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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Conclusão ...................................................................................................................................... 11
Bibliografia .................................................................................................................................... 12
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Introdução
Fields (2001) argumenta que um sistema financeiro pouco desenvolvido concorre para a
persistência da pobreza, maior desigualdade de renda e para um crescimento económico mais
lento, na medida em que restringe o acesso da população pobre ao crédito e a outros produtos e
serviços financeiros, passíveis de garantir sua participação efectiva na actividade económica, quer
seja para iniciar um ciclo de produção, geralmente em pequenos empreendimentos, ou para o
consumo de bens e serviços, tais como educação, saúde e lazer, essenciais à ampliação da renda e
da qualidade de vida.
A expressão “Terceiro Mundo”, apesar de ser geralmente usada como sinónimo do conjunto de
países subdesenvolvidos, surgiu apenas em 1952, quando o estudioso francês ALFRED SAUVY
a forjou com base numa comparação entre os países pobres e o Terceiro Estado da França nas
vésperas da revolução de 1789. Naquela época, a expressão reflectia o estado de miséria do povo
em geral e o da burguesia, que não participava do poder político, ficando este sob domínio da
nobreza e do clero, primeiro e segundo estado, respectivamente.
O presente trabalho visa trazer subsídios ou conteúdos que estabeleçam A relação da pobreza
com o sistema financeiro e empréstimos nos países do terceiro Mundo.
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1. Conceito de Sistema Financeiro
Numa economia, alguns agentes económicas geralmente gastam mais do que aquilo que ganham
e, por isso, precisam de empréstimos. Outros ganham mais do que aquilo que gastam e precisam
de um lugar para guardar as suas poupanças. Os mercados e os intermediários financeiros surgem
assim para realizar a tarefa essencial de canalizar os fundos daqueles que tem excesso para
aqueles que carecem de fundos.
Importa aqui realçar que o conceito de poupança relevante para o crescimento económico
envolve não apenas a poupança das famílias, mas também, das empresas e dos governos (Gordon,
2000). Segundo a Associação Portuguesa de Bancos (2015):
O propósito do Sistema financeiro é o de canalizar fundos dos agentes com excedentes para os
agentes com défices. Os Sistemas Financeiros canalizam, assim, as poupanças das famílias para o
sector produtivo e alocam fundos de investimento entre empresas. No entanto, a noção de que o
sistema financeiro apenas canaliza os recursos entre famílias e empresas é uma simplificação.
Não se pode ignorar a importância dos governos no funcionamento do sistema financeiro. Os
governos têm em seu poder uma grande quantidade de fundos que são muito importantes
principalmente em épocas de recepção ou para financiar grandes infra-estruturas (Allen & Gale,
2001).
Podemos assim afirmar que, em termos gerais, o sistema financeiro tem como finalidade
transferir os recursos em poder dos aforradores e outras entidades (o Estado, por exemplo) para o
sector produtivo ou para o sector de consumo. É constituído basicamente pelos mercados (onde
os agentes realizam operações de compra, venda e troca de activos financeiros), por instituições
financeiras e pelas entidades reguladoras.
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O sistema financeiro pode ser constituído fundamentalmente por três segmentos:
Partindo do pressuposto de que cada Estado-Nação possui a sua autonomia financeira, bem como
diferentes vias de regulamentação da economia e diferentes estruturas económicas, pode-se
conceituar o sistema financeiro internacional como fluxos económicos de moedas, comércios,
aplicações, pagamentos, empréstimos transfronteiriços, realizados por governos, bancos,
empresas ou até mesmo pessoas, e cuja principal finalidade é facilitar e regulamentar essa cadeia
de actividade de maneira a maximizar os ganhos.
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de uma moeda internacional, pois se todos os países utilizassem suas próprias moedas nas
relações comerciais, evidentemente haveria uma incompatibilidade de valor.
O Banco Mundial, por sua vez, tinha no começo duas atribuições, reconstruir a Europa e
financiar o desenvolvimento. Após o Plano Marshall dos EUA, ele se concentra na segunda
tarefa, emprestando dinheiro principalmente para os países mais pobres do mundo, com altas
taxas de lucro. Já que o Banco não admite a negociação das dívidas, uma instituição dentro do
próprio Banco empresta dinheiro para repagar as dívidas. O Banco é liderado por um
impressionante corpo de dirigentes e tem escritórios em muitos países. As mulheres estão
praticamente ausentes dos seus quadros de decisão.
A terceira instituição do sistema é o GATT, que na falta da aprovação da Carta de Havana pelos
EUA, foi previsto para regular as relações comerciais mundiais. O GATT teve ainda uma
evolução com a OMC, em 1994, que desde aquela data implementa o livre comércio global,
atendendo aos interesses dos países industrializados.
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2.2. O Impacto do FMI para os países endividados
O Fundo Monetário Internacional (FMI), tem procurado intervir nas economias dos países
subdesenvolvidos. O FMI não empresta directamente mas tem papel muito importante para
fiscalizar os pagamentos. O FMI procura impor aos países endividados uma política recessiva,
isto é que entrava as actividades económicas, reduzindo novos investimentos e diminuições
salariais. Tudo isto sob o protesto de que o pagamento da divida é o mais importante. Propõem
em geral as seguintes medidas: rigoroso combate a inflação por meio de restrições aos gastos
públicos (diminuição de salários), taxas de juros elevados para desacelerar o consumo,
desvalorização da moeda do pais e relação ao dólar, o dólar valorizado rende mais aos
exportadores e fica mais cara aos importadores. Por essa razão os países do terceiro mundo que
assinaram o acordo com o FMI para conseguir ampliação do prazo da divida optaram pelas
politicas económicas antipopulares que em nada beneficia aos países endividados se não os
perpetuar na divida e miséria.
Os países do terceiro mundo, dada a sua fragilidade e falta de capital para construírem infra-
estruturas e ou desenvolver seus países por si só, adoptam políticas que recorrem a dívidas
externas como forma de catapultar o desenvolvimento dos seus países. Os empréstimos entre as
nações geralmente envolvem bancos e empresas, as vezes, elas são feitas de governo para
governo, m regra quer as empresas públicas quer as particulares conseguem empréstimos através
dos bancos ou instituições financeiras estrangeiras. (Pires, 2016, p.79).
Ainda Pires (2016, p.80) aponta que os empréstimos ajudam a incentivar o comércio mundial e a
desenvolver as nações mais pobres que carecem de capital opara investirem nos seus países. Se
compararmos as dividas e empréstimos com os países do sul, veremos que a situação dessas
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nações é mais preocupante. Para as economias mais pobres apesar de a dívida ser pequena
possuem maior dificuldade para as pagar pois não possuem grandes somas de capital investido no
exterior.
Segundo Barquero (2001) este termo é usado com frequência em economia para definir a baixa
renda de um país e, em geral, é incluído nesse significado a falta de acesso da população de um
país ou região às oportunidades de emprego, saúde, água, alimentação, educação e moradia.
De acordo com Abramovay (2002), o termo utilizado para substituir o mesmo é “país em
desenvolvimento”, o qual significa que o país ainda não é desenvolvido, porém, está em
movimento, tentando modificar sua situação para tornar-se um lugar melhor para sua população.
Critica-se, segundo Barquero (2001), que o longo período em que países se mantêm
subdesenvolvidos não o é por razões naturais. As razões seriam as causas históricas, força das
circunstâncias ou acções humanas. Circunstâncias históricas desfavoráveis, principalmente o
colonialismo político e económico que mantiveram essas regiões à margem do processo da
economia mundial em rápida evolução julgasse como um dos factores.
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económicas. Para Abramovay (2002), o subdesenvolvimento é o produto da má utilização dos
recursos naturais e humanos, de forma a não conduzir à expansão económica e a impedir as
mudanças sociais indispensáveis ao processo da integração dos grupos humanos
subdesenvolvidos dentro de um sistema económico integrado.
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Conclusão
O FMI procura impor aos países endividados uma política recessiva, isto é que entrava as
actividades económicas, reduzindo novos investimentos e diminuições salariais.
Os países do terceiro mundo, dada a sua fragilidade e falta de capital para construírem infra-
estruturas e ou desenvolver seus países por si só, adoptam políticas que recorrem a dívidas
externas como forma de catapultar o desenvolvimento dos seus países.
A intermediação financeira afecta a pobreza, tanto por meio das operações de crédito, quanto via
remuneração dos saldos monetários que, em última instância, configuram a poupança prévia
necessária ao investimento.
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Bibliografia
Allen, F., & Gale, D. (Abril de 2001). Comparative Financial Systems: A Survey. Center for
Financial Institutions Working Papers, pp. 01-15
Fields, G. S. (2001). Distribution and development: a new look at the developing world. 1. ed.
Cambridge, MA: MIT Press and the Russell Sage Foundation.
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