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Tema: O papel da Estatística nas Ciências Biológicas: importância e desafios

1. Introdução
Assim como toda ciência, as ciências biológicas são movidas por perguntas. Para responder
perguntas como as citadas acima, a estatística é essencial. Com o auxílio do conhecimento
estatístico podemos planejar correctamente a colecta de dados, bem como analisar e apresentar
os dados colectados adequadamente, e assim, obter evidências sólidas para responder nossas
perguntas (Callegarijacques, 2003).

Na elaboração de conclusões, a estatística permite fazer generalização a partir de um conjunto


limitado de dados. Apesar de não existir certeza sobre determinada conclusão, por meio da
estatística é possível estabelecer um erro associado à conclusão, a partir do conhecimento da
variabilidade observada nos dados (callegari, 2003).

A estatística é um ramo de grande importância da matemática, desenvolvendo técnicas como a


colecta de dados e sua organização, interpretação, análise e representação. O uso da matemática
para a tomada de decisões vem acompanhando nossa história desde o início das grandes
civilizações. Com o passar do tempo, foram criados métodos para facilitar-se esse processo.
Diante a isto, o presente trabalho tem com tema de investigação “O papel da Estatística nas
Ciências Biológicas: importância e desafios”.

Para Morettin (2013) “a estatística está presente nas decisões simples até nas mais complexas do
nosso quotidiano, e essas informações não podem ou não deveriam ser repassadas de qualquer
maneira” (p. 90). Existem regras específicas para a colecta de dados, para sua análise e até
mesmo para a definição da estimativa de confiabilidade da pesquisa, enfim, todas essas regras
surgem baseadas em ferramentas desenvolvidas no estudo da estatística.
1.1. Problematização
A Estatística é a ciência que utiliza-se das teorias probabilísticas para explicar a frequência da
ocorrência eventos, tanto em estudos observacionais quanto em experimento modelar a
aleatoriedade e a incerteza de forma a estimar ou possibilitar a previsão de fenómenos futuros,
conforme o caso.

Assim como toda ciência, as ciências biológicas são movidas por perguntas. Podemos nos
perguntar, por exemplo: que fatores influenciam na diferença do número de espécies de
mamíferos entre duas regiões? O barramento de um rio para construção de uma hidrelétrica
altera a densidade populacional dos peixes desse rio? Quais serão os efeitos das alterações na
temperatura e precipitação decorrentes das mudanças climáticas sobre a vegetação? A infecção
de mulheres gestantes pelo vírus Zika está associada à prevalência de microcefalia em seus
bebês? Qual a didática mais eficiente para o ensino de doenças sexualmente transmissíveis aos
educandos do Ensino Secundário?
Para responder perguntas como as citadas acima, a estatística é essencial. Com o auxílio do
conhecimento estatístico podemos planejar corretamente a coleta de dados, bem como analisar e
apresentar os dados coletados adequadamente, e assim, obter evidências sólidas para responder
nossas perguntas (Callegarijacques, 2003). Diante a ocorrência deste facto colocasse a seguinte
questão:
 Qual é o papel da Estatística nas Ciências Biológicas: importância e desafios?

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral


 Conhecer o papel Estatística nas Ciências Biológicas: importância e desafios.

1.2.2. Objectivos específicos


 Identificar o papel Estatística nas Ciências Biológicas: importância e desafios;

 Descrever a importância da Estatística nas Ciências Biológicas;

 Propor desafios enfrentados pela Estatística nas Ciências Biológicas;


1.3. Metodologias do Trabalho
Para a materialização do presente trabalho usou-se na pesquisa bibliográfica que espelhou na
análise das obras literárias e artigos da internet sobre o papel Estatística nas Ciências Biológicas:
importância e desafios. O trabalho em questão tem a seguinte estrutura temática: Introdução,
desenvolvimento em que nos debruçaremos com mais detalhes os aspectos ligados ao tema,
conclusão as referências bibliografia usada na elaboração do presente trabalho.
2. Desenvolvimento
Esta parte do trabalho, contém um texto claro e objectivo, abordando completamente aspectos
relacionados com “o papel Estatística nas Ciências Biológicas: importância e desafios”. É de
importância realçar que usou-se e tomou-se em conta os conhecimentos adquiridos na disciplina
de Metodologia de Investigação Científica (MIC).

Diante desta abordagem do trabalho as medidas de tendência central nos dão uma ideia da
concentração dos dados em torno de um valor. Entretanto, é preciso também conhecer suas
características de espalhamento ou dispersão – medidas de variabilidade (ou dispersão).

2.1. Revisão de literatura


A Estatística tem aplicações em todas as áreas do conhecimento humano e a introdução do artigo
é seu cartão de apresentação, deve, pois, despertar o interesse e demonstrar a relevância da
investigação realizada, cujos resultados serão apresentados no desenvolvimento.

O termo estatístico surge da expressão em latim statisticum collegium palestra sobre os assuntos
do Estado, de onde surgiu a palavra em língua italiana statista, que significa "homem de estado",
ou político, e a palavra alemã Statistik, designando a análise de dados sobre o Estado. A palavra
foi proposta pela primeira vez no século XVII, em latim, por Schmeitzel na Universidade de Jena
e adotada pelo acadêmico alemão Godofredo Achenwall. Aparece como vocabulário na
Enciclopédia Britânica em 1797, e adquiriu um significado de coleta e classificação de dados, no
início do século XIX.

2.1.1. Aplicações da Estatística


A partir do século XX, os métodos estatísticos foram desenvolvidos como uma mistura de
ciência, tecnologia e lógica para a solução e investigação de problemas em várias áreas do
conhecimento humano (Stigler, 1986). Ela foi reconhecida como um campo da ciência neste
período, mas sua história tem início bem anterior a 1900. A estatística moderna é uma tecnologia
quantitativa para a ciência experimental e observacional que permite avaliar e estudar as
incertezas e os seus efeitos no planejamento e interpretação de experiências e de observações de
fenômenos da natureza e da sociedade (Matsushita, 2004).
A estatística não é um ramo da matemática onde se investigam os processos de obtenção,
organização e análise de dados sobre uma determinada população. A estatística também não se
limita a um conjunto de elementos numéricos relativos a um fato social, nem a números, tabelas
e gráficos usados para o resumo, à organização e apresentação dos dados de uma pesquisa,
embora este seja um aspecto da estatística que pode ser facilmente percebido no cotidiano. Ela é
uma ciência multidisciplinar, que permite a análise estatística de dados de um físico. Poderia
também ser usada por um economista, agrônomo, químico, geólogo, matemático, biólogo,
sociólogo psicólogo e cientista político.
Segundo Rao (1999), “a estatística é uma ciência que estuda e pesquisa sobre: o levantamento de
dados com a máxima quantidade de informação possível para um dado custo; o processamento
de dados para a quantificação da quantidade de incerteza existente na resposta para um
determinado problema; a tomada de decisões sob condições de incerteza, sob o menor risco
possível” (p.90).
De fato, a estatística tem sido utilizada na pesquisa científica para a otimização de recursos
econômicos, para o aumento da qualidade e produtividade, na otimização em análise de decisões,
em questões judiciais, previsões e em muitas outras áreas.
Estatística forma uma ferramenta chave nos negócios e na industrialização como um todo. É
utilizada a fim de entender sistemas variáveis, controle de processos (chamado de "controle
estatístico de processo" ou CEP), custos financeiros (contábil) e de qualidade e para sumarização
de dados e também tomada de decisão baseada em dados. Em nessas funções ela é uma
ferramenta chave, e é a única ferramenta segura.

2.1.2. O papel da Estatística nas Ciências Biológicas


As Ciências Biológicas utilizam a estatística para resolver problemas em diferentes situações.
Por exemplo, biólogos que seguiram a carreira académica utilizam a estatística para orientar suas
pesquisas científicas ao definir desenhos amostrais e análise de dados.

Para Costa (1998) “Biólogos que trabalham em órgãos públicos, ONGs ou empresas privadas
muitas vezes precisam desenvolver projetos, coletar e analisar dados, apresentar resultados em
relatórios. A realização dessas atividades pode ser orientada pelo conhecimento estatístico”
(p76). Biólogos que optaram pela docência em escolas também podem desenvolver projetos com
seus acadêmicos e aplicar a estatística de diferentes formas.

Já para Meyer (1989, p.43), na vida cotidiana, o papel Estatística nas Ciências Biológicas tem
haver em saber ler gráficos e tabelas, entender um pouco de estatística descritiva pode ser muito
útil para interpretar correctamente informações de noticiários. Conhecer os conceitos de
distribuição normal e teorema do limite central permite entender porque eventos extremos (muito
bons ou muito ruins) acontecem com menor frequência, ou porque, depois de um evento muito
ruim, algo melhor acontece.
De acordo com o referido autor, percebe-se então que a Estatística nas ciências Biológica
representa um papel crucial em que interessado dessa área possa compreender a eficácia no
processamento dos dados, incluindo seus diferentes campos de actuação e desenvolvimento
como também a compreensão e valorização do método estatístico, isto é, perceber tipos de
questões a que o uso inteligente da Estatística pode dar uma resposta eficiente, as formas básicas
de raciocínio estatístico, suas potencialidades e limitações.

2.1.3. Importância e desafios da Estatística nas ciências Biológicas


Em muitas situações para o entendimento dos contextos biológicos, só são possíveis através das
estatísticas, dessa forma, o conhecimento estatístico nos auxilia na procura incessante pela verdade
absoluta. Todavia é clara e abrangente a importância de algumas mudanças dentro do contexto da
estatística, pois somente com essas mudanças poderemos aumentar o poder de criticidade por parte
dos cidadãos e alunos quanto aos dados estatísticos.
Isso mostra a importância da Estatística nas ciências Biológicas compreenderem a interpretação de
dados estatísticos que se deparam no dia-a-dia. Sendo assim, Bussab (2002) “uma formação
epistemológica em "estatística" se configura como essencial no desenvolvimento cognitivo do aluno,
considerando-se o que o que é salientado nos PCN” (p.65), quando se estabelece que só está
alfabetizado quem sabe ler e interpretar dados numéricos dispostos de forma organizada.
A importância do estudo da estatística nas ciências Biológicas para que os apaixonados da área
aprendam a ler e interpretar as situações da sua vida diária vem corroborar com uma forma de
educação que busca abandonar o processo de memorização de fórmulas e algorítimos, visando a
formação de sujeitos capazes de perceber, compreender e atuar no meio social no qual está inserido.
Segundo Wikimedia Foundation, Inc, (2011) , “A estatística utiliza-se através das teorias probabilísticas
para explicar a frequência de fenómenos e para possibilitar a previsão desses fenómenos no futuro.”
(p.01).
Segundo a mesma fonte, algumas ciências usam a estatística aplicada tão extensivamente que elas
acabam tendo uma terminologia especializada, sendo a bioestatística uma aplicação da estatística no
campo biológico e médico. A estatística sempre foi importante para a sociedade de antigamente, como
por exemplo em Portugal, que ao longo do tempo desde os primeiros dados levantados por D. Afonso
III, a estatística tem sido muito importante na sociedade; porém este levantamento de dados tratava-se
apenas de uma contagem não exaustiva da população, ao contrário dos levantamentos estatísticos
actuais que são supervisionados pelo Instituto Nacional de Estatística, onde para actualização dos dados
e para melhor proveito da sociedade, são feitos recenseamentos gerais da população de 10 em 10 anos.
Actualmente, a estatística tem tornado as realidades quotidianas em realidades maleáveis aos dados
disponíveis, além disso a importância da estatística na ciência tem sido resumida a alguns pontos
importantes da interacção da mesma com a ciência.
3. Conclusão
Chegado ao final do trabalho concluiu-se que tem aplicações em todas as áreas do conhecimento
humano e devido às suas raízes empíricas e seu foco em aplicações, a estatística geralmente é
considerada uma disciplina distinta da matemática, e não um ramo dela. A estatística é uma ciência que
se dedica à colecta, análise e interpretação de dados. Preocupa-se com os métodos de recolha,
organização, resumo, apresentação e interpretação dos dados, assim como tirar conclusões sobre as
características das fontes donde estes foram retirados, para melhor compreender as situações . 

Na aplicação da Estatística nas ciências biológicas tem como objectivo avaliar o quanto estão
dispersos os valores de uma distribuição de frequência, ou seja, o grau de afastamento ou de
concentração entre os valores de uma problemática epidemiológica.

Portanto, a estatística nas ciências biológicas também não se limita a um conjunto de elementos
numéricos relativos a um fato social, nem a números, tabelas e gráficos usados para o resumo, à
organização e apresentação dos dados de uma pesquisa, embora este seja um aspecto da estatística que
pode ser facilmente percebido no quotidiano. Ela é uma ciência multidisciplinar, que permite a análise
estatística de dados de um físico. Poderia também ser usada por um economista, agrónomo, químico,
geólogo, matemático, biólogo, sociólogo psicólogo e cientista político.
4. Referências Bibliográfica
Bussab, Wilton de Ol., Morettin, Pedro A. (2002).Estatística Básica. São Paulo: Saraiva;

Costa, F. S. (1998). Introdução Ilustrada à Estatística. São Paulo: Harbra;

Crespo, A. (1996). Estatística Fácil na Geografia. Rio de Janeiro: Saraiva;

Fonseca, Jairo Simon da. (1993). Introdução a Estatística. Rio de Janeiro: LTC;

Jairo, Simon da Fonseca, Martins, Gilberto de Andrade. (1996). Curso de Estatística, São Paulo:
Atlas;

Martins G. A. (2001). Estatística Geral e Aplicada em dados de Geografia. São Paulo: Atlas;

Meyer, Paul L. (1996). Aplicações a Estatística. Rio de Janeiro: LTC.

Milone, Guiseppe.(2003). Estatística Geral e Aplicada. Thomson Pioneira. 498p.1a edição.


ISBN 85-221-0339-9;
Moore, David S. (2005). A Estatística Básica e sua Prática. LTC. 3a edição. 688p. ISBN 85-
216-1443-8;
Rao, C.R. (1999). Statistics: A technology for the millennium Internal. J. Math. & Statist. Sci,
Vol. 8, No.1, Junho;
Triola, Mário F. (2008). Introdução à Estatística. LTC. 10a edição. 722p. ISBN 85-216-1586-8;

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