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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Aquecimento Global e Degradação da Camada de Ozono

Lucrécia Zacarias Novoano Calave :708213074

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Climatogeografia
Ano de Frequência: 1°

Nampula, Abril de 2022


Lucrécia Zacarias Novoano Calave

Aquecimento Global e Degradação da Camada de Ozono

Este trabalho é da disciplina de


Climatogeografia, e é de carácter avaliativo a
ser submetido no Curso de Licenciatura em
Ensino de Geografia, 1º Ano.

O Tutor: Agnaldo Luís Germano

Nampula, Abril de 2022


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dados
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Conclusão 2.0
teóricos práticos
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Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
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Normas APA • Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 5

1. AQUECIMENTO GLOBAL ................................................................................................. 6

1.1. A radiação solar é absorvida e reflectida pela atmosfera .................................................... 6

1.1.1. Radiação solar absorvida pela atmosfera ......................................................................... 6

1.1.2. A radiação solar reflectida pela atmosfera ....................................................................... 7

1.2. O efeito de estufa ................................................................................................................ 7

1.2.1. Os gases do efeito estufa .................................................................................................. 7

2. DEGRADAÇÃO DA CAMADA DE OZONO..................................................................... 8

2.2. O buraco de ozono .............................................................................................................. 9

2.2.1. Formas de minimizar o buraco de ozono ......................................................................... 9

Considerações finais ................................................................................................................ 10

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 11


Introdução

O presente trabalho de pesquisa debruçar-se-á sobre o aquecimento global e degradação da


camada de ozono. Os principais objectivos deste trabalho é indicar de que forma a radiação
solar é absorvida e reflectida pela atmosfera; explicar em que consiste o efeito de estufa;
explicar de forma simples em que consiste o "buraco de ozono e referir formas de minimizar
este problema.

Esta pesquisa é de extrema importância como sabemos que o aquecimento global é o aumento
da temperatura e todo o planeta, por meio do agravamento do efeito estufa. O aumento dos
gases responsáveis pelo efeito estufa tem causa dos impactos sensíveis ao planeta, e se isto for
prolongado por muitos anos, pode tornar inviável a vida na Terra, ela ira ajudar a identificar
medidas ou formas de como minimizar os problemas ambientais.

A Metodologia usada para a realização deste trabalho foi da consulta bibliográfica, que
consistiu na leitura atenciosa e análise das informações. O trabalho apresenta a seguinte
estrutura: parte externa: capa de rosto, contracapa e índice; parte interna: introdução,
desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.

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1. AQUECIMENTO GLOBAL

O aquecimento global é o aumento da temperatura e todo o planeta, por meio do agravamento


do efeito estufa. O aumento dos gases responsáveis pelo efeito estufa tem causa dos impactos
sensíveis ao planeta, e se isto for prolongado por muitos anos, pode tornar inviável a vida na
Terra (Leggt, 1992).

1.1. A radiação solar é absorvida e reflectida pela atmosfera

Leggt (1992), refere que a radiação solar é a energia emitida pelo sol na forma de radiação-
ondas electromagnéticas. Ela é emitida pela fotosfera, a camada mais externa do sol, que possuí
aproximadamente 300 km de extensão.

É fonte de energia para o planeta, além de ser responsável pelo seu aquecimento. Também é
fundamental para a determinação do clima na Terra. O volume de radiação varia conforme a
região do globo: as zonas que mais a recebem são as que ficam perto da Linha do Equador. Já
a menor incidência de radiação acontece nas áreas extremas.

1.1.1. Radiação solar absorvida pela atmosfera

Através da absorção, a radiação é convertida em calor. Quando uma molécula de gás absorve
radiação esta energia é transformada em movimento molecular interno, detectável como
aumento de temperatura. Portanto, são os gases que são bons absorvedores da radiação
disponível que tem papel preponderante no aquecimento da atmosfera (Lapissone, p. 77).

Existem diferenças substanciais resultantes da absorção atmosférica. Esta é selectiva, atingindo


o seu máximo em torno dos pontos centrais dos espectros de absorção dos gases atmosféricos.

Repare-se a elevada absorção do ozónio (O3) atmosférica na banda dos ultravioletas e no efeito
do vapor de água (H2O) e do dióxido de carbono (CO2), estes actuando essencialmente sobre
os comprimentos de onda maiores.

De acordo com Lapissone, esta absorção selectiva está na origem do efeito de estufa, devido
ao facto da radiação terrestre, resultante do retorno para o espaço da radiação solar por via do
aquecimento da Terra, ser feita essencialmente na banda dos infravermelhos longos, radiação
para a qual o CO2 tem grande capacidade de absorção (p.77).

A parcela absorvida dá origem, conforme o meio, aos processos de fotoconversão e


termoconversão. Na fotoconversão, a energia absorvida é remetida, embora em geral com
frequência diferente, sendo os novos fotões em geral sujeitos a novas absorções, num efeito em
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cascata que em geral termina numa termoconversão, a qual consiste na captura da energia e a
sua conversão em calor, passando o material aquecido a emitir radiação com um espectro
correspondente à sua temperatura, o que, no caso da Terra, corresponde à radiação
infravermelha que forma o grosso da radiação terrestre (Lapissone, pp. 77-78).

1.1.2. A radiação solar reflectida pela atmosfera

Para Lapissone (pp. 76-77), aproximadamente 30% a 40% da energia solar é reflectida de volta
para o espaço. Neste número está incluída a quantidade que é retro espalhada. A reflexão ocorre
na interface entre dois meios diferentes, quando parte da radiação que atinge esta interface é
enviada de volta. Nesta interface o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão (lei da
reflexão).

Conforme já mencionamos, a fracção da radiação incidente que é reflectida por uma superfície
é o seu albedo. Portanto, o albedo da Terra como um todo (albedo planetário) é 30%. O albedo
varia no espaço e no tempo, dependendo da natureza da superfície e da altura do Sol. Dentro
da atmosfera, os topos das nuvens são os mais importantes reflectores. O albedo dos topos de
nuvens depende de sua espessura, variando de menos de 40% para nuvens finas (menos de
50m) a 80% para nuvens espessas (mais de 5000m) (Lapissone, p. 77).

1.2. O efeito de estufa

Ayoade (1986), refere que o efeito de estufa consiste em um processo físico que ocorre quando
uma parte da radiação infravermelha (percebida como calor) é emitida pela superfície terrestre
e absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, os chamados gases do efeito estufa
ou gases estufa. Como consequência disso, parte do calor é irradiado de volta para a superfície,
não sendo libertado para o espaço.

O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a vida
como a conhecemos não poderia existir. Serve para manter o planeta aquecido e, assim, garantir
a manutenção da vida.

1.2.1. Os gases do efeito estufa

Os principais gases produtores do efeito estufa (gases estufa) são o vapor de água (H2O) e o
gás carbónico (dióxido de carbono ou CO2). O metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o ozónio
(O3), os vários clorofluorcarbonetos e diversos outros, presentes em pequenas quantidades,
também contribuem para a produção do efeito. Eles têm as propriedades de serem transparentes

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à radiação na faixa da luz visível, mas são retentores de radiação térmica (Ayoade, 1986, Leggt,
1992).

Embora o efeito estufa seja um mecanismo natural e necessário à vida, em tempos


recentes ele tem sido desequilibrado pelo homem, o que tem provocando graves
consequências daninhas para o equilíbrio dos ecossistemas e, por extensão, para a
sociedade humana. Este desequilíbrio se deve ao aumento da concentração de gases
estufa na atmosfera, sendo produzidos continuamente em grandes quantidades por
certas actividades humanas. Em virtude dessa concentração aumentada, a temperatura
terrestre tem se elevado, fenómeno conhecido como aquecimento global (Cuadrat &
Pita, 2004).

2. DEGRADAÇÃO DA CAMADA DE OZONO

Para Ayoade (1986), Ozonosfera é uma camada formada pelo gás ozónio (O3) que envolve o
Planeta Terra. Essa camada fica na estratosfera e protege os seres vivos dos raios ultravioletas
emitidos pelo sol.

A destruição da camada de ozono acontece, devido, principalmente à emissão


clorofluorcarbonetos (CFCs), através de um processo catalítico onde o cloro causa a destruição
de milhares de moléculas de ozónio (Ayoade, 1986).

2.1. Principais causas da destruição da Camada de Ozónio

Desde o período da Revolução Industrial, o ser humano tem contribuído para destruição da
Camada de Ozónio. A liberação de gás carbónico, óxidos nítricos e nitrosos, e os
clorofluorcarbonos na atmosfera impossibilitam a renovação do Ozónio, permitindo que os
raios ultravioletas consigam penetrar com maior intensidade na superfície do planeta (Ayoade
1986; Cuadrat & Pita, 2004).

No ano de 1997, pesquisadores observaram pela primeira vez a existência de um grande buraco
na Camada de Ozónio na área da Antárctida. A partir daí, várias pesquisas concluíram que o
nível de ozónio tem diminuído também em outros pontos do planeta.

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2.2. O buraco de ozono

Leggt (1992), refere que o buraco na camada de ozono é um fenómeno que ocorre somente
durante uma determinada época do ano, entre Agosto e início de Novembro (Primavera no
hemisfério sul).

O que conhecemos por "buraco na camada de ozono" não se trata propriamente de um buraco
na camada do gás ozono, na verdade trata-se de uma rarefacção (afinamento de espessura), que
é explicada pelos arranjos moleculares do comportamento dos gases em um meio natural, que
não possibilitaria uma falha a ser denominada buraco (Lapissone, p. 79).

Quando a temperatura se eleva na Antárctica, em meados de Novembro, a região ainda


apresenta um nível abaixo do que seria considerado normal de ozono.

2.2.1. Formas de minimizar o buraco de ozono

• Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável

O desenvolvimento sustentável deve ser realizado por empresas e pessoas, em busca de


alternativas menos poluentes para veículos, e cuidando para reduzir seus níveis de consumo,
descarte incorrecto de lixo, dentre tantas outras acções. A sustentabilidade é mais simples do
que se imagina, e bem possível de ser aplicado no cotidiano (Leggt, 1992; Cuadrat & Pita,
2004).

• Protocolo de Montreal

O Protocolo de Montreal foi organizado no ano de 1987, onde quase 200 países se
comprometeram a actuar para reduzir a zero o uso dos componentes que destroem a camada de
ozónio, como o CFC (Morais, p. 69).

• Protocolo de Kyoto

Morais (pp. 69-70), refere que:


O Protocolo de Kyoto começou a ser discutido no ano de 1997, mas só foi finalizado em
2005, quando um número suficiente de países decidiu participar.

Ele estabeleceu que os participantes iriam organizar acções para reduzir os níveis de
poluição industriais e em outros âmbitos, de maneira que pudessem reverter a poluição do
ar e o efeito estufa, bem como o buraco na camada de ozónio.

O único método conhecido de protecção da camada do ozono é limitar a emissão dos


produtos que o danificam e substituí-los por outros mais amigos do ambiente.

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Considerações finais

Durante a pesquisa conclui-se que é através da absorção, que a radiação é convertida em calor.
Quando uma molécula de gás absorve radiação esta energia é transformada em movimento
molecular interno, detectável como aumento de temperatura. Portanto, são os gases que são
bons absorvedores da radiação disponível que tem papel preponderante no aquecimento da
atmosfera.

No que tange a radiação solar reflectida pela atmosfera, como diz o Lapissone pode-se concluir
que a fracção da radiação incidente que é reflectida por uma superfície é o seu albedo. Portanto,
o albedo da Terra como um todo (albedo planetário) é 30%. O albedo varia no espaço e no
tempo, dependendo da natureza da superfície e da altura do Sol. Dentro da atmosfera, os topos
das nuvens são os mais importantes reflectores. O albedo dos topos de nuvens depende de sua
espessura, variando de menos de 40% para nuvens finas (menos de 50m) a 80% para nuvens
espessas (mais de 5000m)

O buraco na camada de ozónio, embora um processo que costumava ser natural, já pode ser
considerado mais um dos grandes efeitos da falta de cuidado que o ser humano insiste em ter
com a Terra e tudo o que ela nos fornece. É necessário então que possamos nos unir, de maneira
que a preservação aconteça, e que possamos continuar existindo

Fazendo uma análise critica à nossa sociedade, embora o efeito estufa seja um mecanismo
natural e necessário à vida, em tempos recentes ele tem sido desequilibrado pelo homem, o que
tem provocando graves consequências daninhas para o equilíbrio dos ecossistemas e, por
extensão, para a sociedade humana. Este desequilíbrio se deve ao aumento da concentração de
gases estufa na atmosfera, sendo produzidos continuamente em grandes quantidades por certas
actividades humanas. Em virtude dessa concentração aumentada, a temperatura terrestre tem
se elevado, fenómeno conhecido como aquecimento global.

Em suma o único método conhecido de protecção da camada do ozono é limitar a emissão dos
produtos que o danificam e substituí-los por outros mais amigos do ambiente, como os
clorohidrofluorcarbonetos, que contêm pelo menos um hidrogénio, susceptível de ser atacado
na atmosfera.

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Referências bibliográficas

Ayoade, J. O. (1986). Introdução à climatologia para os trópicos. São Paulo, Brasil: Difel.

Cuadrat, J. M., & Pita, M. F. (2004). Climatologia (3 ed.). Madri: Cátedra.

Lapissone, A. (s.d.). Manual de Climatogeografia. Beira, Sofala, Moçambique: UCM-CED.

Leggt, J. (1992). Aquecimento Global (relatório Greenpeace). Rio de Janeiro: Ed. FGV.

Morais, C. A. (s.d.). Química Ambiental. Beira, Mocambique: UCM-IED.

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