Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tema do trabalho
2
Índice:
Introdução………………………………………………………………………………………………………………………...4
O legado colonial……………………………………………………………………………………………………………….5
A construção do socialismo (1977-1983/4)………………………………………………………………………6
Conclusão…………………………………………………………………………………………………………………………9
Referências bibliográficas……………………………………………………………………………………………….10
3
Introdução:
Com este perfil, pretendemos apresentar um resumo informativo sobre a evolução dos
acontecimentos políticos, económicos e sociais em Moçambique, no período pós-
independência, e os desenvolvimentos no campo científico, particularmente nas
Ciências Sociais, que acompanharam estes processos.
4
Estratégias de desenvolvimento do país nos campos político, económico e social
Existe hoje uma extensa bibliografia em Português e em Inglês (1) sobre o assunto que
estamos a tratar, utilizando periodizações semelhantes, ou mais ou menos diferenciadas,
o que reflecte também diferentes orientações e interpretações dos impactos dos diversos
acontecimentos internos ou externos, sobre o desenvolvimento do país. Com este
conjunto de informações, cuja análise resulta do trabalho sobre fontes secundárias e não
sobre dados empíricos provenientes do nosso trabalho de pesquisa, pretendemos apenas
trazer a vosso conhecimento alguns pontos que consideramos importantes para
contextualizar o desenvolvimento da pesquisa em Moçambique, no âmbito do projecto
‘Reinventing Social Emancipation: exploring the possibilities of counter-hegemonic
globalization’, do qual todos nós fazemos parte.
O legado colonial
O hiato provocado pela saída massiva dos portugueses que haviam preenchido a maior
parte dos lugares do quadro da administração e do aparelho económico, depois da
proclamação da independência nacional, teve que ser preenchido e assumido pela
FRELIMO. As mudanças operadas em Moçambique pelo sistema de administração
portuguesa em finais do período colonial, não foram suficientemente abrangentes de
5
molde a criarem uma élite negra educada. Na altura da independência, Moçambique
tinha uma população com um percentagem de 90% de analfabetos, um número reduzido
de técnicos e pessoas com formação superior. No geral, havia poucas pessoas
preparadas para preencherem os lugares abruptamente deixados pelos portugueses. É
importante registar que o êxodo de portugueses e de alguns indianos neste período entre
a transição e o pós-independência, foi acompanhado por uma ‘sabotagem’ da economia
de Moçambique, que pode ser caracterizada pelo esvaziamento das contas bancárias,
fraudes na importação de mercadorias e exportações ilegais de bens (carros, tractores,
maquinaria, etc). Na mesma altura, empresas e bancos portugueses procederam ao
repatriamento do activo e dos saldos existentes, criando assim um rombo na economia
de Moçambique.
A construção do socialismo (1977-1983/4)
6
1982 (Human Rights Watch, 1994: 8). Com zonas de combate em Manica e Sofala,
rapidamente as suas operações militares se expandiram por todo o país. Em 1982, a
guerra tinha-se alastrado às províncias do sul, Gaza e Inhambane, e à Zambézia.
Segundo BRITO (1980), diz que as pressões políticas no campo interno e externo e a
necessidade de receber ajuda alimentar para superar a crise económica e as
consequências da guerra e das calamidades naturais levaram a FRELIMO a redefinir a
sua política externa: i) em 1982 o governo ‘começou a cortejar os Estados Unidos e a
fazer a sua "viragem para o Ocidente" (HANLON, 1997: 15); ii) em 1984, assinou o
‘Acordo de Nkomati’ com a África do Sul, uma tentativa de cortar os apoios da África
do Sul à RENAMO. Com este acordo, criaram-se também alguns espaços para
negociações sobre a mão de obra moçambicana, e sobre o fornecimento da energia
eléctrica de Cabora-Bassa para a África do Sul.
7
incidentes de maior, e em Outubro de 1994, realizavam-se as primeiras eleições
multiparditárias (presidenciais) em Moçambique. Em 1998 realizaram-se as primeiras
eleições para os órgãos locais, estando também em preparação as segundas eleições
presidenciais, calendarizadas para 1999.
Segundo MAZULA (1995), salienta que a produção científica na área das Ciências
Sociais tem um papel fulcral a desempenhar no diagnóstico e interpretação dos diversos
processos sociais. No entanto, ela não deixa de estar permeável ao meio ambiente em
que se insere, ficando assim exposta a manipulações que podem servir os interesses dos
poderes políticos. Com um enfoque no período pós-independência, na nossa breve
análise tentaremos ilustrar essa interpenetração entre produção científica e o meio em
que os seus produtores se inserem.
8
Conclusão:
9
Referencias bibliograficas:
10