Você está na página 1de 13

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DA FILOSOFIA GREGA

Nome: Amido Atumane Adinane


Código do Estudante: 708223167

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Cadeira: Introdução a Filosofia
Ano de Frequência: 2º. Turma C

Dr. Arquimedes Pereira

Milange, Maio de 2023

i
Folha de feedback:

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura Organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao
objectivo do trabalho 2.0
Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdos
(expressão escrita cuidada, 2.0
Analise e coerência/ coesão textual)
discussão
Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos práticos 2.0
Paginação, tipo e tamanho de
Aspectos Formatação letra, parágrafo, espaçamento 1.0
gerais entre linhas.

Norma APA 6a
Referências edição em Rigor e coesão das citações/ 4.0
Bibliográficas citações e referências bibliográficas.
bibliografia

ii
Recomendações de melhorias:

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

iii
Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO .............................................................................................. 1

1.1. Introdução ...................................................................................................................... 1

1.2. Objectivos ...................................................................................................................... 1

1.2.2. Objectivos Geral............................................................................................................. 1

1.2.3. Objectivos Especifico..................................................................................................... 1

1.3. Metodologia ................................................................................................................... 1

CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO..................................................................................... 3

2.1. Conceitos ........................................................................................................................ 3

2.2. O nascimento da Filosofia .............................................................................................. 3

2.3. As fases ou épocas da Filosofia grega............................................................................ 4

2.4. Períodos da História Grega ............................................................................................ 6

CAPÍTULO III: CONCLUSÃO ............................................................................................. 8

3.1. Conclusão ....................................................................................................................... 8

Referências bibliográficas .......................................................................................................... 9

iv
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Introdução
Grego é o nome pelo qual os romanos designavam os helenos, habitantes da Hélade que ficou
conhecida como Grécia. As formas portuguesa Grécia, castelhana, romena e italiana Grecia,
francesa Grèce, inglesa Greece, alemã Griechenland são um eruditismo calcado sobre
o latim Græcia, A Grécia Antiga formou uma das maiores civilizações da Antiguidade,
legando para a humanidade contribuição muito importante em diversas áreas do
conhecimento, tais civilizações tiveram varias épocas e fases, em que o presente trabalho da
cadeira de introdução a filosofia se centraliza, versando em torno de uma breve
contextualização da filosofia grega.
A relevância desta pesquisa está na compreensão dos períodos e fases da história filosófica da
Grécia.

Portanto, para melhor compreensão, a redacção do trabalho estrutura-se pelos seguintes itens:
Capítulo I- referente à Introdução, primando pelos objectivos bem como a metodologia
usada; Capítulo II- inclui a Marco Teórico, o qual sustenta toda a pesquisa desencadeada;
Capítulo III- assenta-se a conclusão chegada neste trabalho; terminando com as referências
bibliográficas, onde estão em ordem alfabética os nomes dos autores usados para
sustentabilidade do tema em causa.

1.2. Objectivos
Para Rodrigues et al (2009), “os objectivos são entendidos por resultados quantitativos e
qualitativos desejados” (p.16).

1.2.2. Objectivos Geral


 Analisar as fases da história e os períodos da filosofia grega.

1.2.3. Objectivos Especifico


 Compreender as fases ou épocas da História da Grécia;
 Descrever os quatro períodos da filosofia grega.
 Explicar os quatro períodos da filosofia grega.

1.3. Metodologia
Segundo Fragata (1980), “metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e
exacta de toda acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa (p.19).

1
Esta pesquisa quanto a natureza é básica, que tem como objectivo principal “o avanço do
conhecimento científico, sem nenhuma preocupação com a aplicabilidade imediata dos
resultados a serem colhidos”. (Appolinário, 2011, p. 146),

A pesquisa quanto ao tipo é bibliográfica, aquela que se realiza com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros, artigos científicos, monografias e teses”
(Silva, 2014, p.23). Portanto, este método permitiu realizar a revisão de obras previamente
publicadas sobre a contextualização da filosofia grega com objectivo de reunir e analisar
textos publicados, para apoiar o trabalho.
Quanto a abordagem é qualitativa porque não emprega procedimentos estatísticos; e quanto
aos objectivos recorre-se a pesquisa descritiva que “visa descrever as características
conhecidas ou componentes no facto, fenómeno ou representação” (Teixeira 2001, p.118).

2
CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO

2.1. Conceitos

Segundo Sellars, (1963, p.1), o termo Filosofia vem do grego philosophia, sendo philo:
amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais e sophia: significando sabedoria. Portanto a
filosofia é amizade pela sabedoria e amor pelo saber, que estuda questões gerais e
fundamentais sobre a existência, conhecimento, valores, razão, mente, e linguagem;
frequentemente colocadas como problemas a se resolver. O termo provavelmente foi cunhado
por Pitágoras (c. 570 – 495 a.C.).

Descartes percebe também a Filosofia como o estudo da sabedoria, conhecimento perfeito de


todas as coisas que os humanos podem alcançar para o uso da vida, a conservação da saúde e
a invenção das técnicas e das artes.

Já para Kant, Filosofia é o conhecimento que a razão adquire de si mesma para saber o que
pode conhecer e o que pode fazer, tendo como finalidade a felicidade humana.

Em suma, a filosofia é associada à sabedoria, cultura intelectual e à busca de conhecimento,


servindo-se de investigação fundamentada em assuntos como realidade, moralidade e vida em
todas as civilizações do mundo.

2.2. O nascimento da Filosofia


Os historiadores da Filosofia dizem que ela nasce nos finais do séc. VII e início do século VI
a.C., nas colónias gregas da Ásia Menor (particularmente as que formavam uma região
denominada Jónia), na cidade de Mileto, ela também, possui um conteúdo preciso ao nascer:
é uma cosmologia.

Historicamente, a filosofia englobava qualquer corpo de conhecimento. Desde o tempo do


filósofo grego antigo Aristóteles até o século XIX, a filosofia natural abrangia a Astronomia,
a Biologia, a Medicina e a Física. Por exemplo a obra de Newton, Philosophiæ Naturalis
Principia Mathematica (1687), mais tarde classificada como um livro de física. No século
XIX, o crescimento das universidades de pesquisa modernas levou a filosofia académica e
outras disciplinas a se profissionalizar e se especializar. Sellars, (1963, p.5).

3
2.3. As fases ou épocas da Filosofia grega
A Filosofia terá, no correr dos séculos, um conjunto de preocupações, indagações e interesses
que lhe vieram de seu nascimento na Grécia.

Assim, antes de vermos que campos são esses, examinemos brevemente os conteúdos que a
Filosofia possuía na Grécia. Para isso, devemos, primeiro, conhecer os principais períodos da
Filosofia grega, pois tais períodos definiram os campos da investigação filosófica na
antiguidade.

A história da Grécia costuma ser dividida pelos historiadores em quatro grandes fases ou
épocas:

a) Homérica:

Homérico é uma fase da história da Grécia Antiga iniciada por volta de 1150 a.C., logo após
o fim da Civilização Micénica, até aproximadamente 800 a.C., momento em que começaram
a surgir as cidades-Estado gregas. O nome desse período histórico é uma referência ao poeta
Homero. Seus poemas Ilíada e Odisseia são as fontes históricas para a compreensão desse
momento.

Neste Período, a sociedade, inicialmente, se baseava em famílias, que precederam as pólis,


cidades gregas. A economia era baseada no comércio marítimo e na metalurgia. A educação
passou por uma grande transformação com o surgimento da escrita, por meio da qual os
ensinamentos, como os mitos, começaram a ser escritos, e não mais transmitidos de forma
oral.

b) Arcaica / dos sete sábios:

Com o fim da fase homérica, a expansão das cidades-estados dominou essa fase que
predominou no século VII ao século V a.C., quando os gregos criam cidades como Atenas,
Esparta, Tebas, Megara, entre outras e, assentou a economia urbana, baseada no artesanato e
no comércio; é nessa fase que surge o conceito de sociedade privada, na sociedade grega, a
qual era comandada pelos proprietários de terra.

c) Clássica:

Esta fase abrangiu nos séculos V e IV a.C., quando a democracia se desenvolveu, a vida
intelectual e artística entra no apogeu e Atenas domina a Grécia com seu império comercial e
militar;

4
Marcado pela glória da Grécia, nesta época o desenvolvimento cultural, urbano e filosófico
foi o de maior intensidade na região. É neste período que viveram Sócrates, Platão,
Aristóteles e os sofistas.

Sócrates, diferentemente de seus predecessores, iniciou a corrente filosófica de estudo do


Homem, sua moral, suas acções e aquilo que ele chamava de “Mundo da Realidade”: o
mundo sem mitos, histórias e fantasias, com a realidade baseada na lógica e razão.

Também conhecido como Período Clássico, a Filosofia Grega Clássica compreende o


momento da história da filosofia que se inicia com o surgimento da figura de Sócrates, o
desenvolvimento de Platão e culmina nos trabalhos de Aristóteles. Na história da filosofia
este período é compreendido como estando entre os pré-socráticos e pós-socráticos, embora o
uso de tempo para esta denominação não seja totalmente adequado, uma vez que muitos
filósofos pré-socráticos foram, na verdade, contemporâneos de Sócrates. A divisão trata mais
do estilo de fazer filosofia e da relevância dos três autores que compõe o período clássico,
Sócrates, Platão e Aristóteles. Este período é marcado pelo amadurecimento da filosofia para
uma forma mais estruturada e pelos desenvolvimentos em ética e política, que estavam
praticamente ausentes nos pré-socráticos.

d) Helenística:

Esta fase começa com a expansão do império Macedónio, no final do século IV a.C., e
termina com a conquista dos romanos das cidades gregas, no século II a. C, período da sua
existência independente.

Nesta fase, existiram várias correntes com tentativa de remediar os sofrimentos da condição
humana individual, segundo Chauí, (2013), são:

 O epicurismo ensinando que o prazer é o sentido da vida;


 O estoicismo instruindo a suportar com a mesma firmeza de carácter os
acontecimentos bons ou maus;
 O ceticismo de Pirro orientando a suspender os julgamentos sobre os fenómenos.

Os períodos da Filosofia não correspondem exactamente a essas épocas, já que ela não existe
na Grécia homérica e só aparece nos meados da Grécia arcaica. Entretanto, o apogeu da
Filosofia acontece durante o apogeu da cultura e da sociedade grega.

5
2.4. Períodos da História Grega

A Filosofia, como conhecemos hoje, ou seja, no sentido de um conhecimento racional e


sistemático, foi uma actividade que, segundo se defende na história da filosofia, iniciou na
Grécia Antiga formada por um conjunto de cidades-Estado (pólis) independentes. Isso
significa que a sociedade grega reunia características favoráveis a essa forma de expressão
pautada por uma investigação racional. Essas características eram: poesia, religião e
condições sociopolíticas.

Costuma-se dividir a Filosofia Grega em quatro grandes períodos, nos quais seu conteúdo
muda e se enriquece, esses períodos são:

a) Pré-socrático/ Cosmológico:

Este período se desencadeou desde o final do século VII ao final do século V a.C., quando a
Filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das transformações
na Natureza, que neste período, acreditava-se que existia algo que teria originado o universo.
Neste período, existam três escolas que acreditavam:

 Escola Jónica: aqui, constatou-se que a causa da origem do mundo para Tales de
Mileto é a água, já para Anaximandro é o indeterminável (infinito), e para
Anaxímenes é o ar;
 Escola Pitagórica: Pitágoras estabeleceu que a origem de todo o universo estaria em
relação a matemática, mais especificamente na geometria;
 Escola Eleata: Parménides e Zenão eram imutáveis e acreditavam que a natureza era
eterna e imutável;

Depois das concepções tidas nessas escolas desta época, surgiu uma corrente que acreditava
que o universo era originado por junção de quatro elementos básicos: terra, fogo, água e ar;
esta corrente ficou conhecida como Pluralista.

b) Socrático / Antropológico:

Este período, se estende desde o final do século V e todo o século IV a.C., quando a Filosofia
passa, a partir de então, a abordar questões essencialmente humanas, ou questões advindas
das relações humanas e do convívio em sociedade, como a justiça, o bem, a moral e a
verdade.

6
Sócrates afirmava a sua ignorância, dizendo a frase que, segundo ele mesmo, definia-o: “Só
sei que nada sei.” Esse reconhecimento de sua ignorância foi uma marca fundamental para
estabelecer o seu carácter questionador de sábio, pois o reconhecimento da ignorância leva à
busca pelo saber, ao passo que a soberba intelectual leva à estagnação. Este método socrático
de trazer as ideias das pessoas consistia em dois passos:

 Maiêutica – uma ferramenta retórica/argumentativa que consistia em sucessivas


perguntas sobre a essência de algo, sobre o que é algo;
 Ironia – a resposta, em tom irónico, dada ao interlocutor servia para desconsertá-lo e
mostrá-lo que o conhecimento que ele julgava ter estava, na verdade, incorrecto.

c) Sistemático:

Período que corresponde o final do século IV ao final do século III a.C., quando a filosofia
busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia,
interessando-se sobretudo em mostrar que tudo pode ser objecto do conhecimento filosófico,
desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas
para oferecer os critérios da verdade e da ciência.

Neste período, notou-se a busca pela sistematização dos conhecimentos relacionados a,


principalmente, Antropologia e Cosmologia; Os filósofos valorizaram as ciências e os
critérios da verdade. A lógica, principalmente em Aristóteles, é o centro do pensamento
filosófico.

d) Helenístico/ Grego-romano:

Final do século III a.C. até o século VI d.C. Nesse período, Roma alcançam o pensamento
dos primeiros Padres da Igreja, a Filosofia se ocupava sobretudo com as questões da ética, do
conhecimento humano e das relações entre o homem e a Natureza e de ambos com Deus.

Em suma a análise lógica na filosofia defende uma postura científica, renunciando a toda
investigação de cunho religioso e valorizando os métodos racionais como instrumento na
busca da verdade. Conforme Russel (1982) A Filosofia, durante toda a sua história, tem
consistido de duas partes misturadas inarmonicamente; de um lado, uma teoria sobre a
natureza do mundo; de outro, uma doutrina ética ou política quanto à melhor maneira de se
viver.

7
CAPÍTULO III: CONCLUSÃO

3.1. Conclusão
Diante deste trabalho que tem como objectivo analisar as fases da história e os períodos da
filosofia grega, concluísse que a filosofia é associada à sabedoria, cultura intelectual e à busca
de conhecimento, servindo-se de investigação fundamentada em assuntos como realidade,
moralidade e vida em todas as civilizações do mundo; ela nasce nos finais do séc. VII e início
do século VI a.C., nas colónias gregas da Ásia Menor na cidade de Mileto, ela também,
possui um conteúdo preciso ao nascer. Historicamente, a filosofia englobava qualquer corpo
de conhecimento
A história da Grécia costuma ser dividida pelos historiadores em quatro grandes fases ou
épocas: Homérico, Arcaica / Dos Sete Sábios, Clássica e Helenística; E em quatro períodos,
sendo: O Pré-socrático/Cosmológico, Socrático/Antropológico, Sistemático e
Helenístico/Grego-romano.

8
Referências bibliográficas

Appolinário, F. (2011). Dicionário de Metodologia Científica. 2ª. ed. São Paulo: Atlas,
Chauí, M. (2013). Os períodos da Filosofia grega. São Paulo: nacional.

Fragata, Júlio (1980) Noções de Metodologia para a Elaboração de um Trabalho Científico.


Porto: Livraria Tavares Martins.
Musia, J. (2021). H0166 - História das Sociedades I. cultura, da origem das sociedades pré-
clássicas até ao séc. XV. IED- UCM. Beira.

Russel, B. (1954). Delineamentos da filosofia. São Paulo: nacional.

Sellars, W. (1963). Empiricism and the Philosophy of Mind. Routledge and Kegan Paul Ltd.

Severino, A. J. (2007). Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez.

Teixeira, E. (2001). As Três Metodologias: Acadêmica, da ciência e da pesquisa. 5a ed.


Belém.

Você também pode gostar