano.

Metodologia

A Metodologia usada para a realização deste trabalho foi da consulta bibliográfica, que
consistiu na leitura atenciosa e análise das informações contidas nas obras, que foram citadas
na respectiva página de referências bibliográficas.

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1. A moral e ética: Vontade humana e o seu agir na sociedade

1.1. Conceito da Ética e a Moral

Chauí (2003), afirma que a Ética (do grego ethos: “carácter”, “costume”) é o conjunto de
padrões e valores morais de um grupo ou indivíduo. Contudo, em Filosofia, a ética, filosofia
ética ou filosofia moral (do latim mos, mores) é a disciplina filosófica que estuda os
fundamentos da acção moral, procurando justificar a moralidade de uma acção e distinguir as
acções morais das acções imorais e amorais. Segundo Romaro (2000), a Ética procura
responder a várias questões de âmbito moral, sendo as principais: Como devemos viver? Ou
como devemos agir?

Em consenso com estes autores, em seu sentido mais abrangente, o termo “ética” implicaria
um exame dos hábitos da espécie humana e do seu carácter em geral, e envolveria até mesmo
uma descrição ou história dos hábitos humanos em sociedades específicas e em diferentes
épocas. Um campo de estudos assim seria obviamente muito vasto para poder ser investigado
por qualquer ciência ou filosofia particular. Além disso, porções desse campo já são ocupadas
pela história, pela antropologia e por algumas ciências naturais particulares (como, por
exemplo, a fisiologia, a anatomia e a biologia), se considerarmos que o pensamento e a
realização artística são hábitos humanos normais e elementos de seu carácter.

No entanto, a ética, propriamente dita, restringe-se ao campo particular do carácter e da


conduta humana à medida que esses estão relacionados a certos princípios – comumente
chamados de “princípios morais”. As pessoas geralmente caracterizam a própria conduta e a
de outras pessoas empregando adjectivos como “bom”, “mau”, “certo” e “errado”. A ética
investiga justamente o significado e escopo desses adjectivos tanto em relação à conduta
humana como em seu sentido fundamental e absoluto (Chauí, 2003; Romaro, 2000).

Moral
De acordo com Figueiredo (2016), a Moral (do latim moralis “maneira, carácter,
comportamento próprio”) é a diferenciação de intenções, decisões e acções entre aquelas que
são distinguidas como próprias e as que são impróprias. Seria importante referir, ainda,
quanto à etimologia da palavra “moral”, que esta se originou a partir do intento dos romanos
traduzirem a palavra grega êthica.

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E assim, a palavra moral não traduz por completo, a palavra grega originária. É que êthica
possuía, para os gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de êthos e
significava, numa palavra, a interioridade do acto humano, ou seja, aquilo que gera uma acção
genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-
nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica significava também éthos,
remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na
assimilação social dos valores (Chauí, 2003; Figueiredo, 2016).

Neste sentido, a tradução latina do termo êthica para mores “esqueceu” o sentido de êthos (a
dimensão pessoal do acto humano), privilegiando o sentido comunitário da atitude valorativa.
Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos, hoje, fazem entre os termos ética e
moral.

A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem
costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual. Da ética
individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado numa sociedade,
se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que não existe lei sem uma
ética que lhe sirva de alicerce.

Segundo Foucault (2004), os termos “ética” e “moral” são usados, por vezes, indistintamente.
Contudo, o termo moral tem usualmente uma significação mais ampla que o vocábulo ‘ética’.
A moral é aquilo que se submete a um valor. Hegel distingue a moral subjectiva
(cumprimento do dever, pelo acto de vontade) da moral objectiva (obediência à lei moral
enquanto fixada pelas normas, leis e costumes da sociedade, a qual representa ao mesmo
tempo o espírito objectivo).

Hegel (2001), considera que seja insuficiente a mera boa vontade subjectiva. É preciso que a
boa vontade subjectiva não se perca em si mesma ou se mantenha simplesmente como
aspiração ao bem, dentro de um subjectivismo meramente abstracto. Para que se torne
concreto, é preciso que se integre com o objectivo, que se manifesta moralmente como moral
objectiva. É a racionalidade da moral universal concreta que pode dar um conteúdo à moral
subjectiva da mera consciência moral.

Assim, a Moral é um conjunto de regras no convívio. O seu campo de aplicação é maior do


que o campo do Direito. Nem todas as regras Morais são regras jurídicas. O campo da moral é

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mais amplo. A semelhança que o Direito tem com a Moral é que ambas são formas de
controle social.

1.2. Relação da ética e a moral

A ética é intrinsecamente relacionada à definição da moralidade, ao questionamento e


julgamento sobre quais são os bons e maus valores no relacionamento humano (axiologia),
pois seu campo de estudo é esclarecer o que pode ou deve ser uma normatividade de conduta,
se há alguma possível de se definir. Apesar da conotação negativa de moral como vinculada à
obediência a costumes e hábitos recebidos, sua definição essencial é a mesma de ética e, ao
contrário, busca fundamentar as acções morais de forma racional (Nardi & Silva, 2005).

Estes autores, salientam que a ética também não deve ser confundida com a lei, embora com
certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei,
nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as
normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei
pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.

1.3. Vontade humana e o seu agir na sociedade

1.3.1. Conceito de vontade livre humana

Vontade humana é a capacidade através da qual tomamos posição frente ao que nos aparece.
Diante de um fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo. Ante um pensamento, podemos afirmá-lo,
negá-lo ou suspender o juízo sobre ele.

Neste contexto, vontade significa desejo, aspiração, gosto, interesse, propósito. É o poder de
representar mentalmente um acto levado por motivos ditados pela razão. É a capacidade de
querer, de livremente praticar ou deixar de praticar algum acto (Chauí, 2003).

De acordo com Costa (2004), a vontade humana é a necessidade física ou emocional que o
indivíduo sente de fazer algo. É um apetite, um gosto, um prazer, uma disposição de ânimo.
Ex.: vontade de comer, vontade de beber, vontade de chorar etc.

Para os filósofos Santo Agostinho e Descartes, vontade e liberdade são a mesma coisa: a
faculdade através da qual somos dignos de louvor, quando escolhemos o bom, e dignos de
reprovação, quando escolhemos o mau.
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Agostinho e Descartes concordam em que o fato de nós humanos termos vontade nos torna
responsáveis pelas nossas decisões e acções. A dimensão moral do homem decorre do fato
dele ter vontade.

Em Agostinho, a escolha digna de reprovação é pecado. Em Descartes é erro. O pecado é


uma falta religiosa oriunda da vontade. O erro é uma falta moral ou epistémica. Moral quando
a falta oriunda da vontade é prática. Epistémica quando a falta oriunda da vontade é teórica.

Agostinho e Descartes também concordam em afirmar que o fato de termos vontade não só
nos torna responsáveis por nossos actos e decisões como também livra Deus de qualquer
responsabilidade sobre a mesma, tal como explica a teodiceia (Costa, 2004).

Figueiredo (2016), refere que:

A vontade livre é considerada uma faculdade particular de agentes racionais para


escolher um curso de acção entre algumas alternativas que significa a possibilidade de
uma autodeterminação interna sem obstáculos de uma pessoa na realização de
determinados objectivos e actividades. Um conceito atribuído ao “impulso ou a
necessidade de pensar na busca da sua própria determinação”. Na história do
pensamento filosófico e teológico, a noção de vontade livre foi associada à integridade
de uma pessoa, com a responsabilidade por suas acções, com o cumprimento de seu
dever e consciência de propósito, uma noção que “serve como um postulado
necessário em toda ética e em todo sistema de leis.
Em concordância com este autor, Chauí (2003), estabelece que a vontade livre apenas em si é
a vontade que é livre unicamente em conceito, formalmente, mas não em conteúdo. A vontade
é a definição essencial de liberdade, mas ainda é meramente formal; é apenas um esboço do
que é a liberdade, e ainda não é a ideia de liberdade. O conteúdo da vontade ainda precisa ser
especificado. Não é qualquer escolha com a qual o “eu” é capaz de se identificar. Para ser
livre em um sentido real, o “eu” tem que se encontrar, em alguma escolha particular que deve
representar uma realidade adequada a ele mesmo.

1.3.2. Acto voluntário humano

Costa (2004), afirma que o acto voluntario humano é uma actividade precedida de actuação
mental, de uma intenção de executar essa actividade. A sede da sensibilidade, da percepção e
da vontade é o cérebro. A destruição dos hemisférios cerebrais desencadeia a supressão dos
movimentos voluntários. Por exemplo, um pombo a que foi retirado o cérebro mantém-se
imóvel, não ficando, contudo, paralisado pois continua capaz de realizar actos reflexos,
embora sem ser capaz de evitar os obstáculos.

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O fluxo nervoso que comanda os movimentos voluntários parte de uma região determinada do
cérebro, denominada área matriz, constituída por duas partes simétricas situadas à frente de
cada sulco de Rolando. Uma ablação total desta área transforma o indivíduo num autómato
que só é capaz de realizar actos reflexos. A parte direita do cérebro é a sede da sensibilidade e
motricidade da parte esquerda do organismo e a parte esquerda do cérebro é a sede da
sensibilidade e motricidade da parte direita do organismo.

Segundo Nardi e Silva (2005), os actos humanos são só aqueles que procedem da vontade
deliberada do homem, isto é, aqueles que o homem pratica com conhecimento e com livre
vontade. Neles intervém, primeiro o entendimento, o homem conhece e delibera se pode e
deve tender para ele ou não.

1.3.3. Tipos de actos voluntários

 Voluntário positivo – Fazer ou querer algo simplesmente;

 Voluntário Negativo – não fazer e não querer nada ou algo;

 Acto voluntário neutro – não há voluntariedade, por isso nem é negativo nem
positivo.

1.3.4. Níveis do querer ou voluntariedade

a) Nível actual – querer algo imediatamente;

b) Nível virtual – uma intenção que uma vez feita continua a influenciar a caminhada do
individuo, podendo cultivar a virtude ou ideia inicial;

c) Nível habitual – intenção que foi feita, mas, não influencia o acto intencional

d) Nível Interpretativo - Intenção que não foi realizada, mas, pode ser feita se a pessoa
dar conta do caso.

1.3.5. Fases do acto voluntário do agir humano

De acordo com Foucault (2004), as quatro fases de acto voluntário do agir humano são:

 Fase de concepção – o homem tem que conceber a seu bem e a livre vontade de agir
perante algo que o convêm, caso contrário não;

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 Fase de deliberação – Pensar e contrabalançar, implica que qualquer acção humana é
um facto ético consciente;

 Fase de decidir – Para efectuar algo, deve ser comandado pelo intelecto depois de
avaliado, a decisão é a fase de concretização da acção ou não para a execução;

 Fase de execução – acto de fazer a acção.

Conclusão

Na conclusão do trabalho, salienta-se que a ética, propriamente dita, restringe-se ao campo


particular do carácter e da conduta humana à medida que esses estão relacionados a certos
princípios comumente chamados de “princípios morais”. As pessoas geralmente caracterizam
a própria conduta e a de outras pessoas empregando adjectivos como “bom”, “mau”, “certo” e
“errado”. A ética investiga justamente o significado e escopo desses adjectivos tanto em
relação à conduta humana como em seu sentido fundamental e absoluto

A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem
costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual. Da ética
individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado numa sociedade,
se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que não existe lei sem uma
ética que lhe sirva de alicerce.

Neste contexto, os termos “ética” e “moral” são usados, por vezes, indistintamente. Contudo,
o termo moral tem usualmente uma significação mais ampla que o vocábulo ‘ética’. A moral é
aquilo que se submete a um valor. Hegel distingue a moral subjectiva (cumprimento do dever,
pelo acto de vontade) da moral objectiva (obediência à lei moral enquanto fixada pelas
normas, leis e costumes da sociedade, a qual representa ao mesmo tempo o espírito objectivo).

Para terminar, apos a revisão da literatura percebe-se que a vontade livre é considerada uma
faculdade particular de agentes racionais para escolher um curso de acção entre algumas
alternativas que significa a possibilidade de uma autodeterminação interna sem obstáculos de
uma pessoa na realização de determinados objectivos e actividades. Para os filósofos Santo
Agostinho e Descartes, vontade e liberdade são a mesma coisa: a faculdade através da qual
somos dignos de louvor, quando escolhemos o bom, e dignos de reprovação, quando
escolhemos o mau.

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Bibliografia

Chauí, M. (2003). Convite à filosofia. Brasil: Ática.

Figueiredo, L. C. (2016). Da epistemologia à ética das práticas e discursos psicológicos. (7ª


ed.). Petrópolis, Brasil: Vozes.

Foucault, M. (2004). Ética, sexualidade, política. Ditos e Escritos V. Rio de Janeiro, Brasil:
Forense Universitária.

Nardi, H. C. & Silva, R N. (2005). Ética e subjectivação: as técnicas de si e os jogos de


verdade contemporâneos. Porto Alegre: Abrapso Sul.

Romaro, R. (2006). Ética na psicologia. Petrópolis, Brasil: Vozes.

Costa, J. F. (2004). A Ética e o espelho da cultura. Rio de Janeiro, Brasil: Rocco.

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