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Código: 708203902
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Recomendações de melhoria:
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Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 3
3. Conclusão .................................................................................................................... 11
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1. Introdução
A sociedade actual é uma sociedade organizacional, nos últimos anos a atenção com as áreas
livres do ambiente físico escolar tem aumentado, sendo a sua quantidade e a qualidade dos
cuidados/manutenção e equipamentos associadas à qualidade de vida das crianças, grande parte
desse interesse provavelmente deve-se à gradativa redução dos espaços para brincadeira tanto
na cidade pelo adensamento da área urbana e aumento da preocupação com a segurança em
seus diversos tipos e níveis, quanto nas residências das famílias. Com apresente abordagem
especialmente é pertinente caracterizar o ambiente físico escolar, não obstante, o espaço escolar
educa, pois a relação entre usuários e espaço físico vai além do formal, nele estão representado
sua dimensão simbólica e pedagógica e através da sua arquitetura podemos ler e interpretar a
história da Educação e que ao mesmo tempo podemos ler a própria história dos poderes.
O ambiente físico escolar é o domínio onde os alunos/educandos vivencia suas relações sociais,
interagindo com este e dividindo nele o processo de construção das ideias nos diálogos, debates
e jogos. As condições de estrutura físico escolar/infraestrutura/ instituições são considerados
pelos próprios professores das escolas como um aspecto dotado de importância fundamental
para o desenvolvimento de seu trabalho. Diante desta afirmativa, é urgente que a escola
organize espaços flexíveis e versáteis, compostos por ambientes que possibilitem a criação de
novos saberes e novas experiências, espaços que favorecem o autoconhecimento, a autonomia
e o desenvolvimento de habilidades tais como: cognitivas, afetivas, social e cultural.
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1.1. Objectivos
Face ao problema identificado são definidas os seguintes objectivos, os quais irão orientar este
trabalho.
Na perspectiva de Gatti (2002), explica que a pesquisa científica visa à criação de um corpo de
conhecimentos sobre certo assunto, sintetizados sob certas condições ou circunstâncias (teorias,
métodos, temáticas) e vinculados critérios de escolha e interpretação de dados com o propósito
de contribuir para a instrumentalização do estudante/pesquisador.
No âmbito geral, o presente trabalho esta estruturado em quatro (IV) fases, na fase apresenta
introdução, onde se aborda o panorama geral do trabalho, da qual se faz uma breve apresentação
dos objetivos em estudo, na segunda fase disserta a revisão da literatura, consistindo assim a
busca de informações ligadas à abordagem em estudo; na terceira apresentam-se as conclusões
e finalmente a quarta fase dá as referências bibliográficas.
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2. Estrutura e ambiente físico de uma escola
A escola, para além de ter como missão cumprir uma função social de extrema importância, ao
ter entre mãos, a tarefa de ensinar/aprender, teve, ao longo dos séculos, de integrar, resistir,
transformar-se, reformar-se, reorganizar-se, e, principalmente, continuar e perpetuar-se como
uma organização vital para a sociedade contemporânea, (FALCÃO, 2000,p. 28).
Na conformidade de Vidal Didonet & Afonso (1992,p.42), ambiente, o espaço físico criado e
organizado para abrigar as mais diversas actividades de indivíduos e grupos. Portanto, os
ambientes escolares são definidos como espaços organizados de forma a promover ações
específicas, relativas às funções escolares, que por sua vez, viabilizam a oferta de serviços
diretos e indiretos no âmbito escolar.
2.1. Escola
A escola é uma organização social constituída pela sociedade para cultivar e transmitir valores
sociais elevados e contribuir para a formação de seus alunos, mediante experiências de
aprendizagem e ambiente educacional condizentes com os fundamentos, princípios e objectivos
da educação, (NHANTUMBO-DIVAGE, DIVAGE & MARRENGULA, 2010).
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2.1.1. Ambiente físico de escola
Nesta perspectiva, faz-se necessário caracterizar os aspectos relacionados à estrutura física da
escola de modo a identificar intervenções que possibilitem uma melhora na qualidade de vida
dentro das mesmas.
Na conformidade de Minayo et al., (2000), ressalta que qualidade de vida é uma noção
eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida
familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial.
Na concepçao do mesmo autor, tal ambiente denominado espaço físico escolar possui grande
importância para o corpo discente, uma vez que este será cenário diário de estudos, discussões,
debates, reflexões, convívios sociais e lazer. Espaço que deve ser convidativo, representando
relações de intimidade e afectividade. Para melhor compreender as contribuições deste espaço
físico ao desenvolvimento e aprendizagem.
Como enaltece Lima (1995, p. 187), alavanca que considera espaço escolar qualquer ser vivo,
o espaço é vital, não apenas para a sobrevivência, mas, sobretudo para o seu desenvolvimento.
Para o ser humano, o espaço, além de ser um elemento potencialmente mensurável, é o lugar
de reconhecimento de si e dos outros, porque é no espaço que ele se movimenta, realiza
atividades e estabelece relações sociais.
Na tentativa de Escolano (2001, p.27), cassumba a ideia de espaços e tempos fazem parte da
ordem social escolar. Sendo assim, são sempre pessoais e institucionais, individuais e coletivos,
e a busca de delimitá-los, controlá-los, materializando-os em quadros de anos/séries, horários,
relógios, campainhas, ou em salas específicas, pátios, carteiras individuais ou duplas, deve ser
compreendida como um movimento que teve ou propôs múltiplas trajetórias de
institucionalização da escola. Daí, dentre outros aspectos, a sua força educativa e sua
centralidade no aparato escolar.
Muitos professores que actuam nas escolas não se dão conta da importante dimensão que tem
o seu papel na vida dos alunos. Para tanto, é preciso compreender que a tarefa docente tem um
papel social e político insubstituível, e que no momento actual, embora muitos factores não
contribuam para essa compreensão, o professor necessita assumir uma postura crítica em
relação a sua actuação recuperando a essência do ser “educador”.
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Em todo processo de aprendizagem humana, a interação social e a mediação do outro tem
fundamental importância. Na escola, pode-se dizer que a interação professor-aluno é
imprescindível para que ocorra o sucesso no espaço escolar.
Mais do que base física a partir e por meio da qual a pessoa recebe informações visuais, táteis,
térmicas, auditivas e/ou olfativas-gustativas, o ambiente é um agente continuamente presente
na vivência humana. De facto, grande parte do comportamento do indivíduo envolve a interação
com o espaço e no espaço, desde atividades simples como alimentar-se e vestir-se, até
actividades complexas, como definir um percurso na urbe.
É nesse meio que, ao estender a mão em busca do objecto, ela a criança adquire a noção de
distância; é nele que a mãe aparece e desaparece, desligada do seu corpo; é ainda nele que
exercita o seu domínio, equilibra-se, caminha e corre, é num espaço físico que a criança
estabelece a relação com o mundo e com as pessoas (LIMA, 1989, p. 13).
Falando do espaço, físico, não se deve pensar em modelos arquitetônicos únicos, pois estes
devem se adaptar à cultura e aos usuários do espaço. Falar de espaço não é tão simples. Há
diferenças entre o ambiente educativo, o espaço físico e noção de espaço segundo a perspectiva
da criança, Zabalza (1998) apud Horn, (2007, p. 35).
Na perspectiva de Horn (2007, p.35), o termo espaço se refere aos locais onde as actividades
são realizadas e caracterizados por objectos, móveis, materiais didáticos e decoração. O termo
ambiente diz respeito ao conjunto desse espaço físico e às relações que nele se estabelecem.
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Na conformidade de Moura (2009), a estrutura do espaço escolar possibilita a construção de
conhecimento. Enfatizando que o espaço deve ser sinônimo de grandes e diversas
possibilidades de formação dos pequenos.
O espaço reflecte a cultura das pessoas que nele vivem de muitas formas e, em um exame
cuidadoso, revela até mesmo camadas distintas dessa influência cultural, a estrutura do espaço
escolar nunca é neutro e a forma como é organizado transmite uma mensagem, transmite
determinada mensagem, tal mensagem será uma reflexão cultural, relacionada ao contexto
social vigente, (Horn, 2007).
Na perspectiva de Galardini & Giovannini (2002), ressalta que a ideia de os espaços escolares
são grandes parceiros no processo de ensino e aprendizagem, ao afirmarem que, a qualidade e
a organização do espaço e do tempo dentro do cenário educacional podem estimular a
investigação, incentivar o desenvolvimento das capacidades de cada criança, ajudar a manter a
concentração, fazê-la sentir-se parte integrante do ambiente e dar-lhe uma sensação de bem-
estar.
Organizar o espaço escolar é um aspecto importante de toda proposta pedagógica, pois é nesse
espaço que a criança irá construir o seu conhecimento. Assim sendo, o educador assume papel
de extrema importância na mediação da organização do espaço e em ajudar os alunos no
desenvolvimento de suas actividades.
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2.2.2. A relação estrutura física e componente da organização escolar
No entender de Calligaris (2000), a escola pode ser considerada como um dos espaços
essencialmente propícios, e talvez único, capaz de desenvolver e elevar o indivíduo intelectual
e culturalmente dentro de uma sociedade. Entretanto, as relações estabelecidas no contexto
escolar entre alunos e professores têm exigido bastante atenção e preocupação por parte
daqueles que encaram a escola como espaço de construção e reconstrução mútua de saberes.
Vale destacar que o espaço escolar deve ser acolhedor e prazeroso, deve trazer a sensação de
abrigo que possibilite outras sensações, de autoconfiança, como o bem-estar. Não obstante,
Toda relação humana é educativa. Todo contato com criança deixa marcas que define posições,
(REDIN, 1998, P 49).
Zabalza e Fornero (apud Horn,2004,P.35), enaltece que uma interessante distinção entre espaço
e ambiente, apesar de terem a clareza de que são conceitos intimamente ligados. Afirmam que
esse termo espaço refere-se a locais onde as atividades são realizadas e caracterizam-se pelos
objectos, moveis, materiais e por sua decoração já o ambiente diz respeito ao conjunto desse
espaço físico e as relações que se estabelecem no mesmo, as quais envolvem os factos e as
relações envolvidas entre crianças e adultos.
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3. Conclusão
Diante do exposto o trabalho permitiu-nos concluir que permitiu verificar que a maioria das
crianças valoriza o espaço escolar e tem ideias sobre o que é necessário fazer para melhorá-lo.
E, ainda, reconhecem que esse espaço permite diversas brincadeiras, jogos e o aprendizado,
espaço e sua organização no ambiente escolar serem pouco refletidos, consideramos que é
necessário que haja uma maior discussão e preocupação sobre a importância de organizá-lo
para atender a criança, não deixando de levar em consideração suas opiniões e representações.
Diante desta afirmativa, é urgente que a escola organize espaços flexíveis e versáteis,
compostos por ambientes que possibilitem a criação de novos saberes e novas experiências,
espaços que favorecem o autoconhecimento, a autonomia e o desenvolvimento de habilidades
tais como: cognitivas, afetivas, social e cultural.
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4. Referências bibliográficas
1. Calligaris, C. (2000). A adolescência. São Paulo: Public folha;
2. Gonçalves, Renata. (2015). Espaço e tempo na educação infantil. São
Paulo,SP:Contexto;
3. Horn, Maria da Graça de Souza. (2004). Sabores, cores, sons, aromas. A organização
dos espaços na educação infantil. Porto Alegre: Artmed;
4. Minayo, Maria Cecília de Souza; HARTZ, Zulmira Maria de Araújo; BUSS, Paulo
Marchiori. (2000). Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Ciência e Saúde
Coletiva, v. 5, n. 1, pp. 7-18;
5. Moura, Margarida Custódio (2009). Organização do espaço: contribuição para uma
educação infantil de qualidade. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Educação,
Universidade de Brasília, Brasília;
6. Neves, José Luis. (1996). Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades.
Caderno de pesquisa em administração. FEA-USP;
7. Nunes, Leonília de Souza (2009). Escuta sensível do professor: uma dimensão da
qualidade da educação infantil. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Educação,
Universidade de Brasília, Brasília;
8. Rendi, Euclides (1998). O espaço e o tempo da criança: se der tempo a gente brinca.
Porto Alegre: Mediação;
9. Zabalza, Miguel, A. (1998).Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artmed.
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