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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A HISTÓRIA E OS RAMOS DA ECOLOGIA

Ali Adamo

Pemba, Outubro de 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A HISTÓRIA E OS RAMOS DA ECOLOGIA

Ali Adamo, Código: 708223967

Trabalho de carácter científico a


ser submetido na cadeira de
Ecossistema da Terra, do curso
de Licenciatura em Gestão
Ambiental, 1º ano, segundo
semestre, para fins avaliativos.
O Tutor: Dr. Alcides Nobre

Pemba, Outubro de 2022


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 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referência
s
bibliografia s bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

Introdução...................................................................................................................................4

1. A história e ramos da ecologia............................................................................................5

1.1. Origem da ecologia..........................................................................................................5

1.1.1. Conceitos importantes na ecologia...............................................................................6

1.1.1.1. Biodiversidade..........................................................................................................7

1.2. Os ramos da ecologia.......................................................................................................7

1.2.1. Auto-ecologia...............................................................................................................7

1.2.2. Demo-ecologia.............................................................................................................8

1.2.3. Sine-ecologia................................................................................................................8

1.3. A importância da ecologia...............................................................................................8

1.4. A contribuição de alguns cientistas no desenvolvimento da ecologia.............................9

Conclusão..................................................................................................................................11

Bibliografia...............................................................................................................................12
Introdução

O trabalho em posse é da autoria do estudante Ali Adamo, estudante do primeiro ano do curso
de Licenciatura em Gestão Ambiental. Este tem como tema “a história e ramos da ecologia”,
no qual procurar-se-á de uma forma suscinta debruçar-se acerca da evolução histórica da
ecologia, dos principais ramos desta ciência e da importância do estudo da ecologia para a
humanidade.

Quanto à estrutura, o trabalho compreende a presente introdução, que será seguida do seu
desenvolvimento onde de maneira breve far-se-á a abordagem dos assuntos atinentes ao tema,
depois do desenvolvimento seguirá a conclusão onde far-se-á uma breve súmula referente aos
assuntos tratados no desenvolvimento e por fim as respectivas referências bibliográficas das
obras que tornaram possível a realização deste trabalho, que, passarão, devidamente, a ser
citadas ao longo do desenvolvimento.

Objectivo geral

 Compreender a ecologia.

Objectivos específicos

 Explicar a origem da ecologia;


 Distinguir os ramos da ecologia;
 Saber qual é a importância da ecologia.

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1. A história e ramos da ecologia
1.1. Origem da ecologia

De acordo com (ARMANDO, 2016, pp. 21-22) a Ecologia é a ciência que estuda os
ecossistemas, ou seja é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das
interacções que determinam a sua distribuição e abundância. As interacções podem ser entre
seres vivos e/ou com o meio ambiente. A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos", que
significa casa, e "logos", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais
genérica, do lugar onde se vive.

O cientista alemão Ernst Haeckel, em 1869, usou pela primeira vez este termo para designar o
estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.

O meio ambiente afecta os seres vivos não só pelo espaço necessário à sua sobrevivência e
reprodução, mas também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento, através do
metabolismo. Por essa razão, o meio ambiente, e a sua qualidade, determinam o número de
indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo habitat. Por outro lado, os seres vivos
também alteram permanentemente o meio ambiente em que vivem (ARMANDO, 2016, p.
22).

As relações entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema também influenciam na
distribuição e abundância deles próprios. Como exemplo, incluem a competição pelo espaço,
pelo alimento ou por parceiros para a reprodução, a predação de organismos por outros, a
simbiose entre diferentes espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o
comensalismo, o parasitismo e outras (ARMANDO, 2016, pp. 22-23).

Com a maior compreensão dos conceitos ecológicos e da verificação das alterações de vários
ecossistemas pelo homem, levou ao conceito da Ecologia Humana que estuda as relações
entre o Homem e a Biosfera, principalmente do ponto de vista da manutenção da sua saúde,
não só física, mas também social.

Com o passar do tempo surgiram também os conceitos de conservação que se impuseram na


actuação dos governos, quer através das acções de regulamentação do uso do ambiente natural

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e das suas espécies, quer através de várias organizações ambientalistas que promovem a
disseminação do conhecimento sobre estas interacções entre o homem e a biosfera.

1.1.1. Conceitos importantes na ecologia


 Habitat

Habitat é o ambiente físico em que vivem determinadas espécies. As condições desse


ambiente dependem de factores abióticos, que afectam directamente os seres vivos presentes.
Uma planta pode ser o habitat de um insecto, por exemplo.

 Nicho ecológico

Nicho ecológico diz respeito à descrição verbal de todas as condições necessárias para a
existência da espécie, incluindo tolerâncias fisiológicas, limitações morfológicas, hábitos
alimentares e interacções com outros membros da comunidade.

 Factores bióticos e abióticos

Factores bióticos e abióticos representam as relações existentes que permitem o equilíbrio do


ecossistema. Os factores bióticos consistem nas comunidades vivas de um ecossistema, como
plantas, animais e microorganismos.

Já os factores abióticos são os elementos físicos, químicos ou geológicos do ambiente,


responsáveis por determinar a estrutura e funcionamento dessas comunidades. Exemplos de
factores abióticos são:

 Substâncias inorgânicas;
 Compostos orgânicos;
 Regime climático;
 Temperatura;
 Luz;
 Oxigénio e outros gases;
 Humidade;
 Solo.

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1.1.1.1. Biodiversidade

A biodiversidade é uma expressão que provém da união dos termos “diversidade” e


“biológica”, e significa variedade de vida ou a variedade de todas as formas de vida existentes
na Terra, sejam elas macro ou microscópicas (AZEVEDO, 2020).

Todos os diferentes tipos de vida encontrados em uma área – animais, plantas, fungos e até
microorganismos como as bactérias, fazem parte da biodiversidade.

Na óptica de (AZEVEDO, 2020) cada uma dessas espécies e organismos trabalham juntos em
ecossistemas, como uma teia intrincada, para manter o equilíbrio e sustentar a vida. A
biodiversidade sustenta tudo o que precisamos para sobreviver na natureza: comida, água
limpa, remédios e abrigo.

1.2. Os ramos da ecologia

A Ecologia pode ser dividida em auto-ecologia, demo-ecologia e sine-ecologia. Entretanto,


diversos ramos têm surgido utilizando diversas áreas do conhecimento: Biologia da
Conservação, Ecologia da Restauração, Ecologia Numérica, Ecologia Quantitativa, Ecologia
Teórica, Macro-ecologia, Eco-fisiologia, Agro-ecologia, Ecologia da Paisagem. Ainda pode-
se dividir a Ecologia em Ecologia Vegetal e Animal e ainda em Ecologia Terrestre e
Aquática. A divisão da Ecologia nestes três grandes ramos de estudo foi feita pelo botânico
Carl Schroter no começo do século XX (ARMANDO, 2016, p. 22).

1.2.1. Auto-ecologia

No entendimento de (ARMANDO, 2016, p. 27) a auto-ecologia é um ramo da Ecologia que


as espécies a partir de suas relações com o meio ambiente. Ou seja, como cada espécie
(animal ou vegetal) reage separadamente à determinados factores ambientais (clima,
vegetação, relevo). É o um ramo científico clássico e, actualmente, seguido por poucos
cientistas.

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Ela estuda a influência de factores como a luz, a água, a temperatura, o fogo, o vento. Nos
organismos, estuda também a influencia dos organismos vivos noutros organismos vivos. Por
exemplo, estuda o fenómeno como a competição nos organismos vivos, como o parasitismo
nos organismos vivos, a predatismo nos organismos vivos (ARMANDO, 2016, p. 27).

1.2.2. Demo-ecologia

A demo-ecologia, também conhecida como Dinâmica das Populações ou Ecologia das


Populações, ocupa-se no estudo de cada população separadamente. Estuda os factores que
determinam a dinâmica das populações, os que provocam o crescimento ou declínio das
populações, e os que provocam a extinção das populações (ARMANDO, 2016, p. 27).

1.2.3. Sine-ecologia

A sine-ecologia é também conhecida como Ecologia Comunitária, é voltada para o estudo das
comunidades de seres vivos. A sine-ecologia foca a distribuição das populações, suas relações
ecológicas, demografia, deslocamento e quantidades. A sine-ecologia também se encarrega de
examinar as estruturas das cadeias alimentares, sucessões ecológicas e inter-relações entre
predadores e presas (ARMANDO, 2016, p. 27).

1.3. A importância da ecologia

A ecologia é uma ciência complexa e ampla que nos permite entender o funcionamento do
planeta. Ao compreender como os organismos vivem e se relacionam, é possível criar
medidas de preservação de espécies e prever os impactos negativos que uma determinada
acção humana pode gerar (AZEVEDO, 2020).

De acordo com (SANTOS, 2021) a ecologia é importante porque ao estudar a Ecologia, os


ecólogos conseguem visualizar de maneira clara como as espécies interagem entre si e
conseguem coexistir em determinado ambiente, além de conseguir informações para a
compreensão dos motivos que levam uma espécie a viver em uma área e a ausentar-se de
outros locais. Também é possível compreender como uma espécie é capaz de influenciar uma
determinada comunidade e os impactos gerados por ela. Por meio dessas análises, é possível
fazer previsões a respeito do futuro de determinadas espécies e as consequências das
mudanças nos padrões de uma comunidade.
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Por isso, ela é necessária para a criação de planos de preservação de organismos vivos e
modelos de previsão sobre o futuro do planeta e para a compreensão de como uma atitude
pode afectar determinados organismos, por exemplo.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Geórgia mostrou que a ecologia


pode ajudar a prevenir a ocorrência de pandemias.

Isso porque essa ciência analisa como parasitas e hospedeiros interagem uns com os outros na
natureza, sendo capaz de prever surtos de doenças infecciosas e com potencial para se
tornarem futuras pandemias (AZEVEDO, 2020).

É importante destacar também que a Ecologia é fundamental para a compreensão do futuro do


planeta. A partir do momento que entendemos as espécies e suas necessidades, conseguimos
analisar claramente como nossas atividades influenciam o meio. Sendo assim, o entendimento
da Ecologia e a conscientização da população podem ajudar a garantir um futuro sustentável
para o planeta (SANTOS, 2021).

1.4. A contribuição de alguns cientistas no desenvolvimento da ecologia

A palavra ecologia foi utilizada pela primeira vez na obra “Generelle Morphologie der
Organismen”, desenvolvida pelo biológico alemão Ernst Haeckel em 1866. Nela, Haeckel
definiu esse novo ramo da Biologia como “o estudo científico das interacções entre
organismos e seu ambiente”.

Em 1906 a anarquista Emma Goldman criou a revista Mother Earth (Mãe Terra), uma das
primeiras revistas ecologistas. A ecologia pode ser considerada como um estudo de todos os
animais e todos os seres vivos existentes na terra, numa análise geral do seu estado.

Em 1972, o ecólogo americano Charles Joseph Krebs incrementou a definição elaborada


anteriormente pelo biólogo alemão. Para ele, a palavra era entendida como “o estudo
científico das interacções que determinam a distribuição e abundância dos organismos”.
Apesar de mais sucinta, sua definição ainda não abordava fenómenos e processos ocorrendo
em vários níveis tróficos de organização biológica (AZEVEDO, 2020).

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Por isso, a nova descrição do conceito elaborada por Gene Likens em 1992, incorpora
explicitamente a Ecologia Ecossistémica. De acordo com ele, o termo pode ser definido como
o estudo científico das interacções que determinam a distribuição e abundância dos
organismos, bem como a transformação e fluxo de energia e matéria (AZEVEDO, 2020).

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Conclusão

Chegando-se nesta fase conclui-se que, a Ecologia é a ciência que estuda os ecossistemas, ou
seja é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interacções que
determinam a sua distribuição e abundância. Havendo, portanto, muitas aplicações práticas da
ecologia, como a biologia da conservação, gestão de zonas húmidas, gestão de recursos
naturais (agricultura, silvicultura e pesca), planeamento da cidade e aplicações na economia.

No entanto, existe uma relação recíproca entre o meio ambiente e os seres vivos, pois, o meio
ambiente afecta os seres vivos não só pelo espaço necessário à sua sobrevivência e
reprodução, mas também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento, através do
metabolismo.

Por essa razão, o meio ambiente, e a sua qualidade, determinam o número de indivíduos e de
espécies que podem viver no mesmo habitat. Por outro lado, os seres vivos também alteram
permanentemente o meio ambiente em que vivem. O exemplo mais dramático de alteração do
meio ambiente por organismos é a construção dos recifes de coral por minúsculos
invertebrados, os pólipos coralinos.

No concerne aos ramos da ecologia, pode-se concluir que o estudo de Ecologia pode ser
dividido em vários ramos, sendo os três principais ramos desta ciência os seguintes: a auto-
ecologia, a sine-ecologia e a demo-ecologia.

Sendo a auto-ecologia, o ramo que estuda as espécies a partir de suas relações com o meio
ambiente; a sine-ecologia também conhecida como Ecologia Comunitária, que é voltada para
o estudo das comunidades de seres vivos e a demo-ecologia também conhecida como
Dinâmica das Populações ou Ecologia das Populações, que faz o estudo de cada população
separadamente.

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Bibliografia

ARMANDO, T. V. (2016). Manual de Ecossistemas da Terra. Beira: Universidade Católica


de Moçambique - Centro de Ensino à Distância.

AZEVEDO, J. (09 de Junho de 2020). Ecologia. Obtido em 15 de Outubro de 2022, de


Ecycle: https://www.ecycle.com.br/ecologia/

SANTOS, V. S. (25 de Fevereiro de 2021). Ecologia. Obtido em 16 de Outubro de 2022, de


Brasil Escola: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ecologia.htm

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