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POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA

Diretoria De Instrução E Ensino


Colégio Policial Militar “Feliciano Nunes Pires”
“Trinta e oito anos construindo conhecimentos e formando cidadãos.”

OS RAIOS: A BELEZA DAS TEMPESTADES

Nome dos estudantes: Betina Ariane Machado Rott, Isadora Rodrigues Godois, Samantha
Hachmann Schinato.

Florianópolis/SC
2022
AGRADECIMENTOS
As autoras deste trabalho agradecem os professores Wendell Rondinelli Gomes
Farias, Renné L C Medeiros de Araújo e Marina Hirota dos Cursos de Física e
Meteorologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pelo apoio na
elaboração deste trabalho e disponibilidade em ajudar-nos, tirando as dúvidas
remanescentes e auxiliando na estruturação do aparelho que será apresentado.

RESUMO
Com informações gerais acerca das tempestades e raios, este trabalho explicará,
de forma breve, o processo de formação dos raios, suas características, curiosidades e o
modo como os pára-raios funcionam, relacionando com o conceito de Eletricidade e os
princípios e propriedades da Física, em que as cargas elétricas positivas e negativas
(prótons e elétrons) causam um campo elétrico entre as nuvens de tempestades e
originam uma descarga elétrica para neutralizar essas cargas. Auxiliadas por material
didático e profissionais da área, as autoras procuram introduzir esse conteúdo para o
público escolar, assim como Benjamin Franklin o fizera no século XVIII.
Palavras chave: Raios; Tempestades; Descargas elétricas.

ABSTRACT
With general information about storms and lightning, this paper will explain, in a
quick way, the process of lightning's formation, its characteristics, curiosities, and how
the lightning rod works, relating to the concept of Electricity and the Physics' principles,
that the positives and negatives electrical loads (protons and electrons) cause an
electrical camp between the storm clouds that make an electrical discharge to neutralise
this loads. Assisted by courseware and professionals in the area, the authors try to
introduce this content to the scholarly public, as Benjamin Franklin did in the 18th
century.
Keywords: Lightning; Storms; Electrical Discharges.
1. INTRODUÇÃO
Ao longo do tempo, muitas dúvidas surgiram sobre as tempestades na
humanidade, que tentavam ser explicadas de diferentes formas, inclusive pela associação
aos deuses, pelo motivo da intensidade e da incapacidade de controlá-los.
Cientificamente, a eletricidade está relacionada a este fenômeno e, por mais que a
sociedade humana esteja cada vez mais dependente da eletricidade, tanto para as
relações sociais como para as atividades domésticas e de trabalho, esse importante
campo de estudo ainda não é de conhecimento comum. A Eletricidade representa um
ramo da Física que estuda os princípios e efeitos relacionados às cargas elétricas, sendo
elas capazes de serem positivas ou negativas quando o objeto está eletrizado,
apresentando prótons ou elétrons em maior quantidade, respectivamente; tais cargas são
medidas por unidades de Coulomb (aproximadamente 6,2 quintilhões de elétrons).
Benjamim Franklin (1706 - 1790) foi um importante estudioso dessa área, conhecido
principalmente por suas descobertas e experimentos relacionados à eletricidade e as
tempestades.
Neste sentido, sabendo que os princípios físicos se relacionam com nosso estudo,
formulamos o seguinte questionamento: como se formam as tempestades e,
consequentemente, os raios?
As tempestades que apresentam raios se iniciam com o aquecimento e
evaporação das bolsas de ar úmido, que se condensam e formam nuvens, as quais
ascendem para as partes mais frias da atmosfera. Estando o ar em seu entorno
gradativamente mais frio, os ventos mais intensos e a pressão atmosférica cada vez
menor, formam-se gotículas pesadas e granizo, que se precipitam. Assim, espalhadas
horizontalmente, tais nuvens de tempestades (cumuloninbus) carregam-se de cargas
elétricas positivas (prótons) na parte superior da nuvem e cargas negativas (elétrons) na
parte inferior, criando um campo elétrico entre elas. Ainda não há uma teoria exata que
explique a eletrificação da nuvem, porém alguns pesquisadores afirmam que a
eletrificação surge no seu interior, com a colisão entre as partículas de gelo, água e
granizo.
Nesse intervalo, o ar entre a nuvem eletrizada e o solo ou entre duas nuvens
torna-se condutor, e as partículas negativas precisam precipitar-se no espaço positivo,
originando descargas elétricas para neutralizar estas cargas: os raios, que podem ser
classificados em ascendentes (solo-nuvem) ou descendentes (nuvem-solo).
Primeiramente, surge uma descarga piloto, responsável por ionizar o ar, seguida da
descarga principal, de grande luminosidade e de duração, em média, de meio ou um
terço de segundo a dois segundos.
Esta ruptura de dielétrico pode deslocar-se a 435 000 Km/h e velozmente aquecer
o ar a surpreendentes 27 000º C, que provocam um aumento ainda mais rápido da
pressão do ar, de dez a cem vezes maior que a média de pressão atmosférica. Estes
fatores levam à formação de um clarão, o relâmpago, que, pela velocidade da luz ser
superior à velocidade do som, surge anterior ao trovão, um som de alta intensidade
originado pela expansão do ar.
O Brasil é um dos países mais atingidos por raios, já que estes são mais comuns
em climas tropicais e cidades grandes. A intensidade dos raios pode causar a explosão de
transformadores de energia, danos a eletrodomésticos e provocar a destruição de
residências atingidas. Assim sendo, para evitar esses acidentes e prejuízos, são usados os
pára-raios, hastes metálicas que conduzem a descarga elétrica de uma nuvem eletrizada
para o solo por meio de uma placa condutora, utilizando a propriedade do “Poder das
Pontas”. Tal propriedade está aqui explicada resumindo o conceito dado pelos
professores Antônio Máximo Ribeiro da Luz e Beatriz Alvarenga (2007), que a
descrevem como o fenômeno em que a carga elétrica distribuída na superfície de um
metal que apresenta pontas tem a tendência de se acumular nessas pontas, tornando
condutor o ar próximo a elas e impedindo que a carga elétrica se mantenha na superfície
do metal.
Pontos altos como topos de montanhas, árvores isoladas, casas de campo,
edifícios, antenas e redes elétricas possuem maiores chances de queda de raios. Assim,
mesmo que os pára-raios tragam certa proteção, é importante se abrigar corretamente de
uma tempestade, evitando se postar debaixo de árvores em áreas isoladas e diretamente
em contato com a água, já que isso tornaria o indivíduo um condutor da descarga elétrica
e levá-lo à morte.
Considerando as informações anteriores, buscamos trazer para o público escolar
os conceitos da formação de raios e tempestades e, assim, afetar positivamente seu
cotidiano com conhecimento científico sobre um fenômeno tão comum e,
perigosamente, espetacular.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
As autoras se basearão em uma disposição de três carteiras escolares para a
estruturação desta apresentação.
Os três cartazes seguirão o mesmo modelo de montagem e impressão, feitos pelo
aplicativo Canva e seguindo a mesma paleta de cores, originalmente violeta, azul
marinho e amarelo (poderá ser alterado). Serão colados na parede com fita crepe e
dispostos da seguinte maneira: o primeiro, constituído do título “OS RAIOS: A
BELEZA DAS TEMPESTADES” e da ficha técnica, em destaque acima dos demais; o
segundo, abaixo e do lado esquerdo do observador, com uma definição resumida de
raios, relâmpagos e trovões; e o terceiro, abaixo do principal e do lado direito do
observador, com curiosidades sobre o tema (a serem definidas).
No caso de haverem três carteiras para o grupo na sala de aula, na mesa da
extremidade esquerda (de quem observa) será colocado um pequeno quadro com os
horários de apresentação do sábado (08/10), a cada 15 minutos, começando às 9h15 e
terminando às 10h30 (poderá sofrer alteração do grupo). Na mesa da extremidade
direita, serão colocadas imagens de raios e tempestades, como exemplo uma imagen
ilustrando os dados da rede de detecção de raios no Brasil, de modo a esclarecer
visualmente o assunto que será abordado na explicação.
Na mesa principal será colocada a “maquete”, que foi definida com auxílio dos
professores da UFSC. Em princípio, o grupo idealiza um modelo em que será feita uma
maquete de uma cidade com um prédio no centro, que terá um pára-raio no topo. Assim,
sobre a cidade será colocada outra base, estruturada por quatro “pés”, para remontar
nuvens de tempestades (ex: de algodão tingido em cima de uma base de papelão) para ali
esconder o faiscador de fogão (que gerará a descarga elétrica) ou uma Bulmina de Tesla.
Esta maquete fará parte da explicação em que contaremos uma história sobre como se
formou uma tempestade com raios nesta cidade.
Lembrancinhas em forma de marcadores de página serão disponibilizadas, em
quantidade pequena, com o título da apresentação, o nome e ano do evento, para serem
entregues aos ouvintes aleatoriamente ao final da explicação. Ao fundo, idealizamos
também sons de tempestades, de modo a não atrapalhar as outras explicações, colocados
por caixa de som pequena ligada a um celular (se possível).
Destacamos que nada foi adquirido ou produzido antes do prazo final para envio
deste documento. Neste capítulo as autoras apresentaram as ideias e os esboços de como
será organizado seu pequeno espaço na Mostra Científica e Cultural CFNP 2022.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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OUTCALT, Kenneth W.; DE LIMA, Jorge Paladino Côrrea; FILHO, Jose


Américo de Mello. MORTALIDADE EM FLORESTAS DE Pinus palustris
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