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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A transição do mono partidarismo ao multi partidarismo em Moçambique

Lucrécio Baulene Chaiala Chazia: 708200546

Curso: História
Ano de frequência: 4º
Disciplina: Historia das
Instituicoes politicas IV
2º Trabalho
Docente: Araújo Betrosse Chebozi

Tete,

Junho de 2023

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clara do problema)

Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
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objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
2.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais 2.
relevantes na área de estudo
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0
 Paginação, tipo e tamanho de
Aspectos gerais Formatação letra, parágrafo, espaçamento 1.0
entre linhas

Normas APA 6ª  Rigor e coerência das


Referências
edição em citações citações/referências 4.0
Bibliográficas
e bibliografia bibliográficas

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Índic

e
Introdução..................................................................................................................................................5

1.1 Objectivo geral....................................................................................................................................5

1.2 Objectivos específicos.........................................................................................................................5

1.3 Metodologias.......................................................................................................................................5

2 A transição do monopartidarismo ao monopartidarismo em Mocambique...........................................6

2.1 Conceito do Monopartidarismo...........................................................................................................6

2.2. Características Principais do Monopartidarismo................................................................................6

3. A Transição do monopartidarísmo ao Multi - partidarísmo em mocambique......................................7

3.1 Conceito do sistema Multi-partidário..................................................................................................7

3.2 Características Principais do Multi-partidarismo................................................................................7

4. A transição do do monopartidarismo ao Multi-partidarísmo em África...............................................7

4.2 Territórios Lusófonos..........................................................................................................................8

5. Transição do Mono partidarismo para o multi patidarismo caso de Moçambique.............................10

6. Conclusão............................................................................................................................................12

7. Bibliografia..........................................................................................................................................13

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Introdução

Presente trabalho aborda sobre a transição do monopartidarismo para o multttipartidarismo de salientar


que este processo de transição apesar da influência acima mencionado, nem sempre foram pacifica,
movidas pela conjuntura política internacional, em alguns casos foram bastante conflituosa movidos
por grupos rebeldes opositores do sistema de governação que lutavam para uma mudança democrática
a nível da organização política interna, uma vez os governos de partido único já não estavam
necessariamente respondendo com as expectativas havia necessidade de uma mudança. O processo
histórico que conduziu a formação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), concretizou-
se precisamente como um período de transição que culminou com o início da luta armada de libertação
nacional, factor que transformou totalmente a vida do povo moçambicano que consagrou-se livre do
antigo julgo colonial.

1.1 Objectivo geral


 Compreender A transição do mono partidarismo ao multi partidarismo em Moçambique

1.2 Objectivos específicos


 Saber o processo da democracratizacao em Moçambique

 Descrever o Características Principais do Monopartidarismo

1.3 Metodologias
Para elaboração do presente trabalho baseou se na revisão bibliográfica de autores que aborda sobre o
tema em destaque, cujos respectivos autores estão citados ao longo do trabalho e apresentado na
bibliografia final.

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2 A transição do monopartidarismo ao monopartidarismo em Moçambique

2.1 Conceito do Monopartidarismo


Sendo o monopartidarismo um sistema de partidos políticos advogado por muitos lideres africanos no
pós-independência, muitos deles eram radicais na sua defesa, contudo, existiram alguns críticos que
não viam com bons olhos o monopartidarismo.

O Monopartidarismo conduz ao centralismo e a um regime autoritário onde não há um pluralismo


político e jurídico e liberdade de escolha. Este regime, é fruto do sistema socialista, que foi aderido
pelos dirigentes dos Parridos formados no contexto da luta pelas independências africanas.

2.2. Características Principais do Monopartidarismo


Verifica-se que os partidos políticos são corpos dinâmicos, que estão suscetíveis a diversas mudanças,
decorrentes da conjuntura social vivida no momento. A idéia de imobilidade ou de manutenção de uma
mesma estrutura partidária deve ser renegada, pois, assim como a vida, a política é uma coisa dinâmica
que se renova a cada dia, modificando dessa forma os seus conceitos, estruturas e principalmente o
modus operandi.

Essa contínua transformação é verificada através da própria história nacional, na qual vários partidos
foram criados, desfeitos, aglutinados, em decorrência do momento histórico vivido e dos avanços que
as novas eras trazem ao nosso quotidiano. Observa-se que a legislação pátria é pacífica, não suscitando
grandes discussões, devido à clareza e objectividade das suas normas.

As transformações sofridas no âmbito internacional, com o fim da guerra fria e a influência dos críticos
do monopartidarísmo, este sistema começam a entrar em críse e substituido pelo Multipartidarismo, de
forma pacífica ou conflituosa.

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3. A Transição do monopartidarísmo ao Multi - partidarísmo em mocambique

3.1 Conceito do sistema Multi-partidário


Segundo Mazula (op.cit) “é um sistema que integra mais do que dois partidos relevantes, com total
pulverização partidária nos planos eleitorais e parlamentares, obrigando coligações sistemáticas e
amplas".

3.2 Características Principais do Multi-partidarismo


 Existência de vários partidos políticos;

 Coexistência pacifica entre os partidos;

 O exercício do poder é feito mediante a eleição do partido pelopovo ou seja o povo é quem
decide quem vai governar

4. A transição do do monopartidarismo ao Multi-partidarísmo em África


Até aqui nada haveria de estranho, principalmente, tendo em linha de conta as mutações que o Sistema
Internacional vem registando, em particular na antiga Europa do Leste e na conservadora América
Latina.

Porém, historicamente, África tem mostrado ser um Continente onde o pluralismo ideológico e a
democracia pluripartidária de tipo Ocidental têm estado arredios, excepção feita ao Senegal e à África
Austral, embora segundo parâmetros muito nacionais.

No entanto, paradoxalmente, quase todos os territórios coloniais ingleses, franceses ou belgas


estiveram imbuídos do sistema pluripartidário. Também, nos territórios portugueses, nomeadamente
em Angola, existiram grupos de interesses e movimentos mais ou menos legalizados, ou, pelo menos,
tacitamente aceites, casos do PRA (Partido Reformista de Angola), a ramificação colonial do PRP
(Partido Republicano Português), entre 1910 e 1912 ou ainda a FUA (Frente de Unidade Angolana
liderada pelo lobitanga, engº F.Falcão), esta última a principal apoiante, em Angola, das teses
presidenciais de Humberto Delgado.

Com o fim da II Guerra Mundial, os partidos franceses estenderam os seus tentáculos aos territórios
ultramarinos, através de secções regionais, na linha do iniciado em Angola pelo PRP, em 1910. Mais
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tarde, a novel consciência política africana, devemos referir que esses territórios tinham representantes
sus na Assembleia Nacional, levouos a criarem organizações políticas africanas, das quais se destacam
o PRA (Partido do Reagrupamento Africano), e a RDA (Reunificação Democrática Africana).
Enquanto o primeiro era, essencialmente, nacionalista, já a RDA, definia-se, por excelência,
progressista.

As transformações políticas foram, na maior parte, idênticas às que se observaram nos países
francófonos.

Lavroff "... compatível com o socialismo africano,só o partido único. A grande maioria dos
dirigentes dos novos Estados Africanos optaram pelo socialismo..." que tem tanto de indefenido como
de carência de conteúdo.

Todos eles, quando jovens, tinham militado nos movimentos próximos do partido comunista francês,
ou passado pelas escolas politológicas da Europa do Leste. Justificavam, assim, a contumácia do
monopartidarismo.

Para eles o socialismo tem todos os méritos. Permite compreender melhor o período colonial e outorga
uma esperança susceptível de mobilizar as classes pobres e descontentes. Só que o nacionalismo de
Nyerere, de Kaunda ou de NKrumah "... é um sincretismo". Tratava-se de uma tentativa de conciliação
das teorias marxistas, do Cristianismo e das teorias económicas modernas com o mito das valores
africanos.

4.2 Territórios Lusófonos


Se, desde sempre, Angola teve, quer no período colonial, quer no período imediato à independência,
um protosistema multipartidário, já os restantes PALOP's não conheceram qualquer modelo de
multipartidarismo.

Porém, mesmo em Angola e com o advento da independência, as organizações políticas existentes, ou


entretanto criadas, reduziram-se aos três movimentos de libertação, a FNLA (Frente Nacional para a
Libertação de Angola), chefiada por Holden Roberto, o MPLA (Movimento Popular de Libertação de
Angola), liderado por Agostinho Neto, e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de
Angola), dirigida pelo carismático Jonas Savimbi.

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Destes só os dois últimos, de conceitos ideológicos diferentes, se mantiveram activos, com o
consequente sangrento conflito, que quase desvatou o país durante dezassete anos de conflito.

A criação de um verdadeiro nacionalismo. Não esqueçamos que a maior parte dos países africanos são
uma "amálgama" de etnias, diferentes entre si, que, na época colonial, foram incentivadas ao
etnocentrismo. O conceito de Nação só em poucos países começa a estar implantado, como por
exemplo em Cabo Verde, Lesotho, Senegal e Swazilândia. De resto existem, apenas, projectos
nacionais.

Na pós-independência coube a cada pais definir a linha político económica que mais se adequava, ao
contexto interno de cada pais. A aliança politica esteve sempre ligada a escolha do sistema económico.
Entretanto no panorama mundial assiste-se o grande conflito entre os dois grandes blocos económicos
que culminara na guerra-fria

Portanto com o colapso da união Soviética, marcando o fim da guerra-fria, abriu-se ao mundo uma
nova era politica, muitos viram mesmo a oportunidade de instaurar novas ordens a nível global,
fundada nos chamados valores ocidentais. Por todo o continente, estava aberta para a transformação
dos regimes autoritários de partidos únicos, uma vez que o principal “patrocinador” encontravam-se
em decadência.

Segundo Mazula (1995, p. 81), a desagregação do bloco socialista e no fim da guerra fria retirou
qualquer significado politico estratégico do socialismo nos estados africanos, pois levara os estados
africanos a procurar novas parcerias económicas com vista a se suster, é neste contexto que assiste-se
os novos acordos com Banco Mundial e FMI, com estes vieram as modalidades vividas no ocidente:

O Multipartidarismo – não fazia sentido a livre escolha se o povo não tinha opções de escolha,

O capitalismo – uma das condições impostas foi a aderência do capitalismo para o melhor
desenvolvimento da economia.

Segundo Mendes (1994, p. 85), a quando da grande vaga de independência, nos anos 60, em grande
parte dos regimes instituídos eram submissos ao neo-colonialismo, dir-se-ia que, perante o evidente
desastre económico social que resultou para todos esses países durante esse período Monopartidário
nacional se avança hoje com a democracia multipartidária como nova receita a salvadora, tentando
fazer esquecer a receita anterior.

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Mas de salientar que este processo de transição apesar da influência acima mencionado, nem sempre
foram pacifica, movidas pela conjuntura politica internacional, em alguns casos foram bastante
conflituosa movidos por grupos rebeldes opositores do sistema de governação que lutavam para uma
mudança democrática a nível da organização politica interna, uma vez os governos de partido único já
não estavam necessariamente respondendo com as expectativas havia necessidade de uma mudança.0

5. Transição do Mono partidarismo para o multi patidarismo caso de Moçambique


O processo histórico que conduziu a formação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO),
concretizou-se precisamente como um período de transição que culminou com o início da luta armada
de libertação nacional, factor que transformou totalmente a vida do povo moçambicano que consagrou-
se livre do antigo julgo colonial.

Portanto Moçambique aderiu ao socialismo e consagrou-se em Republica popular de Moçambique


assente na constituição marxista-leninista, apesar da grande repressão contra os sectores que
questionavam a nova ordem politica e social, e não obstante a existência de uma situação de
insegurança militar localizada nas províncias confinantes com a Rodésia do Sul hoje Zimbabwe – que
sempre foi entendida no quadro do conflito com o regime daquela colónia rebelde – o resto da década
de 70 apresentou-se, aparentemente, como um período de consolidação da nova ordem politica,
económica e social implantada com a independência.

Além de estar preocupado com a segurança externa assistia-se em Moçambique o a nível interno o
desenrolar da guerra civil ou de desestabilização como preferem alguns autores entre a FRELIMO e a
RENAMO.

Segundo Mazula (1995, p. 81), a conflitualidade intrínseca do projecto determinou o seu insucesso,
principalmente a partir de 1983/84, deu azo a um novo período de aparente imobilismo com o país
paralisado por uma guerra cruel, absurda e sem solução militar no entender de Mazula, que se concluiu
do ponto de vista político-ideológico, com o PRE. A desagregação do bloco socialista e o fim da
guerra-fria contribui para uma mudança de ideologia político-económica como já se referiu ao longo
do trabalho.

Diante deste panorama é que na Revisão Constitucional de 1990 que Moçambique vai se tornar num
Estado de Direito, onde se concede a liberdade de exercício político, isto é, o multipartidarismo. Este

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princípio viria a se concretizar com os acordos Geral de Paz realizado em Roma, á 4 de Outubro de
1992, que punha o fim da guerra civil em Moçambique.

De forma aparentemente contraditória, foi o fim da violência e a passagem irreversível a opção por
uma solução política da questão do poder que marcaram a passagem á mutação que presentemente se
vive em Moçambique e do qual resultou as primeira eleições multipartidárias de 1994, que marcou o
inicio de uma era de reconhecimento da vontade e criação de uma mosaico partidário.

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6. Conclusão
Tendo terminado este trabalho deu para entender Na pós-independência coube a cada pais definir a
linha político económica que mais se adequava, ao contexto interno de cada pais. A aliança politica
esteve sempre ligada a escolha do sistema económico. Entretanto no panorama mundial assiste-se o
grande conflito entre os dois grandes blocos económicos que culminara na guerra-fria Portanto com o
colapso da união Soviética, marcando o fim da guerra-fria, abriu-se ao mundo uma nova era politica,
muitos viram mesmo a oportunidade de instaurar novas ordens a nível global, fundada nos chamados
valores ocidentais. Por todo o continente, estava aberta para a transformação dos regimes autoritários
de partidos únicos, uma vez que o principal “patrocinador” encontravam-se em decadência.

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7. Bibliografia
MAZULA, Brazão. (2000). A construção da democracia em África: o caso moçambicano, Maputo:
sociedade editorial Ndjira,
MENDES, João. A nossa situação, o nosso futuro e o multipartidarismo, Maputo: Tempo grafia, 1994;

Reader, J.(2002). África: Biografia de um Continente. Mira- Sintra: Publicações Europa América,

Recama, D C. (2006). História Universal, de África e de Moçambique, Maputo: Faculdade de Direito –


UEM

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