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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Reflexão sobre as temáticas da disciplina de Didáctica

Belágio Alexandre Xavier: 708213578

Curso: Licenciatura em Ensino de Educação


Física e Desporto
Disciplina: Didáctica Geral
Ano de Frequência: 1°

Nampula, Janeiro, 2022


Belágio Alexandre Xavier

Reflexão sobre as temáticas da disciplina de Didáctica

Este trabalho é da disciplina de Didáctica


Geral e, é de carácter avaliativo a ser
submetido no Curso de Licenciatura em
Ensino de Educação Física e Desporto, 1º
Ano.

Docente: Anselmo Vilanculo

Nampula, Janeiro de 2022


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Introdução 1.0
objectivos
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objecto do trabalho
• Articulação e
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discurso académico
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Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e • Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
• Exploração dos
2.0
dados
• Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
• Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA • Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 5

1. A relação da Didáctica com outras Ciências ................................................................ 6

2. As dinâmicas do processo de ensino e aprendizagem, suas origens e o desenvolvimento


histórico ............................................................................................................................ 7

3. As características do processo e aprendizagem ............................................................ 8

3.1. Carácter educativo ..................................................................................................... 8

3.2. O PEA desenvolve a personalidade ........................................................................... 8

3.3. Relação Dialéctica e Fundamental do PEA ............................................................... 8

3.4. Carácter sistemático e planificado do PEA e as suas regularidades .......................... 8

4. Funções didácticas de Mediação e Assimilação ........................................................... 9

5. As funções didácticas de Controle e Avaliação.......................................................... 10

6. Tipos e funções de avaliação ...................................................................................... 11

6.1. Avaliação diagnóstica .............................................................................................. 11

6.2. Avaliação formativa ................................................................................................ 11

6.3. Avaliação sumativa.................................................................................................. 11

7. Os objectivos de ensino .............................................................................................. 12

7.1. Tipos de objectivos .................................................................................................. 12

7.2. Importância dos objectivos de ensino...................................................................... 12

8. Apresentação, análise e discussão dos resultados ...................................................... 13

Considerações finais ....................................................................................................... 15

Referências bibliográfica ................................................................................................ 16

iv
Introdução

O presente trabalho com o tema: Reflexão sobre as temáticas da Didáctica Geral. Nesse
trabalho aborda-se sobre as relações entre a Didáctica e outras ciências; as dinâmicas do
processo de ensino e aprendizagem, suas origens e o desenvolvimento histórico; as
características do processo e aprendizagem; resumo das funções didácticas de Mediação
e Assimilação indicando exemplos claros; os tipos e funções de avaliação e os objectivos
de ensino.

Tem como objectivo reflectir sobre as temáticas da Didáctica Geral. O trabalho mostra-
se importante a medida que a Didáctica é considerada arte e ciência do ensino, ela não é
apenas objectiva conhecer por conhecer, mas procurar aplicar seus princípios com a
finalidade de desenvolver no individuo as habilidades cognitivas, afectivas e
psicomotoras para torná-lo critico e reflexivo. Também ela engloba um conjunto de
conhecimentos que entrelaçam contribuições de diferentes esferas científicas (teoria da
educação, teoria do conhecimento, psicologia, sociologia, etc.)

A metodologia aplicada para a realização do trabalho foi baseada na leitura e analise e


interpretação das obras citadas e que estão na página bibliográfica do trabalho.

O trabalho tem a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento e considerações finais.

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1. A relação da Didáctica com outras Ciências

Didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantem relação com a pedagogia,
na medida em que se verifica na impossibilidade de se especificar objectivos da instrução,
das matérias e dos métodos (Piletti, 2004, Libanêo, 1990).

Piletti (2004), refere que devido a complexidade do processo de ensino e aprendizagem,


de um lado, e, por outro, tendo em conta ao carácter interdisciplinar de quase todos os
ramos de saber, a didáctica mantém relações com outras ciências (p.41).

A didáctica opera a relação entre a teoria e pratica. Ela engloba um conjunto de


conhecimentos que entrelaçam contribuições de diferentes esferas científicas (teoria da
educação, teoria do conhecimento, psicologia, sociologia, etc.), junto com requisitos de
operacionalização (Piletti, 2004).

Finalmente, no que diz respeito as outras disciplinas, constatámos que a relação da


Didáctica Geral com estas disciplinas se explica da seguinte maneira:

A Psicologia

Araújo, afirma que a Psicologia “indica a Didáctica as oportunidades que melhor


favorecem a expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que
melhor garantem a efectivação da aprendizagem” (p.24).

A Sociologia

Indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a liderança, a


responsabilidade no contexto de inserções sociais, pois a aprendizagem acontece no
contexto socialmente construído o que implica reconhecer o papel dessas relações na
educação dos alunos (Araújo, p.24).

A Biologia

Orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos.

A Filosofia e a História da Educação

Ajuda a reflexão em torno das teorias educacionais, indagando em que consiste o acto
educativo, seus condicionantes externos e internos, seus fins e objectivos, busca os
fundamentos da prática educativa (Araújo, p.24).

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2. As dinâmicas do processo de ensino e aprendizagem, suas origens e o
desenvolvimento histórico

Para Araújo (p.28), na sociedade primitiva (de caçadores e recolectores) todos os adultos
educam todas as crianças directamente no processo mesmo da vida e do trabalho junto
com os adultos. Mais, a medida que o trabalho se desenvolvia, começa a haver excedentes
de produções, assim, aparece a divisão de trabalho e, consequentemente, a especialização
do trabalho.

Na sequência disso, aumenta o património sociocultural e técnico científico da humanidade e


torna-se cada vez mais complicado todos os adultos “ensinarem a todas as crianças”. Assim,
surgem pessoas especializadas em educação das crianças e criam-se situações específicas de
educação; e, neste sentido, surge o processo de ensino-aprendizagem com processo
organizado e intencional para a educação das crianças (Araújo, p.28).

Características da Educação

Na sociedade Primitiva Na sociedade de divisão de trabalho


A educação/formação do homem A educação é organizada, razão pela qual
depende dos seguintes factores: toma o carácter de PEA, o que implica:
• A simples imitação aos adultos • Carácter intencional do PEA
(por isso, era espontânea) • Colocação prévia de objectivos e
• A transmissão oral tarefas de ensino
• A influência do meio • Elaboração de conteúdos e
• Os exercícios no próprio métodos de ensino/educação
processo de trabalho (a • Designação de homens especiais
imitação) (alunos e professores /educadores
com características próprias
• Estabelecimento da duração e de
locais especiais para realização do
PEA
Fonte: autor, 2022

Analisando a tabela acima verifica-se que desde que o homem vive na sociedade foi
acumulando saberes sociais, culturais, técnicos e científicos que serviam de base a
educação das novas gerações, no sentido de assegurar a sua continuidade e generalização
ao longo do tempo e das gerações.

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3. As características do processo e aprendizagem

Libanêo (1990), refere que o processo de ensino-aprendizagem é uma actividade


particular que se distingue pelas suas características próprias. Assim, dentre outras
características, podemos dizer que o PEA apresenta as seguintes características:

 Carácter social;
 Carácter educativo;
 O PEA desenvolve a personalidade;
 O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialéctico;
 O PEA tem carácter sistemático e planificado;
 O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades.

3.1. Carácter educativo

Para Libanêo (1990), o carácter educativo comecemos por rever os conceitos de educação
e de instrução. Assim, é impossível, no verdadeiro sentido, educar sem instruir e vice-
versa, daí que, como se reflecte na figura abaixo, a educação e a instrução estão
intrinsecamente unidos e se relacionam dialecticamente no PEA.

3.2. O PEA desenvolve a personalidade

No período escolar a personalidade desenvolve-se principalmente no PEA; o PEA é de


grande importância para a maneira como a personalidade vai-se desenvolver, para as
facetas da personalidade que são desenvolvidas e para a direcção em que ela se
desenvolve através da actividade de aprendizagem (Piletti, 2004).

3.3. Relação Dialéctica e Fundamental do PEA

Segundo Araújo, afirma que existe uma relação intrínseca entre ensinar e aprender; não
há ensino se não haver aprendizagem; o ensino existe para motivar a aprendizagem,
orientá-la, dirigi-la; ele é o factor de estimulação intelectual (p.39).

3.4. Carácter sistemático e planificado do PEA e as suas regularidades

Isso começa desde o nível central que planifica os currículos e outros materiais de apoio
para o trabalho do professor na escola e na sala de aulas e, este, por sua vez realiza a sua
actividade devendo obedecer algumas regularidades que, por assim dizer, se transformam

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em leis devido ao seu carácter de “obrigatoriedade” profissional que se coloca a todos
professores desejosos de alcançar a qualidade do ensino (Libanêo, 1990).

4. Funções didácticas de Mediação e Assimilação

Depois de suscitada a atenção e a actividade mental dos alunos na etapa anterior


(Introdução e Motivação), é o momento de os alunos familiarizarem-se com o
conhecimento que irão desenvolver e um dos procedimentos práticos é a apresentação do
conteúdo como um problema a ser resolvido, embora nem todos os conteúdos se prestem
a isso (Piletti, 2004).

Assim, a “Mediação e Assimilação” constituem a etapa ou passo da Aula, onde se realiza


a percepção de fenómenos ligados ao tema, a formação de conceitos, o desenvolvimento
de capacidades cognitivas de observação, imaginação e raciocínio dos alunos. Pode
também ser percebida como sendo o momento da aula, isto é, a função didáctica na qual
o mediador dá orientações, explicações necessárias, organiza as actividades dos alunos
que os possam conduzir à assimilação activa dos conhecimentos para desenvolver
atitudes, convicções, habilidades, hábitos, etc.

É nesta fase em que os alunos devem ter amplas oportunidades de se ocupar e empenhar
com a matéria da aula, de forma activa e colaborativa. A actividade dos alunos (seja
individual, aos pares, ou em grupos) pode ser iniciada ou seguida por uma exposição pelo
professor. Desta forma, os alunos não apenas decoram factos, mas sim adquirem e
desenvolvem habilidades e competências (Piletti, 2004).

Piletti (2004), refere que a função do professor é de mediar o processo de construção do


conhecimento. Assim, a figura do professor como transmissor de conhecimentos
desaparece, para dar lugar à figura de mediador, facilitador ou orientador, concebendo o
aluno como o sujeito da sua própria aprendizagem.

Exemplo: na aula de Português com o tema: Material escolar, o professor pode fazer
perguntas partindo do conhecimento do aluno: quais são os materias escolares que vocês
conhecem? Para que servem…? E os alunos vão responder: caneta, lápis régua, livro entre
outros. Isto porque eles trazem o conhecimento em casa que precisa ser explorado pelo
professor.

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5. As funções didácticas de Controle e Avaliação

No processo de ensino-aprendizagem recomenda-se que a avaliação seja contínua e


permanente, pois permite identificar avanços e recuos e tomada de decisões sobre as
referidas actividades implementadas e a implementar. A avaliação permite saber os
efeitos da metodologia adoptada, revela os níveis de assimilação de cada aluno em
particular no processo e da turma em geral (Balmas, 2005).

Esta etapa permite o acompanhamento de todo o processo de ensino-aprendizagem e


forma ao mesmo tempo a conclusão das unidades do ensino. O professor pode dirigir
efectivamente o processo de ensino-aprendizagem e conhecer permanentemente o grau
das dificuldades dos alunos na compreensão da matéria. Este controle vai consistir,
também, em acompanhar o PEA avaliando as actividades do professor e do aluno em
função dos objectivos definidos. Através do controlo e avaliação, o professor pode
providenciar e, se necessário, rectificar, suplementar ou mesmo reorganizar a
aprendizagem (Balmas, 2005).

Para Libanêo (1990), diz que pela avaliação é possível saber-se se a aprendizagem está a
efectuar-se conforme o previsto ou não e, ao mesmo tempo, permite ao professor
certificar-se sobre o que o aluno aprendeu e, então, saber que rumo dar aos trabalhos das
novas aulas (se é para repetir, ou prosseguir dependendo da situação vivida no momento
quanto ao saber, saber fazer e saber ser-estar dos alunos).

A função didáctica “Controlo e Avaliação” visa informar como está a decorrer a


aprendizagem dos alunos, visa informar se os alunos estão a ser conduzidos em direcção
aos objectivos traçados e é aplicada continuamente no decorrer da aula, de modo a
acompanhar na íntegra o processo. Por outras palavras, esta função didáctica é marcada
por exercícios constantes e apresentação de dúvidas e respostas (Balmas, 2005).

Para o efeito, o aluno serve-se de vários procedimentos e instrumentos de mensuração


tais como: observação, testes, exercícios teóricos e práticos, trabalhos de casa entre outras
formas, que de certa forma proporcionam dados quantitativos e qualitativos (Balmas,
2005).

Exemplo: o professor depois de ter deixado os exercícios na função didáctica domínio e


consolidação, corrige os cadernos dos alunos no caso de exercício escrito.

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6. Tipos e funções de avaliação

De acordo com Piletti (2004), existem três tipos de avaliação e as respectivas funções que
são:

 Avaliação diagnóstica;
 Avaliação formativa;
 Avaliação sumativa.

6.1. Avaliação diagnóstica

A avaliação diagnóstica é realizada no início do curso, do ano lectivo, do semestre ou


trimestre, da unidade ou de um novo tema e tem a função de verificar o conhecimento
prévio.

O objectivo desta avaliação é identificar alunos com padrão aceitável de conhecimentos;


constatar as deficiências em termos de pré-requisitos e particularidades (Piletti, 2004).

6.2. Avaliação formativa

Para Piletti (2004), refere que a avaliação formativa é realizada durante todo o processo
de aprendizagem, ou seja, é permanente e contínua, por exemplo através da correcção dos
trabalhos de casa, de perguntas (orais ou escritas) durante a aula.

Tem a função reguladora ou controladora. Este tipo de avaliação permite verificar se os


objectivos estão ou não a ser atingidos pelos alunos; identificar obstáculos que estejam a
comprometer a aprendizagem e localizar a deficiência e/ou dificuldades na aprendizagem
para traçar novas estratégias de apoio (Piletti, 2004).

6.3. Avaliação sumativa

A avaliação sumativa é geralmente realizada no final de uma unidade temática ou de um


período lectivo (ano, semestre, trimestre).

Tem a função classificatória (classificação final). Com este tipo de avaliação pretende-se
somente classificar o aluno, de acordo com níveis de aproveitamento, tendo em vista a
sua progressão de uma classe para outra, ou de um ciclo para o outro, por exemplo: o
exame (Piletti, 2004).

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7. Os objectivos de ensino

Os objectivos de ensino-aprendizagem expressam intenções, propósitos definidos,


explícitos quanto ao desenvolvimento das qualidades humanas. Dizem respeito ao que os
alunos devem desenvolver ao longo da escolaridade (cognitiva, física, afectiva, estética e
ética) e, especialmente, em cada aula.

Por outras palavras, pode dizer-se que objectivo de ensino-aprendizagem é o que se espera
que o aluno aprenda em determinadas condições de ensino. São os objectivos que
orientam quais os conteúdos que devem ser trabalhados e quais os encaminhamentos
didácticos necessários para que isso ocorra.

7.1. Tipos de objectivos

Segundo Piletti (2004), os objectivos podem ser educacionais ou instrucionais.

Piletti (2004), refere que os objectivos educacionais (ou gerais) são proposições sobre
mudanças, mudanças comportamentais desejadas. Decorrem de uma filosofia da
educação e surgem do estudo da sociedade contemporânea e do estudo sobre o
desenvolvimento do aluno e sobre os processos de aprendizagem (p.82).

Os objectivos institucionais (ou específicos) consistem numa maior especificação dos


objectivos educacionais e numa operacionalização dos mesmos. Os objectivos
institucionais, portanto, são proposições especificadas sobre mudanças no
comportamento dos alunos, que serão atingidos gradativamente no processo de ensino e
aprendizagem (Piletti, 2004, Libanêo, 1990).

Os objectivos educacionais e instrucionais, por sua vez, podem referir-se aos domínios,
cognitivo, afectivo ou psicomotor.

7.2. Importância dos objectivos de ensino

Piletti (2004), afirma que o professor precisa determinar inicialmente o que o aluno será
capaz de fazer ao final do aprendizado. Se não define os objectivos, não pode avaliar o
resultado de sua actividade de ensino, nem escolher os procedimentos mais adequados
classifica as mudanças, orienta na escolha de conteúdos, experiências de aprendizagem e
processo de avaliação (p.83).

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8. Apresentação e análise discussão dos resultados

No que tange a relação da didáctica e outras ciências analisa-se que a didáctica opera a
relação entre a teoria e prática. Ela engloba um conjunto de conhecimentos que
entrelaçam contribuições de diferentes esferas científicas (teoria da educação, teoria do
conhecimento, psicologia, sociologia, etc.), junto com requisitos de operacionalização.

No processo de ensino e aprendizagem, suas origens e o desenvolvimento histórico o


homem vive na sociedade foi acumulando saberes sociais, culturais, técnicos e científicos
que serviam de base a educação das novas gerações, no sentido de assegurar a sua
continuidade e generalização ao longo do tempo e das gerações.

As características do processo e aprendizagem o Libanêo (1990), refere que o processo


de ensino-aprendizagem é uma actividade particular que se distingue pelas suas
características próprias. Assim, dentre outras características, podemos dizer que o PEA
apresenta as seguintes características: Carácter social; Carácter educativo; O PEA
desenvolve a personalidade; O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é,
dialéctico; O PEA tem carácter sistemático e planificado; O PEA é regido por leis que se
exprimem em regularidades.

No que se concerne as funções didácticas, a Mediação e Assimilação é nesta fase em que


os alunos devem ter amplas oportunidades de se ocupar e empenhar com a matéria da
aula, de forma activa e colaborativa. A actividade dos alunos (seja individual, aos pares,
ou em grupos) pode ser iniciada ou seguida por uma exposição pelo professor. Desta
forma, os alunos não apenas decoram factos, mas sim adquirem e desenvolvem
habilidades e competências (Piletti, 2004).

Analisando as palavras do autor acima citado enfim podemos concluir que, nesta função
didáctica, o professor deve fazer a exposição do conteúdo. Por essa razão, um dos
métodos a usar pode ser o método expositivo, na qual o professor apresenta o tema e
começa a explicar.

Falar de tipos e funções de avaliação de acordo com Piletti (2004), existem três tipos de
avaliação e as respectivas funções que são: Avaliação diagnóstica, Avaliação formativa e
Avaliação sumativa.

Pode-se afirmar que A avaliação diagnóstica é realizada no início do curso, do ano lectivo,
do semestre ou trimestre, da unidade ou de um novo tema e tem a função de verificar o

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conhecimento prévio. E a avaliação formativa é realizada durante todo o processo de
aprendizagem, ou seja, é permanente e contínua, por exemplo através da correcção dos
trabalhos de casa, de perguntas (orais ou escritas) durante a aula enquanto na A avaliação
sumativa é geralmente realizada no final de uma unidade temática ou de um período
lectivo (ano, semestre, trimestre).

No que toca aos objectivos de ensino-aprendizagem, expressam intenções, propósitos


definidos, explícitos quanto ao desenvolvimento das qualidades humanas. Dizem respeito
ao que os alunos devem desenvolver ao longo da escolaridade (cognitiva, física, afectiva,
estética e ética) e, especialmente, em cada aula.

Por outras palavras, pode dizer-se que objectivo de ensino-aprendizagem é o que se espera
que o aluno aprenda em determinadas condições de ensino. São os objectivos que
orientam quais os conteúdos que devem ser trabalhados e quais os encaminhamentos
didácticos necessários para que isso ocorra.

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Considerações finais

No que diz respeito sobre a Didáctica e a sua relação com as outras ciências, analisando
as teorias dos autores Araújo, e Piletti (2004) pode-se chegar a uma conclusão que, devido
a complexidade do processo de ensino e aprendizagem, de um lado, e, por outro, tendo
em conta ao carácter interdisciplinar de quase todos os ramos de saber, a didáctica
mantém relações com outras ciências.

Verifica-se que na sociedade primitiva (de caçadores e recolectores) todos os adultos


educam todas as crianças directamente no processo mesmo da vida e do trabalho junto
com os adultos. Mais, a medida que o trabalho se desenvolvia, começa a haver excedentes
de produções, assim, aparece a divisão de trabalho e, consequentemente, a especialização
do trabalho.

Também pode se concluir que, a função didáctica “Controlo e Avaliação” visa informar
como está a decorrer a aprendizagem dos alunos, visa informar se os alunos estão a ser
conduzidos em direcção aos objectivos traçados e é aplicada continuamente no decorrer
da aula, de modo a acompanhar na íntegra o processo. Por outras palavras, esta função
didáctica é marcada por exercícios constantes e apresentação de dúvidas e respostas.

É importante lembrar que nenhuma função didáctica é importante que a outra porque
todas se complementam, isto é, têm uma relação de interdependência.

Conclui-se que a avaliação é um construtor social e, portanto, há um contracto ideológico


e político no cerne do acto de avaliar. Ela aparece inerente e indissociável a educação
promotora da liberdade, pelos ideais de transformar e libertar, quando concebida como
problematização, questionamento e pensamento sobre a acção. Avaliar deve criar
possibilidades para o estudante compreender os seus limites na construção do
conhecimento, valorizando suas verdades, interesses e autonomia.

Feita a analise, deu para perceber que os professores necessitam definir objectivos, o
mesmo é dizer, prever desde o princípio o que o estudante será capaz de realizar ao final
do processo de ensino-aprendizagem. Se não definir os objectivos, não poderá avaliar de
maneira coerente os frutos de sua actividade de ensino e será complexo seleccionar e
voltar a planejar estratégias de ensino mais ajustadas.

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Referências bibliográfica

Araújo, E. A. (s.d.). Módulo de Didáctica Geral. Beira, Moçambique: UCM.

Balmas, J. C. (2005). Programa de formação de docentes-Módulo FDEP. Maputo,


Moçambique: DINET.

Libanêo, J. C. (1990). Didáctica. São Paulo, Brasil: Cortez Editora.

Piletti, C. (2004). Didáctica Geral. (23). São Paulo, Brasil: Editora Ática.

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