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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR

PEDAGOGIA 4ºANO NOTURNO

DENISE DOS SANTOS NUNES MODESTO

EDUCAÇÃO DIVERSIDADE E RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS

PROFESSORA : ARLETE DE COSTA PEREIRA

Livro - GÊNERO, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO – Guacira Lopes Louro

Capítulo 1 - A EMERGÊNCIA DO GÊNERO

A autora inicia o capitulo afirmando que a palavra gênero não consta no dicionário Aurelio no
sentido em que o texto propõe e que as palavras tem a sua história e a história da palavra
gênero se inicia no movimento feminista da década de 1960, onde inicialmente as mulheres
lutavam pelo direito ao voto, oportunidade de estudo , de acesso a determinadas profissões,
mas a partir da segunda onda como se refere a autora entra em discussão a pauta sobre o
conceito de gênero, muitos homens e mulheres, intelectuais, estudantes de vários países
expressam seu descontentamento com as relações tradicionais e às grandes teorias universais
devido á discriminação e a segregação, é a partir desse momento que o movimento feminista
contemporâneo ressurge .

A mulher visível – nesse momento da história as mulheres já faziam parte do mudo


profissional já ocupavam diferentes cargos em escritórios, lojas, hospitais, etc, porém ainda
eram, como ainda é até hoje na maiorias das vezes, controladas e dirigidas pelos homens, as
feministas ainda ressaltam a ausência das mulheres nas ciências , artes e letras, vários estudos
nas áreas de antropologia, sociologia, educação, literatura apontam e comentam essas
desigualdades sociais, políticas, econômicas e jurídicas as profissionais femininas acrescidas
muitas vezes de opressão. Num primeiro momento foram criadas revistas estudos,
organizações para debater e tentar dar uma nova perspectiva a causa feminista, mas num
segundo momento as mulheres foram deixando de ser invisíveis e mudando as perspectivas e
analises de como as coisas são construídas a partir de um modo totalmente masculino foram
mudando a maneira de escrever de pesquisar de se pronunciarem de relatarem as emoções, a
história o contexto de uma nova maneira, uma maneira feminina onde a mulher é
protagonista e traz seu olhar amplo a academia e deixa claro a grande desigualdade que há
entre homens e mulheres . É a partir desse momento que entra o debate sobre o gênero pois
as justificativas biológicas e sexuais não são mais aceitas para a compreensão dessas
desigualdades. “Para que se compreenda o lugar e as relações de homens e mulheres numa
sociedade importa observar não exatamente seus sexos, mas sim tudo que socialmente se
construiu sobre os sexos.”

Gênero, sexo e sexualidade – De acordo com Robert Connel no gênero a pratica social se dirige
aos corpos, portanto sua pretensão é debater no campo social e não nas diferenças biológicas
pois é nas relações sociais que se constroem e se reproduzem as relações desiguais entre os
sujeitos, seu conceito afirma o caráter social do feminino e do masculino, em uma construção
social é necessário se pensar de um modo plural e aos poucos tentar descontruir as
representações sobre o que se sabe sobre homens e mulheres e não seus papeis em uma
sociedade, mas sua identidade, e isso gera muita polemica, nesse ponto concordo plenamente
com o autor.

De acordo com o autora o conceito de identidade é complexo e compreende sujeitos com


identidades plurais e múltiplas , que se transformam , não são fixas e nem permanentes e que
podem até mesmo ser contraditórias, nesse sentido o pertencimento a diferentes grupos
constitui o sujeito e pode se perceber como que se empurrado em diferentes direções como
diz Stuart Hall (1992,p.4), assim sendo o gênero faz parte do sujeito o constitui da mesma
maneira que as instituições e práticas sociais o constituem e são constituídas por esses
sujeitos.

A autora também estabelece algumas distinções entre gênero e sexualidade ou identidade de


gênero e identidades sexuais. De acordo com Jeffrey Weeks (1993, p.6) “ a sexualidade tem
tanto a ver com as palavras, imagens, o ritual e a fantasia como com o corpo”. Sujeitos
masculinos ou femininos podem ser heterossexuais, homossexuais, bissexuais e ao mesmo
tempo ser negros, brancos, ricos ou pobres a autora afirma que tanto na dinâmica da
sexualidade como na do gênero as identidades são sempre construídas. As identidades estão
sempre se constituindo, elas são instáveis e, portanto, passíveis de transformação.

De igual modo as identidades de gênero também estão continuamente se construindo e se


transformando os sujeitos vão se construindo como masculinos ou femininos arranjando e
desarranjando seus lugares sociais, suas disposições, suas formas de ser e estar no mundo.

Desconstruindo e pluralizando os gêneros – Diversas feministas e pós estruturalistas não


concordam como com os modos convencionais de produção e divulgação do que é admitido
como ciência, questionam a concepção de um poder central e unificado regendo o todo social,
a historiadora norte americana Joan Scott argumenta que é preciso desconstruir o “caráter
permanente da oposição binária” masculino-feminino onde homens e mulheres estão em
polos opostos que se relacionam dentro de uma lógica invariável de dominação-submissão.
Para a estudiosa e preciso implodir essa lógica.

Há ainda outros autores que concordam com Joan Scott da desconstrução das dicotomias.
Desconstruir a polaridade rígida dos gêneros seria problematizar tanto a oposição quanto a
unidade interna de cada um.

A desconstrução trabalha contra a lógica que aponta para uma perspectiva natural, fixa de
cada polo e segundo Teresa de Lauretis (1986 p.12) á pouco avanço em se dizer que a
diferença sexual é cultural pois o problema está no concebimento das diferenças em relação
ao homem pois sempre tem sido o padrão e a referencia para todo discurso legitimado.

O Rompimento da dicotomia de uma ideia única de masculinidade e feminilidade que nega ou


rejeita as diferentes formas de gêneros, seria a maneira de abalar o enraizado caráter
heterossexual presente no conceito gênero.

Mas também outras feministas que discordam dessa linha, pois seria um conceito
extremamente de origem acadêmica, branca e classe média que não refletiria os interesses
experiências e questionamentos de outras mulheres que não se enquadram nessa
representatividade.

Eu Denise, como mulher pobre, mãe, estudante, cristã e que acompanho as mudanças de
gênero e de como a sociedade tem mudado a partir dessas compreensões, vejo algumas
mudanças muito positivas como um menor preconceito e um acolhimento maior como as
pessoas homossexuais, temos mudado pra melhor, aos poucos, mas temos avançado

Porém também percebo que há muito conflito e engano em não se ter uma identidade sólida.
acredito que estamos em constantes mudanças e crescimento e isso é maravilhoso, mas
porém discordo do conceito de identidade como sendo não fixa em nada, algo ao meu ver
completamente vulnerável, isso me dá impressão de instabilidade de ser guiado pelo
momento e unicamente pelas emoções, e em meu ponto de vista acredito que é muito mais
prejudicial do que benéfico.

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