Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Disserte sobre evolução das ciências geográficas desde antiguidade (época Romana) até a
época contemporânea
1
Recomendações de melhoria:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
________________________________________________
Índice
2
1.Introdução.......................................................................................................................4
1.1.Objectivos....................................................................................................................5
1.2.Metodologia de trabalho..............................................................................................5
3.Considerações Finais....................................................................................................12
4.Referências Bibliográficas............................................................................................13
3
1.Introdução
Este trabalho tem como objectivo dissertar sobre evolução das ciências geográficas desde
antiguidade (época Romana) até a época contemporânea que é pilar para descrição histórica
da evolução geográfica como ciência. Desde os tempos mais remotos, no período da
Antiguidade, os povos viviam em grupos os quais se deslocavam em busca de meios de
subsistência e assim conheciam o espaço em que viviam.
O rótulo geografia, por outro lado, somente passou a ser utilizado na Antiguidade Clássica e é
fruto directo do pensamento grego. O campo de estudos da Geografia foi construído por meio
de teorias e filosofias que procuravam através do método científico desenvolver o
conhecimento geográfico, a história da exploração da superfície terrestre iniciou-se muito
antes da Grécia Antiga. Com efeito, os achados pré-históricos, como, por exemplo, as pinturas
rupestres, utensílios diversos, esqueletos, entre outros, indiciam vestígios da presença humana
em todas as partes do globo (Andrade, l 987 e Sofre 1989).
4
1.1.Objectivos
A seguir são apresentados os objectivos que permearão o desenvolvimento deste trabalho:
1.2.Metodologia de trabalho
A metodologia deste trabalho tem como base a pesquisa exploratório-descritiva, utilizando-se
como procedimento, a pesquisa bibliográfica. A pesquisa exploratória, segundo Gil (2007)
tem o objectivo de possibilitar um maior conhecimento com o problema estudado, deixando-o
mais claro ou construindo hipóteses.
5
2. Evolução das ciências geográficas desde antiguidade (época Romana)
No processo histórico de construção desta especificidade do saber humano, os gregos são
considerados os primeiros a registar de forma sistematizada os conhecimentos geográficos. Os
romanos, partindo dos conhecimentos herdados dos gregos, ampliaram significativamente
estes conhecimentos, tornando-se os responsáveis pelas grandes contribuições que passariam
ser, mais tarde, fundamentais no desenvolvimento da Geografia enquanto ciência.
Em conformidade com Capel & Urteaga, "( 1984,p.07), exorta que o termo geografia, criado
pelos gregos, significa "Ciência da descrição da Terra" (geos, Terra e grafein, descrever).
Porém, o ato de descrever a Terra, a corografia, exigia a produção de mapas para que os
territórios, objectos da descrição, fossem precisamente localizados.
A originalidade da palavra geografia vem do grego da Antiguidade, a mais de 2000 anos, que
significa: Geo (Terra) + grafia (descrição) = descrição da Terra, é um ramo da ciência tão
antigo quanto a abordagem da sua história do homem na Terra. É uma disciplina cheia de
complexidades e polémica no seu processo evolutivo, o homem teve que conhecer a natureza,
representá-la e transformá-la, como forma de sobreviver e reproduzir-se socialmente. A
geografia ganha novo contorno da sua importância à medida que contribui para a trajectória
humana durante a fase pré-científica.
Em conformidade com Andrade (1992), ressalta que o homem através das suas experiências,
desenvolviam ideologias de ordem geográfica e lançavam as sementes que no futuro seriam
desenvolvidas com carácter científico.
A Cartografia foi reformulada, passando a ser produzidos os chamados portulanos, que para
Ferreira e Simões (1994, p. 52) “O nome portulano vem provavelmente da designação (do
italiano portolano)”, que são os mapas que tinham a capacidade de descrever com detalhes as
rotas marítimas. Descrições de viagens entre o Ocidente e o Oriente eram feitas, trazendo
6
importantes informações das regiões desconhecidas. Ao mesmo tempo em que o
conhecimento do espaço geográfico vinha sendo ampliado, o relacionamento entre sociedade
e natureza era estabelecido
Heródoto
Na linha de pensamento de Sodré (1989), Heródoto de Helicarnado foi conhecido como pai da
História, acumulou grandes conhecimentos graças as suas viagens que o levaram desde o
Sudão até a Europa Central e da Índia até a Península Ibérica, ou seja, todo o mundo até então
conhecido pelos gregos. Suas descrições históricas são ricas em informações geográficas, que
grandes utilidades tiveram para os governantes gregos, desejosos de obterem informações
sobre os chamados bárbaros e seus territórios.
Segundo Sodré (1989), ressalta que Heródoto, foi Hipócrates, as suas preocupações estavam
voltadas mais para o homem do que para o meio, apesar de aceitar a ideia de que este último
elemento era mais importante. A obra de sua autoria mais consagrada foi: Dos Ares, Das
Águas e dos Lugares, na qual, de forma bastante determinista, procurou estabelecer a
distinção entre os habitantes das montanhas e os das planícies.
Hiparco
De acordo com Sodré (1989), a firma que Hiparco, foi o grande continuador da obra de
Erastótenes, além de tê-lo substituído na direcção da Biblioteca de Alexandria. Considerado
por muitos como um dos maiores astrónomos da Antiguidade, suas contribuições no campo
da geografia matemática foram também de grande importância.
Foi ele o primeiro a dividir o círculo terrestre em 3600, além de ter inventado a projecção
estereográfica (foi um dos primeiros a se preocupar com o problema da projecção da
superfície curva da Terra em um mapa plano), tão fundamental para a renovação da
cartografia. Estabeleceu os princípios que nos permite afirmar que a diferença de longitude de
dois pontos é igual à diferença dos ângulos horários, isto é, a diferença das horas locais
simultâneas desses dois pontos. Isso resultou no avanço do sistema de localização dos
acidentes geográficos via coordenadas terrestres, meridianos e paralelos.
Erastóstenes
7
Abordou aspectos fisico-geograficos relacionados com teoria de zonas. Hizo consideraciones
sobre materiais topográficos que podiam servir para confecciona de mapas"(Álvarez et al,
1986,p.38).
Erastostenes foi responsável pela confecção de um mapa mundi que continha sete paralelos e
sete meridianos, cada qual denominado pelo nome do lugar por onde passava. Desenvolviam-
se com ele os sistemas de coordenadas tão presentes hoje em nossos mapas.
Para Sodré (1989), ressalta que estavam voltadas o homem do que para o meio, apesar de
aceitar a idéia de que este último elemento era mais importante, consagrou várias obras: Dos
Ares, Das Águas e dos Lugares, na qual, de forma bastante determinista, procurou estabelecer
a distinção entre os habitantes das montanhas e os das planícies, por força da influência das
terras altas, húmidas, batidas pelos ventos, seriam de estatura alta, (Sodré, 1989,p.15).
Segundo Andrade (1992) o desenvolvimento das ciências acelerou-se nos séculos XVIII e
XIX. Com o desenvolvimento do capitalismo comercial a partir do século XV, o interesse por
matérias-primas e a conquista de territórios para a produção de alimentos pelos países
europeus que eram os detentores dos meios de produção promoveu a expansão económica e
territorial desse continente.
Segundo Moreira (2008a), Kant, mesmo não sendo geógrafo de formação, percebe que o
avanço da ciência encontra-se na interpretação da natureza, com isso, a Geografia ganha
sentido por meio do olhar humano e da descrição, gerando o registo dos lugares de forma
corográfica.
Ferreira e Simões (1994) descrevem que esta corrente filosófica está firmada em três regras
ditas como essenciais, que são:
Para Morais (1992), a concepção filosófica em que os geógrafos do século XIX vão buscar
suas orientações é o Positivismo, no qual a Geografia Tradicional está fundamentada.
9
Na perspectiva de Morais (1992, p. 21), diz que “os postulados do positivismo (aqui
entendido como o conjunto das correntes não-dialéticas) vão ser o patamar sobre o qual se
ergue o pensamento geográfico tradicional, dando lhe unidade.” Na Geografia tradicional, a
descrição, enumeração e classificação são elementos presentes neste dado momento histórico.
A Geografia passa a ser interpretada através das relações entre o homem e a natureza,
relacionando os aspectos sociais ao meio ambiente. Segundo historiadores e pensadores,
Alexander Von Humboldt e Karl Ritter são os fundadores da ciência geográfica moderna.
A Geografia, como uma ciência sintética e metodológica, procurava buscar uma relação entre
os objectos observados e a razão, propondo a ideia de que tudo que é apreciável deve ser
pensado e construído pelo sujeito.
De acordo com Morais (1992, p. 48-49), relata que “Ritter define o conceito de “sistema
natural”, isto é, uma área delimitada dotada de uma individualidade.” Para Ritter, cabe a
Geografia se valer dos estudos dos lugares, mas em busca de suas individualidades. Ritter
analisou diferentes fenómenos da superfície da Terra sem deixar de lado a acção humana.
Para chegar à “individualidade regional”, Ritter compara recortes de áreas diferentes, com o
fim de identificar as suas características comuns e assim chegar a um plano de generalização
(método indutivo). De posse desse plano de comparação possível, individualiza e analisa cada
área separadamente, com o fim agora de identificar o que é específico a cada uma, distinguir o
que as separa e assim classificar as áreas por suas propriedades comuns a todas (método
dedutivo). Obtém-se com isto a individualidade de cada área, isto é, a construção teórica da
região, que Ritter concebe de maneira a ver cada área como recorte de uma unidade de espaço
maior, sendo uma unidade em si ao mesmo tempo que é parte diferenciada do conjunto maior
da sua superfície terrestre. (Moreira, 2006, p.21).
10
2.1.4.Evolução das ciências geográficas época contemporânea
A principal dificuldade que o geógrafo actual enfrenta é analisar, de forma cartesiana, esses
processos de transformações espaciais, determinadas pela inter-relação sociedade/natureza,
uma vez que não são processos estáticos; são extremamente dinâmicos e complexos.
De acordo com Andrade (2002), realça que a categoria “tempo”, que vem sendo analisado
como se fosse uma sucessão linear que se divide em três etapas: passado, presente e futuro:
[...] essas etapas são apenas cronológicas, pois as instituições e as relações existentes no
passado permanecem e actuam no presente e se projectam no futuro. Assim, a um só tempo, a
sociedade e a natureza vivem no presente também o passado, através dos resquícios outrora
dominantes, e as projecções no futuro. (Andrade, 2002, p. 21).
11
3.Considerações Finais
Pelo exposto podemos concluir que o autor deste trabalho procurou exercer um a
comparabilidade as ideias de vários autores que contribuíram para o entendimento da
evolução do pensamento geográfico e com o conceito de região como categoria de análise, no
que concerne na sistematização da Geografia no seu período clássico, as máximas geográficas
sendo elaboradas e transmitidas, sendo tratadas como elementos principais do pensamento
geográfico, mesmo o homem não fazendo parte de tais discussões, porém a partir destas
máximas o pensamento geográfico foi desenvolvido.
O pensamento de Humboldt e Ritter através de viagens e dos seus relatos estabeleceram uma
Geografia descritiva a realização de observações empíricas a fim de facilitar a sistematização
de conceitos e a importância de tais observações retomando à consolidação do pensamento
geográfico moderno.
12
4.Referências Bibliográficas
1. ______. O pensamento geográfico brasileiro: as matrizes clássicas originárias. São
Paulo: Contexto, 2008ª;
2. Álvarez, Celina et al. (1986). História de Ia geografia. Habana: Editora Pueblo y
Educación;
3. Andrade, Manuel C. (1987). Geografia - Ciência da sociedade: uma introdução...
São Paulo;
4. Capel, Horácio & Urteaga, L. (1984). Las nuevas geografias. 4ª ed. Barcelona;
5. Ferreira, Conceição; Simões, Natércia. (1994). A evolução do pensamento
geográfico. 8.ed. Lisboa: Gradiva;
6. Gomes, Paulo César da Costa. (2007). Geografia e Modernidade. 6.ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil;
7. Moraes, António C.R. (198). A Génese da geografia moderna. São Paulo;
8. Moraes, António Carlos Robert. (1992). Geografia Pequena História Crítica.
11.ed.São Paulo;
9. Moreira, Ruy. (2006). Para onde vai o pensamento geográfico? Por uma
epistemologia crítica. São Paulo;
10. Prado JR. Caio. (1961). Evolução política do Brasil e outros estudos. São Paulo;
11. Rocha, Genylton O.R. (1996). A trajectória da geografia no currículo escolar
brasileiro (1838-1942). (Dissertação de Mestrado), Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo São Paulo;
12. Sodré, Nelson W. (1989). Introdução à geografia - geografia e ideologia. 7ª ed.
Petrópolis.
13