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Tema:
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Disciplina: Climatogeografia
Ano de Frequência: 1º
Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
paragrafo,
1
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
INTRODUÇÃO................................................................................................................................4
1.Tema..............................................................................................................................................5
2. Justificativas.................................................................................................................................5
3. Problematização...........................................................................................................................5
4.1.Objectivo geral:..........................................................................................................................6
REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................................................7
2.3.1. Precipitação............................................................................................................................9
2.3.1.1. A seca..................................................................................................................................9
Conclusões......................................................................................................................................11
Referencias.....................................................................................................................................12
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INTRODUÇÃO
Em geral o El Niño inicia no começo do ano, atinge a máxima intensidade durante Dezembro do
mesmo ano e Janeiro do ano seguinte e, enfraquece na metade do segundo ano. Com a ocorrência
deste fenómeno, modificam-se as condições de temperatura, de precipitação e humidade, o que
condiciona o rendimento agrário (Madeiros, 1998).
Outro sim, com a alteração das condições climáticas, o nível de água no solo e nas bacias
hidrográficas também varia proporcionalmente a nível de precipitação, bem como as condições
de vida da biodiversidade.
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1.Tema
Nesta pesquisa pretende se fazer uma "Análise do impacto socioambiental do fenómeno Enso (El
Nino e La Nina) em Moçambique".
2. Justificativas
Para a ciência, este tema revela uma grande importância na medida em que busca compreender
um acontecimento actual e que ainda constitui preocupação para os investigadores nesta área para
além de que, esta pesquisa servirá como referência para várias outras pesquisas a fim de
proporcionar mecanismos de mitigação das consequências causadas pela ocorrência do El Niño.
Por outro lado, a pesquisa reveste-se de maior importância para a sociedade moçambicana na
medida em que visa trazer explicações científicas sobre alguns factos tais como a falta de água,
perda de gado, fome e pouca produção agrária, trazer estratégias para a minimização da
insegurança alimentar em anos de crise.
3. Problematização
É o que também apontam Marconi e Lakatos (2009): formular o problema consiste em dizer, de
maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos
defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas
características (MARCONI e LAKATOS, 2009, p. 127).
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Para o presente trabalho temos como o problema: ‘’Quais são os impactos socioambientais que o
fenómeno Enso (El Nino e La Nina) traz para a população moçambicana’’?
4. Objectivos
4.1.Objectivo geral:
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REFERENCIAL TEÓRICO
O El-Nino, causa fenómenos como secas e enchentes em várias partes do globo. Ele,
normalmente ocorre em intervalos médios de 4 anos e persiste de 6 a 15 meses, contudo a sua
frequência é em intervalos de tempo irregulares, sendo mais comum de 3 a 5 anos, podendo ser
de 2 a 12 anos. A frequência e a intensidade dos eventos El Niño e La Nina aumentaram ao longo
do século XX, o que gerou muitas pesquisas para investigar a existência da relação com as
mudanças climáticas globais (Christopherson, 2012).
O fenómeno El-Nino tem abrangência mundial uma vez que afecta as oscilações atmosféricas de
toda a faixa tropical do planeta e de regiões fora dos trópicos. Comummente associa-se a este
fenómeno os episódios de secas nas regiões da Indonésia, leste da Austrália, sudeste Asiático,
sudoeste da África e nordeste da América do Sul bem como as chuvas excessivas no Pacifico
central, nas costas do Peru e Equador, sudeste da América do Sul, sudeste dos Estados Unidos da
América e nordeste da África (Madeiros, 1998).
O El-Nino caracteriza-se pelo aquecimento acima do normal das águas oceânicas no sector centro
– leste do Oceano Pacifico Tropical, desde a costa da América do Sul (próximo ao Peru e
Equador) até aproximadamente a Linha da Data (longitude de 180 graus). Os ventos alísios se
enfraquecem nas regiões Ocidental e Central do Pacífico, o que aumenta a profundidade que as
águas quentes atingem no Leste e, por sua vez esta diminui no Oeste (Varejão-Silva, 2005).
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A temperatura da superfície do mar eleva-se e as chuvas seguem as águas quentes em direcção ao
leste, o que implica cheias no Peru e secas na Indonésia e Austrália. O deslocamento da fonte de
calor, correspondente às águas mais quentes, em direcção ao Leste resulta em grandes mudanças
na circulação da atmosfera global, o que provoca mudanças no tempo em regiões bem afastadas
do Pacífico Tropical (Varejão – Silva, 2006).
Em Moçambique o El Niño tem trazido secas severas e cheias do sul ao norte respectivamente o
que faz com que as Províncias do Sul do Pais estejam a registar perda de gado e de vidas
humanas, população em insegurança alimentar aguda, escoamentos abaixo da média e migração
de pessoas a procura de mínimas condições de vida (IVAIRS, 2016).
O El-Nino de 2015-2016 provavelmente seja o mais forte registado nos últimos 18 anos e,
segundo os especialistas, deve ficar entre os três mais poderosos de que se tem conhecimento
(Serra, 2016).
(…) Pelo menos 176.139 pessoas estão em insegurança alimentar aguda, aquela que é
considerada preocupante. Estas vítimas estão distribuídas pelas províncias de Gaza
(77.365 pessoas), Inhambane (75.565 pessoas), Sofala (14.006 pessoas) e Niassa (9.203
pessoas). Estes números poderão aumentar nos próximos meses dependendo do
comportamento da presente época chuvosa, uma vez que a maioria dos agregados
familiares em risco tem como principal fonte de alimentos básicos a produção própria. A
título de exemplo, nas províncias de Gaza e Inhambane, os números de pessoas em
insegurança alimentar subiu de Maio para Novembro de 2015, tendo passado de 66.119
para 75565 pessoas em Inhambane, e de 71.665 para 82.377 pessoas em Gaza
(IVAIRS,2016).
No que se refere ao estado das bacias hidrográficas (rios e zonas adjacentes), o Ministério de
Agricultura e Segurança Alimentar (MASA), fez saber que a situação mostrava que o ano
hidrológico 2016 era atípico para as bacias hidrográficas da região Sul de Moçambique pois, os
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escoamentos situavam-se muito abaixo da média dos anos mais secos (1991/1992 e 1997/1998)
em que se registou fenómenos El-Nino (IVAIRS, 2016). Na realidade, em Moçambique
verificou-se uma disparidade de consequências do El-Nino visto que, a região Norte registou
cheias e as regiões Sul e Centro do Pais, foram assolados pelas secas (Matias, 2016).
2.3.1. Precipitação
2.3.1.1. A seca
A seca, analisada do ponto de vista meteorológico é uma estiagem prolongada, caracterizada por
provocar uma redução sustentada das reservas hídricas existentes (Castro, 2003). Na tabela 1,
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apresenta-se as diferentes categorias da seca, tendo em consideração tipo de variáveis
características para sua análise.
A seca é causada pela ocorrência do evento El Niño 2015-2016. Esta região foi fortemente
assolada pela estiagem, onde grandes áreas de terra e culturas não tiveram precipitação (chuva)
por um período maior a 6 meses, o que resultou na perda de culturas, perda de animais já que
capim também secou e não havia campos de pastagem disponíveis. Assim a população ficou a
deriva, sem algo pelo menos para o seu sustento.
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Conclusões
O período em estudo inicia com o término do El Niño 2009/10 (moderado) e é intercedido por
duas ocorrências de La Niña (2010/11 e 2011/12), até a ocorrência do El Niño 2015/16, o mais
intenso com um índice máximo equiparado ao do El Niño de 1997/98.
O evento El Nino de 2015/16, considerado como o mais intenso dos tempos, para além do El
Niño registado em 1997/98, trouxe enormes prejuízos para o país em geral, tendo proporcionado
cheias para a região Norte e secas para o Sul e Centro do mesmo.
Resultados da pesquisa revelam ainda que, a quantidade de produção obtida numa campanha
agrícola é directamente proporcional à quantidade de precipitação registada durante essa
campanha agrícola. Entretanto, o regime de precipitação está correlacionado com a ocorrência
dos eventos El Niño e La Niña. Paralelamente, com a ocorrência do fenómeno El Niño nos anos
2015/16, o ano hidrológico era atípico para as bacias hidrográficas da região Sul de Moçambique
pois, os escoamentos situavam-se muito abaixo da média dos anos mais secos (1991/1992 e
1997/1998) em que se registou fenómenos.
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Referencias
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