• Género (do la2m genus, eris) “é o conjunto de espécies com
caracterís2cas comuns ‘espécie, ordem, classe’”;
• LÍngua portuguesa - gênero é uma espécie ou conjunto de espécies
que apresentam certo número de caracteres comuns convencionalmente estabelecidos. Conceito de género
• Grama2calmente: categoria que indica “por meio de desinências, uma
divisão dos nomes baseada em critérios, tais como sexo e associações psicológicas”;
• Filosoficamente - conceito em cuja extensão se acha incluído um outro,
enquanto que a este se dá o nome de espécie. O género como construção histórica e relação social. 1 - Gênero como uma construção histórica, - conceito plural, ou seja os conceitos de feminino e masculino, são social e historicamente diversos.
1 a) -Admite-se que sociedades diferentes possuem conceções
diferentes de homem e mulher;
1 b) - No interior de uma sociedade tais conceções de homem e de
mulher seriam diversificadas, conforme a classe, a religião, a raça, a idade etc.. Conceito ocidental de género
• Noção que postula que o sexo social é o produto de uma construção
social permanente que regula, dentro das sociedades humanas, a organização das relações sociais entre homens e mulheres.
• Esta noção surge da necessidade de insis2r no caráter social das
diferenças fundadas no sexo. O gênero é o elemento cons2tu2vo dessas relações sociais assentadas nas diferenças percepíveis entre os sexos, e é um primeiro modo para dar significado às relações de poder. Conceito de género: construção histórica e social
Conceito de gênero - cultura social de papéis sexuais estabelecidos
pela sociedade e define como devem ocorrer as relações homem- mulher, homem-homem, mulher-mulher e não necessariamente apenas a relação homem-mulher;
Construção dos papéis sexuais condiciona a escolha profissional,
estabelecendo-se que a mulher, escolhe uma carreira de acordo com a sua condição feminina (professora primária, secretária, enfermeira etc.)! Noção atual de género
• Género enquanto construção cultural - não mais a uma iden2dade
biológica sexuada, mas uma construção social como sujeito masculino e feminino, que se produzem em relação, não mais fixa e imutável, às transformações histórico-sociais e culturais.
• A ideia de gênero pode ser revista e modificada, na medida em que
se modificarem as relações sociais. Género: dimensão social e biológica
• Evitar a polarização natural/social, compreendendo que o gênero
também possui uma dimensão e expressão biológica.
• Embora a construção dos gêneros eseja fundamentalmente, um
processo social e histórico, temos de admi2r que esse processo envolve os corpos dos sujeitos. Género e iden>dade aprendida
O género não só se relaciona com a iden2dade aprendida, os papéis e
os estatutos sociais como é cons2tuído e ins2tuído pelas múl2plas ins- tâncias e relações sociais, pelas ins2tuições, símbolos, formas de organização social, discursos e doutrinas.
Devemos entender que estas instâncias sociais são ins2tuídas pelos
gêneros que também os ins2tuem; elas são generificadas. Esta perspec2va revela-se ú2l na nossa compreensão — e intervenção — sobre o campo do trabalho, da jus2ça, da ciência, da arte, da saúde... O género, relações de poder e estereó>pos
• Os estereó2pos sexistas ocorrem desde a infância e estendem-se ao
longo da vida, com uma série de comportamentos predefinidos que obrigam, tanto a mulher quanto o homem, a uma luta constante pela libertação.
• Os meios de comunicação veiculam constantemente esses
estereó2pos sexistas, colocando a mulher como a estrela do lar, em posições subalternas ou objeto de prazer, enquanto o homem aparece ocupando papéis importantes no trabalho e no corpo social. Género e enfermagem
• A enfermagem e a figura da cuidadora: desde a Idade Moderna
• Na enfermagem: exemplos de estereó2pos que retratam o que se
espera de uma enfermeira:
• deve ser: bondosa, dedicada, carinhosa, abnegada, obediente, servil
etc.,. Atributos que eram almejados pelos pais, maridos, patrões ou qualquer outra pessoa que convive ou convivesse com a mulher.
• A hipótese de que a mulher atual, de uma forma ou de outra, faz a
escolha profissional reflete a sua socialização para exercer os papéis femininos, como no caso do exercício da enfermagem. Estes papéis apresentam-se como estereó2pos comportamentais de ser mulher e de ser enfermeira. Género e enfermagem
• Estereó2pos sexistas internalizados desde a infância determinam
tanto a escolha profissional feminina como a sua subordinação aos colegas do sexo masculino, principalmente em posições de chefia.
• O agir das enfermeiras reflete a socialização delas para exercer os
papéis tradicionais femininos em simbiose com o exercício profissional.