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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Os conceitos Fibras, o metabolismo, catabolismo, relações de performance, exercícios


aeróbicos e anaeróbicos e Vo2 máximo

Nome do Estudante: Manena Mussoropa Bernardo


Código: 708200334

Curso: Licenciatura em ensino de Educação Física


Disciplina: Fisiologia do Exercício
Ano de frequência: 4º ano-2023
Docente:
Chimoio, Abril, 2023

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organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências
edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas

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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................4

1.1.Objectivos..........................................................................................................................5

1.1.1.Objectivo Geral................................................................................................................5

1.1.2.Objectivos Específicos.....................................................................................................5

1.2. Metodologia do trabalho..................................................................................................5

2. Fibras, o metabolismo, catabolismo, relações de performance, exercícios aeróbicos e


anaeróbicos e Vo2 máximo.........................................................................................................6

2.1. Fibras................................................................................................................................6

2.2. Metabolismos: aeróbico e anaeróbico..............................................................................7

2.2.1. Vias metabólicas.............................................................................................................7

2.2.2. Importância do metabolismo anaeróbio..........................................................................9

2.3.Consumo máximo de oxigénio absoluto (VO2máx) e relativo (VO2máx/kg): um


indicador importante na fisiologia do exercício....................................................................10

2.3.1. Consumo de oxigénio....................................................................................................11

3. Conclusão..............................................................................................................................12

4. Referencias Bibliográficas....................................................................................................13

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1. Introdução
O Presente trabalho da cadeira de Fisiologia do Exercício tem como tema: Fibras, o metabolismo,
catabolismo, relações de performance, exercícios aeróbicos e anaeróbicos e Vo2 máximo. A
Educação Física como parte de currículo de estudo de vários países tem como objectivo uma
formação holística dos estudantes (crianças e jovens). A sua influência está dirigida a todas as
dimensões que conformam o ser humano.

A fisiologia do Exercício é o ramo do conhecimento dedicado ao estudo dos efeitos


fisiológicos agudos (respostas) e crónicos (adaptações) do exercício físico sobre os diversos
sistemas corporais. Entendem-se como efeitos agudos os que acontecem durante (imediatos)
ou após (tardios) uma única sessão de exercícios, enquanto os efeitos crónicos são aqueles
observados em um individuo fisicamente treinado, diferenciando – o de um outro individuo
inactivo.

O metabolismo energético durante o exercício, em especial do glicogénio muscular, tem sido


amplamente investigado para Coggan AR. (1991) Demonstrou que o tempo de sustentação de
determinado exercício está relacionado com a quantidade de glicogénio muscular disponível
para ressíntese da molécula de adenosina trifosfato (ATP).

A fisiologia do exercício pode ser entendida como todos os processos fisiológicos que
ocorrem no corpo humano durante o esforço (Garber et al., 2011; Swain, 2000). Tais
processos fisiológicos exigem do nosso corpo demanda energética de aproximadamente 15-20
vezes acima do valor de repouso. Além da demanda energética, temos os ajustes
cardiovasculares, pulmonares, circulatórios e metabólicos como parte desse processo. Dessa
forma, o nosso organismo deve ser ajustado rapidamente ao aumento da demanda em curto e
médio período de tempo (efeito agudo e efeitos subagudos). Essa exigência em curto e médio
período de tempo faz com que o nosso organismo torne alguns desses mecanismos
fisiológicos mais eficientes ao longo do tempo (efeito crónico) (Hawley et al., 2014; Swain,
2000).

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1.1.Objectivos
Em função do trabalho definimos os seguintes objectivos:

1.1.1.Objectivo Geral
 Explicar os conceitos Fibras, o metabolismo, catabolismo, relações de performance,
exercícios aeróbicos e anaeróbicos e Vo2 máximo.

1.1.2.Objectivos Específicos
 Conceituar Fibras, o metabolismo, catabolismo, relações de performance, exercícios
aeróbicos e anaeróbicos e Vo2 máximo;
 Descrever as Fibras, o metabolismo, catabolismo, relações de performance, exercícios
aeróbicos e anaeróbicos e Vo2 máximo;
 Conhecer as Fibras, o metabolismo, catabolismo, relações de performance, exercícios
aeróbicos e anaeróbicos e Vo2 máximo;

1.2. Metodologia do trabalho


Para o efeito do presente trabalho usou-se na base de pesquisa bibliográfica que se baseou na
análise Bibliográfica sobre os conceitos Fibras, o metabolismo, catabolismo, relações de
performance, exercícios aeróbicos e anaeróbicos e Vo2 máximo, portanto o presente trabalho
de pesquisa apresenta a seguinte estrutura temática. Introdução, desenvolvimento em que nos
debruçaremos com mais detalhes os aspectos ligados ao tema, conclusão as referências
bibliografia usada na elaboração do presente trabalho.

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2. Fibras, o metabolismo, catabolismo, relações de performance, exercícios aeróbicos e
anaeróbicos e Vo2 máximo.

2.1. Fibras
As fibras musculares estão organizadas longitudinalmente e em paralelo. O músculo é
formado de vários fascículos de fibras musculares e fica envolto por uma capa dura e
resistente chamada aponeurose.

Falar de fibras na fisiologia do exercício corresponde aos músculos que são órgão formado
por células multinucleares fibrosas capazes de promover contracção e se alongar. Para Guyton
A (2001), os músculos podem ser classificados de acordo com suas características sendo eles
o cardíaco, o liso e o estriado. O último é o mais difundido no corpo com cerca de 600
espalhados, representando cerca de 40 a 50% do peso corporal (p.90).

Dentre as funções que podemos citar está a produção de movimentos corpóreos, como
caminhar, correr, levantar entre outros movimentos. A estabilização das posturas, através das
contracções, há a estabilização das articulações e equilíbrio do peso favorecendo o indivíduo a
permanecer em pé por exemplo, além disso também favorece a movimentação de substâncias
ao longo do corpo pelo processo de contracção, funcionando como uma segunda bomba,
auxiliando o coração.

Esse órgão funciona como um transformador de energia química, transmitida pelo sistema
nervoso central, em energia mecânica (em movimento). Para que essa acção mecânica ocorra
é necessário um conjunto de fibras com proteínas contrateis capazes de agir em conjunto e
sincronismo: a actina e a miosina, ambas compõem filamentos finos e grossos
respectivamente, essas estão inseridas no mio fibrilas que fazem parte das fibras musculares.

Segundo Tiago (2000) as mio fibrilas estão dispostas de forma paralela formando bandas
escuras e claras inseridas em série, formando o padrão conhecido e caracterizando as estrias
musculares, limitando os sarcômeros, que são consideradas as unidades contrateis, estão os
discos Z, local onde a tinina e a nebulina se ancoram na alfa Actinina.

O processo de contracção muscular se dá através do encurtamento das fibras musculares e


ocorre quando a concentração do cálcio [Ca2+] aumenta gerando assim diversos eventos
intracelulares que promovem a interacção da miosina com a actina, onde a actina desliza
sobre a miosina gerando encurtamento dos sarcômeros e consequentemente das fibras

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musculares em série. Esse aumento de Cálcio se dá através da liberação de Acetilcolina, um
neurotransmissor, que activa receptores muscardínicos na fenda neuromuscular promovendo o
influxo de Sódio na célula muscular causando despolarização das células musculares. Essa
despolarização (ou potencial de acção) se propaga por todas as fibras levando ao aumento de
cada vez mais cargas positivas por toda membrana celular.

2.2. Metabolismos: aeróbico e anaeróbico


As actividades ou exercícios físicos que realizamos em diferentes situações da vida
(quotidiana, laboral, recreativa), assim como os programas de exercício com fins de saúde e
sobretudo o exporte competitivo em diferentes idades e níveis de competição, requerem
liberação energética leve, moderada ou intensa, dependendo da duração e da intensidade do
exercício e da relação carga do exercício-descanso, frequência da actividade, estado de saúde,
idade e condição física atuais do indivíduo.

2.2.1. Vias metabólicas


Em repouso, em actividade, durante o sono ou acordado é preciso energia para manter as
funções corporais. No entanto, quando praticamos actividades físicas, os músculos precisam
de energia para gerar a força que produz os movimentos corporais. Dessa forma, os nutrientes
orgânicos consumidos na forma de alimentos constituem as principais fontes de energia
(combustível) que abastecem o corpo humano.

As fontes de energia consumidas na forma de alimentos (nutrientes) são convertidas em


substratos, possibilitando assim que o organismo absorva compostos orgânicos e que as
células do nosso corpo os transformem em energia química por meio das vias metabólicas,
que será utilizada pelo nosso corpo para manutenção do metabolismo ou gerar energia
necessária para qualquer actividade física (Macdougall et al., 1998).

Para Gastin (2001), o processo químico de conversão do alimento em energia é denominado


em bioenergética. Esse processo é similar em muitos aspectos ao uso de qualquer fonte de
energia como por exemplo carvão ou gasolina para fornecer energia a uma máquina em
funcionamento (p.70). No corpo humano, quando os substratos energéticos (glicose, ácido
graxo e aminoácido) dos macronutrientes (carboidrato, gordura e proteínas) são quebrados,
liberam energia contidas em suas ligações químicas tornando-a em energia mecânica,
resultando nas contracções musculares.

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Nosso organismo, com objectivo de facilitar os processos metabólicos, criou uma única
moeda identificada por ATP. A adenosina trifosfato contém ligações ricas em energia de uma
adenina e ribose a três fosfatos. Cada vez que o nosso organismo consegue quebrar
(hidrolisar) 1 ATP, o mesmo liberará essa energia química armazenada em suas ligações.
Temos uma pequena quantidade de ATP intracelular que corresponde a aproximadamente 20
mmol/kg/músculo. Portanto, o nosso organismo deve encontrar uma forma de realizar
ressíntese do ATP que foi depletado pela demanda energética (Robergs, 2004).

Contudo, para que algumas reacções químicas aconteçam e produzam ATP é necessária
quantidade suficiente de oxigénio. Quando temos disponibilidade suficiente de oxigénio,
obtemos energia pelo metabolismo aeróbico. No entanto, ainda é possível produzir ATP
mesmo quando não houver quantidades suficientes de oxigénio. Dessa forma, quando a
produção de ATP ocorrer sem a presença de oxigénio o metabolismo é anaeróbico. O
metabolismo anaeróbico pode ser subdividido em dois: alático e láctico (Gastin, 2001).

A primeira via metabólica faz parte do metabolismo anaeróbico, ou seja, sem a presença
suficiente de oxigénio para gerar energia. Outro factor interessante é que essa via metabólica
também é conhecida como alático, ou seja, não forma lactato como subproduto final.
Portanto, o nosso organismo utiliza a via chamada ATP-CP ou sistema fosgénio como
primeira via energética com objectivo de ressintetizar ATP. Para que isso ocorra, essa via
utiliza a fosfocreatina (Creatina + Fosfato inorgânico – CP + Pi) armazenada dentro do
músculo em pequenas quantidades de aproximadamente 80 mmol/kg/músculo, e, por meio da
enzima creatinaquinase, depleta a fosfocreatina liberando seu fosfato rico em energia e
ressintetizando o ATP utilizado (ADP …> ATP) (Gastin, 2001).

Figura 1: Sistema Fosfagênio (ATP-CP)

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Fonte: Gastin (2001)

A via metabólica seguinte é a chamada de via glicolítica do metabolismo anaeróbico láctico,


na qual ocorre a formação de lactato como seu subproduto final. Essa via metabólica utiliza o
substrato energético glicose (C6 -H12-O6 ) para restaurar o ATP (Macdougall et al., 1998).

Essa via metabólica tem duas fases importantes e distintas, sendo a primeira de investimento
de energia e a segunda fase de ganhos “lucro”.

2.2.2. Importância do metabolismo anaeróbio


No exporte de competição, é muito importante o treinamento, em qualquer modalidade
esportiva, por meio do metabolismo anaeróbio, sendo mais predominante nos exportes que
dependem da velocidade e/ou da força. As fontes principais são a via anaeróbia a láctica,
mediante a CP, e a via glicolítica anaeróbia láctica, com o acúmulo de ácido láctico.

A. Capacidade anaeróbia

É a quantidade máxima de ATP ressintetizada pelo metabolismo anaeróbio (da totalidade do


organismo) durante um tipo específico de esforço máximo de curta duração (Green, 1994). Ou
seja, se o esgotamento ocorrer em menos de dois minutos, a quantidade de ATP fornecida
pelo metabolismo anaeróbio provavelmente não será máxima. O termo capacidade anaeróbia
indica o máximo de ATP que o metabolismo anaeróbio pode fornecer.

 Potência anaeróbia: É a velocidade máxima na qual o metabolismo anaeróbio pode


ressintetizar ATP durante um esforço máximo de curta duração.
 Capacidade anaeróbia aláctica : É a quantidade de ATP que pode ser ressintetizada por
processos metabólicos anaeróbios à custa de CP, sem a produção de lactato.
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 Capacidade anaeróbia láctica: É a quantidade de ATP que pode ser ressintetizada pela
via glicolítica, em um esforço de máxima intensidade até o esgotamento, com a
produção de lactato.
 Metabolismo do ácido láctico: É de grande importância, pois permite ao músculo obter
energia de maneira muito rápida e sem depender dos mecanismos de transporte de O 2.
A quantidade total de energia produzida nessa via (glicolítica anaeróbia) é menor do
que quando há uma oxidação completa. O acúmulo de lactato no músculo é um
mecanismo indutor de fadiga.

2.3.Consumo máximo de oxigénio absoluto (VO2máx) e relativo (VO2máx/kg): um


indicador importante na fisiologia do exercício
Nos estudos biomédicos do exercício em esportistas e também na população, é importante
realizar teste de esforço cardiorrespiratório máximo (ergometria ou ergoespirometria
funcional) para determinar o VO2máx e o VO2máx/kg.

Como se sabe, para Macdougall et al., (1998), o sucesso nos exportes de resistência está
relacionado:

 Os valores elevados de VO2máx e VO2máx/kg, assim como à eficiência do limiar


anaeróbio.
 À economia do gesto esportivo, como a eficácia da passada para um corredor ou da
braçada para um nadador.
 À capacidade para manter um esforço submáximo por tempo prolongado.

Para Tiago (2000) o VO2máx/kg é uma variável de grande importância aos programas de
saúde na população com o fim de conhecer o condicionamento cardiorrespiratório (p.80).
Existem circunstâncias que limitam o VO2 no homem, entre as quais se destacam:

 A velocidade do transporte de nutrientes para os tecidos em actividade, que depende


da função cardiovascular e respiratória;
 A capacidade de utilização do O2 pelas células activas;
 A capacidade de difusão de O2 nos pulmões.
 A inactividade, a idade, o condicionamento físico e as doenças.

Há diferentes métodos não-invasivos para obter o VO2máx de forma directa (com a utilização


de analisadores respiratórios durante testes de esforço, em condições de laboratório e de
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campo) e indirecta (mediante teste de laboratório com a relação da carga utilizada e sua
resposta biológica). Em testes de campo, a partir da velocidade realizada em diferentes
distâncias, calcula-se o VO2máx absoluto e relativo como nos testes de Coopere de
Tokmakidis, entre outros.

Para Tiago (2000) existem múltiplos protocolos nos testes de laboratório para a obtenção do
VO2máx, de forma directa ou indirecta. O consumo de 1 L de O2 gera 5 kcal, existindo uma
relação perfeita entre o O2 consumido e a energia produzida. Portanto, quanto maior for o
VO2, maior será o rendimento energético.

2.3.1. Consumo de oxigénio


É a quantidade necessária para responder à demanda energética de uma determinada
actividade. O VO2 aumenta de forma linear com a intensidade da carga e com a FC, até um
limite. É medido em litros (L). 

A. Consumo máximo de oxigénio ou potência aeróbia máxima

É a medição, em L/min, da capacidade máxima de transporte de O 2 do coração e dos pulmões


de um indivíduo, assim como a capacidade dos músculos para utilizar e consumir o O 2.
Quando o VO2máx chega até seus limites ocorre um platô: apesar de aumentar a carga, não há
aumento do VO2máx.

Em condições de repouso, o consumo de O 2 basal é de 0,25 L de O2/min; é igual para


indivíduos sedentários e para os que praticam qualquer tipo de exporte. Durante o exercício
leve, uma pessoa normal pode triplicá-lo para 0,75 L de O2/min. Se o exercício for moderado
ou submáximo, pode multiplicá-lo 8 a 12 vezes, ou seja, até valores de 2 a 3 L de O 2/min. O
indivíduo treinado pode chegar até 4 a 5 L/min. Atletas de capacidade superior podem atingir
6,2 L/min. Os valores vão diminuindo com a idade e aumentando com o treinamento.

B. Consumo máximo de oxigénio relativo

É o VO2máx por kg de peso, expresso em mL/kg/min. É o indicador biológico mais


importante de saúde e da condição física da população. No Capítulo 15 observaremos várias
classificações para os diferentes grupos, por idade e sexo, segundo o American College of
Sport Medicine (ASCM). Como média, resulta um pouco inferior para as mulheres, 33 a 45
mL de O2/kg/min, do que para os homens, 42 a 52 mL de O2/kg/min.

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É um indicador importante para o exporte de alta competição, sobretudo para as modalidades
de resistência. Na Figura 2.1 observa-se a relação entre o conteúdo de fibras musculares
lentas, ou do tipo l, e o VO 2 /kg, em diferentes modalidades esportivas. Existe uma relação
directa entre ambas.

C. Factores que influenciam o VO2máx e o VO2máx/kg

Os seguintes factores influenciam o VO2máx e o VO2máx/kg: genéticos, constitucionais


(composição corporal), sexo, idade, actividade física ou modalidade esportiva, nível de
treinamento, temperatura ambiental, pressão atmosférica, estado de saúde, esforço realizado
durante a prova ou teste e habilidade e técnica para realizar o gesto esportivo.

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3. Conclusão
Chegado ao final do trabalho concluiu-se que a musculatura esquelética e o fígado constituem
os principais órgãos de armazenamento de glicogénio. Embora encontremos no fígado uma
maior concentração desse composto (até 6%), as reservas são maiores, em termos absolutos,
na musculatura esquelética. Com o prolongamento do exercício, as reservas de glicogénio
muscular diminuem progressivamente e parte da energia despendida no esforço passa a ser
fornecida pelos triglicerídeos musculares, por glicose e por ácidos graxos livres (AGL)
circulantes no plasma.

Entretanto, o conhecimento acerca dos mecanismos bioquímicos e fisiológicos que controlam


a alternância dos substratos energéticos predominantes é limitado. Estudos recentes sugerem
que uma combinação entre acção hormonal (adrenalina, noradrenalina e insulina) e a própria
estrutura molecular do glicogénio muscular regulam a entrada de substratos na fibra muscular.
As fibras musculares estão organizadas longitudinalmente e em paralelo. O músculo é
formado de vários fascículos de fibras musculares e fica envolto por uma capa dura e
resistente chamada aponeurose.

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4. Referencias Bibliográficas

Berne R. M., Levy M. N. Physiology. 4th edition. Mosby, Inc., St. Louis, Missouri, 1998;

Brooks G. A., Fahey T. D., White T. P. e Baldwin K. M. Exercise Physiology: Human

Coggan AR. (1991). Plasma glucose metabolism during exercise in humans. Sports Med;
11(2):102-24;

Ganong W. F. Review of Medical Physiology. 19th edition. Appleton and Lange, East
Norwalk, Connecticut, 1999

Guyton A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª edição. Interamericana. Rio de Janeiro,


2001:

Tiago Rias (2000). Bioenergetics and its applications. 3rd edition. Macmillan Publishing
Company. New York;

Wilmore J.H. e Costill D. L. Physiology of Sport and Exercise 2nd edition. Human
Kinetics.

Yagiela, Jonh A., Neilde, Enid A. e Dowd, Frank J. Farmacologia e Terapêutica para
Dentistas; 4ªedição; Guanabara Koogan, 1998.

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