Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
• Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão • Revisão bibliográfica
nacional e internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
• Exploração dos dados 2.0
• Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
• Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
• Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 5
Conclusão.................................................................................................................................. 12
Esta pesquisa vai esmiuçar sobre a Pedagogia do Desporto e Jogos Desportivos, conceitua-se a
Pedagogia do desporto é um campo do conhecimento que trata do relacionamento entre o
desporto e a Educação.
A Pedagogia do desporto é direcionada para dar os fundamentos teóricos para a prática dos
desportivos com o objetivo de melhorar o desenvolvimento do homem e enriquecer a qualidade
de vida. Área acadêmica de estudo que focaliza as intervenções educacionais no domínio do
desporto e do movimento.
Objectivos específicos:
O trabalho está estruturado da seguinte forma: parte externa: capa de rosto, contracapa, folha
de feedback e índice; parte interna: introdução, desenvolvimento, conclusão e referências
bibliográficas.
5
1. PEDAGOGIA DO DESPORTO E JOGOS DESPORTIVOS
De acordo com Palma e Vieira (2008) a escola passou por etapas/modelos de Educação na
forma massificada: o modelo tradicional até 1930 com a Educação Física Higienista onde foi
assegurado ao aluno o “direito” de adquirir conhecimento segundo o conhecimento científico
apresentado a ele. A Educação Física vinha com o papel de formar mão de obra sadia, forte
disposta à acção, através da transmissão de conhecimento teórico e da disseminação de hábitos
de higiene corporal. O modelo Escolanovista no pós-guerra (1945-1964), numa visão contrária
ao Tradicional, surge com uma Educação Física preocupada com a formação do sujeito. E o
modelo Tecnicista com uma Educação Física competitivista no final dos anos 60 e durante os
anos 70 onde a principal função é o preparo para o trabalho, dentro da Educação Física neste
modelo dá-se importância à competição e ao ganho de medalhas.
O debate de 1980 foi um manifesto contra a política, à ditadura militar que nos anos 90 se
tornou mais teórico e menos denunciador. Para ela, Kuriki (2007), nas décadas de 1980 e
1990 buscou-se romper com o tradicionalismo desportista que predominava nas práticas
escolares. Ainda segundo a mesma a comunidade académico-profissional teve acesso a
várias proposições metodológicas de autores variados em que propunham uma melhoria na
qualidade destas práticas escolares com uma delimitação melhorada e mais clara dos
objectivos da Educação Física.
Segundo Darido (2001) há dentro da Educação Física várias concepções sobre qual seja o
objectivo da Educação Física Escolar: humanista, fenomenológica, psicomotricidade
embasada nos jogos cooperativos; cultural, desenvolvimentista, intencionista- construtivista,
crítico–superadora, sistémica, crítica – emancipatória, saúde renovada.
6
Algumas tendências propostas/tendências/abordagens pedagógicas tiveram maior impacto que
outras. Destacaremos neste trabalho as abordagens desenvolvimentista, construtivista, crítico
emancipatória e crítico superadora todas dentro do parâmetro norteador das actividades de
Educação Física Escolar.
O foco desta abordagem é o movimento por si só, princípio, meio e fim. Os conceitos de
habilidades motoras são os mais importantes, pois são através deles que os seres humanos se
adaptam e resolvem os problemas. Os movimentos específicos estão ligados a cultura corporal
e às actividades industriais. A temática principal fica por conta das habilidades, aprendizagem
e desenvolvimento motor (Netto, 2006).
Cristino et.al. (2008) concordam com Darido (2001) e Netto (2006) e ainda acrescentam que o
desenvolvimento das aulas dentro de uma visão sistémica e integral do desenvolvimento motor
possibilita o desenvolvimento da afectividade, a socialização, a cognição e as qualidades físicas
ao proporcionar experiências motoras de acordo com a faixa etária e dentro das fases de
desenvolvimento biológico. Aqueles ainda observam que o desenvolvimento motor não
depende apenas da maturação, mas é influenciado pelas experiências, portanto a abordagem
desenvolvimentista apregoa o favorecimento destas experiências dentro da Educação Física,
permitindo que a crianças apreendam como, quando e como utilizar os movimentos.
7
A abordagem Construtivista para Cristino et.al. (2008) é uma abordagem que tem raízes nas
teorias de Piaget e Vygotsky e utiliza as actividades do contexto infantil como meio de
adaptação, transformação e relacionamento com o mundo, permitindo que o aluno através do
brincar possa se expressar aprimorando sua visão do universo social. Para estes autores o
professor é quem conduz a construção da dialéctica entre o imaginário e as experiências
imaginárias permitindo que a criança expresse suas vontades e gostos, construindo seu próprio
eu.
Kuriki (2007), ressalta que dentro desta proposição o aluno não só resgata sua cultura através
das brincadeiras, mas ele constrói o conhecimento e busca resolver problemas a partir da
interacção com outros, com objectos, com o espaço numa educação do movimento e não pelo
movimento, que seja tanto para fazê-lo com para não o fazer. Ainda de acordo com Kuriki
(2007), as actividades desenvolvidas dentro desta perspectiva devem privilegiar os jogos
educativos com recursos pedagógicos dentro de uma Educação Física que se pretende
transformadora e comprometida.
Nesta abordagem há uma crítica social que passa a questionar o carácter alienante na Educação
Física na escola, propondo um modelo de superação das contradições e injustiças sociais
(Darido, 2001).
Para Cristino et.al. (2008) esta abordagem trabalha o ensino do movimento, e dentro do
conteúdo desporto, em especial as competências social, objectiva e a autonomia, num processo
dialógico considerando o contexto da Educação Física Escolar. Dentro desta abordagem o
8
professor deve instigar seus alunos a que busquem as repostas para as questões que estes
formulem dentro de uma acção comunicativa levando este aluno à criticidade.
Dantas (2011) conclui em sua resenha da obra de Kunz que se trata de uma abordagem que
prima pela autonomia do aluno, para que este não execute o movimento pelo simples
movimento, mas compreendendo este movimento contribuindo assim para que o movimento
alcance outro patamar.
Kuriki (2007) aponta dentro desta tendência a importância da dialéctica numa educação crítica
livre de interesses e ilusões buscando o esclarecimento e a racionalização do agir educacional.
A comunicação é seu principal instrumento, a partir do qual o aluno se expressa expondo seu
mundo e reflectindo sobre sua corporeidade e seu movimento se auto-avaliando e reflectindo
sobre si, culminando no esclarecimento e emancipação deste aluno. Kuriki (2007) não considera
o factor sociocultural nesta abordagem como sendo importante, mas o fenómeno que envolve
o movimento para ele a Educação Física deveria “Compreender-o-mundo-pela-acção”. Ainda
Kuriki (2007) esta emancipação só pode acorrer dentro da escola se englobando todas as
disciplinas, podendo partir a iniciação da mesma pela Educação Física.
fases e que houve mudanças ao longo do tempo. Dentro desta abordagem os conteúdos devem
ser aprofundados e não ensinados por etapas, trabalhando conteúdos da cultura corporal que
apresentem relações com os principais problemas sociais e políticos vivenciados pelos alunos.
Esta abordagem, de acordo com Cristino et.al. (2008), tem como ponto de partida a vivência
cultural dos alunos os conteúdos apreciados por esta abordagem são o jogo, a ginástica, a dança,
o desporto e a capoeira numa organização curricular estabelecida por ciclos de acordo com as
séries escolares começando com a organização dos dados relativos à realidade no primeiro, no
próximo ciclo o aluno toma consciência mental e sistematiza os conhecimentos, passando ao
próximo ciclo onde ele amplia esta sistematização reconstituindo operações em seu imaginário
conseguindo fazer uma leitura teórica da realidade e no quarto e último ciclo consegue reflectir
sobre algo adquirindo condições de produzir conhecimento. Dentro desta abordagem, ainda
9
para Cristino et.al. (2008), o professor deve estimular o aluno a resolver seus problemas, a
participar das actividades sem obrigá-lo a fazê-lo e se houver algum descontentamento este
deve aguardar que o aluno manifeste sempre o estimulando.
A partir desta abordagem Kuriki (2007) destaca a função social da Educação Física dentro da
cultura corporal desenvolvendo sua capacidade intelectual ao promover a reflexão do
conhecimento científico apresentado tomando com ponto de partida “a constatação, a
interpretação, a compreensão e a explicitação da realidade social complexa e contraditória.
Kuriki (2007), refere que para esta a presente abordagem preconiza que os conteúdos sejam
seleccionados de modo que os alunos compreendam o sentido de estarem praticando tal
actividade e o significado da mesma dentro da sociedade em que estão inseridos, considerando
para isto a origem do conteúdo e o motivo pelo qual este conteúdo deva ser ensinado para que
o aluno compreenda o mundo cientificamente. Ainda de acordo com Kuriki a administração
das aulas deve seguir um esquema de discussão de objectivos e conteúdo com os alunos,
interiorização deste conhecimento finalizando com as e as conclusões avaliando e levantando
objecções para as próximas aulas.
Certamente o desporto é um dos maiores fenómenos da actualidade, envolvendo cada vez mais
pessoas, seja em sua prática, como observadores, espectadores, telespectadores, estudiosos,
cientistas e profissionais de diversos segmentos, o que faz com que seja praticado, estudado,
debatido e ensinado em diversos contextos, se manifesta na sociedade de diversas maneiras,
gerando também uma pluralidade de significados para os envolvidos, e sua imagem actual de
pluralidade nos dirige à sua caracterização como “um fenómeno sociocultural que representa,
promove e disponibiliza formas muito distintas, mas todas especificamente socioculturais e
historicamente datadas, de lidar com a corporalidade.
O desporto como um fenómeno sociocultural de grande impacto na contemporaneidade,
presente na vida cotidiana das pessoas a partir de diferentes formas de manifestação. O desporto
deve ser tratado a partir de dois referenciais: um ligado às questões técnico-tácticas e outro às
socioeducativas (Bento, 1999).
10
Nessa perspectiva, estar atento para o contexto sociocultural no qual o desporto se manifesta
faz-se importante, já que irá determinar quais os valores embutidos na prática desportiva, como
esclarece Bento (1999, p.56) ao tratar da natureza do Desporto:
O desporto é receitado e recomendado para tudo e para nada, como se na sua prática
medrasse espontaneamente tudo o que há de mais positivo. Este entendimento é,
obviamente, questionável. No desporto, como noutras práticas e como em tudo na vida, há
lugar para a ambivalência: tanto se podem realizar valores de sinal positivo como valores
de sinal negativo.
Os Jogos Desportos Colectivos, como relata Bayer (1994), têm sua origem em antigas
civilizações, séculos antes de Cristo, com alguns jogos semelhantes a muitas modalidades que
se desenvolveram somente no século XX, como basquetebol, rugby e futebol.
As origens dos desportos colectivos, por mais obscuras que sejam, pesquisam-se nas
tradições mais antigas e longínquas das sociedades primitivas ou civilizadas. Numerosos
jogos de bola faziam parte do património cultural de cada civilização e constituem a fonte
dos nossos desportos colectivos, onde as primeiras codificações se situam no início do
século XIX. (...) Os Árabes jogavam koura, as tribos da América do Norte praticavam o
skinny e os Abexins dedicavam-se ao jogo de malha, antepassado do crosse da Idade Média
e do hóquei moderno (...) Quanto à sociedade pré-colombiana dos Incas (século VII a.c.)
propunha um jogo, o Pok ta pok, onde as semelhanças com o basquetebol se mostram
flagrantes (...)
Alguns jogos populares conhecidos, o faust-ball (pai do voleibol) e a Hazena checa (uma das
origens do andebol), deixaram todos os traços da sua passagem na história das diferentes
sociedades, para serem reencontrados, na sequência de modificações e de retoques parciais, sob
novas formas que apresentam os nossos principais desportos colectivos: o futebol, o râguebi,
com as suas derivações, o jogo de 13 e de 7, o basquetebol e o seu primo germânico o Korfball
holandês, o voleibol, o handebol, o hóquei e o pólo aquático, que utiliza o meio líquido. (Bayer,
1994, pp. 31 - 32).
Quanto a uma definição mais actual para Jogos Desportos Colectivo, assim escreveu
Teodorescu (1984, p. 23):
O Jogo Desportivo Colectivo representa uma forma de actividade social organizada, uma
forma específica de manifestação e de prática, com carácter lúdico e processual, do
exercício físico, na qual os participantes (jogadores) estão agrupados em duas equipas numa
relação de adversidade típica não hostil (rivalidade desportiva) – relação determinada pela
disputa através de luta com vista à obtenção da vitória desportiva, com a ajuda da bola (ou
de outro objecto de jogo) manobrada de acordo com regras preestabelecidas.
11
1.5. Conceitos principais operacionais dos jogos desportivos colectivos
Os Defensivos:
a) Proteger o alvo;
Como ofensivos temos: saída rápida e organizada para o ataque na intenção de criar a
superioridade numérica avançando de forma distribuída em direcção ao cesto adversária (no
caso do basquetebol) e, sempre que possível, finalizar rapidamente.
Neste sentido, quanto ao conceito de regras de acção, estas se constituem como as estratégias
que os jogadores, agora dentro de cada modalidade, estabelecem para atingir os objectivos
propostos a partir dos princípios operacionais, tais como estabelecer linhas de passe e ocupar
espaços vazios no ataque ou distribuir-se na quadra defensiva. Assim, é a partir das regras de
acção que as modalidades desportivas colectivas passam a diferenciar-se, a tomar seus
contornos específicos de acções, com o consequente surgimento de gestos técnicos específicos
de cada modalidade.
12
Conclusão
Conclui-se que, há dentro da Educação Física várias concepções sobre qual seja o objectivo da
Educação Física Escolar: humanista, fenomenológica, psicomotricidade embasada nos jogos
cooperativos; cultural, desenvolvimentista, intencionista- construtivista, crítico–superadora,
sistémica, crítica–emancipatória, saúde renovada. Neste sentido, a abordagem
desenvolvimentista O foco desta abordagem é o movimento por si só, princípio, meio e fim. Os
conceitos de habilidades motoras são os mais importantes, pois são através deles que os seres
humanos se adaptam e resolvem os problemas. E na abordagem construtivista é uma abordagem
que tem raízes nas teorias de Piaget e Vygotsky e utiliza as actividades do contexto infantil
como meio de adaptação, transformação e relacionamento com o mundo, permitindo que o
aluno através do brincar possa se expressar aprimorando sua visão do universo social.
13
Referências bibliográficas
14