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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

A Didáctica como teoria da educação e do ensino

Arcanjo Martinho Ardo: 708225431

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Didáctica Geral
Ano de Frequência: 1°

Nampula, Junho, 2022


Arcanjo Martinho Ardo

A Didáctica como teoria da educação e do ensino

Este trabalho é da disciplina de Didáctica Geral,


e é de carácter avaliativo a ser submetido no
Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia,
1º Ano.

O Tutor:

Nampula, Junho de 2022


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 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)

Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada
ao objecto do trabalho 2.0

 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
relevantes na área de 2.
estudo

 Exploração dos dados 2.0


 Contributos teóricos
Conclusão práticos 2.0

 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação paragrafo, espaçamento 1.0
gerais
entre linhas

Normas APA  Rigor e coerência das


Referências 6ª edição em citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e bibliográficas
bibliografia
Índice

Introdução......................................................................................................................... 5

1. DIDÁCTICA COMO TEORIA DA EDUCAÇÃO E DO ENSINO............................ 6

1.1 Conceito da Didáctica................................................................................................. 6

1.2 Objecto de estudo da didáctica ................................................................................... 6

1.3 Componentes do processo didáctico........................................................................... 7

1.4 A didáctica e as tarefas do professor .......................................................................... 8

1.5 Objectivos e elementos da didáctica........................................................................... 9

1.6 Divisão da didáctica.................................................................................................. 12

Conclusão ....................................................................................................................... 13

Referências bibliográficas .............................................................................................. 14


Introdução

O presente trabalho vai debruçar sobre a Didáctica como teoria da educação e do ensino,
sabe-se que a Didáctica é uma disciplina pedagógica que estuda os objectos, as condições
do processo de ensino, os meios e o cenário educacional. Porque os conteúdos da
disciplina de ensino decorrem da ciência que lhes servem de base, a didáctica aborda o
desenho da arte do ensino, provendo as bases para que os professores possam trabalhar
as situações de aprendizados em sala de aula. O trabalho tem como objectivos:

Objectivo geral:

 Reconhecer a Didáctica com teoria da educação e do ensino.

Objectivos específicos:

 Definir o conceito de didáctica;


 Identificar o objecto de estudo da didáctica e os componentes do processo
didáctico;
 Explicar as tarefas do professor e a divisão da didáctica.

Metodologia

A Metodologia usada para a realização deste trabalho foi da consulta bibliográfica, que
consistiu na leitura atenciosa e análise das informações contidas nas obras, que foram
citadas na respectiva página de referências bibliográficas.

O trabalho apresenta a seguinte estrutura: parte externa: capa de rosto, contracapa, folha
de feedback e índice; parte interna: introdução, desenvolvimento, conclusão e referências
bibliográficas.

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1. DIDÁCTICA COMO TEORIA DA EDUCAÇÃO E DO ENSINO

1.1. Conceito da Didáctica

Etimologicamente a Didáctica deriva da expressão grega techné didaktiké, que significa


“arte ou técnica de ensinar” (Althaus & Zanon, 2009).

A Didáctica é um elemento exclusivo da Pedagogia e se refere ao conteúdo do ensino e


aos processos próprios para a construção do conhecimento. A Pedagogia é conceituada
como a ciência e a arte da educação, enquanto que a Didáctica é definida como a ciência
e a arte do ensino (Althaus & Zanon, 2009; Libâneo, 2013).

Para Libâneo (2013), a Didáctica é uma disciplina pedagógica que estuda os objectos, as
condições do processo de ensino, os meios e o cenário educacional. Porque os conteúdos
da disciplina de ensino decorrem da ciência que lhes servem de base.

A disciplina de ensino implica numa selecção de conhecimentos pautada por critérios


pedagógicos e didácticos; do mesmo modo, os métodos da ciência e os métodos de ensino
são conexos, não idênticos, porque a actividade de ensino implica uma relação
pedagógica que lhe é peculiar, distinguindo-se daquela que ocorre na actividade científica
(Libâneo, 2013, p. 228).

A Didáctica é uma disciplina técnica da Pedagogia que procura conduzir o processo de


educativo. Actualmente a Didáctica reclama “autonomia” e sua acção transcende o
contexto escolar, ela investiga o processo de ensino-aprendizagem, orienta o processo
educativo para os fins propostos (Piletti, 2004).

1.2. Objecto de estudo da didáctica

Segundo Piletti (2004), o objecto de estudo da Didáctica é o processo de ensino-


aprendizagem. A missão didáctica é direccionar a acção educativa. O mais característico
da acção didáctica é a intencionalidade de quem a orienta. Será necessária uma orientação
educativa, se a educação existe mesmo onde não há escola? (Brandão, 2007).

O objecto de estudo da didáctica é o processo de ensino-aprendizagem. Toda proposta


didáctica está impregnada, implícita ou explicitamente, de uma concepção do processo
de ensino-aprendizagem.

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Não obstante, Libanêo (2013), também refere que a Didáctica é uma disciplina
pedagógica. Tem como objecto o ensino como mediação da relação activa dos alunos
com o saber sistemático. Preocupa-se com os processos de ensino e aprendizagem em sua
relação com as finalidades educacionais.

A didáctica aborda o desenho da arte do ensino, provendo as bases para que os professores
possam trabalhar as situações de aprendizados em sala de aula. Mas esta ideia se sintetiza
os métodos e técnicas de ensino, limitando o verdadeiro significado da ciência e não a
explicando por completo.

Parafraseando Althaus e Zanon (2009), não temos o objectivo de esgotar as discussões


sobre o que seja – ou deva ser – a Didáctica hoje, mas sim indicar algumas questões que
consideramos essenciais que sejam feitas no campo da Didáctica, além de indicar relações
possíveis e necessárias entre Didáctica e a Formação de Professores.

1.3. Componentes do processo didáctico

Por mais que pareça simples a tarefa do professor é bem complexa. Envolve tantos
condições internas quanto externas de situações didácticas. Conhecer essas condições e
saber lidar com elas é fundamental para o trabalho docente. A condição interna refere-se
a relação entre o aluno e a matéria, apossando-se dela, tendo o professor como mediador.

O professor tem a responsabilidade no processo de apropriação entre aluno e matéria. A


situação didáctica depende das condições económicas sociais, sócio-culturais.

Segundo Libanêo (2013), a inter-relação entre professor e aluno não compreende somente
a uma sala de aula, essa relação abrange:

 A escola, pais, professor e alunos estão inseridos na dinâmica das relações sociais;
 As práticas pedagógicas e objectivos que ocorrem no âmbito escolar não existem
isoladamente do contexto económico, social e cultural;
 Todos temos uma vida fora do contexto escolar, participamos de outros contextos,
o papel de filho, pai, alguma religião, partido político, esses contexto reflectem na
prática do professor, ou aluno;
 A eficácia do trabalho docente depende muito das condições internas e externas
como vive o professor, depende de sua filosofia de vida, seu preparo profissional,
sua personalidade, sua vida familiar, e principalmente se ele gosta do que faz. Ele
precisa estar bem nas relações sociais.
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Para Piletti (2004), o processo didáctico centra na relação entre ensino e aprendizagem,
agindo para que aconteça uma aprendizagem significativa ao aluno como o professor
mediando essa interacção.

Nesse conjunto de acção didáctica utilizam-se alguns elementos: os conteúdos das


matérias; a aça de ensinar e a acção de aprender. O ensino é um processo social, integrante
de muitos processos sociais, nos quais estão implicadas dimensões

1.4. A didáctica e as tarefas do professor

Em suma, o professor ideal é alguém que deve conhecer sua matéria, sua disciplina e seu
programa, além de possuir certos conhecimentos relativos às ciências da educação e à
pedagogia, e desenvolver um saber prático baseado em sua experiência cotidiana com os
alunos (Tavares, 2011).

O exercício profissional do professor, no sentido de contribuir com o funcionamento da


escola, compreende, ao menos, três atribuições: a docência, a actuação na organização e
na gestão da escola, e a produção de conhecimento pedagógico (Libâneo, 2013, p. 310).

Na obra Pedagogia da Autonomia (1996), Freire apresenta os saberes necessários à prática


educativa. O trabalho de ensinar exige - entre outros aspectos – rigorosidade metódica,
pesquisa, criticidade, respeito aos saberes dos educandos e querer bem os alunos.

O trabalho docente, entendido como actividade pedagógica do professor, busca os


seguintes objectivos primordiais:

 Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e possível dos conhecimentos


científicos;
 Criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e
habilidades intelectuais de modo que dominem métodos de estudo e de trabalho
intelectual visando a sua autonomia no processo de aprendizagem e independência
de pensamento;
 Orientar as tarefas de ensino para objectivos educativos deformação da
personalidade, isto é, ajudar os alunos a escolherem um caminho na vida, a terem
atitudes e convicções que norteiem suas opções diante dos problemas e situações
da vida real.

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1.5. Objectivos e elementos da didáctica

Segundo Libâneo (2013) os elementos da didáctica, são: Objectivos e conteúdos; os


métodos de ensino; avaliação; a aula como forma de organização do ensino; planeamento
escolar; relação professor-aluno.

 Objectivos e conteúdos

Nesse sentido é que, uma vez que a acção pedagógica é reflectida e aplicada, concretiza-
se como acção intencional e sistemática, considerando o processo de ensino-
aprendizagem na relação professor-aluno.

Um dos elementos elencados por Libâneo são os objectivos e conteúdos. Esses elementos
constituem condição fundamental quanto a espera de resultados e/ou processos almejados
no trabalho entre professor e aluno. Desta forma, antecipar os objectivos com base no
contexto dos alunos, assim como os conhecimentos que se pretende construir, permite ao
docente a possibilidade de analisar e organizar sua prática de acordo com cada situação.
Considerando o dito acima, Libâneo (2013), enfatiza isso, quando diz que,

A elaboração dos objectivos pressupõe, da parte do professor, uma avaliação


crítica com das referências que utiliza, balizadas pelas suas opções em face dos
determinantes sócio-políticos da prática educativa. Assim, o professor precisa
saber avaliar a pertinência dos objectivos e conteúdos propostos pelo sistema
escolar oficial, verificando em que medidas atendem exigências de
democratização política e social; deve, também, saber compatibilizar os
conteúdos com necessidades, aspirações, expectativas da clientela escolar, bem
como torná-los exequíveis face às condições sócio-culturais e de aprendizagem
dos alunos [...] (p. 121).
Nessa perspectiva dos elementos de ensino, Cordeiro (2017), relata a importância da
realização do ensino por meio da relação triádica professor-conteúdo-aluno. Ele
menciona que “é necessário reafirmar essa ideia tão simples, mas que está um pouco
desprestigiada nos dias de hoje, em que parece não existir consenso a respeito dos
objectivos da escola e do ensino” (p. 22). No entanto, para ensinar é necessário ensinar
algo a alguém.

 Métodos de ensino

Para a concretização dos objectivos e conteúdos, é essencial o uso dos métodos de ensino.
A fim de conceituar o termo método, Libâneo (2013) afirma que:

O conceito mais “simples” de método é o de caminho para atingir um objectivo.


Na vida cotidiana estamos sempre perseguindo objectivos. Mas estes não se

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realizam por si mesmos, sendo necessária a nossa actuação, ou seja, a organização
de uma sequência de acções para atingi-los. Os métodos são, assim meios
adequados para atingir objectivos (p. 150).
Nesse sentido, os métodos estão relacionados aos meios para atingir os objectivos, assim,
determina as acções elencadas pelo docente, que em conjunto com os alunos busca,
contemplar a efectivação do ensino, antecedendo-o de maneira planejada. Dessa forma, a
prática docente deve ser pensada e baseada em condições que, considerando o contexto
de sua sala de aula, permita uma aprendizagem significativa.

O acto de ensinar não limita-se somente ao elemento dos objectivos e conteúdos. Ensinar
exige métodos/procedimentos de preferência diferenciados, pois como afirma Cordeiro
(2017), progressivamente, durante sua carreira, os professores têm a tendência de adoptar
determinados padrões didácticos, que deveriam ser das mais variadas fontes (p. 34).

 A avaliação

A avaliação por sua vez, é uma das tarefas mais importantes durante o processo de ensino-
aprendizagem, pois possibilita a reflexão acerca das práticas trabalhadas no decorrer do
processo. O fato de avaliar não é tarefa fácil, prescinde preparação e organização da forma
de avaliação. Nesse contexto, trazemos aqui um conceito de avaliação de Luckesi (cit.
por Libâneo (2013), a qual a avaliação pode ser concebida como “uma apreciação
qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o
professor a tomar decisões sobre o seu trabalho” (p.196).

Dessa forma, a avaliação também se caracteriza como um componente fundamental na


orientação das actividades didácticas posteriores. A luz de Cordeiro (2017), a avaliação
precisa ser considerada como um diagnóstico daquilo que professores e alunos vêm
realizando até ali, com um guia que permite indicar os rumos a serem seguidos dali em
diante no sentido de corrigir o que não vem dando certo e reforçar as práticas bem-
sucedidas (p. 151).

 Planeamento escolar

A fim de que os processos citados acima sejam alcançados, o bom planeamento deve ser
pensado. Para o exercício da profissão docente a racionalização, coordenação de
actividades, contextos internos e externos escolares precisam ser considerados. É dessa
maneira que o planeamento precisa acontecer, uma vez que,

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Isso significa que os elementos do planeamento escolar - objectivos, conteúdos,
métodos - estão recheados de implicações sociais, têm um significado
genuinamente político. Por essa razão o planeamento é uma actividade de
reflexão acerca das nossas opções e acções; se não pensarmos detidamente sobre
o rumo que devemos dar ao nosso trabalho ficaremos entregues aos rumos
estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade. (Libâneo, 2013, p. 222).

 A aula como forma de organização do ensino

No elemento, a aula como forma de organização do ensino, compreende-se que é na aula


que todos os aspectos citados até então acontecem, esta então efectiva-se no diálogo entre
professor-aluno, com perspectivas pelas quais o professor realiza a mediação do
conhecimento.

Segundo Libâneo (1993), devemos entender a aula como o conjunto de meios e condições
pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade
própria do aluno no processo da aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente
e activa dos conteúdos. (p. 177).

 A relação professor-aluno

A relação professor-aluno compreende os aspectos cognoscitivo, o qual se refere a


maneira como o professor apresenta a seus alunos de forma geral, os aspectos que vão
compor a aula. E, os aspectos sócio-emocionais, que dizem respeito a forma afectiva que
acontece nessa relação, assim como a rigorosidade no ensino.

Para explicitar acerca da aula como forma de organização do ensino, Libâneo (1993)
afirma:

A interacção professor-alunos é um aspecto fundamental da organização da


“situação didáctica”, tendo em vista alcançar os objectivos do processo de ensino:
a transmissão e assimilação dos conhecimentos, hábitos e habilidades (p. 249).

Na perspectiva de Libanêo (2013), diz que, O processo de ensino é uma actividade


conjunta de professores e alunos, organizado sob a direcção do professor, com a
finalidade de prover as condições e meios pelos quais os alunos assimilam activamente
conhecimentos, habilidades, atitude e convicções (p. 12).

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1.6. Divisão da didáctica

 Didáctica Geral

A didáctica geral estuda os princípios, as normas e as técnicas que devem regular qualquer
tipo de ensino, para qualquer tipo de aluno. A Didáctica geral nos dá uma visão geral da
actividade docente.

Libâneo (2013), busca a unidade entre uma Didáctica Geral do ensino e as metodologias
específicas. Defende a unidade e a interdependência por meio da relação indissociável
entre “as questões pedagógico-didácticas e a questão epistemológica” (p. 63). Sob esta
óptica, o pedagógico está sempre em conexão com o epistemológico.

 Didáctica Especial

A Didáctica especial estuda aspectos científicos de uma determinada disciplina ou faixa


de escolaridade. A didáctica Especial analisa os problemas e as dificuldades que o ensino
de cada disciplina apresenta e organiza os meios e sugestões para resolvê-los. Assim,
temos as didácticas especiais das línguas (francês, inglês, etc.); as didácticas especiais das
ciências (Física, Química, etc.).

Para Piletti (2004), a didáctica especial é denominada assim porque deve corresponder a
cada ciência ou disciplina específica, objecto de um determinado ensino. Isto supõe que
toda ciência ou disciplina teria implícitas estratégias didácticas ao lado das científicas ou
investigativas para serem concretizadas em aula. Há uma identificação da didáctica com
o conhecimento específico. O autor afirma:

A didáctica das disciplinas exige ou implica um processo incessante de


investigação e discussão — replaneamento e construção constantes porque
os problemas para serem postos em prática, não como uma mera
montagem instrumental e operativa exigem a confrontação epistemológica
e interdisciplinar (p. 181).

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Conclusão

Procedendo a conclusão do trabalho deu-se abordagem sobre a didáctica como teoria da


educação e ensino, onde conclui-se que reconhecer a complexidade da Didáctica leva-nos
a repensar a ideia do educador e do educando, como seres sociais que são resultados dessa
complexa realidade humana, dai que o trabalho didáctico exige um novo paradigma (nova
visão) para o processo de ensino-aprendizagem: Promoção da humanidade de cada ser
humano, no fundo dessas interacções é importante reconhecer a qualidade das
comunicações, a “educomunicação”

No entanto, conclui-se que o objecto de estudo da Didáctica é o processo de ensino-


aprendizagem. A missão didáctica é direccionar a acção educativa. O mais característico
da acção didáctica é a intencionalidade de quem a orienta. Não obstante, Libanêo refere
que a Didáctica é uma disciplina pedagógica, que tem como objecto o ensino como
mediação da relação activa dos alunos com o saber sistemático. Preocupa-se com os
processos de ensino e aprendizagem em sua relação com as finalidades educacionais.

No que tange sobre a divisão da didáctica, percebe-se que a didáctica divide-se em


didáctica geral e especial. A Didáctica geral estuda os princípios, as normas e as técnicas
que devem regular qualquer tipo de ensino, para qualquer tipo de aluno. A Didáctica geral
nos dá uma visão geral da actividade docente, ao passo que a Didáctica Especial é
denominada assim porque deve corresponder a cada ciência ou disciplina específica,
objecto de um determinado ensino. Isto supõe que toda ciência ou disciplina teria
implícitas estratégias didácticas ao lado das científicas ou investigativas para serem
concretizadas em aula.

Em suma, o autor deixa algumas recomendações que, o professor ideal é alguém que deve
conhecer sua matéria, sua disciplina e seu programa, além de possuir certos
conhecimentos relativos às ciências da educação e à pedagogia, e desenvolver um saber
prático baseado em sua experiência cotidiana com os alunos. O professor deve criar as
condições e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e habilidades
intelectuais de modo que dominem métodos de estudo e de trabalho intelectual visando a
sua autonomia no processo de aprendizagem e independência de pensamento.

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Referências bibliográficas

Althaus, M. T., & Zanon, D. P. (2009). Didática: questões de ensino. Ponta Grossa: Ed.
UEPG/NUTEAD.

Cordeiro, J. C. (2017). Didáctica. São Paulo, Brasil: Contexto.

Libâneo, J. C. (2013). Didáctica (2 ed.). São Paulo, Brasil: Cortez.

Piletti, C. (2004). Didáctica Geral. (23ª Edição). São Paulo, Brasil: Editora Ática.

Tavares, R. H. (2011). Didática Geral. Belo Horizonte, Brasil: Editora UFMG.

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