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A Função Sociocultural da Religião em Moçambique

Eguinalia Ismael Martins , Código: 708239302

Curso: Licenciatura em
Administração Pública,
Disciplina: História das Sociedades I
Ano de frequência: 1o Ano
Docente: Luís Taiado Vasco Jone

Quelimane, Abril de 2023


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de Recomendação para a Melhoria do Trabalho
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Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 5

1.1. Objectivos ................................................................................................................................. 6

1.1.1 Geral ....................................................................................................................................... 6

1.1.2 Específicos .............................................................................................................................. 6

1.2. Metodologia .............................................................................................................................. 6

2. A Função Sociocultural da Religião em Moçambique ................................................................ 7

2.1. Principais crenças e práticas religiosas em diferentes culturas em Moçambique .................... 9

2.2. Os rituais de cada uma das religiões na sociedade moçambicana .......................................... 11

2.2.1. Igreja Cristã ......................................................................................................................... 12

2.2.2. Religião Islamismo .............................................................................................................. 12

2.3. Importância que a religião tem tido no contexto das comunidades em Moçambique. ........... 13

2.3.1. Religião Islamismo .............................................................................................................. 14

2.3.2. Religião crista ...................................................................................................................... 14

3. Conclusão .................................................................................................................................. 16

4. Referências bibliográficas ......................................................................................................... 17


1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de História das Sociedades I, tem em vista descrever aspectos
relacionados com as Função Sociocultural da Religião em Moçambique , onde numa primeira
fase serão apresentados diversos conceitos e numa segunda fase serão apresentadas as principais
crenças e práticas religiosas em diferentes culturas em Moçambique, os rituais de cada uma das
religiões na sociedade moçambicana e a importância que a religião tem tido no contexto das
comunidades em Moçambique.

A religião e a religiosidade fazem parte da História do ser humano, existindo na essência humana
desde as mais recuadas idades pré-históricas e nos mais diversos lugares da Terra. O homem
sente a atracção pelo divino como uma forma de completude, de busca de explicações para as
coisas que lhe acontecem no dia-a-dia e também para as grandes comoções da vida.

As religiões propõem um código de normas éticas que deve modelar o comportamento de seus
praticantes, fazendo com que a convivência em sociedade se torne mais harmoniosa,
independente das situações sociais e económicas de cada membro da comunidade. Por isso,
postulam “a favor da paz, do amor e da justiça, mas tem que traduzir esses conceitos em situações
concretas de cada sociedade

Para tal quanto a organização do trabalho podemos dizer que o trabalho encontra-se dividido em
três partes nomeadamente: a introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
A introdução constituíra a parte inicial do trabalho onde serão apresentadas as notas inicias ao
que tange ao tema, aos objectivos do trabalho e a metodologia a ser empregue para o alcance dos
tais objectivos. No desenvolvimento serão apresentados as discussões em torno do tema em
estudo e as abordagens de diferentes autores em torno do tema e sua ênfase, finalmente na
conclusão será dada aquilo que é o fecho do trabalho apresentado as conclusões e os
conhecimentos tidos depois de elaborado o trabalho.

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1.1. Objectivos

1.1.1 Geral

 Compreender as funções Sociocultural da Religião em Moçambique.

1.1.2 Específicos

 Definir as funções Sociocultural da Religião em Moçambique;


 Mencionar as principais crenças e práticas religiosas em diferentes culturas em
Moçambique;
 Descrever os rituais de cada uma das religiões na sociedade moçambicana.

1.2. Metodologia

Segundo Lakatos - Marconi (2003, p.83), diz que, " método é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar os objectivos".

De salientar que, para elaboração do trabalho, recorreu-se a metodologia de consulta de algumas


obras bibliográficas, tais como: monografias científicas, teses de doutoramento, artigos
científicos, dissertação de mestrados livros que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais
obras estão referenciadas na lista bibliográfica e ainda em pesquisas na internet. Como se não
bastasse, tratando-se dum trabalho científico, importa salientar que, o trabalho está organizado
textualmente da seguinte maneira: Dentro do trabalho abordou-se casos concretos sobre o tema
em estudo e sua estrutura, com as devidas citações de autores consultados no levantamento
bibliográficos e algumas opiniões do autor do trabalho.

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2. A Função Sociocultural da Religião em Moçambique

A religião e a religiosidade fazem parte da História do ser humano, existindo na essência


humana desde as mais recuadas idades pré-históricas e nos mais diversos lugares da Terra. O
homem sente a atracção pelo divino como uma forma de completude, de busca de explicações
para as coisas que lhe acontecem no dia-a-dia e também para as grandes comoções da vida.

As religiões propõem um código de normas éticas que deve modelar o comportamento de


seus praticantes, fazendo com que a convivência em sociedade se torne mais harmoniosa,
independente das situações sociais e económicas de cada membro da comunidade. Por isso,
postulam “a favor da paz, do amor e da justiça, mas tem que traduzir esses conceitos em situações
concretas de cada sociedade” ( LIBERAL, 2004, p.10).

Nesse sentido, as religiões pregam as melhores atitudes a serem tomadas pelos seus fiéis,
assim como os aconselham e apoiam diante das dificuldades que encontram, estimulando a
sensação de pertencimento do indivíduo a uma comunidade onde é aceito, aprovado e fortalecido.
Considerando esses fatos, falaremos aqui primeiro sobre a função social da religião e como ela
atua no desenvolvimento de um sentido de identidade e pertencimento comunitário para o
indivíduo.

A autora Monte (2009, p.252) cita a definição de religião do filósofo Durkheim como um
conjunto sistemático de crenças e práticas que formam uma mesma comunidade moral entre
todos os seus adeptos. Para ela: A religião tem, assim, a função de agregar os indivíduos à
sociedade, servindo enquanto um instrumento de controle social, de manutenção da ordem,
funcionando como um código moral, um modelo a ser seguido por seus adeptos, dado ênfase,
enquanto valor agregado, à regularidade para a sociedade, possibilitando uma reflexão do homem
para além de si mesmo.

Assim, o homem forma comunidades nas quais existe socialmente, nas quais participa de
uma transcendência que é também colectiva, pois ele observa o contacto com realidades maiores,
um contacto que não acontece apenas com ele, mas também com seus irmãos de crença. Essa
irmandade na crença fortalece também o sentido de moralidade, pois viver em grupo precisa de
uma normatização de comportamentos, e a religião fornece regras de comportamento e

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convivência para que as pessoas estejam mais próximas da transcendência esperada. Todas as
religiões expressam a sua visão de mundo através de símbolos, elas compreendem valores que
dão forma, significado e direcção à realidade (BOURDIEU, 1998).

Mas é sempre importante analisar o contexto em que as religiões atuam, nunca olhar para
elas de modo isolado, pois as religiões são instituições sociais, são definidas pelo seu contexto
tanto quanto ajudam a definilo.

É importante porém perceber que a religião não atua apenas como elemento agregador
dentro de uma comunidade, ela pode também funcionar como factor de distinção, de
diferenciação.

Segundo como diz Setton (2008, p.18), para quem: A religião e suas estratégias de
convencimento, sociabilidade e controle seriam práticas e ou estratégias pelas quais os indivíduos
e os grupos se mantêm coesos ou se dissociam a partir da comunhão ou da diferenciação de
sentidos.

Não se pode esquecer que, se no passado, as religiões actuavam como representantes de


nações, como forma de imposição de uma cultura sobre a outra, hoje em dia a maioria delas age
muito mais como elemento de universalização, de união entre indivíduos diferentes em diferentes
lugares.

Como comenta Prandi (2008, p.158): A cultura global é marcada por diferenças de
religião. Antes, a diferença religiosa era entre nações, agora é entre indivíduos. E o que define a
cultura global é a pressuposição da existência de relações sociais entre indivíduos de diferentes
nações, países, regiões do mundo, rompendo com o isolamento das culturas locais. A religião,
nesses termos, limita, restringe, particulariza. É por isso que homens em diversas partes do
mundo se sentem irmanados, identificados enquanto pertencentes a uma mesma fé. Assim, a
religião também expande a sua função social, para além dos limites de uma comunidade de
próximos, mas também agregando aqueles que estão distantes, mas que compartilham da mesma
crença.

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As religiões se colocam como elementos culturais, elas são uma cultura e também se
posicionam, às vezes, contra ou a favor de uma cultura pré-existente, dando um norte aos seus
fiéis sobre o que aceitar, esperar ou tentar mudar nessa cultura.

Para Prandi (2008, p.170): A cultura muda. A religião muda. No mundo contemporâneo,
em seu lado ocidental, se a religião não acompanha a cultura, fica para trás. Ainda tem fôlego
para interferir na cultura e na sociedade, sobretudo na normatização de aspectos da intimidade do
indivíduo – especialmente pelo fato de ser religião –, mas seu sucesso depende de sua capacidade
de mostrar ao fiel potencial o que ela pode fazer por ele.

Dotando-o, sobretudo, dos meios simbólicos para que a vida possa fazer algum sentido e
se tornar, subjectivou objectivamente, mais fácil de ser vivida, sem que se tenha de abandonar o
que de bom este mundo oferece. Assim, o homem procura na religião o suporte não apenas para
viver uma vida regrada, mas também para alcançar sucesso nessa vida, para ter seus
empreendimentos abençoados e seus desejos de progresso legitimados. Igualmente, diante dos
problemas que aparecem no caminho, ele procura a religião para apoio e solução dos mesmos,
podendo-se dizer que essa é uma parte da função social da religião.

2.1. Principais crenças e práticas religiosas em diferentes culturas em Moçambique

A situação actual da religião em Moçambique está mal documentada. O censo de 2007


revelou que os cristãos formam 56,1% da população, os muçulmanos compunham 17,9% da
população de Moçambique, enquanto 7,3% das pessoas afirmaram praticar outras crenças,
principalmente o animismo, e 18,7% não tinham crenças religiosas.

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As diferentes comunidades religiosas estão distribuídas por todo o país. As província do
norte são predominantemente muçulmanas, mas algumas áreas do interior do norte têm uma forte
concentração de comunidades católicas e protestantes. Protestantes e católicos são geralmente
mais numerosos no Sul e nas regiões centrais, mas a minoria muçulmana também está presente
nessas regiões.

A Direcção Nacional dos Assuntos Religiosos do Ministério da Justiça afirma que


os cristãos evangélicos são o grupo religioso que mais cresce no país. A crescente população de
imigrantes da Ásia Meridional é predominantemente muçulmana e segue a escola
Hanafi da jurisprudência islâmica.

Os principais grupos religiosos cristãos incluem Anglicana, Batista,


A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
(Mórmons), Congregacional, Metodista, Nazareno, Presbiteriana, Testemu
nhas de Jeová, Católica Romana, Igreja Batista do Sétimo Dia, Adventista
do Sétimo Dia e Igreja Universal do Reino de Deus, bem como
igrejas evangélicas, apostólica e pentecostal. Muitas igrejas evangélicas e
protestantes pequenas e independentes que se separaram das principais
denominações reúnem crenças e práticas tradicionais africanas na estrutura
cristã.( RIBEIRO, F.M.; MINAYO, M.C. 2014.)

O governo informa que nenhum subgrupo islâmico está registrado; no entanto, a grande
maioria dos muçulmanos é sunita, com a pequena minoria xiita principalmente originária da Ásia
Meridional.

As três principais organizações islâmicas são a Comunidade Maometana, o Congresso


Islâmico e Conselho Islâmico. Jornalistas muçulmanos informam que as diferenças entre
o sunismo e o xiimo não é particularmente importante para muitos muçulmanos em Moçambique,
que têm mais probabilidade de se identificarem com um líder religioso, independentemente de
este ser sunita ou xiita. A população muçulmana do país representa as quatro escolas de
pensamento do islamismo: Hanafi, Shafi, Maliki, e Hanbali.

Estão também registrados grupos de judeus, hindus e bahá'í, mas estes e constituem uma
porcentagem muito pequena.
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As principais mesquitas do país e a Igreja Católica tentam eliminar práticas tradicionais
indígenas nos locais de culto, instituindo práticas que reflectem uma interpretação mais estrita
dos textos sagrados; no entanto, alguns adeptos cristãos e muçulmanos continuam a incorporar
práticas e rituais tradicionais, e as autoridades religiosas geralmente são permissivas.

Grupos missionários estrangeiros operam livremente no país. Alguns montam centros de


ensino religioso para as comunidades locais, enquanto outros oferecem bolsas para estudantes
estudarem no país dos respectivos missionários.

2.2. Os rituais de cada uma das religiões na sociedade moçambicana

Ritual é o conjunto de práticas consagradas por tradições, costumes ou normas, que


devem ser observadas de forma invariável em determinadas cerimónias. Ritual é uma cerimônia
através da qual se atribuem virtudes ou poderes inerentes à maneira de agir, aos gestos, às
fórmulas e aos símbolos usados, susceptíveis de produzirem determinados efeitos ou resultados.
(BINGEMER, M.C. (Org.). 1998.)

Ritual é um processo continuado de actividades organizadas cuja prática está relacionada


a ritos, que envolvem cultos, doutrinas e seitas, encontrados não só na vida religiosa, mas em
todas as esferas culturais.

No sentido figurado ritual é uma rotina, aquilo que habitualmente se pratica, é uma
etiqueta, uma regra, um estilo usado no trato entre as pessoas.

O ritual está associado às práticas religiosas ou místicas, criadas em torno da ideia de se


estabelecer uma "relação entre os seres humanos e um ou vários seres sobrenaturais".

Uma série de doutrinas sobre os deveres e obrigações recíprocas entre a divindade e a


humanidade, uma série de normas e rituais fazem parte das inúmeras religiões, com o objectivo
de buscar uma interacção dinâmica entre seus seguidores.

Vivemos em sociedade e estamos em contacto com as mais diversas culturas e religiões o


tempo todo. Práticas e crenças semelhantes podem aproximar as pessoas na busca por um mesmo
objetivo. As instituições religiosas pretendem manter um grupo de pessoas unido em torno de
práticas de fé, ritos e rituais que são conhecidos e vivenciados pelos seus participantes.
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Essas práticas religiosas revelam a relação do ser humano com o sagrado e englobam
orações, leituras e outras expressões.

2.2.1. Igreja Cristã

Para a Igreja Cristã dois rituais, ou sacramentos, foram instituídos pelo próprio Jesus: o
baptismo e a eucaristia. O baptismo consiste em borrifar com água benta a cabeça da pessoa que
será iniciada na religião. Esse sacramento lembra o baptismo de Jesus por João Batista. Em outras
tradições, o ritual do baptismo é feito por imersão total.

A eucaristia (ou Sagrada Comunhão) é um dos principais ritos de devoção, na qual o pão
e o vinho são consagrados e oferecidos aos fiéis, representando o gesto de Jesus na Última Ceia.
Outros rituais, celebrados em períodos de graça ou bênção, incluem a crisma, o casamento, a
ordenação para o sacerdócio, a confissão e a extrema unção.

2.2.2. Religião Islamismo

"O islamismo, como muitas religiões, possui diferentes vertentes, as quais interpretam os
textos sagrados e os preceitos da religião de formas diferentes. Entre os diferentes grupos, os
mais conhecidos são os sunitas e os xiitas, que correspondem quase à totalidade dos muçulmanos
atualmente. A origem desses grupos remonta ao período de surgimento do islamismo, o século
VII.

A divisão veio a acontecer após o falecimento de Muhammad, em 632 d.C. Os sunitas


ajudaram a eleger Abu Bakr, amigo do profeta e um dos primeiros seguidores do islamismo. Abu
Bakr tornou-se um califa e ajudou a expandir essa religião para fora da Península Arábica. Os
xiitas foram contrários à eleição de Abu Bakr, preferindo que o sucessor fosse Ali Bin-Abu Talib,
primo do profeta.

Actualmente, os sunitas correspondem por cerca de 90% dos muçulmanos e são


conhecidos por possuir uma interpretação mais flexível do Alcorão e de outros textos sagrados.
Os xiitas, por sua vez, correspondem a cerca de 10% dos muçulmanos e defendem uma
interpretação literal dos textos sagrados e uma aplicação mais rígida da Sharia (lei islâmica)."

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"O islamismo é uma religião que possui cinco pilares que todo muçulmano deve seguir no
exercício de sua fé. Estes são os pilares:

 Recitar o credo “não existe nenhum deus além de Allah, e Muhammad é seu profeta”.
 Orar cinco vezes ao dia na direcção de Meca.
 Observar o jejum durante o mês sagrado chamado Ramadã.
 Realizar o zakat, a doação de 2,5% de seus lucros para os mais pobres.
 Visitar Meca uma vez na vida, desde que se tenha condições para isso."
 Prática religiosa do islamismo: leitura das escrituras e oração

Prática religiosa do judaísmo: leitura das escrituras e oração

Ritos rituais e a pratica expressão a relação dos fies e como segredo são considerados
manifestações religiosas. Muitas vezes, rito e ritual são usados como sinônimos. Mas podemos
pensar da seguinte maneira: o ritual é uma cerimónia especial (como a missa ou o culto) formada
por um conjunto de ritos, gestos e palavras próprios de cada religião.

Em relação ao modo de se vestir, nas cidades de Moçambique, homens e mulheres podem


ser vistos vestindo ternos no estilo ocidental. Mas também há muitos que se vestem com
estampas africanas.

Normalmente, as mulheres mantêm seus trajes tradicionais. Nas áreas rurais, elas usam
longas tiras de tecido enroladas no corpo, debaixo dos braços e sobre um ombro, com um lenço
de cabeça tradicional. E os homens do norte usam mantos brancos e cobertas, indicando que são
muçulmanos.

2.3. Importância que a religião tem tido no contexto das comunidades em Moçambique.

Segundo SETTON, M.G. (2008). A religião permite conhecer o local onde as pessoas
vivem seus valores em uma cultura. Ela é influenciada pela cultura, mas ela também influencia a
cultura daqueles que vivem em seu entorno. A religião permite um conhecimento maior dos
valores que envolvem uma dada sociedade, principalmente seus valores ético.

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A sua importância está mais baseada em nossa essência como seres humanos, que, por
natureza, somos seres relacionais e precisamos de interacções sociais tanto em nossa vida pessoal
como na profissional, e nos beneficiamos muito da troca com outras pessoas.

2.3.1. Religião Islamismo

O islamismo é uma religião surgida na Península Arábica, no começo do século VII, por
meio de Muhammad (conhecido em português como Maomé). Essa crença religiosa atualmente é
a segunda maior do mundo, possuindo cerca de 1,8 bilhão de fiéis, a maioria deles localizada no
continente asiático e africano."

Em Moçambique, os muçulmanos representam cerca de 18% da população total do


país (de acordo com uma estimativa de 2018, a população moçambicana chega a 27,2 milhões de
pessoas). Isso significa que a religião é a segunda com maior número de adeptos no país. No
entanto, essas estatísticas são questionadas por alguns líderes que afirmam que existem muito
mais muçulmanos na região.

De acordo com esses líderes, isso ocorre porque uma parcela significativa da população
adere a crenças religiosas indígenas sincréticas, caracterizadas por uma combinação de práticas
tradicionais africanas e aspectos do islamismo – uma categoria não incluída nas estimativas do
governo. Para os líderes muçulmanos, então, a comunidade islâmica é responsável por 25% a
30% da população total de Moçambique. Esta é uma estatística relatada frequentemente na
imprensa.

Os muçulmanos consistem principalmente de nativos moçambicanos, cidadãos da


descendência do sul da Ásia (indiana e paquistanesa) e um número muito pequeno de
imigrantes norte-africanos e do Oriente Médio.

2.3.2. Religião crista

Em Moçambique, a religião foi trazida pelos portugueses católicos. De acordo com o 3º


Censo da População (2010), 5,7 milhões dos 20,2 milhões de moçambicanos são cristãos. Cerca
de 3,1 milhões são protestantes de igrejas tradicionais e 2,9 milhões são evangélicos pentecostais

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Juntas, as religiões cristãs são dominantes na população (católicos, 27%, cristãos
sionistas, 16%, e evangélicos, 15%). O islamismo é praticado por 19% dos habitante

A missão da Igreja é preparar o caminho para o estabelecimento final do Reino de Deus


na Terra. Seu propósito é, primeiramente, desenvolver na vida dos homens atributos cristãos e,
em segundo lugar, transformar a sociedade para que o mundo se torne um lugar melhor e mais
pacífico para vivermos.

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3. Conclusão

Contudo, feito o trabalho, concluiu-se que as religiões pregam as melhores atitudes a serem
tomadas pelos seus fiéis, assim como os aconselham e apoiam diante das dificuldades que
encontram, estimulando a sensação de pertencimento do indivíduo a uma comunidade onde é
aceito, aprovado e fortalecido. Considerando esses fatos, falaremos aqui primeiro sobre a função
social da religião e como ela atua no desenvolvimento de um sentido de identidade e
pertencimento comunitário para o indivíduo. A situação actual da religião em Moçambique está
mal documentada. O censo de 2007 revelou que os cristãos formam 56,1% da população,
os muçulmanos compunham 17,9% da população de Moçambique, enquanto 7,3% das pessoas
afirmaram praticar outras crenças, principalmente o animismo, e 18,7% não tinham crenças
religiosas. Ritual é o conjunto de práticas consagradas por tradições, costumes ou normas, que
devem ser observadas de forma invariável em determinadas cerimónias. Ritual é uma cerimônia
através da qual se atribuem virtudes ou poderes inerentes à maneira de agir, aos gestos, às
fórmulas e aos símbolos usados, susceptíveis de produzirem determinados efeitos ou resultados.
A religião permite conhecer o local onde as pessoas vivem seus valores em uma cultura. Ela é
influenciada pela cultura, mas ela também influencia a cultura daqueles que vivem em seu
entorno. A religião permite um conhecimento maior dos valores que envolvem uma dada
sociedade, principalmente seus valores ético.

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4. Referências bibliográficas

BINGEMER, M.C. (Org.). Violência e religião: Cristianismo Islamismo, Judaísmo: três


religiões em confronto e diálogo. Rio de Janeiro, São Paulo: PUC/Rio, Loyola, 2001.
BOURDIEU, P. 1998.A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva.

GIL, A. Como elaborar projectos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2017 LIBERAL, M.M. Religião,
identidade e sentido de pertencimento.VIII Congresso Luso-Brasileiro de Ciências Sociais.
Coimbra.2004.

MONTE, T.M. 2020. A religiosidade e sua função social. Revista Inter-Legere. n.05 PRANDI, R.
Converter indivíduos, mudar culturas. Tempo Social – revista de sociologia da USP. 2008.
Disponível em: , Acesso em: 07.dez.

RANGEL, M.P.; CASTELLA, J.S. 2020. Redes sociais na investigação psicossocial. Revista
Aletheia. n.21. jan/jun.2005. ULBRA. Disponível em: , Acesso em: 07.dez.

RIBEIRO, F.M.; MINAYO, M.C. 2014.O papel da religião na promoção da saúde, na


prevenção da violência e na reabilitação de pessoas envolvidas com a criminalidade: revisão de
literatura. Ciência e Saúde Coletiva. (19).6.

SETTON, M.G. 2008.As religiões como agentes de socialização. CADERNOS CERU, série 2,
v. 19, n. 2, dezembro de

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