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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância


Cidade de Nampula

Tema: Constituição Ambiental no Ordenamento Jurídico Moçambicano

Nome: Serafim Zacarias


Código do Estudante: 708222992

Curso: Gestão Ambiental


Turma “C”
Disciplina: Política Ambiental
Ano de Frequência: 2o Ano

Nampula, Maio 2023

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Número de páginas: 12
Dirigido ao docente: Eugénio Fernando Alexandre

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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5

1.1. OBJECTIVOS......................................................................................................................... 6

1.1.1. Objectivo Geral ............................................................................................................... 6

1.2. Metodologia ............................................................................................................................ 6

II. CONCEITOS BÁSICOS ................................................................................................ 7

2.1. Política Nacional ..................................................................................................................... 7

2.2. Importância da Constituição Ambiental ................................................................................. 7

2.3. Tipos de Constituição Ambiental ............................................................................................ 7

2.4. Constituição Ambiental de Moçambique ................................................................................ 7

2.5. Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental ..................................... 8

2.6. Recursos Aquáticos- (Diploma Ministerial 180/2004) ........................................................... 8

2.7. Regulamento para a Prevenção da Poluição (Decreto nº 45/2006, de 30 de Novembro) ....... 9

2.8. Reg. sobre Qualidade Ambiental (Decreto nº18/2004) Regulamenta o Artigo 10º da Lei ..... 9

2.9. Lei de Florestas e Fauna Bravia (Lei nº 10/99, datada de 7 de Julho) .................................... 9

2.10. Lei das Pescas (Lei nº 3/90 datada de 26 de Setembro) ...................................................... 9

2.11. Reg. da Lei de Florestas e Fauna Bravia (Decreto nº 12/2002, de 6 de Junho) .................. 9

IV. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 11

V. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA .............................................................................. 12

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I. INTRODUÇÃO

Biodiversidade é a grande variedade de formas de vida, (animais e Vegetais) que são


encontradas nos mais diferentes ambientes. Podemos concluir que a biodiversidade é formada
por espécies vivas desde plantas, toda espécie de animais, micro - organismos que povoam
desde as profundezas dos oceanos até as mais altas montanhas que constituem o ambiente de
um lugar ou seja uma nação.

No jogo do ambiente a consequência, em detrimento da verdade, já foi, por demasiado tempo,


a opção privilegiada – e os danos são notórios – pelo que, parece-nos se resta a altura certa de
analisar com seriedade a Lei do Ambiente Moçambicana e correspondente regulamentação,
bem como de reflectir sobre a eficácia, ou não, das soluções por ela adiantadas, tarefa esta, a
que nos propomos realizar no presente trabalho.

Com efeito, iniciaremos com uma breve abordagem à forma como a Lei do Ambiente se
encontra estruturada, para depois seguirmos na tentativa de dar resposta a algumas questões
essenciais: i) a quem se aplica; ii) que tipo de bens visa proteger; iii) que situações pretende
acautelar; e iv) como leva a cabo esta protecção. Para, por fim, estarmos aptos a tecer
algumas considerações sobre a aplicabilidade, ou não, das soluções apresentadas pela mesma
no ordenamento jurídico moçambicano.

A actual constituição da República de Moçambique no artigo 90 estabelece o direito


fundamental a um ambiente equilibrado e o dever correspondente de o defender ambiente,
adoptam políticas de defesa do ambiente e velam pela utilização racional de todos os recursos
naturais. Portanto, o trabalho está organizado da seguinte maneira:

 Introdução;
 Desenvolvimento do trabalho;
 Conclusão e a sua respectiva referência Bibliográfica.

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1.1. OBJECTIVOS
1.1.1. Objectivo Geral
 Conhecer Constituição Jurídico-Ambiental Moçambicano

11.2. Objectivo Específicos

 Identificar os documentos jurídicos


 Caracterizar -os
 Distinguir a importância da constituição jurídica ambiental

1.2. Metodologia

Para materialização do trabalho recorreu-se a pesquisas bibliográficas manuais da internet


e físicos, digitação.

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II. CONCEITOS BÁSICOS
2.1. Política Nacional

Política Nacional do Meio Ambiente e cria o Sistema Nacional do Meio Ambiente, já que
define o meio ambiente como “o conjunto de condições, leis, influências e interacções de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

Na compreensão de José Afonso da Silva, trata-se da “interacção do conjunto de elementos


naturais, artificiais, e culturais que propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em
todas as suas formas”

2.2. Importância da Constituição Ambiental

É importante na colaboração com o princípio da prevenção dos recursos naturais e melhoria


da qualidade de vida aos seres vivos

2.3. Tipos de Constituição Ambiental

Para esta questão constatamos a existência de legislações de cariz internacionais,


continentais, nacionais, provinciais, distritais e até nas comunidades. Todas elas em estreita
ligação e guiadas por normas universais de gestão do assunto.

2.4. Constituição Ambiental de Moçambique

A actual constituição da República de Moçambique no artigo 90 estabelece o direito


fundamental a um ambiente equilibrado e o dever correspondente de o defender.

 O Estado e as autarquias locais, com a colaboração das associações de defesa


do ambiente, adoptam políticas de defesa do ambiente e velam pela utilização
racional de todos os recursos naturais.
 A constituição declara, adicionalmente, que os recursos naturais no solo e no
subsolo, em águas interiores, em águas territoriais, na plataforma continental,
e na zona económica exclusiva constituem propriedade do Estado.

Esta política estabelece as bases para o desenvolvimento sustentável de Moçambique através


de um compromisso aceitável e realista entre o desenvolvimento socioeconómico e a
protecção ambiental.

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• O Desenvolvimento sustentável em Moçambique tem como meta a erradicação da pobreza,
melhoria da qualidade de vida e redução de danos ambientais.

A Lei do Ambiente define vários conceitos e princípios fundamentais de gestão ambiental,


estabelecendo o quadro institucional básico para a protecção ambiental;

• Estabelece uma norma geral que proíbe a realização de todas as actividades que causam
danos ambientais e que excedam os limites legalmente definidos (com particular destaque
para a poluição);

• Estipula normas especiais para a protecção do meio ambiente (em particular a protecção da
biodiversidade);

2.5. Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental

(Decreto nº 45/2004 de 29 de Setembro e Decreto nº 42/2008 de 4 de Novembro)

A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) constitui um requisito legal em termos da Lei do


Ambiente (Lei nº 20/97 de 1 de Outubro)

Para qualquer actividade que possa ter impacto directo ou indirecto sobre o ambiente e este
processo está regido pelo Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental
(Decreto nº 45/2004 de 29 de Setembro e Decreto nº 42/2008 de 4 de Novembro).

• A Lei do Ambiente exige o licenciamento ambiental e o registo de actividades que, devido


à sua natureza, localização ou proporções venham provavelmente a causar impactos
significativos sobre o ambiente, e estão sujeitos a legislação específica.

• A licença ambiental é emitida com base na Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) que
deve preceder a concessão de quaisquer outras licenças exigidas por lei para cada um dos
casos (Artigos 15º e 16º da Lei do Ambiente).

2.6. Recursos Aquáticos- Regulamento sobre a Qualidade da Água para o Consumo


Humano (Diploma Ministerial 180/2004)

• Este Regulamento estabelece os parâmetros de qualidade para a água para consumo humano
e os procedimentos visando ao seu controlo, deforma a proteger os consumidores contra
quaisquer efeitos nocivos de qualquer contaminação que possa ocorrer nas várias fases do
sistema de abastecimento de água.

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2.7. Regulamento para a Prevenção da Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e
Costeiro (Decreto nº 45/2006, de 30 de Novembro)

• O presente Regulamento tem por objecto prevenir e limitar a poluição derivada das
descargas ilegais efectuadas por navios, plataformas ou por fontes baseadas em terra, ao largo
da costa moçambicana bem como o estabelecimento de base legais para a protecção e
conservação das áreas que constituem domínio público marítimo, lacustre e fluvial, das praias
e dos ecossistemas frágeis.

2.8. Regulamento sobre os Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes


(Decreto nº18/2004) Regulamenta o Artigo 10º da Lei do Ambiente

Sobre a qualidade ambiental e os padrões de qualidade ambiental relativos ao ar, água e solo,
estabelecem os padrões de qualidade ambiental e os padrões de emissão de efluente para
águas receptoras, tecnologias, sistemas e métodos de tratamento.

2.9. Lei de Florestas e Fauna Bravia (Lei nº 10/99, datada de 7 de Julho)

Esta lei define zonas de protecção, tais como parques nacionais, reservas nacionais e zonas de
uso e zonas de valor histórico e cultural.

2.10. Lei das Pescas (Lei nº 3/90 datada de 26 de Setembro)

Esta lei define o enquadramento legal relativo ao planeamento e gestão da pesca, a


implementação de sistemas de licenciamento, a adopção de medidas de conservação dos
recursos, a auditoria da qualidade dos produtos da pesca destinados à exportação e supervisão
da auditoria à actividade das pescas.

2.11. Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia (Decreto nº 12/2002, de 6 de


Junho)

Este regulamento define uma lista de animais protegidos - por exemplo os dugongos, certas
espécies de aves costeiras e marinhas e tartarugas marinhas.

III. OS CRIMES CONTRA O AMBIENTE NO NOVO CÓDIGO PENAL

Importa referir que podemos constatar que os danos ambientais ocorrem, diariamente, e os
seus efeitos são notórios e evidentes, como tal, entendemos que a prevenção ainda é
“insuficiente”.

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Em consequência, cada vez mais, sente-se a necessidade de se recorrer a conceitos como
reparação e compensação. E aí, deparamo-nos com um problema: é que, no que a isto
respeita, as figuras previstas em sede de Lei do Ambiente são, absolutamente, ineficazes.

Senão vejamos, não obstante haver quem afirme que o artigo 26.º da Lei do
Ambiente, referente à responsabilidade objectiva, tem eficácia imediata não
carecendo de ser regulamentado para ser aplicado, esta dita eficácia não
corresponde, necessariamente, à viabilidade de aplicação do mesmo, uma vez
que os conceitos por si adoptados “danos significativos” e “actividades
especialmente perigosas”, por serem demasiado amplos, são difíceis, senão
mesmo impossíveis, de serem aplicados sem regulamentação própria. LE
(2023)
No ordenamento jurídico de Moçambique em relação ao ambiente, são puníveis os
infractores de acordo com o crime por estes praticados, abaixo iremos ilustrar de forma
resumida alguns deles.

Ordem Tipo de infracção ou crime Sanções aplicadas


01 Pesquisa e exploração ilegal de Pena de prisão de dois a oito anos de prisão
recursos minerais (art.º 349) maior e multa correspondente
02 Disseminação de enfermidades Pena de prisão não inferior a um ano e multa
(art.º 350) correspondente
03 Substâncias tóxicas e nocivas à Pena de prisão e multa correspondente
saúde (art.º 351)
04 Exploração ilegal de recursos Pena de prisão e multa correspondente (não
florestais (art.º 352) aplicável à exploração de recursos florestais
destinada a economia doméstica ou familiar)
05 Abate de espécies protegidas Pena de prisão de oito a doze anos e multa
ou proibidas (art.º 353) correspondente
06 Poluição (art.º 354) Pena de prisão e multa correspondente
07 Se a conduta for dolosa, pena de prisão maior
Poluição com perigo comum de oito a doze anos Se a conduta for por
(art.º 355) negligência, pena de prisão nunca inferior a
quatro anos
Aos crimes contra o ambiente constantes da tabela acima que sejam punidos com pena de
prisão até um ano, são aplicáveis as medidas educativas e socialmente úteis previstas no n.º 2
do artigo 85 do Código Penal.

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IV. CONCLUSÃO

Depois de analisar, a par e passo, os dispositivos da Lei do Ambiente Moçambicana


encontramo-nos, nesta fase, aptos a tecer algumas considerações sobre a mesma.

Com efeito, no que respeita à matéria da prevenção do dano, mais especificamente, no que
respeita à definição da actuação da administração, verifica-se que as figuras previstas na Lei
do Ambiente – Licenciamento Ambiental, Avaliação de Impacto Ambiental e Auditoria
Ambiental – encontram-se regulados em lei específica.

Ou seja, quanto à prevenção do dano verificamos que a Lei do Ambiente é válida e eficaz
apesar de ainda precisar melhorias.

Pelo que, face à dificuldade apresentada, a opção tem sido a de recorrer à responsabilidade
por culpa, quando foi, precisamente, esta solução que o legislador tentou evitar aquando da
elaboração da Lei do Ambiente.

Isto devido, sobretudo, à dificuldade de prova que a mesma acarreta e, consequentemente, a


impunidade que daí advém para os infractores ambientais. Impunidade esta, tanto mais
acrescida, quando verificamos que no que respeita à responsabilidade penal, esta também não
encontrou, ainda hoje, consagração legal adequada fazendo-se, de forma indirecta, através de
alguns dispositivos do Código Penal e de legislação avulsa que tratam matérias conexas.

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V. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

LE (2023), Legislação Ambiental de Moçambique http://www.impacto.co.mz/legislacao-


ambiental/ acesso 21:20 dia 16/05/2023

SILVEIRA, P. de C. (2023) Mestre em Ciências Jurídico – Artigos Ambientais: algumas


considerações sobre a lei do ambiente em Moçambique pdf. https://www.fd.ulisboa.pt/wp-
content/uploads/2014/12/Silveira-Paula-de-Castro.

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