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Ficha de leitura

І - Fundamentos de género

Tutora de especialidade: Esmeralda da C. F.


Raul
Género

De acordo Com o dicionário online de Português, a palavra género, etimologicamente vem do


latim "generu, genere", que significa nascimento, origem. (www.dicio.br˃genero).

Género pode ser definido como aquilo que identifica e diferencia os homens e as mulheres, ou
seja, o género masculino e o género feminino.

De acordo com a definição "tradicional" de género este pode ser usado como sinonimo de sexo,
referindo-se ao que é próprio do "sexo" masculino, assim como do sexo feminino.

No entanto, do ponto de vista das ciências sociais e da Psicologia principalmente, o género é


entendido como aquilo que diferencia socialmente as pessoas, levando em consideração os
padrões histórico-culturais atribuídos para os homens e mulheres.
(www.significados.com.br˃genero).

Para Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a OMS, género se refere as características


socialmente construídas de mulheres e homens como normas, papeis e relações existentes entre
eles.

A palavra “gênero” começa a ser utilizada nos anos 80 do século XX, pelas feministas
americanas e inglesas, para explicar a desigualdade entre homens e mulheres concretizada em
discriminação e opressão das mulheres. Nessa época, as investigações sobre a condição social
das mulheres já apontavam uma forte desigualdade entre homens e mulheres, que tendia a
aumentar conforme a classe social, raça, etnia e outras condições de vida. A desigualdade
abarcava a esfera pública e privada. Na primeira, era visível nos salários menores do que o dos
homens em serviços iguais e na pequena participação política. Na esfera privada, se evidenciava
pela dupla moral sexual e na delegação de papéis domésticos.

Teoria essencialista de género

De acordo com Maria Charles & David Grusky (2004), o essencialismo de gênero encontra-se na
origem dos fenômenos de segregação sexual, pois participa do processo de categorização sexual,
apresentando homens e mulheres de maneira assimétrica e bipolar. O essencialismo de gênero
apresenta, por exemplo, os homens como mais competentes na interação com “coisas” e as
mulheres como mais competentes do que os homens na interação com pessoas, como se o
comportamento dos indivíduos segundo o sexo revelasse diferenças de personalidade, de
comportamento, de preferências profissionais etc. A segregação de gênero, por funcionar de
maneira a definir previamente espaços sexuados aos indivíduos no mercado de trabalho, pode se
constituir em uma verdadeira barreira face a uma maior convivência entre os sexos, porque atua
no sentido de criar lugares de “não convivência”. Ou seja, a segregação sexual indica que o fato
de ser homem ou ser mulher influencia que tipos de cargo o individuo Vai ocupar e em que
sector vai trabalhar.

Jaqueline Laufer explica que a justificativa mais frequente da presença massiva das mulheres em
setores como os serviços sociais é a ideia de que as mulheres, e não os homens, possuem as
qualidades necessárias ao bom exercício do trabalho, como: a capacidade de escutar, de ajudar,
de aconselhar, em oposição ao papel de autoridade típico das organizações industriais, onde o
homem é considerado a figure ideal.

Teoria psicanalítica

Antes de qualquer assertiva, para iniciarmos nossas discussões sobre as distintas teorias
elaboradas sobre a construção dos gêneros e as diferentes concepções dos teóricos essencialistas
que explicam a formação dos gêneros. Faz-se necessário primeiramente colocarmos algumas
perguntas intrigantes sobre esta questão, por exemplo: Como e quando definimos nossa
sexualidade? Quando o homem e a mulher constroem sua identidade enquanto sexo e gênero?
Como se dar as interações sociais entre os distintos sexos? As relações sociais entre os distintos
gêneros são de alguma forma igualitária e/ou desigual? Mesmo se levando em conta a influência
do relativismo cultural e histórico.

Todas essas perguntas e muitas outras veementes formadas sobre esta temática formam a base
científica inicial das pesquisas dos sociólogos, psicólogos, antropólogos e historiadores. Assim é
através das distintas percepções e contribuições específicas dada por diferentes áreas das ciências
sociais que se é hoje possível traçar algum embasamento cientifico sobre esta questão,
demonstrando a complexidade e a importância desta temática.

As teorias essencialistas atribuíram a diferença e a construção da sexualidade e respectivamente


ao gênero, uma idéia de “essencial’ ou algo inato que determinaria o sexo e comportamento
social enquanto gênero.

O nosso discurso para tal assunto, esta baseado nos estudos de um grupo de sociólogos
americanos que juntamente com sociólogos brasileiros da Universidade Federal de Pernambuco
lançaram recentemente um livro intitulado: Sociologia, sua bússola para o novo mundo.

Neste sentindo, as nossas escritas aqui explanadas sobre as distintas concepções essencialistas
existentes, estarão concatenadas através das acepções de Sigmund Freud, e o seu estudo
psicanalítico sobre a personalidade e o desenvolvimento psicosexual, e as concepções dos
sociobiologos e da psicologia evolucionária das implicações dos instintos e da genética na
construção da sexualidade e do gênero em sua perspectiva social.

Procurando achar repostas para os comportamentos humanos e o seu desenvolvimento, é que


Sigmund Freud em final do século dezenove desenvolveu seus estudos psicanalíticos sobre a
mente humana, focando principalmente em suas pesquisas a essência e o princípio universal que
explicaria o surgimento das personalidades.

Reconhecido como “pai da psicanálise” Freud trouxe para psicologia moderna o estudo do
inconsciente humano se distinguindo assim da psicologia cientificista reinante no século anterior,
do qual esta se focava principalmente no estudo do consciente humano omitindo o inconsciente.
Em seus estudos Sigmund Freud atribui ao homem à concepção inata da idéia de libido, sendo
esta, a “energia nuclear” do prazer e dos instintos sexuais que todos os indivíduos carregam
consigo como uma natureza humana involuntária.

Baseado nesta concepção essencialista para o desenvolvimento humano, que Freud elaborou a
teoria psicosexual do desenvolvimento humano, como uma forma de explicar a formação das
personalidades através de estágios distintos no qual passariam os indivíduos em seu
desenvolvimento. Os comportamentos dos seres humanos seriam conduzidos por essa libido
inconsciente e impulsionados pelos desejos sexuais.

No terceiro estágio (a fase fálica) de sua teoria psicosexual sobre o desenvolvimento, Freud
procurou explicar a gênese da sexualidade e atribui as diferencias anatômicas como um fator
primordial na identificação do sexo.Para Freud, nesta fase entre 4 a 6 anos, é o período
essencialda diferenciação e da identificação do sexo, pois é neste período que a criança começa a
perceber sua parte genital, e se identifica com seu sexo. O menino descobre que é diferente da
menina pela presença do pênis e a menina pela ausência.

O menino nesta fase libera sua libido inconscientemente ao vê sua mãe ou qualquer menina nua,
passando a ter a ilusão involuntária de sentir prazer sexualmente por sua mãe, porém acaba
sentindo frustrado e reprimido através da figura do pai, assim reprime este desejo em seu
inconsciente para que mais posteriormente esta repreensão o identifique com seu gênero
masculino, se tornando forte e independente.

A menina por sua vez, segundo Freud, tem “inveja” do pênis do homem e acaba neste período se
afastando da mãe, que também assim como ela têm essa “ausência” de pênis, acaba também
liberando a libido sexual inconsciente pelo pai, que é reprimida pela presença da mãe, sendo esta
repreensão mais tarde responsável pela identificação com o gênero feminino, se tornando
imatura e dependente dos homens.

Entretanto essa concepção essencialista de Freud pode ser de certa forma contestada quando
atribuirmos que este (Freud) também levava em conta a forma como se davam esse
reconhecimento anatômico, tanto masculino quanto feminina.

Nesse processo de reconhecimento anatômico é incontestável a influência das interações sociais


e da socialização primário, por exemplo; no caso em que a mãe maltrate o menino, este,
dificilmente conseguira liberar a libido pela sua mãe, ou mesma a morte dela precoce pode fazer
que o menino procure novas formas de identificar-se com sua sexualidade.

Entretanto a teoria essencialista sobre a explicação do gênero não se resumiu somente em Freud,
e passou a ganhar no final do século XX uma “nova roupagem” através das pesquisas e dos
estudos dos sociobiologistas e da psicologia evolucionária contemporânea.

Estes teóricos atribuíram ao fator genético à formação e a diferenciação dos sexos e dos gêneros,
repercutindo esta implicação como possível explicação para os comportamentos distintos entre o
homem e mulher e suas relações.

As concepções destes teóricos explanam a idéia que os homens e as mulheres têm


instintivamente a missão de perpassar os seus genes para as gerações posteriores, sendo isso, o
ato responsável pela sobrevivência humana

Nesta missão de perpassar os genes, segundo estes teóricos, a mulheres partiriam de uma posição
diferente ao do homem, pois a mulher durante todo seu ciclo de vida tem um número muito
pequeno de excreção de óvulos, enquanto o homem emana milhões de espermatozóides em sua
vida sexual.

A implicação desta premissa explicaria os comportamentos distintos entre os dois sexos, a


mulher teria instintivamente a ressonância de procurar uma vida mais estável como uma forma
de se precaver pela falta de “óvulos” futura tendo a incumbência da responsabilidade dos filhos e
uma ambição pelos valores matérias mais forte, o homem por sua vez, por ter um excesso de
genes tendem a ser promiscuo e independente tornando-se agressivo pela necessidade de
conquistar o acesso sexual as mulheres pela competição.

Essa concepção dos sociobiologistas e da psicologia evolucionária diferentemente da teoria


Freudiana ganhou uma conotação ainda mais uma determinista, se fundamentando
principalmente nas diferenças biológicos para explicar as distinções existentes entre homens e
mulheres.
Antes de discorremos as devidas críticas sobre as correntes essencialistas, devemos dizer que
antes de se pensar se o individuo têm ou não têm alguma coisa como essência, como crê os
teóricos que explanamos, é necessário levarmos em conta que a questão biológica ou natural
também exerce uma influência importante nos comportamentos humanos não podendo ser
descartada totalmente. Lógico que este determinismo exacerbado exaltado pelos sociobiologistas
e pela psicologia evolucionária só leva a enxergar uma parte ou por muitas vezes nenhuma dela.

Podemos ao elaborarmos nossa primeira crítica apontar o fato das variações culturais e
históricas, aonde aplicação das teorias essencialistas se tornariam falhas ou imprecisas devido a
diversidade de costumes e formas em que as sociedades se organizam historicamente e
culturalmente.
Parecermos que estes teóricos ao elaborarem tais modelos universais usaram como “laboratório
social” (se isso é possível) somente a sociedade de sua época em que viviam e não conseguiram
tentar aplicar suas implicações em outras culturas ou em outras sociedades históricas.

A segunda crítica que direcionamos ao essencialismo esta na sua tentativa de generalizar os


comportamentos a partir de médias de um determinado grupo, assim as variações são quase que
ocultadas neste processo de pesquisa, colocando numa “cortina de invisibilidade” o que talvez
fosse um resultado oposto ao apontado nestes trabalhos.

A terceira critica que notamos é que os princípios nor teadores levantados por estes teóricos não
tem uma base de averiguação sustentável, não temos como confirmar se existe ou não existe a
libido Freudiana e nem por muitos menos os instintos genéticos da sociobiologia e da psicologia
evolucionária.
A quarta e ultima crítica que fazemos é talvez a mais forte delas. Acreditamos que as teorias
essencialista vêm contribuindo para esconder ou até perpassar a desigualdade entre os gêneros,
na verdade como vimos nas duas teorias que pontuamos, estas duas acepções essencialistas
colocam a mulher em um estado de submissão e explica isso como se fosse algo natural, inato,
advindo de questões anatômicas ou genéticas.

Estas teorias esquecem a influência social na construção da sexualidade e do gênero, isto


advindo com a aprendizagem social e a transmissão cultural e histórica das relações entre
homens e mulheres.

Teoria de construto social e politico


O construtivismo social seria as diferenças de gênero com reflexo das diferentes posições sociais
ocupadas por homens e mulheres percebendo-se a construção pela cultura e pela estrutura
sociológica do indivíduo. Ela seria a principal alternativa ao essencialismo.

Socialização de gênero

As meninas aprendem quando brincam com as bonecas Barbie ou Suzi (chamadas de fashion
dolls), um modo de vida com atividades domésticas, higiene e cuidados com o corpo e a beleza.
Quanto aos meninos os bonecos têm formas masculinas estereotipadas. Chamados bonecos de
ação, enfatiza a força física, a agressividade e, por vezes, a inteligência. Mesmo assim os
brinquedos são apenas uma pequena parte da socialização de gênero não podendo ser
considerado principais elementos. Pesquisas realizadas na década de 1970 mostraram que desde
o nascimento meninos e meninas mesmo se assemelhando em peso, tamanho e condições de
saúde são tratados estereotipadamente pelos pais, principalmente pelo pai, sendo as meninas
consideradas como frágeis, delicadas e bonitas enquanto os meninos são fortes, ativos, com boa
coordenação motora. Também encorajam os filhos a se envolverem em brincadeiras agressivas e
competitivas. Já as filhas são encorajadas a se envolver em jogos cooperativos ligados a
interpretação de papéis como teatrinho, escolinha, casinha, etc. Esses padrões levam a
desenvolver uma preocupação com o sucesso e o estabelecimento de sistemas de hierarquia com
o primeiro e a habilidades verbais e emocionais com o segundo.

West e Zimmerman afirmam que o gênero é algo construído e não apenas dado. A prova para
isso seriam pais, professores e outras figuras de autoridade tentarem normalmente impor suas
idéias acerca de comportamentos de gênero apropriados às crianças, porém elas as interpretam,
negociam, resistem impondo suas próprias idéias todo tempo. Outra pesquisa feita pela socióloga
Barrie Thorne com crianças norte-americanas da quarta e da quinta séries verificou a auto-
segregação e ainda muitos casos de meninas e meninos brincando juntos. Também verificou o
chamado “cruzamento de fronteiras” em muitos casos de crianças do sexo masculino brincando
com brinquedos estereotipados “de meninas” e vice-versa, observou finalmente algumas
situações nas quais ambos os sexos interagiam sem pressão externa e sem a presença de
identidades de gênero contribuindo para nossa compreensão da socialização de gênero de duas
importantes formas: primeiro, as crianças estão ativamente engajadas no processo de construção
de papéis de gênero. Não são simples recipientes passivos das demandas dos adultos. Segundo,
embora elas em idade escolar tendam a se auto-segregar por gênero, fronteiras entre meninos e
meninas mostram-se às vezes fluidas, às vezes rígidas, dependendo das circunstâncias sociais.

Aos 14 ou 15 anos já esta bem formada a ideologia de gênero. São conjuntos de idéias inter-
relacionadas acerca do que constitui papéis e comportamentos femininos e masculinos
apropriados. Com exemplo a educação brasileira, nas carreiras universitárias o perfil de opção
profissional entre os sexos é acentuado como homens cursando áreas ligadas a exatas e mulheres
em humanas e saúde, sendo seus efeitos: uma grande restrição das oportunidades de carreira e de
salários das mulheres em áreas ligadas às ciências e aos negócios; e a formação de guetos sexuais
nas carreiras acadêmicas. Além disso nossa situação é ainda mais complicada, pois o acesso de
ambos os sexos a educação formal apresenta oportunidades e barreiras relacionadas à origem
econômica e a pertença racial. Os Meios de Comunicação em Massa e a Imagem Corporal
Na escola se aprende o papel social que devemos desempenhar, a mídia hoje desempenha esta
tarefa e dita o comportamento das pessoas. Como deve agir homens e mulheres.

Na década de 70 as mulheres eram vistas como dona de casa, mãe de família, esposa, já os
homens desempenhavam sempre o papel do mais forte, dominador e orientador em geral de tudo
o que possa estar relacionado com as decisões importantes a tomar, era a autoridade a ser
seguida. Todo esse enfoque é possível observar em revistas, cinema, jornais, novelas e a afins.
Sendo o ser humano uma propaganda dos moldes apresentados por estes agentes. Na virada do
séc XX a imagem da mulher passou a ser a da aparência física, abordadas nas revistas femininas;
o papel da mulher era a dependência, a rainha do lar.

Depois veio a virada feminina com a reivindicação de gênero; defesa do divórcio, o sufrágio
feminino e movimento feminista, vindo assim a mulher fora da esfera doméstica sendo vista
agora não só como uma coadjuvante mas como questionadora e tomadora de decisões ou seja
uma consumidora.

A imagem foi se tornando mais esguia principalmente, não que os homens tenham fugido a
regra, mas para as mulheres a cobrança é bem maior. Desta parte vieram as questões de doenças
relacionadas com o desejo do corpo ideal, a Bulimia e a Anorexia; doenças que atingem as
pessoas que perseguem o estereótipo do corpo ideal e adoecem por causa disso. Relacionado a
isso vem uma indústria forte que alimenta os cofres com a venda de comidas light e diet que hoje
inundam o mercado.

Interaçao Homem-Mulher

As crianças aprendem no ambiente familiar que meninos fazem esportes e são mais capazes de
aguentar as durezas da vida e as meninas compreendem que devem sempre fazer o papel de
apaziguadoras e sociáveis. Quando adultas mulheres tendem a pedir opiniões e a colaboração de
todos; seja no ambiente de trabalho ou no familiar, praticando assim a colaboração de todos os
envolvidos. Por causa disto é vista como fraca e incapaz de tomar decisões importantes. Já o
homem é rude e direto, raramente é expansivo ou pede a opinião alheia para tomar decisões, os
empreendedores têm esta visão dos gêneros e na primeira oportunidade que surge.

Gênero como categoria biológica

Em Biologia gênero (do termo latino genus) é uma unidade de taxonomia utilizada na
classificação científica e agrupamento de organismos vivos/fósseis que partilham um conjunto
muito alegado de características morfológicas e funcionais, um genoma com elevadíssimo grau
de comunidade e uma proximidade de filogenética muito grande, refletida pela existência de
ancestrais comuns muito próximas.

Gênero como categoria social

Refere se as características socialmente construídas de mulheres e homens, como normas papéis


e relações existentes entre eles. Para as ciências sociais e humanas o conceito de gênero se refere
a construção social do sexo anatómico. Ele foi criado para distinguir a dimensão biológica da
dimensão social, baseando-se no raciocínio de que há machos e fêmeas na espécie humana.
Assim gênero significa que homens e mulheres são realidade social e não decorrência da
anatomia dos seus corpos.

Relação entre gênero gramatical e sexo


Na gramática gênero refere se aos substantivos que são masculino e feminino e podem ser
biformes e os heterónimos que apresenta duas formas, uma para masculino e outra para o
feminino, como por exemplo o homem e mulher, os substantivos uniformes que podem ser
comum de dois géneros e sobre comum e ainda o substantivos epicenos que se refere somente
aos géneros de certos animais.

O sexo: é uma categoria biológica insuficiente para explicar os papéis sociais atribuídos ao
homem e a mulher.

Para BARBOSA, 188, p85, como todos os animais naturalmente se distinguem em duas classes
ou géneros, segundo os dois sexos de macho e de fêmea, teriam os gramáticos relacionado os
nomes dos primeiros na classe ou gênero masculino e os do segundo, no feminino. Tal deveria
ser a correlação:

 Macho- gênero masculino


 Fêmea-gênero feminino
 sem sexo- gênero neutro.

Estás seriam as classes naturais, enque entram só os animais. “Todos os mais seres que não tem
sexo

Teorias de opressão

Opressão realidade histórica concreta na qual parte da humanidade é vítima, é a negação da


liberdade, negação do homem como “ser para si”. Portanto, a condição de opressão é uma
condição de heteronomia “ FREIRI 1983.

Teoria feminista radical

O movimento Feminista surgiu como reação da forma de como as mulheres estavam sendo
tratadas até então: seres inferiores sem direitos políticos ou sociais, com sua atribuição máxima
ocorrendo com a sagrada maternidade. Por isso, vem como um movimento histórico, político e
filosófico-epistemológico, que a partir do século XIX começa a aflorar em várias partes do
mundo.
O estudo do feminismo pode ser dividido em três fases distintas. Costuma-se chamar de primeira
onda do feminismo o movimento histórico de defesa dos direitos da mulher que pode ser
identificado desde o final do século XVIII e que inclui dentre suas maiores conquistas a abertura
do ensino superior às mulheres, o acesso a diversas profissões até então exclusivamente
masculinas, como a Medicina, por exemplo, o direito das mulheres casadas à propriedade e o
direito das mulheres divorciadas ou separadas à custódia dos filhos. A conquista do direito ao
voto também deve ser creditada a esta primeira onda do movimento feminista. Já no Brasil, a
primeira onda estende-se pelo período de 1850 à 1940, com a luta pela educação, ao emprego e
ao voto. Com relação à educação, destaca-se o papel da Educadora Nísia Floresta, que lutou pelo
direito das mulheres ao estudo.

Já a conquista do voto pelas brasileiras resultou de um processo de luta iniciado antes mesmo da
proclamação da República. Embora a Constituição de 1891 vetasse o direito de voto aos
analfabetos, mendigos, soldados e religiosos, sem excluir o voto feminino, as mulheres ainda
tiveram que lutar por mais de 40 anos para conquistar esse direito.
Finalmente, o voto feminino foi assegurado em 24 de fevereiro de 1932, através do Código
Eleitoral Provisório. Entretanto, este decreto era bastante restritivo, autorizando o direito de voto
apenas às mulheres casadas que tivessem a autorização dos maridos e a solteiras ou viúvas, desde
que tivessem renda própria. Em 1934, a Assembléia Nacional Constituinte reafirmou o direito
assegurado no Código Eleitoral, eliminando as restrições existentes, mas tornando o voto
obrigatório apenas àquelas mulheres que exercessem funções remuneradas em cargos públicos.
A obrigatoriedade plena do voto para todas as mulheres só foi instituída com a Constituição de
1946(Conferência Nacional das Mulheres Brasileiras, 2002).

Simone de Beauvoir abre o período de transição entre o primeiro e segundo momento do


movimento feminista. No final da década de 40, ela escreve o livro “O Segundo sexo”, que
denuncia as raízes culturais da desigualdade social, como pode ser vista no trecho abaixo:
"Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico
define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que
elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino".
BEAUVOIR, Simone. O Segundo sexo, 1990.
A segunda onda do feminismo inicia-se a partir da década de 60 como o movimento de liberação
feminina da dominação masculina em todos os campos da cultura. Saíram em Passeatas,
organizaram-se e suas vozes ganharam mais eco. Lutavam pelos direitos iguais entre homens e
mulheres; a eliminação da violência sexual e o direito ao controle reprodutivo. É a partir de então
que o feminismo passa a ser sistematicamente teorizado no meio acadêmico, dando origem a
diversos desenvolvimentos teóricos dentro do movimento, como o movimento das mulheres
negras e o movimento lésbico, por exemplo.

No Brasil, a segunda onda surge em plena época de efervescência política: Na época da Ditadura
Militar. Ele difere do internacional por causa do contexto que é inserido. As mulheres começam
a lutar pela redemocratização do País.

A partir da década de noventa, os objetivos e estratégias do feminismo passam a ser rediscutidos


dentro do movimento chamado pós-feminismo, ou terceira onda do feminismo, que passa a
reavaliar criticamente as lutas das mulheres, procurando atualizar suas propostas na
contemporaneidade. Entretanto, alguns críticos não aceitam a terceira onda como um novo
estágio do movimento feminista.

A criação da Plataforma Política feminista em 2002 trouxe uma visão mais abrangente de como
o Movimento feminista atual está engajado em todos os setores da estrutura brasileira. A questão
sócio-econômica da população, ambiental e da diversidade de gênero, são uns dos assuntos de
suas pautas. Outro assunto de suma importância, que há muito vem sendo discutido, é a questão
do aborto. Tema bastante controverso, o aborto e encarado por alguns como um dos maiores
crimes contra à vida. A CNBB, por exemplo, proclama a “inviolabilidade da vida, desde o
primeiro instante da concepção no seio materno. O direito à vida é o direito fundamental do
nascituro.” Já as mulheres do movimento feminista olham com a visão de que a mulher é dona de
seu próprio corpo e que deveria ser delas o direito ao controle de sua capacidade reprodutiva.

O destino natural das mulheres, ser mãe, esposa e dona de casa, marcado pela maternidade,
casamento e dedicação ao O Movimento Feminista e de mulheres
O movimento Feminista surgiu como reação da forma de como as mulheres estavam sendo
tratadas até então: seres inferiores sem direitos políticos ou sociais, com sua atribuição máxima
ocorrendo com a sagrada maternidade. Por isso, vem como um movimento histórico, político e
filosófico-epistemológico, que a partir do século XIX começa a aflorar em várias partes do
mundo.

O estudo do feminismo pode ser dividido em três fases distintas. Costuma-se chamar de primeira
onda do feminismo o movimento histórico de defesa dos direitos da mulher que pode ser
identificado desde o final do século XVIII e que inclui dentre suas maiores conquistas a abertura
do ensino superior às mulheres, o acesso a diversas profissões até então exclusivamente
masculinas, como a Medicina, por exemplo, o direito das mulheres casadas à propriedade e o
direito das mulheres divorciadas ou separadas à custódia dos filhos. A conquista do direito ao
voto também deve ser creditada a esta primeira onda do movimento feminista. Já no Brasil, a
primeira onda estende-se pelo período de 1850 à 1940, com a luta pela educação, ao emprego e
ao voto. Com relação à educação, destaca-se o papel da Educadora Nísia Floresta, que lutou pelo
direito das mulheres ao estudo.

Já a conquista do voto pelas brasileiras resultou de um processo de luta iniciado antes mesmo da
proclamação da República. Embora a Constituição de 1891 vetasse o direito de voto aos
analfabetos, mendigos, soldados e religiosos, sem excluir o voto feminino, as mulheres ainda
tiveram que lutar por mais de 40 anos para conquistar esse direito.

Finalmente, o voto feminino foi assegurado em 24 de fevereiro de 1932, através do Código


Eleitoral Provisório. Entretanto, este decreto era bastante restritivo, autorizando o direito de voto
apenas às mulheres casadas que tivessem a autorização dos maridos e a solteiras ou viúvas, desde
que tivessem renda própria. Em 1934, a Assembléia Nacional Constituinte reafirmou o direito
assegurado no Código Eleitoral, eliminando as restrições existentes, mas tornando o voto
obrigatório apenas àquelas mulheres que exercessem funções remuneradas em cargos públicos.
A obrigatoriedade plena do voto para todas as mulheres só foi instituída com a Constituição de
1946(Conferência Nacional das Mulheres Brasileiras, 2002).
Simone de Beauvoir abre o período de transição entre o primeiro e segundo momento do
movimento feminista. No final da década de 40, ela escreve o livro “O Segundo sexo”, que
denuncia as raízes culturais da desigualdade social, como pode ser vista no trecho abaixo:

"Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico
define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que
elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino".

BEAUVOIR, Simone. O Segundo sexo, 1990.

A segunda onda do feminismo inicia-se a partir da década de 60 como o movimento de liberação


feminina da dominação masculina em todos os campos da cultura. Saíram em Passeatas,
organizaram-se e suas vozes ganharam mais eco. Lutavam pelos direitos iguais entre homens e
mulheres; a eliminação da violência sexual e o direito ao controle reprodutivo. É a partir de então
que o feminismo passa a ser sistematicamente teorizado no meio acadêmico, dando origem a
diversos desenvolvimentos teóricos dentro do movimento, como o movimento das mulheres
negras e o movimento lésbico, por exemplo.

No Brasil, a segunda onda surge em plena época de efervescência política: Na época da Ditadura
Militar. Ele difere do internacional por causa do contexto que é inserido. As mulheres começam
a lutar pela redemocratização do País.

A partir da década de noventa, os objetivos e estratégias do feminismo passam a ser rediscutidos


dentro do movimento chamado pós-feminismo, ou terceira onda do feminismo, que passa a
reavaliar criticamente as lutas das mulheres, procurando atualizar suas propostas na
contemporaneidade. Entretanto, alguns críticos não aceitam a terceira onda como um novo
estágio do movimento feminista.

A criação da Plataforma Política feminista em 2002 trouxe uma visão mais abrangente de como
o Movimento feminista atual está engajado em todos os setores da estrutura brasileira. A questão
sócio-econômica da população, ambiental e da diversidade de gênero, são uns dos assuntos de
suas pautas. Outro assunto de suma importância, que há muito vem sendo discutido, é a questão
do aborto. Tema bastante controverso, o aborto e encarado por alguns como um dos maiores
crimes contra à vida. A CNBB, por exemplo, proclama a “inviolabilidade da vida, desde o
primeiro instante da concepção no seio materno. O direito à vida é o direito fundamental do
nascituro.” Já as mulheres do movimento feminista olham com a visão de que a mulher é dona de
seu próprio corpo e que deveria ser delas o direito ao controle de sua capacidade reprodutiva.

O destino natural das mulheres, ser mãe, esposa e dona de casa, marcado pela maternidade,
casamento e dedicação ao lar, foi profundamente revolucionado no século XX. É nesse contexto
que as feministas se viram frente ao desafio de demonstrar que não são características
anatômicas e fisiológicas que definem as diferenças entre as desigualdades de gênero, mas a
militância pelos direitos igualitários entre os seres humanos. lar, foi profundamente
revolucionado no século XX. É nesse contexto que as feministas se viram frente ao desafio de
demonstrar que não são características anatômicas e fisiológicas que definem as diferenças entre
as desigualdades de gênero, mas a militância pelos direitos igualitários entre os seres
humanos.algum”, poderá, “deveriam ser arrolados a classe ou gênero neutro, e isto é, formarem
todos uma terceira classe, enque entrassem os nomes dos indivíduos e das coisas que nenhum
sexo tem, nem masculino nem feminino.

Teoria socialista

O conceito de gênero é construído como categoria social que interfere no cotidiano das pessoas.
Antes mesmo de nascer já são criadas expectativas para o novo indivíduo. A primeira pergunta a
nova alma anunciada é: “É menino ou menina?” Da cor do quarto a escolha profissional, as
oportunidades de vida já são construídas pela família que o espera. Sua suposta fragilidade ou
virilidade já está construída no imaginário social familiar e será levado consigo por toda vida,
tendo peso imponderável em suas escolhas pessoais. Mais do que uma identidade apreendida, o
gênero desta nova alma estará imerso nas complexas teias das relações sociais, políticas,
econômicas e psicológicas entre homens e mulheres; relações estas que fazem parte da estrutura
social institucionalizada da sociedade. Esta construção é dada através de processos de
socialização e educação dos sujeitos para se tornarem homens ou mulheres e ainda, no
estabelecimento dos padrões sociais entre eles.
A teoria do status entende gênero como algo que ordenamos para fazer a vida social mais
administrável. Esta teoria entende que sexo serve como fator de organização social, assim, a
dependência na categorização sexo como um caminho para organizar as interações tende a criar
expectativas e estereótipos de gênero. As pessoas aprendem a esperar certos tipos de
comportamento e reações dos outros baseados na sua categoria de sexo, respondendo aos outros
baseadas no que acreditam ser esperado delas e assumem que os outros agirão da mesma forma.
Essa teoria reconhece que os efeitos de gênero na interação social podem variar de situação para
situação, podendo o gênero ser “ativado” mais em algumas situações que em outras

Kimmel, adepto da teoria social construcionista, enfatiza que a nossa identidade de gênero é
socialmente construída, significa dizer que nossa identidade é uma junção flexível de
significados e comportamentos que nós construímos através de valores, imagens, prescrições que
encontramos no mundo que nos cerca. Para alguns de nós tornar-se mulher ou homem adulto é
como seguir o curso de um rio, sem esforço, de forma suave através de comportamentos e
atitudes que sentimos familiares.

Para outros, tornar-se masculino ou feminino é uma interminável tortura, um pesadelo onde
somos diariamente forçados a agir de forma diferente da que gostaríamos. Neste sentido, através
das interações entre os indivíduos no seu dia-a-dia o gênero é construído, sendo fundamental
para o entendimento desta análise a perceção do fato de que a interação social produz um mundo
diferenciado pelo gênero.

West e Fenstermaker, citados por Wharton, relevam que as mesmas dinâmicas que “fazem”
gênero nas interações também produzem outras formas de desigualdade e poder diferenciado1,
isto é, os teóricos salientam que não somente gênero, mas também raça e classe são produtos das
interações sociais. Para eles o caminho para a explicação dos vários tipos de desigualdade está no
que chamam de “fazendo a diferença”, ou seja, a diferença é construída através das interações,
logo não são características pessoais herdadas da natureza.

A política social do socialismo utópico, as primeiras Corrientes do pensamento socialista


moderna são hoje descritas Como socialismo utópico. Género e sexualidade eram questões
importantes para muitos desses pensadores pioneiros, como Charles Fcourier e Henri de Saint-
simon, em França, Robert Owen na Gra-Bretanha, bem como seus seguidores entre os quais se
incluem muitas mulheres.

Antes da criação do termo "sexualidade" Fourier escreveu reconhecendo que tanto o homem
quanto a mulher possuíam uma ampla gama de necessidades e preferências sexuais, que podiam
variar ao longo das suas vidas, incluindo a sexualidade direcionada para o mesmo sexo e
androginia. Defendia que todos tipos de expressão sexual deveriam ser permitidos, desde que
livres de coação individual, e mantinha que a "firmação das diferenças individuais " poderia
mesmo melhorar a integração social.

Estes ideias foram abandonadas pelos influentes pensadores socialistas Karl Marx e Friedrich
Engels que descreditaram os socialistas utópicos, acusando- os de não compreenderem
adequadamente a sociedade. Marx e Engels argumentaram que seria impossível agradar a todos e
operar Uma transformação radical da Sociedade por meios pacíficos, consideraram que as ideias
dos socialistas utópicos exam fantasias que hoje apenas nos fazem rir.

Max condenou a liberdade sexual defendida por Fourier e por Saint-Simon como um retrocesso
para um estado" animalesco de prostituição universal".

PLANO DAS INSTITUIÇÕES

É impossível explicar gênero sem o adequado entendimento sobre “o poder”. Não por ser o
poder uma consequência das diferenças de gênero, mas por ser o poder o produtor destas
diferenças de gênero em um primeiro plano. Como gênero, poder não é uma propriedade de
indivíduos, uma posse que uns têm e outros não, mas sim uma propriedade de uma vida em
grupo, de uma vida social.
Poder corresponde a habilidade humana não apenas ao ato, mas ao ato em concerto. O poder
nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e se mantém na existência somente
enquanto o grupo se mantém unido. Quando dizemos que alguém está “no poder” nos referimos
ao seu empoderamento por um certo número de pessoas que agem em seu nome. No momento
em que o grupo cujo poder foi originado começa a desaparecer, “seu poder” também desaparece.
O argumento de que o poder é propriedade de um grupo, e não de um indivíduo qualquer, está
relacionado ao argumento de que gênero é tanto propriedade de instituições, como parte de
nossas identidades individuais. As instituições criam padrões normativos de gênero, expressam
uma lógica institucional de gênero e são uns dos principais fatores de reprodução da
desigualdade de gênero. Com efeito, a identidade de gênero dos indivíduos.

Teoria queer gay e lésbica

O termo queer, no seu início, significou “esquisito”. Era usado como uma forma de estigmatizar
indivíduos que não correspondiam à heterossexualidade compulsória e naturalizada (LOURO,
2004; MISKOLCI & SIMÕES, 2007a; VITERI, SERRANO & VIDAL-ORTIZ, 2011). Tal
expressão conotava desonra, degeneração, pecado, perversão, anormalidade, sendo geralmente
relacionada à homossexualidade e ou a qualquer forma de desvio e ameaça à ordem social
estabelecida. As queer theories, sendo esquisito a tradução mais recorrente para o termo,
pretendem ampliar as proposições de Butler para romper com o binarismo e com as relações
estáveis entre desejo, identificação sexual, sexo biológico, gênero e prática sexuada. Tais
correntes estudam modelos e formas de vivências afetivas e sexuais consideradas não-normais da
sexuação.

Para Miskolci (2009), as queer theories questionam tanto aquilo que denominam de
heteronormatividade compulsória nas relações de gênero (os mecanismos de naturalização das
relações entre homens e mulheres, vistos como biologicamente definidos e complementares),
como toda a sorte de discriminações e de exclusões por ela causada – neste ponto, novamente a
cirurgia de redesignação sexual pode ser ótimo exemplo (GALLI et al., 2013). Seu intuito é tanto
ampliar quanto reformular a epistemologia dos estudos de gênero para melhor compreender as
relações organizadoras entre e intra os gêneros – ou seja, como homens, mulheres, gays, lésbicas,
travestis, transexuais, transgêneros etc. heterossexuais ou homossexuais são atingidos pelo
mesmo padrão heteronormativo que situa os homens (ou suas supostas características físicas ou
psicológicas) como superiores às mulheres e à feminilidade.
Assim, o objeto de estudo e de intervenção deste conjunto de teorias pode ser delimitado como a
série de representações e de práticas sociais que organizam a sociedade por via da sexualidade e
que se naturalizam na heteronormatividade compulsória das e nas relações de gênero. Além
disso, as queer theories pretendem incluir na agenda de investigação das ciências humanas e
sociais as sexualidades consideradas transgressoras, pois elas permitem melhor compreender os
processos sociais e psicológicos que naturalizam a identidade dos sujeitos.

Foi nos anos 60 que aparecem os primeiros movimentos gays e que a Associação Americana de
Psicologia (APA) afirmou que a homossexualidade não é doença psicológica, negando a
existência de causas psicológicas especificas da homossexualidade e situando-a no quadro das
orientações sexuais. Apesar de existência de movimentos sociais que lutam pela universalidade
dos direitos humanos continuam existindo no campo da Psicologia um certo viés heterossexual
nas pesquisas e nas práticas psicológicas, o que tem levado a APAS a elaborar normas para
evitar esse viés nas publicações científicas.
Enquanto diversas entidades científicas condenam à discriminação à homossexualidade e
levaram em 1985, o conselho federal de medicina a não considerar a sexualidade como doença,
tanto o conselho federal de psicologia como as outras instituições científicas ou profissionais
ligadas a psicologia não se manifestaram.
Mesmo sem expressar um preconceito explícito contra os homossexuais, boa parte dos
psicólogos tratam a homossexualidade como um distúrbio que deve ser assumido ou se possível
superado.

Lesbianismo
Uma lésbica é uma mulher homossexual, uma mulher que tem alteracao sexual, física e afetiva
por outra mulher. As lésbicas sentem desejos sexuais por outras mulheres, tem romances e
relações sexuais com outras mulheres.

Realidade moçambicana em relação os LGBT’s


Segundo pesquisas feitas por Victor Madrigal-Borloz especialista da ONU, Moçambique tem um
ambiente seguro Para as pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais, mas pede inclusão
social, e diz que governo precisa urgentemente de mudar a sua política para acabar Com a
marginalização e garantir a inclusão social plena Das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e
transsexuais.

Implicacoes pedagogicas da teoria essencialista

Importantes estudos têm sido feitos em outros países, abordando as relações de género na
infância , em especial nas escolas, como os trabalhos de Marina Subirats (1988, 1995), Valerie
Walkerdine (1989,1995), Naima Browne e Pauline France(1988) e Lilian Fried(1989).

Marina Subirats(1988, 1995) observou que na Espanha há poucos estudos sobre relações de
género na escola. Ao pesquisar turmas de crianças de 4 a 6 anos de idade, procurou mostrar que
desde a escola infantil a criança aprende a desvalorizar todas actividadades consideradas
femininas.

Através de analizes dos rregistos verbais Das professoras, constatou que o género feminino Era
afetado por Uma negação constante, desde a language utillizzada , referindo- se as crianças
sempre no masculino, ate mesmo a negação sistemática de Toda e qualquer conduta que pudesse
ser identificada com comportamentos considerados "femininos".

Para Naima Browne e Pauline France(1988) e Lilian Fried(1989) nos seus estudos desenvolvidos
na Inglaterra enfatizam o quanto o sexismo e racismo se mmanifestam na representação visual
dos sexos e na utilização da linguagem. Elas observam que desde o berçário as crianças são
tratadas de forma diferentente em função do sexo, listando uma serie de áreas ou situações em
que isso se dá. Em relação ao choro, por exemplo, as autoras observam que os bebes masculinos
são atendidos mais rapidamente quando choram, uma vez que muitas atendentes acham que
meninos não devem ̸ podem chorar tratando desta forma de suprir as suas necessidades. Já o
choro das meninas, ao contrario é mais tolerado.

Valerie Walkerdine (1989, 1995) também traz uma importante contribuição para o entendimento
da questão de género e poder nas escolas infantins. Em sua analise feita em algumas escolas
inglesas, observou que os meninos constumavam assumir através da uma
Bibliogafia
BRUSCHINI, C. Género e trabalho no Brasil: Novas conquistas ou persistência de
discriminação? In: ROCHA, M. (org.). Trabalho e Género: Mudanças, permanências e desafios.
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