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Objectivo geral:
Objectivos específicos:
A Metodologia usada para a realização deste trabalho foi da consulta bibliográfica, que
consistiu na leitura atenciosa e análise das informações contidas nas obras, que foram citadas
na respectiva página de referências bibliográficas. E o trabalho apresenta a seguinte estrutura:
parte externa: capa de rosto, contracapa, folha de feedback e índice; parte interna: introdução,
desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
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1. O CONCEITO DE POLÍTICA
Portanto, de um modo geral, pode-se definir a política como a actividade desempenhada pelo
cidadão quando este exerce seus direitos em assuntos públicos através da sua opinião e do seu
voto. Em outra vertente, pode-se também dizer que a política é a actividade da governação, do
estado e das relações de poder e também uma arte de negociação para compatibilizar
interesses. A política tem a ver com a organização, direcção e administração de uma nação ou
um Estado.
A política busca um consenso para a convivência pacífica em comunidade. Por isso, ela é
necessária porque vivemos em sociedade e porque nem todos os seus membros pensam igual.
A política exercida dentro de um mesmo Estado chama-se política interna e entre Estados
diferentes, se denomina política externa.
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Frelimo, e Samora Machel ocupou a presidência do país, num regime de partido único, desde
a independência até à sua morte em 1986.
A Guerra Civil Moçambicana (também conhecida como Guerra dos Dezasseis Anos em
Moçambique) foi um conflito civil que começou em 1977, dois anos após o fim da Guerra de
Independência de Moçambique, e que foi semelhante à Guerra Civil Angolana, visto que
ambas eram guerras secundárias dentro do contexto maior da Guerra Fria. Os ideais do
partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), bem como os das forças
armadas moçambicanas eram violentamente opostos aos da Resistência Nacional
Moçambicana (RENAMO), que recebia financiamento da Rodésia e, mais tarde, da África do
Sul.
Após o fim da guerra, o país viu a realização das primeiras eleições multipartidárias em
1994.Entretanto, havia uma centena de milhares de mortes a ser reivindicadas pela guerra,
além de inúmeras minas terrestres remanescentes em solo moçambicano, que tornaram-se um
grande problema para o país.
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Em 1990, foi aprovada uma nova constituição que transformou o estado numa democracia
multi-partidária. O Partido Frelimo permaneceu no poder, tendo ganho por cinco vezes as
eleições legislativas e presidenciais realizadas em 1994, 1999, 2004, 2009 e 2014. A Renamo
é o principal partido da oposição.
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Governo
Acção de dirigir um Estado. É o conjunto de pessoas que detém cargos oficiais e exercem
autoridade em nome do Estado e que lhe foi conferida pelo povo, no caso comum da
democracia. Governante é qualquer funcionário público que assume cargos de direcção, que
dirige uma instituição pública. Os governantes são (ou deveriam ser) os servidores do povo. A
palavra ministro, por exemplo, provem do latim minister e significa "escravo”.
A CONSTITUIÇÃO
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SOBERANIA
A soberania nacional é destinada a todas as nações independentes, ou seja, que têm total poder
e domínio dentro de seus limites territoriais, sendo livres da influência ou comando exercido
por Estados terceiros. A soberania de um Estado é formada pelos diferentes órgãos,
instituições e poderes que o organizam.
A garantia da soberania está atrelada à manifestação do poder exercido por um país, quando
este consegue manter suas fronteiras em paz e o seu espaço doméstico livre de quaisquer
contestações internas. Somado a isso, é necessário ao Estado manter distantes também
possíveis contestações externas à sua soberania, que se manifestem por interferência de outros
Estados nos assuntos internos de seu país.
Para Ngoenha, falta às ciências sociais moçambicanas e de boa parte de África, construir
verdades do amanhã, construindo utopias. Nas palavras do mesmo “o que está a faltar, muitas
vezes, são verdadeiras utopias e grandes utopias” (Ngoenha, 2013). Ele acrescenta que líderes
como Samora Machel e Amílcar Cabral foram grandes utopistas. Estes líderes políticos, e
outros intelectuais como Cheik Anta Diop, o influenciaram de alguma forma no modo de
fazer filosofia.
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UM PARADIGMA LIBERTÁRIO
A ideia de liberdade em Nogenha pode ser entendida – como consta da sua obra Filosofia
Africana: das Independências às Liberdade (1993), – como um pensamento associado à
condição histórica do africano. Nogenha sustenta que os esforços que começaram na segunda
metade do Século XIX, quer eles se chamem pan-africanismo, etnofilosofia, filosofia crítica,
negritude ou hermenêutica, se afiguram movimentos que vivem do espírito e tendem para a
mesma realidade: a liberdade do africano, condição da sua historicidade (Buanaissa, 2016).
Para Ngoenha, com alguma inspiração sartreana, a liberdade tem que ser o meio e a finalidade
da acção humana. Neste sentido, cada cidadão – através da emancipação socioeconómica e
política – tem que mobilizar o seu espaço na mesma direcção, de modo a inscrever-se na
história do seu país e do mundo.
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Para Ngoenha (2018), a violência privam-nos das liberdades. No Moçambique
contemporâneo, isso é uma verdade a la palisse.
A violência se manifesta sob muitas formas, algumas latentes e escondidas, mas nem por
isso menos devastantes. É um cancro que se insinua no corpo social e nos atinge lá onde
menos esperamos. Foi este o drama do homem Guebuza 5 que, apesar da sua riqueza e
potestade, não conseguiu proteger-se – a si e aos seus – da ira que se tornou estrutural na
nossa sociedade, nem sequer dos juízos negativos dos compatriotas, até mesmo nos
momentos do seu maior drama familiar. (…) A raiva, a revolta, a frustração e até o ódio
que se tinha ao antigo presidente fez com que, mesmo no cemitério, diante da morte, não
nascesse um mínimo de simpatia, de compaixão (Ngoenha, 2018, p. 18-19).
Na óptica Severiniana, o grande receio na prevalência da violência através das guerras, é que
fora as mortes e indigência que elas perpetuam, há também um risco profundo delas
desgastarem os Estados, afigurando-se instrumentos de desordem contínua, que mina
lentamente a nação e, muitas vezes, dividem o país, até geograficamente, como recentemente
aconteceu com o Sudão. O curioso, aliás, é que nem o pretexto que as mobiliza – o de
alcançar o equilíbrio de forças – é alcançado.
Para Buanaissa (2016), não a cidadania pensada como cidadania para todos, mas sim
cidadania pensada como os limites do poder legítimo do Estado na vida do indivíduo. Nem a
Renamo, nem a Frelimo discutem as condições da liberdade do indivíduo. O que estão a
discutir é a sua prerrogativa de determinar os limites da nossa cidadania. É por isso,
infelizmente, que, no afã da interpretação da vontade do povo, nenhum deles se deteria
perante seja o que fosse.
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A situação política de Moçambique é reflexo da natureza da transição democrática, cujos
auspícios não foram os melhores. Ela, conforme já referido mais acima, não foi feita por
gente que acreditava na democracia, nem do lado da Frelimo, nem do lado da Renamo,
nem mesmo do lado da sociedade civil. Foi feita por gente, de ambos os lados políticos,
que acreditou (e continua a acreditar) numa legitimidade histórica para governar. Uns em
razão da independência, outros em razão do anticomunismo. Desde logo, a lógica de acção
dos actores políticos foi sempre de transformar a política num jogo de soma zero
(Buanaissa, 2016).
Foi fácil, em nome deste patriotismo, encetar ligações perigosas com homens de negócios de
reputação duvidosa, exigir comissões e participação em empreendimentos económicos e
abocanhar tudo o que se mexe. É lícito supor que muitos dos que enriqueceram (lícita ou
ilicitamente) o tenham feito na forte convicção de estarem a cumprir um dever patriótico.
Por fim vale ressaltar que a sociedade contemporânea parece, de fato, cansada de ouvir falar
de tantos escândalos na política e a apatia e até mesmo repulsa de muitos cidadãos pela
política são a consequência directa da forma como a política é conduzida pelos nossos
governantes. Mas nem todos os cidadãos ficam passivos diante dos problemas que envolvem
a classe política.
Contudo, há nos corações e mentes de homens e mulheres sempre uma fagulha de esperança
de que é possível viver numa sociedade mais justa e menos desigual. E é este sentimento que
nos anima e nos move rumo a um futuro melhor.
Se a política tem como finalidade a vida justa e feliz, isto é, a vida propriamente humana
digna de seres livres, então é inseparável da ética. De fato, para os gregos, era inconcebível a
ética fora da comunidade política – a polis como koinonia ou comunidade dos iguais -, pois
nela a natureza ou essência humana encontrava sua realização mais alta.
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Quando se estuda a ética, nota-se que Aristóteles distinguira entre teoria e prática e, nesta,
entre fabricação e acção, isto é, diferenciara poiesis e praxis. Nota-se também que reservara à
praxis um lugar mais alto do que à fabricação, definindo-a como acção voluntária de um
agente racional em vista de um fim considerado bom. A praxis por excelência é a política. A
esse respeito, na Ética a Nicômaco, escreve Aristóteles:
Se, em nossas acções, há algum fim que desejamos por ele mesmo e os outros são
desejados só por causa dele, e se não escolhemos indefinidamente alguma coisa em vista
de uma outra (pois, nesse caso, iríamos ao infinito e nosso desejo seria fútil e vão), é
evidente que tal fim só pode ser o bem, o Sumo Bem… Se assim é, devemos abarcar, pelo
menos em linhas gerais, a natureza do Sumo Bem e dizer de qual saber ele provém.
Consideramos que ele depende da ciência suprema e arquitectónica por excelência. Ora,
tal ciência é manifestamente a política, pois é ela que determina, entre os saberes, quais
são os necessários para as Cidades e que tipo de saberes cada classe de cidadãos deve
possuir… A política se serve das outras ciências práticas e legisla sobre o que é preciso
fazer e do que é preciso abster-se; assim sendo, o fim buscado por ela deve englobar os
fins de todas as outras, donde se conclui que o fim da política é o bem propriamente
humano. (Chaui, 2003. P. 497).
De acordo com Chaui (2003), Aristóteles subordina o bem do indivíduo ao Bem Supremo da
polis. Esse vínculo interno entre ética e política significava que as qualidades das leis e do
poder dependiam das qualidades morais dos cidadãos e vice-versa, das qualidades da Cidade
dependiam as virtudes dos cidadãos. Somente na Cidade boa e justa os homens poderiam ser
bons e justos; e somente homens bons e justos são capazes de instituir uma Cidade boa e
justa.
Convém, no entanto, precisar que, quando se fala de moral em política, nos referimos a moral
social, e não e moral individual, a moral que concerne as acções de um indivíduo e que
interferem na esfera de actividade de outros indivíduos, e não àquela que diz respeito as
acções de, por exemplo, aperfeiçoamento da própria personalidade, independentemente das
consequências que a procura desse ideal de perfeição possa ter nos outros.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que a política como a actividade desempenhada pelo cidadão quando este exerce
seus direitos em assuntos públicos através da sua opinião e do seu voto. Em outra vertente,
pode-se também dizer que a política é a actividade da governação, do estado e das relações de
poder e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. A política tem a ver
com a organização, direcção e administração de uma nação ou um Estado.
Ngoenha (2014) indica que dos muitos caminhos possíveis para o alcance dessa liberdade, um
dos mais credíveis seria o cultivo real do espírito de solidariedade entre as gentes e povos, já
não unicamente na relação Norte-Sul, mas acima de tudo, no interior das próprias culturas, em
que as populações poderiam ser galvanizadas pela partilha de bens, e por isso, pela
intercultura.
Associado a isso, é importante que a as ciências sociais e humanas, nos exemplos da filosofia
e da história, das sociologias e das antropologias, das linguísticas e dos estudos da religião,
bem como das ciências educacionais, e outras afins, se dediquem com afinco, na nova “luta”
pela segunda vaga da libertação política, o que iria reduzir os índices de violência nas suas
múltiplas dimensões, mas sobretudo, iria possibilitar o grande sonho de uma liberdade
económica, e por isso, de um mundo mais justo e distributivo.
Conclui-se que se a política tem como finalidade a vida justa e feliz, isto é, a vida
propriamente humana digna de seres livres, então é inseparável da ética. De fato, para os
gregos, era inconcebível a ética fora da comunidade política – a polis como koinonia ou
comunidade dos iguais -, pois nela a natureza ou essência humana encontrava sua realização
mais alta.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ngoenha, S. (2013). Severino Elias Ngoenha (depoimento, 2011). Rio de Janeiro, Brasil:
CPDOC.
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